O documento discute a formação em psicologia no Brasil e como ela é deficitária em relação à realidade sanitária do país. Argumenta que a formação deve contemplar conhecimentos diversificados sobre saúde e doença de bases biológicas, sociais e psicológicas. Também diferencia a psicologia da saúde, que atua desde a prevenção até o tratamento, da psicologia hospitalar, que tem foco nos atendimentos em hospitais. Defende que a interdisciplinaridade é necessária para superar a fragmentação no setor da sa
2. TALITA FEITOSA
ADOLESCÊNCIA
Trabalho solicitado na
disciplina de Psicologia
Aplicada à Saúde sob
supervisão da Prof.ª Ana
Luiza, para avaliação parcial
da Iª unidade.
UNIME
ENFERMAGEM – 1º SEMESTRE NOTURNO - A
Lauro de Freitas – 2010
3. Psicologia da Saúde X Psicologia Hospitalar / Interdisciplinaridade e equipes de
saúde: concepções.
A formação em Psicologia no Brasil é deficitária no que refere-se aos
conhecimentos da realidade sanitária do país, sendo considerada elitista, no sentido em
que distancia o aluno e profissional das demandas sociais existente. A falta de
pesquisas na área também não privilegia ações de prevenção de saúde, mas sim,
ações emergenciais. Desta forma, a formação indicada para os psicólogos que desejam
trabalhar no âmbito da saúde deve contemplar conhecimentos diversificados, de bases
biológicas, sociais e psicológicas da saúde e da doença. A mediação entre o
conhecimento acadêmico e o saber prático é um desafio a ser enfrentado pela
multiprofissionalidade e a interdisciplinaridade na construção de caminhos que visam
abarcar as diversas dimensões do objeto em saúde.
A Psicologia da Saúde tem como objetivo compreender os fatores biológicos,
comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença. Os profissionais que
especializaram-se nesta área possuem técnicas e conhecimentos científicos para
avaliar, diagnosticar, tratar, modificar e prevenir os problemas físicos, mentais ou
qualquer outro relevante para os processos de saúde e doença. Esses profissionais
utilizam a Psicologia da Saúde principalmente na educação para a saúde, que objetiva
intervir na vida cotidiana da população antes que haja riscos ou se instale problemas
sanitários, concentrando atividades de âmbitos primários, secundários e terciários de
saúde. Atuam em diferentes contextos como hospitais, centros de saúde, ONGs e até
mesmo nas casas dos indivíduos. Conclui-se então que a Psicologia da Saúde se
diferencia da Psicologia hospitalar, visto que esta última tem sua função centrada nos
âmbitos secundárias e terciários de atenção a saúde, atuando sobre tudo em hospitais
e realizando atividades como atendimento psicoterapêutico, grupos de psicoprofilaxia,
enfermarias em geral, avaliação diagnóstica, consultoria, dentre outras relacionadas a
atendimentos em hospitais.
Considerando que a Psicologia da Saúde atua desde a prevenção até o
tratamento de doenças, surge a necessidade de buscar formação de profissionais
4. holísticos que estejam prontos para atuar em diversos contextos, superando a
fragmentação que domina o setor de saúde.
A interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade surgem como alternativa ao
trabalho de equipes isoladas que fragmentam suas ações, embora pesquisas
demonstrem que há uma unanimidade, entre os trabalhadores, da importância da
interdisciplinaridade para o trabalho em saúde.