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ErgonomiaErgonomia
O que é Ergonomia ?
Etimologia:
ERGOS = TRABALHO
NOMOS = LEI, REGRA
O trabalho tem todo um pano de fundo de sofrimento:
* Em latim: trabalho = tripalium
trabalhar= tripaliare (torturar com o tripalium)
* Na bíblia: “ganharás o pão com o suor de teu rosto”
Conceitos
“As relações do homem durante o trabalho com o seu
ambiente natura”
A. Jastrzebowski (1857)
“Conceber para o uso do homem”
Mc Cormick
"Conjunto de conhecimentos científicos relativos ao
homem e necessários para conceber as ferramentas, as
máquinas e os dispositivos que podem ser utilizados com o
máximo de conforto, segurança e eficiência”
Alain Wisner
“ A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o
homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente,
e particularmente a aplicação dos conhecimentos
de anatomia, fisiologia e psicologia na solução
surgida neste relacionamento”.
Conceito da Ergonomics Research
Society
“ A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem
e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é
elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas
científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que,
dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar em
uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e
dos ambientes de trabalho e de vida”.
Conceito da International Ergonomics
Association (IEA)
“A ergonomia é o estudo da adaptação do
trabalho às características fisiológicas e
psicológicas do ser humano”.
Conceito da Associação Brasileira de
Ergonomia (ABERGO)
Objetivo da Ergonomia
Adaptar o trabalho ao homem (não o
contrário)
Estuda o complexo formado pelo operador
humano e seu trabalho
Origem e evolução da ergonomia
O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857,
pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou um artigo
intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho
baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.
Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês
chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade
nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”.
Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em
numerosos países industrializados, como a França, Estados
Unidos, Alemanha, Japão e países escandinavos.
Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics
Association”.
Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação
Brasileira de Ergonomia”.
Em 1989 foi implantado o primeiro mestrado do país no
PPGEP/UFSC.
Desenvolvimento atual da
ergonomia
Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de
exigências:
As exigências tecnológicas: técnicas de produção
As exigências econômicas: qualidade e custo de
produção
As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho
As exigências organizacionais: gestão participativa
Por que usar a Ergonomia ?
Novas tecnologias, competitividade de mercado,
produtividade x qualidade
Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com:
 Eficácia
 Segurança
 Qualidade
Aborda questões relativas ao
trabalho como por exemplo:
 alto índice de acidentes de trabalho;
 problemas associados a doenças do trabalho;
 questões relacionadas à redução da produtividade no local de
trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de
motivação, etc;
 Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do
que um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no
trabalho.
A ergonomia se esforça para conhecer o
comportamento do operador
Diferença entre:
o trabalho prescrito = tarefa
o trabalho real = atividade
AtividadeAtividade é a expressão doé a expressão do
funcionamento do homemfuncionamento do homem
na execução de sua tarefa.na execução de sua tarefa.
Abordagem Ergonômica
Considera as capacidades humanas e seus
limites:
 capacidade física,
 força muscular,
 dimensões corporais,
 possibilidades de interpretação das informações pelo
aparelho sensorial (visão, audição),
 capacidade de tratamento das informações em termos
de rapidez e de complexidade
Analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que
influenciam as relações
homem x trabalho
as características materiais do trabalho: (apresentação espacial
e temporal)
peso dos instrumentos
forças a exercer
disposição dos comandos
dimensões dos diferentes elementos constituintes do posto
e do sistema
Abordagem Ergonômica
Existem vários tipos de sinais de alarme ou indicadores
para um estudo ergonômico:
Fisiológicos
 aceleração dos batimentos cardíacos
 quantidade de ar respirado
 atividade elétrica cerebral
 temperatura corporal
Sinais de Alarme
Em nível do trabalho
repetitividade de erros cometidos em uma tarefa
as baixas na produtividade e na qualidade da performance
do operador
aumento do índice de retrabalhos
incidentes de trabalho
acidentes de trabalho (importância vital)
Subjetivos
queixas eventuais dos trabalhadores
(contraste entre a percepção objetiva e a subjetiva)
“a noção de conforto”
Mudanças de comportamento
ansiedade e irritação
Diferentes tipos de abordagens da
ergonomia
Quanto a abrangência
 Ergonomia do posto de trabalho:
abordagem microergonômica
 Ergonomia de sistemas de produção:
abordagem macroergonômica
Diferentes tipos de abordagens da
ergonomia
Quanto à contribuição
 Ergonomia de concepção:
normas e especificações de projeto
 Ergonomia de correção:
modificações de situações existentes
 Ergonomia de arranjo físico:
melhoria de seqüências e fluxos de produção
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capacitação em ergonomia
Diferentes tipos de abordagens da
ergonomia
Quanto a interdisciplinaridade
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projeto e produção ergonomicamente seguros
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metodologia de projeto e design do produto
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treinamento e motivação do pessoal
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prevenção de acidentes e doenças do trabalho
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projetos organizacionais e gestão de R.H.
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Ergonomia
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Macroergonomia
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Organização em geral
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CARACTERIZAÇÃO DA ERGONOMIA
Fonte: Adaptado de De Montmollin, 1990 - 1992
Macroergonomia
Conceito
Pesquisa desenvolvida e aplicada na interface da
tecnologia - organização/máquinas ou projeto do sistema
de trabalho, buscando alcançar uma total harmonia entre o
sistema de trabalho e o enfoque em nível micro e
macroergonômico.
H. Hendrick
A primeira geração - engenharia humana - concentrou-se no
projeto de trabalhos específicos, interfaces homem-
máquinas, incluindo controles, painéis, arranjo do espaço e
ambientes de trabalho.
A segunda geração - ergonomia cognitiva - se inicia com a
ênfase na natureza cognitiva do trabalho. Tal ocorreu em
função das inovações tecnológicas e, em particular, do
desenvolvimento de sistemas automáticos e informatizados.
A terceira geração-macroergonomia
Resultante do aumento progressivo da automação de
sistemas em fábricas e escritórios, do surgimento da robótica
Percepção de que era possível fazer um trabalho em
microergonomia, projetando os componentes de um sistema,
mas falhava-se no que diz respeito ao sistema como um todo,
por desconhecimento do nível macroergonômico
Estrutura geral da macroergonomia
Compreende quatro etapas:
1. Levantamento inicial das necessidades de tecnologia da
organização
2. Projeto de uma estrutura organizacional e uma intervenção
apropriada
3. Implantação do processo
4. Mensuração e avaliação da efetividade organizacional
Ergonomia participativa
Consiste dos próprios trabalhadores estarem envolvidos
na implementação dos conhecimentos e procedimentos
ergonômicos em seus postos de trabalho.
Noro (1998)
A premissa é que os trabalhadores conhecem seus postos
de trabalho melhor que qualquer outra pessoa e que este
conhecimento permite-lhes desenvolver uma maior
compreensão e aproximação com seu trabalho
Abordagens para gerenciamento que
estimulam a participação dos trabalhadores
 Envolvimento paralelo
 Envolvimento no trabalho
 Alto envolvimento
Envolvimento paralelo
 Os trabalhadores são questionados a visualizar e
resolver problemas e produzir idéias que irão influenciar
a operação do sistema organizacional.
Ex.: CCQ, programas de QVT, planos de recompensa a
sugestões.
Envolvimento no trabalho
 Focam o projeto do mesmo de modo que isto
motive o melhoramento do desempenho no
trabalho.
Ex.: Enriquecimento do trabalho, grupos semi-
autônomos
Alto envolvimento
Foi construída sobre o que foi aprendido das abordagens
anteriores.
O alto envolvimento sugere uma organização em que as
pessoas dos níveis mais baixos tenham um senso de
envolvimento, não somente em quão bem eles façam o seu
trabalho ou quão efetivamente funcionam seus grupos, mas
em termos do desempenho da organização como um todo.
Descrédito da difusão da ergonomia
segundo H. Hendrick (1996).
1o
– Exposição de pessoas ou organizações a uma má ergonomia, a
chamada “voodoo ergonomics”, praticada por pessoas sem a
qualificação adequada.
2o
– Por todos serem operadores e operarem sistemas todos os dias,
assume-se ingenuamente que os fatores humanos são apenas uma
questão de “senso comum”.
3o
– A esperança de convencer a alta administração das organizações
sobre o potencial da ergonomia, simplesmente porque esta é a coisa
certa a fazer.
4o
– Talvez a mais importante das razões seja que os ergonomistas
fazem poucos trabalhos de documentação e divulgação do
custo/benefício ergonômico, devendo passar a divulgar que boa
ergonomia é boa economia.
A maioria das intervenções ergonômicas oferece um campo
comum para a colaboração dos funcionários e da
administração e, invariavelmente, ambos podem se beneficiar;
seja em termos de redução de custos e aumento de
produtividade ou em termos de melhoria na qualidade de vida
no trabalho.
Ao tomar a decisão de optar por uma intervenção
ergonômica, as empresas devem estar cientes de que não se
está incorrendo ou incorporando novas despesas, dispêndios
ou custos, e sim, optando por investimentos e inversões em
otimização de recursos produtivos
O que se observa, é que a implantação e o desenvolvimento
de um programa ergonômico muitas vezes encontra
dificuldades na sua implantação, decorrentes de vários fatores
que podem ser canalizados tanto na cultura organizacional,
na metodologia de implantação ou na justificação de seus
custos.
Problema – necessidade de mensurar os custos
relacionados a problemas e recursos ergonômicos quando da
demanda pela realização de uma ação ergonômica
Como calcular ?
O tempo perdido, as despesas com primeiros socorros, os danos aos
bens e às matérias primas ou os novos investimentos em treinamentos
para substituição de mão-de-obra no caso de um acidente de trabalho?
Quanto um problema de cunho não-ergonômico está custando para a
empresa? Quanto custaria solucioná-lo?
Quais os benefícios da solução dos problemas relacionados à falta de
ergonomia? E como prever os prejuízos com o desgaste de uma
companhia exposta negativamente pela mídia?
Considerando a grande diversidade de questões, cabe ainda perguntar,
os benefícios superarão os custos?
A Prioridades é o esforço para justificar o custo
de melhorias ergonômicas (saúde e segurança).
É importante também assegurar que o custo
destas seja o mais baixo possível.
Prudente obter a melhor relação
custo/benefício.
Justificação de melhorias ergonômicas
O manuseio da técnica de custo/benefício;
O desenvolvimento do custo de melhorias
ergonômicas;
O desenvolvimento do benefício de melhorias
ergonômicas.
Análise de Custo/Benefício
É a forma predominante, entre outras existentes, para
justificar os gastos com mudanças propostas pela
ergonomia.
diminuição de custos
Benefícios melhoria de desempenho
Limitada quando necessita quantificar custos e benefícios
intangíveis
Redução de custos
diminuir custos com horas extras (trabalhadores
substitutos);
custos de seguros e/ou custos de compensação
relacionados a acidentes ou lesões;
ações judiciais;
melhorar a qualidade e a quantidade da produção,
prover treinamento adicional;
etc.
Benefícios
Ganhos de fácil mensuração
aumentos de produtividade e de qualidade;
a redução dos desperdícios;
as economias de energia; mão-de-obra, manutenção,
etc
Ganhos de difícil mensuração
redução do absenteísmo devido a acidentes e doenças
ocupacionais
Benefícios intangíveis
 satisfação do trabalhador;
 o conforto;
 a redução do turnover;
 o aumento da motivação dos trabalhadores
As 10 principais causas de acidentes e doenças
profissionais nos EUA são responsáveis por 86% dos US$
38,7 bilhões pagos em indenizações em 1998.
Quando os custos indiretos gerados por estes acidentes são
somados aos US$ 38,7 bilhões de custos diretos, a
economia resultante pode atingir um total aproximado de
US$ 125-155 bilhões
(Liberty Mutual Research Center, 2002)
Custos diretos gerados pelas 10 principais causas de
acidentes e doenças profissionais nos EUA -1998
Causas de acidentes
% de custos diretos
para compensação de
trabalhadores no ano de
1998
Estimativa nacional de
custo direto para
compensação de
trabalhadores
Lesões causadas pelo
excesso de levantamentos,
puxões, arremesso, tempo
segurando objetos pesados
25.57% $ 9.8 bilhões
Quedas 11.46% $ 4.4 bilhões
Lesões resultante de maus
jeitos e escorregões, perda
de equilíbrio sem queda
9.35% $ 3.6 bilhões
Quedas em nivel mais baixo
(escada, ou sobre grades)
9.33% $ 3.6 bilhões
Quedas de objetos sobre o
trabalhador
8.94% $ 3.4 bilhões
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Acidentes no caminho do
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contra equipamentos pesados 4.92% $ 1.9 bilhões
Esmagamento por máquinas
ou equipamentos
4.18% $ 1.6 bilhões
Contato c/ temperaturas
extremas que resultam em
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16057022 1242681113ergonomia

  • 2. O que é Ergonomia ? Etimologia: ERGOS = TRABALHO NOMOS = LEI, REGRA O trabalho tem todo um pano de fundo de sofrimento: * Em latim: trabalho = tripalium trabalhar= tripaliare (torturar com o tripalium) * Na bíblia: “ganharás o pão com o suor de teu rosto”
  • 3. Conceitos “As relações do homem durante o trabalho com o seu ambiente natura” A. Jastrzebowski (1857) “Conceber para o uso do homem” Mc Cormick
  • 4. "Conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para conceber as ferramentas, as máquinas e os dispositivos que podem ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência” Alain Wisner
  • 5. “ A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução surgida neste relacionamento”. Conceito da Ergonomics Research Society
  • 6. “ A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar em uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida”. Conceito da International Ergonomics Association (IEA)
  • 7. “A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano”. Conceito da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO)
  • 8. Objetivo da Ergonomia Adaptar o trabalho ao homem (não o contrário) Estuda o complexo formado pelo operador humano e seu trabalho
  • 9. Origem e evolução da ergonomia O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”. Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”.
  • 10. Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em numerosos países industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e países escandinavos. Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics Association”. Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”. Em 1989 foi implantado o primeiro mestrado do país no PPGEP/UFSC.
  • 11. Desenvolvimento atual da ergonomia Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de exigências: As exigências tecnológicas: técnicas de produção As exigências econômicas: qualidade e custo de produção As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho As exigências organizacionais: gestão participativa
  • 12. Por que usar a Ergonomia ? Novas tecnologias, competitividade de mercado, produtividade x qualidade Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com:  Eficácia  Segurança  Qualidade
  • 13. Aborda questões relativas ao trabalho como por exemplo:  alto índice de acidentes de trabalho;  problemas associados a doenças do trabalho;  questões relacionadas à redução da produtividade no local de trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc;  Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.
  • 14. A ergonomia se esforça para conhecer o comportamento do operador Diferença entre: o trabalho prescrito = tarefa o trabalho real = atividade AtividadeAtividade é a expressão doé a expressão do funcionamento do homemfuncionamento do homem na execução de sua tarefa.na execução de sua tarefa.
  • 15. Abordagem Ergonômica Considera as capacidades humanas e seus limites:  capacidade física,  força muscular,  dimensões corporais,  possibilidades de interpretação das informações pelo aparelho sensorial (visão, audição),  capacidade de tratamento das informações em termos de rapidez e de complexidade
  • 16. Analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que influenciam as relações homem x trabalho as características materiais do trabalho: (apresentação espacial e temporal) peso dos instrumentos forças a exercer disposição dos comandos dimensões dos diferentes elementos constituintes do posto e do sistema Abordagem Ergonômica
  • 17. Existem vários tipos de sinais de alarme ou indicadores para um estudo ergonômico: Fisiológicos  aceleração dos batimentos cardíacos  quantidade de ar respirado  atividade elétrica cerebral  temperatura corporal Sinais de Alarme
  • 18. Em nível do trabalho repetitividade de erros cometidos em uma tarefa as baixas na produtividade e na qualidade da performance do operador aumento do índice de retrabalhos incidentes de trabalho acidentes de trabalho (importância vital)
  • 19. Subjetivos queixas eventuais dos trabalhadores (contraste entre a percepção objetiva e a subjetiva) “a noção de conforto” Mudanças de comportamento ansiedade e irritação
  • 20. Diferentes tipos de abordagens da ergonomia Quanto a abrangência  Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica  Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macroergonômica
  • 21. Diferentes tipos de abordagens da ergonomia Quanto à contribuição  Ergonomia de concepção: normas e especificações de projeto  Ergonomia de correção: modificações de situações existentes  Ergonomia de arranjo físico: melhoria de seqüências e fluxos de produção  Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia
  • 22. Diferentes tipos de abordagens da ergonomia Quanto a interdisciplinaridade Engenharia: projeto e produção ergonomicamente seguros Design: metodologia de projeto e design do produto Psicologia: treinamento e motivação do pessoal Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças do trabalho Administração: projetos organizacionais e gestão de R.H.
  • 23. Modelo Área de atuação Interface Foco Human Factors Tipo padrão de Ergonomia Americana e Inglesa Ciências formais e sérias Anatomia, Fisiologia e Psicologia Sistema Homem - Máquina Carga física de trabalho Interação Homem - Computador Carga mental de trabalho Características e limites do ser humano ( laboratório ) Padrões ergonômicos Ergonomia orientada pela atividade Análise de campo Francesa Gestos ao invés de movimento muscular Comunicação ao invés de audição Sistema Homem - Tarefa Processos prevalecem sobre estruturas Análise do trabalho ( Análise intrínseca da atividade ) Abordagem macroscópica Macroergonomia Psicologia industrial e organizacional Sociologia do trabalho Interface Homem - Ambiente Organização em geral Sistemas técnico e social Aspectos cultural e ideológico CARACTERIZAÇÃO DA ERGONOMIA Fonte: Adaptado de De Montmollin, 1990 - 1992
  • 24. Macroergonomia Conceito Pesquisa desenvolvida e aplicada na interface da tecnologia - organização/máquinas ou projeto do sistema de trabalho, buscando alcançar uma total harmonia entre o sistema de trabalho e o enfoque em nível micro e macroergonômico. H. Hendrick
  • 25. A primeira geração - engenharia humana - concentrou-se no projeto de trabalhos específicos, interfaces homem- máquinas, incluindo controles, painéis, arranjo do espaço e ambientes de trabalho. A segunda geração - ergonomia cognitiva - se inicia com a ênfase na natureza cognitiva do trabalho. Tal ocorreu em função das inovações tecnológicas e, em particular, do desenvolvimento de sistemas automáticos e informatizados.
  • 26. A terceira geração-macroergonomia Resultante do aumento progressivo da automação de sistemas em fábricas e escritórios, do surgimento da robótica Percepção de que era possível fazer um trabalho em microergonomia, projetando os componentes de um sistema, mas falhava-se no que diz respeito ao sistema como um todo, por desconhecimento do nível macroergonômico
  • 27. Estrutura geral da macroergonomia Compreende quatro etapas: 1. Levantamento inicial das necessidades de tecnologia da organização 2. Projeto de uma estrutura organizacional e uma intervenção apropriada 3. Implantação do processo 4. Mensuração e avaliação da efetividade organizacional
  • 28. Ergonomia participativa Consiste dos próprios trabalhadores estarem envolvidos na implementação dos conhecimentos e procedimentos ergonômicos em seus postos de trabalho. Noro (1998) A premissa é que os trabalhadores conhecem seus postos de trabalho melhor que qualquer outra pessoa e que este conhecimento permite-lhes desenvolver uma maior compreensão e aproximação com seu trabalho
  • 29. Abordagens para gerenciamento que estimulam a participação dos trabalhadores  Envolvimento paralelo  Envolvimento no trabalho  Alto envolvimento
  • 30. Envolvimento paralelo  Os trabalhadores são questionados a visualizar e resolver problemas e produzir idéias que irão influenciar a operação do sistema organizacional. Ex.: CCQ, programas de QVT, planos de recompensa a sugestões.
  • 31. Envolvimento no trabalho  Focam o projeto do mesmo de modo que isto motive o melhoramento do desempenho no trabalho. Ex.: Enriquecimento do trabalho, grupos semi- autônomos
  • 32. Alto envolvimento Foi construída sobre o que foi aprendido das abordagens anteriores. O alto envolvimento sugere uma organização em que as pessoas dos níveis mais baixos tenham um senso de envolvimento, não somente em quão bem eles façam o seu trabalho ou quão efetivamente funcionam seus grupos, mas em termos do desempenho da organização como um todo.
  • 33. Descrédito da difusão da ergonomia segundo H. Hendrick (1996). 1o – Exposição de pessoas ou organizações a uma má ergonomia, a chamada “voodoo ergonomics”, praticada por pessoas sem a qualificação adequada. 2o – Por todos serem operadores e operarem sistemas todos os dias, assume-se ingenuamente que os fatores humanos são apenas uma questão de “senso comum”. 3o – A esperança de convencer a alta administração das organizações sobre o potencial da ergonomia, simplesmente porque esta é a coisa certa a fazer. 4o – Talvez a mais importante das razões seja que os ergonomistas fazem poucos trabalhos de documentação e divulgação do custo/benefício ergonômico, devendo passar a divulgar que boa ergonomia é boa economia.
  • 34. A maioria das intervenções ergonômicas oferece um campo comum para a colaboração dos funcionários e da administração e, invariavelmente, ambos podem se beneficiar; seja em termos de redução de custos e aumento de produtividade ou em termos de melhoria na qualidade de vida no trabalho. Ao tomar a decisão de optar por uma intervenção ergonômica, as empresas devem estar cientes de que não se está incorrendo ou incorporando novas despesas, dispêndios ou custos, e sim, optando por investimentos e inversões em otimização de recursos produtivos
  • 35. O que se observa, é que a implantação e o desenvolvimento de um programa ergonômico muitas vezes encontra dificuldades na sua implantação, decorrentes de vários fatores que podem ser canalizados tanto na cultura organizacional, na metodologia de implantação ou na justificação de seus custos. Problema – necessidade de mensurar os custos relacionados a problemas e recursos ergonômicos quando da demanda pela realização de uma ação ergonômica
  • 36. Como calcular ? O tempo perdido, as despesas com primeiros socorros, os danos aos bens e às matérias primas ou os novos investimentos em treinamentos para substituição de mão-de-obra no caso de um acidente de trabalho? Quanto um problema de cunho não-ergonômico está custando para a empresa? Quanto custaria solucioná-lo? Quais os benefícios da solução dos problemas relacionados à falta de ergonomia? E como prever os prejuízos com o desgaste de uma companhia exposta negativamente pela mídia? Considerando a grande diversidade de questões, cabe ainda perguntar, os benefícios superarão os custos?
  • 37. A Prioridades é o esforço para justificar o custo de melhorias ergonômicas (saúde e segurança). É importante também assegurar que o custo destas seja o mais baixo possível. Prudente obter a melhor relação custo/benefício.
  • 38. Justificação de melhorias ergonômicas O manuseio da técnica de custo/benefício; O desenvolvimento do custo de melhorias ergonômicas; O desenvolvimento do benefício de melhorias ergonômicas.
  • 39. Análise de Custo/Benefício É a forma predominante, entre outras existentes, para justificar os gastos com mudanças propostas pela ergonomia. diminuição de custos Benefícios melhoria de desempenho Limitada quando necessita quantificar custos e benefícios intangíveis
  • 40. Redução de custos diminuir custos com horas extras (trabalhadores substitutos); custos de seguros e/ou custos de compensação relacionados a acidentes ou lesões; ações judiciais; melhorar a qualidade e a quantidade da produção, prover treinamento adicional; etc.
  • 41. Benefícios Ganhos de fácil mensuração aumentos de produtividade e de qualidade; a redução dos desperdícios; as economias de energia; mão-de-obra, manutenção, etc Ganhos de difícil mensuração redução do absenteísmo devido a acidentes e doenças ocupacionais
  • 42. Benefícios intangíveis  satisfação do trabalhador;  o conforto;  a redução do turnover;  o aumento da motivação dos trabalhadores
  • 43. As 10 principais causas de acidentes e doenças profissionais nos EUA são responsáveis por 86% dos US$ 38,7 bilhões pagos em indenizações em 1998. Quando os custos indiretos gerados por estes acidentes são somados aos US$ 38,7 bilhões de custos diretos, a economia resultante pode atingir um total aproximado de US$ 125-155 bilhões (Liberty Mutual Research Center, 2002)
  • 44. Custos diretos gerados pelas 10 principais causas de acidentes e doenças profissionais nos EUA -1998 Causas de acidentes % de custos diretos para compensação de trabalhadores no ano de 1998 Estimativa nacional de custo direto para compensação de trabalhadores Lesões causadas pelo excesso de levantamentos, puxões, arremesso, tempo segurando objetos pesados 25.57% $ 9.8 bilhões Quedas 11.46% $ 4.4 bilhões Lesões resultante de maus jeitos e escorregões, perda de equilíbrio sem queda 9.35% $ 3.6 bilhões Quedas em nivel mais baixo (escada, ou sobre grades) 9.33% $ 3.6 bilhões Quedas de objetos sobre o trabalhador 8.94% $ 3.4 bilhões Movimentos repetitivos 6.10% $ 2.3 bilhões Acidentes no caminho do trabalho 5.46% $ 2.1 bilhões Lesões por choques, batidas contra equipamentos pesados 4.92% $ 1.9 bilhões Esmagamento por máquinas ou equipamentos 4.18% $ 1.6 bilhões Contato c/ temperaturas extremas que resultam em choque térmico e queimaduras (gelo, calor) 0.92% $ 3.0 bilhões Todas causas de acidentes 100.00% $ 38.7 bilhões

Notas do Editor

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