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Memorial do Convento
A inquisição.
Biografia Personagens Históricas
A inquisição
• A inquisição era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé
católica: vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem
suspeitos de praticar outras religiões.
• Exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento
moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como
resistia fortemente a todas as inovações científicas.
• Na verdade, a igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem
os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do
papa.
A inquisição
• A 23 de maio de 1536 – bula do papa Paulo II - estabelece a
inquisição em Portugal, no reinado de D. João III
• Os judeus foram os mais perseguidos pela inquisição em Portugal.
• As novas propostas filosóficas ou científicas eram, geralmente,
olhadas com desconfiança pela inquisição que submetia a um
regime de censura prévia todas as obras a publicar, criando o Index
(catálogo de livros cuja leitura era proibida aos católicos) sob pena
de excomunhão.
A inquisição
• As pessoas viviam amedrontadas e sabiam que podiam ser
denunciadas a qualquer momento sem que houvesse
necessariamente razão para isso.
• Quando alguém era denunciado, levavam-no preso e, muitas
vezes, era torturado até confessar. Alguns dos suspeitos chegavam
a confessar-se culpados só para acabar com a tortura.
• No caso do acusado não se mostrar arrependido ou de ser
reincidente, era condenado, em cerimónias chamadas autos-de-fé,
a morrer na fogueira.
• A inquisição em Portugal terminou em 1821 depois da revolução
liberal de 1820.
Auto-de-fé (Terreiro do Paço)
A inquisição – Em Roma
• Em Roma as mulheres penitentes eram ameaçadas com a
inquisição se não tivessem relações sexuais com o sacerdote.
• Os padres ameaçavam as penitentes no confessionário que, a
menos que tivessem relações sexuais com eles, seriam entregues à
Inquisição.
• Se um sacerdote ameaçasse uma mulher dizendo que este iria
mentir sobre ela aos oficiais da "Santa" Inquisição, ela sabia o tipo
de tortura e morte que a esperava.
• O sacerdote poderia provavelmente delatar a mulher aos
inquisidores como bruxa.
Idade das trevas
A inquisição – Em Roma
• Muitas das vítimas eram simplesmente queimadas na estaca.
Normalmente, essas execuções na fogueira eram realizadas em
público mas primeiro eram torturadas em privado.
• Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de
sofrer uma tortura por parte do clero. As mulheres eram
especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas.
• Se uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, podia
chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente
rápida e com pouca dor.
Idade das trevas
A inquisição – Em Roma
• Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma
mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse
ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação
era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma morte
lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes.
O número de mortes foi enorme:
• "Foi infligido no sul da França um dos mais ferozes massacres da
história. Grupos de brigadas do norte pilhavam e saqueavam. Na
Catedral de Saint-Nazaire, doze mil 'hereges' foram mortos...
Aqueles que tentaram fugir foram cortados e mortos. Milhares
mais foram queimados na estaca. Em Toulouse, o bispo Foulque
levou à morte dez mil pessoas acusadas de heresia. Em Béziers, a
população inteira de mais de vinte mil pessoas foi chacinada. Em
Citeau, quando questionado sobre como os soldados deveriam
distinguir os católicos dos cátaros gnósticos, o abade respondeu
com seu cinismo afamado:
• 'Matem todos; Deus saberá quais são os seus'."
Instrumentos
de
tortura na inquisição
Instrumentos
de
tortura na inquisição
Instrumentos
de
tortura na inquisição
O Berço de Judas
O berço de Judas
• Esse instrumento era um pouco mais elaborado que o clássico
empalamento popularizado por Vlad, o Drácula, mas parece muito
pior, devido a lentidão com que a dor era infringida. A vítima era
colocada com o ânus ou a vagina sobre a ponta do berço e era
lentamente baixada através de cordas amarradas a ela. Parece
simples, mas existe agravantes aí. Se ela demorasse a morrer – o
que poderia levar dias – poderiam ser amarrados pesos nas suas
pernas, para dar uma acelerada no processo. Mas se quisessem o
efeito contrário, a vítima sofria sozinha. Fora que nunca lavavam o
aparelho, o que produzia infecções dolorosas.
A tortura da água
A tortura da água
• Ao réu, preso à mesa, durante o "interrogatório" era dada água até
o seu ventre se partir.
Auto-de-fé (Terreiro do Paço)
Autos-de-fé
• Cerimónias públicas onde os condenados da Inquisição eram
queimados vivos.
Dama de Ferro
Dama de Ferro
• Um sarcófago de madeira com espinhos afiados e longos. Essa
ferramenta de tortura tinha os espinhos colocados de tal forma
que não atingia nenhum ponto vital das vítimas, para prolongar
seu sofrimento.
A Pera
A Pera
• O nome é dado pelo formato da peça. É uma peça que expandia
progressivamente as aberturas onde era introduzida.
• Esse instrumento forçava a boca, o ânus ou a vagina da vítima. Era
usada para punir os condenados por adultério, ou união sexual
com Satã, e também para blasfémias ou hereges.
A Roda
A Roda
A Roda
• Era uma das mais utilizadas formas de tortura da antiguidade.
Existem evidências de sua utilização na Inglaterra, Holanda e
Alemanha entre o ano de 1100 a 1700. Podia ser usada de duas
formas: Eram quebrados os ossos das juntas da vítima (pulsos,
joelhos, cotovelos, ombros), para que essa pudesse ser "trançada"
entre os raios da roda. Estando a vítima nua e com os membros
trançados, a roda era suspensa e ficava exposta em praça pública
ou em locais chamados de docas de execução. As vítimas
agonizavam até a morte, muitas vezes com os ossos expostos.
Biografia
Personagens
Históricas
Biografia
Personagens
Históricas
Biografia
Personagens
Históricas
D. João V
• D. João V foi Rei de Portugal desde Janeiro de 1707 até à sua morte
(31 de Julho de 1750). Era filho de Pedro II e de Maria Sofia.
Recebeu os cognomes de O Magnífico em virtude do luxo de que
se revestiu o seu reinado.
• A época de D. João V foi o período de maior fluxo de ouro
brasileiro, mas o aumento da receita pública e privada não se
refletiu em transformações duradouras no plano económico, ou
em modificações sensíveis na estrutura social portuguesa.
Carruagem Real Portuguesa
D.João V
• O rei consumiu quase tudo quanto do rendimento das minas
brasileiras na manutenção de uma corte luxuosa e em gastos
enormes relacionados com o prestígio real, no entanto, o dinheiro
não podia, por si só, resolver nenhum problema. A sua utilização
refletia a mentalidade e formação das pessoas que o utilizavam.
• A época de D. João V caracteriza-se pela inexistência quase
completa de quadros empresariais, pela falta de gente preparada
para se servir da riqueza como instrumento criador de nova
riqueza.
D.João V
Palácio Real – Sala dos Grandes Jantares
Palácio Real – Sala do Trono
Em Portugal
• Havia falta de elites em todos os campos: na cultura, na arte, na
política, na economia. A inexistência de empresários ativos
conduziu ao não surgimento, nas épocas do ouro, de
empreendimentos reprodutores de riqueza.
• A abundância do ouro atraiu vários estrangeiros, que procuravam
instalar indústrias ou eram encorajados pelo Estado a produzirem
em Portugal os bens importados. A maior parte destas iniciativas
desapareceram por falta de organização económica.
O Convento de Mafra
• A mais importante realização pessoal de D. João V foi o projeto de
construção de um edifício gigantesco, de proporções que excediam
de longe tudo quanto até então se edificara em Portugal: o
Convento de Mafra, inaugurado em 1744 pelo Papa Bento XIV;
quatro anos mais tarde, receberia desse mesmo papa o título
de Sua Majestade Fidelíssima, extensível aos seus sucessores.
O Convento de Mafra
Aqueduto das Águas Livres
• D. João V teve a oportunidade para satisfazer a sua paixão pelas
construções grandiosas, com o Aqueduto das Águas Livres, em
Lisboa, considerado como o local mais bonito da cidade no virar do
século, e que se ergue sobre o vale de Alcântara.
• O aqueduto das Águas Livres resistiu ao terramoto como edifício, e
forneceu água a várias fontes; contudo só resolveu parcialmente o
problema da falta de água, especialmente quando os particulares –
gentes ligadas à nobreza e à Igreja – começam a ter os seus
próprios ramais privados
Aqueduto das Águas Livres
• O objectivo principal do aqueduto era abastecer os chafarizes que,
entretanto, tinham sido construídos de propósito um pouco por
toda a cidade. Eram eles o Chafariz das Amoreiras, o de
Entrecampos, Janelas Verdes, Estrela, Rato, Carmo, Esperança, Cais
do Tojo, Flores e muitos outros. Alguns destes chafarizes também
tinham tanques para a lavagem de roupa.
Aqueduto das Águas Livres
D. Maria Ana Josefa de Áustria
• Maria Ana Josefa de Áustria nasceu em Linz em 7 de setembro de 1683
era filha do imperador Leopoldo I, e da sua terceira mulher, a condessa
Leonor Madalena.
• Era irmã dos imperadores José I e Carlos VI, também pretendente ao
trono espanhol, e meia-irmã de Maria Antónia da Áustria, eleitora da
Baviera, entre outros.
• Foi rainha consorte de Portugal de 1708 a 1750, enquanto mulher do
Rei D. João V de Portugal. Três dos seus filhos sentaram-se no trono: D.
José, Rei de Portugal, D. Pedro, Rei-Consorte de Portugal pelo seu
casamento com a sua sobrinha, e D. Maria Bárbara, Rainha de Espanha
pelo casamento.
• Muito culta, conhecia e falava alemão, francês, italiano, espanhol, latim
e português, além de perceber inglês.
• Acabou por morrer em Lisboa em 14 de agosto de 1754.
D. Maria Ana Josefa de Áustria
Bartolomeu de Gusmão
• Bartolomeu Lourenço de Gusmão, filho de Francisco Lourenço e de
Maria Alvares, nasceu a Dezembro de 1685, na Vila de Santos, no
Brasil.
• Logo se destacou por ser um rapaz brilhante e de ideias avançadas.
Fez os estudos primários na Vila de Santos, seguiu para o
Seminário de Belém, a fim de completar o Curso de Humanidades,
vindo a filiar-se à Companhia de Jesus, sob a orientação do grande
amigo de seu pai e fundador daquele Seminário, Padre Alexandre
de Gusmão.
Bartolomeu de Gusmão
• Em 1705, com apenas 20 anos de idade, requereu à Câmara da Bahia, o
privilégio para o seu primeiro invento. Era um aparelho que fazia subir a
água de um riacho até uma altura de cerca de 100 metros. A água não
precisaria mais de ser transportada nas costas de homens ou em lombo
de animais.
• Entre 1708 e 1709, Bartolomeu de Gusmão, embarcou para Lisboa,
onde aprofundou os seus conhecimentos.
• Na Universidade de Coimbra realizou profundos estudos da Ciência
Matemática, Ciências de Astronomia, Mecânica, Física, Química e
Filologia, além do exercício da Diplomacia e da Criptografia, atendendo
designação de D. João V, tendo bacharelando-se a 5 de Maio de 1720 e
completado o Curso de Doutoramento na Universidade de Coimbra, a
16 de Junho.
Bartolomeu Gusmão
Bartolomeu de Gusmão
• Foi uma bolha de sabão elevando-se ao se aproximar do ar quente
ao redor da chama de uma vela, que acendeu o intelecto de
Gusmão para a diferença entre as densidades do ar. Um objeto
mais-leve-que-o-ar poderia então voar! Em 1709, anunciou à corte
que apresentaria uma "Máquina de Voar". Em 19 de Abril daquele
ano, recebeu autorização do Rei D. João V para demonstrar seu
invento perante a Casa Real.
Bartolomeu de Gusmão
• A 3 de agosto de 1709 foi realizada a primeira tentativa na Sala de Audiências
do Palácio. No entanto, o pequeno balão de papel aquecido por uma chama
incendiou-se antes ainda de alçar voo. Dois dias mais tarde, uma nova
tentativa deu resultado: o balão subiu cerca de 20 palmos, para verdadeiro
espanto dos presentes. Assustados com a possibilidade de um incêndio, os
criados do palácio lançaram-se contra o engenho antes que este chegasse ao
teto.
• Três dias mais tarde, exatamente no dia 8 de agosto de 1709, foi feita a
terceira experiência, agora no Pátio da Casa da Índia perante D. João V e a
rainha D. Maria. Desta vez, sucesso absoluto. O balão ergue-se lentamente,
indo cair, uma vez esgotada sua chama, no Terreiro do Paço. Havia sido
construído o primeiro engenho mais-leve-que-o-ar. O Rei ficou tão
impressionado com o engenho que concedeu a Gusmão o direito sobre toda e
qualquer nave voadora desde então. E para todos aqueles que ousassem
interferir ou copiar-lhe as ideias, a pena seria a morte.
Bartolomeu de Gusmão apresenta os seus
protótipos à corte de D. João V.
Bartolomeu de Gusmão
• O invento do Padre chamou-se Passarola, em razão de ter a forma de pássaro.
• A concepção e realização do aeróstato por Bartolomeu de Gusmão, mostrou o
passo gigantesco que representou a sua invenção, idealização e objetivação
do flutuador aerostático, donde deveria sair a aeronave, sendo corretamente
considerado o Pai da Aerostação, tendo precedido em 74 anos os irmãos
Montgolfier, que voaram num balão de ar quente em 1783.
• Bartolomeu de Gusmão foi uma figura singular, na qual o homem, o sacerdote
e o bem-dotado se fundiam numa personalidade complexa, que enxergava
muito à frente de seu tempo, sofrendo as naturais e inevitáveis consequências
dessa excepcionalidade.
• O Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão faleceu a 19 de Novembro de 1724,
em Toledo (Espanha) sendo considerado pelos seus feitos a primeira e a mais
bela página da Aeronáutica.
Ilustração Fantasiosa da Passarola
Domenico Scarlatti
• Compositor, cravista e organista italiano, nasceu em Nápoles (Itália) a 26
de Outubro de 1685.
• Filho de Alessandro Scarlatti, compositor de muitas óperas, foi mestre-
de-capela da rainha Cristina da Suécia em Roma. Scarlatti passou muitos
anos a viajar pela Europa, morou em Roma onde foi mestre-de-capela
da exilada rainha da Polónia e foi maestro de São Pedro.
• Morou eventualmente em Lisboa, onde foi professor da Princesa Maria
Bárbara, filha mais velha de D. João V., futura rainha de Espanha.
Quando a princesa se casou com o herdeiro do trono espanhol em
1729, Scarlatti foi para Madrid onde passou o resto da vida. Durante os
anos em que morou na Espanha, produziu a sua melhor música. A sua
música é extremamente inventiva, e as suas sonatas para cravo são
densas experiências auditivas, devido à sua complexidade.
Domenico Scarlatti
• Foi durante este período que começou a compor os pequenos
exercícios, peças para cravo, inspiradas na música popular e pela vida
quotidiana espanhola, que ele chamou de sonatas.
• Considerado um dos fundadores da moderna técnica de teclado,
empregou nessas sonatas dispositivos novos como mão-cruzadas,
arpejos rápidos e repetições de notas. A Sonata em Ré maior, por
exemplo, é uma referência para as composições para teclado do Período
Clássico. As suas composições para o cravo foram comparadas às de
Chopin e de Liszt nas suas obras para piano.
• Além das sonatas e 12 óperas, também compôs cantatas e música sacra,
incluindo um Stabat Mater.
• Scarlatti morreu em Madrid no dia 23 de Julho.
Domenico Scarlatti
Baltasar Mateus
• Baltasar Mateus , com alcunha hereditária de Sete-Sóis, é
abandonado pelo exército durante a Guerra da Sucessão
Espanhola por ter ficado inválido devido à perda da sua mão
esquerda, representando a crítica da desumanidade na guerra.
Deixado na miséria, consegue chegar a Lisboa, onde conhece nesse
mesmo dia Blimunda e o padre Bartolomeu, num auto-de-fé no
Rossio. Contava 26 anos. Imediatamente encantado pelos olhos de
Blimunda no primeiro olhar, partilha desde esse momento até
morrer a vida e os sonhos com ela. O padre Bartolomeu fá-lo
participante do sonho de voar, projeto que será prosseguido na
sua responsabilidade após o desaparecimento deste.
Baltasar Mateus
• Torna-se açougueiro em Lisboa, uma vez que o gancho que usa
para substituir a mão lhe facilita o trabalho, e posteriormente
integra-se como boieiro nas legiões de operários nas obras do
convento de Mafra. Porém, a sua principal ocupação é a
construção da passarola.
• Esta personagem revela-se gradualmente o herói do romance.
Pois, em primeiro, por ser o representante do povo oprimido, o
seu percurso torna-se o foco do narrador, abatendo do primeiro
plano as personagens do grupo de poder. Em segundo, a sua
relação com Blimunda, cujos poderes são considerados heréticos,
entra em conflito com os valores da sociedade vigente, por não
serem casados oficialmente.
Baltasar Mateus
• Em terceiro, pela amizade e partilha de ideias e sonhos com o padre
Bartolomeu, que o divinizou ao compará-lo com Deus, por achar que
este também é maneta da mão esquerda. Em quarto, pela a influência
dessa amizade, Baltasar adquire o conhecimento de outras verdades,
acerca do questionamento de dogmas religiosos e, principalmente,
sobre a consciência do papel do homem no mundo, esta que será
obtida quando Baltasar reconhecer e assumir o seu próprio valor.
• E por último, porque Baltasar paga com a sua própria vida a perseguição
do sonho, o que, por consequente, o faz transcender a imagem do povo
oprimido e espezinhado de que faz parte e que representa. Assim, não é
um herói nem um anti-herói, é simplesmente um homem: um homem
simples, elementar, fiel, terno e maneta, que reage perante a vida com a
resignação típica dos humildes tanto de coração como de condição.
Aceita apenas o que a vida lhe oferece, sem medo do trabalho ou da
morte.
Blimunda de Jesus
• Blimunda Jesus é uma jovem mulher do povo de dezanove anos que tem a
capacidade de ver por dentro as pessoas e os objetos, durante o jejum, e de recolher
as vontades, este ato não mata as pessoas mas é mais fácil ser executado nas que
estão a morrer, dom este que é revelado apenas quando o padre de Bartolomeu
descobre que o combustível da passarola é o éter e que este está dentro das
vontades das pessoas, fazendo esta personagem também parte desse projeto.
• Torna-se companheira de Baltasar em consequência da sua mãe, Sebastiana de Jesus,
que ao vê-la pergunta-lhe telepaticamente quem é o homem que está ao seu lado.
Blimunda vira-se simplesmente para Baltasar e pergunta-lhe qual é o seu nome?.
Baltasar responde-lhe, Blimunda diz-lhe o seu e imediatamente inicia-se o puro amor
entre os dois, transgredindo a moral tradicional e entrando para um domínio do
maravilhoso, e em sua casa os dois entregam-se um ao outro, em corpo e em alma,
com o batismo através do sangue virgem de Blimunda. Foram abençoados tanto pela
mãe de Blimunda, como pelo padre Bartolomeu, ao casá-los à sua maneira e ao
batizar Blimunda com o nome Sete-Luas. Este amor é o símbolo da aceitação e da
renúncia, uma vez que Blimunda promete nunca olhar Baltasar por dentro, evitando
saber da existência de alguma doença mortal, porque amar alguém é aceitá-lo sem
reservas.
Blimunda de Jesus
• Esta relação amorosa dá-lhe o carácter de uma mulher adiantada em
relação ao seu tempo, pois afirma-se dentro -e fora- da relação, tem
nela uma igualdade de direitos, tal como Baltasar, e juntos têm uma
cumplicidade tão perfeita que não é deste mundo na qual partilham os
seus sonhos, os seus medos e a sua vida. No percurso final de Blimunda,
quando procura Baltasar durante nove anos, revela ainda uma faceta
corajosa e persistência, disposta a tudo e até ao fim para encontrar o
seu amor perdido.
• A união do dois assenta numa relação de amparo, uma vez que ele
tranquiliza-a na sua maldição de ver por dentro, enquanto ela ajuda-o
na carência da sua mão, completando-se um ao outro, formando uma
união perfeita. E são felizes na sua "religião do silêncio", em que o olhar
tem mais valor que as palavras, em que olharem-se era a casa de
ambos.
Blimunda de Jesus
• Em contraste com o casal de conveniência do rei e da rainha,
Blimunda e Baltasar, embora sejam um casal ilegítimo por não se
terem casado oficialmente, vivem um amor puro e verdadeiro, e
por isso vivem mais de Deus, do que o casal real que tanto relevo
dá à religiosidade. Deste modo, se houvesse diferença entre esse
amor ancestral e a santa missa, a missa perderia.
• Simbolicamente, o nome Blimunda é o reverso do de Baltasar, tal
como é a Lua o reverso do Sol, que, juntamente com o número
sete, completam-se até serem um só. O seu nome tem origem na
Música, cujo som desgarrador de violoncelo habita no nome
Blimunda e cuja vibração está na sua própria alma.
Blimunda de Jesus
• Blimunda tem uma grande firmeza interior, e aceita a vida e oferece-se
em silêncio sem orgulho nem submissão, com a naturalidade de quem
sabe onde está e para o quê. Para além do dom de ver por dentro e de
recolher vontades, tem um poder excecional de intuição e de
compreensão da complexidade do mundo. Afirma o narrador que
Blimunda aprendeu as coisas sobre a vida e a morte, sobre o pecado e o
amor na barriga da mãe, onde esteve de olhos abertos.
• Representa também o transcendente e a inquietação constante do ser
humano em relação à morte, ao amor, ao pecado e à existência de
Deus.
• Foi a única sobrevivente da Santíssima Trindade terrena, sendo à
partida a mais provável vítima da Inquisição devido aos seus dons. Será
um significado de uma vitória da mulher? Vitória do amor? Ou vitória
daquela que sabia ver?
Outras Personagens
Outras Personagens
Outras Personagens
Outras Personagens
• Sebastiana Maria de Jesus: mãe de Blimunda;
• João Francisco e Marta Maria: pais de Baltasar;
• Álvaro Diogo e Inês Antónia: irmã de Baltasar e cunhados de Blimunda; Álvaro Diogo
morre ao cair de uma janela durante a construção do convento;
• Gabriel: sobrinho de Baltasar Mateus e filho de Inês Antónia e Álvaro Diogo;
• João Elvas: antigo soldado, vadio e amigo de Baltasar;
• D. Nuno da Cunha: bispo inquisidor;
• Frei António de São José: é o franciscano que alega ter tido a premonição na qual diz
que o rei terá a tão desejada sucessão se este construir um convento franciscano.
Perante esta condição, D. João V promete construir um convento em Mafra se tiver
um filho varão dentro de um ano a partir desse mesmo dia. É revelado no romance
pelo narrador que esta premonição é falseada pelo clero, pois este já sabia da
gravidez da rainha através do confessionário, com a revelação de mais "milagres"
produzidos pela ordem franciscana ou que são apenas coincidências.
Outras Personagens
• Frei Boaventura de São Gião: o padre censor do paço;
• Infante D.Francisco: irmão d'el-rei que cobiça o seu trono e que tentou manipular em vão a
rainha; o seu passatempo é fazer pontaria com a pistola aos marinheiros;
• Infante D. Maria Bárbara: é a princesa herdeira cujo convento de Mafra foi construído em sua
honra, embora nunca o tivesse visto; Casa aos dezassete anos com D.Fernando de Espanha e
torna-se rainha de Espanha;
• Clero: revestidos pelas críticas do narrador, são enfatizados a sua hipocrisia e a sua violência
de todos os seus representantes, com foco na Inquisição. Retratados por quebrarem
constantemente a castidade e por desprezarem os pobres, é revelada a sua religiosidade
vazia, cujos rituais originam a corrupção e a degradação moral no povo, ao invés de elevar os
seus espíritos.
• Povo: um dos protagonistas do romance como massa coletiva anónima que foi sacrificada na
construção do convento, embora também seja representado por Baltasar e Blimunda. É
caracterizado como ignorante, miserável, violento e escravos dos poderosos. As personagens
que foram individualizadas dessa massa anónima e que representam a força e o
companheirismo perante a desgraça da escravidão e da solidão na construção do convento,
traduzem a essência de ser português.
Análise da Obra
Análise da Obra
Análise da Obra
Análise
• Além de o leitor mergulhar numa aventura junto às personagens
Baltasar e Blimunda, é levado a uma revisão dos parâmetros que
regiam a sociedade passada e às restrições ideológicas - referentes
à Idade Média -, ambiente que se vê principalmente nas cenas dos
monólogos de Bartolomeu, e no trágico fim de Baltasar Sete-Sóis.
Posto como um dos melhores livros de José Saramago, lado a
Evangelho Segundo Jesus Cristo, Memorial do convento é uma
obra que revoluciona por ter sido elaborado com extrema
precisão, tendo em vista a época histórica retratada pelo autor,
acrescentando-lhe mais um dote, que é a visão máxima de uma
realidade histórica passada.
Tempo
• Tempo histórico: O romance tem como plano de fundo o início do século XVIII.
Uma época marcada pelos contrastes: as práticas retrógradas e medievais, do
povo e da corte, em oposição ao esforço de modernização, com D. João V
como representante.
• Tempo diegético: Na narração da obra a cronologia da ação, que sejam
eventos reais ou ficcionais, data entre 1711 a 1739 (28 anos), iniciando com a
apresentação do rei e terminando com o último auto-de-fé em Portugal, em
que Baltasar morre.
• Tempo do discurso: O modo como flui a cronologia da ação (tempo diegético)
é na maior parte do romance linear, tendo porém algumas anacronias, tal
como a analepse, a prolepse, utilizada por exemplo para narrar a morte do
sobrinho de Baltasar e do infante D.Pedro, e a elipse, utilizada na descrição do
período em que Blimunda procurou Baltasar durante 9 anos; e ainda a
presença do narrador através dos seus comentários, juízos críticos, registos de
língua, e referências ao século XX.
Espaço Físico
• O cenário da obra tem dois macro-espaços:
• Lisboa:
• Terreiro do Paço - local onde se situava o Paço da Ribeira, é o centro do poder;
• Rossio - é o centro urbano onde tem lugar as festividades como os autos-de-fé,
as procissões e as touradas;
• Abegoaria - na Quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, é o local
onde a passarola é construída.
• Mafra:
• Vila de Mafra: é uma pequena população que sobrevive pela agricultura e que
vive isolada da civilização até o rei escolher Mafra como local da construção do
convento;
• Alto da Vela: é o local da construção do convento;
• Ilha da Madeira: é um aglomerado de barracões de madeira onde se localiza os
alojamentos dos operários que trabalham na construção do convento;
Estrutura da ação
• “Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento de Mafra. Era uma
vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma
mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido.
Era uma vez.”
• A ação centra-se na construção do convento de Mafra, que funciona como eixo
estruturador de toda a diegese da obra, intercalando assim outras linhas diegéticas,
como se pode verificar no texto da contracapa.
• Deste modo, na linha diegética da construção do convento, são referidos os
trabalhadores de Mafra que vivem a escravidão e que são valorizados pelo narrador.
Na linha diegética do amor, são confrontados dois tipos distintos de relação amorosa,
um representado pelo casal Baltasar e Blimunda, o amor puro, transgressor e que se
basta por si próprio; o outro é o casal artificial, constituído pelo rei e pela rainha, que
são estranhos que encontram-se exclusivamente duas vezes por semana por dever
real. Na linha diegética da passarola a ciência transgressora é encarada como a força
da curiosidade e criatividade do homem, responsável pela perseguição incessável
pelo sonho, independentemente das consequências.
Narrador
• Estatuto:
• É homodiegético, com a intenção
de captar a atenção do narrador
que se sente participante;
• É heterodiegético, na maior parte
da obra, quando narra a ação;
• Por vezes torna-se autodiegético,
quando representa um
pensamento (não confundir com
os diálogos) de uma personagem;
• Focalização:
• Omnisciente: tem um conhecimento absoluto
tanto sobre as personagens, como sobre as
informações dos eventos e move-se no
presente, no passado e, consequentemente, no
futuro. É como um Deus na narrativa, que tudo
vê e tudo sabe;
• Interna: a voz plural do narrador revela-se
quando é mostrado o ponto de vista de uma
personagem que vive a história. Estas são as
seguintes:
• Sebastiana Maria de Jesus, no auto-de-fé;
• D. João V e o patriarca, na procissão do Corpo
de Deus
• Arquiteto Ludwig, durante uma reunião com o
rei
• Interventiva: é revelada quando o narrador tece
comentários, juízos, registos de língua e marcas
da contemporaneidade. Estas últimas, utilizadas
com ironia, são as seguintes:
• o nome do próprio Saramago;
• a moda do bronzeado;
• os cravos do 25 de Abril
• o cinema como entretenimento
• o parto sem dor
• As cores da bandeira da república portuguesa
• Intertextualidade com outras obras e
autores de modo a ultrapassar as
barreiras do tempo:
• Padre António Vieira, com a sua
oratória;
• Fernando Pessoa, com
Mensagem;
• Camões, com Os Lusíadas;
Simbologia
• Passarola: é tanto o símbolo da
concretização do sonho, representando
assim também a libertação do espírito e a
passagem a outro estado de consciência,
uma vez que que esta é igualmente um
símbolo da ligação do céu e da terra, pois
ousa sair do domínio dos homens e entrar
no domínio de Deus; Por outro lado é um
símbolo dual, pois é por sua causa que
nasce a Trindade terrestre, mas também é
o motivo de separação desta; O voo da
passarola está associada em comparação
com a mitologia grega acerca de Faetonte,
filho de Apolo, que, querendo imitar o pai,
conseguiu com que este o deixasse guiar o
carro do sol por um dia. Porém, Faetonte
não conseguiu sustentar o carro no céu,
despenhando-se sobre a Terra e morrendo
no incêndio resultante. Da mesma maneira,
o padre Bartolomeu de Gusmão e Baltasar
morrerão devido ao seu desejo de voar e
Blimunda tornar-se-á errante
• Sete-Sóis: alcunha
de Baltasar porque
só pode ver à luz;
• Sete-Luas: batismo
de Blimunda porque
"vê" no escuro,
devido aos seus
dons;
Simbologia
• Sol: representa a força e a própria
vida, fazendo corresponder Sete-
Sóis a Sete Vidas, transformando
deste modo a personagem de
Baltasar como representante de
todo o povo. Por outro lado, o sol
para nascer tem que vencer as
trevas, do mesmo modo que
Baltasar tem que vencer a
Inquisição e a superstição popular.
E, da mesma maneira que o sol
possuí o dia temporariamente,
Baltasar atravessa o céu, rasgando
o dogma católico do céu como
terreno de Deus, adquirindo um
estatuto transgressor e de herói
mítico. E como tal, para que o
destino de herói mítico clássico
seja completo, Baltasar morre
tragicamente pelo fogo;
• Lua: Tradicionalmente a Lua
simboliza, por não ter luz própria, o
princípio passivo do sol. No entanto,
a obra revoluciona o conceito da Lua
ao dar a Blimunda capacidades
sobrenaturais que dependem das
fases da lua, tornando a tão
relevante como o sol. Assim é
também a relação de Blimunda e
Baltasar, pois têm ambos igualdade
de direitos e de relevância na obra;
Uma vez que a capacidade de
Blimunda depende das fases da lua,
é revelado a Lua como símbolo do
ritmo da Terra, a medida do tempo,
este responsável pelo ciclo da vida.
Deste modo, Blimunda é quem
recolhe as vontades humanas dos
moribundos e as junta nas esferas da
passarola, transformando-as em
energia vital;
• Sol e Lua: simboliza a
união como um todo,
porque são o verso e o
reverso da mesma
realidade, o dia; e a
união do princípio
masculino e do
princípio feminino:
dormiram nessa noite
os sóis e as luas
abraçados enquanto as
estrelas giravam
devagar no céu.
Simbologia
• Sete: este número
representa a
totalidade perfeita.
Para além da
utilização deste
símbolo na expressão
da completude de
Baltasar e Blimunda,
também é recorrido
noutras situações, tal
como no dia da
sagração do convento.
• Nove: representa o
coroamento dos
esforços, o concluir
de uma criação,
utilizado para
simbolizar os 9 anos
de procura de
Blimunda por
Baltasar;
• Vontade: as vontades recolhidas,
utilizadas como combustível para
a passarola voar, representa que,
aliadas com a ciência e arte, o
querer do homem faz avançar o
mundo, superando os seus
próprios limites; Esta junção das
vontades humanas que é aliada
com a ciência e que produz mais
força, é comparada com a
Primavera mítica que arranca a
Humanidade do dogma da
religião, do terror inquisitorial e
da superstição, livrando assim
Portugal da vontade resignada e
do pensamento falso e passivo
que caracterizava a época;
Simbologia
• Trindade terrena:
constituída pelo padre
Bartolomeu, o pai, por
Baltasar, o filho, e por
Blimunda, o espírito.
Esta simboliza a
harmonia perfeita;
Uma vez que esta é
terrena, está aberta a
um quarto elemento,
Domenico Scarlatti,
dado que quatro é o
número da terra;
• Mãe das pedras: o transporte
desta grande pedra de mármore de
Pêro Pinheiro a Mafra é uma
epopeia, uma vez que esta ação é
descrita com "grandeza" clássica e
é vista como um ato heroico dos
operários, que tem que transportar
uma pedra gigantesca, num carro
especialmente concebido para o
seu transporte, este comparado a
uma nau da Índia, e com a ajuda de
duzentas juntas de bois. Os
seiscentos homens que a puxam
têm que enfrentar difíceis
obstáculos do caminho, tal como
uma narrativa de heróis clássicos,
em que estes têm que contornar
grandes obstáculos com um esforço
sobrenatural;
• Cobertor: Trazido da Áustria
pela rainha, é o símbolo da
separação entre os
monarcas, marcando o
casamento de conveniência
do casal
• Convento de Mafra: é o
símbolo da ostentação
régia, da opressão e da
megalomania, representa
também o sacrifício e
exploração do povo que
trabalhou na construção do
convento.
Crítica
• Carácter transgressor:
• Amor de Blimunda e Baltasar, por não serem casados oficialmente e por
viverem numa relação de igualdade, obtendo uma cumplicidade e uma
perfeição;
• Padre Bartolomeu, por perseguir o seu sonho e acreditar na ciência,
pondo em causa o poder e dogmas da Igreja;
• Passarola, ao voar ousa sair do domínio dos homens e entrar no domínio
de Deus;
• Escrita literária do narrador, por não conter marcas gráficas do discurso
direto;
Ópera
• Memorial do Convento serviu de base a uma ópera, Blimunda,
com música do italiano Azio Corghi, estreada em Milão em 1998.
Memorial do Convento
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Memorial do convento

  • 1. Memorial do Convento A inquisição. Biografia Personagens Históricas
  • 2. A inquisição • A inquisição era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica: vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. • Exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. • Na verdade, a igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do papa.
  • 3. A inquisição • A 23 de maio de 1536 – bula do papa Paulo II - estabelece a inquisição em Portugal, no reinado de D. João III • Os judeus foram os mais perseguidos pela inquisição em Portugal. • As novas propostas filosóficas ou científicas eram, geralmente, olhadas com desconfiança pela inquisição que submetia a um regime de censura prévia todas as obras a publicar, criando o Index (catálogo de livros cuja leitura era proibida aos católicos) sob pena de excomunhão.
  • 4. A inquisição • As pessoas viviam amedrontadas e sabiam que podiam ser denunciadas a qualquer momento sem que houvesse necessariamente razão para isso. • Quando alguém era denunciado, levavam-no preso e, muitas vezes, era torturado até confessar. Alguns dos suspeitos chegavam a confessar-se culpados só para acabar com a tortura. • No caso do acusado não se mostrar arrependido ou de ser reincidente, era condenado, em cerimónias chamadas autos-de-fé, a morrer na fogueira. • A inquisição em Portugal terminou em 1821 depois da revolução liberal de 1820.
  • 6. A inquisição – Em Roma • Em Roma as mulheres penitentes eram ameaçadas com a inquisição se não tivessem relações sexuais com o sacerdote. • Os padres ameaçavam as penitentes no confessionário que, a menos que tivessem relações sexuais com eles, seriam entregues à Inquisição. • Se um sacerdote ameaçasse uma mulher dizendo que este iria mentir sobre ela aos oficiais da "Santa" Inquisição, ela sabia o tipo de tortura e morte que a esperava. • O sacerdote poderia provavelmente delatar a mulher aos inquisidores como bruxa.
  • 8. A inquisição – Em Roma • Muitas das vítimas eram simplesmente queimadas na estaca. Normalmente, essas execuções na fogueira eram realizadas em público mas primeiro eram torturadas em privado. • Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura por parte do clero. As mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas. • Se uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, podia chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente rápida e com pouca dor.
  • 10. A inquisição – Em Roma • Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes.
  • 11. O número de mortes foi enorme: • "Foi infligido no sul da França um dos mais ferozes massacres da história. Grupos de brigadas do norte pilhavam e saqueavam. Na Catedral de Saint-Nazaire, doze mil 'hereges' foram mortos... Aqueles que tentaram fugir foram cortados e mortos. Milhares mais foram queimados na estaca. Em Toulouse, o bispo Foulque levou à morte dez mil pessoas acusadas de heresia. Em Béziers, a população inteira de mais de vinte mil pessoas foi chacinada. Em Citeau, quando questionado sobre como os soldados deveriam distinguir os católicos dos cátaros gnósticos, o abade respondeu com seu cinismo afamado: • 'Matem todos; Deus saberá quais são os seus'."
  • 15. O Berço de Judas
  • 16. O berço de Judas • Esse instrumento era um pouco mais elaborado que o clássico empalamento popularizado por Vlad, o Drácula, mas parece muito pior, devido a lentidão com que a dor era infringida. A vítima era colocada com o ânus ou a vagina sobre a ponta do berço e era lentamente baixada através de cordas amarradas a ela. Parece simples, mas existe agravantes aí. Se ela demorasse a morrer – o que poderia levar dias – poderiam ser amarrados pesos nas suas pernas, para dar uma acelerada no processo. Mas se quisessem o efeito contrário, a vítima sofria sozinha. Fora que nunca lavavam o aparelho, o que produzia infecções dolorosas.
  • 17. A tortura da água
  • 18. A tortura da água • Ao réu, preso à mesa, durante o "interrogatório" era dada água até o seu ventre se partir.
  • 20. Autos-de-fé • Cerimónias públicas onde os condenados da Inquisição eram queimados vivos.
  • 22. Dama de Ferro • Um sarcófago de madeira com espinhos afiados e longos. Essa ferramenta de tortura tinha os espinhos colocados de tal forma que não atingia nenhum ponto vital das vítimas, para prolongar seu sofrimento.
  • 24. A Pera • O nome é dado pelo formato da peça. É uma peça que expandia progressivamente as aberturas onde era introduzida. • Esse instrumento forçava a boca, o ânus ou a vagina da vítima. Era usada para punir os condenados por adultério, ou união sexual com Satã, e também para blasfémias ou hereges.
  • 27. A Roda • Era uma das mais utilizadas formas de tortura da antiguidade. Existem evidências de sua utilização na Inglaterra, Holanda e Alemanha entre o ano de 1100 a 1700. Podia ser usada de duas formas: Eram quebrados os ossos das juntas da vítima (pulsos, joelhos, cotovelos, ombros), para que essa pudesse ser "trançada" entre os raios da roda. Estando a vítima nua e com os membros trançados, a roda era suspensa e ficava exposta em praça pública ou em locais chamados de docas de execução. As vítimas agonizavam até a morte, muitas vezes com os ossos expostos.
  • 31. D. João V • D. João V foi Rei de Portugal desde Janeiro de 1707 até à sua morte (31 de Julho de 1750). Era filho de Pedro II e de Maria Sofia. Recebeu os cognomes de O Magnífico em virtude do luxo de que se revestiu o seu reinado. • A época de D. João V foi o período de maior fluxo de ouro brasileiro, mas o aumento da receita pública e privada não se refletiu em transformações duradouras no plano económico, ou em modificações sensíveis na estrutura social portuguesa.
  • 33. D.João V • O rei consumiu quase tudo quanto do rendimento das minas brasileiras na manutenção de uma corte luxuosa e em gastos enormes relacionados com o prestígio real, no entanto, o dinheiro não podia, por si só, resolver nenhum problema. A sua utilização refletia a mentalidade e formação das pessoas que o utilizavam. • A época de D. João V caracteriza-se pela inexistência quase completa de quadros empresariais, pela falta de gente preparada para se servir da riqueza como instrumento criador de nova riqueza.
  • 35. Palácio Real – Sala dos Grandes Jantares
  • 36. Palácio Real – Sala do Trono
  • 37. Em Portugal • Havia falta de elites em todos os campos: na cultura, na arte, na política, na economia. A inexistência de empresários ativos conduziu ao não surgimento, nas épocas do ouro, de empreendimentos reprodutores de riqueza. • A abundância do ouro atraiu vários estrangeiros, que procuravam instalar indústrias ou eram encorajados pelo Estado a produzirem em Portugal os bens importados. A maior parte destas iniciativas desapareceram por falta de organização económica.
  • 38. O Convento de Mafra • A mais importante realização pessoal de D. João V foi o projeto de construção de um edifício gigantesco, de proporções que excediam de longe tudo quanto até então se edificara em Portugal: o Convento de Mafra, inaugurado em 1744 pelo Papa Bento XIV; quatro anos mais tarde, receberia desse mesmo papa o título de Sua Majestade Fidelíssima, extensível aos seus sucessores.
  • 39. O Convento de Mafra
  • 40. Aqueduto das Águas Livres • D. João V teve a oportunidade para satisfazer a sua paixão pelas construções grandiosas, com o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, considerado como o local mais bonito da cidade no virar do século, e que se ergue sobre o vale de Alcântara. • O aqueduto das Águas Livres resistiu ao terramoto como edifício, e forneceu água a várias fontes; contudo só resolveu parcialmente o problema da falta de água, especialmente quando os particulares – gentes ligadas à nobreza e à Igreja – começam a ter os seus próprios ramais privados
  • 41. Aqueduto das Águas Livres • O objectivo principal do aqueduto era abastecer os chafarizes que, entretanto, tinham sido construídos de propósito um pouco por toda a cidade. Eram eles o Chafariz das Amoreiras, o de Entrecampos, Janelas Verdes, Estrela, Rato, Carmo, Esperança, Cais do Tojo, Flores e muitos outros. Alguns destes chafarizes também tinham tanques para a lavagem de roupa.
  • 43. D. Maria Ana Josefa de Áustria • Maria Ana Josefa de Áustria nasceu em Linz em 7 de setembro de 1683 era filha do imperador Leopoldo I, e da sua terceira mulher, a condessa Leonor Madalena. • Era irmã dos imperadores José I e Carlos VI, também pretendente ao trono espanhol, e meia-irmã de Maria Antónia da Áustria, eleitora da Baviera, entre outros. • Foi rainha consorte de Portugal de 1708 a 1750, enquanto mulher do Rei D. João V de Portugal. Três dos seus filhos sentaram-se no trono: D. José, Rei de Portugal, D. Pedro, Rei-Consorte de Portugal pelo seu casamento com a sua sobrinha, e D. Maria Bárbara, Rainha de Espanha pelo casamento. • Muito culta, conhecia e falava alemão, francês, italiano, espanhol, latim e português, além de perceber inglês. • Acabou por morrer em Lisboa em 14 de agosto de 1754.
  • 44. D. Maria Ana Josefa de Áustria
  • 45. Bartolomeu de Gusmão • Bartolomeu Lourenço de Gusmão, filho de Francisco Lourenço e de Maria Alvares, nasceu a Dezembro de 1685, na Vila de Santos, no Brasil. • Logo se destacou por ser um rapaz brilhante e de ideias avançadas. Fez os estudos primários na Vila de Santos, seguiu para o Seminário de Belém, a fim de completar o Curso de Humanidades, vindo a filiar-se à Companhia de Jesus, sob a orientação do grande amigo de seu pai e fundador daquele Seminário, Padre Alexandre de Gusmão.
  • 46. Bartolomeu de Gusmão • Em 1705, com apenas 20 anos de idade, requereu à Câmara da Bahia, o privilégio para o seu primeiro invento. Era um aparelho que fazia subir a água de um riacho até uma altura de cerca de 100 metros. A água não precisaria mais de ser transportada nas costas de homens ou em lombo de animais. • Entre 1708 e 1709, Bartolomeu de Gusmão, embarcou para Lisboa, onde aprofundou os seus conhecimentos. • Na Universidade de Coimbra realizou profundos estudos da Ciência Matemática, Ciências de Astronomia, Mecânica, Física, Química e Filologia, além do exercício da Diplomacia e da Criptografia, atendendo designação de D. João V, tendo bacharelando-se a 5 de Maio de 1720 e completado o Curso de Doutoramento na Universidade de Coimbra, a 16 de Junho.
  • 48. Bartolomeu de Gusmão • Foi uma bolha de sabão elevando-se ao se aproximar do ar quente ao redor da chama de uma vela, que acendeu o intelecto de Gusmão para a diferença entre as densidades do ar. Um objeto mais-leve-que-o-ar poderia então voar! Em 1709, anunciou à corte que apresentaria uma "Máquina de Voar". Em 19 de Abril daquele ano, recebeu autorização do Rei D. João V para demonstrar seu invento perante a Casa Real.
  • 49. Bartolomeu de Gusmão • A 3 de agosto de 1709 foi realizada a primeira tentativa na Sala de Audiências do Palácio. No entanto, o pequeno balão de papel aquecido por uma chama incendiou-se antes ainda de alçar voo. Dois dias mais tarde, uma nova tentativa deu resultado: o balão subiu cerca de 20 palmos, para verdadeiro espanto dos presentes. Assustados com a possibilidade de um incêndio, os criados do palácio lançaram-se contra o engenho antes que este chegasse ao teto. • Três dias mais tarde, exatamente no dia 8 de agosto de 1709, foi feita a terceira experiência, agora no Pátio da Casa da Índia perante D. João V e a rainha D. Maria. Desta vez, sucesso absoluto. O balão ergue-se lentamente, indo cair, uma vez esgotada sua chama, no Terreiro do Paço. Havia sido construído o primeiro engenho mais-leve-que-o-ar. O Rei ficou tão impressionado com o engenho que concedeu a Gusmão o direito sobre toda e qualquer nave voadora desde então. E para todos aqueles que ousassem interferir ou copiar-lhe as ideias, a pena seria a morte.
  • 50. Bartolomeu de Gusmão apresenta os seus protótipos à corte de D. João V.
  • 51. Bartolomeu de Gusmão • O invento do Padre chamou-se Passarola, em razão de ter a forma de pássaro. • A concepção e realização do aeróstato por Bartolomeu de Gusmão, mostrou o passo gigantesco que representou a sua invenção, idealização e objetivação do flutuador aerostático, donde deveria sair a aeronave, sendo corretamente considerado o Pai da Aerostação, tendo precedido em 74 anos os irmãos Montgolfier, que voaram num balão de ar quente em 1783. • Bartolomeu de Gusmão foi uma figura singular, na qual o homem, o sacerdote e o bem-dotado se fundiam numa personalidade complexa, que enxergava muito à frente de seu tempo, sofrendo as naturais e inevitáveis consequências dessa excepcionalidade. • O Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão faleceu a 19 de Novembro de 1724, em Toledo (Espanha) sendo considerado pelos seus feitos a primeira e a mais bela página da Aeronáutica.
  • 53. Domenico Scarlatti • Compositor, cravista e organista italiano, nasceu em Nápoles (Itália) a 26 de Outubro de 1685. • Filho de Alessandro Scarlatti, compositor de muitas óperas, foi mestre- de-capela da rainha Cristina da Suécia em Roma. Scarlatti passou muitos anos a viajar pela Europa, morou em Roma onde foi mestre-de-capela da exilada rainha da Polónia e foi maestro de São Pedro. • Morou eventualmente em Lisboa, onde foi professor da Princesa Maria Bárbara, filha mais velha de D. João V., futura rainha de Espanha. Quando a princesa se casou com o herdeiro do trono espanhol em 1729, Scarlatti foi para Madrid onde passou o resto da vida. Durante os anos em que morou na Espanha, produziu a sua melhor música. A sua música é extremamente inventiva, e as suas sonatas para cravo são densas experiências auditivas, devido à sua complexidade.
  • 54. Domenico Scarlatti • Foi durante este período que começou a compor os pequenos exercícios, peças para cravo, inspiradas na música popular e pela vida quotidiana espanhola, que ele chamou de sonatas. • Considerado um dos fundadores da moderna técnica de teclado, empregou nessas sonatas dispositivos novos como mão-cruzadas, arpejos rápidos e repetições de notas. A Sonata em Ré maior, por exemplo, é uma referência para as composições para teclado do Período Clássico. As suas composições para o cravo foram comparadas às de Chopin e de Liszt nas suas obras para piano. • Além das sonatas e 12 óperas, também compôs cantatas e música sacra, incluindo um Stabat Mater. • Scarlatti morreu em Madrid no dia 23 de Julho.
  • 56. Baltasar Mateus • Baltasar Mateus , com alcunha hereditária de Sete-Sóis, é abandonado pelo exército durante a Guerra da Sucessão Espanhola por ter ficado inválido devido à perda da sua mão esquerda, representando a crítica da desumanidade na guerra. Deixado na miséria, consegue chegar a Lisboa, onde conhece nesse mesmo dia Blimunda e o padre Bartolomeu, num auto-de-fé no Rossio. Contava 26 anos. Imediatamente encantado pelos olhos de Blimunda no primeiro olhar, partilha desde esse momento até morrer a vida e os sonhos com ela. O padre Bartolomeu fá-lo participante do sonho de voar, projeto que será prosseguido na sua responsabilidade após o desaparecimento deste.
  • 57. Baltasar Mateus • Torna-se açougueiro em Lisboa, uma vez que o gancho que usa para substituir a mão lhe facilita o trabalho, e posteriormente integra-se como boieiro nas legiões de operários nas obras do convento de Mafra. Porém, a sua principal ocupação é a construção da passarola. • Esta personagem revela-se gradualmente o herói do romance. Pois, em primeiro, por ser o representante do povo oprimido, o seu percurso torna-se o foco do narrador, abatendo do primeiro plano as personagens do grupo de poder. Em segundo, a sua relação com Blimunda, cujos poderes são considerados heréticos, entra em conflito com os valores da sociedade vigente, por não serem casados oficialmente.
  • 58. Baltasar Mateus • Em terceiro, pela amizade e partilha de ideias e sonhos com o padre Bartolomeu, que o divinizou ao compará-lo com Deus, por achar que este também é maneta da mão esquerda. Em quarto, pela a influência dessa amizade, Baltasar adquire o conhecimento de outras verdades, acerca do questionamento de dogmas religiosos e, principalmente, sobre a consciência do papel do homem no mundo, esta que será obtida quando Baltasar reconhecer e assumir o seu próprio valor. • E por último, porque Baltasar paga com a sua própria vida a perseguição do sonho, o que, por consequente, o faz transcender a imagem do povo oprimido e espezinhado de que faz parte e que representa. Assim, não é um herói nem um anti-herói, é simplesmente um homem: um homem simples, elementar, fiel, terno e maneta, que reage perante a vida com a resignação típica dos humildes tanto de coração como de condição. Aceita apenas o que a vida lhe oferece, sem medo do trabalho ou da morte.
  • 59. Blimunda de Jesus • Blimunda Jesus é uma jovem mulher do povo de dezanove anos que tem a capacidade de ver por dentro as pessoas e os objetos, durante o jejum, e de recolher as vontades, este ato não mata as pessoas mas é mais fácil ser executado nas que estão a morrer, dom este que é revelado apenas quando o padre de Bartolomeu descobre que o combustível da passarola é o éter e que este está dentro das vontades das pessoas, fazendo esta personagem também parte desse projeto. • Torna-se companheira de Baltasar em consequência da sua mãe, Sebastiana de Jesus, que ao vê-la pergunta-lhe telepaticamente quem é o homem que está ao seu lado. Blimunda vira-se simplesmente para Baltasar e pergunta-lhe qual é o seu nome?. Baltasar responde-lhe, Blimunda diz-lhe o seu e imediatamente inicia-se o puro amor entre os dois, transgredindo a moral tradicional e entrando para um domínio do maravilhoso, e em sua casa os dois entregam-se um ao outro, em corpo e em alma, com o batismo através do sangue virgem de Blimunda. Foram abençoados tanto pela mãe de Blimunda, como pelo padre Bartolomeu, ao casá-los à sua maneira e ao batizar Blimunda com o nome Sete-Luas. Este amor é o símbolo da aceitação e da renúncia, uma vez que Blimunda promete nunca olhar Baltasar por dentro, evitando saber da existência de alguma doença mortal, porque amar alguém é aceitá-lo sem reservas.
  • 60. Blimunda de Jesus • Esta relação amorosa dá-lhe o carácter de uma mulher adiantada em relação ao seu tempo, pois afirma-se dentro -e fora- da relação, tem nela uma igualdade de direitos, tal como Baltasar, e juntos têm uma cumplicidade tão perfeita que não é deste mundo na qual partilham os seus sonhos, os seus medos e a sua vida. No percurso final de Blimunda, quando procura Baltasar durante nove anos, revela ainda uma faceta corajosa e persistência, disposta a tudo e até ao fim para encontrar o seu amor perdido. • A união do dois assenta numa relação de amparo, uma vez que ele tranquiliza-a na sua maldição de ver por dentro, enquanto ela ajuda-o na carência da sua mão, completando-se um ao outro, formando uma união perfeita. E são felizes na sua "religião do silêncio", em que o olhar tem mais valor que as palavras, em que olharem-se era a casa de ambos.
  • 61. Blimunda de Jesus • Em contraste com o casal de conveniência do rei e da rainha, Blimunda e Baltasar, embora sejam um casal ilegítimo por não se terem casado oficialmente, vivem um amor puro e verdadeiro, e por isso vivem mais de Deus, do que o casal real que tanto relevo dá à religiosidade. Deste modo, se houvesse diferença entre esse amor ancestral e a santa missa, a missa perderia. • Simbolicamente, o nome Blimunda é o reverso do de Baltasar, tal como é a Lua o reverso do Sol, que, juntamente com o número sete, completam-se até serem um só. O seu nome tem origem na Música, cujo som desgarrador de violoncelo habita no nome Blimunda e cuja vibração está na sua própria alma.
  • 62. Blimunda de Jesus • Blimunda tem uma grande firmeza interior, e aceita a vida e oferece-se em silêncio sem orgulho nem submissão, com a naturalidade de quem sabe onde está e para o quê. Para além do dom de ver por dentro e de recolher vontades, tem um poder excecional de intuição e de compreensão da complexidade do mundo. Afirma o narrador que Blimunda aprendeu as coisas sobre a vida e a morte, sobre o pecado e o amor na barriga da mãe, onde esteve de olhos abertos. • Representa também o transcendente e a inquietação constante do ser humano em relação à morte, ao amor, ao pecado e à existência de Deus. • Foi a única sobrevivente da Santíssima Trindade terrena, sendo à partida a mais provável vítima da Inquisição devido aos seus dons. Será um significado de uma vitória da mulher? Vitória do amor? Ou vitória daquela que sabia ver?
  • 66. Outras Personagens • Sebastiana Maria de Jesus: mãe de Blimunda; • João Francisco e Marta Maria: pais de Baltasar; • Álvaro Diogo e Inês Antónia: irmã de Baltasar e cunhados de Blimunda; Álvaro Diogo morre ao cair de uma janela durante a construção do convento; • Gabriel: sobrinho de Baltasar Mateus e filho de Inês Antónia e Álvaro Diogo; • João Elvas: antigo soldado, vadio e amigo de Baltasar; • D. Nuno da Cunha: bispo inquisidor; • Frei António de São José: é o franciscano que alega ter tido a premonição na qual diz que o rei terá a tão desejada sucessão se este construir um convento franciscano. Perante esta condição, D. João V promete construir um convento em Mafra se tiver um filho varão dentro de um ano a partir desse mesmo dia. É revelado no romance pelo narrador que esta premonição é falseada pelo clero, pois este já sabia da gravidez da rainha através do confessionário, com a revelação de mais "milagres" produzidos pela ordem franciscana ou que são apenas coincidências.
  • 67. Outras Personagens • Frei Boaventura de São Gião: o padre censor do paço; • Infante D.Francisco: irmão d'el-rei que cobiça o seu trono e que tentou manipular em vão a rainha; o seu passatempo é fazer pontaria com a pistola aos marinheiros; • Infante D. Maria Bárbara: é a princesa herdeira cujo convento de Mafra foi construído em sua honra, embora nunca o tivesse visto; Casa aos dezassete anos com D.Fernando de Espanha e torna-se rainha de Espanha; • Clero: revestidos pelas críticas do narrador, são enfatizados a sua hipocrisia e a sua violência de todos os seus representantes, com foco na Inquisição. Retratados por quebrarem constantemente a castidade e por desprezarem os pobres, é revelada a sua religiosidade vazia, cujos rituais originam a corrupção e a degradação moral no povo, ao invés de elevar os seus espíritos. • Povo: um dos protagonistas do romance como massa coletiva anónima que foi sacrificada na construção do convento, embora também seja representado por Baltasar e Blimunda. É caracterizado como ignorante, miserável, violento e escravos dos poderosos. As personagens que foram individualizadas dessa massa anónima e que representam a força e o companheirismo perante a desgraça da escravidão e da solidão na construção do convento, traduzem a essência de ser português.
  • 71. Análise • Além de o leitor mergulhar numa aventura junto às personagens Baltasar e Blimunda, é levado a uma revisão dos parâmetros que regiam a sociedade passada e às restrições ideológicas - referentes à Idade Média -, ambiente que se vê principalmente nas cenas dos monólogos de Bartolomeu, e no trágico fim de Baltasar Sete-Sóis. Posto como um dos melhores livros de José Saramago, lado a Evangelho Segundo Jesus Cristo, Memorial do convento é uma obra que revoluciona por ter sido elaborado com extrema precisão, tendo em vista a época histórica retratada pelo autor, acrescentando-lhe mais um dote, que é a visão máxima de uma realidade histórica passada.
  • 72. Tempo • Tempo histórico: O romance tem como plano de fundo o início do século XVIII. Uma época marcada pelos contrastes: as práticas retrógradas e medievais, do povo e da corte, em oposição ao esforço de modernização, com D. João V como representante. • Tempo diegético: Na narração da obra a cronologia da ação, que sejam eventos reais ou ficcionais, data entre 1711 a 1739 (28 anos), iniciando com a apresentação do rei e terminando com o último auto-de-fé em Portugal, em que Baltasar morre. • Tempo do discurso: O modo como flui a cronologia da ação (tempo diegético) é na maior parte do romance linear, tendo porém algumas anacronias, tal como a analepse, a prolepse, utilizada por exemplo para narrar a morte do sobrinho de Baltasar e do infante D.Pedro, e a elipse, utilizada na descrição do período em que Blimunda procurou Baltasar durante 9 anos; e ainda a presença do narrador através dos seus comentários, juízos críticos, registos de língua, e referências ao século XX.
  • 73. Espaço Físico • O cenário da obra tem dois macro-espaços: • Lisboa: • Terreiro do Paço - local onde se situava o Paço da Ribeira, é o centro do poder; • Rossio - é o centro urbano onde tem lugar as festividades como os autos-de-fé, as procissões e as touradas; • Abegoaria - na Quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, é o local onde a passarola é construída. • Mafra: • Vila de Mafra: é uma pequena população que sobrevive pela agricultura e que vive isolada da civilização até o rei escolher Mafra como local da construção do convento; • Alto da Vela: é o local da construção do convento; • Ilha da Madeira: é um aglomerado de barracões de madeira onde se localiza os alojamentos dos operários que trabalham na construção do convento;
  • 74. Estrutura da ação • “Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento de Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez.” • A ação centra-se na construção do convento de Mafra, que funciona como eixo estruturador de toda a diegese da obra, intercalando assim outras linhas diegéticas, como se pode verificar no texto da contracapa. • Deste modo, na linha diegética da construção do convento, são referidos os trabalhadores de Mafra que vivem a escravidão e que são valorizados pelo narrador. Na linha diegética do amor, são confrontados dois tipos distintos de relação amorosa, um representado pelo casal Baltasar e Blimunda, o amor puro, transgressor e que se basta por si próprio; o outro é o casal artificial, constituído pelo rei e pela rainha, que são estranhos que encontram-se exclusivamente duas vezes por semana por dever real. Na linha diegética da passarola a ciência transgressora é encarada como a força da curiosidade e criatividade do homem, responsável pela perseguição incessável pelo sonho, independentemente das consequências.
  • 75. Narrador • Estatuto: • É homodiegético, com a intenção de captar a atenção do narrador que se sente participante; • É heterodiegético, na maior parte da obra, quando narra a ação; • Por vezes torna-se autodiegético, quando representa um pensamento (não confundir com os diálogos) de uma personagem; • Focalização: • Omnisciente: tem um conhecimento absoluto tanto sobre as personagens, como sobre as informações dos eventos e move-se no presente, no passado e, consequentemente, no futuro. É como um Deus na narrativa, que tudo vê e tudo sabe; • Interna: a voz plural do narrador revela-se quando é mostrado o ponto de vista de uma personagem que vive a história. Estas são as seguintes: • Sebastiana Maria de Jesus, no auto-de-fé; • D. João V e o patriarca, na procissão do Corpo de Deus • Arquiteto Ludwig, durante uma reunião com o rei • Interventiva: é revelada quando o narrador tece comentários, juízos, registos de língua e marcas da contemporaneidade. Estas últimas, utilizadas com ironia, são as seguintes: • o nome do próprio Saramago; • a moda do bronzeado; • os cravos do 25 de Abril • o cinema como entretenimento • o parto sem dor • As cores da bandeira da república portuguesa • Intertextualidade com outras obras e autores de modo a ultrapassar as barreiras do tempo: • Padre António Vieira, com a sua oratória; • Fernando Pessoa, com Mensagem; • Camões, com Os Lusíadas;
  • 76. Simbologia • Passarola: é tanto o símbolo da concretização do sonho, representando assim também a libertação do espírito e a passagem a outro estado de consciência, uma vez que que esta é igualmente um símbolo da ligação do céu e da terra, pois ousa sair do domínio dos homens e entrar no domínio de Deus; Por outro lado é um símbolo dual, pois é por sua causa que nasce a Trindade terrestre, mas também é o motivo de separação desta; O voo da passarola está associada em comparação com a mitologia grega acerca de Faetonte, filho de Apolo, que, querendo imitar o pai, conseguiu com que este o deixasse guiar o carro do sol por um dia. Porém, Faetonte não conseguiu sustentar o carro no céu, despenhando-se sobre a Terra e morrendo no incêndio resultante. Da mesma maneira, o padre Bartolomeu de Gusmão e Baltasar morrerão devido ao seu desejo de voar e Blimunda tornar-se-á errante • Sete-Sóis: alcunha de Baltasar porque só pode ver à luz; • Sete-Luas: batismo de Blimunda porque "vê" no escuro, devido aos seus dons;
  • 77. Simbologia • Sol: representa a força e a própria vida, fazendo corresponder Sete- Sóis a Sete Vidas, transformando deste modo a personagem de Baltasar como representante de todo o povo. Por outro lado, o sol para nascer tem que vencer as trevas, do mesmo modo que Baltasar tem que vencer a Inquisição e a superstição popular. E, da mesma maneira que o sol possuí o dia temporariamente, Baltasar atravessa o céu, rasgando o dogma católico do céu como terreno de Deus, adquirindo um estatuto transgressor e de herói mítico. E como tal, para que o destino de herói mítico clássico seja completo, Baltasar morre tragicamente pelo fogo; • Lua: Tradicionalmente a Lua simboliza, por não ter luz própria, o princípio passivo do sol. No entanto, a obra revoluciona o conceito da Lua ao dar a Blimunda capacidades sobrenaturais que dependem das fases da lua, tornando a tão relevante como o sol. Assim é também a relação de Blimunda e Baltasar, pois têm ambos igualdade de direitos e de relevância na obra; Uma vez que a capacidade de Blimunda depende das fases da lua, é revelado a Lua como símbolo do ritmo da Terra, a medida do tempo, este responsável pelo ciclo da vida. Deste modo, Blimunda é quem recolhe as vontades humanas dos moribundos e as junta nas esferas da passarola, transformando-as em energia vital; • Sol e Lua: simboliza a união como um todo, porque são o verso e o reverso da mesma realidade, o dia; e a união do princípio masculino e do princípio feminino: dormiram nessa noite os sóis e as luas abraçados enquanto as estrelas giravam devagar no céu.
  • 78. Simbologia • Sete: este número representa a totalidade perfeita. Para além da utilização deste símbolo na expressão da completude de Baltasar e Blimunda, também é recorrido noutras situações, tal como no dia da sagração do convento. • Nove: representa o coroamento dos esforços, o concluir de uma criação, utilizado para simbolizar os 9 anos de procura de Blimunda por Baltasar; • Vontade: as vontades recolhidas, utilizadas como combustível para a passarola voar, representa que, aliadas com a ciência e arte, o querer do homem faz avançar o mundo, superando os seus próprios limites; Esta junção das vontades humanas que é aliada com a ciência e que produz mais força, é comparada com a Primavera mítica que arranca a Humanidade do dogma da religião, do terror inquisitorial e da superstição, livrando assim Portugal da vontade resignada e do pensamento falso e passivo que caracterizava a época;
  • 79. Simbologia • Trindade terrena: constituída pelo padre Bartolomeu, o pai, por Baltasar, o filho, e por Blimunda, o espírito. Esta simboliza a harmonia perfeita; Uma vez que esta é terrena, está aberta a um quarto elemento, Domenico Scarlatti, dado que quatro é o número da terra; • Mãe das pedras: o transporte desta grande pedra de mármore de Pêro Pinheiro a Mafra é uma epopeia, uma vez que esta ação é descrita com "grandeza" clássica e é vista como um ato heroico dos operários, que tem que transportar uma pedra gigantesca, num carro especialmente concebido para o seu transporte, este comparado a uma nau da Índia, e com a ajuda de duzentas juntas de bois. Os seiscentos homens que a puxam têm que enfrentar difíceis obstáculos do caminho, tal como uma narrativa de heróis clássicos, em que estes têm que contornar grandes obstáculos com um esforço sobrenatural; • Cobertor: Trazido da Áustria pela rainha, é o símbolo da separação entre os monarcas, marcando o casamento de conveniência do casal • Convento de Mafra: é o símbolo da ostentação régia, da opressão e da megalomania, representa também o sacrifício e exploração do povo que trabalhou na construção do convento.
  • 80. Crítica • Carácter transgressor: • Amor de Blimunda e Baltasar, por não serem casados oficialmente e por viverem numa relação de igualdade, obtendo uma cumplicidade e uma perfeição; • Padre Bartolomeu, por perseguir o seu sonho e acreditar na ciência, pondo em causa o poder e dogmas da Igreja; • Passarola, ao voar ousa sair do domínio dos homens e entrar no domínio de Deus; • Escrita literária do narrador, por não conter marcas gráficas do discurso direto;
  • 81. Ópera • Memorial do Convento serviu de base a uma ópera, Blimunda, com música do italiano Azio Corghi, estreada em Milão em 1998.
  • 82. Memorial do Convento A inquisição. Biografia Personagens Históricas
  • 83. Memorial do Convento A inquisição. Biografia Personagens Históricas
  • 84. Memorial do Convento A inquisição. Biografia Personagens Históricas
  • 85.
  • 86. FIM