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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
COORDENADORA GERAL DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DE LICENCIATURA
COORDENADORIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
MARIA DE LOURDES PIEDADE SILVA
VALDETE DE FÁTIMA BASTOS CANHANHEDE
ESTUDO DA INFLUÊNCIA FISIOLOGICA E ANTROPOMETRICA DE 10
SEMANAS DE PRÁTICA DE AULAS DE JUMP FIT EM MULHERES ENTRE 25 E
35 ANOS
São Luis
2007
MARIA DE LOURDES PIEDADE SILVA
VALDETE DE FÁTIMA BASTOS CANHANHEDE
ESTUDO DA INFLUÊNCIA FISIOLOGICA E ANTROPOMETRICA DE 10
SEMANAS DE PRÁTICA DE AULAS DE JUMP FIT EM MULHERES ENTRE 25 E
35 ANOS
Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em
Educação Física do Centro Universitário do Maranhão
para obtenção do grau de Licenciado em educação
Física.
Orientador: Prof. Esp. Fernando César Dourado Castelo
Branco
São Luis
2007
RESUMO
Atualmente, as academias licenciadas pelo grupo FIT PRO Fitness Programs® têm suas
aulas de JUMP FIT® sempre lotadas, resultados de muito empenho do grupo FIT PRO@.
Percebeu-se que a literatura é escassa, em relação aos ajustes e adaptações proporcionadas
com este tipo de atividade. Avaliou-se as alterações na composição corporal, antropométrica
e sistema cardiorrespiratória de 10 mulheres, com idade entre 25 e 35 anos. Recorreu-se à
avaliação da porcentagem de gordura utilizando três dobras cutâneas, peso, altura, índice de
massa corporal, perimetria dos membros e avaliação do volume de oxigênio máximo
(protocolo de Astrand, 1960). O programa teve duração de 10 semanas (não ininterruptas).
Todas as voluntárias seguiram o mesmo programa. As aulas práticas aconteceram 3 vezes
por semana no Centro de Ginástica Castelo Branco. Avaliou-se as voluntárias igualmente, no
início e final do programa de treinamento, para comparar o comportamento das variáveis
analisadas. O programa de treinamento foi eficaz na redução da porcentagem de gordura e
aumento do volume máximo. Enfatiza-se que não houve diferença significativa no peso
corporal e índice de massa corporal do grupo, além da avaliação perimétrica não ter
apresentado resultado aparente. Objetivou-se, através do programa apresentado redução na
porcentagem de gordura e melhora na aptidão cardiorrespiratória, os quais foram alcançados.
E, conclui-se que houve melhora significativa, porém recomenda-se futuras pesquisa,
envolvendo a prática do jump fit para se avaliar outras variáveis.
Palavras-chave: Aptidão Cardiorrespiratória. Composição Corporal. JUMP FIT®.
MARIA DE LOURDES PIEDADE SILVA
VALDETE DE FÁTIMA BASTOS CANHANHEDE
ESTUDO DA INFLUÊNCIA FISIOLOGICA E ANTROPOMETRICA DE 10
SEMANAS DE PRÁTICA DE AULAS DE JUMP FIT EM MULHERES ENTRE 25 E
35 ANOS
Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em
Educação Física do Centro Universitário do Maranhão
para obtenção do grau de Licenciado em educação
Física.
Aprovada em: / /
BANCA EXAMINDORA
_______________________________________________
Prof. Esp. Fernando César Dourado Castelo Branco (Orientador)
Centro Universitário do Maranhão
_______________________________________________
Profª Ms. Cecilma Miranda de Sousa Teixeira (Examinadora)
Centro Universitário do Maranhão
_______________________________________________
(Examinador)
Centro Universitário do Maranhão
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................5
2 ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA ..........................................................6
3 O JUMP FIT® .....................................................................................................................8
4 COMPOSIÇÃO CORPORAL ...........................................................................................9
4.1 Aptidão e treinamento cardiorrespiratória ......................................................................9
5 METODOLOGIA .............................................................................................................10
5.1 Tipo de estudo ....................................................................................................................10
5.2 Caracterização do local de estudo e período da pesquisa ..............................................11
5.3 População e amostra .........................................................................................................11
5.4 Localização e equipamento ..............................................................................................12
5.5 Protocolos e testes de avaliação ........................................................................................12
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................14
6.1 Avaliação antropométrica e composição corporal .........................................................14
6.2 Avaliação cardiorrespiratória ..........................................................................................15
7 CONCLUSÃO ...................................................................................................................17
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Quando se fala em academia de ginástica, logo nos vem a idéia de um local onde
se reúnem diversas pessoas com diferentes motivos. Dentre eles estão a perda de peso, por
recomendação médica, interação social, o gosto por qualquer atividade oferecida pela
academia, etc.
A busca por diferentes tipos de atividades relacionadas ao fitness tem sido
constante e, modalidades como o Jump, que demandam alto gasto calórico, sem lesar o
sistema músculo esquelético, melhorando as condições cardiorespiratória, vascular e muscular
e proporcionando atividade física saudável, tem sido aceito pela população (POWERS;
HOWLEY, 2000).
Conti (2001) afirma que o Jump Fit pode ser realizado por pessoas de vários níveis
de condicionamento (de iniciantes a avançados), basta mudar a intensidade dos exercícios. Os
alunos permanecem em cima do trampolim por 45 minutos, onde executam uma coreografia
com muitos saltos diferentes, movimentos de corrida e outros, numa seqüência muito
dinâmica. A aula é segura e o impacto nas articulações e coluna é mínimo, o equipamento
amortece cerca de 87% do impacto, o que dificilmente causa lesões.
No Brasil, o exercício no mini-trampolim ou jump, como é chamado ou ainda
rebound exercise, como é denominado nos Estados Unidos, carece de investigação
aprofundada, no que diz respeito aos aspectos biomecânicos, fisiológicos e os relacionados a
alterações de medidas antropométricas, o que torna esta pesquisa relevante.
No entanto, a prática da atividade física atua decisivamente na qualidade de vida
de seus praticantes. E, muitas pessoas deixam de fazê-la por falta de motivação, apesar de
estudos científicos comprovarem sua eficácia. Percebe-se, um aumento significativo de
praticantes de JUMP FIT® nas academias que apresentam esse programa, demonstrando
assim a grande motivação que essas aulas despertam em seus alunos, justificando assim, a
pesquisa realizada.
Este estudo tem por objetivo avaliar os níveis de aptidão física em mulheres
adultas, praticantes de aulas JUMP FIT®, através avaliações não invasivas da composição
corporal, cardiorrespiratória e antropométrica. Além de identificar alterações após a aplicação
das aulas, por meio do programa de atividade física desenvolvido pela FIT.PRO®. Sendo
assim, utilizou-se pesquisa documental biblográfica, descritiva, de campo e exploratória.
2 ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA
A atividade física tem representado cada vez mais um fator de qualidade de vida,
de forma geral relacionada à saúde. Em todas as idades aumenta a capacidade de trabalho
físico e mental, ocasiona maior entusiasmo, sensação de bem-estar, diminuição dos riscos de
obtenção de doenças crônico-degenerativas e redução dos níveis de mortalidade precoce
(GUEDES; GUEDES, 1998).
É uma resposta intencional do organismo a um estímulo capaz de gerar força
fisica, intrinsecamente derivada de uma complexa rede de reações biológicas energéticas,
que ocorrem no interior de cada célula, originando a capacidade de rendimento nas
atividades diárias, que um indivíduo pode desenvolver de uma forma saudável ou não. O
exercício físico atua decisivamente na qualidade de vida do homem (SILVA, 1995).
Segundo Guedes e Guedes (1998), a realização do exercício físico assumiu papel
preventivo e terapêutico quando se fala em promoção de saúde. Neste segundo aspecto, os
exercícios têm por objetivos atenuar distúrbios e incapacidades orgânicas que possam
contribuir para o aparecimento das doenças crônico-degenerativas, promover melhorias das
funções afetadas e dificultar o surgimento de novas complicações em indivíduos portadores
dessas doenças já clinicamente manifestadas, a fim de reverter o quadro patológico.
Oliveira Filho e Shiromoto (2001) afirmam ser comprovada cientificamente que
a realização de atividade fisica regular, pelo menos três vezes por semana, ocasiona
diferenças significativas nos índices de gordura corporal dos indivíduos; atende aos
objetivos estéticos, reduzindo medidas; reduz significativamente os riscos em função do
excesso e distribuição de gordura corporal (hipertensão, resistência á insulina, dislipidemia,
doença coronariana, e etc), levando o indivíduo a ter uma melhor qualidade de vida, ou a
níveis mais próximos de padrões desejáveis de saúde.
Praticar atividade física, com regularidade de 30 a 40 minutos três vezes por
semana, é um dos hábitos mais recomendáveis, evitando assim que diversas doenças
oriundas de hábitos de vida sedentários acometam uma grande fatia da população das
cidades industrializadas (BARROS NETO; GHORAYEB, 1997).
A procura pelas atividades físicas, orientadas em academias de ginástica, tem
diversos fatores, mas a permanência do aluno dependerá da adequação das atividades e se as
metas proposta por ele e pelo professor serão atingidas. Logo é de extrema importância que
a academia ofereça ao aluno, variadas opções de atividades e horários e que lhe dêem prazer,
fazendo com que pratique atividade física com satisfação em um ambiente saudável.
Com esta visão, as academias de ginásticas procuram satisfazer as necessidades
de seus alunos adequando-se ao mercado.
3 O JUMP FIT®
JUMP FIT® é um programa de treinamento cardiovascular, baseado na utilização
de um minitrampolim. As aulas são coletivas e pré coreografadas pela equipe, previamente
treinada, da FIT.PRO®, uma empresa brasileira criada por Conti (2001).
O Jump Fit tem sua origem no trampolim acrobático feitos, em 1911. Durante
muitos anos o trampolim representou apenas uma modalidade competitiva, em seguida
passou a ser utilizado como instrumento de recreação infantil. Em 1938, foi criado um
protótipo de menor tamanho, similar ao atualmente existente, denominado mini-trampolim,
com o propósito de popularizar a atividade, e torná-la viável a todos. O equipamento passou a
ser fabricado em grandes quantidades, em 1975, pois obteve uma grande aceitação no
treinamento individual e na recuperação física pós-lesões músculo-esqueléticas (CONTI,
2001).
Conti (2001) ainda cita sobre o minitrampolim elástico, de 1 metro de diâmetro
por 18 cm de altura, são executados movimentos de correr e saltar, organizados em diferentes
coreografias, que duram em média 5 minutos cada. Os movimentos usados nas rotinas de
exercícios estão totalmente sincronizados com a música especificada. Cada movimento é
previamente pesquisado e treinado para a segurança dos praticantes, recebem o nome de
compulsórios e estão divididos em 2 famílias. A família 1 representa os movimentos que são
executados com a transferência constante de peso de um pé para o outro (consciência
sinestésica é exigida), citando-se como a corrida. A família 2 são os exercícios executados
com apoio simultâneo de ambos os pés sobre a lona, e demonstram menos exigência de
equilíbrio, dando maior segurança para os novos praticantes.
A empresa FIT.PRO® afirma que em uma aula de JUMP FIT® são gastas muitas
calorias, entre 400 a 900, trazendo, ao longo de um tempo de treinamento, resultados
orgânicos proporcionais, como por exemplo, redução do tecido adiposo.
4 COMPOSIÇÃO CORPORAL
A composição corporal pode ser definida como a quantificação dos componentes
estruturais do corpo humano. É constituída por massa gorda (tecido adiposo) e massa magra
(músculos, ossos e água) que resultam no peso corporal (GUEDES; GUEDES, 1995).
De acordo com Barros Neto e Ghorayeb (1997), a composição corporal refere-se
à quantidade e proporção dos diversos constituintes do corpo humano, os quais estão
relacionados com a saúde, doença e qualidade de vida.
Guedes e Guedes (1998) afirmam que o desejável é manter a gordura corporal
para homens em torno de 15% do peso corporal e para mulheres 25%. Para a análise da
composição corporal também é utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado pela
razão do peso corporal/estatura² (Kglm²).
4.1 Aptidão e treinamento cardiorrespiratória
A aptidão cardiorrespiratória constitui um importante componente da aptidão
fisica relacionada à promoção da saúde.
Powers e Howley (2000) citam que um importante preditor de saúde
cardiorrespiratória é o volume de oxigênio máximo, resumindo o que está ocorrendo no
sistema de transporte de oxigênio durante o exercício máximo ou extenuante. Além de poder
ser facilmente medido, tem sido empregado como medida mais representativa da condição
cardiorrespiratória.
O volume de oxigênio máximo indica a maior quantidade de oxigênio que um
indivíduo é capaz de utilizar, durante a realização de um exercício mais extenuante, e é a
medida mais exata que se dispõe para avaliar a aptidão cardiorrespiratória. Que por sua vez,
durante o exercício físico, comporta-se de diferentes maneiras dependendo da idade
cronológica, sexo, constituição corporal e modifica-se na presença ou ausência da atividade
física contínua, mantendo no decorrer de seu trabalho uma predominância do sistema
energético aeróbio (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
O treinamento aeróbio ou cardiorrespiratório propicia a melhora da capacidade da
circulação central no fornecimento de oxigênio, assim como, o melhor aproveitamento do
oxigênio pelos músculos ativados durante a execução do exercício, permitindo ao indivíduo o
desenvolvimento da capacidade de sustentar por um período longo de tempo, uma atividade
física em condições de equilíbrio fisiológico (homeostase), em “steady state” (AMORIM,
1989).
Dantas (1998) cita que o treinamento intervalado aeróbio consiste na aplicação
repetida de exercícios e períodos de descanso de modo alternado. Sua prescrição fundamenta-
se na intensidade e tempo de duração dos exercícios, menor volume e maior intensidade, nos
respectivos intervalos de recuperação, na quantidade de repetições do intervalo exercício-
recuperação e freqüência de treinamento por semana.
5 METODOLOGIA
Consiste em etapas do desenvolvimento da pesquisa.
5.1 Tipo de estudo
Relatório científico, fundamentado em pesquisa bibliográfica, de campo,
descritiva e exploratória.
5.2 Caracterização do local de estudo e período da pesquisa
O estudo foi realizado no Centro de Ginástica Castelo Branco, academia
credenciada do sistema FIT PRO, localizada à Avenida nos Franceses, bairro Alemanha.
As voluntárias participaram da pesquisa desenvolvida durante 10 semanas, no
período de agosto a novembro de 2007.
A primeira etapa da pesquisa consistiu em selecionar as voluntárias, realizar uma
anamnese e um conjunto de avaliações fisiológicas não invasivas, padronizadas, antes e após
o desenvolvimento do programa de treinamento, utilizando as aulas de JUMP FIT@. As
aulas foram realizadas três vezes por semana e os testes foram realizados na sala da
Avaliação da academia citada.
As sessões de testes aconteceram uma semana antes e uma semana após a
aplicação do trabalho físico, num mesmo período do dia, procurando-se evitar uma possível
interferência de variações circadianas. Nenhuma das voluntárias estava fazendo uso de
qualquer medicamento que poderia interferir nas respostas dos testes.
5.3 População e amostra
Foram selecionadas 10 mulheres saudáveis, com idade média de 29,50 (faixa
etária entre 25 e 35 anos), que praticavam atividade fisica regular há três meses. Foram
excluídas do trabalho mulheres grávidas, lactantes e portadoras de labirintite grave,
incontinência urinária e instabilidade nas articulações de joelhos e tornozelos. Só foram
inscritas no programa aquelas que concordaram com o termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
5.4 Localização e equipamento
Para o desenvolvimento das aulas de JUMP FIT® foi utilizada sala de ginástica
do Centro de Ginástica Castelo Branco.
Os materiais utilizados durante as aulas foram 11 (onze) minitrampolins (10 para
as voluntárias e 1 para a professora), da Physycus, 1 (um) aparelho de som, pertencente à
academia.
Os equipamentos necessários para a aplicação dos testes, como o adipômetro, fita
métrica, frequencímetro e a bicicleta ergométrica, para o teste cardiorrespiratória foram
também disponibilizados pela academia.
5.5 Protocolos e testes de avaliação
Nos protocolos e testes inclui-se a avaliação antropométrica, avaliação da
composição corporal e cardiorespiratória que visou determinar a composição corporal das
voluntárias, onde se coletou dados como o peso corporal, obtido em massa (kg); a altura,
dobras cutâneas e perimetria.
Para a medida do peso utilizou-se uma balança de plataforma, tipo Filizolla, com
precisão de 0,l kg. As voluntárias trajaram maiô e estavam descalças e posicionadas em pé,
com os braços soltos ao longo do corpo. Para a coleta da altura, obtida em centímetros (cm),
utilizou-se uma toesa metálica acoplada a uma régua graduada. Elas foram posicionadas
retamente e de costas para a régua, com os braços ao longo do corpo, de acordo com os
procedimentos descritos por Guedes e Guedes (1998).
O calculo do Índice de Massa Corporal (IMC) teve como base a coleta dos dados
do peso corporal e da altura, sendo calculado por meio da fórmula: IMC (Kg/m²) =
peso/altura, através do uso de uma fita métrica flexível, com precisão de 0,l cm, de acordo
com as técnicas convencionais, descritas por Heyward e Stolarczyk (2000). Foram medidas
bilateralmente as circunferências: braço normal (CB), antebraço (CANB), coxa meso-
femural (CCXM), panturrilha (CP), tórax (CT), abdominal (CAB) e quadril (CQ).
A avaliação da composição corporal que foi obtida pela técnica de mensuração
das espessuras das dobras cutâneas. Utilizou-se o protocolo proposto por Guedes e Guedes
(1998). As medidas das dobras cutâneas foram feitas com a utilização de um adipômetro
calibrado (tipo Sanny Científico, com capacidade de 0 a 78 mm, tolerância +-0,5mm em
78mm, com resolução de décimos de milímetros): coxa (DCCX), suprailíaca (DCSI) e
subescapular (DCSB).
Utilizando as medidas de dobras cutâneas, calculou-se a quantidade de gordura
corporal relativa das voluntárias, mediante o uso da proposta feita por Guedes e Guedes
(1998): DENS = 1.1665 - 0.07063 log (CX + SI + SB), sendo r = 0,853 e EPE = 0,0053.
Aplicou-se a formula de Siri (1961), para calcular a Porcentagem de Gordura
(G%): %G = [(4,95 / DENS) - 4,50] x 100.
Para a avaliação cardiorrespiratória utilizou-se frequencímetro Polar foi realizado
o registro da freqüência cardíaca em repouso das voluntárias, e a altura do banco da bicicleta
ergométrica foi ajustada. Utilizando o protocolo proposto por Astrand (1987). O teste foi
iniciado com dois minutos de aquecimento, sendo que a voluntária pedalaram numa
velocidade entre 25-30 lan/h, ou seja, 75-80 rpm. A carga utilizada no aquecimento foi de 0,5
kpm. Após os 2 minutos de aquecimento, foi acrescentada uma carga, para que a voluntária
mantivesse uma freqüência cardíaca de 120-170bpm, sem alterar a velocidade. Durante os
cinco minutos do teste foi medida a freqüência cardíaca a cada um minuto. Através da carga
utilizada durante o teste, calculou-se o volume de oxigênio carga: V0²carga = 0,014 x
CARGA (em watts) + 0,129.
A partir desse resultado, calculou-se o volume de oxigênio absoluto, utilizando a
média da freqüência cardíaca de esforço (Fcest) e o fator de correção da idade (fator de
correção):
V0²absoluto(mulher) = (126/Fcesf - 72) x V0²carga x (fator de correção).
Assim pudemos calcular o volume de oxigênio relativo ao peso da voluntária:
V0²relativo (ml/kg/min) = V0²absoluto x 100/peso (kg).
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Avaliação antropométrica e composição corporal
A tabela 1 mostra os dados do peso corporal do grupo, em cada condição de
estudo. Observou-se que houve uma pequena redução no valor médio do peso corporal, e esse
valor não foi significativo.
Tabela 1 - Valores do Peso Corporal (Kg) inicial e final
CONDIÇÃO INICIAL FINAL DIFERENÇA
Média
Desvio Padrão
Mínimo
Máximo
56,53
10,55
44,6
60,8
56,42
10,62
43,4
59,2
0,11
1,91
1,2
1,6
P<0,05
Silva (1995) cita que observou uma mínima redução do peso corporal dos
voluntários do subgrupo de total freqüência nas aulas de step.
A tabela 2 demonstra a média da porcentagem de gordura do grupo. Observar-se
que, não houve mudanças no peso corporal e índice de massa corporal do grupo, mas uma
pequena mudança na média da porcentagem de gordura, o que não foi, estatisticamente
significativo.
Tabela 2 - Valores da porcentagem de gordura inicial e final
CONDIÇÃO INICIAL FINAL DIFERENÇA
Média
Desvio Padrão
Máximo
Mínimo
25,88
4,25
26,87
22,52
23,63
4,08
24,75
20,51
2,25
0,17
2,12
2,01
p<0,05
Sabe-se que o treinamento do Jump Fit® é intervalado e estudos comprovam a
eficácia deste tipo de treinamento, na diminuição do percentual de gordura corporal
(SANTOS et al., 2004).
Através da comparação dos dados apresentados (tabela 3), observou-se com
clareza que apesar da mínima diferença no peso corporal e índice de massa corporal médios
do grupo, houve uma redução significativa na média da porcentagem de gordura das
pesquisadas.
Tabela 3 - Valores médios das variáveis Peso Corporal, IMC e Porcentagem de Gordura
inicial e
final
VARIÁVEIS INICIAL FINAL DIFERENÇA
Peso Corporal (Kg)
IMC (Kg/m²)
% Gordura
56,53±10,55
24,17±3,42
25,88±4,25
56,42±10,62
22,10±3,39
23,63±4,08
0,11±1,91
0,07±0,71
2,25±0,17
*p<0,05
Foi constatado por Oliveira Filho e Shiromoto (2001), em seus estudos que
comparava os efeitos do exercício regular sobre a gordura corporal, que utilizar o peso
corporal para avaliar a composição corporal do indivíduo não é tão eficaz, pois se pode dizer
que ao mesmo tempo em que o indivíduo reduz em 1 kg seu componente de gordura, poderá
estar ganhando 1 kg da massa corporal magra, não se observando diferenças visíveis na
balança.
6.2 Avaliação cardiorrespiratória
O Volume de Oxigênio relativo ao peso da voluntária que daria o Volume de
Oxigênio Máximo, foi medido através do protocolo cicloergometrico de Astrand (1987).
Comprovou-se um aumento, estatisticamente significativo, na capacidade respiratória (tabela
4).
Tabela 4 - Valores médios do VO² máximo ( ml/kg/min)
CONDIÇÃO INICIAL FINAL DIFERENÇA
Media
Desvio Padrão
Mínimo
Máximo
24,33
4,73
32,5
35,5
26,74
5,84
33,5
36
2,41
1,11
1
0,,5
p<0,05
Lemos et al. (2004) citam que após um programa de treinamento sobre o volume
de oxigênio máximo, em um grupo de sedentários, por um período de 7 a 13 semanas, houve
um aumento de 10%, independente da freqüência cardíaca, confirmando assim a nossa
pesquisa.
O jump fit é uma aula intervalada proporcionando assim um trabalho com
elevados percentuais de volume de oxigênio máximo, e maior sustentação do estimulo que
outras atividades contínuas, mesmo não mantendo um steady-state duradouro. O estresse
exigido durante as aulas de jump fit ira provocar adaptações no sistema de transporte de
oxigênio e nos tecidos que terá desenvolvida a sua capacidade de suportar e metabolizar altas
concentrações de ácido lático devido a remoção nos intervalos e pelo acumulo durante o
exercício.
7 CONCLUSÃO
Diante dos resultados da pesquisa, concluiu-se que os níveis de aptidões físicas
em mulheres adultas praticantes de jump fit apresentou melhora significativa e que as
alterações após as aulas foi, portanto, satisfatória. Contudo, recomenda-se futuras pesquisas
envolvendo a prática do jump fit para se avaliar outras variáveis.
REFERÊNCIAS
AMORIM. P.R.S. Educação física na terceira idade. Rio de Janeiro: [s.e.], 1989.
ASTRAND, P. O.; RODAHL., K. Tratado de fisiologia do exercício. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1987.
BARROS-NETO, T. L.; GHORAYEB, N. O Exercício: preparação fisiológica, avaliação
médica: aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheuneu, 1997.
DANTAS, E. H. A prática da preparação física. 4. ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
CONTI, Cida. FIT.PRO Programs: Material Didático JUMP FIT. São Paulo, 2001.
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Controle do peso corporal: composição corporal:
atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf 1998.
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. O estudo da composição corporal. Revista da
Fundação Esporte e Turismo, v. 2, p.15-20, 1995.
LEMOS, A. et al. A influencia do treinamento de JUMP FIT antes e depois dos exercícios
resistidos. Dissertação (Mestrado em Ciência da Motricidade Humana) - Universidade Gama
Filho. Rio de Janeiro, 2004.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: nutrição e
desempenho humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
OLIVEIRA FILHO, A; SHIROMOTO, R. N. Efeitos do exercício físico regular sobre índices
preditores de gordura corporal: índices de massa corporal, relação cintura quadril e dobras
cutâneas. Revista Brasileira de Educação Física, Maringá, v.12, n.2, 105-112, jul./dez.
2001.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e desempenho. 3. ed. São Paulo: Manole, 2000.
SANTOS, M.et al. Os efeitos de um treinamento intervalado a do treinamento contínuo
na redução da composição corporal em mulheres adultas. Monografia (Pós-Graduação) -
Universidade Gama Filho. Goiânia, 2004.
SILVA, J. G. S. Efeitos fisiológicos da atividade fisica; Atividade fisica e as doenças crônico-
degenerativa. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações básicas sobre atividades
físicas e saúde para os profissionais das áreas de educação e saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 1995. p. 39-46.
Silva, Maria de Lourdes Piedade
Estudo da influência fisiológica e antropométrica de 10 semanas de
prática de aulas de jump fit em mulheres entre 25 e35 anos /Maria de
Lourdes Piedade Silva, Valdete de Fátima Bastos Cantanhede. – São Luís,
2007.
19 f.
Artigo científico (Graduação em Educação Física) – Centro
Universitário do Maranhão – UniCEUMA, 2007.
1. Jum fit I. Cantanhede, Valdete de Fátima Bastos II. Título
CDU 796.413.12

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  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO COORDENADORA GERAL DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DE LICENCIATURA COORDENADORIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA MARIA DE LOURDES PIEDADE SILVA VALDETE DE FÁTIMA BASTOS CANHANHEDE ESTUDO DA INFLUÊNCIA FISIOLOGICA E ANTROPOMETRICA DE 10 SEMANAS DE PRÁTICA DE AULAS DE JUMP FIT EM MULHERES ENTRE 25 E 35 ANOS São Luis 2007
  • 2. MARIA DE LOURDES PIEDADE SILVA VALDETE DE FÁTIMA BASTOS CANHANHEDE ESTUDO DA INFLUÊNCIA FISIOLOGICA E ANTROPOMETRICA DE 10 SEMANAS DE PRÁTICA DE AULAS DE JUMP FIT EM MULHERES ENTRE 25 E 35 ANOS Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física do Centro Universitário do Maranhão para obtenção do grau de Licenciado em educação Física. Orientador: Prof. Esp. Fernando César Dourado Castelo Branco São Luis 2007
  • 3. RESUMO Atualmente, as academias licenciadas pelo grupo FIT PRO Fitness Programs® têm suas aulas de JUMP FIT® sempre lotadas, resultados de muito empenho do grupo FIT PRO@. Percebeu-se que a literatura é escassa, em relação aos ajustes e adaptações proporcionadas com este tipo de atividade. Avaliou-se as alterações na composição corporal, antropométrica e sistema cardiorrespiratória de 10 mulheres, com idade entre 25 e 35 anos. Recorreu-se à avaliação da porcentagem de gordura utilizando três dobras cutâneas, peso, altura, índice de massa corporal, perimetria dos membros e avaliação do volume de oxigênio máximo (protocolo de Astrand, 1960). O programa teve duração de 10 semanas (não ininterruptas). Todas as voluntárias seguiram o mesmo programa. As aulas práticas aconteceram 3 vezes por semana no Centro de Ginástica Castelo Branco. Avaliou-se as voluntárias igualmente, no início e final do programa de treinamento, para comparar o comportamento das variáveis analisadas. O programa de treinamento foi eficaz na redução da porcentagem de gordura e aumento do volume máximo. Enfatiza-se que não houve diferença significativa no peso corporal e índice de massa corporal do grupo, além da avaliação perimétrica não ter apresentado resultado aparente. Objetivou-se, através do programa apresentado redução na porcentagem de gordura e melhora na aptidão cardiorrespiratória, os quais foram alcançados. E, conclui-se que houve melhora significativa, porém recomenda-se futuras pesquisa, envolvendo a prática do jump fit para se avaliar outras variáveis. Palavras-chave: Aptidão Cardiorrespiratória. Composição Corporal. JUMP FIT®.
  • 4. MARIA DE LOURDES PIEDADE SILVA VALDETE DE FÁTIMA BASTOS CANHANHEDE ESTUDO DA INFLUÊNCIA FISIOLOGICA E ANTROPOMETRICA DE 10 SEMANAS DE PRÁTICA DE AULAS DE JUMP FIT EM MULHERES ENTRE 25 E 35 ANOS Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física do Centro Universitário do Maranhão para obtenção do grau de Licenciado em educação Física. Aprovada em: / / BANCA EXAMINDORA _______________________________________________ Prof. Esp. Fernando César Dourado Castelo Branco (Orientador) Centro Universitário do Maranhão _______________________________________________ Profª Ms. Cecilma Miranda de Sousa Teixeira (Examinadora) Centro Universitário do Maranhão _______________________________________________ (Examinador) Centro Universitário do Maranhão
  • 5. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................5 2 ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA ..........................................................6 3 O JUMP FIT® .....................................................................................................................8 4 COMPOSIÇÃO CORPORAL ...........................................................................................9 4.1 Aptidão e treinamento cardiorrespiratória ......................................................................9 5 METODOLOGIA .............................................................................................................10 5.1 Tipo de estudo ....................................................................................................................10 5.2 Caracterização do local de estudo e período da pesquisa ..............................................11 5.3 População e amostra .........................................................................................................11 5.4 Localização e equipamento ..............................................................................................12 5.5 Protocolos e testes de avaliação ........................................................................................12 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................14 6.1 Avaliação antropométrica e composição corporal .........................................................14 6.2 Avaliação cardiorrespiratória ..........................................................................................15 7 CONCLUSÃO ...................................................................................................................17 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................18
  • 6. 1 INTRODUÇÃO Quando se fala em academia de ginástica, logo nos vem a idéia de um local onde se reúnem diversas pessoas com diferentes motivos. Dentre eles estão a perda de peso, por recomendação médica, interação social, o gosto por qualquer atividade oferecida pela academia, etc. A busca por diferentes tipos de atividades relacionadas ao fitness tem sido constante e, modalidades como o Jump, que demandam alto gasto calórico, sem lesar o sistema músculo esquelético, melhorando as condições cardiorespiratória, vascular e muscular e proporcionando atividade física saudável, tem sido aceito pela população (POWERS; HOWLEY, 2000). Conti (2001) afirma que o Jump Fit pode ser realizado por pessoas de vários níveis de condicionamento (de iniciantes a avançados), basta mudar a intensidade dos exercícios. Os alunos permanecem em cima do trampolim por 45 minutos, onde executam uma coreografia com muitos saltos diferentes, movimentos de corrida e outros, numa seqüência muito dinâmica. A aula é segura e o impacto nas articulações e coluna é mínimo, o equipamento amortece cerca de 87% do impacto, o que dificilmente causa lesões. No Brasil, o exercício no mini-trampolim ou jump, como é chamado ou ainda rebound exercise, como é denominado nos Estados Unidos, carece de investigação aprofundada, no que diz respeito aos aspectos biomecânicos, fisiológicos e os relacionados a alterações de medidas antropométricas, o que torna esta pesquisa relevante. No entanto, a prática da atividade física atua decisivamente na qualidade de vida de seus praticantes. E, muitas pessoas deixam de fazê-la por falta de motivação, apesar de estudos científicos comprovarem sua eficácia. Percebe-se, um aumento significativo de praticantes de JUMP FIT® nas academias que apresentam esse programa, demonstrando assim a grande motivação que essas aulas despertam em seus alunos, justificando assim, a pesquisa realizada. Este estudo tem por objetivo avaliar os níveis de aptidão física em mulheres adultas, praticantes de aulas JUMP FIT®, através avaliações não invasivas da composição corporal, cardiorrespiratória e antropométrica. Além de identificar alterações após a aplicação das aulas, por meio do programa de atividade física desenvolvido pela FIT.PRO®. Sendo assim, utilizou-se pesquisa documental biblográfica, descritiva, de campo e exploratória.
  • 7. 2 ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA A atividade física tem representado cada vez mais um fator de qualidade de vida, de forma geral relacionada à saúde. Em todas as idades aumenta a capacidade de trabalho físico e mental, ocasiona maior entusiasmo, sensação de bem-estar, diminuição dos riscos de obtenção de doenças crônico-degenerativas e redução dos níveis de mortalidade precoce (GUEDES; GUEDES, 1998). É uma resposta intencional do organismo a um estímulo capaz de gerar força fisica, intrinsecamente derivada de uma complexa rede de reações biológicas energéticas, que ocorrem no interior de cada célula, originando a capacidade de rendimento nas atividades diárias, que um indivíduo pode desenvolver de uma forma saudável ou não. O exercício físico atua decisivamente na qualidade de vida do homem (SILVA, 1995). Segundo Guedes e Guedes (1998), a realização do exercício físico assumiu papel preventivo e terapêutico quando se fala em promoção de saúde. Neste segundo aspecto, os exercícios têm por objetivos atenuar distúrbios e incapacidades orgânicas que possam contribuir para o aparecimento das doenças crônico-degenerativas, promover melhorias das funções afetadas e dificultar o surgimento de novas complicações em indivíduos portadores dessas doenças já clinicamente manifestadas, a fim de reverter o quadro patológico. Oliveira Filho e Shiromoto (2001) afirmam ser comprovada cientificamente que a realização de atividade fisica regular, pelo menos três vezes por semana, ocasiona diferenças significativas nos índices de gordura corporal dos indivíduos; atende aos objetivos estéticos, reduzindo medidas; reduz significativamente os riscos em função do excesso e distribuição de gordura corporal (hipertensão, resistência á insulina, dislipidemia, doença coronariana, e etc), levando o indivíduo a ter uma melhor qualidade de vida, ou a níveis mais próximos de padrões desejáveis de saúde. Praticar atividade física, com regularidade de 30 a 40 minutos três vezes por semana, é um dos hábitos mais recomendáveis, evitando assim que diversas doenças oriundas de hábitos de vida sedentários acometam uma grande fatia da população das cidades industrializadas (BARROS NETO; GHORAYEB, 1997). A procura pelas atividades físicas, orientadas em academias de ginástica, tem diversos fatores, mas a permanência do aluno dependerá da adequação das atividades e se as metas proposta por ele e pelo professor serão atingidas. Logo é de extrema importância que
  • 8. a academia ofereça ao aluno, variadas opções de atividades e horários e que lhe dêem prazer, fazendo com que pratique atividade física com satisfação em um ambiente saudável. Com esta visão, as academias de ginásticas procuram satisfazer as necessidades de seus alunos adequando-se ao mercado.
  • 9. 3 O JUMP FIT® JUMP FIT® é um programa de treinamento cardiovascular, baseado na utilização de um minitrampolim. As aulas são coletivas e pré coreografadas pela equipe, previamente treinada, da FIT.PRO®, uma empresa brasileira criada por Conti (2001). O Jump Fit tem sua origem no trampolim acrobático feitos, em 1911. Durante muitos anos o trampolim representou apenas uma modalidade competitiva, em seguida passou a ser utilizado como instrumento de recreação infantil. Em 1938, foi criado um protótipo de menor tamanho, similar ao atualmente existente, denominado mini-trampolim, com o propósito de popularizar a atividade, e torná-la viável a todos. O equipamento passou a ser fabricado em grandes quantidades, em 1975, pois obteve uma grande aceitação no treinamento individual e na recuperação física pós-lesões músculo-esqueléticas (CONTI, 2001). Conti (2001) ainda cita sobre o minitrampolim elástico, de 1 metro de diâmetro por 18 cm de altura, são executados movimentos de correr e saltar, organizados em diferentes coreografias, que duram em média 5 minutos cada. Os movimentos usados nas rotinas de exercícios estão totalmente sincronizados com a música especificada. Cada movimento é previamente pesquisado e treinado para a segurança dos praticantes, recebem o nome de compulsórios e estão divididos em 2 famílias. A família 1 representa os movimentos que são executados com a transferência constante de peso de um pé para o outro (consciência sinestésica é exigida), citando-se como a corrida. A família 2 são os exercícios executados com apoio simultâneo de ambos os pés sobre a lona, e demonstram menos exigência de equilíbrio, dando maior segurança para os novos praticantes. A empresa FIT.PRO® afirma que em uma aula de JUMP FIT® são gastas muitas calorias, entre 400 a 900, trazendo, ao longo de um tempo de treinamento, resultados orgânicos proporcionais, como por exemplo, redução do tecido adiposo.
  • 10. 4 COMPOSIÇÃO CORPORAL A composição corporal pode ser definida como a quantificação dos componentes estruturais do corpo humano. É constituída por massa gorda (tecido adiposo) e massa magra (músculos, ossos e água) que resultam no peso corporal (GUEDES; GUEDES, 1995). De acordo com Barros Neto e Ghorayeb (1997), a composição corporal refere-se à quantidade e proporção dos diversos constituintes do corpo humano, os quais estão relacionados com a saúde, doença e qualidade de vida. Guedes e Guedes (1998) afirmam que o desejável é manter a gordura corporal para homens em torno de 15% do peso corporal e para mulheres 25%. Para a análise da composição corporal também é utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado pela razão do peso corporal/estatura² (Kglm²). 4.1 Aptidão e treinamento cardiorrespiratória A aptidão cardiorrespiratória constitui um importante componente da aptidão fisica relacionada à promoção da saúde. Powers e Howley (2000) citam que um importante preditor de saúde cardiorrespiratória é o volume de oxigênio máximo, resumindo o que está ocorrendo no sistema de transporte de oxigênio durante o exercício máximo ou extenuante. Além de poder ser facilmente medido, tem sido empregado como medida mais representativa da condição cardiorrespiratória. O volume de oxigênio máximo indica a maior quantidade de oxigênio que um indivíduo é capaz de utilizar, durante a realização de um exercício mais extenuante, e é a medida mais exata que se dispõe para avaliar a aptidão cardiorrespiratória. Que por sua vez, durante o exercício físico, comporta-se de diferentes maneiras dependendo da idade cronológica, sexo, constituição corporal e modifica-se na presença ou ausência da atividade física contínua, mantendo no decorrer de seu trabalho uma predominância do sistema energético aeróbio (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998). O treinamento aeróbio ou cardiorrespiratório propicia a melhora da capacidade da circulação central no fornecimento de oxigênio, assim como, o melhor aproveitamento do oxigênio pelos músculos ativados durante a execução do exercício, permitindo ao indivíduo o desenvolvimento da capacidade de sustentar por um período longo de tempo, uma atividade
  • 11. física em condições de equilíbrio fisiológico (homeostase), em “steady state” (AMORIM, 1989). Dantas (1998) cita que o treinamento intervalado aeróbio consiste na aplicação repetida de exercícios e períodos de descanso de modo alternado. Sua prescrição fundamenta- se na intensidade e tempo de duração dos exercícios, menor volume e maior intensidade, nos respectivos intervalos de recuperação, na quantidade de repetições do intervalo exercício- recuperação e freqüência de treinamento por semana.
  • 12. 5 METODOLOGIA Consiste em etapas do desenvolvimento da pesquisa. 5.1 Tipo de estudo Relatório científico, fundamentado em pesquisa bibliográfica, de campo, descritiva e exploratória. 5.2 Caracterização do local de estudo e período da pesquisa O estudo foi realizado no Centro de Ginástica Castelo Branco, academia credenciada do sistema FIT PRO, localizada à Avenida nos Franceses, bairro Alemanha. As voluntárias participaram da pesquisa desenvolvida durante 10 semanas, no período de agosto a novembro de 2007. A primeira etapa da pesquisa consistiu em selecionar as voluntárias, realizar uma anamnese e um conjunto de avaliações fisiológicas não invasivas, padronizadas, antes e após o desenvolvimento do programa de treinamento, utilizando as aulas de JUMP FIT@. As aulas foram realizadas três vezes por semana e os testes foram realizados na sala da Avaliação da academia citada. As sessões de testes aconteceram uma semana antes e uma semana após a aplicação do trabalho físico, num mesmo período do dia, procurando-se evitar uma possível interferência de variações circadianas. Nenhuma das voluntárias estava fazendo uso de qualquer medicamento que poderia interferir nas respostas dos testes. 5.3 População e amostra Foram selecionadas 10 mulheres saudáveis, com idade média de 29,50 (faixa etária entre 25 e 35 anos), que praticavam atividade fisica regular há três meses. Foram excluídas do trabalho mulheres grávidas, lactantes e portadoras de labirintite grave, incontinência urinária e instabilidade nas articulações de joelhos e tornozelos. Só foram inscritas no programa aquelas que concordaram com o termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
  • 13. 5.4 Localização e equipamento Para o desenvolvimento das aulas de JUMP FIT® foi utilizada sala de ginástica do Centro de Ginástica Castelo Branco. Os materiais utilizados durante as aulas foram 11 (onze) minitrampolins (10 para as voluntárias e 1 para a professora), da Physycus, 1 (um) aparelho de som, pertencente à academia. Os equipamentos necessários para a aplicação dos testes, como o adipômetro, fita métrica, frequencímetro e a bicicleta ergométrica, para o teste cardiorrespiratória foram também disponibilizados pela academia. 5.5 Protocolos e testes de avaliação Nos protocolos e testes inclui-se a avaliação antropométrica, avaliação da composição corporal e cardiorespiratória que visou determinar a composição corporal das voluntárias, onde se coletou dados como o peso corporal, obtido em massa (kg); a altura, dobras cutâneas e perimetria. Para a medida do peso utilizou-se uma balança de plataforma, tipo Filizolla, com precisão de 0,l kg. As voluntárias trajaram maiô e estavam descalças e posicionadas em pé, com os braços soltos ao longo do corpo. Para a coleta da altura, obtida em centímetros (cm), utilizou-se uma toesa metálica acoplada a uma régua graduada. Elas foram posicionadas retamente e de costas para a régua, com os braços ao longo do corpo, de acordo com os procedimentos descritos por Guedes e Guedes (1998). O calculo do Índice de Massa Corporal (IMC) teve como base a coleta dos dados do peso corporal e da altura, sendo calculado por meio da fórmula: IMC (Kg/m²) = peso/altura, através do uso de uma fita métrica flexível, com precisão de 0,l cm, de acordo com as técnicas convencionais, descritas por Heyward e Stolarczyk (2000). Foram medidas bilateralmente as circunferências: braço normal (CB), antebraço (CANB), coxa meso- femural (CCXM), panturrilha (CP), tórax (CT), abdominal (CAB) e quadril (CQ). A avaliação da composição corporal que foi obtida pela técnica de mensuração das espessuras das dobras cutâneas. Utilizou-se o protocolo proposto por Guedes e Guedes (1998). As medidas das dobras cutâneas foram feitas com a utilização de um adipômetro calibrado (tipo Sanny Científico, com capacidade de 0 a 78 mm, tolerância +-0,5mm em
  • 14. 78mm, com resolução de décimos de milímetros): coxa (DCCX), suprailíaca (DCSI) e subescapular (DCSB). Utilizando as medidas de dobras cutâneas, calculou-se a quantidade de gordura corporal relativa das voluntárias, mediante o uso da proposta feita por Guedes e Guedes (1998): DENS = 1.1665 - 0.07063 log (CX + SI + SB), sendo r = 0,853 e EPE = 0,0053. Aplicou-se a formula de Siri (1961), para calcular a Porcentagem de Gordura (G%): %G = [(4,95 / DENS) - 4,50] x 100. Para a avaliação cardiorrespiratória utilizou-se frequencímetro Polar foi realizado o registro da freqüência cardíaca em repouso das voluntárias, e a altura do banco da bicicleta ergométrica foi ajustada. Utilizando o protocolo proposto por Astrand (1987). O teste foi iniciado com dois minutos de aquecimento, sendo que a voluntária pedalaram numa velocidade entre 25-30 lan/h, ou seja, 75-80 rpm. A carga utilizada no aquecimento foi de 0,5 kpm. Após os 2 minutos de aquecimento, foi acrescentada uma carga, para que a voluntária mantivesse uma freqüência cardíaca de 120-170bpm, sem alterar a velocidade. Durante os cinco minutos do teste foi medida a freqüência cardíaca a cada um minuto. Através da carga utilizada durante o teste, calculou-se o volume de oxigênio carga: V0²carga = 0,014 x CARGA (em watts) + 0,129. A partir desse resultado, calculou-se o volume de oxigênio absoluto, utilizando a média da freqüência cardíaca de esforço (Fcest) e o fator de correção da idade (fator de correção): V0²absoluto(mulher) = (126/Fcesf - 72) x V0²carga x (fator de correção). Assim pudemos calcular o volume de oxigênio relativo ao peso da voluntária: V0²relativo (ml/kg/min) = V0²absoluto x 100/peso (kg).
  • 15. 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1 Avaliação antropométrica e composição corporal A tabela 1 mostra os dados do peso corporal do grupo, em cada condição de estudo. Observou-se que houve uma pequena redução no valor médio do peso corporal, e esse valor não foi significativo. Tabela 1 - Valores do Peso Corporal (Kg) inicial e final CONDIÇÃO INICIAL FINAL DIFERENÇA Média Desvio Padrão Mínimo Máximo 56,53 10,55 44,6 60,8 56,42 10,62 43,4 59,2 0,11 1,91 1,2 1,6 P<0,05 Silva (1995) cita que observou uma mínima redução do peso corporal dos voluntários do subgrupo de total freqüência nas aulas de step. A tabela 2 demonstra a média da porcentagem de gordura do grupo. Observar-se que, não houve mudanças no peso corporal e índice de massa corporal do grupo, mas uma pequena mudança na média da porcentagem de gordura, o que não foi, estatisticamente significativo. Tabela 2 - Valores da porcentagem de gordura inicial e final CONDIÇÃO INICIAL FINAL DIFERENÇA Média Desvio Padrão Máximo Mínimo 25,88 4,25 26,87 22,52 23,63 4,08 24,75 20,51 2,25 0,17 2,12 2,01 p<0,05 Sabe-se que o treinamento do Jump Fit® é intervalado e estudos comprovam a eficácia deste tipo de treinamento, na diminuição do percentual de gordura corporal (SANTOS et al., 2004). Através da comparação dos dados apresentados (tabela 3), observou-se com clareza que apesar da mínima diferença no peso corporal e índice de massa corporal médios
  • 16. do grupo, houve uma redução significativa na média da porcentagem de gordura das pesquisadas. Tabela 3 - Valores médios das variáveis Peso Corporal, IMC e Porcentagem de Gordura inicial e final VARIÁVEIS INICIAL FINAL DIFERENÇA Peso Corporal (Kg) IMC (Kg/m²) % Gordura 56,53±10,55 24,17±3,42 25,88±4,25 56,42±10,62 22,10±3,39 23,63±4,08 0,11±1,91 0,07±0,71 2,25±0,17 *p<0,05 Foi constatado por Oliveira Filho e Shiromoto (2001), em seus estudos que comparava os efeitos do exercício regular sobre a gordura corporal, que utilizar o peso corporal para avaliar a composição corporal do indivíduo não é tão eficaz, pois se pode dizer que ao mesmo tempo em que o indivíduo reduz em 1 kg seu componente de gordura, poderá estar ganhando 1 kg da massa corporal magra, não se observando diferenças visíveis na balança. 6.2 Avaliação cardiorrespiratória O Volume de Oxigênio relativo ao peso da voluntária que daria o Volume de Oxigênio Máximo, foi medido através do protocolo cicloergometrico de Astrand (1987). Comprovou-se um aumento, estatisticamente significativo, na capacidade respiratória (tabela 4). Tabela 4 - Valores médios do VO² máximo ( ml/kg/min) CONDIÇÃO INICIAL FINAL DIFERENÇA Media Desvio Padrão Mínimo Máximo 24,33 4,73 32,5 35,5 26,74 5,84 33,5 36 2,41 1,11 1 0,,5 p<0,05
  • 17. Lemos et al. (2004) citam que após um programa de treinamento sobre o volume de oxigênio máximo, em um grupo de sedentários, por um período de 7 a 13 semanas, houve um aumento de 10%, independente da freqüência cardíaca, confirmando assim a nossa pesquisa. O jump fit é uma aula intervalada proporcionando assim um trabalho com elevados percentuais de volume de oxigênio máximo, e maior sustentação do estimulo que outras atividades contínuas, mesmo não mantendo um steady-state duradouro. O estresse exigido durante as aulas de jump fit ira provocar adaptações no sistema de transporte de oxigênio e nos tecidos que terá desenvolvida a sua capacidade de suportar e metabolizar altas concentrações de ácido lático devido a remoção nos intervalos e pelo acumulo durante o exercício.
  • 18. 7 CONCLUSÃO Diante dos resultados da pesquisa, concluiu-se que os níveis de aptidões físicas em mulheres adultas praticantes de jump fit apresentou melhora significativa e que as alterações após as aulas foi, portanto, satisfatória. Contudo, recomenda-se futuras pesquisas envolvendo a prática do jump fit para se avaliar outras variáveis.
  • 19. REFERÊNCIAS AMORIM. P.R.S. Educação física na terceira idade. Rio de Janeiro: [s.e.], 1989. ASTRAND, P. O.; RODAHL., K. Tratado de fisiologia do exercício. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. BARROS-NETO, T. L.; GHORAYEB, N. O Exercício: preparação fisiológica, avaliação médica: aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheuneu, 1997. DANTAS, E. H. A prática da preparação física. 4. ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998. CONTI, Cida. FIT.PRO Programs: Material Didático JUMP FIT. São Paulo, 2001. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Controle do peso corporal: composição corporal: atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf 1998. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. O estudo da composição corporal. Revista da Fundação Esporte e Turismo, v. 2, p.15-20, 1995. LEMOS, A. et al. A influencia do treinamento de JUMP FIT antes e depois dos exercícios resistidos. Dissertação (Mestrado em Ciência da Motricidade Humana) - Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro, 2004. MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: nutrição e desempenho humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. OLIVEIRA FILHO, A; SHIROMOTO, R. N. Efeitos do exercício físico regular sobre índices preditores de gordura corporal: índices de massa corporal, relação cintura quadril e dobras cutâneas. Revista Brasileira de Educação Física, Maringá, v.12, n.2, 105-112, jul./dez. 2001. POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e desempenho. 3. ed. São Paulo: Manole, 2000. SANTOS, M.et al. Os efeitos de um treinamento intervalado a do treinamento contínuo na redução da composição corporal em mulheres adultas. Monografia (Pós-Graduação) - Universidade Gama Filho. Goiânia, 2004. SILVA, J. G. S. Efeitos fisiológicos da atividade fisica; Atividade fisica e as doenças crônico- degenerativa. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações básicas sobre atividades físicas e saúde para os profissionais das áreas de educação e saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1995. p. 39-46.
  • 20. Silva, Maria de Lourdes Piedade Estudo da influência fisiológica e antropométrica de 10 semanas de prática de aulas de jump fit em mulheres entre 25 e35 anos /Maria de Lourdes Piedade Silva, Valdete de Fátima Bastos Cantanhede. – São Luís, 2007. 19 f. Artigo científico (Graduação em Educação Física) – Centro Universitário do Maranhão – UniCEUMA, 2007. 1. Jum fit I. Cantanhede, Valdete de Fátima Bastos II. Título CDU 796.413.12