Este documento descreve as lições da semana 6 do estudo bíblico adulto sobre rebelião e redenção. A primeira lição discute a vitória de Jesus no deserto ao ser tentado por Satanás. A segunda lição fala sobre o batismo de Jesus e a mensagem de juízo de João Batista. A terceira lição narra a tentação de Jesus no deserto, onde Ele resiste à tentativa de Satanás de fazê-Lo duvidar de Sua divindade.
1. Lições Adultos Rebelião e redenção
Lição 6 – Vitória no deserto 30 de janeiro a 6 de fevereiro
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Êx 37, 38
VERSO PARA MEMORIZAR: “O Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10).
Rm 6:22-23, (ACF); 22 Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para
santificação, e por fim a vida eterna. 23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
"Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum
entrareis no reino dos Céus." Mat. 18:3. O próprio eu precisa ser posto em sujeição ao jugo de Cristo. O
grande Mestre convida todos a aprenderem dEle. ... "O Filho do homem veio salvar o que estava perdido."
Mat. 18:11. Mas os que desejam ser salvos têm de estar dispostos a serem salvos da maneira designada pelo
Senhor, e não de um modo que eles mesmos escolheram. A abundante graça de Deus é a única esperança do
homem. Deus leva a sério a cada um de nós. … Fomos chamados para ser o povo especial do Senhor num
sentido muito mais elevado do que muitos têm concebido. O mundo jaz em iniquidade, e o povo de Deus deve
sair do mundo e separar-se. Eles devem estar livres de costumes e hábitos mundanos. Não devem
condescender com sentimentos mundanos, mas distinguir-se como o povo peculiar do Senhor, diligente em
todo o seu serviço. Não devem ter comunhão alguma com as obras das trevas. Carta 280, 1906.
“Aquele que veio ao nosso mundo buscar e salvar o que se havia perdido ofereceu Sua própria vida para que
os homens pudessem ter um segundo tempo de graça. Ele tem piedade, compaixão, e amor que não têm
paralelo; e fez toda provisão em benefício dos homens para que ninguém pereça.” Manuscrito 104, 1897.
❉ Domingo - Emanuel veio para salvar
1. Leia Mateus 1:20-23. Qual é o significado do nome dado a Jesus: Emanuel?
Mt 1:22-23, (ACF 1753); 22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo
profeta, que diz; 23 Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de
EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco. cf. Is 7:14; Is 8:8; Hb 1:5.
► Resp. Deus Conosco.
a) Por que Jesus veio à Terra para estar “conosco”?
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2. ► Resp. EMANUEL veio para restaurar a ruína produzida pelo pecado. Veio para devolver a humanidade o
domínio que Adão havia perdido (Rm 5:12, 15; Mq 4:8). Veio para trazer juízo e destruir as obras do diabo (Jo
9:39; 1Jo 3:8). Veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos (Lc 19:10) e para tirar seus pecados (Jo 1:29).
Veio para mostrar como Deus é; para revelar a nós, e ao Universo expectante, qual é Seu verdadeiro caráter (Jo
14:9).
“Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o
intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação. Em Cristo, porém, chegamos a ficar em
mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar nossa natureza, o Salvador Se
ligou à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. 'Deus amou
o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito'” Jo 3:16. (O Desejado de Todas as Nações, p. 25).
❉ Segunda - O batismo de Jesus
2. Leia Mateus 3:7-12. Por que à sua apresentação do Messias João Batista ligaria temas de juízo, como a ira
vindoura (v. 7), o machado posto à raiz das árvores (v. 10), a limpeza completa da eira (v. 12) e a queima da
palha em fogo inextinguível (v. 12)?
(Mt 3:7-12) 7 Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de
víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; 9 e
não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras
Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que
não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. 11 Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas
aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos
batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua
eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
► Resp. Eles já tinham a concepção (embora distorcida) de que deveriam estar puros para entrar na terra
prometida.
João Batista, em sua vida no deserto, foi ensinado por Deus. Estudou as revelações de Deus na natureza. Sob a
guia do divino Espírito, estudou os rolos dos profetas. Dia e noite Cristo era seu estudo, sua meditação, até que
espírito, alma e coração ficaram cheios da gloriosa visão.
Ele contemplou o Rei em Sua beleza, e perdeu de vista o próprio eu. Viu a majestade da santidade, e
reconheceu a própria ineficiência e indignidade. Era a mensagem de Deus que ele devia proclamar. Era no
poder de Deus e em Sua justiça que se devia manter firme. Estava disposto a ir como mensageiro do Céu,
inabalável ante as coisas humanas, pois havia contemplado o Divino. Podia manter-se destemido perante os
reis terrestres, porque se prostrara tremente diante do Rei dos reis. (Obreiros Evangélicos, p. 54).
A voz de João erguia-se qual trombeta. Sua comissão era: “Anuncia a Meu povo a sua transgressão, e à casa de
Jacó os seus pecados” (Is 58:1). Ele não obteve nenhuma cultura humana. Deus e a natureza haviam sido seus
mestres. Era, porém, necessário para preparar o caminho adiante de Cristo alguém que fosse bastante ousado
para fazer sua voz ouvida como os profetas de outrora, chamando a nação degenerada ao arrependimento.
(Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 148).
João declarava aos mestres de Israel que seu orgulho, egoísmo e crueldade demonstravam serem eles uma raça
de víboras, uma terrível maldição para o povo, em vez de filhos do justo e obediente Abraão. Em vista da luz
que haviam recebido de Deus, eram ainda piores que os gentios, a quem se sentiam tão superiores. Haviam-se
esquecido da rocha de onde foram cortados, e da caverna do poço de onde foram cavados. Deus não dependia
deles para cumprimento de Seu desígnio. Como chamara a Abraão dentre um povo gentio, assim poderia
chamar outros a Seu serviço. O coração destes poderia parecer agora tão morto como as pedras do deserto,
mas o Espírito de Deus o poderia vivificar para fazer Sua vontade, e receber o cumprimento da promessa.
"E também", disse o profeta, "já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois que não dá bom
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3. fruto, corta-se e lança-se no fogo". Mat. 3:10. Não por seu nome, mas por seus frutos, é determinado o valor
de uma árvore. Se o fruto é sem valor, o nome não pode salvar a árvore da destruição. João declarou aos
judeus que sua aceitação diante de Deus era decidida por seu caráter e vida. A declaração de nada valia. Se sua
vida e caráter não estivessem em harmonia com a lei de Deus, não eram seu povo. O Desejado de Todas as
Nações, p. 107.
❉ Terça - Transformar pedras em pães
3. Leia Mateus 4:1-3. O que aconteceu e por quê? Como vemos o grande conflito se desenrolando ali?
(Mt 4:1-3) 1 A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E, depois de
jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. 3 Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho
de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.
► Resp. Jesus foi tentado por Satanás para Se afastar da missão, usar Seu poder para satisfazer Seu apetite,
desobedecer ao Pai, duvidar de Sua divindade e Se tornar independente do Pai. Jesus venceu no mesmo ponto
em que Adão e Eva foram derrotados. Por isso, nos oferece Sua vitória.
“Quando Jesus foi levado ao deserto para ser tentado, foi guiado pelo Espírito de Deus. Não convidou a
tentação. Foi para o deserto para estar sozinho, a fim de considerar Sua missão e obra. Por jejum e oração
devia Se fortalecer para a vereda sangrenta que iria trilhar. Mas Satanás sabia que Jesus tinha ido para o
deserto, e julgou que essa fosse a melhor ocasião para se aproximar dEle”. (O Desejado de Todas as Nações, p.
114).
Após o Salvador ter jejuado "quarenta dias e quarenta noites", Ele "teve fome". Mat. 4:2. Foi então que
Satanás Lhe apareceu. Ele surgiu como um belo anjo do Céu, alegando ser autorizado por Deus a declarar que
o jejum do Salvador estava no fim. "Então, o tentador, aproximando-se, Lhe disse: Se és Filho de Deus, manda
que estas pedras se transformem em pães." Mat. 4:3. Mas na insinuação de desconfiança, Cristo reconheceu o
inimigo cujo poder Ele tinha vindo à Terra para resistir. Ele não aceitaria o desafio nem seria movido pela
tentação. Apegou-Se firmemente à afirmativa: "Não só de pão viverá o homem", disse, "mas de toda palavra
que procede da boca de Deus." Mat. 4:4.
Cristo permanecia fiel a toda palavra de Deus, e prevaleceu. Se sempre tomássemos tal posição quando
tentados, recusando dar margem à tentação ou argumentar com o inimigo, a mesma experiência seria nossa. É
quando paramos para dialogar com Satanás que somos vencidos. Devemos saber individualmente que estamos
em combate, lançar mão da afirmativa à vista de Deus e ali permanecer. É assim que obteremos o divino poder
prometido, pelo qual podemos receber "todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento
completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude". II Ped. 1:3.
Poderemos ser participantes da natureza divina. Seremos todos tentados de maneiras diversas, mas quando
somos tentados precisamos recordar que uma provisão foi feita pela qual podemos vencer. ... Aquele que
realmente crê em Cristo torna-se participante da natureza divina e tem poder do qual se pode valer sob toda
tentação. Não cairá em tentação nem será derrotado. Em tempo de prova reclamará as promessas, e por tal
meio escapará às corrupções que há no mundo.
Cremos que nos custa algo permanecer nesta posição perante o mundo; e realmente custa. Mas o que nossa
salvação tem custado ao universo celestial? Para nos tornarmos participantes da natureza divina o Céu
ofereceu seu mais valioso tesouro. O Filho de Deus pôs de lado Sua veste e coroa reais, e veio à Terra como
uma criancinha. Ele dispôs-Se a viver uma vida perfeita da infância à maturidade. Empenhou-Se em
permanecer como representante do Pai num mundo caído. E Ele dispôs-Se a morrer em benefício de uma raça
perdida. Que obra foi essa! Se Ele falhasse, se fosse vencido pela tentação, um mundo seria perdido.
Manuscrito 992, 1908.
Satanás pôs em dúvida a filiação divina de Cristo. Na maneira por que foi sumariamente despedido, teve a
irrefutável prova. A divindade irradiou através da humanidade sofredora. Satanás foi impotente para resistir à
ordem. Torcendo-se de humilhação e raiva, foi forçado a se retirar da presença do Redentor do mundo. A
vitória de Cristo foi tão completa, como tinha sido o fracasso de Adão.
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4. Assim podemos resistir à tentação e forçar Satanás a retirar-se de nós. Jesus obteve a vitória por meio da
submissão e fé em Deus, e diz-nos mediante o apóstolo: “Sujeitem-se pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá
de vocês. Cheguem-se a Deus, e Ele Se chegará a vocês” (Tg 4:7, 8). Não nos podemos salvar do poder do
tentador. Ele venceu a humanidade, e quando tentamos resistir em nossa própria força, tornamo-nos presas de
seus ardis. Mas “torre forte é o nome do Senhor; para ela correrá o justo, e estará em alto retiro” (Pv 18:10).
Satanás treme e foge diante da mais débil pessoa que se refugia nesse nome poderoso. (O Desejado de Todas
as Nações, p. 130, 131).
❉ Quarta - Outra tentação
4. O que Satanás estava tentando sugerir ali? Se Jesus tivesse pulado, isso provaria alguma coisa? Mt 4:5-7
(Mt 4:5-7) 5 Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e lhe disse: Se és
Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te
guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 7 Respondeu-lhe Jesus:
Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
► Resp. Usando as Escrituras, Satanás tentou Jesus a abusar do poder divino para ostentação pessoal, o que
seria uma atitude presunçosa.
A segunda tentação foi sobre o aspecto da presunção. ... Satanás supõe agora que enfrentou a Jesus em Seu
próprio terreno. O astuto inimigo apresenta palavras procedentes da boca de Deus. Torna evidente que tem
conhecimento das Escrituras. Mas quando citou a promessa "Aos Seus anjos ordenará a teu respeito que te
guardem", omitiu as palavras "em todos os teus caminhos", isto é, em todos os caminhos da escolha de Deus.
Jesus recusou-Se a sair da vereda da obediência. Não forçaria a Providência a vir em Seu socorro, deixando
assim de dar-nos um exemplo de confiança e submissão. Nunca operou Ele um milagre em Seu próprio favor.
Suas maravilhosas obras foram todas para o bem dos outros. Jesus declarou a Satanás: "Também está escrito:
Não tentarás o Senhor teu Deus." Mat. 4:7. Deus preservará a todos quantos andam na senda da obediência,
mas apartar-se dela é arriscar-se no terreno de Satanás. Aí cairemos por certo. Jesus saiu vitorioso da segunda
tentação […]. Sermons and Talks, vol. 2, págs. 218 e 219.
O tentador pensava aproveitar-se da humanidade de Cristo, e O incitou à presunção. Mas ao passo que pode
instigar, não lhe é possível forçar ao pecado. Disse a Jesus: “Atira-Te abaixo”, sabendo que O não podia
lançar; pois Deus Se interporia para livrá-Lo. Tampouco poderia o inimigo forçar Jesus a Se lançar. A menos
que Cristo consentisse na tentação, não poderia ser vencido. Nem todo o poder da Terra ou do inferno O
poderia forçar no mínimo que fosse a Se apartar da vontade de Seu Pai.
O tentador jamais nos poderá compelir a praticar o mal. Não pode dominar as mentes, a menos que se
submetam a seu controle. A vontade tem que consentir, a fé largar sua segurança em Cristo, antes que Satanás
possa exercer domínio sobre nós. Mas todo desejo pecaminoso que nutrimos lhe proporciona um palmo de
terreno. Todo ponto em que deixamos de satisfazer à norma divina é uma porta aberta pela qual pode entrar
para nos tentar destruir. E todo fracasso ou derrota de nossa parte, dá-lhe ocasião de acusar a Cristo. (O
Desejado de Todas as Nações, p. 125).
❉ Quinta - Adoração ao diabo
5. Leia Mateus 4:8-10, Deuteronômio 34:1-4 e Apocalipse 21:10. Qual é o significado do “monte muito alto”
ao qual Satanás levou Jesus?
(Mt 4:5-6); 5 Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 E
disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará
ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra.
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5. (Mt 4:8-10) 8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a
glória deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te,
Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.
(Dt 34:1-4) 1 Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cimo de Pisga, que está
defronte de Jericó; e o SENHOR lhe mostrou toda a terra de Gileade até Dã; 2 e todo o Naftali, e a terra
de Efraim, e Manassés; e toda a terra de Judá até ao mar ocidental; 3 e o Neguebe e a campina do vale
de Jericó, a cidade das Palmeiras, até Zoar. 4 Disse-lhe o SENHOR: Esta é a terra que, sob juramento,
prometi a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os próprios
olhos; porém não irás para lá.
(Ap 21:10) e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa
cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
► Resp. Um lugar alto ou uma visão abrangente dos reinos da Terra, que Satanás julgava dominar. Ele
prometeu dar tudo a Jesus, em troca de um momento de adoração.
“Aquele que ousou enfrentar, tentar e acusar nosso Senhor e teve poder para tomá-Lo nos braços e levá-Lo ao
pináculo do templo e ao cume de uma montanha muito alta, exercerá seu poder até a um grau admirável sobre
a presente geração que, em sabedoria, é muito inferior a Jesus, e quase inteiramente ignorante da sutileza e
força de Satanás”. Mensagens aos Jovens, págs. 51 e 52.
A aflição e a adversidade podem causar muita inconveniência e trazer grande depressão, mas a prosperidade é
que é perigosa para a vida espiritual. A menos que o elemento humano esteja em constante submissão à
vontade de Deus, a menos que seja santificado pela verdade e possua a fé que opera por amor e purifica a
alma, a prosperidade certamente despertará a inclinação natural à presunção. ...
No vale da humilhação, onde os homens dependem de Deus para ensiná-los e guiá-los em todo passo, há
comparativa segurança. Mas que cada um que tenha uma viva ligação com Deus ore por... aqueles que estão
postos num elevado pináculo e que, devido a sua exaltada posição, supostamente têm muita sabedoria. A
menos que tais homens sintam sua necessidade de um Braço mais forte do que o braço de carne sobre que se
apoiar, a menos que façam de Deus sua dependência, sua visão das coisas se tornará distorcida e cairão.
O Senhor me instruiu a instar com todos para reconhecerem que o homem é humano. A igreja de Cristo está
necessitada de íntima comunhão com o Senhor Jesus. Aqueles que mais sentem sua dependência de Deus são
em geral os que menos dependem de tesouros terrestres. Manuscrito 145, 1902.
Jesus saiu vitorioso da segunda tentação, e então Satanás se manifesta em seu verdadeiro caráter, alegando ser
o deus deste mundo. Colocando Jesus sobre uma alta montanha, fez com que todos os reinos do mundo, em
toda a sua glória, passassem, em vista panorâmica, diante dEle. Os olhos de Jesus, cercados ultimamente de
tanta tristeza e desolação, contemplam agora uma cena de inexcedível beleza e prosperidade. Ouve então a voz
do tentador: "Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem
quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu".
A missão de Cristo só se podia cumprir através de sofrimento. Achava-se diante dEle uma existência de dores,
privações, lutas e morte ignominiosa. Agora poderia Cristo livrar-Se do terrível futuro mediante o
reconhecimento da supremacia de Satanás. Fazer isso, porém, era renunciar à vitória no grande conflito. Cristo
declarou ao grande tentador: "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele
darás culto." Mat. 4:10. Manuscrito 155, 1902. (Sermons and Talks, vol. 2, págs. 218 e 219).
Satanás viu que ele não prevaleceu em nada contra Cristo na sua segunda grande tentação. "Novamente, O
transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-
Lhe: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares." Mat. 4:8 e 9.
Nas duas primeiras grandes tentações Satanás não havia revelado seus verdadeiros propósitos ou seu caráter;
ele afirmava ser um mensageiro exaltado das cortes do Céu, mas agora tira seu disfarce. Apresentou a Cristo
todos os reinos do mundo na mais atrativa luz, enquanto se dizia ser o príncipe deste mundo.
Essa última tentação era a mais persuasiva das três. Satanás sabia que a vida de Cristo deveria ser de tristezas,
dificuldades e conflitos. Ele pensou que poderia aproveitar-se desse fato para subornar Cristo a renunciar à
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6. Sua integridade. Satanás usou toda a sua força nessa última tentação, pois este último esforço iria decidir seu
destino, quem seria vitorioso. Ele afirmava que o mundo era seu domínio e que ele era o príncipe das
potestades do ar. Levou Jesus ao topo de um monte muito alto e apresentou-Lhe uma visão panorâmica de
todos os reinos do mundo, que por muito tempo tinham estado sob seu domínio e os ofereceu a Ele como uma
grande dádiva. Disse a Cristo que Ele poderia apossar-Se de todos estes reinos, sem sofrimento ou perigo.
Satanás prometeu ceder o seu cetro e domínio e fazer de Cristo o governante de direito por apenas um só favor
dele. Tudo que ele queria em retorno por entregar-Lhe todos os reinos do mundo naquele dia apresentados
diante dele, é que Cristo deveria prestar-lhe homenagem como a um superior.
Os olhos de Jesus repousaram por um momento sobre a glória apresentada diante dele; voltou-Se, porém,
recusando continuar a olhar para o fascinante espetáculo. Não iria danificar Sua leal integridade perdendo
tempo com o tentador. Quando Satanás solicitou a homenagem divina de Cristo, despertou-se-Lhe a
indignação e Ele não pôde mais tolerar sua presunção profana nem mesmo permitir-lhe que. permanecesse na
Sua presença. Aqui, Cristo exerceu Sua autoridade divina e ordenou que Satanás desistisse. "Vai-te, Satanás,
porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás." Mat. 4:10.
Satanás, em seu orgulho e arrogância, havia declarado ser ele o governante do mundo por direito permanente,
o possuidor de todas as suas riquezas e glórias, exigindo homenagem dos seus seres viventes, como se ele
tivesse criado o mundo e todas as coisas que nele existem. Disse a Cristo: "Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a
sua glória, porque a mim me foi entregue, e a dou-o a quem quero." Luc. 4:6. Procurou fazer um contrato
especial com Cristo, ordenando que Ele o adorasse.
Este insulto ao Criador levou a indignação do Filho de Deus a repreendê-lo e expulsá-lo. Satanás orgulhou-se
de haver escondido seu verdadeiro caráter e propósito na primeira tentação, de tal modo que Cristo não o
reconheceu como o chefe rebelde caído que Ele já havia derrotado e expulso do Céu. As palavras de Cristo:
"Vai-te, Satanás" (Luc. 4:8), evidenciaram que ele fora reconhecido desde a primeira tentação, e toda a sua
habilidade não teve nenhum êxito sobre o Filho de Deus. Satanás sabia que se Cristo tivesse de morrer para
redimir o homem, seu poder terminaria após algum tempo e ele seria destruído. Assim sendo, era seu estudado
plano impedir, se possível, a conclusão do grande trabalho que foi começado pelo Filho de Deus. Se o plano
da redenção do homem falhasse, ele reteria o reino que então requeria e, se fosse bem-sucedido, regozijaria-se
de que reinaria em oposição ao Deus do Céu.
Quando Jesus deixou o Céu, deixando lá o Seu poder e glória, Satanás exultou. Pensou que o Filho de Deus
fora colocado sob seu poder. A tentação ao santo par no Éden fora tão fácil que ele esperava que com sua
satânica astúcia e poder venceria até mesmo o Filho de Deus e salvaria sua vida e seu reino. Se ele pudesse
tentar Jesus a afastar-Se da vontade de Deus, como fez na sua tentação a Adão e Eva, então seu objetivo seria
alcançado. Estava prestes a vir o tempo em que Jesus redimiria a possessão de Satanás, dando Sua própria
vida; e depois de algum tempo tudo no Céu e na Terra se submeteria a Ele. Foi fiel. Escolheu uma vida de
sofrimento, uma ignominiosa morte e, da maneira apontada pelo Pai, tornar-Se-ia o governador legítimo dos
reinos da Terra, tendo-os nas mãos como possessão para sempre. Satanás também seria colocado em Suas
mãos para ser destruído pela morte e nunca mais molestar a Jesus e aos santos na glória.
Disse Jesus a este vil inimigo: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele
servirás." Mat. 4:10. Satanás havia desafiado Cristo a mostrar-lhe evidência de que Ele era o Filho de Deus, e
agora tinha a prova que pedira. Foi compelido a obedecer à ordem divina. Foi repelido e silenciado. Não teve
poder para resistir ao positivo repúdio. Foi repelido instantaneamente, sem uma palavra de resistência,
desistindo e deixando o Redentor do mundo.
A presença odiosa de Satanás foi afastada. A luta estava terminada. Com inexprimível sofrimento, a vitória de
Cristo no deserto foi tão completa como fora a queda de Adão. Por um espaço de tempo Ele Se livrou da
presença do Seu poderoso adversário e de suas legiões de anjos. No Deserto da Tentação, p. 62-65.
Lc 4:6-7, (ACF 1753); 6 E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me
foi entregue, e dou-o a quem quero. 7 Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
Jo 19:10-11, (ACF 1753); 10 Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder
para te crucificar e tenho poder para te soltar? 11 Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se
de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
Jo 3:27, (ACF 1753); 27 João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for
dada do céu.
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7. Sl 2:7-8, (ACF 1753); 7 Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. 8
Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.
Dn 4:25-26, (ACF 1753); 25 Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e
te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima
de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. 26 E
quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois
que tiveres conhecido que o céu reina. cf. Dn 4:31-32; Ap 7:1-4.
O dono de todos os nossos tesouros terrestres veio ao nosso mundo na forma humana. O Verbo Se fez carne e
habitou entre nós. Conselhos Sobre Mordomia, p. 136.
Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e
separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os
ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não
render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles
se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o
governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à
sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do
mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos,
como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da
mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas
pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o
acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os
incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tomar a
cidade, reavendo seu trono e reino. O Grande Conflito, p. 663.
Quando o tentador ofereceu a Cristo o reino e a glória do mundo, estava propondo que Ele renunciasse à
verdadeira soberania dEle e mantivesse domínio em sujeição a Satanás. Era esse o mesmo domínio em que os
judeus fundavam as esperanças. Desejavam o reino deste mundo. Houvesse Cristo consentido em oferecer-
lhes tal reino, com alegria O teriam recebido. Mas a maldição do pecado, com todas as suas misérias pesaria
sobre esse reino. Cristo declarou ao tentador: “Vai-te, Satanás; porque está escrito: Adorarás ao Senhor teu
Deus, e só a Ele servirás”. Mt 4:10. (O Desejado de Todas as Nações, p. 130).
A Palavra de Deus fornecerá à mente armas de poder divino, para vencer o inimigo. Feliz é o homem que,
quando tentado, acha seu caráter rico no conhecimento das Escrituras, e encontra abrigo sob as promessas de
Deus. Disse o salmista: “Escondi a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti” (Sl 119:11).
Essa Palavra deve estar sempre em nosso coração e em nossos lábios. “Está escrito” deve ser nossa âncora. Os
que fazem da Palavra de Deus seu conselheiro compreendem a fraqueza do coração humano e o poder da
graça de Deus para subjugar todo impulso profano, não santificado. Seu coração está sempre em atitude de
oração, e eles têm a guarda de santos anjos. Quando o inimigo vem como uma inundação, o Espírito de Deus
ergue contra ele Sua bandeira. Há harmonia no coração, pois as preciosas, poderosas influências da verdade
promovem o equilíbrio.
A Palavra de Deus é um instrumento de comunicação com o Deus vivo. Aquele que se nutre da Palavra se
tornará frutífero em toda boa obra. … Descobrirá ricas minas de verdade em que precisa trabalhar em busca
dos tesouros escondidos. Quando rodeado de tentações, o Espírito Santo lhe trará à mente as próprias palavras
com que possa enfrentar a tentação, mesmo no momento em que elas se fazem mais necessárias, e ele as
poderá empregar eficazmente, com poder dominador. Precisamos relacionar-nos melhor com a Bíblia.
Poderíamos cerrar a porta a muitas tentações, caso decorássemos passagens da Escritura. Coloquemos uma
barreira no caminho às tentações de Satanás com o “Está escrito”. Enfrentaremos conflitos a fim de provar
nossa fé e coragem, porém eles nos tornarão fortes se vencermos pela graça que Jesus está pronto a conceder-
nos. Precisamos crer, porém. Precisamos apoderar-nos das promessas e não duvidar. (A Fé Pela Qual Eu Vivo,
[MM 1956], p. 8).
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