1. O documento discute a rebelião de Lúcifer no céu e sua queda, levando à guerra celestial descrita em Apocalipse 12. Lúcifer se rebelou contra Deus por ambição e desejo de poder, querendo igualar-se a Ele.
2. Após ser expulso do céu, Lúcifer (agora chamado de Satanás) trouxe o conflito para a Terra, enganando Adão e Eva no Éden. Isso marcou o início das consequências da rebelião no mundo.
3. A guerra no céu
1. Lições Adultos Rebelião e redenção
Lição 1 – Crise no Céu 26 de dezembro a 2 de janeiro
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Ap 12–14
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a
salvação”(Ap 7:10).
Leituras da Semana: Is 14:4, 12-15; Ez 28:2, 12-19; Jo 12:31; Ap 12:7-13; Lc 10:1-21
Sendo a lei do amor o fundamento do governo de Deus, a felicidade de todos os seres inteligentes depende do
perfeito serviço de amor, serviço que brote de uma apreciação de Seu caráter. Ele não tem prazer na
obediência forçada; e a todos concede vontade livre, para que Lhe prestem serviço voluntário” (Ellen G.
White, Patriarcas e Profetas, p. 34).
Enquanto todos os seres criados confessaram a lealdade motivada por amor, houve perfeita harmonia em todo
o Universo. Bastou apenas um ser rebelde para que tudo mudasse. Lúcifer achou que podia fazer um trabalho
melhor que o de Deus. Desejou a posição de Deus e o prestígio inerente a ela.
Sua ambição por poder resultou numa “peleja no Céu” (Ap 12:7). Ao enganar Adão e Eva junto à árvore
proibida no Éden, Satanás trouxe esse conflito para a Terra, e desde então temos convivido com as
consequências disso. O plano da salvação é a maneira divina de lidar com a rebelião e restaurar a ordem e a
harmonia que Satanás havia quebrado.
Hoje é o dia de renovar o compromisso com o estudo da Bíblia e da lição todos os dias. Faça uma oração
especial, dedicando a Deus os alunos, professores e as lições.
❉ Domingo - Queda no Céu
1. Leia Isaías 14:4, 12-15. Que descrições do rei de Babilônia indicam que o profeta estava falando de alguém
muito maior do que um simples governante humano?
(Is 14:4) então, proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! Como
acabou a tirania!
(Is 14:12-15) 12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que
debilitavas as nações! 13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o
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2. meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; 14subirei acima das mais
altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. 15 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais
profundo do abismo.
Nenhum rei terrestre caiu do Céu. Essa verdade sugere que os (Mt 24). Embora os discípulos tivessem
perguntado sobre a destruição do templo, em Sua resposta Jesus descreveu tanto a destruição de Jerusalém
pelos romanos, em 70 d.C., quanto a realidade mais ampla do fim do mundo. Da mesma forma, Isaías
descreveu os atributos de um rei terrestre, mas aplicou tudo isso a algo muito maior e mais grandioso que um
simples rei humano.
2. Leia Ezequiel 28:2, 12-19. Como Satanás é retratado nesses versos?
(Ez 28:2) Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o SENHOR Deus: Visto que se eleva o teu
coração, e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no coração dos mares, e não passas de
homem e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus
(Ez 28:12-19) 12 Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o
SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. 13 Estavas no Éden, jardim de
Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira,
o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado,
foram eles preparados. 14 Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de
Deus, no brilho das pedras andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até
que se achou iniquidade em ti. 16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e
pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em
meio ao brilho das pedras. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria
por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. 18 Pela
multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair
do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te
contemplam. 19 Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto
e jamais subsistirás.
Ezequiel descreve um ser perfeito que estava no Jardim do Éden, adornado com todos os tipos de pedras
preciosas que mais tarde foram usadas no peitoral do sumo sacerdote. Alguém que havia sido comissionado
como querubim guardião junto ao trono de Deus. Contudo, esse ser perfeito se corrompeu por causa de sua
“formosura”.
Ao usar paralelos humanos, esses vislumbres nos permitem entender realidades divinas. Os profetas usavam
algo mais próximo de nós e mais compreensível para explicar algo mais difícil de entender. Pode ser difícil
compreender o que acontece no Céu, mas todos somos capazes de entender os efeitos das óbvias e destrutivas
ambições políticas de governantes terrestres. Isaías e Ezequiel revelam a inexplicável transição ocorrida em
algum ponto da História, quando tudo o que era belo e perfeito na ordem divina das coisas foi maculado por
uma ambição destrutiva.
Se um ser perfeito, criado por um Deus perfeito, num ambiente perfeito, arruinou a si mesmo por causa do
orgulho, quão fatal pode ser esse sentimento?
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❉ Segunda - O príncipe deste mundo
3. Leia João 12:31; 14:30; 16:11. Por que Jesus chamou Satanás de príncipe deste mundo?
(Jo 12:31) Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.
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3. (Jo 14:30) Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim;
(Jo 16:11) do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
Quando Deus colocou inicialmente Adão e Eva no Jardim do Éden, confiou-lhes a administração daquele local
(Gn 2:8, 15) e o cuidado de todas as criaturas que viviam na água, no firmamento e na terra (Gn 1:26, 28). Ao
dar nome a todos os animais, Adão demonstrou que era o administrador sobre eles. Geralmente, aquele que
tem autoridade sobre alguma coisa pode dar nome a isso. Assim, ao dar nome a todas as criaturas, Adão estava
demonstrando claramente sua posição como governante do mundo.
Quando Adão perdeu esse domínio, Satanás preencheu rapidamente o vácuo. Parte da restauração da
humanidade, possibilitada pelo sacrifício de Cristo no Calvário, ocorrerá quando os redimidos receberem o
privilégio de Adão e Eva, de reinar com Deus pelo restante da eternidade como “reis e sacerdotes” (Ap 1:6;
5:10, ARC). Os capítulos iniciais do livro de Jó revelam com precisão a grande e extensa perda de Adão. Ao
recebermos um vislumbre da sala do trono do Universo, vemos também quanto a humanidade se tornou
subordinada à natureza desde a queda.
4. Leia Jó 1:6, 7 e 2:1, 2. Por que Satanás se apresentou à assembleia dos filhos de Deus como aquele que
rodeia a Terra?
(Jó 1:6) Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás
entre eles. 7 Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De
rodear a terra e passear por ela.
(Jó 2:1) Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás
entre eles apresentar-se perante o SENHOR. 2 Então, o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? Respondeu
Satanás ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.
As expressões “rodear a Terra” e “passear por ela” não se referem simplesmente à ação de um turista. Na
Bíblia isso é um sinal de propriedade. Quando Deus deu a terra a Abraão, disse-lhe que a percorresse no seu
comprimento e na sua largura (Gn 13:17) e disse algo semelhante a Moisés e a Josué (Dt 11:24; Js 1:3). Em
certo sentido, Satanás se vangloriou de ser “o deus deste mundo” (2Co 4:4, NTLH).
A apresentação de Satanás nos dois primeiros capítulos de Jó tem um paralelo no que aconteceu em Gênesis 3.
Ele criou problemas no paraíso e deixou as vítimas humanas sofrendo as consequências.
Que evidências da obra de Satanás vemos no mundo? Temos a esperança fundamentada na promessa de que
um dia toda essa confusão terminará?
❉ Terça - Peleja no Céu
Não temos ideia do que significa uma guerra no Céu, isto é, não sabemos que tipo de batalha física foi travada,
exceto a expulsão de Satanás e seus anjos. O fato é que a Bíblia não diz nada sobre as consequências físicas
desse conflito celestial. Em vez disso, ela trata dos resultados espirituais aqui na Terra.
5. Leia Apocalipse 12:7-16. Qual foi o impacto do grande conflito sobre o Céu e a Terra?
(Ap 12:7-16) 7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o
dragão e seus anjos; 8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. 9 E foi expulso o
grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado
para a terra, e, com ele, os seus anjos. 10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação,
o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o
mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. 11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do
Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria
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4. vida. 12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até
vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. 13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para
a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; 14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande
águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade
de um tempo, fora da vista da serpente. 15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como
um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. 16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra
abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
Note a maneira positiva pela qual João fala sobre a contínua guerra entre o “acusador de nossos irmãos” e os
vencedores. Ele associa isso à salvação e à vinda do reino de Deus (Ap 12:10, 11). Esse tema positivo é
enfatizado ao longo de todo o capítulo e é um importante aspecto do grande conflito.
É fundamental notar o contexto geral do capítulo 12. Três grandes ameaças são descritas ali, mas cada uma
delas é seguida por um incrível livramento. Numa visão dramática, é mostrada a João a luta entre Cristo e
Satanás e o quanto tudo isso parece ser incompatível.
Por exemplo, um grande dragão vermelho (Satanás, Ap 12:9) se prepara para devorar um bebê (Jesus) que está
para nascer. Que bebê conseguiria sobreviver a isso? Mas Ele o faz, e é arrebatado para Deus até ao Seu trono.
O dragão, então, tenta perseguir a mulher, símbolo do povo de Deus (ver Ap 12:13). Como uma mulher que
acabou de dar à luz pode se defender de um dragão? Mas ela também escapa miraculosamente (v. 14). Numa
terceira tentativa de destruir os escolhidos de Deus, o dragão lança água como um rio atrás da mulher (v. 15).
Uma mulher contra um rio? Mas, novamente, Deus intervém e a livra (v. 16). O dragão então volta a atenção
para o restante dos descendentes da mulher. Ele está furioso e faz guerra contra eles. A História mostra
claramente como o povo de Deus foi caçado, oprimido e perseguido ao longo dos anos. Demasiadas vezes
vemos a impossibilidade de vencer e ficamos pensando como os fiéis sobreviverão, esquecendo-nos de que a
história não termina ali. Ela continua em Apocalipse 14, onde vemos os fiéis em pé diante do trono de Deus;
assim, eles também receberam livramento.
Ao se sentir oprimido por forças maiores que você, como pode obter coragem do Senhor, que é maior do que
todas as coisas?
❉ Quarta - A expulsão de Satanás
Como vimos, a guerra celestial não ficou confinada ao Céu, mas afetou a Terra também. Parece que, por
algum tempo, Satanás, o “acusador de nossos irmãos” (Ap 12:10), ainda foi capaz de ir perante o trono de
Deus e fazer acusações contra o Seu povo. Jó foi um dos personagens bíblicos que se tornaram vítimas desse
tratamento humilhante.
6. Leia Lucas 10:1-21. Qual é o significado das palavras de Cristo sobre Satanás nessa passagem?
(Lc 10:1-21) 1 Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o
precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir. 2 E lhes fez a seguinte advertência: A seara é
grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua
seara. 3 Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforje, nem
sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. 5 Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta
casa! 6 Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós. 7
Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seu
salário. Não andeis a mudar de casa em casa. 8 Quando entrardes numa cidade e ali vos receberem, comei do
que vos for oferecido. 9 Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino
de Deus. 10 Quando, porém, entrardes numa cidade e não vos receberem, saí pelas ruas e clamai: 11 Até o pó
da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós outros. Não obstante, sabei que está próximo
o reino de Deus. 12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma do que para aquela cidade. 13
Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em
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5. vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza. 14 Contudo, no
Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. 15 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás,
porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno. 16 Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar
a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou. 17 Então, regressaram os setenta,
possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! 18 Mas ele lhes
disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. 19 Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes
e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano. 20 Não obstante,
alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus. 21
Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim
foi do teu agrado.
Antes de enviar os 70 discípulos, Jesus os instruiu a não levar roupa nem dinheiro extras (Lc 10:4) e a pedir a
bênção de Deus sobre seus anfitriões (v. 5). Alertou para o fato de que eles eram como ovelhas no meio de
lobos (Lc 10:3), uma preocupação refletida em Apocalipse 12, em que o dragão tenta fazer guerra contra o
povo de Deus.
Quando voltaram alegres (Lc 10:17), os discípulos relataram que os demônios se sujeitavam a eles, e isso deve
ter deixado Jesus muito feliz (Lc 10:21). Nesse contexto, Jesus declarou que havia visto Satanás caindo do
Céu como um raio. Advertiu os discípulos de que a alegria deles não devia ser fundamentada no sucesso sobre
as forças demoníacas, mas no fato de ter o nome escrito no Céu (Lc 10:20). Esse lembrete coloca a salvação
humana firmemente no lugar em que ela deve estar: nas mãos do Salvador. Foi Jesus, não nós, quem derrotou
o inimigo.
Os seguidores de Jesus, contudo, recebem o privilégio de testemunhar sobre a salvação que Ele conquistou. O
episódio relatado em Lucas 10:17-20 parece associar a obra de testemunhar, confiada por Jesus a Seus
discípulos, com o poder sobre Satanás no grande conflito. A obra de testemunhar mina o poder que ele tem
sobre as pessoas deste mundo e dá aos seres humanos a oportunidade de retomar sua obra original de expandir
as fronteiras do reino de Deus.
O poder sobre nosso adversário só é possível em razão da vitória que Jesus obteve na cruz. Paulo declarou que
Jesus “[despojou] os principados e as potestades” e triunfou sobre eles (Cl 2:15). NEle, o povo de Deus é
triunfante. A destruição de Satanás está assegurada. “Será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12:31, NVI), e
nunca mais difamará o povo de Deus. Certamente podemos nos alegrar com o fato de que a batalha pertence
ao Senhor!
“Alegrem-se, […] porque seus nomes estão escritos nos Céus” (Lc 10:20, NVI). Pensemos nessas palavras.
Por que essa é uma grande razão para nos alegrarmos?
❉ Quinta - Batalha contínua
Os reflexos de uma cobra venenosa que acabou de morrer e continua se contorcendo podem fazer com que ela
se mova e injete seu veneno em alguém que a pegar. Assim também, a picada de Satanás ainda é mortal. Ele
foi derrotado no Calvário, mas o perigo ainda não passou.
7. Leia João 16:33. Como Jesus advertiu Seus discípulos sobre a contínua luta contra o mal?
(Jo 16:33) Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas
tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Jesus deixou claro que Seus seguidores não teriam vida fácil, mas em vez de Se concentrar nos desafios, Ele
Se concentrou na vitória que eles teriam nEle. Refletindo sobre essa garantia, Paulo assegurou aos crentes de
Roma que Deus esmagaria Satanás debaixo de Seus pés (Rm 16:20). João disse à igreja dos últimos dias a
mesma coisa: a sua vitória está assegurada através do sangue do Cordeiro (Ap 12:11).
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6. 8. Leia Hebreus 12:1, 2. Quem são as “testemunhas” e como elas nos encorajam? Ver Hb 11
(Hb 12:1-2) Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas,
desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca
da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra
do trono de Deus.
Hebreus 11 apresenta um breve esboço da vida de alguns dos famosos heróis da fé. Abel ofereceu um
sacrifício perfeito, e não foi esquecido, apesar de já estar morto. Enoque se aproximou habitualmente de Deus
e, por isso, foi levado diretamente ao Céu para estar com Ele. Noé advertiu a respeito de eventos ainda não
vistos e ofereceu salvação a um mundo afogado no pecado. Abraão saiu de uma grande civilização a fim de ir
para uma terra prometida. Sara deu à luz um filho prometido, embora fosse muito idosa para ter filhos. Moisés
preferiu sofrer com seu povo a viver no palácio de um rei. E Raabe testemunhou da grandeza de Deus (Js 2:9-
11). Essas pessoas fazem parte da grande nuvem de testemunhas mencionada em Hebreus 12:1. Não foram
testemunhas passivas, como espectadores que assistem a um jogo; elas testemunham ativamente para nós que
Deus é fiel e que as sustentou nas lutas que enfrentaram, não importando quais foram elas. Não estamos
sozinhos nessa grande batalha.
Considere as pessoas mencionadas em Hebreus 11. Quem eram elas, e como eram? Que encorajamento você
encontra no fato de que elas não eram perfeitas nem impecáveis, mas tinham temores, paixões e fraquezas,
assim como todos nós?
❉ Sexta - Estudo adicional
Não sabemos por que o pecado surgiu em Lúcifer. Ellen G. White diz que “pouco a pouco Lúcifer veio a
condescender com o desejo de exaltação própria” (Patriarcas e Profetas, p. 35). O fato de que isso ocorreu num
ser perfeito revela, de maneira poderosa, a realidade do livre-arbítrio e da livre escolha como parte do governo
de Deus. Como, então, surgiu o pecado em Lúcifer? A resposta é que não há resposta. Não há desculpa para o
pecado. Se fosse possível encontrar justificativa para ele, em última análise, Deus poderia ser considerado
responsável por sua existência. Como seres humanos, estamos acostumados a relações de causa e efeito. Mas o
pecado não tem uma causa. Simplesmente não há razão para o mal. Ele é irracional e absurdo. Lúcifer não
podia justificar seus atos, especialmente por ser muito favorecido por Deus. Porém, de alguma forma, pelo
abuso de seu livre-arbítrio, Lúcifer se corrompeu e, de “portador de luz”, tornou-se Satanás, “o adversário”.
Embora não compreendamos muita coisa, devemos entender o suficiente para saber que devemos ter muito
cuidado em relação ao sagrado dom do livre-arbítrio e da livre escolha.
Perguntas para reflexão
A inveja desempenhou uma parte importante na rebelião de Satanás contra Deus. Em sua experiência, a inveja
tem causado algum dano?
Considere as terríveis consequências do mau uso do livre-arbítrio. Como podemos usá-lo corretamente?
Pense no papel da lei no contexto do livre-arbítrio. O simples fato de que Deus tem uma lei deve ser um
testemunho da realidade do livre-arbítrio. Afinal de contas, qual é o propósito de uma lei moral se não há
criaturas morais que possam escolher segui-la? Reflita um pouco mais sobre as implicações da lei e o que ela
diz sobre a liberdade humana.
Especialmente em algumas partes do mundo, há uma forte tendência de rejeitar a ideia da existência de um
diabo literal. Por que esse conceito é contrário até mesmo à compreensão bíblica mais elementar?
Comentários de Ellen G. White
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7. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 645-648.
Auxiliar para o professor
Resumo da Lição
Texto-chave: Apocalipse 12:7
O ALUNO DEVERÁ
Conhecer: O grande conflito como uma luta universal entre o bem e o mal.
Sentir:A guerra contra o pecado em sua própria vida e no mundo que o cerca.
Fazer: Aceitar Cristo como Senhor para ser vitorioso na luta contra as forças do mal.
ESBOÇO
Conhecer: O grande conflito e seus resultados em nosso mundo
Adão e Eva caíram sob o engano de Satanás. Como isso afetou a administração da Terra?
O que significa o fato de que Satanás se tornou o governante deste mundo (Jo 12:31)?
Sentir: A realidade das forças do mal
Considerando as figuras de linguagem que representam os cristãos como cordeiros entre lobos, ou como uma
mulher que enfrenta um terrível dragão, o que você sente em relação à sua própria incapacidade para enfrentar
o mal que há no seu coração e ao seu redor?
Quais foram os efeitos da rebelião de Satanás e, posteriormente, da queda da humanidade em pecado?
Fazer: Obedecer à divina lei de amor
Como a vitória conquistada por Cristo pode se tornar sua no dia a dia?
O pecado surgiu num ser perfeito e num mundo perfeito. O que isso nos ensina sobre o poder de escolha com
o qual Deus dotou os seres inteligentes?
RESUMO: Talvez jamais compreendamos plenamente como o pecado pôde se originar numa criação perfeita.
No entanto, Deus conquistou a vitória para nós por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Somos
convidados a aceitar o sacrifício expiatório de Cristo, o único meio para nos salvar dos assaltos do mal que
está dentro de nós e ao nosso redor.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Apocalipse 12:7
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Houve guerra no Céu, mas Cristo venceu e saiu vitorioso
através de Sua morte na cruz (Ap 5:9). Por meio de Seu sangue o povo de Deus vence Satanás e seus agentes
(Ap 12:11).
Para o professor: Todo ser humano está envolvido numa guerra espiritual que evoca diferentes imagens em
nossa mente. A guerra no mundo antigo suscita imagens de soldados armados, cavalos, lanças e flechas. A
guerra nos tempos modernos nos faz pensar em tanques, artilharia, fuzis AK-47, ou mesmo bombas nucleares.
Imaginamos mortes, populações desalojadas e propriedades destruídas. Além de destruir a paisagem e a vida
humana, a guerra também desperta emoções aniquiladoras na alma: amargura, ódio e vingança.
No âmago de toda guerra há um ponto de divergência. A questão disputada pode estar relacionada a um
território, a um conflito econômico, a um assunto cultural ou uma atitude de intolerância. A guerra no Céu,
descrita no Apocalipse, embora não seja travada com armamento humano, não foi menos intensa e feroz. É
uma guerra espiritual, que tem dimensões morais e legais. O ponto de divergência é a lei de Deus. Satanás não
é apenas acusador dos irmãos, mas também é acusador de Deus. Ele acusou as leis de Deus de serem injustas e
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8. arbitrárias. Agora, o assunto deve ser resolvido no campo de batalha cósmico, que é a lealdade humana.
Enquanto o diabo emprega o engano, a falsificação, a insinuação, a coerção, a destruição e outras armas
semelhantes, a arma escolhida por Cristo é o amor abnegado.
Atividade de abertura
Conte histórias de guerras recentes ocorridas no mundo. Depois, peça a voluntários que contem experiências
de sua própria vida, ou da vida de pessoas que eles conheçam, que testifiquem da realidade da guerra
espiritual. Como eles venceram os obstáculos e os ataques dessa guerra?
Compreensão
Para o professor: Nesta semana estudamos a origem do grande conflito. A ênfase é colocada no fato de que
Cristo obteve, em nosso favor, uma vitória decisiva contra as forças do mal. Embora Satanás continue
aterrorizando o mundo, e ainda que não devamos ignorar suas tentativas fatais de enganar e destruir, ele já foi
derrotado por meio do sacrifício expiatório de Cristo na cruz. Examinaremos agora passagens bíblicas que
lançam luz sobre esse conflito cósmico.
Comentário Bíblico
I. Guerra no Céu (Recapitule com a classe Apocalipse 12:7-13.)
Talvez jamais compreendamos plenamente como o pecado pôde se originar num universo perfeito, com seres
perfeitos, primeiro com Satanás no Céu e, posteriormente, com os seres humanos na Terra. Apesar disso,
sabemos que Deus dotou Suas criaturas inteligentes da liberdade de escolha. A rebelião de Satanás e a
desobediência de Adão à divina lei de amor foram escolhas deliberadas de cada um deles.
Apocalipse 12:7-9 descreve essa primeira crise, que começou no Céu e se espalhou para o nosso mundo.
Desde então a Terra foi envolvida na luta entre o bem e o mal (Ap 12:10-13). Os membros do povo de Deus
são como “cordeiros entre lobos” (Lc 10:3, NVI) no que diz respeito a enfrentar as forças do mal. Contudo, a
vitória é assegurada a eles (Ap 12:11), pois Cristo, que expulsou o diabo do Céu (Lc 10:18), também veio à
Terra para derrotar Satanás, o usurpador de Seu território
Perguntas para discussão
1) Suponha que alguém diga: “Bem, eu sou neutro; não estou nem do lado de Satanás nem do lado de Cristo.”
O que está errado com esse tipo de ideia?
2) O que a figura de cordeiros entre lobos (Lc 10:3) sugere sobre a capacidade humana de resistir aos enganos
satânicos?
II. A descrição da queda de Satanás (Recapitule com a classe Isaías 14:4, 12-15 e Ezequiel 28:2, 12-19.)
Está claro que a figura descrita em Isaías 14 e Ezequiel 28 representa mais do que os reis de Babilônia e Tiro,
respectivamente. Essas passagens vão além daqueles reis humanos e retratam a queda da figura comumente
mencionada como “Lúcifer, filho da manhã” (King James Version) ou “estrela da manhã, filho da alva”
(conforme várias traduções modernas para a frase hêlēl ben-shāhar em Isaías 14:12).
Lúcifer era um ser excepcional, puro e abnegado. Como o “sinete da perfeição” (Ez 28:12), ele era sábio, belo
e irrepreensível em seus atos desde o dia de sua criação (note que ele era um ser criado). De acordo com
Ezequiel 28:13, sua morada era “no Éden, jardim de Deus”. A Septuaginta (LXX), que era a tradução grega do
Antigo Testamento, lança luz sobre a expressão “Éden, jardim de Deus”, dizendo, no verso em questão: “No
esplendor do Paraíso de Deus foste colocado” (tradução do autor). Nossa palavra “paraíso” vem do grego
paradeisos, que significa lugar de “bem-aventurança” (ver Lc 23:43; 2Co 12:4; Ap 2:7).
Lúcifer ocupava o lugar mais exaltado que um ser criado poderia desejar: estava no santo monte de Deus,
rodeado por esplendor e riqueza. A forma verbal em Ezequiel 28:14 retrata Lúcifer como alguém que ficava
passeando entre as “pedras fulgurantes” (NVI). O ato de “passear” (do hebraico hithhallāktā) lembra a história
de Jó, quando Satanás diz o que estivera fazendo na Terra (Jó 1:7). Por meio do livro de Jó sabemos que
Satanás se apresenta falsamente como governante da Terra. Contudo, como resultado do orgulho (Ez 28:17, 2,
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9. 6) que ele revelou em sua posição privilegiada (o dom do poder que lhe foi atribuído subiu-lhe à cabeça e
contaminou o coração), Satanás começou a ter um conceito exagerado de si mesmo. O fato de que ele
corrompeu sua sabedoria (shihhat hokmāh, Ez 28:17) sugere que Lúcifer inclinou sua capacidade intelectual
para o mal, e pecou.
Apocalipse 12:7, juntamente com Ezequiel 28:15-17, descrevem a expulsão de Satanás do Céu. Ele veio para
o nosso mundo e arrebatou o domínio das mãos de Adão e Eva. Assim, ele se tornou o governante deste
mundo (Jo 12:31; 14:30; 16:11; Jó 1:6, 7; 2:1, 2). Mas Deus não deixou os seres humanos sem auxílio:
anunciou as boas-novas da salvação. A humanidade ficaria do lado de Deus, não do diabo. Deus colocou
inimizade entre Satanás e o prometido Descendente da mulher (Gn 3:15), isto é, Cristo. Essa é nossa esperança
na luta cósmica entre o bem e o mal.
Pense nisto: Por que é correto dizer que a figura descrita em Isaías e em Ezequiel é sobrenatural e que ela vai
além de uma representação dos reis literais de Babilônia e Tiro?
Aplicação
Para o professor: A queda de Lúcifer e, posteriormente, de Adão e Eva, envolveram o exercício do livre-
arbítrio. Ao encorajar os membros da classe a aplicar os princípios da lição desta semana à vida deles, é
essencial que você enfatize a importância de usar adequadamente nossa capacidade intelectual para fazer boas
escolhas.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. Uma vez que os seres humanos caídos ainda possuem a liberdade de escolha, qual é a melhor maneira de
exercer essa faculdade?
2. Se observarmos os traços característicos da rebelião de Satanás, de que forma esses desejos, ambições,
ciúmes e ideias se manifestam na vida dos seres humanos, inclusive dos cristãos?
3. Satanás se desviou para a rebelião de modo gradual. Como isso tem relação com o processo mediante o qual
abandonamos nossa fé em Cristo?
4. De que forma podemos viver plenamente conscientes do implacável plano de Satanás para enganar e
destruir, mas, ao mesmo tempo, sem o medo que essa consciência pode causar?
5. Nesta semana, o que você pode fazer para vencer os ataques dele sobre você e as pessoas que o cercam?
Atividade
Peça aos membros da classe que citem evidências ou relatem experiências que mostrem que todos os seres
humanos estão sujeitos às consequências da queda.
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Auxilie os membros da classe a refletir sobre as implicações da liberdade de escolha (em
relação ao seu bom uso e seu mau uso). Com o dom da liberdade vem o ônus da responsabilidade. Ajude-os
também a refletir sobre o perigo do orgulho, que frequentemente surge como consequência de algum talento
que eles possuem. Em tais circunstâncias, como os talentos que Deus nos deu podem se tornar a causa de
nossa ruína? Cada um desses dois temas, a liberdade de escolha e os perigos do orgulho, pode servir de base
para pequenas dramatizações que aumentem a compreensão dos alunos.
Atividade
Peça que os alunos criem uma dramatização que ilustre o exercício da liberdade de escolha. Um exemplo seria
retratar um adolescente que atingiu a maioridade e não mais quer estar preso às regras dos pais sobre o que ele
deve e o que não deve fazer.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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