O documento discute a nutrição mineral do milho, abordando: 1) composição elementar das plantas, elementos essenciais e absorção de macronutrientes; 2) exigências nutricionais da cultura, deficiências e fontes de adubação no solo e foliar; 3) inoculação com Azospirillum brasilense.
1. Unindo conhecimento em prol da agricultura!
Nutrição mineral na
cultura do milho
João Victor Lima Souto
2. Composição elementar das plantas;
Elementos essenciais;
Absorção de macronutrientes;
Exigências da cultura;
Deficiências;
Adubação no solo;
Adubação foliar;
Inoculação.
Sumário
2
3. Carbono (C), hidrogênio (H), e oxigênio (O):
aparecem em maior proporção;
Carbono (C) vem do ar;
Hidrogênio (H) e oxigênio (O) vem da água;
Elementos minerais são disponibilizados via solo.
Composição elementar das plantas
3
5. Critérios de essencialidade:
Na ausência do elemento a planta não completa
seu ciclo de vida;
O elemento não pode ser substituído por nenhum
outro;
Participar de algum composto ou de alguma
reação, sem o qual ou sem a qual a planta não vive.
Elementos essenciais
5
7. Macronutrientes:
Constituem compostos orgânicos, como proteínas,
ácidos nucleicos, ou participam de processos
metabólicos;
N, P, K, Ca, Mg e S.
Micronutrientes:
São constituintes das enzimas e são necessários em
pequenas quantidades;
B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn.
7
8. 8
Nutriente Mobilidade Planta Mobilidade Solo Sintomas de
deficiência em
folhas
Nitrogênio Móvel Móvel Folhas velhas
Fósforo Móvel Imóvel Folhas velhas
Potássio Móvel Móvel Folhas velhas
Cálcio Imóvel Pouco móvel Folhas novas
Magnésio Móvel Pouco móvel Folhas velhas
Enxofre Pouco móvel Móvel Folhas novas
Mobilidade macronutrientes
9. Mobilidade micronutrientes
9
Nutriente Mobilidade Planta Mobilidade Solo Sintomas de
deficiência em
folhas
Boro Imóvel Móvel Folhas novas
Cloro Móvel Folhas velhas
Cobre Pouco móvel Baixa mobilidade Folhas novas
Ferro Pouco móvel Baixa mobilidade Folhas novas
Manganês Pouco móvel Baixa mobilidade Folhas novas
Molibdênio Móvel Baixa mobilidade
Zinco Pouco móvel Baixa mobilidade Folhas novas
15. Faixa ideal do pH em água para cultura é de 5,5 a 6,3;
Superficial
15
Fonte: Aegro, 2018.
16. Saturação por bases (V%)
16
Fonte: Lobato e Sousa, 2004.
O recomendado para
cultura do milho em
sistemas de sequeiro é que
o V% fique em 50%;
Já em sistemas irrigados
pode-se aplicar calcário
para o V% de 60%.
17. Camadas mais profundas podem continuar com
excesso de alumínio tóxico, mesmo feita a calagem;
Saturação de alumínio menor que 20%;
Teor de cálcio maior que 0,5 cmol/dm3.
Subsuperficial
17
19. As gramíneas se destacam a
respostas à adubação
nitrogenada;
O milho responde a doses
de até 200 kg/ha ou mais de
N.
19
Fonte: Lobato e Sousa, 2004.
22. Solos da região do cerrado, em condições naturais, a
disponibilidade é muito baixa;
A correção da acidez contribui para aumentar a
disponibilidade de P solo e a eficiência dos
fertilizantes;
Fosfatos naturais se beneficiam da acidez do solo;
Sua absorção ocorre na forma de H2PO4
22
Fósforo
25. É o segundo elemento mais absorvido pelas plantas;
Solos do cerrado apresentam uma baixa reserva;
Baixa CTC favorece a perda por lixiviação;
O K está envolvido em várias funções essenciais para
a planta.
Potássio
25
39. Reduz a toxidez de alumínio;
Melhora as condições físicas do solo;
Estimula atividade microbiana do solo;
Aumenta a CTC superficial (0-20).
Calagem
39
40. Supre cálcio, e o calcário dolomítico supre também
magnésio;
Altera o pH do solo;
Existem vários métodos de recomendação de
calagem.
Calagem
40
41. Método da saturação por bases:
N.C (t/ha) = V2 V˗ 1 T f;˟ ˟
100
T= ( H+ Al+ S) cmol/dm3;
f=100 .
PRNT
Cálculo de calagem
41
42. Óxido de cálcio;
Hidróxido de cálcio;
Calcário calcítico;
Calcário dolomítico;
Calcário calcinado.
Fontes
42
43. Melhorias das condições químicas nas camadas do
subsolo (21-50);
Quando teor de Ca e CTC efetiva estiverem menores
que 60%, recomendasse a gessagem;
Não altera o pH do solo.
Gessagem
43
/
49. Alto efeito residual;
No sulco ou a lanço:
Fontes solúveis em água;
A lanço incorporado:
Várias outras possibilidades de adubos de baixa
solubilidade.
Adubação fosfatada
49
53. 53
Fontes
Superfosfato simples: 18% de P2O5, 20% de Cálcio e
12% de enxofre;
Superfosfato triplo: 41% de P2O5 e 14% de Cálcio;
Fosfatos naturais: São obtidos pela moagem das
apatitas ou fosforitas. Formam dois grupos distintos;
Nitrofosfatos: Mínimo de 14% de nitrogênio, 18% de
P2O5 e 8% de cálcio.
56. Adubação de cobertura
56
Fonte: Lobato e Sousa, 2004.
Solos cujo teor de argila >15% e dose <100 kg/ha, aplicar com
a planta entre 6 a 8 folhas;
Para doses >100 kg/ha, parcelar em duas vezes, sendo 50%
com 4 a 6 folhas e 50% com 8 a 10 folhas.
57. Aplicação de nutrientes em soluções ou suspensão na
parte área das plantas, visando suplementar e/ou
complementar a nutrição da planta;
Absorção via cutícula;
Melhorar aproveitamento dos fertilizantes;
Normalmente voltada para aplicações de
micronutrientes;
Complementar a adubação no solo.
Adubação foliar
57
58. Aplica-se vários nutrientes em conjunto sem certeza
de resposta;
Existe risco de aplicar nutriente onde teores já são
elevados e causar toxidez;
Usada em condições de baixa tecnologia.
Adubação foliar preventiva
58
59. Usada quando se constata uma deficiência e se aplica
o nutriente requerido;
Efetiva, permitindo a rápida correção da deficiência;
Exige a correta identificação do problema e aplicação
no momento certo.
59
Adubação foliar corretiva
61. Alternativa para diminuir a adubação nitrogenada;
FBN;
Azospirillum spp. está entre as mais importantes
bactérias envolvidas na fixação de N2 em gramíneas;
A interação dos genótipos de milho com as estirpes
de bactéria ainda não estão elucidadas.
Inoculação
61
62. Formato de bastonetes, uniflageladas, gram-
negativas, movimento vibratório e padrão flagelar
misto;
Pertencem ao grupo diazotróficos endofíticos
facultativos;
Um dos seus efeitos é a proliferação de pêlos
radiculares.
62
Azospirillum brasilense
63. Melhoram em parâmetros fotossintéticos das folhas;
Proporcionam incremento de massa seca, acúmulo de
N nas plantas e produtividade de grãos;
Estirpes melhores adaptadas:
Ab-V4;
Ab-V5;
Ab-V6;
Ab-V7.
63
Azospirillum brasilense
64. Via semente ou sulco de semeadura:
No primeiro momento, ela se adsorve às raízes
como célula individual;
Na segunda fase ela ocorre a ancoragem, no qual
são formados agregados de bactérias.
Métodos de inoculação
64
69. Unindo conhecimento em prol da agricultura!
João Victor Lima Souto
jv_souto@outlook.com
Obrigado!
Notas do Editor
Conferir esses dados de 50% e 60%. O que se faz atualmente é isso mesmo ? Acredito que está em torno dos 70%.
Vou confirmar, esse é o recomendado pelo cerrado.
Lembrar de explicar o que significa o V%, quais são as bases que o compõem.
Ok!
Não copie e cole a escrita em forma de imagem porque isso compromete a nitidez. Escreva você mesmo no próprio slide!
Não entendi muito bem!
Regulador da pressão osmótica;
Ativador de enzimas;
Síntese de proteínas;
Ajuste de pH dentro das células;
Pensei em fazer a pergunta de calagemXgessagem aqui
Pensei em fazer a pergunta de calagemXgessagem aqui
Sugestão: Antes de apresentar essa imagem, já responder a questão da sua atividade (montar um slide onde aborde as diferenças de calagem x gessagem).
Tinha pensado em perguntar no slide 40, você ainda acredita que aqui seria melhor?
Poucos reativos e muito reativos;
Sulfatos: fontes mais usuais e mais tradicionais;
Cloretos: Mais eficientes do ponto de vista agronômico e proporcionam diversos benefícios;
Nitratos: Situam-se entre os cloretos e os sulfatos mas do ponto de vista econômico são mais caros