O documento discute a fertirrigação e cultivos orgânicos, incluindo os benefícios dos ácidos húmicos no solo e nas plantas, assim como os procedimentos para a preparação de composto orgânico líquido usando esterco, restos de cultura, EM4 e outros ingredientes.
1. 4ª PARTE DO CURSO DE
FERTIRRIGAÇÃO
CULTIVOS ORGÂNICOS
2. •
Tendências do Crescimento
Demográfico no Mundo
Dados Reais População
População
(miles
de
millones)
População
Produção
de grãos
Fertilizantes
Adubos
orgânico
Origem de nutrientes
(estimação)
Reservas de
nutrientes no
solo
Produção
de
grãos
(Tmha)
3. CONCEITO DE FERTIRRIGAÇÃO
Os elementos nutritivos encontram-se dissolvidos na
água do solo
As plantas “bebem”
os nutrientes
FERTIRRIGAÇÃO
•Os fertilizantes são fornecidos de acordo com a sugestão
das análise de solo, folha e solução do solo.
Não deve separar a irrigação do adubo orgânico liquido
Para se adubar bem primeiro tem que se irrigar bem
4. Benefícios dos Ácidos Húmicos
• Gerais:
Complementam e aumentam a eficiência dos fertilizantes
minerais pelo aumento da atividade (troca) catiônica
sintetizando os elementos menores (micro) e liberando assim
os nutrientes fixados pelos solos (principalmente P).
Melhora a textura do solo pelo aumento da capacidade de
absorção e retenção da umidade dos solos, reduzindo a
compactação, melhorando a aeração, ajudando a formação
de agregados estáveis de tamanho ideal para a máxima
nutrição das plantas.
5. Benefícios dos Ácidos Húmicos
• Gerais:
Aumentam a fertilidade dos solos pobres em matéria
orgânica, transformando assim os solos marginais em
solos rentáveis.
Preserva o equilíbrio das plantas.
6. Benefícios dos Ácidos Húmicos
• Gerais:
5. Ao contrário dos adubos verdes, esterco, estrume de
galinha, os Ácidos Húmicos são isentos de pragas, agentes
fitopatogênicos, sementes de ervas daninhas e resíduos
de herbicidas.
Em comparação com adubação com matéria verde, esterco
ou estrume, a aplicação de Ácidos Húmicos tem efeito
fertilizante muito mais imediato e mais facilmente
controlável.
7. Propriedades Físico Químico dos Ácidos
Húmicos:
• Definição:
Ácidos Húmicos são moléculas orgânicas complexas de elevado peso molecular formadas
pela degradação e decomposição da matéria orgânica.
1. Ácidos Húmicos são coloídes e se comportam de certa
forma como argilas apesar de serem classificados como
ácidos e formarem sais verdadeiros. Quando os locais de
trocas catiônicas na molécula húmica são preenchidos com
íons hidrogênio, o material é considerado ácido; entretanto
não há grande efeito no PH, porque o ácido é insolúvel em
H2O.
Quando os cátions predominantes são outros, em que não
o H+, o material é chamado humato. Os humatos de metais
alcalinos são solúveis em água, e os de metais multivalentes
são insolúveis.
8. Propriedades Físico Químico dos Ácidos
Húmicos:
• Definição:
O mecanismo de síntese dos Ácidos é responsável pela intensidade de
cor das plantas, e a mobilização de fosfato, melhora o desenvolvimento
radicular.
3. O equilíbrio orgânico do solo e sua integração é indicado
pelas seguintes relações:
Relação: Relação:
Ácido Húmico
Ácido Fúlvicos Carbono Total
Ácido Húmico
Taxa de
Humificação
Ácido Fúlvicos+Ácido Húmico+Húminas
Carbono Total
9. Propriedades Físico Químico dos Ácidos
Húmicos;
• Cada um dos diversos compostos húmicos tem
atividades diversas: alguns são ativos sobre a nutrição
das plantas e a vida microbiana, e outros são ativos a
estrutura dos solos.
10. •
Relação
C/N
Imobilização do N do solo
0
Ralação C/N
(húmus: 8/1 a 13/1)
Relação C/N limite
Mineralização
C/N da M.O. do solo
25
50
75
100
2-4 semanas(leguminosas)
4-8 semanas(restos de milho e sorgo)
8-15 semanas(palha de arroz e trigo)
11. O Porque do uso dos Ácidos Húmicos
.1 A baixa fertilidade dos solos excessivamente cultivados
provém do desequilíbrio da matéria orgânica pela má
fertilização, lixiviação, acidificação dos solos, nas práticas de
cultivo, falta de compensação das perdas em substancias
orgânicas, retardamento da vida e síntese microbiana, falta
de irrigação e irrigação excessiva, compactação do solo e
queimadas que acelerem o ritmo de destruição do material
húmico.
.2 As práticas comuns da rotação de culturas, adubação
química, incorporação de esterco e de material vegetal verde,
inoculação e fertilização orgânica, são métodos eficientes mas
prolongados e em alguns casos, antieconômicos.
12. O Porque do uso dos Ácidos Húmicos
• 3. Embora todo húmus seja matéria orgânica, nem toda matéria
orgânica é húmus. A matéria orgânica de origem animal produz
unicamente compostos nitrogenados e alguns elementos
minerais. A principal fonte de matéria orgânica para a nutrição
das plantas provém da transformação e sintetização por
decomposição químico-microbiana da matéria orgânica vegetal
em húmus.
4. Pode-se dizer que os Ácidos húmicos são tão
importantes ao crescimento e à nutrição das plantas
como clorofila é para a fotossíntese.
5. A aplicação de Ácidos húmicos não substitui a adubação
mineral, porém tem a ação sinérgica que maximiza os
benefícios, resultados e rentabilidade da adubação mineral.
Além disso, fornecem substâncias orgânicas que ativam as
funções tão importantes para a fertilidade dos solos e
desenvolvimento das plantas.
13. Propriedades Fisiológicas dos Ácidos
Húmicos:
• Ao nível das raízes atuam sobre a permeabilidade
celular acentuando as propriedades hidroscópicas no
tecido vegetal com os seguintes efeitos:
A) Aumentam a velocidade de absorção de N, P e K.
B) Aumentam as quantidades de N, P e K assimiladas.
Sobre os mecanismos vitais das plantas:
1. Respiração: Aumentam a atividade respiratória das plantas
estimulando a captação do oxigênio e a eliminação do bióxido
de carbono.
2. Síntese: Regula e ativa os processos de síntese das
proteínas, aumentando o conteúdo da clorofila.
14. Propriedades Fisiológicas dos Ácidos
Húmicos:
• Sobre os mecanismos vitais das plantas:
3. Transpiração: Protege a planta contra a perda excessiva de
umidade.
4. Crescimento: Agem como regulador estimulando o
crescimento das plantas.
Além da sua atividade sobre a estrutura do solo e a
nutrição das plantas, os Ácidos Húmicos também ativam a
vida microbiana, ajudando ao equilíbrio bioquímico do
solo com o consequente benefício para as plantas.
15. No Solo
1. Contribuem para reduzir a erosão da terra através do
aumento das forças de coesão entre as partículas finais do
solo.
4. Melhoram a arabilidade dos solos e aumentam a resistência
as condições de seca pelo aumento da retenção e absorção
hídrica dos mesmos.
3. Diminuem a lixiviação dos fertilizantes minerais, retém os
nutrientes orgânicos hidrossolúveis, liberando-os para as
plantas quando necessário (camada turfosa).
2. Liberam nutrientes presos nos solos e aceleram sua
translocação das raízes para as plantas (P principalmente)
16. P Óxidos de Fe e Al
+
+
+
+
Óxidos de Fe e Al
+
+
+
+
_
_
_
_
_
_
P
_
_
Menor fixação do fósforo ao solo (Solo ácidos)
No Solo
17. Zn
Argila e Matéria
Orgânica
Argila e Matéria
Orgânica
+
+
_
_
_
_
Zn
Cu
+
+
Cu
_
_
_
_
_
_
_
_
+
+
+
+
Complexação dos micronutrientes no solo
No Solo
18. Argila e Matéria
Orgânica
Argila e Matéria
Orgânica
K+ _
_
_
_
_
_
_
_
Argila e Matéria
Orgânica
Argila e Matéria
Orgânica
K+ _
_
_
_
_
_
_
_ _
_
_
_
“Aumento da CTC localizada no solo”
Reduz as perdas de potássio por lixiviação
No Solo
19. Ação das substâncias orgânicas no Solo
Física do solo:
✓ Substâncias orgânicas complexas aderem na superfície
das areias através de partes não polares e criam cargas
proporcionando maior agregação de nutrientes.
20. No Solo
6. Aumentam a população de micro-organismo
benéficos as plantas.
7. Protegem as plantas contra altas concentrações de
sódio e sais minerais no solo.
5. Regulam e aumentam a estabilidade do PH dos solos
21. Ação das substâncias orgânicas na Física do Solo
Física do solo:
✓ Sequestram as cargas positivas que recobrem a argila,
causando novamente o efeito de repelência entre as
mesmas.
✓ Cria poros no solo, facilitando a penetração da água e
do sistema radicular das plantas.
argilas
22. Na Planta
1. Melhoram a germinação e a viabilidade das sementes.
2. Aceleram o crescimento inicial das plantas jovens.
3. Estimulam o crescimento e enraizamento e evitam
colapsos devido ao “choque” de transplante e ajudam as
plantas a suportar o “stress” ocasionado por ataques e
controles químicos de pragas e doenças nas plantas.
4. Estimulam o desenvolvimento e a produção através do
aumento significativo do sistema radicular.
5. Aumentam a formação da massa verde.
6. Intensificam a cor das folhas, flores e frutos, melhoram a
qualidade, tamanho e tempo de armazenamento (vida de
balcão) dos produtos agrícolas.
25. IMPORTÂNCIA
COMPOSTO LIQUIDO
“Nutrição é o equilíbrio químico e biológico; É o aumento da
macro, meso e microvida, consequentemente, aumento do
potencial enzimático”
26. Procedimentos
OBS- para a preparação da compostagem, é
preciso duas etapas.
1º ETAPA
➢ Esterco bovino ou caprino
27. ❖Coloca-se sobre a pilha
de esterco 5,5
carroções de resto
cultural triturado, no
qual corresponde a
quantidade de 17m3
❖E junto com o resto
cultural acrescenta os
720kg de cuim sobre o
esterco, no qual o mesmo
tem a função de elevar a
temperatura e a relação
C/N.
28. ➢Por último, coloca-se os
3,L de melaço +3,L de
EM4, diluídos em água,
para ser colocado sobre
todo o material da pilha
para em seguida serem
misturados.
29. ➢Para a 1º etapa, é feito a mistura de todo o
material, com o auxílio de uma concha
mecanizada, deixando a pilha o mais alto
possível em forma de pirâmide, para melhor
circulação do ar e melhor biodigestão.
30. ❖Após a mistura, deve-se
umificar a 40% de água
para dar início a atividade
microbiana. Para melhorar
uniformidade na umidade,
coloca-se microaspersores
sobre a pilha.
❖Após misturada, a pilha
de composto deve ser
coberta com plástico
preto para impedir a
evaporação e elevar a
temperatura.
31. ➢Uma vez empilhado mede-se a temperatura até atingir
60°C (misturada). Isso leva de 8 á 12 dias para chegar
a essa temperatura.
A temperatura é
medida com um
termômetro apropriado
para temperaturas
altas.
Leitura da
temperatura da
compostagem: 56º
Medição da temperatura
32. ➢É medido também o PH e o percentual de
humidade
HUMIDADE=40%
PH= 5,5
33. 2º ETAPA
Depois de 8 a 12 dias ou quando atingir a temperatura
de 60 °C a pilha deverá ser tombada e acrescentar os
1360kg de farinha de osso + 179kg de FTE.
35. A pilha deve ser novamente misturada, após terminado e
empilhada, deve-se colocar sobre a pilha pronta os 25kg
de gesso, no qual enriquecerá a pilha com fonte de
enxofre, cálcio e eliminará o odor presente no material. E
por final deve novamente ser coberta e manter a umidade
em torno de 40%. E quando chegar aos 60°C novamente, o
material estará pronto para ser utilizado, isso ocorrerá
depois de 3 a 7 dias.
Pilha de composto totalmente
misturada e empilhada em forma de
pirâmide
Pilha coberta com gesso
38. Utiliza-se 20% da capacidade do tanque, de material
sólido compostado de maneira parcelada por carga. Para
manter o equilíbrio nutricional da calda até a última carga.
PARCELADO
Elemento PPM
Analise dos tanques 1º
CARGA
Analise dos tanques 5
CARGA
Analise dos tanques 10º
CARGA
Nitrogênio 650 600 600
Fosforo
Potassio 273 445 400
Calcio 280 35 75
Magnesio 54 24 42
Enxofre
Ferrro 18 9 9
Manganes 2 2 3
Cobre 2 2 1
Zinco 5 4 6
Boro 9 9 23
Sódio 83 96 94
M.O 20 20 40
pH 7,2 7,3 7,3
Densidade 0,99 0,99 0,99
39.
40. ➢Dija - 5m3 = 1m3 = (parcelado)
➢Dija - 11m3 = 2,2m3 = (parcelado)
➢Cercado do meio -15m3 = 3m3 = (parcelado)
➢Apodi -15m3 = 3m3 = (parcelado)
➢É feito revolvimento ( diariamente), para homogeneização
do material sólido com o líquido.
Tanques de compostagem-
prontos para serem utilizados
41. ➢Utilizar o líquido após o material já ser
colocado no tanque.
➢Quando consumir todo o volume líquido da
primeira carga do tanque, reabastecê-lo com
água mais outra parcela do material compostado,
novamente para uso.
➢Deverá ser feito apenas 03 recargas.
➢E após consumir todas estas recargas, deverá
ser esvaziado totalmente o tanque e feito nova
carga (material compostado parcelado por cada
carga).
43. E todo o material sólido que é retirado dos tanques após
todas as cargas, o mesmo é reutilizado como substrato
para produção de mudas.
44. EXPERIMENTOS
EM – Microorganismos Eficazes
EM é um coquetel de microorganismos, ele foi
desenvolvido por Japoneses. Cada ml de EM
contém um milhão de microrganismos (Fungos e
Bactérias), e estes indivíduos se dividem em 10
gêneros e 80 espécies de microorganismos.
45. Estes microorganismos são Leveduras - Que se
aproveitam todo excremento das raízes das plantas.
Acitomicetos – Que imunizam o solo contra
patógenos. (Fungos e bactérias patógenos.)
Acido Lático – Acelera a decomposição da Matéria
Orgânica.
Bactérias Fotossintéticas – Que utiliza a energia
solar em forma de luz e calor, substâncias expelidas
pelas raízes das plantas resultantes da putrefação da
Matéria Orgânica para sintetizar vitaminas e
nutrientes para as plantas e outros microorganismos.
46. Capacidade de cada : 12 m3
Cal Alg 7,0 17,5 122,50
Areia Carrada 60,0 1,75 105,00
Cimento Sc 13,5 20,25 273,38
Tijolos Milheiro 100,0 3 300,00
Ferro 1/4 Vara 11,00 5 55,00
ferro de 5 mm Kg 3,80 37,5 142,50
Brita m3 50,00 1 50,00
Tela de Filtragem m2
3,75 1,87 7,01
Rebite Unid 0,05 60 3,00
Registro de 32mm rosc unid 15,50 0,5 7,75
Registro de 40mm sold unid 19,89 1 19,89
Tubo de 20mm m 4,80 16,5 79,20
Tubo de 32 mm m 25,50 3 76,50
Tubo de 35 mm m 6,80 3 20,40
joelho de 20mm sold Unid 0,26 12 3,12
Joelho de 32 mm sold Unid 3,20 1 3,20
Joelho de 35 mm sold Unid 3,00 1 3,00
Té de 20 mm sold Unid 0,40 6 2,40
Adaptador 32mm x 1" Unid 0,75 0,5 0,38
Adaptador interno 3/4 x 1 1/2 Unid 0,64 1 0,64
Luva Rosc 35 mm x 3/4 Unid 2,00 0,5 1,00
Bucha de redução de 3/4 x 1 1/2 Unid 0,33 0,5 0,17
Mangueira trançada de 3/4 m 5,35 0,75 4,01
1280,04
Alvenaria/Outros
Total(R$)
Descrição Unid Vr.Unit(R$)
Qde
Utilizada
Sub Total
CUSTO PARA CONSTRUÇÃO DE UM TANQUE