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Módulo I.3
___________
Fertilidade e
Fertilização
do solo
(parte II)
Fundamentos da fertilização em AB
No caso particular da agricultura biológica, em que não são
utilizados adubos minerais azotados e fosfatados de rápida ação
e se recorre principalmente a fertilizantes orgânicos (vegetais ou
animais) e a minerais de ação mais lenta (baixa solubilidade), há
que criar condições para que a planta se alimente bem sem a
aplicação dos adubos solúveis da agricultura convencional.
Fundamentos da fertilização em AB
Isto só é possível com a melhoria da fertilidade do
solo e, em particular, com uma grande atividade
biológica do mesmo – um solo vivo que vai
alimentar a planta.
Segundo Guet (1993), a fertilização em agricultura biológica deve
respeitar 3 objetivos:
Melhorar a fertilidade do solo;
Economizar recursos não renováveis;
Não introduzir elementos poluentes no ambiente.
E destes objetivos decorrem os seguintes princípios:
Evitar as perdas de elementos solúveis na água (azoto, etc.);
Utilizar as leguminosas como fonte de azoto;
Não utilizar produtos obtidos por via química;
Ter em conta os vegetais e animais que vivem no solo;
Lutar contra a erosão pela conservação do solo, que é um recurso não
renovável a curto prazo.
Fertilidade do solo – capacidade que o solo tem
de fornecer os elementos essenciais às plantas
nas quantidades e proporções para uma
determinada planta
Produtividade do solo – capacidade que o solo
tem de produzir uma determinada cultura, sob
uma determinada técnica cultural específica
NUTRIÇÃO VEGETAL
Conjunto de fenómenos através dos quais a
planta retira do meio que a rodeia as
substâncias que são necessárias ao seu
metabolismo e, como consequência, ao seu
crescimento e produção (Quelhas,1996).
Essencialidade dos elementos nutrientes
(Arnon e Stout, 1939)
• Sem eles a planta não completa o seu ciclo
vegetativo
• Desempenham na planta funções
específicas, por isso não podem ser
substituídos por qualquer outro.
• Estão envolvidos no metabolismo da planta
Elementos essenciais
• H, C, O
• N, P, K MACRONUTRIENTES
• Ca, Mg, S
• Fe, Mn, Zn, Cu, Ni MICRONUTRIENTES
• B, Mo, Cl
ADUBOS
Minerais
Elementares
Compostos
Azotados
Fosfatados
Potássicos
Amoniacais
Nítricos
Nítrico-amoniacais
Amídicos
Solúveis em água
Solúveis em ác. Orgânicos
Soluveis em ác. minerais
Sais brutos
Sais concentrados
Binários
Ternários
Orgânicos
CORRETIVOS
N-P; N-K; P-K
N-P-N
Minerais – destinam-se a corrigir a reação (pH) dos
solos
Corretivos minerais alcalinizantes – quando tem como objetivo fazer
subir o pH dos solos ácidos (exemplos: calcário moído com ou sem
magnésio, cal viva, cal apagada);
Corretivos minerais acidificantes – quando visam fazer descer o pH
dos solos alcalinos - solos calcários, solos salinos, solos alcalinizados
ou solos alcalinizados-salinos (exemplos: enxofre e gesso).
CORRETIVOS
CORRETIVOS (cont.)
Orgânicos – estes corretivos, de origem orgânica,
animal e/ou vegetal, são utilizados com o objetivo
de aumentar, ou pelo menos manter, o teor de
matéria orgânica dos solos, a qual desempenha uma
função muito importante em todos os aspetos
(físicos, químicos e biológicos) da fertilidade dos
solos.
CORRETIVOS (cont.)
Condicionadores – destinam-se a melhorar a
estrutura do solo. São produtos muito caros e o seu
uso é muito restrito, apenas se verificando em
estufas, jardins e relvados. (exemplos: "Krilium",
silicatos coloidais-Agrosil LR, "Stiromull",
"Higromull", etc.)
REAÇÃO DO SOLO
• O pH tem grande influência no solo e na planta,
principalmente pelas seguintes razões:
– Torna os nutrientes mais ou menos solúveis, mais ou menos
disponíveis para a planta
– Favorece o crescimento de algumas espécies de plantas em
relação a outras que não se adaptam aos mesmos valores de
pH
REACÇÃO DO SOLO
• A acidez e alcalinidade são medidas pelo
pH numa escala de 0 a14:
• 0 a 7-ácido
• 7-neutro
• 7 a 14-alcalino
Efeitos da reação do solo na disponibilidade de nutrientes para as plantas
Fonte:
“ As bases da
Agricultura
Biológica ”,
2009, Edibio
Equivalente de acidez
n.º de partes de CaCO3 necessárias para corrigir o
resíduo ácido deixado no solo pela aplicação de 100
partes de adubo aplicado.
Ex. dizer que o equivalente de acidez da ureia é de 84
significa que para corrigir o resíduo ácido deixado no
solo pela aplicação de 100 Kg de adubo são necessários
84 Kg de CaCO3
Equivalente de basicidade
n.º de partes de CaCO3 equivalentes ao resíduo de
carácter básico deixado no solo pela aplicação de 100
partes de adubo.
Ex. o nitrato de cálcio possui um E.B. de 20, significa
que a aplicação ao solo de 100Kg deste adubo deixa
no solo um resíduo alcalino correspondente a 20 Kg
de CaCO3
Equivalente de acidez ou
basicidade
Absolutos Relativos
AZOTADOS
Nitrato de sódio 29(B) 1,81
Sulfato de amónio 20,5%N 110(A) 5,35
Ureia – 46%N 84(A) 1,85
Nitro-amoniacal 20,5% N 0 0
Nitro-amoniacal 26%N 20(A) 0,77
Nitrato de amónio sol. 33,5%N 59(A) 1,30
Nitrato de cálcio 15,5% N; 27%CaO 20 (B) 1,30
Cianamida cálcica 20,5%N 63 (B) 3,07
Amoníaco anidro 82%N 148(A) 1,80
Solução azotada 20%N 36(A) 1,80
Solução azotada 32%N 58(A) 1,80
Sol. De nitrato de magnésio 7%N
Equivalente de acidez ou
basicidade
Absolutos Relativos
FOSFATADOS
Superfosfato 18% 0 0
Superfosfato 42% 0 0
POTÁSSICOS
Cloreto de potássio 0 0
Sulfato de potássio 0 0
2.2 – Adições orgânicas – condições de sucesso
Antes de uma aplicação de matéria orgânica ao solo, e de
acordo com as necessidades verificadas, deverão ser
colocadas as seguintes questões:
Que tipo de matéria orgânica ?
Em que altura ?
Em que quantidade ?
Qual o processo adequado de aplicação ?
Podemos recorrer a dois tipos de matéria orgânica:
Quanto ao tipo de matéria orgânica ?
- A que sofre diretamente um processo de mineralização,
libertando os seus nutrientes de uma forma mais ou menos
rápida.
- A que passa primeiro por um processo de humificação, mais
indicada para correção orgânica do solo.
Quanto ao tipo de matéria orgânica ?
Pode dizer-se que quanto mais fibra (lenhina e
celulose) apresentar a M.O., mais lento será o
processo de decomposição (mais lenta é a libertação
de nutrientes) e mais húmus irá formar – maior
efeito corretivo
Em que altura ?
- Setembro/Outubro – época em que a maioria das culturas
apresenta exigências nutritivas baixas, as temperaturas
começam a ser menores, e a humificação da matéria orgânica é
favorecida.
- Março*/Abril – Na Primavera são indicadas as matérias
orgânicas que se mineralizam mais rapidamente, de modo a
coincidir com as maiores exigências nutritivas das culturas.
Em que quantidade ?
A quantidade de M. O. a fornecer ao solo deverá ser em função dos
resultados da análise de terra. No entanto, tratando-se de estrumes,
não é aconselhável aplicar mais de 10 a 15 toneladas por hectare.
A necessidade de M.O. será tanto maior quanto mais argilas
existirem no solo, de modo a favorecer a formação do complexo
argilo-húmico.
2.2 – Adições orgânicas – condições de sucesso
Qual o processo adequado de aplicação ?
De uma forma geral, as matérias orgânicas devem
ser enterradas a uma profundidade de 10 a 15 cm
(solos pesados) e a 20 cm (solos ligeiros), de modo a
conseguir uma zona com humidade para a sua
decomposição, ainda com suficiente arejamento.
Siderações ou adubos verdes
• Processo de fertilização do solo pelo enterramento ou
destroçamento de plantas herbáceas verdes,
semeadas propositadamente para o efeito.
– As espécies utilizadas tomam a designação de
Adubos Verdes
• Leguminosas
– Fornecem ao solo Azoto (N) orgânico
sintetizado pelas bactérias Rhizobium
– A quantidade de N fixado varia com:
• Ciclo vegetativo
• Massa vegetal
• Temperatura
• Humidade
ADUBAÇÃO AZOTADA
Termoço-branco
• Quantidade de Azoto fixado pelas leguminosas
(Kg/ha de N fixado)
– Luzerna 70-198
– Grão de Bico 13-121
– Feijão 44-100
– Ervilha Forrageira 155-174
– Ervilhaca 99
– Trevo Subterrâneo 52-163
– Trevo Branco 114
ADUBAÇÃO AZOTADA (cont.)
• As leguminosas contém entre 0,4 a 0,7 % de Azoto
na sua massa vegetal
– Ex: Uma cultura de ervilhaca, enterrada na floração
pode ter um rendimento:
• 16-20 ton de matéria fresca/ha
• 3,2-4 ton de matéria seca/ha
• 80-100 Kg de Azoto/ha (16-20 ton X 0,5% de N)
ADUBAÇÃO AZOTADA (cont.)
Espécie
Azoto
N
(Kg/ha)
Fósforo
P205
(Kg/ha)
Potássio
K20
(Kg/ha)
Azevém anual 20-60 20-25 25-120
Azevém italiano 160 21 185
Colza 50-100 25-40 80-180
Ervilhaca 55-150 15-25 50-90
Facélia 160 22 165
Favarola 30-100 10-35 25-120
Luzerna lupulina 25-35 5-15 20-30
Mostarda 50-80 25-30 80-110
Rábano 40-180 20-60 80-220
Tremoço 110 10 70
Trevo branco Ladino 40-60 10-20 35-60
Quantidade de nutrientes na parte aérea
Nódulos de
rizóbio em
raiz de
feijão
Problemas da Lexiviação:
• Perda de elementos nutritivos
– Poluição das toalhas freáticas
– Perda de nutrientes do solo e consequentemente para as plantas
Lixiviação de nutrientes
Lixiviação de nutrientes (cont.)
Redução da lexiviação com os Adubos Verdes:
• Cobertura do solo nas estações chuvosas
– Melhor retenção de nitratos
– Imobilizam temporariamente o azoto
– As plantas ao consumirem água reduzem a lexiviação
Após o enterramento ocorrem dois processos:
1. Estímulo dos microrganismos e da mineralização do húmus existente
(muitas vezes da fração estável)
2. Formação de húmus jovem com o enterramento
Fornecimento de M. O.
• Se o material vegetal a enterrar for muito jovem e a relação
C/N muito baixa (pobres em celulose)
– Vai dar origem a muito pouco húmus estável
Fornecimento de M. O. (cont.)
• A cobertura do solo com um adubo verde provoca um ensombramento
que inibe a germinação de muitas sementes de infestantes
• Mesmo as plurianuais podem ser deste modo reprimidas com relativa
eficácia
• Algumas espécies adventícias inerentes à natureza do solo (plantas
típicas dos terrenos compactos, por exemplo), vão diminuindo a sua
presença devido à melhoria da estrutura conferida pelos adubos verdes
Combate a infestantes
• Certas espécies como a facélia, algumas crucíferas
(mostarda, rábano forrageiro), o centeio, a erva do
sudão e sobretudo o trigo sarraceno, têm um
verdadeiro «efeito de limpeza» sobre a maioria das
adventícias
• O centeio tem reputação de eficaz contra a grama e o
escarlacho (em duas culturas sucessivas)
Combate a infestantes (cont.)
• Muitas destas plantas constituem um ótimo habitat
para vários grupos da fauna útil
• Este aspeto torna-se mais evidente em relação aos
auxiliares cujos adultos se alimentam do néctar e do
pólen das flores
• Por exemplo, a ervilhaca vulgar atrai os auxiliares em
geral
Alimento e abrigo para auxiliares
Siderações ou adubos verdes
• O trevo branco e o trigo sarraceno atraem muitos
himenópteros;
• O Trigo sarraceno excelente hospedeiro para adultos
de predadores de afídeos;
• A ervilhaca vilosa e o centeio atraem também
percevejos predadores como os antocorídeos.
Alimento e abrigo para auxiliares
Activação biológica
• Os adubos verdes provocam um estímulo importante da vida
microbiana, à qual fornecem um alimento abundante e muito
fermentescível
– Este estímulo é mais rápido e mais intenso, mas menos
durável que no caso duma adição de estrume
– Isto porque a matéria orgânica dos adubos verdes tem uma
relação C/N mais baixa (com mais azoto) que a do estrume
– Por isso, quanto mais jovem é enterrado o adubo verde, mais
intensa será a proliferação e mais curta a sua duração.
• Os adubos verdes provocam também uma proliferação das
minhocas, as quais se alimentam de detritos vegetais
• Misturam intimamente partículas de terra e matéria orgânica,
formando agregados muito estáveis. Ao escavarem inúmeras
galerias, melhoram a porosidade/permeabilidade do solo
Activação biológica (cont.)
• O processo ideal é o seguinte, pela ordem indicada:
– 1) Corte com gadanheira de barra de corte ou, no caso
de lenha a triturar, destroçamento com destroçador de
martelos, facas ou correntes
– 2) Secagem sobre o terreno durante 2 a 3 dias
– 3) Enterramento a pouca profundidade (5-10 cm) com
grade de discos, escarificador ou charrua; fresa (não
recomendada) mas se for utilizada, só em terreno não
argiloso e/ou com muito material a enterrar
(horticultura)
Incorporação do adubo verde
Incorporação do adubo verde (cont.)
• A lavoura com charrua não é a melhor forma de enterrar o adubo verde
[sobretudo sob árvores (fruteiras, oliveira, castanheiro, cerejeira)]:
– Porque se forma uma camada no fundo do rego mais difícil de
decompor
• Lavoura, a fazer, só depois duma primeira incorporação
superficial
- Destruição dos sistemas radiculares (sobretudo superficiais)
Compostagem
A compostagem é um processo aeróbio, controlado,
de bioxidação de substratos heterogéneos
biodegradáveis, resultante da ação de micro-
rganismos (bactérias, actinomicetas e fungos)
naturalmente associados a substratos, durante o
qual ocorre uma fase termófila, a libertação
temporária de substâncias com efeito fitotóxico e a
biomassa sofre profundas transformações
(mineralização e humificação parciais), sendo o
principal produto final, designado composto, o qual
deve ser suficientemente estável, higienizado,
homogéneo e cuja aplicação ao solo não tenha efeitos
adversos para o ambiente (Cunha-Queda, 1999).
Os resíduos orgânicos biodegradáveis e subprodutos
possuem características fisico-químicas diversas,
sendo o teor de humidade, o teor de azoto, o pH e a
respetiva relação C/N, parâmetros fundamentais na
preparação e condicionamento da biomassa inicial.
COMPOSTO - DEFINIÇÃO
Decomposição de matérias orgânicas frescas, por
fermentação aeróbia controlada em pilha, dando
origem a um produto estabilizado e fortemente
humificado (semelhante a terriço de floresta).
Definição
Aspeto de terriço
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
1) MO INICIAL
2) HUMIDADE
3) AREJAMENTO
4) TEMPERATURA
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
MO inicial
Humidade
Oxigénio
condicionam
temperatura
duração do processo
 A composição da matéria orgânica
final (HÚMUS) é uniforme, mesmo de MO
diferente
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
1. MO INICIAL
Razão C/N adequada
Uma MO muito lenhificada (lenha de poda,
aparas de madeira, palha,...) tem muito C
A razão C/N ideal andará entre 25- 30
Numa pilha à base de material lenhificado,
devemos misturar material verde, dejetos
animais, ou até adubo orgânico azotado para
acelerar a decomposição (mais temperatura)
RAZÃO C/N DE DIFERENTES MO
urina 1
escorrimento de estrume 2 - 3
desperdícios de matadouro em mistura 2
sangue 2
matérias fecais 6 - 10
matérias vegetais verdes 7
húmus, terriço de floresta (terra negra) 10
composto de estrume com 8 meses 10
cortes de relva 12
composto de estrume curtido (4 meses) 15
estrume de quinta com 3 meses em monte 15
ramas de leguminosas 15
luzerna 16 - 20
estrume fresco pobre em palha 20
resíduos de cozinha 23
RAZÃO C/N DE DIFERENTES MO
rama de batateira 25
agulhas de pinheiro 30
estrume fresco rico em palha 30
turfa negra 30
composto urbano 34
folhas de árvore 50
turfa loira 50
palha de cereais 50 - 150
palha de aveia 50
palha de centeio 65
palha de trigo 150
serradura de madeira decomposta 200
serradura de madeira 500
HEYNITZ, vK.-Le compost au jardin. Terre Vivante, Paris, 1991
Materiais C/N
Palha de luzerna 13
Palha de leguminosas 15
Cortes de relva frescos 15
Resíduos vegetais 15-20
Café (borras) 20
Cortes de relva secos 20
Polpa de maçã 21
Estrume de vaca 20-30
Desperdícios de fruta 35
Engaço de uva 41
Baçaço azeitona (2 fases) 45
Materiais C/N
Folhas de Outono 40-80
Folhas de carvalho 50
Folhas de pinho 90
Palha 50-150
Palha de milho 60
Palha de aveia 70
Palha de trigo 80
Cascas de árvore 100-130
Papel 150-200
Serradura 500
Cartão e jornais 560
RAZÃO C/N DE DIFERENTES MO
10-18
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
Esmiuçamento
Uma pilha deve ter uma estrutura que permita
um bom arejamento (mas não em demasia)
Pedaços demasiado grandes não contactam
intimamente e retardam a decomposição
 Materiais numa pilha ☞ destroçar
Por exemplo, varas de videira deverão ficar
reduzidas a pedaços de 3-5 cm
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
Esmiuçamento
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
Esmiuçamento
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
Esmiuçamento
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
Esmiuçamento
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
Esmiuçamento
FORMAÇÃO DA PILHA
1. MO INICIAL
MO estruturante
Há materiais com estrutura tão favorável que
adquire a designação de MO estruturante
Exemplo: estrume de bovino com  7 Kg de
palha (C/N  20)
 confere boa estrutura, sem percolação
e com pouco N gasoso perdido
FORMAÇÃO DA PILHA
ESCOLHA DA MO INICIAL
Razão C/N média na pilha: entre 25- 30
Para determinar o valor médio da razão C/N
numa pilha composta por diferentes MO:
Multiplica-se o peso de cada MO pelo respectivo
valor C/N
Somam-se os pesos das MO (PMO);
Somam-se as multiplicações do peso pelo valor
C/N (PC/N)
Divide-se PC/N / PMO
FORMAÇÃO DA PILHA
ex: calculo do valor médio da razão C/N numa pilha composta
por diferentes MO (estrume de bovino com palha)
100 kg estrume de bovino contém:
7 kg palha + 93 kg esterco
X 100 (C/N médio da palha) x 14 (C/N médio vacas leiteiras estab. Livre)
700 1302
Ʃ PMO 7+ 93 =100
Ʃ PC/N 700+ 1302 = 2002
então: PC/N / PMO = 100/2002 = C/N 20
FORMAÇÃO DA PILHA
Misturas de MO
FORMAÇÃO DA PILHA
Misturas de MO
FORMAÇÃO DA PILHA
FORMAÇÃO DA PILHA
FORMAÇÃO DA PILHA
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
2. HUMIDADE
Massa de água = ± 50 % do peso da pilha
a pilha tem de permanecer sempre húmida,
com a MO bem impregnada
 os microrganismos precisam de água
Mas o excesso de água impede a circulação do
ar
Para verificar a quantidade de água:
apertar na mão um punhado da pilha –
deve escorrer entre os dedos não mais que 2-
3 gotas (como uma esponja húmida)
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
Humedecer a pilha desde o princípio
(p/ bem impregnar)
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
Humedecer a pilha desde o princípio
(p/ bem impregnar)
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
3. AREJAMENTO
a) Necessidade de oxigénio
 Os microrganismos precisam de O2 para
poderem oxidar a MO (aerobiose)
 Na falta de O2 haverá uma fermentação
anaeróbia, com desprendimento de mau
cheiro  dando um produto que não um
composto
 Neste caso, sente-se por vezes um cheiro a
amoníaco (perda de N na forma gasosa)
metano (perda de C na forma de CH4)
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
3. AREJAMENTO
b) Porosidade na pilha  35 % (vol)
As MO frescas deverão ter dimensões que
assegurem uma boa circulação do ar
 mas um suficiente contacto entre si
 Por exemplo, as palhas, as aparas de
madeira, os engaços podem ser misturados
com serradura, cortes de relva,...
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
3. AREJAMENTO
c) Dimensões da pilha
Uma dimensão muito grande,
dificulta o manuseamento da pilha e o
arejamento do seu interior
Uma forma com perfil próximo do trapézio,
com 1,5 a 2 metros de base e 1,5 metros de
altura
Uma dimensão maior só para material mais
leve, que não se compacte com o próprio peso
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
Arejamento, re-mistura
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
Arejamento, re-mistura
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
arejamento
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
4. TEMPERATURA
a) Não deve exceder os 65-70º C
As reacções oxidativas provocadas pelos
micróbios libertam calor
Uma proliferação muito rápida da actividade
microbiana dá grande produção de calor
Temperatura não deve subir acima dos 65-70º C
 caso contrário o composto resultante
terá uma qualidade deficiente
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
4. TEMPERATURA
b) Deve ser controlada
Se a temperatura mostra tendência de
ultrapassar aqueles valores há que a baixar:
 regando, revolvendo ou introduzindo na
pilha MO com uma relação C/N mais alta
Usam-se termómetros apropriados ou uma
barra de ferro espetada até ao interior da
pilha
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
termómetro
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
Sucessão de organismos
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
4. TEMPERATURA
c) Um calor moderado tem ação pasteurizante
Quando se pretende reduzir ou eliminar
 poder germinativo de sementes de
infestantes
 microrganismos patogénios (os quais são
sensíveis a temperaturas acima de 60º C)
Para se conseguir temperaturas desta ordem, é
necessário uma MO com relação C/N mais baixa
FORMAÇÃO DA PILHA
ADIÇÃO DE MINERAIS NA PILHA
Para um solo com uma carência, pode-se
adicionar o elemento em falta logo na formação
da pilha
 melhor e mais rápido efeito do elemento
Por exemplo: cinza, fosfatos, gesso ou
carbonatos, mas num máximo de 1-2 % do
peso da pilha.
FORMAÇÃO DA PILHA
COBERTURA DA PILHA
A pilha deve ser coberta
Isso servirá para evitar a
a penetração da chuva (percolação)
a dissipação de calor,
a perda de humidade (dessecação)
Os materiais para cobertura mais utilizados
são a terra, as palhas, plástico (perfurado)
e outros materiais porosos
FORMAÇÃO DA PILHA
Cobertura de pilha de folhas com turfa
FORMAÇÃO DA PILHA
Cobertura da pilha
FORMAÇÃO DA PILHA
Cobertura da pilha rede de
ensombramento
CONDIÇÕES ESSENCIAIS
FORMAÇÃO DA PILHA
FORMAÇÃO DA PILHA
Base para recolha de líquidos de
percolação
COMPOSTAGEM “FINALIZADA”
 O COMPOSTO ESTÁ “TERMINADO” (MADURO)
 quando assume uma coloração negra
 quando adquire uma consistência finamente
grumelosa
 quando exala um odor a terriço (húmus)
COMPOSTAGEM
Formação da pilha
COMPOSTAGEM
Formação da pilha
COMPOSTAGEM
COMPOSTAGEM
SILOS DE COMPOSTAGEM
SILOS DE COMPOSTAGEM
SILOS DE COMPOSTAGEM
SILOS DE COMPOSTAGEM
Tipo Verdel
SILOS DE COMPOSTAGEM
SILOS DE COMPOSTAGEM
SILOS DE COMPOSTAGEM
VANTAGENS DO COMPOSTO
 Redução das perdas de nutrientes
 diminuição da volatilização e da
desnitrificação (azoto)
 diminuição da percolação (N, P, K,...)
 Desodorização de matérias orgânicas
 quando se utilizam como MO inicial
resíduos de cozinha, efluentes de gado,...
 Destruição de certos organismos patogénicos e
sementes de infestantes
VANTAGENS DO COMPOSTO
 Diminuição do volume de MO a armazenar
 O material ao compostar perde muito C
e diminui de volume
 Horticultura (intensiva) sem pausas do solo
para decompor MO frescas
 Já muito humificado não prejudica certas
culturas
 Sobre o prado não diminui apetência para a
erva
 Não deixa mau cheiro na erva para o gado
pastar
VANTAGENS DO COMPOSTO
 Melhora a qualidade dos vegetais
 Experiências têm demonstrado uma
qualidade organoléptica e um poder de
conservação superior
 Produz substâncias supressivas
 Substâncias supressivas aumentam a
resistência dos vegetais a várias doenças
 inclusivé na parte aérea (resistência
sistémica adquirida)
Rotações de culturas
A rotação das culturas tem uma grande importância em agricultura
biológica, e tem vindo a perdê-la na agricultura “convencional”, devido à
vulgarização dos adubos e PFs de síntese.
A ROTAÇÃO DE CULTURAS é a sucessão, ao longo de um dado
número de anos, sobre uma mesma parcela, de um certo número
de culturas seguindo uma ordem determinada.
Rotações de culturas
A rotação é importante, principalmente por razões de
fertilização e sanidade das culturas.
As principais vantagens da rotação são as seguintes:
- Aumento da fertilidade do solo e melhoria da fertilização das culturas;
- Eliminação e/ou diminuição do risco de pragas, doenças e infestantes;
- Aumento da biodiversidade.
Como inconvenientes pode indicar-se:
- Maior exigência em máquinas e em planeamento das operações culturais e da
própria rotação;
-Dificuldade em adequar as culturas tecnicamente mais aconselháveis à procura do
mercado;
- É um método de pouca aplicabilidade em culturas permanentes.
Nos aspetos da fertilização, a escolha da rotação intervém a dois níveis:
- Manutenção do teor em húmus do solo, com a valorização máxima dos resíduos
de cultura;
- Fornecimentos de azoto, que em parte vem da fixação biológica das leguminosas
incluídas na rotação.
PRINCIPAIS CRITÉRIOS QUE TÊM AVER COM A FERTILIZAÇÃO:
1- Quantidades de resíduos da cultura;
2- Tolerância às aplicações de matéria orgânica;
3- Capacidade de extracção de nutrientes e exportações;
4- Profundidade da raiz;
5- Protecção fitossanitária – sensibilidade a doenças e pragas
ROTAÇÃO
NO
TEMPO
 NO MESMO
ESPAÇO
E NO ESPAÇO
ROTAÇÃO
NO TEMPO
COM AFOLHAMENTO
(4 FOLHAS)
SEM AFOLHAMENTO
Rotações de culturas
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
ROTAÇÃO
► Fatores económicos / mercado
► Não suceder plantas da mesma família
► Intervalo mínimo de 5 anos para plantas sensíveis à
mesma doença (quando presente no solo)
 Ex: Rhyzoctonia (cenoura, espargo,
beterraba, morangueiro, tomateiro, luzerna, ...)
► Suceder plantas com sistemas radiculares
diferentes
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
ROTAÇÃO
► Suceder plantas que desenvolvam órgãos
diferentes:
1 cultura de folhas (exigente em N)
2 cultura de leguminosa (exigente em P)
3 cultura de raízes (exigente em K)
4 cultura de bolbosas (exigente em K e S)
► Ter em conta as diferentes exigências quanto à
matéria orgânica:
 muita/pouca - fresca/decomposta
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
MUITO EXIGENTES EM
FERTILIZAÇÃO
MENOS EXIGENTES EM
FERTILIZAÇÃO
PLANTAS QUE EXIGEM UM COMPOSTO MADURO
acelga cenoura
couve-repolho alface
couve-flôr chicória
espinafre ervilha
feijão
(rabanete)
beterraba
(cebola)
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
MUITO EXIGENTES EM
FERTILIZAÇÃO
MENOS EXIGENTES EM
FERTILIZAÇÃO
PLANTAS QUE SUPORTAM M.O. SEMI-DECOMPOSTA
morango alho
melão couve de bruxelas
pimento fava
pepino nabo
cebola
rabanete
alface carneiro
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
AZOTO - EXPORTAÇÕES
Muito exigente
(> 120 Kg/ha)
Exigente
(75-120 Kg/ha)
Pouco exigente
(< 75 Kg/ha)
Acelga, agrião, aipo,
alho, beringela, batata,
beterraba, couve-de-
Bruxelas, couve-flor,
couve-repolho, endívia,
espargo, milho,
morango, tomate
Aboborinha
(“courgette”),
alcachofra, alface,
alho-francês, cebola,
cebolinho, cenoura,
chicória, escarola,
espinafre, nabo,
pepino, pimento,
rabanete, rábano
Aipo-rábano, cerefólio,
melão
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
RESÍDUOS DAS CULTURAS
Matéria orgânica e nutrientes
Resíduos
abundantes
Resíduos
médios
Resíduos
escassos
abóbora,
“courgette”,
couve-brócolo,
couve-flor,
ervilha, fava,
feijão verde,
milho doce
batata,
beringela,
melancia,
melão, pepino,
pimento, tomate
alface, alho,
cebola, cenoura,
couves de
folhas, nabos e
nabiças
CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
PROFUNDIDADE DA RAIZ
Superficial
(até 60 cm)
Medianamente
profundo (até 90 cm)
Profundo
(> 90 cm)
Aipo, alface, alho,
alho-francês, batata,
brócolo, cebola,
chicória, couve-de-
Bruxelas, couve-
chinesa, couve-
repolho, couve-flor,
espinafre, rabanete,
salsa
Abóbora, acelga,
beringela, beterraba,
cenoura, couve-nabo,
ervilha, feijão (rasteiro
e de trepar), melão,
mostarda, nabo,
pepino, pimento
Abóbora (algumas
espécies e variedades),
alcachofra, batata-
doce, espargo,
melancia, tomate
Risco de Nemátodos (A), fungos (C) e Insectos (D), para as principais culturas hortícolas
de ar livre, consoante a cultura precedente (Bosch et al, 1989)
cultura Precedente cultural (culturas de 1 a 18)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
1.batata ACD A A A A A A A A A A A A A
2.morango A AC A A A A A A A A A A
3.chicária A A AC C A C AC C A A A AC
4.pepino AC A C AC A C A AC A C A A A C
5.beterraba AC A A A AC A A A A C A A A A D
6.couves A ACD A C A
7.feijão C C A AC AC C A C AC A C
8.ervilha A A AC AC AC AC AC AC A AC A A A A
9.aipo-rab A A C AC AC AC AC AC C A A A
10.cenoura AC A A A A A A A A CD A A A A A
11.alho fr. A A CD A C
12.rabanet C A C A C C
13.alface A A AC C A C A C A AC A AC
14.espinafr A A A A A A AC A A A
15.fava A A C A AC AC A A A AC A
16.cebola A A A A AC A AD A C A A A AC A
17.endívia A AC C A C A C A A C A AC
18.cereais A CD
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
1) SOLANÁCEAS
A sucessão batata-batata ou tomate-tomate é possível sem
quebras de rendimento
 mas há risco de nemátodos ou alternaria
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Batata
Tomate
Beringela
Pimento
Tomate
Batata
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
2) CUCURBITÁCEAS
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Abobrinha
Abóbora
Pepino
Melão
Chuchu
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
3) BRASSICÁCEAS (CRUCÍFERAS)
Para ervilha, brassicáceas, bolbosas é aconselhável 4-5 anos entre 2
plantações
 não preceder / suceder luzerna, espargo
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Couve repolho
Couve flor
Couve rábano
Couve bróculo
Couve china
Rutabaga
Couve bruxelas
Couve flor
Nabo
Rabanete
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
4) ASTERÁCEAS (COMPOSTAS)
Chicória, endívia são sensíveis à rizoctónia violeta
 não preceder / suceder luzerna, espargo
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Alcachofra
Escorcioneira
Cardo
Salsifis
Pastinaga
Chicória
Alface
Endívia
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
5) FABÁCEAS (LEGUMINOSAS)
Para ervilha, brassicáceas, bolbosas é aconselhável 4-5 anos entre 2
plantações
 não preceder / suceder luzerna, espargo
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Ervilha
Grão-de-bico
Feijão
Fava
Lentilha
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
6) APEÁCEAS (UMBELÍFERAS)
Cenoura é sensível à rizoctónia violeta
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Aipo
Funcho
Salsa
Cenoura
Pastinaga
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
7) LILIÁCEAS
Para ervilha, brassicáceas, bolbosas é aconselhável 4-5 anos
entre 2 plantações
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Alho-pôrro
Cebola
Chalota
Alho
Cebola
Chalota
POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL
8) QUENOPODIÁCEAS
Beterraba é sensível à rizoctónia violeta
CABEÇA DE
ROTAÇÃO
2º LUGAR 3º LUGAR
Espinafre
Acelga
Beterraba Armola
EXEMPLO DE ROTAÇÃO QUADRIANUAL
CULTURA FERTILIZAÇÃO OBSERV.
1
BATATA
TOMATE
ABÓBORA
ABOBRINHA
Correcção pH
Correcções minerais (K, P)
Estrume, composto
cobrem bem o solo, limitam
as adventícias p/a cultura
seguinte
 seguir c/ ad.verde
2
ERVILHA
FEIJÃO
FAVA
nula
beneficiam com os
excedentes de fertilização
 seguir c/ ad.verde
3
COUVE
ALHO-PORRO
MILHO DOCE
Correcção pH
pode-se semear
leguminosas entre-linhas
como ad.verde
4 CEBOLA
SALADAS
Nula ou composto
(pouco)
pode-se semear ad.verde
de crescimento rápido -
ex: mostarda
EXEMPLO DE DITRIBUIÇÃO DE CULTURAS NUMA ROTAÇÃO DE 5 ANOS
1ºAno Tremoço Batata Milho Feijão Couve
2ºAno Couve Tremoço Batata Milho Feijão
3ºAno Feijão Couve Tremoço Batata Milho
4º Ano Milho Feijão Couve Tremoço Batata
5ºAno Batata Milho Feijão Couve Tremoço
ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES
ESPÉCIE NA
ROTAÇÃO
PRECEDENTE
DESFAVORÁVEL
PRECEDENTE
FAVORÁVEL
BATATA Solanáceas
Cucurbitáceas
Leguminosas
Couve-flor
TOMATE
Solanáceas
Espargo (1)
Luzerna (1)
Melão (2)
Liliáceas
Brassicáceas
Cenoura
PIMENTO
Solanáceas
Morango
Feijão
Liliáceas
Cucurbitáceas
Couves
BERINGELA Solanáceas
Melão
Liliáceas
Saladas
Couves
(1) risco de rizoctónia (2) nemátodos
ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES
ESPÉCIE NA
ROTAÇÃO
PRECEDENTE
DESFAVORÁVEL
PRECEDENTE
FAVORÁVEL
ABOBRINHA
Cucurbitáceas
Tomate
Liliáceas
Batata
Saladas
Couve-flor
MELÃO
Cucurbitáceas
Espargo
Feijão
Milho
Liliáceas
Brassicáceas
Batata
Cenoura
COUVE-FLOR
Brassicáceas
Alcachofra
Liliáceas
Batata
Abobrinha
NABO
Brassicáceas
Umbelíferas
Feijão
Liliáceas
Solanáceas
Espinafre
ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES
ESPÉCIE NA
ROTAÇÃO
PRECEDENTE
DESFAVORÁVEL
PRECEDENTE
FAVORÁVEL
ALCACHOFRA
Cardo
Cenoura
Tomate
Liliáceas
Batata
ALFACE
Saladas
Feijão
Tomate
Liliáceas
Cucurbitáceas
Batata
FEIJÃO-VERDE
Leguminosas
Melão
Nabo
Liliáceas
Cenoura
Couve
Pimento
ESPINAFRE
Acelga
Brassicáceas
Beterraba
Alcachofra
Feijão
Pimento
ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES
ESPÉCIE NA
ROTAÇÃO
PRECEDENTE
DESFAVORÁVEL
PRECEDENTE
FAVORÁVEL
ALHO
Liliáceas
Saladas
Batata
Leguminosas
CEBOLA Liliáceas
Brassicáceas
Cucurbitáceas
Solanáceas
CENOURA
Apeáceas
Beterraba
Espargo
Luzerna
Trevo
Cevada
Aveia
Liliáceas
Cucurbitáceas
Batata
Couve-flor
Milho
Restituições orgânicas das culturas e reciclagem de nutrientes
SÃO AS QUANTIDADES DE NUTRIENTES QUE SE RESTITUEM AO SOLO
(Geralmente Kg/ha)
No caso das hortícolas as restituições são menores.
No caso do tomate que só consumimos o fruto se devolvermos o
resto da planta ao solo restituímos quase metade dos nutrientes
retirados pela planta.
No caso das culturas arbóreas e vinha, a proporção de
nutrientes na parte colhida (frutos) é muito menor que
as folhas e vides ou ramos, pelo que neste caso é muito
Importante aproveitar as vides* e ramos* na
fertilização.
Este tema será novamente abordado quando falarmos no balanço húmico.
Restituições orgânicas das culturas e reciclagem de nutrientes
O caso da vinha
Resíduos da cultura e produção de húmus
Resíduo
MS
(t/ha)
K1
Húmus
(Kg/ha)
Lenha da poda 1-2 0,25 250-500
Folhas 1-2,5 0,20 200-500
Bagaço de uva 0,75-1,5 0,20 150-300
Enrelvamento 1-3 0,10 100-300
TOTAL 700 a 1600
Consociações de culturas
As consociações, ou associações, de culturas são sistemas de policultura
em que duas ou mais espécies estão suficientemente próximas para que
haja uma competição ou complementação entre elas.
As consociações tradicionalmente mais aplicadas são as que combinam
gramíneas com leguminosas, aproveitando a fixação do azoto da
leguminosa e as vantagens da gramínea são a conservação do solo e tutor.
- Pastagens e forragens (aveia + ervilhaca; trevos + gramíneas pratenses)
- Culturas arvenses (trigo + trevo branco)
- Hortícolas (milho + feijão)
O exemplo do milho com feijão, faz-se para aproveitar o milho
como tutor.
A consociação de hortícolas com diferentes velocidades de
crescimento, para aproveitar melhor o terreno, caso dos
rabanetes ou alfaces entre cenouras, alfaces entre couves.
A consociação de plantas em que uma beneficia da sombra da
outra é também possível, caso do milho com a abóbora.
Mas também há consociações desfavoráveis, é o caso do milho
com a batata, em solos com alfinete (Agriotes spp.), praga que
ataca ambas as culturas.
Outras consociações são feitas para proteger as culturas.
Outro objetivo de algumas consociações é afastar pragas.
O efeito benéfico nem sempre é o da repelência, por vezes
atraem auxiliares que combatem as pragas.
Uma outra vantagem duma consociação será um menor
número de infestantes devido ao ensombramento.
Consociação Efeito
Couve + trevo branco Diminui ataque de mosca
Couve + tomilho
Repele mosca (Phorbia
brassicae)
Couve-nabo + hissopo + hortelã-
pimenta
Repele altica (Phyllotreta spp.)
Couve-repolho + aipo
Repele lagarta da couve (Pieris
brassicae)
C.repolho + alecrim + hissopo +
salva
Repele lagarta da couve (Pieris
brassicae)
C.repolho + trevo encarnado Diminui ataque de Pieris rapae
Evitar pragas / doenças - CRUCIFERAS
Consociação Efeito
Cenoura + alho-
francês
Repele a mosca da
cenoura (Psila rosae)
Cenoura + cebola
Repele a mosca da
cenoura (Psila rosae)
Cenoura + alecrim,
salva, ou losna
(absinto)
Repele a mosca da
cenoura (Psila rosae)
Evitar pragas / doenças - CENOURA
Consociação Efeito
Batata + linho
Batata + facélia
Repele escaravelho (Leptinotarsa
decemlineata)
Batata + beringela A beringela atrai escaravelho
Tomate + cravo de
Tunes (Tagetes spp.)
Repele a mosca branca das estufas
(T.vaporariorum)
Tomate + chagas
(Trapaeolum majus)
Repele a mosca branca das estufas
(T.vaporariorum)
Evitar pragas / doenças - SOLANACEAS
2.8 – Cobertura do solo
A cobertura do solo com materiais não vivos é feita com materiais
de origem vegetal ou sintética ou pedras.
A cobertura do solo pode ser conseguida de várias formas, com
aplicação de materiais à superfície do solo (mulching ou paillage)
ou através do enrelvamento do solo.
São diversos os materiais utilizáveis na cobertura do solo, palha de
cereis ou de ervas espontâneas, fetos, tojos, estevas, giestas,
resíduos de culturas, folhas e ramos de árvores e arbustos, casca
de árvores, aparas de madeira, relva cortada, casca de pinheiro,
engaço de uva, etc.
O enrelvamento tem como benefícios:
- Controlo da erosão
- Melhoria da fertilidade*
- Circulação de máquinas
- Menores custos de manutenção
- Menor libertação de CO2
- Melhoria da porosidade/oxigenação
O enrelvamento tem como benefícios:
- Secagem dos solos c/ humidade excessiva
- Alternativa p/ manutenção dos taludes
- Reservas alimentares para caça
- Refúgio para fauna auxiliar / biodiversidade
- Proliferação de minhocas
- Limitação do vigor das videiras / qualidade
Como inconvenientes:
- Enrelvamento temporário e permanente
- Enrelvamento permanente
 Aumenta os riscos de geada
- Limitação do vigor das culturas
 Competição ensombramento
 Secagem dos solos na Primavera e no Verão
 Competição por nutrientes e água
- Combustível para incêndios no verão
A cobertura do solo tem várias vantagens designadamente:
- Evita as ervas infestantes, reduz a evaporação de água, fornece
nutrientes à cultura, incrementa a biodiversidade do solo,
contribuindo para a sua gestão sustentável, manutenção do solo,
evitando a erosão;
- São também vantagens a melhoria da estrutura e
permeabilidade do solo, da absorção de nutrientes e a maior
facilidade de transitabilidade das máquinas.
2.8 – Cobertura d solo
Os principais inconvenientes são:
- Maior risco de geada, possibilidade de propagação de
doenças como o cancro da macieira, aumento da população
de ratos se forem utilizados materiais como palha, a
exigência de mão-de-obra na colocação do material, o custo
do material se for adquirido fora da exploração.
1 3 ii

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  • 2. Fundamentos da fertilização em AB No caso particular da agricultura biológica, em que não são utilizados adubos minerais azotados e fosfatados de rápida ação e se recorre principalmente a fertilizantes orgânicos (vegetais ou animais) e a minerais de ação mais lenta (baixa solubilidade), há que criar condições para que a planta se alimente bem sem a aplicação dos adubos solúveis da agricultura convencional.
  • 3. Fundamentos da fertilização em AB Isto só é possível com a melhoria da fertilidade do solo e, em particular, com uma grande atividade biológica do mesmo – um solo vivo que vai alimentar a planta.
  • 4. Segundo Guet (1993), a fertilização em agricultura biológica deve respeitar 3 objetivos: Melhorar a fertilidade do solo; Economizar recursos não renováveis; Não introduzir elementos poluentes no ambiente. E destes objetivos decorrem os seguintes princípios:
  • 5. Evitar as perdas de elementos solúveis na água (azoto, etc.); Utilizar as leguminosas como fonte de azoto; Não utilizar produtos obtidos por via química; Ter em conta os vegetais e animais que vivem no solo; Lutar contra a erosão pela conservação do solo, que é um recurso não renovável a curto prazo.
  • 6. Fertilidade do solo – capacidade que o solo tem de fornecer os elementos essenciais às plantas nas quantidades e proporções para uma determinada planta Produtividade do solo – capacidade que o solo tem de produzir uma determinada cultura, sob uma determinada técnica cultural específica
  • 7. NUTRIÇÃO VEGETAL Conjunto de fenómenos através dos quais a planta retira do meio que a rodeia as substâncias que são necessárias ao seu metabolismo e, como consequência, ao seu crescimento e produção (Quelhas,1996).
  • 8. Essencialidade dos elementos nutrientes (Arnon e Stout, 1939) • Sem eles a planta não completa o seu ciclo vegetativo • Desempenham na planta funções específicas, por isso não podem ser substituídos por qualquer outro. • Estão envolvidos no metabolismo da planta
  • 9. Elementos essenciais • H, C, O • N, P, K MACRONUTRIENTES • Ca, Mg, S • Fe, Mn, Zn, Cu, Ni MICRONUTRIENTES • B, Mo, Cl
  • 10. ADUBOS Minerais Elementares Compostos Azotados Fosfatados Potássicos Amoniacais Nítricos Nítrico-amoniacais Amídicos Solúveis em água Solúveis em ác. Orgânicos Soluveis em ác. minerais Sais brutos Sais concentrados Binários Ternários Orgânicos CORRETIVOS N-P; N-K; P-K N-P-N
  • 11. Minerais – destinam-se a corrigir a reação (pH) dos solos Corretivos minerais alcalinizantes – quando tem como objetivo fazer subir o pH dos solos ácidos (exemplos: calcário moído com ou sem magnésio, cal viva, cal apagada); Corretivos minerais acidificantes – quando visam fazer descer o pH dos solos alcalinos - solos calcários, solos salinos, solos alcalinizados ou solos alcalinizados-salinos (exemplos: enxofre e gesso). CORRETIVOS
  • 12. CORRETIVOS (cont.) Orgânicos – estes corretivos, de origem orgânica, animal e/ou vegetal, são utilizados com o objetivo de aumentar, ou pelo menos manter, o teor de matéria orgânica dos solos, a qual desempenha uma função muito importante em todos os aspetos (físicos, químicos e biológicos) da fertilidade dos solos.
  • 13. CORRETIVOS (cont.) Condicionadores – destinam-se a melhorar a estrutura do solo. São produtos muito caros e o seu uso é muito restrito, apenas se verificando em estufas, jardins e relvados. (exemplos: "Krilium", silicatos coloidais-Agrosil LR, "Stiromull", "Higromull", etc.)
  • 14. REAÇÃO DO SOLO • O pH tem grande influência no solo e na planta, principalmente pelas seguintes razões: – Torna os nutrientes mais ou menos solúveis, mais ou menos disponíveis para a planta – Favorece o crescimento de algumas espécies de plantas em relação a outras que não se adaptam aos mesmos valores de pH
  • 15. REACÇÃO DO SOLO • A acidez e alcalinidade são medidas pelo pH numa escala de 0 a14: • 0 a 7-ácido • 7-neutro • 7 a 14-alcalino
  • 16. Efeitos da reação do solo na disponibilidade de nutrientes para as plantas
  • 17. Fonte: “ As bases da Agricultura Biológica ”, 2009, Edibio
  • 18. Equivalente de acidez n.º de partes de CaCO3 necessárias para corrigir o resíduo ácido deixado no solo pela aplicação de 100 partes de adubo aplicado. Ex. dizer que o equivalente de acidez da ureia é de 84 significa que para corrigir o resíduo ácido deixado no solo pela aplicação de 100 Kg de adubo são necessários 84 Kg de CaCO3
  • 19. Equivalente de basicidade n.º de partes de CaCO3 equivalentes ao resíduo de carácter básico deixado no solo pela aplicação de 100 partes de adubo. Ex. o nitrato de cálcio possui um E.B. de 20, significa que a aplicação ao solo de 100Kg deste adubo deixa no solo um resíduo alcalino correspondente a 20 Kg de CaCO3
  • 20. Equivalente de acidez ou basicidade Absolutos Relativos AZOTADOS Nitrato de sódio 29(B) 1,81 Sulfato de amónio 20,5%N 110(A) 5,35 Ureia – 46%N 84(A) 1,85 Nitro-amoniacal 20,5% N 0 0 Nitro-amoniacal 26%N 20(A) 0,77 Nitrato de amónio sol. 33,5%N 59(A) 1,30 Nitrato de cálcio 15,5% N; 27%CaO 20 (B) 1,30 Cianamida cálcica 20,5%N 63 (B) 3,07 Amoníaco anidro 82%N 148(A) 1,80 Solução azotada 20%N 36(A) 1,80 Solução azotada 32%N 58(A) 1,80 Sol. De nitrato de magnésio 7%N
  • 21. Equivalente de acidez ou basicidade Absolutos Relativos FOSFATADOS Superfosfato 18% 0 0 Superfosfato 42% 0 0 POTÁSSICOS Cloreto de potássio 0 0 Sulfato de potássio 0 0
  • 22. 2.2 – Adições orgânicas – condições de sucesso Antes de uma aplicação de matéria orgânica ao solo, e de acordo com as necessidades verificadas, deverão ser colocadas as seguintes questões: Que tipo de matéria orgânica ? Em que altura ? Em que quantidade ? Qual o processo adequado de aplicação ?
  • 23. Podemos recorrer a dois tipos de matéria orgânica: Quanto ao tipo de matéria orgânica ? - A que sofre diretamente um processo de mineralização, libertando os seus nutrientes de uma forma mais ou menos rápida. - A que passa primeiro por um processo de humificação, mais indicada para correção orgânica do solo.
  • 24. Quanto ao tipo de matéria orgânica ? Pode dizer-se que quanto mais fibra (lenhina e celulose) apresentar a M.O., mais lento será o processo de decomposição (mais lenta é a libertação de nutrientes) e mais húmus irá formar – maior efeito corretivo
  • 25.
  • 26. Em que altura ? - Setembro/Outubro – época em que a maioria das culturas apresenta exigências nutritivas baixas, as temperaturas começam a ser menores, e a humificação da matéria orgânica é favorecida. - Março*/Abril – Na Primavera são indicadas as matérias orgânicas que se mineralizam mais rapidamente, de modo a coincidir com as maiores exigências nutritivas das culturas.
  • 27. Em que quantidade ? A quantidade de M. O. a fornecer ao solo deverá ser em função dos resultados da análise de terra. No entanto, tratando-se de estrumes, não é aconselhável aplicar mais de 10 a 15 toneladas por hectare. A necessidade de M.O. será tanto maior quanto mais argilas existirem no solo, de modo a favorecer a formação do complexo argilo-húmico.
  • 28.
  • 29. 2.2 – Adições orgânicas – condições de sucesso Qual o processo adequado de aplicação ? De uma forma geral, as matérias orgânicas devem ser enterradas a uma profundidade de 10 a 15 cm (solos pesados) e a 20 cm (solos ligeiros), de modo a conseguir uma zona com humidade para a sua decomposição, ainda com suficiente arejamento.
  • 30. Siderações ou adubos verdes • Processo de fertilização do solo pelo enterramento ou destroçamento de plantas herbáceas verdes, semeadas propositadamente para o efeito. – As espécies utilizadas tomam a designação de Adubos Verdes
  • 31. • Leguminosas – Fornecem ao solo Azoto (N) orgânico sintetizado pelas bactérias Rhizobium – A quantidade de N fixado varia com: • Ciclo vegetativo • Massa vegetal • Temperatura • Humidade ADUBAÇÃO AZOTADA
  • 33. • Quantidade de Azoto fixado pelas leguminosas (Kg/ha de N fixado) – Luzerna 70-198 – Grão de Bico 13-121 – Feijão 44-100 – Ervilha Forrageira 155-174 – Ervilhaca 99 – Trevo Subterrâneo 52-163 – Trevo Branco 114 ADUBAÇÃO AZOTADA (cont.)
  • 34. • As leguminosas contém entre 0,4 a 0,7 % de Azoto na sua massa vegetal – Ex: Uma cultura de ervilhaca, enterrada na floração pode ter um rendimento: • 16-20 ton de matéria fresca/ha • 3,2-4 ton de matéria seca/ha • 80-100 Kg de Azoto/ha (16-20 ton X 0,5% de N) ADUBAÇÃO AZOTADA (cont.)
  • 35. Espécie Azoto N (Kg/ha) Fósforo P205 (Kg/ha) Potássio K20 (Kg/ha) Azevém anual 20-60 20-25 25-120 Azevém italiano 160 21 185 Colza 50-100 25-40 80-180 Ervilhaca 55-150 15-25 50-90 Facélia 160 22 165 Favarola 30-100 10-35 25-120 Luzerna lupulina 25-35 5-15 20-30 Mostarda 50-80 25-30 80-110 Rábano 40-180 20-60 80-220 Tremoço 110 10 70 Trevo branco Ladino 40-60 10-20 35-60 Quantidade de nutrientes na parte aérea
  • 37. Problemas da Lexiviação: • Perda de elementos nutritivos – Poluição das toalhas freáticas – Perda de nutrientes do solo e consequentemente para as plantas Lixiviação de nutrientes
  • 38. Lixiviação de nutrientes (cont.) Redução da lexiviação com os Adubos Verdes: • Cobertura do solo nas estações chuvosas – Melhor retenção de nitratos – Imobilizam temporariamente o azoto – As plantas ao consumirem água reduzem a lexiviação
  • 39.
  • 40. Após o enterramento ocorrem dois processos: 1. Estímulo dos microrganismos e da mineralização do húmus existente (muitas vezes da fração estável) 2. Formação de húmus jovem com o enterramento Fornecimento de M. O.
  • 41. • Se o material vegetal a enterrar for muito jovem e a relação C/N muito baixa (pobres em celulose) – Vai dar origem a muito pouco húmus estável Fornecimento de M. O. (cont.)
  • 42. • A cobertura do solo com um adubo verde provoca um ensombramento que inibe a germinação de muitas sementes de infestantes • Mesmo as plurianuais podem ser deste modo reprimidas com relativa eficácia • Algumas espécies adventícias inerentes à natureza do solo (plantas típicas dos terrenos compactos, por exemplo), vão diminuindo a sua presença devido à melhoria da estrutura conferida pelos adubos verdes Combate a infestantes
  • 43.
  • 44. • Certas espécies como a facélia, algumas crucíferas (mostarda, rábano forrageiro), o centeio, a erva do sudão e sobretudo o trigo sarraceno, têm um verdadeiro «efeito de limpeza» sobre a maioria das adventícias • O centeio tem reputação de eficaz contra a grama e o escarlacho (em duas culturas sucessivas) Combate a infestantes (cont.)
  • 45. • Muitas destas plantas constituem um ótimo habitat para vários grupos da fauna útil • Este aspeto torna-se mais evidente em relação aos auxiliares cujos adultos se alimentam do néctar e do pólen das flores • Por exemplo, a ervilhaca vulgar atrai os auxiliares em geral Alimento e abrigo para auxiliares
  • 46. Siderações ou adubos verdes • O trevo branco e o trigo sarraceno atraem muitos himenópteros; • O Trigo sarraceno excelente hospedeiro para adultos de predadores de afídeos; • A ervilhaca vilosa e o centeio atraem também percevejos predadores como os antocorídeos. Alimento e abrigo para auxiliares
  • 47. Activação biológica • Os adubos verdes provocam um estímulo importante da vida microbiana, à qual fornecem um alimento abundante e muito fermentescível – Este estímulo é mais rápido e mais intenso, mas menos durável que no caso duma adição de estrume – Isto porque a matéria orgânica dos adubos verdes tem uma relação C/N mais baixa (com mais azoto) que a do estrume – Por isso, quanto mais jovem é enterrado o adubo verde, mais intensa será a proliferação e mais curta a sua duração.
  • 48. • Os adubos verdes provocam também uma proliferação das minhocas, as quais se alimentam de detritos vegetais • Misturam intimamente partículas de terra e matéria orgânica, formando agregados muito estáveis. Ao escavarem inúmeras galerias, melhoram a porosidade/permeabilidade do solo Activação biológica (cont.)
  • 49. • O processo ideal é o seguinte, pela ordem indicada: – 1) Corte com gadanheira de barra de corte ou, no caso de lenha a triturar, destroçamento com destroçador de martelos, facas ou correntes – 2) Secagem sobre o terreno durante 2 a 3 dias – 3) Enterramento a pouca profundidade (5-10 cm) com grade de discos, escarificador ou charrua; fresa (não recomendada) mas se for utilizada, só em terreno não argiloso e/ou com muito material a enterrar (horticultura) Incorporação do adubo verde
  • 50. Incorporação do adubo verde (cont.) • A lavoura com charrua não é a melhor forma de enterrar o adubo verde [sobretudo sob árvores (fruteiras, oliveira, castanheiro, cerejeira)]: – Porque se forma uma camada no fundo do rego mais difícil de decompor • Lavoura, a fazer, só depois duma primeira incorporação superficial - Destruição dos sistemas radiculares (sobretudo superficiais)
  • 51. Compostagem A compostagem é um processo aeróbio, controlado, de bioxidação de substratos heterogéneos biodegradáveis, resultante da ação de micro- rganismos (bactérias, actinomicetas e fungos) naturalmente associados a substratos, durante o qual ocorre uma fase termófila, a libertação temporária de substâncias com efeito fitotóxico e a
  • 52. biomassa sofre profundas transformações (mineralização e humificação parciais), sendo o principal produto final, designado composto, o qual deve ser suficientemente estável, higienizado, homogéneo e cuja aplicação ao solo não tenha efeitos adversos para o ambiente (Cunha-Queda, 1999).
  • 53. Os resíduos orgânicos biodegradáveis e subprodutos possuem características fisico-químicas diversas, sendo o teor de humidade, o teor de azoto, o pH e a respetiva relação C/N, parâmetros fundamentais na preparação e condicionamento da biomassa inicial.
  • 54.
  • 55.
  • 56. COMPOSTO - DEFINIÇÃO Decomposição de matérias orgânicas frescas, por fermentação aeróbia controlada em pilha, dando origem a um produto estabilizado e fortemente humificado (semelhante a terriço de floresta).
  • 58. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 1) MO INICIAL 2) HUMIDADE 3) AREJAMENTO 4) TEMPERATURA
  • 59. CONDIÇÕES ESSENCIAIS MO inicial Humidade Oxigénio condicionam temperatura duração do processo  A composição da matéria orgânica final (HÚMUS) é uniforme, mesmo de MO diferente
  • 60. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 1. MO INICIAL Razão C/N adequada Uma MO muito lenhificada (lenha de poda, aparas de madeira, palha,...) tem muito C A razão C/N ideal andará entre 25- 30 Numa pilha à base de material lenhificado, devemos misturar material verde, dejetos animais, ou até adubo orgânico azotado para acelerar a decomposição (mais temperatura)
  • 61. RAZÃO C/N DE DIFERENTES MO urina 1 escorrimento de estrume 2 - 3 desperdícios de matadouro em mistura 2 sangue 2 matérias fecais 6 - 10 matérias vegetais verdes 7 húmus, terriço de floresta (terra negra) 10 composto de estrume com 8 meses 10 cortes de relva 12 composto de estrume curtido (4 meses) 15 estrume de quinta com 3 meses em monte 15 ramas de leguminosas 15 luzerna 16 - 20 estrume fresco pobre em palha 20 resíduos de cozinha 23
  • 62. RAZÃO C/N DE DIFERENTES MO rama de batateira 25 agulhas de pinheiro 30 estrume fresco rico em palha 30 turfa negra 30 composto urbano 34 folhas de árvore 50 turfa loira 50 palha de cereais 50 - 150 palha de aveia 50 palha de centeio 65 palha de trigo 150 serradura de madeira decomposta 200 serradura de madeira 500 HEYNITZ, vK.-Le compost au jardin. Terre Vivante, Paris, 1991
  • 63. Materiais C/N Palha de luzerna 13 Palha de leguminosas 15 Cortes de relva frescos 15 Resíduos vegetais 15-20 Café (borras) 20 Cortes de relva secos 20 Polpa de maçã 21 Estrume de vaca 20-30 Desperdícios de fruta 35 Engaço de uva 41 Baçaço azeitona (2 fases) 45 Materiais C/N Folhas de Outono 40-80 Folhas de carvalho 50 Folhas de pinho 90 Palha 50-150 Palha de milho 60 Palha de aveia 70 Palha de trigo 80 Cascas de árvore 100-130 Papel 150-200 Serradura 500 Cartão e jornais 560 RAZÃO C/N DE DIFERENTES MO 10-18
  • 64. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL Esmiuçamento Uma pilha deve ter uma estrutura que permita um bom arejamento (mas não em demasia) Pedaços demasiado grandes não contactam intimamente e retardam a decomposição  Materiais numa pilha ☞ destroçar Por exemplo, varas de videira deverão ficar reduzidas a pedaços de 3-5 cm
  • 65. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL Esmiuçamento
  • 66. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL Esmiuçamento
  • 67. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL Esmiuçamento
  • 68. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL Esmiuçamento
  • 69. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL Esmiuçamento
  • 70. FORMAÇÃO DA PILHA 1. MO INICIAL MO estruturante Há materiais com estrutura tão favorável que adquire a designação de MO estruturante Exemplo: estrume de bovino com  7 Kg de palha (C/N  20)  confere boa estrutura, sem percolação e com pouco N gasoso perdido
  • 71. FORMAÇÃO DA PILHA ESCOLHA DA MO INICIAL Razão C/N média na pilha: entre 25- 30 Para determinar o valor médio da razão C/N numa pilha composta por diferentes MO: Multiplica-se o peso de cada MO pelo respectivo valor C/N Somam-se os pesos das MO (PMO); Somam-se as multiplicações do peso pelo valor C/N (PC/N) Divide-se PC/N / PMO
  • 72. FORMAÇÃO DA PILHA ex: calculo do valor médio da razão C/N numa pilha composta por diferentes MO (estrume de bovino com palha) 100 kg estrume de bovino contém: 7 kg palha + 93 kg esterco X 100 (C/N médio da palha) x 14 (C/N médio vacas leiteiras estab. Livre) 700 1302 Ʃ PMO 7+ 93 =100 Ʃ PC/N 700+ 1302 = 2002 então: PC/N / PMO = 100/2002 = C/N 20
  • 78. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 2. HUMIDADE Massa de água = ± 50 % do peso da pilha a pilha tem de permanecer sempre húmida, com a MO bem impregnada  os microrganismos precisam de água Mas o excesso de água impede a circulação do ar Para verificar a quantidade de água: apertar na mão um punhado da pilha – deve escorrer entre os dedos não mais que 2- 3 gotas (como uma esponja húmida)
  • 79. CONDIÇÕES ESSENCIAIS Humedecer a pilha desde o princípio (p/ bem impregnar)
  • 80. CONDIÇÕES ESSENCIAIS Humedecer a pilha desde o princípio (p/ bem impregnar)
  • 81. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 3. AREJAMENTO a) Necessidade de oxigénio  Os microrganismos precisam de O2 para poderem oxidar a MO (aerobiose)  Na falta de O2 haverá uma fermentação anaeróbia, com desprendimento de mau cheiro  dando um produto que não um composto  Neste caso, sente-se por vezes um cheiro a amoníaco (perda de N na forma gasosa) metano (perda de C na forma de CH4)
  • 82. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 3. AREJAMENTO b) Porosidade na pilha  35 % (vol) As MO frescas deverão ter dimensões que assegurem uma boa circulação do ar  mas um suficiente contacto entre si  Por exemplo, as palhas, as aparas de madeira, os engaços podem ser misturados com serradura, cortes de relva,...
  • 83. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 3. AREJAMENTO c) Dimensões da pilha Uma dimensão muito grande, dificulta o manuseamento da pilha e o arejamento do seu interior Uma forma com perfil próximo do trapézio, com 1,5 a 2 metros de base e 1,5 metros de altura Uma dimensão maior só para material mais leve, que não se compacte com o próprio peso
  • 94. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 4. TEMPERATURA a) Não deve exceder os 65-70º C As reacções oxidativas provocadas pelos micróbios libertam calor Uma proliferação muito rápida da actividade microbiana dá grande produção de calor Temperatura não deve subir acima dos 65-70º C  caso contrário o composto resultante terá uma qualidade deficiente
  • 95. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 4. TEMPERATURA b) Deve ser controlada Se a temperatura mostra tendência de ultrapassar aqueles valores há que a baixar:  regando, revolvendo ou introduzindo na pilha MO com uma relação C/N mais alta Usam-se termómetros apropriados ou uma barra de ferro espetada até ao interior da pilha
  • 99. CONDIÇÕES ESSENCIAIS 4. TEMPERATURA c) Um calor moderado tem ação pasteurizante Quando se pretende reduzir ou eliminar  poder germinativo de sementes de infestantes  microrganismos patogénios (os quais são sensíveis a temperaturas acima de 60º C) Para se conseguir temperaturas desta ordem, é necessário uma MO com relação C/N mais baixa
  • 100. FORMAÇÃO DA PILHA ADIÇÃO DE MINERAIS NA PILHA Para um solo com uma carência, pode-se adicionar o elemento em falta logo na formação da pilha  melhor e mais rápido efeito do elemento Por exemplo: cinza, fosfatos, gesso ou carbonatos, mas num máximo de 1-2 % do peso da pilha.
  • 101. FORMAÇÃO DA PILHA COBERTURA DA PILHA A pilha deve ser coberta Isso servirá para evitar a a penetração da chuva (percolação) a dissipação de calor, a perda de humidade (dessecação) Os materiais para cobertura mais utilizados são a terra, as palhas, plástico (perfurado) e outros materiais porosos
  • 102. FORMAÇÃO DA PILHA Cobertura de pilha de folhas com turfa
  • 104. FORMAÇÃO DA PILHA Cobertura da pilha rede de ensombramento
  • 107. FORMAÇÃO DA PILHA Base para recolha de líquidos de percolação
  • 108. COMPOSTAGEM “FINALIZADA”  O COMPOSTO ESTÁ “TERMINADO” (MADURO)  quando assume uma coloração negra  quando adquire uma consistência finamente grumelosa  quando exala um odor a terriço (húmus)
  • 120. VANTAGENS DO COMPOSTO  Redução das perdas de nutrientes  diminuição da volatilização e da desnitrificação (azoto)  diminuição da percolação (N, P, K,...)  Desodorização de matérias orgânicas  quando se utilizam como MO inicial resíduos de cozinha, efluentes de gado,...  Destruição de certos organismos patogénicos e sementes de infestantes
  • 121. VANTAGENS DO COMPOSTO  Diminuição do volume de MO a armazenar  O material ao compostar perde muito C e diminui de volume  Horticultura (intensiva) sem pausas do solo para decompor MO frescas  Já muito humificado não prejudica certas culturas  Sobre o prado não diminui apetência para a erva  Não deixa mau cheiro na erva para o gado pastar
  • 122. VANTAGENS DO COMPOSTO  Melhora a qualidade dos vegetais  Experiências têm demonstrado uma qualidade organoléptica e um poder de conservação superior  Produz substâncias supressivas  Substâncias supressivas aumentam a resistência dos vegetais a várias doenças  inclusivé na parte aérea (resistência sistémica adquirida)
  • 123. Rotações de culturas A rotação das culturas tem uma grande importância em agricultura biológica, e tem vindo a perdê-la na agricultura “convencional”, devido à vulgarização dos adubos e PFs de síntese. A ROTAÇÃO DE CULTURAS é a sucessão, ao longo de um dado número de anos, sobre uma mesma parcela, de um certo número de culturas seguindo uma ordem determinada.
  • 124. Rotações de culturas A rotação é importante, principalmente por razões de fertilização e sanidade das culturas. As principais vantagens da rotação são as seguintes: - Aumento da fertilidade do solo e melhoria da fertilização das culturas; - Eliminação e/ou diminuição do risco de pragas, doenças e infestantes; - Aumento da biodiversidade.
  • 125. Como inconvenientes pode indicar-se: - Maior exigência em máquinas e em planeamento das operações culturais e da própria rotação; -Dificuldade em adequar as culturas tecnicamente mais aconselháveis à procura do mercado; - É um método de pouca aplicabilidade em culturas permanentes. Nos aspetos da fertilização, a escolha da rotação intervém a dois níveis: - Manutenção do teor em húmus do solo, com a valorização máxima dos resíduos de cultura; - Fornecimentos de azoto, que em parte vem da fixação biológica das leguminosas incluídas na rotação.
  • 126. PRINCIPAIS CRITÉRIOS QUE TÊM AVER COM A FERTILIZAÇÃO: 1- Quantidades de resíduos da cultura; 2- Tolerância às aplicações de matéria orgânica; 3- Capacidade de extracção de nutrientes e exportações; 4- Profundidade da raiz; 5- Protecção fitossanitária – sensibilidade a doenças e pragas
  • 127. ROTAÇÃO NO TEMPO  NO MESMO ESPAÇO E NO ESPAÇO ROTAÇÃO NO TEMPO COM AFOLHAMENTO (4 FOLHAS) SEM AFOLHAMENTO Rotações de culturas
  • 128. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO ROTAÇÃO ► Fatores económicos / mercado ► Não suceder plantas da mesma família ► Intervalo mínimo de 5 anos para plantas sensíveis à mesma doença (quando presente no solo)  Ex: Rhyzoctonia (cenoura, espargo, beterraba, morangueiro, tomateiro, luzerna, ...) ► Suceder plantas com sistemas radiculares diferentes
  • 129. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO ROTAÇÃO ► Suceder plantas que desenvolvam órgãos diferentes: 1 cultura de folhas (exigente em N) 2 cultura de leguminosa (exigente em P) 3 cultura de raízes (exigente em K) 4 cultura de bolbosas (exigente em K e S) ► Ter em conta as diferentes exigências quanto à matéria orgânica:  muita/pouca - fresca/decomposta
  • 130. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO MUITO EXIGENTES EM FERTILIZAÇÃO MENOS EXIGENTES EM FERTILIZAÇÃO PLANTAS QUE EXIGEM UM COMPOSTO MADURO acelga cenoura couve-repolho alface couve-flôr chicória espinafre ervilha feijão (rabanete) beterraba (cebola)
  • 131. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO MUITO EXIGENTES EM FERTILIZAÇÃO MENOS EXIGENTES EM FERTILIZAÇÃO PLANTAS QUE SUPORTAM M.O. SEMI-DECOMPOSTA morango alho melão couve de bruxelas pimento fava pepino nabo cebola rabanete alface carneiro
  • 132. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO AZOTO - EXPORTAÇÕES Muito exigente (> 120 Kg/ha) Exigente (75-120 Kg/ha) Pouco exigente (< 75 Kg/ha) Acelga, agrião, aipo, alho, beringela, batata, beterraba, couve-de- Bruxelas, couve-flor, couve-repolho, endívia, espargo, milho, morango, tomate Aboborinha (“courgette”), alcachofra, alface, alho-francês, cebola, cebolinho, cenoura, chicória, escarola, espinafre, nabo, pepino, pimento, rabanete, rábano Aipo-rábano, cerefólio, melão
  • 133. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO RESÍDUOS DAS CULTURAS Matéria orgânica e nutrientes Resíduos abundantes Resíduos médios Resíduos escassos abóbora, “courgette”, couve-brócolo, couve-flor, ervilha, fava, feijão verde, milho doce batata, beringela, melancia, melão, pepino, pimento, tomate alface, alho, cebola, cenoura, couves de folhas, nabos e nabiças
  • 134. CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO PROFUNDIDADE DA RAIZ Superficial (até 60 cm) Medianamente profundo (até 90 cm) Profundo (> 90 cm) Aipo, alface, alho, alho-francês, batata, brócolo, cebola, chicória, couve-de- Bruxelas, couve- chinesa, couve- repolho, couve-flor, espinafre, rabanete, salsa Abóbora, acelga, beringela, beterraba, cenoura, couve-nabo, ervilha, feijão (rasteiro e de trepar), melão, mostarda, nabo, pepino, pimento Abóbora (algumas espécies e variedades), alcachofra, batata- doce, espargo, melancia, tomate
  • 135. Risco de Nemátodos (A), fungos (C) e Insectos (D), para as principais culturas hortícolas de ar livre, consoante a cultura precedente (Bosch et al, 1989) cultura Precedente cultural (culturas de 1 a 18) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1.batata ACD A A A A A A A A A A A A A 2.morango A AC A A A A A A A A A A 3.chicária A A AC C A C AC C A A A AC 4.pepino AC A C AC A C A AC A C A A A C 5.beterraba AC A A A AC A A A A C A A A A D 6.couves A ACD A C A 7.feijão C C A AC AC C A C AC A C 8.ervilha A A AC AC AC AC AC AC A AC A A A A 9.aipo-rab A A C AC AC AC AC AC C A A A 10.cenoura AC A A A A A A A A CD A A A A A 11.alho fr. A A CD A C 12.rabanet C A C A C C 13.alface A A AC C A C A C A AC A AC 14.espinafr A A A A A A AC A A A 15.fava A A C A AC AC A A A AC A 16.cebola A A A A AC A AD A C A A A AC A 17.endívia A AC C A C A C A A C A AC 18.cereais A CD
  • 136. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 1) SOLANÁCEAS A sucessão batata-batata ou tomate-tomate é possível sem quebras de rendimento  mas há risco de nemátodos ou alternaria CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Batata Tomate Beringela Pimento Tomate Batata
  • 137. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 2) CUCURBITÁCEAS CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Abobrinha Abóbora Pepino Melão Chuchu
  • 138. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 3) BRASSICÁCEAS (CRUCÍFERAS) Para ervilha, brassicáceas, bolbosas é aconselhável 4-5 anos entre 2 plantações  não preceder / suceder luzerna, espargo CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Couve repolho Couve flor Couve rábano Couve bróculo Couve china Rutabaga Couve bruxelas Couve flor Nabo Rabanete
  • 139. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 4) ASTERÁCEAS (COMPOSTAS) Chicória, endívia são sensíveis à rizoctónia violeta  não preceder / suceder luzerna, espargo CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Alcachofra Escorcioneira Cardo Salsifis Pastinaga Chicória Alface Endívia
  • 140. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 5) FABÁCEAS (LEGUMINOSAS) Para ervilha, brassicáceas, bolbosas é aconselhável 4-5 anos entre 2 plantações  não preceder / suceder luzerna, espargo CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Ervilha Grão-de-bico Feijão Fava Lentilha
  • 141. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 6) APEÁCEAS (UMBELÍFERAS) Cenoura é sensível à rizoctónia violeta CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Aipo Funcho Salsa Cenoura Pastinaga
  • 142. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 7) LILIÁCEAS Para ervilha, brassicáceas, bolbosas é aconselhável 4-5 anos entre 2 plantações CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Alho-pôrro Cebola Chalota Alho Cebola Chalota
  • 143. POSIÇÃO DAS HORTÍCOLAS: ROTAÇÃO TRIENAL 8) QUENOPODIÁCEAS Beterraba é sensível à rizoctónia violeta CABEÇA DE ROTAÇÃO 2º LUGAR 3º LUGAR Espinafre Acelga Beterraba Armola
  • 144. EXEMPLO DE ROTAÇÃO QUADRIANUAL CULTURA FERTILIZAÇÃO OBSERV. 1 BATATA TOMATE ABÓBORA ABOBRINHA Correcção pH Correcções minerais (K, P) Estrume, composto cobrem bem o solo, limitam as adventícias p/a cultura seguinte  seguir c/ ad.verde 2 ERVILHA FEIJÃO FAVA nula beneficiam com os excedentes de fertilização  seguir c/ ad.verde 3 COUVE ALHO-PORRO MILHO DOCE Correcção pH pode-se semear leguminosas entre-linhas como ad.verde 4 CEBOLA SALADAS Nula ou composto (pouco) pode-se semear ad.verde de crescimento rápido - ex: mostarda
  • 145. EXEMPLO DE DITRIBUIÇÃO DE CULTURAS NUMA ROTAÇÃO DE 5 ANOS 1ºAno Tremoço Batata Milho Feijão Couve 2ºAno Couve Tremoço Batata Milho Feijão 3ºAno Feijão Couve Tremoço Batata Milho 4º Ano Milho Feijão Couve Tremoço Batata 5ºAno Batata Milho Feijão Couve Tremoço
  • 146. ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES ESPÉCIE NA ROTAÇÃO PRECEDENTE DESFAVORÁVEL PRECEDENTE FAVORÁVEL BATATA Solanáceas Cucurbitáceas Leguminosas Couve-flor TOMATE Solanáceas Espargo (1) Luzerna (1) Melão (2) Liliáceas Brassicáceas Cenoura PIMENTO Solanáceas Morango Feijão Liliáceas Cucurbitáceas Couves BERINGELA Solanáceas Melão Liliáceas Saladas Couves (1) risco de rizoctónia (2) nemátodos
  • 147. ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES ESPÉCIE NA ROTAÇÃO PRECEDENTE DESFAVORÁVEL PRECEDENTE FAVORÁVEL ABOBRINHA Cucurbitáceas Tomate Liliáceas Batata Saladas Couve-flor MELÃO Cucurbitáceas Espargo Feijão Milho Liliáceas Brassicáceas Batata Cenoura COUVE-FLOR Brassicáceas Alcachofra Liliáceas Batata Abobrinha NABO Brassicáceas Umbelíferas Feijão Liliáceas Solanáceas Espinafre
  • 148. ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES ESPÉCIE NA ROTAÇÃO PRECEDENTE DESFAVORÁVEL PRECEDENTE FAVORÁVEL ALCACHOFRA Cardo Cenoura Tomate Liliáceas Batata ALFACE Saladas Feijão Tomate Liliáceas Cucurbitáceas Batata FEIJÃO-VERDE Leguminosas Melão Nabo Liliáceas Cenoura Couve Pimento ESPINAFRE Acelga Brassicáceas Beterraba Alcachofra Feijão Pimento
  • 149. ROTAÇÃO: QUAIS AS MELHORES PRECEDENTES ESPÉCIE NA ROTAÇÃO PRECEDENTE DESFAVORÁVEL PRECEDENTE FAVORÁVEL ALHO Liliáceas Saladas Batata Leguminosas CEBOLA Liliáceas Brassicáceas Cucurbitáceas Solanáceas CENOURA Apeáceas Beterraba Espargo Luzerna Trevo Cevada Aveia Liliáceas Cucurbitáceas Batata Couve-flor Milho
  • 150. Restituições orgânicas das culturas e reciclagem de nutrientes SÃO AS QUANTIDADES DE NUTRIENTES QUE SE RESTITUEM AO SOLO (Geralmente Kg/ha) No caso das hortícolas as restituições são menores. No caso do tomate que só consumimos o fruto se devolvermos o resto da planta ao solo restituímos quase metade dos nutrientes retirados pela planta.
  • 151. No caso das culturas arbóreas e vinha, a proporção de nutrientes na parte colhida (frutos) é muito menor que as folhas e vides ou ramos, pelo que neste caso é muito Importante aproveitar as vides* e ramos* na fertilização. Este tema será novamente abordado quando falarmos no balanço húmico.
  • 152. Restituições orgânicas das culturas e reciclagem de nutrientes O caso da vinha Resíduos da cultura e produção de húmus Resíduo MS (t/ha) K1 Húmus (Kg/ha) Lenha da poda 1-2 0,25 250-500 Folhas 1-2,5 0,20 200-500 Bagaço de uva 0,75-1,5 0,20 150-300 Enrelvamento 1-3 0,10 100-300 TOTAL 700 a 1600
  • 153. Consociações de culturas As consociações, ou associações, de culturas são sistemas de policultura em que duas ou mais espécies estão suficientemente próximas para que haja uma competição ou complementação entre elas. As consociações tradicionalmente mais aplicadas são as que combinam gramíneas com leguminosas, aproveitando a fixação do azoto da leguminosa e as vantagens da gramínea são a conservação do solo e tutor. - Pastagens e forragens (aveia + ervilhaca; trevos + gramíneas pratenses) - Culturas arvenses (trigo + trevo branco) - Hortícolas (milho + feijão)
  • 154.
  • 155. O exemplo do milho com feijão, faz-se para aproveitar o milho como tutor. A consociação de hortícolas com diferentes velocidades de crescimento, para aproveitar melhor o terreno, caso dos rabanetes ou alfaces entre cenouras, alfaces entre couves. A consociação de plantas em que uma beneficia da sombra da outra é também possível, caso do milho com a abóbora. Mas também há consociações desfavoráveis, é o caso do milho com a batata, em solos com alfinete (Agriotes spp.), praga que ataca ambas as culturas.
  • 156. Outras consociações são feitas para proteger as culturas. Outro objetivo de algumas consociações é afastar pragas. O efeito benéfico nem sempre é o da repelência, por vezes atraem auxiliares que combatem as pragas. Uma outra vantagem duma consociação será um menor número de infestantes devido ao ensombramento.
  • 157.
  • 158.
  • 159. Consociação Efeito Couve + trevo branco Diminui ataque de mosca Couve + tomilho Repele mosca (Phorbia brassicae) Couve-nabo + hissopo + hortelã- pimenta Repele altica (Phyllotreta spp.) Couve-repolho + aipo Repele lagarta da couve (Pieris brassicae) C.repolho + alecrim + hissopo + salva Repele lagarta da couve (Pieris brassicae) C.repolho + trevo encarnado Diminui ataque de Pieris rapae Evitar pragas / doenças - CRUCIFERAS
  • 160. Consociação Efeito Cenoura + alho- francês Repele a mosca da cenoura (Psila rosae) Cenoura + cebola Repele a mosca da cenoura (Psila rosae) Cenoura + alecrim, salva, ou losna (absinto) Repele a mosca da cenoura (Psila rosae) Evitar pragas / doenças - CENOURA
  • 161. Consociação Efeito Batata + linho Batata + facélia Repele escaravelho (Leptinotarsa decemlineata) Batata + beringela A beringela atrai escaravelho Tomate + cravo de Tunes (Tagetes spp.) Repele a mosca branca das estufas (T.vaporariorum) Tomate + chagas (Trapaeolum majus) Repele a mosca branca das estufas (T.vaporariorum) Evitar pragas / doenças - SOLANACEAS
  • 162. 2.8 – Cobertura do solo A cobertura do solo com materiais não vivos é feita com materiais de origem vegetal ou sintética ou pedras. A cobertura do solo pode ser conseguida de várias formas, com aplicação de materiais à superfície do solo (mulching ou paillage) ou através do enrelvamento do solo.
  • 163. São diversos os materiais utilizáveis na cobertura do solo, palha de cereis ou de ervas espontâneas, fetos, tojos, estevas, giestas, resíduos de culturas, folhas e ramos de árvores e arbustos, casca de árvores, aparas de madeira, relva cortada, casca de pinheiro, engaço de uva, etc.
  • 164.
  • 165. O enrelvamento tem como benefícios: - Controlo da erosão - Melhoria da fertilidade* - Circulação de máquinas - Menores custos de manutenção - Menor libertação de CO2 - Melhoria da porosidade/oxigenação
  • 166.
  • 167.
  • 168. O enrelvamento tem como benefícios: - Secagem dos solos c/ humidade excessiva - Alternativa p/ manutenção dos taludes - Reservas alimentares para caça - Refúgio para fauna auxiliar / biodiversidade - Proliferação de minhocas - Limitação do vigor das videiras / qualidade
  • 169.
  • 170.
  • 171. Como inconvenientes: - Enrelvamento temporário e permanente - Enrelvamento permanente  Aumenta os riscos de geada - Limitação do vigor das culturas  Competição ensombramento  Secagem dos solos na Primavera e no Verão  Competição por nutrientes e água - Combustível para incêndios no verão
  • 172.
  • 173.
  • 174. A cobertura do solo tem várias vantagens designadamente: - Evita as ervas infestantes, reduz a evaporação de água, fornece nutrientes à cultura, incrementa a biodiversidade do solo, contribuindo para a sua gestão sustentável, manutenção do solo, evitando a erosão; - São também vantagens a melhoria da estrutura e permeabilidade do solo, da absorção de nutrientes e a maior facilidade de transitabilidade das máquinas.
  • 175. 2.8 – Cobertura d solo
  • 176.
  • 177.
  • 178. Os principais inconvenientes são: - Maior risco de geada, possibilidade de propagação de doenças como o cancro da macieira, aumento da população de ratos se forem utilizados materiais como palha, a exigência de mão-de-obra na colocação do material, o custo do material se for adquirido fora da exploração.