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Os medicamentos antiarrítmicos são usados para tratar
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Agem, modificando as propriedades elétricas do coração, para
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atuam alterando a condução de impulsos elétricos através do
coração, responsáveis pela contração e relaxamento das câmaras
do coração (os átrios e ventrículos).
Antiarrítmicos
Classe I: Bloqueadores dos canais de sódio (exemplos: lidocaína, quinidina,
disopiramida, flecainida)
Classe II: Beta-bloqueadores (exemplos: propranolol, metoprolol, atenolol)
Classe III: Bloqueadores dos canais de potássio (exemplos: amiodarona, sotalol,
dofetilida)
Classe IV: Bloqueadores dos canais de cálcio (exemplos: verapamil, diltiazem)
Classe V: Outros antiarrítmicos com mecanismos de ação diferentes (exemplos:
adenosina, digoxina)
Existem várias classes de medicamentos antiarrítmicos, sendo classificadas de
acordo com seu mecanismo de ação. A classificação mais comum é a Classificação
de Vaughan Williams, que divide os medicamentos antiarrítmicos em cinco classes:
Cada classe de medicamento funciona de maneira ligeiramente diferente e pode ser
mais eficaz para tratar certos tipos de arritmias.
Antiarrítmicos
Amiodarona
Antiarritmico de classe III, age nos canais de cálcio, sódio
e potássio. Possui propriedades de bloqueio alfa e beta
Promove vasodilatação arterial periférica e coronariana
Indicada em pacientes que apresentam fibrilação
ventricular e taquiarritmia supraventriculares, após falha
da desfibrilação e adrenalina.
Seu objetivo não é reverter farmacologicamente o ritmo,
mas sim auxiliar na desfibrilação e restaurar um ritmo
adequado.
Amiodarona
Dose: 300 mg em bôlus, seguido de 150 mg, se
necessário. Única situação em que se faz em bôlus é
na PCR
Esse é o principal antiarrítmico indicado em parada
cardiorrespiratória com ritmo chocável e deve ser
administrado após o 3º e o 5º choque.
Apresentação de 150 mg EV, 200 mg VO.
Amiodarona
Dose: 300 mg em bôlus, seguido de 150 mg, se
necessário. Única situação em que se faz em bôlus é
na PCR
Esse é o principal antiarrítmico indicado em parada
cardiorrespiratória com ritmo chocável e deve ser
administrado após o 3º e o 5º choque.
Apresentação de 150 mg EV, 200 mg VO.
Diluir preferencialmente em SG 5%
Pode causar naúseas, vômitos, tonturas
Deslanosídeo
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Digitálico
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Indicada em Insuficiência cardíaca aguda e crônica de
todos os tipos, especialmente associadas a fibrilação
ou flutter supraventricular e aumento da FC
Pode causar naúseas, vômitos, alterações visuais,
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Deslanosídeo
Observar a dose -efeito cumulativo
Antes de administrar, observar o pulso, não
administrar se FC < 60 bpm
Aplicar lentamente
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acompanhamento da enfermagem
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Adenosina
Antiarrítmico, nucleósídeo endógeno com ação no
músculo cardíaco e sistema de condução
Efeito farmacológico de vasodilatação coronariana e
atividade adrenérgica, redução do tempo de condução
através do nódulo AV
Muito utilizada por via EV para reversão de
taquiarritmias com QRS estreito.
Contraindicado em pacientes com pressão baixa ou
problemas cardíacos
Apresentação de 6 mg / 2 ml
Pode causar dor ou pressão no peito, alteração dos
batimentos cardíacos, visão embaçada e alteração do
pensamento, desmaio, tontura
Deve ser administrada em bôlus em veia de grosso
calibre, preferência em fossa antecubital, através de
torneirinha, seguido de flush de 20 ml SF 0,9%
Adenosina
Adenosina
1) Monitorize seu paciente
2) Explique que irá administrar uma medicação que talvez cause um certo ‘mal-estar’, mas
que isso será passageiro
3) Faça a infusão da adenosina pura – 6 mg na primeira e 12 mg em uma segunda vez
( Algumas situações demandam a redução da dose pela metade, são elas: caso a
administração esteja sendo feita por uma via venosa central, em pacientes transplantados
cardíacos ou naquelas usando carbamazepina ou dipiridamol )
4) Faça o bolus com salina imediatamente após o término da adenosina. Se necessário,
execute essas etapas com dois operadores: um na adenosina e outro da salina
5) Eleve o braço do doente acima da cabeça.
6) Observe o monitor e veja se houve reversão da arritmia.
Observe, abaixo, um fita de ECG demonstrando o achado pré e pós uso de adenosina. Veja
que, logo após a administração do fármaco, ocorre um momento de assistolia,
correspondendo a atuação no nó AV, onde causa um bloqueio do circuito de reentrada lá
formado. Logo após esse período, observe o retorno ao ritmo sinusal do doente.
Inserir um pouquinho de texto
Atropina
Indicada no tratamento de arritmias e bradicardia
sinusal severa e síncope devido a hiperreatividade do
reflexo sinocarotídeo, no controle do bloqueio cardíaco
atrioventricular decorrente de um aumento da
atividade vagal. Tratamento de intoxicações por
inibidores da colinesterase (organofosforados)
Apresentação de 0,25 mg / 0,5 mg / ml
Anticolinérgico, Antídoto; Antiespasmódico
Dose para arritmias: 0,4-1mg, EV, a cada 1 - 2
horas, até no máximo 2mg
Atropina
A atropina pode ser administrada pelas vias
endovenosa, intramuscular ou subcutânea
O paciente em uso de atropina pode apresentar, como
efeitos colaterais: agitação, alucinação, angina,
aumento da temperatura corporal, aumento da
frequência cardíaca, confusão mental, constipação
intestinal, desorientação, cefaleia, excitação, palpitação,
retenção urinária, tontura e êmese.
Cuidados de
Enfermagem
Monitoramento de sinais vitais e ECG: A equipe de enfermagem deve monitorar de
perto os sinais vitais do paciente, incluindo frequência cardíaca e pressão arterial, e
observar qualquer alteração no ECG. Alterações na frequência cardíaca ou no ritmo
podem indicar que o medicamento não está funcionando adequadamente ou que o
paciente está experimentando um efeito colateral.
Avaliação de sintomas: Os pacientes devem ser avaliados regularmente para possíveis
efeitos colaterais dos medicamentos antiarrítmicos, que podem incluir tontura, fadiga,
falta de ar, dor no peito e edema.
Educação do paciente: Os pacientes devem ser informados sobre os efeitos colaterais e
necessidade de ingestão / administração do medicamento no horário.
Cuidados de
Enfermagem
Monitoramento de exames laboratoriais: Alguns medicamentos antiarrítmicos podem afetar a
função hepática e renal, portanto, os níveis de enzimas hepáticas e a função renal devem ser
monitorados regularmente.
Verificação de interações medicamentosas: Muitos medicamentos antiarrítmicos têm
interações significativas com outros medicamentos. A equipe de enfermagem deve revisar todos
os medicamentos que o paciente está tomando para identificar possíveis interações.
Administração correta do medicamento: A equipe de enfermagem deve garantir que o
medicamento seja administrado corretamente, de acordo com as instruções do médico. Isso
pode incluir instruções para tomar o medicamento com alimentos ou evitar certos alimentos ou
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Monitoramento de mudanças no estado de saúde: Qualquer mudança no estado de saúde do
paciente, como novas condições médicas ou procedimentos cirúrgicos, deve ser observada e
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Medicamentos antiarrítmicos: classes e cuidados

  • 1. Drogas de interesse em Alta Complexidade Prof. Francielle C. Pereira
  • 2. Os medicamentos antiarrítmicos são usados para tratar distúrbios do ritmo cardíaco, também conhecidos como arritmias. Agem, modificando as propriedades elétricas do coração, para controlar a frequência e o ritmo dos batimentos cardíacos. Eles atuam alterando a condução de impulsos elétricos através do coração, responsáveis pela contração e relaxamento das câmaras do coração (os átrios e ventrículos). Antiarrítmicos
  • 3. Classe I: Bloqueadores dos canais de sódio (exemplos: lidocaína, quinidina, disopiramida, flecainida) Classe II: Beta-bloqueadores (exemplos: propranolol, metoprolol, atenolol) Classe III: Bloqueadores dos canais de potássio (exemplos: amiodarona, sotalol, dofetilida) Classe IV: Bloqueadores dos canais de cálcio (exemplos: verapamil, diltiazem) Classe V: Outros antiarrítmicos com mecanismos de ação diferentes (exemplos: adenosina, digoxina) Existem várias classes de medicamentos antiarrítmicos, sendo classificadas de acordo com seu mecanismo de ação. A classificação mais comum é a Classificação de Vaughan Williams, que divide os medicamentos antiarrítmicos em cinco classes: Cada classe de medicamento funciona de maneira ligeiramente diferente e pode ser mais eficaz para tratar certos tipos de arritmias. Antiarrítmicos
  • 4. Amiodarona Antiarritmico de classe III, age nos canais de cálcio, sódio e potássio. Possui propriedades de bloqueio alfa e beta Promove vasodilatação arterial periférica e coronariana Indicada em pacientes que apresentam fibrilação ventricular e taquiarritmia supraventriculares, após falha da desfibrilação e adrenalina. Seu objetivo não é reverter farmacologicamente o ritmo, mas sim auxiliar na desfibrilação e restaurar um ritmo adequado.
  • 5. Amiodarona Dose: 300 mg em bôlus, seguido de 150 mg, se necessário. Única situação em que se faz em bôlus é na PCR Esse é o principal antiarrítmico indicado em parada cardiorrespiratória com ritmo chocável e deve ser administrado após o 3º e o 5º choque. Apresentação de 150 mg EV, 200 mg VO.
  • 6. Amiodarona Dose: 300 mg em bôlus, seguido de 150 mg, se necessário. Única situação em que se faz em bôlus é na PCR Esse é o principal antiarrítmico indicado em parada cardiorrespiratória com ritmo chocável e deve ser administrado após o 3º e o 5º choque. Apresentação de 150 mg EV, 200 mg VO. Diluir preferencialmente em SG 5% Pode causar naúseas, vômitos, tonturas
  • 7. Deslanosídeo Glicosídeos oriundos de plantas do gênero Digitalis Digitálico Cardiotônicos e antiarrítmico Indicada em Insuficiência cardíaca aguda e crônica de todos os tipos, especialmente associadas a fibrilação ou flutter supraventricular e aumento da FC Pode causar naúseas, vômitos, alterações visuais, cefaléia, tontura
  • 8. Deslanosídeo Observar a dose -efeito cumulativo Antes de administrar, observar o pulso, não administrar se FC < 60 bpm Aplicar lentamente Observar efeitos tóxicos (naúseas, cefaléia, tontura) Orientar paciente a não deixar o leito sem acompanhamento da enfermagem CUIDADOS DE ENFERMAGEM
  • 9. Adenosina Antiarrítmico, nucleósídeo endógeno com ação no músculo cardíaco e sistema de condução Efeito farmacológico de vasodilatação coronariana e atividade adrenérgica, redução do tempo de condução através do nódulo AV Muito utilizada por via EV para reversão de taquiarritmias com QRS estreito. Contraindicado em pacientes com pressão baixa ou problemas cardíacos
  • 10. Apresentação de 6 mg / 2 ml Pode causar dor ou pressão no peito, alteração dos batimentos cardíacos, visão embaçada e alteração do pensamento, desmaio, tontura Deve ser administrada em bôlus em veia de grosso calibre, preferência em fossa antecubital, através de torneirinha, seguido de flush de 20 ml SF 0,9% Adenosina
  • 12. 1) Monitorize seu paciente 2) Explique que irá administrar uma medicação que talvez cause um certo ‘mal-estar’, mas que isso será passageiro 3) Faça a infusão da adenosina pura – 6 mg na primeira e 12 mg em uma segunda vez ( Algumas situações demandam a redução da dose pela metade, são elas: caso a administração esteja sendo feita por uma via venosa central, em pacientes transplantados cardíacos ou naquelas usando carbamazepina ou dipiridamol ) 4) Faça o bolus com salina imediatamente após o término da adenosina. Se necessário, execute essas etapas com dois operadores: um na adenosina e outro da salina 5) Eleve o braço do doente acima da cabeça. 6) Observe o monitor e veja se houve reversão da arritmia. Observe, abaixo, um fita de ECG demonstrando o achado pré e pós uso de adenosina. Veja que, logo após a administração do fármaco, ocorre um momento de assistolia, correspondendo a atuação no nó AV, onde causa um bloqueio do circuito de reentrada lá formado. Logo após esse período, observe o retorno ao ritmo sinusal do doente. Inserir um pouquinho de texto
  • 13. Atropina Indicada no tratamento de arritmias e bradicardia sinusal severa e síncope devido a hiperreatividade do reflexo sinocarotídeo, no controle do bloqueio cardíaco atrioventricular decorrente de um aumento da atividade vagal. Tratamento de intoxicações por inibidores da colinesterase (organofosforados) Apresentação de 0,25 mg / 0,5 mg / ml Anticolinérgico, Antídoto; Antiespasmódico Dose para arritmias: 0,4-1mg, EV, a cada 1 - 2 horas, até no máximo 2mg
  • 14. Atropina A atropina pode ser administrada pelas vias endovenosa, intramuscular ou subcutânea O paciente em uso de atropina pode apresentar, como efeitos colaterais: agitação, alucinação, angina, aumento da temperatura corporal, aumento da frequência cardíaca, confusão mental, constipação intestinal, desorientação, cefaleia, excitação, palpitação, retenção urinária, tontura e êmese.
  • 15. Cuidados de Enfermagem Monitoramento de sinais vitais e ECG: A equipe de enfermagem deve monitorar de perto os sinais vitais do paciente, incluindo frequência cardíaca e pressão arterial, e observar qualquer alteração no ECG. Alterações na frequência cardíaca ou no ritmo podem indicar que o medicamento não está funcionando adequadamente ou que o paciente está experimentando um efeito colateral. Avaliação de sintomas: Os pacientes devem ser avaliados regularmente para possíveis efeitos colaterais dos medicamentos antiarrítmicos, que podem incluir tontura, fadiga, falta de ar, dor no peito e edema. Educação do paciente: Os pacientes devem ser informados sobre os efeitos colaterais e necessidade de ingestão / administração do medicamento no horário.
  • 16. Cuidados de Enfermagem Monitoramento de exames laboratoriais: Alguns medicamentos antiarrítmicos podem afetar a função hepática e renal, portanto, os níveis de enzimas hepáticas e a função renal devem ser monitorados regularmente. Verificação de interações medicamentosas: Muitos medicamentos antiarrítmicos têm interações significativas com outros medicamentos. A equipe de enfermagem deve revisar todos os medicamentos que o paciente está tomando para identificar possíveis interações. Administração correta do medicamento: A equipe de enfermagem deve garantir que o medicamento seja administrado corretamente, de acordo com as instruções do médico. Isso pode incluir instruções para tomar o medicamento com alimentos ou evitar certos alimentos ou bebidas. Monitoramento de mudanças no estado de saúde: Qualquer mudança no estado de saúde do paciente, como novas condições médicas ou procedimentos cirúrgicos, deve ser observada e comunicada.