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Pacemaker sem elétrodo no mundo real: experiência
inicial de dois centros em Portugal
Joao Carmo, Diogo Cavaco, Pedro Carmo, Francisco Morgado, Francisco Costa,
Isabel Santos, Carlos Volponi, Joao Mesquita, Micaela Neto, Pedro Adragão
Fellow intercâmbio SOBRAC/IPRC – Hospital de Santa Cruz
Hospital de Santa Cruz e Hospital da Luz
Introdução
1) Udo EO et al. Heart Rhythm 2012; 9:728-735. 2) Reddy VY et al. N Engl J Med. 2015;373:1125; 3) Reynolds D et al. N Engl J Med 2016; 374: 533-541.
• Ao longo de muitos anos, os pacemakers convencionais transvenosos
foram a única opção para tratar doentes com bradicardias
• 1 em cada 8 doentes vão ter complicações: hematoma e infeção da loca,
erosão, fracturas e quebras de isolamento do elétrodo, e regurgitação
tricúspide 1
• Pacemakers sem elétrodo permitem reduzir estas complicações
Introdução
Taxa de complicação pós-implante 1 ano baixa (4%) – 28 em 725 doentes
N Engl J Med 2016; 374:533-541
725 doentes, 75,9±10,9 anos, 58,8% M
Bradicardia com FA (64%), DNS (17,5%), BAV com RS (14,8%), outras (3,7%)
99,2% sucesso na implantação
Tempo procedimento: 23,0 ± 15,3min
Ausência de complicação major 6 meses (97%)
- não houve deslocamentos
- Tamponamento – 1,6%
- Complicações vasculares – 1,2%
Introdução
Estudo prospetivo com
795 doentes
Taxa de complicações aos
30 dias baixa
Roberts P et al. Heart Rhythm 2017; 14:1375–1379
• Indicações:
• As mesmas que para um PM VVI-R comum
• Bradi FA
• Ritmo sinusal
• Pausas, pouco frequentes
• Dificuldade de acessos vasculares (IRC HD, pós infecção/explantação)
• Doente muito idosos ou com limitações funcionais
LEADLESS PACEMAKER
LEADLESS PACEMAKER
Comparação com sistema convencional
LEADLESS PACEMAKER
Comparação com sistema convencional
Em 10 estudos com 14000 doentes com VVI convencionais o tempo médio de procedimento foi
38 min vs 25min em 3 estudos com 1200 com leadless.
Fluoroscopia foi 3,7 min para o convencional contra 11 min para leadless.
Em 70 % dos casos leadless houve necessidade de pelo menos um reposicionamento durante o
implante.
LEADLESS PACEMAKER
Comparação com sistema convencional
Objetivos
• Descrever a experiência de dois centros em Portugal na implantação de
pacemaker sem elétrodo Micra (Medtronic TM )
• Avaliar a eficácia na implantação e a segurança através da taxa de
complicações aos 30 dias.
Métodos
• Registo prospectivo observacional com 57 doentes consecutivos
submetidos a implantação de pacemaker Micra TM entre Junho de 2015 e
Outubro de 2017 de dois centros em Portugal: Hospital de Santa Cruz e
Hospital da Luz.
• Foram incluídos doentes com indicação para pacing devido a doença do
nódulo aurículo-ventricular e fibrilhação auricular, casos selecionados de
doença do nódulo sinusal em ritmo sinusal ou bloqueio do nódulo
auriculoventricular candidatos a pacemaker VVI.
• Todos os doentes assinaram o consentimento informado para o
procedimento.
Métodos
• O sistema Micra TM é um pacemaker de câmara única (corresponde a
uma pequena cápsula) que é 93% menor que os pacemakers
convencionais.
• O dispositivo é implantado diretamente no ventrículo direito através da
veia femoral. A fixação ao ventrículo direito depende de 4 pequenas
garras flexíveis de nitinol na porção distal do Micra.
LEADLESS PACEMAKER – MicraTM
LEADLESS PACEMAKER – MicraTM
Métodos
Objetivos do estudo
• Avaliar a eficácia na implantação e a segurança através da taxa de
complicações aos 30 dias.
• A performance elétrica foi avaliada após a implantação e ao longo do
seguimento, através da medição dos parâmetros habituais:
• Sensing
• Impedância
• Limiar de estimulação.
Resultados
Características basais
N= 57
Idade 77±9
Sexo masculino 68%
Fração de ejeção < 40% 3,5%
Hipertensão 82%
Fibrilação atrial 86%
Diabetes 30%
Doença coronária 25%
Doença renal crónica 32%
Pacemaker prévio 14%
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Doença pulmonar obstrutiva crónica 13%
Resultados
Características basais
10 doentes sem possibilidade de usar pacemaker transvenoso
• 4 com história de infeção da loca (loja) ou endocardite relacionada com
pacemaker
• 2 com pacemaker epicárdico com elétrodo disfuncionante
• 2 com pacemaker convencional mal tolerado e q impedia de excercer
profissao previa e elétrodo disfuncionante
• 2 sem acessos venosos por hemodiálise e neoplasia mama
Resultados
Indicações
• Doença do nódulo AV associada a fibrilhação auricular (79%)
• Doença no nódulo sinusal (10%) – casos selecionados
• BAV completo (10%)
Tempos
Procedimento 43 ± 19 minutos
Fluoroscopia 7,3±7,7 minutos
Resultados
Complicações – 30 dias
• Falso aneurisma da artéria femoral com necessidade de correção
cirúrgica (n=1).
• Sem derrame pericárdico/tamponamento, deslocamento ou embolização
do dispositivo.
• Ocorreram 2 óbitos, mas em nenhum dos casos foi atribuído ao sistema
implantado.
Resultados
Performance elétrica
Implantação Seguimento
Limiar 0,58±0,28 mV 0,62±0,53 mV
Impedância 716±153 ohms 595±110 ohms
Amplitude 10,6±4,6 mV 13,7± 4,9 mV
O seguimento médio foi de 6,3±6,1 meses (entre 1 a 17 meses)
Discussão
Na nossa série a implantação de pacemaker sem elétrodo Micra mostrou
ser:
• Procedimento eficaz;
• Baixa taxa de complicações;
• Sem complicações relacionadas com elétrodos ou loja;
• Parâmetros estáveis ao longo tempo.
Discussão
Desvantagens do pacemaker sem elétrodo
• Câmara única – reservado para doentes com uma indicação para um
pacemaker VVI;
• Incerteza sobre o que fazer em caso de depleção da bateria ou falha do
sistema – extração? implantação de novo pacemaker sem elétrodo?
quantos Micras se podem implantar no ventrículo direito?
• Custo.
Discussão
Limitações
• Registo observacional com uma amostra reduzida;
• Seguimento curto para este dispositivo;
• Sem comparação com pacemakers convencionais.
Conclusão
Na nossa experiência, a implantação de pacemaker Micra mostrou
ser um procedimento eficaz e seguro e os parâmetros mantiveram-se
estáveis.
Obrigado.

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Experiência do Implante de pacemaker leadless Micra em Portugal

  • 1. Pacemaker sem elétrodo no mundo real: experiência inicial de dois centros em Portugal Joao Carmo, Diogo Cavaco, Pedro Carmo, Francisco Morgado, Francisco Costa, Isabel Santos, Carlos Volponi, Joao Mesquita, Micaela Neto, Pedro Adragão Fellow intercâmbio SOBRAC/IPRC – Hospital de Santa Cruz Hospital de Santa Cruz e Hospital da Luz
  • 2. Introdução 1) Udo EO et al. Heart Rhythm 2012; 9:728-735. 2) Reddy VY et al. N Engl J Med. 2015;373:1125; 3) Reynolds D et al. N Engl J Med 2016; 374: 533-541. • Ao longo de muitos anos, os pacemakers convencionais transvenosos foram a única opção para tratar doentes com bradicardias • 1 em cada 8 doentes vão ter complicações: hematoma e infeção da loca, erosão, fracturas e quebras de isolamento do elétrodo, e regurgitação tricúspide 1 • Pacemakers sem elétrodo permitem reduzir estas complicações
  • 3. Introdução Taxa de complicação pós-implante 1 ano baixa (4%) – 28 em 725 doentes
  • 4. N Engl J Med 2016; 374:533-541 725 doentes, 75,9±10,9 anos, 58,8% M Bradicardia com FA (64%), DNS (17,5%), BAV com RS (14,8%), outras (3,7%) 99,2% sucesso na implantação Tempo procedimento: 23,0 ± 15,3min Ausência de complicação major 6 meses (97%) - não houve deslocamentos - Tamponamento – 1,6% - Complicações vasculares – 1,2%
  • 5. Introdução Estudo prospetivo com 795 doentes Taxa de complicações aos 30 dias baixa Roberts P et al. Heart Rhythm 2017; 14:1375–1379
  • 6. • Indicações: • As mesmas que para um PM VVI-R comum • Bradi FA • Ritmo sinusal • Pausas, pouco frequentes • Dificuldade de acessos vasculares (IRC HD, pós infecção/explantação) • Doente muito idosos ou com limitações funcionais LEADLESS PACEMAKER
  • 7. LEADLESS PACEMAKER Comparação com sistema convencional
  • 8. LEADLESS PACEMAKER Comparação com sistema convencional Em 10 estudos com 14000 doentes com VVI convencionais o tempo médio de procedimento foi 38 min vs 25min em 3 estudos com 1200 com leadless. Fluoroscopia foi 3,7 min para o convencional contra 11 min para leadless. Em 70 % dos casos leadless houve necessidade de pelo menos um reposicionamento durante o implante.
  • 9. LEADLESS PACEMAKER Comparação com sistema convencional
  • 10. Objetivos • Descrever a experiência de dois centros em Portugal na implantação de pacemaker sem elétrodo Micra (Medtronic TM ) • Avaliar a eficácia na implantação e a segurança através da taxa de complicações aos 30 dias.
  • 11. Métodos • Registo prospectivo observacional com 57 doentes consecutivos submetidos a implantação de pacemaker Micra TM entre Junho de 2015 e Outubro de 2017 de dois centros em Portugal: Hospital de Santa Cruz e Hospital da Luz. • Foram incluídos doentes com indicação para pacing devido a doença do nódulo aurículo-ventricular e fibrilhação auricular, casos selecionados de doença do nódulo sinusal em ritmo sinusal ou bloqueio do nódulo auriculoventricular candidatos a pacemaker VVI. • Todos os doentes assinaram o consentimento informado para o procedimento.
  • 12. Métodos • O sistema Micra TM é um pacemaker de câmara única (corresponde a uma pequena cápsula) que é 93% menor que os pacemakers convencionais. • O dispositivo é implantado diretamente no ventrículo direito através da veia femoral. A fixação ao ventrículo direito depende de 4 pequenas garras flexíveis de nitinol na porção distal do Micra.
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  • 20. Métodos Objetivos do estudo • Avaliar a eficácia na implantação e a segurança através da taxa de complicações aos 30 dias. • A performance elétrica foi avaliada após a implantação e ao longo do seguimento, através da medição dos parâmetros habituais: • Sensing • Impedância • Limiar de estimulação.
  • 21. Resultados Características basais N= 57 Idade 77±9 Sexo masculino 68% Fração de ejeção < 40% 3,5% Hipertensão 82% Fibrilação atrial 86% Diabetes 30% Doença coronária 25% Doença renal crónica 32% Pacemaker prévio 14% Sem possibilidade de usar pacemaker transvenoso 18% Doença pulmonar obstrutiva crónica 13%
  • 22. Resultados Características basais 10 doentes sem possibilidade de usar pacemaker transvenoso • 4 com história de infeção da loca (loja) ou endocardite relacionada com pacemaker • 2 com pacemaker epicárdico com elétrodo disfuncionante • 2 com pacemaker convencional mal tolerado e q impedia de excercer profissao previa e elétrodo disfuncionante • 2 sem acessos venosos por hemodiálise e neoplasia mama
  • 23. Resultados Indicações • Doença do nódulo AV associada a fibrilhação auricular (79%) • Doença no nódulo sinusal (10%) – casos selecionados • BAV completo (10%) Tempos Procedimento 43 ± 19 minutos Fluoroscopia 7,3±7,7 minutos
  • 24. Resultados Complicações – 30 dias • Falso aneurisma da artéria femoral com necessidade de correção cirúrgica (n=1). • Sem derrame pericárdico/tamponamento, deslocamento ou embolização do dispositivo. • Ocorreram 2 óbitos, mas em nenhum dos casos foi atribuído ao sistema implantado.
  • 25. Resultados Performance elétrica Implantação Seguimento Limiar 0,58±0,28 mV 0,62±0,53 mV Impedância 716±153 ohms 595±110 ohms Amplitude 10,6±4,6 mV 13,7± 4,9 mV O seguimento médio foi de 6,3±6,1 meses (entre 1 a 17 meses)
  • 26. Discussão Na nossa série a implantação de pacemaker sem elétrodo Micra mostrou ser: • Procedimento eficaz; • Baixa taxa de complicações; • Sem complicações relacionadas com elétrodos ou loja; • Parâmetros estáveis ao longo tempo.
  • 27. Discussão Desvantagens do pacemaker sem elétrodo • Câmara única – reservado para doentes com uma indicação para um pacemaker VVI; • Incerteza sobre o que fazer em caso de depleção da bateria ou falha do sistema – extração? implantação de novo pacemaker sem elétrodo? quantos Micras se podem implantar no ventrículo direito? • Custo.
  • 28. Discussão Limitações • Registo observacional com uma amostra reduzida; • Seguimento curto para este dispositivo; • Sem comparação com pacemakers convencionais.
  • 29. Conclusão Na nossa experiência, a implantação de pacemaker Micra mostrou ser um procedimento eficaz e seguro e os parâmetros mantiveram-se estáveis. Obrigado.

Notas do Editor

  1. Em 10 estudos com 14000 doentes com VVI convencionais o tempo médio de procedeimento foi 38 min vs 25min em 3 estudos com 1200 com leadless. Fluoroscopia foi 3,7 min para o convencional contra 11 min para leadless. Em 70 % dos casos leadless houve necessidade de pelo menos um reposicionamwnrot durante o impalnte
  2. Complicações a curto prazo – (ate 2 meses): 4,8 vs 4,1 Numero médio de implantes por operador 5,3 nanostim e 7,7 micra. Complicações subestimadas nos estudos históricos Coorte americana com 922549 doentes – aumento da incidencia de tamponamento ao longo do tempo 0,26% em 2008 para 0,35% em 2012. (35% aumento do risco ) – doentes mais graves
  3. Implantado com um cateter de entrega por acesso femoral 23F/27F.