3. História e Enfermagem
A enfermagem, enquanto profissão,
teve início na Inglaterra, no século XIX,
com o trabalho de Florence
Nightingale, recrutando e treinando
um grupo de mulheres para
colaborarem nos cuidados e na higiene
dos soldados feridos durante a Guerra
da Criméia (1854-l856).
Naquela época, também com Florence
Nightingale, surgiu a ideia de
classificar os doentes de acordo com o
grau de dependência, os quais eram
dispostos em enfermarias, de tal modo
que os mais graves ficassem próximos
à área de trabalho das enfermeiras,
para maior vigilância e melhor
atendimento.
4. História e Enfermagem
Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, a
necessidade de maiores cuidados ao paciente, durante
o período pós-operatório imediato, levou ao
desenvolvimento das unidades especiais de terapia.
Inicialmente, o tratamento era realizado em salas
especiais, adjacentes às salas de cirurgias, sendo o
acompanhamento conduzido pelo cirurgião e,
posteriormente, pelo anestesista.
Com o passar do tempo, foi atribuído a enfermeiros e
à equipe a responsabilidade direta pela observação e
tratamento clínico dos pacientes de risco.
5. História e Enfermagem
As Unidades de terapia
intensiva (UTI) nasceram
da necessidade de
oferecer suporte avançado
de vida a pacientes
agudamente doentes que
porventura possuam
chances de sobreviver.
A unidade de terapia
intensiva é a área
responsável por cuidar
dos pacientes graves que
se encontram internados
no Hospital.
6. História e Enfermagem
É constituída por médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, equipamentos
sofisticados e principalmente de pacientes graves. A principal
finalidade da UTI é a preservação da vida do paciente.
Nem todo paciente grave necessita ser internado na Terapia
Intensiva, uma vez que o internamento em UTI não está
baseado apenas na gravidade do quadro clínico. É preciso
que haja possibilidade de reversão da doença apresentada
pelo paciente, ou seja, não se encontre na fase final da
doença.
7. História e Enfermagem
Na UTI, é comum o paciente
estar conectado a vários
aparelhos, que monitorizam ou
substituem sistemas orgânicos,
todos estes equipamentos
dispõe de indicadores sonoros,
para alertar a equipe da UTI, a
respeito das modificações que
ocorrem com o paciente.
Embora seja desconfortável é
extremamente importante para
a segurança do paciente.
8. CONCEITO DE UTI
A unidade de terapia intensiva é um conjunto de elementos
que funcionam de forma agrupada, que se destina a atender
pacientes graves ou em situação de risco, que necessitam de
assistência médica e de enfermagem continuamente, além
de equipamentos e recursos humanos especializados.
A incorporação de tecnologia advinda da informática tem
permitido o desenvolvimento e a modernização de vários
equipamentos de monitorizarão dos diversos sistemas
fisiológicos do organismo humano.
9. Conceito de UTI
A terapia intensiva é única entre as especialidades
médicas. O que a diferencia das outras especialidades é
que, enquanto estas buscam estreitar o foco de interesse
em um único sistema orgânico, em uma terapia em
particular ou mesmo em um grupo etário em particular, a
terapia intensiva está voltada a pacientes com ampla
variedade de doenças, que têm como denominador
comum a sua gravidade ou o potencial para desenvolver
graves complicações a partir da própria moléstia ou do seu
tratamento.
10. Estrutura Física da UTI
A UTI dede ser uma área
geográfica distinta dentro do
hospital. Quando possível, deve
ter acesso controlado, sem
trânsito para os outros
departamentos. A sua
localização deve ter acesso
direto e ser próxima de:
elevador, serviço de emergência,
centro cirúrgico, sala de
recuperação pós-anestésica,
unidades intermediárias de
terapia e serviços laboratório e
radiologia.
11. Número de Leitos
A população do hospital é quem determina o número de leitos
necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para os
pacientes gravemente doentes em um hospital. Além deste, outros
fatores tais como: a quantidade de cirurgias, o grau de compromisso
com os cuidados intensivos pela administração do hospital, médicos e
enfermeiros, e os recursos institucionais.
Um método empírico comumente abordado pelos autores é que um
hospital geral deve destinar 10% da sua capacidade de leitos para UTI.
Uma UTI deve compor, no mínimo, cinco leitos, em hospitais com
capacidade para cem ou mais leitos. Uma instalação com menos de
cinco leitos se torna impraticável e onerosa, tendo o seu rendimento
insatisfatório no que diz respeito ao atendimento. Do ponto de vista
funcional, o ideal a ser considerado é de oito a doze leitos por
unidade.
12.
13.
14. Áreas de Internação
Recursos humanos:
–Toda UTI, em suas 24 horas de funcionamento, deve
dispor de:
•Um médico plantonista para cada dez leitos, responsável pelo
atendimento na UTI e semi-intensiva, quando existente;
•Um enfermeiro para cada turno de trabalho;
•Um técnico de enfermagem para cada dois leitos de UTI adulto
ou pediátrico e um técnico de enfermagem para cada leito de
UTI-neonatal;
•Um fisioterapeuta;
•Um auxiliar de serviços diversos/secretária;
•Um funcionário exclusivo para serviços de limpeza.
15. Ética, Bioética em Terapia Intensiva
Negligência: Falta de cuidado
Imprudência: Ação não pensada
Imperícia: Falta de habilidade
16. Ética, Bioética em Terapia Intensiva
Tais características nos levam a refletir acerca
dos valores éticos e humanos que envolvem o
cuidar em terapia intensiva, nos propondo
alguns questionamentos:
–Nesse local é possível pensar em formas de
participação do paciente?
–E possível humanizar esse serviço de saúde?
–Que direitos podem ser garantidos aos pacientes de
terapia intensiva?
17. Ética, Bioética em Terapia Intensiva
Os pacientes em UTI, muitas vezes,
ficam impedidos de falar, de se
expressar com mais clareza, devido
a presença de tubos, aparelhos de
ventilação artificial, sedação,
coma, dentre outros aspectos,
perdendo o poder de controlar o
seu próprio corpo quanto aos
cuidados diários de higiene,
vestimentas, alimentação,
movimentação, dependendo
completamente dos cuidados dos
profissionais de saúde.
dependendo completamente dos
cuidados dos profissionais de
saúde.
18. Ética, Bioética em Terapia Intensiva
O cuidar técnico em UTI se
torna complexo em muitos
aspectos. Um banho, uma
mudança de decúbito, uma
higiene oral são procedimentos
razoavelmente simples, mas
que exigem ainda mais
cuidados, principalmente,
tendo em vista a atenção para
que esses procedimentos não
lesem o paciente, por exemplo,
desconectando-o da máquina
que no momento dá
sustentação à vida dele.
19. Ética, Bioética em Terapia Intensiva
Contudo, durante os
procedimentos, devemos
dedicar o devido respeito ao
paciente, explicar o
procedimento que será
realizado, bem como sua
finalidade, mesmo que,
aparentemente, ele não esteja
escutando.
O fato de ele não poder
naquele momento, queixar-se
da forma com a qual o
profissional de saúde lhe presta
assistência, não dá este o
direito de tratá-lo mal, ou como
se fosse apenas um trabalho a
realizar, ignorando que ali está
um ser humano, lutando para
sobreviver.
20. Humanização em Uti
Para Terra e Gomes
(2015), humanizar a
UTI significa cuidar do
paciente como um
todo, envolvendo o
contexto familiar e
social.
Esta é uma prática que
deve incorporar os
valores, as esperanças,
os aspectos culturais e
as preocupações de
cada um.
21. Humanização em Uti
Trata-se de um conjunto de medidas englobando o
ambiente físico, o cuidado dos pacientes e seus familiares
e as relações entre a equipe de saúde. Estas intervenções
visam, sobretudo, tornar efetiva a assistência ao indivíduo
criticamente doente, considerando-o como um todo bio-
psico-sócio-espiritual.
Entende-se por humanização o ato ou efeito de humanizar.
Não se trata de uma técnica ou de uma arte, como
afirmam Terra e Gomes (2015). É um processo que
perpassa todas as atividades de um local e de pessoas que
lidam com o paciente, lhe ofertando o tratamento
merecido, dentro das circunstâncias peculiares nas quais
cada um se encontra naquele momento de sua internação.
22. Humanização em UTI
Para que haja
humanização total
em uma UTI, três
diferentes aspectos
devem ser
considerados:
–O ambiente físico;
–O cuidado com o
paciente e seus
familiares;
–A atenção ao
profissional da equipe.
23.
24. Humanização em UTI
A humanização e o ambiente físico em UTI:
–Para que uma unidade de terapia intensiva se apresenta de
forma mais humana, devem ser observados os seguintes
aspectos:
•Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranquilo.
•Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao máximo os
ruídos dos equipamentos e da equipe.
•Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do sol e o
verde das árvores.
•Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos
profissionais, além de maior privacidade para o paciente.
•Separar pacientes mais graves para que os conscientes não vejam ou
ouçam as intervenções que se processam ao seu redor, gerando menos
ansiedade.
25. Humanização em UTI
O cuidado com o paciente e a família:
–Os profissionais que atuam em unidades de terapia
intensiva devem estar atentos aos seguintes cuidados:
•O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito
essencial para humanizar.
•Adotar comportamento de compaixão, solidariedade e ajuda, no
sentido de promover o bem, visando o bem-estar do paciente, a
sua integridade moral e a sua dignidade como pessoa.
•É a atitude de conversar, ouvir, tocar o paciente, identificá-lo pelo
nome. Reconhecê-lo como uma pessoa que está passando por
uma fase difícil de doença, necessitando de cuidados humanos,
além dos técnicos, com uma dose de sentimento.
•Oferecer informações e conscientização dos familiares sobre a
doença e o tratamento ao qual o paciente está sendo submetido,
avaliando suas necessidades e o grau de satisfação em relação
aos cuidados prestados.
26. Nutrição
A nutrição enteral consiste na administração de
nutrientes por meio de sondas nasogástrica
(introduzida pelo nariz, com posicionamento no
estômago) ou nasoenteral (introduzida pelo
nariz, com posicionamento no duodeno) por
gastrostomia ou jejunostomia (um orifício criado
artificialmente na altura do estômago ou na
altura do jejuno).
A Nutrição enteral deve ser iniciada entre 24 e
48 horas após admissão em pacientes
hemodinamicamente estáveis.
27. Nutrição
Cuidados de Enfermagem na Administração da
Dieta Enteral:
–Observam-se a seguir os cuidados necessários, relativos
à enfermagem na administração da dieta enteral:
•Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da
solução e gotejamento;
•Orientar o paciente;
•Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta;
•Testar a sonda para verificar a localização correta;
•Elevar o decúbito do cliente ao administrar dieta por sonda de 30
a 60min após o término da alimentação;
•Fixar a sonda corretamente;
28. Nutrição
Cuidados de Enfermagem na Administração da
Dieta Enteral:
–Observam-se a seguir os cuidados necessários, relativos
à enfermagem na administração da dieta enteral:
•Em caso de gastrostomia e jejunostomia, atentar para os
cuidados com as sondas e seus respectivos curativos;
•Manter a inserção da sonda limpa e seca, trocando a cobertura
diariamente e cada vez que estiver suja ou molhada, limpando a
pele ao redor da sonda com água e sabão;
•Lavar diariamente a região da inserção com água e sabão.
29. Nutrição
A nutrição parenteral pode ser usada para
complementar a enteral (nutrição parenteral
parcial) ou como único meio de aporte de
nutrientes, especialmente quando não há o
funcionamento adequado do trato digestório e
seu uso não é seguro (Nutrição parenteral total).
Pode ser central, que é aquela administrada por
veia de grande calibre, geralmente a subclávia ou
jugular interna, que chega diretamente ao
coração, e periférica, quando administrada por
meio de uma veia menor, geralmente da mão ou
antebraço.
30. Nutrição
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta
Parenteral:
–Os cuidados necessários à enfermagem na administração da
dieta parenteral são observados a seguir:
•Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da solução
e gotejamento;
•Orientar o paciente;
•Proceder à inspeção visual da Nutrição Parenteral antes de sua
administração, atentando para mudança na coloração, ou presença de
corpo estranho;
•Manter a nutrição parenteral sob refrigeração entre 2 a 8 graus em
refrigerador específico para medicamentos;
•Atentar para validade da nutrição parenteral;
•Avaliar e assegurar a instalação da Nutrição Parenteral observando as
informações contidas no rótulo, confrontando-as com a prescrição
médica;
31. Nutrição
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta
Parenteral:
–Os cuidados necessários à enfermagem na administração da
dieta parenteral são observados a seguir:
•Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta;
•Assegurar a infusão do volume prescrito, mediante controle rigoroso do
gotejamento, de preferência com uso de bomba de infusão;
•Manter a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT, mantendo
a permeabilidade;
•Detectar, registrar e comunicar à enfermeira ou o médico responsável
pelo paciente as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou
administrativa;
•Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à
administração e à evolução do paciente, quanto ao: peso, sinais vitais,
balanço hídrico e glicemia, entre outros;
33. Principais medicamentos na UTI
Fentanil – opioide – tratar a dor e anestesia (junto
com outros medicamentos)
Morfina – opioide – alto poder analgésico
Propofol – anestesia
Tramadol – opioide – tratar a dor
Diazepam – ansiolítico e coadjuvante tto neurológico
Midazolam – sedativo e relaxante muscular
Adrenalina/epinefrina - Vasopressor
Nitroprussiato de sódio (Nipride) – emergências
hipertensivas – vasodilatador
37. Equipamentos na UTI
Cardioversor (fibrilações atriais
e arritmias menos severas)
Desfibrilador reverter distúrbios
graves como a taquicardia
ventricular (TV) e a fibrilação
ventricular (FV)
Ventilador mecânico
44. Segurança do Paciente
O Programa Nacional de Segurança do
Paciente propõe um conjunto de medidas para
prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes
nos serviços de saúde – eventos ou
circunstâncias que poderiam resultar ou que
resultaram em dano desnecessário para o
paciente.