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Andrea Brígida de Souza
Análise de Decisão Multicritérios –
MCDA
para a tomada de decisão em saúde
CONITEC em evidência
Brasília, 22 de maio de 2017
Fritadeira sem óleo
Marca Y
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MCDA – Análise de Decisão Multicritérios
“Um conjunto de métodos e abordagens de auxílio à
tomada de decisão, onde as decisões são baseadas em
mais de um critério, o que evidencia o impacto sobre a
decisão de todos os critérios aplicados e a importância
relativa a eles atribuída” (Devlin & Sussex, 2011).
MCDA – Análise de Decisão Multicritérios
 Ferramenta de auxílio
 Conjunto de métodos e abordagens que busca ordenar
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 Transparência – decisão deve ser clara e objetiva,
 Reprodutibilidade – garantir que diferentes comitês ou o
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cuidadosamente identificados para que não haja uma
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Saúde = recente e limitado
Usos do MCDA na Saúde
1
Financiamento de pesquisa = alocação dos fundos de
pesquisa.
Autorização = registro da intervenção;
Investimento = priorização de intervenções para
cobertura e reembolso;
Prescrição = seleção de intervenções;
1 Marsh, K. et al, 2014
Metodologia do MCDA3
Critérios Pesos
Uso na tomada de
decisão
1. Selecionar os critérios
relevantes numa tomada
de decisão;
2. Decidir como cada um
será medido
1. Decidir como os trade
offs serão tratados
* o peso relativo que deve
ser colocado em cada
critério
Utilizar os critérios
existentes do tomador de
decisão; ou
Estabelecer os critérios
relevantes usando um
conjunto de métodos
qualitativo/quantitativo
Determinar
“antecipadamente” os
pesos baseado em
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Estabelecer estas como
parte do processo
deliberativo
1. MCDA usado para
resumir e estruturar a
informação relevante;
2. Introduzir (e justificar)
algum julgamento
adicional relevante à
decisão;
3. Identificar
concordâncias/
discordâncias entre os
tomadores de decisão;
processo deliberativo &
consenso em construção.
3 Devlin & Sussex, 2011
Instituições com interesse em MCDA
• EMA: proposta de MCDA como abordagem de apoio à avaliação de risco-
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• US Institute of Medicine: propôs framework de priorização baseado em
MCDA para vacinas;
• IQWiG (Institute for Quality and Efficiency in Health Care): tem analisado
uma forma de utilizar o MCDA para pesar os vários resultados de suas
avaliações;
• AGNSS (Advisory Group for National Specialised Services): desenvolveu
um framework baseado em MCDA para apoiar as decisões de reembolso
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• NICE: assumiu a responsabilidade de avaliar os medicamentos órfãos,
dando continuidade à ênfase da AGNSS em MCDA.
Uso do MCDA na CONITEC
Priorização de PCDT para atenção integral às pessoas
com Doenças Raras
 Cenário: mais de 8.000 doenças raras
 Necessidade de se priorizar grupos de doenças mais
relevantes no contexto nacional.
Desafios:
 Contemplar todos os eixos (Doenças Genéticas e Não Genéticas) e
grupos, advindos desses eixos, descritos na Política Nacional de
Atenção Integral às pessoas com Doenças Raras (Portaria 199, 30/01/2014);
 Ouvir a opinião dos especialistas;
 Respeitar aos princípios do SUS (Integralidade, Equidade e
Universalidade);
 Atender às expectativas e necessidades das pessoas com doenças
raras.
Optou-se por realizar um Painel de Especialistas para a priorização
dos PCDT para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
Painel de especialistas:
 60 especialistas brasileiros de todos os eixos e grupos envolvidos;
 Cerca de 8.000 Doenças Raras catalogadas – quais seriam prioritárias para a
elaboração de PCDT;
 Especialista preencheu um formulário eletrônico com até 6 doenças por
eixo e grupo elencados na portaria do MS;
 A escolha deveria ser justificada a partir de critérios:
1. Epidemiológico - frequência relativa maior no Brasil;
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 Preenchidos os formulários, foi definida a lista das doenças indicadas, que
foi levada para análise e votação dos especialistas.
Definição dos critérios:
Busca na literatura
Definição de três domínios, cada um com seus critérios e respectivos valores
e pesos:
1. Critérios inerentes à doença
• 1. As manifestações clínicas e
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graves (cronicidade e duração,
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morbidade);
• 2. O impacto social da doença é
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• 3. O diagnóstico está disponível
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• 4. O aconselhamento genético é
fundamental para essa doença
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origem genética);
• 5. O potencial de transmissão da
doença é alto (somente para as
doenças infecciosas);
2. Critérios relacionados ao
tratamento clínico
• 1. O tratamento pode melhorar a
expectativa de sobrevida do
paciente;
• 2. O tratamento clínico melhora a
qualidade de vida;
• 3. O tratamento é seguro
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eventos adversos);
• 4. O acompanhamento
multiprofissional é fundamental
para essa doença;
• 5. A reabilitação possui um
impacto relevante na doença;
• 6. O início precoce do tratamento
é diferencial na evolução da
doença.
3. Critérios Políticos-Estratégicos
• 1. O cuidado da doença está
integrado/ articulado a algum
programa estratégico do
Ministério da Saúde, por
exemplo: Rede Cegonha,
Programa Nacional de Triagem
Neonatal, Brasil Carinhoso, Rede
de cuidado à Pessoa com
Deficiência;
• 2. Existe rede de assistência
pública pré-estabelecida para a
atenção e cuidado aos portadores
dessa doença;
• 3. A linha de cuidado para essa
doença englobaria um cluster de
doenças;
 Cada critério: valores de 0 a 3;
 Pesos definidos para cada domínio;
 Plenário da CONITEC atribuiu valor ao critério: 1. Político Estratégico.
 Especialistas atribuíram os valores aos critérios: 2. Inerentes à
Doença e; 3. Relacionados ao Tratamento.
Relatório Priorização de PCDT para Atenção Integral às pessoas
com Doenças Raras
Site da CONITEC -> Recomendações
sobre as tecnologias avaliadas
Ministério da Saúde
Instituto Nacional de Cardiologia
Mestrado Profissional em Avaliação de Tecnologias em Saúde
Análise de Decisão por Multicritérios (MCDA)
como apoio à tomada de decisão no SUS
pela CONITEC
Andrea Brígida de Souza
Orientadora: Profª Dra. Marisa Santos
Contexto
Que tecnologias priorizar? Como?
 Recursos limitados na saúde
 Novas tecnologias
 Maior acesso à informação gerando repercussões sociais
 “Saúde como um direito de todos e dever do Estado” CF88
 Crescentes demandas por incorporações
CONITEC
Elementos considerados:
 Evidências científicas sobre eficácia, acurácia, efetividade e segurança;
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(Portaria nº 2.009 de 13 de setembro de 2012 – Regimento interno)
Objetivos
 Realizar uma revisão sistemática de estudos que utilizaram
o MCDA em sua decisão em saúde e descreveram os critérios
considerados.
 Rever em casos reais da plenária da CONITEC quais
critérios guiaram a decisão em situações polêmicas.
Discussão
 Revisão sistemática
- Identificação de muitos critérios – critérios com maior e menor
peso - necessidade de seleção, lista mais enxuta.
- Importância do MCDA para uma decisão transparente, coerente,
auditável e defensável;
- Dificuldade: Redundância de alguns termos encontrados.
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Discussão
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- Identificamos critérios e atributos específicos, não resgatados na
RS;
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Conclusões e perspectivas
 MCDA como uma proposta de auxílio aos membros da CONITEC.
 Recomendação:
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especialistas.
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 Diferentes tecnologias ou cenários poderiam gerar listas específicas de
critérios?
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critérios específicos. Listas de critérios diferentes por tecnologia?
Análise de Decisão Multicritérios (MCDA) na CONITEC

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Análise de Decisão Multicritérios (MCDA) na CONITEC

  • 1. Andrea Brígida de Souza Análise de Decisão Multicritérios – MCDA para a tomada de decisão em saúde CONITEC em evidência Brasília, 22 de maio de 2017
  • 2. Fritadeira sem óleo Marca Y R$ 399,00 • Sabor dos alimentos • Cor • Tamanho • Custo • Praticidade • Alimento Saudável • Gasto de energia Marca X R$ 1.199,00 • Segurança
  • 3. MCDA – Análise de Decisão Multicritérios “Um conjunto de métodos e abordagens de auxílio à tomada de decisão, onde as decisões são baseadas em mais de um critério, o que evidencia o impacto sobre a decisão de todos os critérios aplicados e a importância relativa a eles atribuída” (Devlin & Sussex, 2011).
  • 4. MCDA – Análise de Decisão Multicritérios  Ferramenta de auxílio  Conjunto de métodos e abordagens que busca ordenar os critérios explícitos Cada critério possui uma importância relativa distinta (pesos diferentes)  Abordagem transparente e estruturada
  • 5. Características do MCDA  Transparência – decisão deve ser clara e objetiva,  Reprodutibilidade – garantir que diferentes comitês ou o mesmo comitê em ocasião diferente tenha uma mesma decisão, quando apresentado a uma mesma evidência e juízo de valor social;  Não redundância dos termos – critérios devem ser cuidadosamente identificados para que não haja uma dupla-contagem.
  • 6.
  • 7. Diferentes áreas de aplicação Transporte, Construção, Proteção ambiental, Finanças, Defesa Saúde = recente e limitado
  • 8. Usos do MCDA na Saúde 1 Financiamento de pesquisa = alocação dos fundos de pesquisa. Autorização = registro da intervenção; Investimento = priorização de intervenções para cobertura e reembolso; Prescrição = seleção de intervenções; 1 Marsh, K. et al, 2014
  • 9. Metodologia do MCDA3 Critérios Pesos Uso na tomada de decisão 1. Selecionar os critérios relevantes numa tomada de decisão; 2. Decidir como cada um será medido 1. Decidir como os trade offs serão tratados * o peso relativo que deve ser colocado em cada critério Utilizar os critérios existentes do tomador de decisão; ou Estabelecer os critérios relevantes usando um conjunto de métodos qualitativo/quantitativo Determinar “antecipadamente” os pesos baseado em evidências; ou Estabelecer estas como parte do processo deliberativo 1. MCDA usado para resumir e estruturar a informação relevante; 2. Introduzir (e justificar) algum julgamento adicional relevante à decisão; 3. Identificar concordâncias/ discordâncias entre os tomadores de decisão; processo deliberativo & consenso em construção. 3 Devlin & Sussex, 2011
  • 10. Instituições com interesse em MCDA • EMA: proposta de MCDA como abordagem de apoio à avaliação de risco- benefício; • US Institute of Medicine: propôs framework de priorização baseado em MCDA para vacinas; • IQWiG (Institute for Quality and Efficiency in Health Care): tem analisado uma forma de utilizar o MCDA para pesar os vários resultados de suas avaliações; • AGNSS (Advisory Group for National Specialised Services): desenvolveu um framework baseado em MCDA para apoiar as decisões de reembolso de medicamentos órfãos; • NICE: assumiu a responsabilidade de avaliar os medicamentos órfãos, dando continuidade à ênfase da AGNSS em MCDA.
  • 11. Uso do MCDA na CONITEC Priorização de PCDT para atenção integral às pessoas com Doenças Raras  Cenário: mais de 8.000 doenças raras  Necessidade de se priorizar grupos de doenças mais relevantes no contexto nacional.
  • 12. Desafios:  Contemplar todos os eixos (Doenças Genéticas e Não Genéticas) e grupos, advindos desses eixos, descritos na Política Nacional de Atenção Integral às pessoas com Doenças Raras (Portaria 199, 30/01/2014);  Ouvir a opinião dos especialistas;  Respeitar aos princípios do SUS (Integralidade, Equidade e Universalidade);  Atender às expectativas e necessidades das pessoas com doenças raras. Optou-se por realizar um Painel de Especialistas para a priorização dos PCDT para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
  • 13. Painel de especialistas:  60 especialistas brasileiros de todos os eixos e grupos envolvidos;  Cerca de 8.000 Doenças Raras catalogadas – quais seriam prioritárias para a elaboração de PCDT;  Especialista preencheu um formulário eletrônico com até 6 doenças por eixo e grupo elencados na portaria do MS;  A escolha deveria ser justificada a partir de critérios: 1. Epidemiológico - frequência relativa maior no Brasil; 2. Diagnóstico - o diagnóstico precoce pode melhorar o prognóstico; 3. Pesquisa - diagnóstico, terapêutica ou aconselhamento familiar; 4. Tratamento - existe tratamento específico para a doença. E quanto ao tratamento: 1. Cura; 2. Controle da doença; 3. Melhora subjetiva das comorbidades e sintomas; 4. Melhora objetiva das comorbidades e sintomas.  Preenchidos os formulários, foi definida a lista das doenças indicadas, que foi levada para análise e votação dos especialistas.
  • 14. Definição dos critérios: Busca na literatura Definição de três domínios, cada um com seus critérios e respectivos valores e pesos: 1. Critérios inerentes à doença • 1. As manifestações clínicas e complicações da doença são graves (cronicidade e duração, gravidade da doença ao longo da vida, idade de início da morbidade); • 2. O impacto social da doença é relevante (impacto na autonomia e independência do paciente, impacto psicossocial, impacto na restrição/ limitação de atividades diárias); • 3. O diagnóstico está disponível na rede pública para essa doença; • 4. O aconselhamento genético é fundamental para essa doença (somente para as doenças de origem genética); • 5. O potencial de transmissão da doença é alto (somente para as doenças infecciosas); 2. Critérios relacionados ao tratamento clínico • 1. O tratamento pode melhorar a expectativa de sobrevida do paciente; • 2. O tratamento clínico melhora a qualidade de vida; • 3. O tratamento é seguro (gravidade e frequência dos eventos adversos); • 4. O acompanhamento multiprofissional é fundamental para essa doença; • 5. A reabilitação possui um impacto relevante na doença; • 6. O início precoce do tratamento é diferencial na evolução da doença. 3. Critérios Políticos-Estratégicos • 1. O cuidado da doença está integrado/ articulado a algum programa estratégico do Ministério da Saúde, por exemplo: Rede Cegonha, Programa Nacional de Triagem Neonatal, Brasil Carinhoso, Rede de cuidado à Pessoa com Deficiência; • 2. Existe rede de assistência pública pré-estabelecida para a atenção e cuidado aos portadores dessa doença; • 3. A linha de cuidado para essa doença englobaria um cluster de doenças;
  • 15.  Cada critério: valores de 0 a 3;  Pesos definidos para cada domínio;  Plenário da CONITEC atribuiu valor ao critério: 1. Político Estratégico.  Especialistas atribuíram os valores aos critérios: 2. Inerentes à Doença e; 3. Relacionados ao Tratamento.
  • 16. Relatório Priorização de PCDT para Atenção Integral às pessoas com Doenças Raras Site da CONITEC -> Recomendações sobre as tecnologias avaliadas
  • 17. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Cardiologia Mestrado Profissional em Avaliação de Tecnologias em Saúde Análise de Decisão por Multicritérios (MCDA) como apoio à tomada de decisão no SUS pela CONITEC Andrea Brígida de Souza Orientadora: Profª Dra. Marisa Santos
  • 18. Contexto Que tecnologias priorizar? Como?  Recursos limitados na saúde  Novas tecnologias  Maior acesso à informação gerando repercussões sociais  “Saúde como um direito de todos e dever do Estado” CF88  Crescentes demandas por incorporações
  • 19. CONITEC Elementos considerados:  Evidências científicas sobre eficácia, acurácia, efetividade e segurança;  Prazo para análise: 180 dias (+90dias);  Avaliação econômica comparativa;  Impacto orçamentário da incorporação da tecnologia no SUS;  Consultas públicas e audiências públicas ↓ agilidade, transparência e eficiência (Portaria nº 2.009 de 13 de setembro de 2012 – Regimento interno)
  • 20. Objetivos  Realizar uma revisão sistemática de estudos que utilizaram o MCDA em sua decisão em saúde e descreveram os critérios considerados.  Rever em casos reais da plenária da CONITEC quais critérios guiaram a decisão em situações polêmicas.
  • 21. Discussão  Revisão sistemática - Identificação de muitos critérios – critérios com maior e menor peso - necessidade de seleção, lista mais enxuta. - Importância do MCDA para uma decisão transparente, coerente, auditável e defensável; - Dificuldade: Redundância de alguns termos encontrados. - Publicação do artigo.
  • 22. Discussão  Casos reais da plenária da CONITEC - Identificamos critérios e atributos específicos, não resgatados na RS; - Critérios diferentes: medicamentos versus dispositivos médicos e procedimentos. - Publicação de artigo.
  • 23. Conclusões e perspectivas  MCDA como uma proposta de auxílio aos membros da CONITEC.  Recomendação: - Analisar quantidade de critérios selecionados na RS por um grupo de especialistas. - Elaboração de uma proposta para CONITEC.  Diferentes tecnologias ou cenários poderiam gerar listas específicas de critérios?  Importância dos casos reais – algumas tecnologias apresentaram critérios específicos. Listas de critérios diferentes por tecnologia?