Comunicação apresentada no XXII colóquio da AFIRSE Portugal | Instituto de Educação, Lisboa, 29-31 de janeiro de 2015
Autoria:
- Cristina Sá (CIDTFF) - cristina@ua.pt
Contributo da inovação na avaliação para o desenvolvimento de competências no Ensino Superior
1. Contributo da inovação na avaliação para o
desenvolvimento de competências no
Ensino Superior
Cristina Manuela Sá
cristina@ua.pt
XXII Colóquio AFIRSE
29, 30 e 31 de janeiro de 2015
2. 0 Problemática
0 Um estudo neste contexto
0 Desempenho
0 Representações
0 Conclusões
0 Sugestões
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
3. A promoção de um modelo de
educação que conduza ao
desenvolvimento de competências
tem sido a principal preocupação da
política educativa portuguesa,
apesar de algumas alterações recentes.
O Ensino Superior aderiu a este
movimento através da implementação do
Processo de Bolonha.
PROBLEMÁTICA
4. No Laboratório de Investigação em
Educação em Português (LEIP), está em
curso um estudo, desenvolvido em
cursos de Bolonha (de primeiro e
segundo ciclo), que procura relacionar a
formação de profissionais para o ensino
da língua portuguesa com esta política
educativa.
5. Este texto foca-se numa componente
desse estudo, em curso numa unidade
curricular de um primeiro ciclo de
Bolonha, associada à terceira questão de
investigação:
Que papel cabe à avaliação
formativa neste contexto?
UM ESTUDO NESTE CONTEXTO
6. Combinando estatística e análise de
conteúdo, procedeu-se à análise de
dados relativos:
i) ao desempenho dos alunos
classificações finais obtidas;
ii) às suas representações
excertos de reflexões críticas individuais
relativas ao seu percurso nessa unidade
didática entregues no fim do semestre.
7. Parece-nos que a metodologia de ensino
adotada nesta UC promove o êxito dos
alunos,
porque o número de reprovações é muito
reduzido ao longo dos cinco anos letivos
considerados,
mas predominam as “classificações
médias” , i.e. correspondentes a 14
valores.
DESEMPENHO
8. Foram recolhidos muito poucos
enunciados relativos à avaliação, nas
reflexões críticas individuais
apresentadas por escrito ao longo destes
cinco anos letivos.
Só um ano letivo (2011/12) atingiu uma
percentagem acima da média (52,4%).
REPRESENTAÇÕES
9. A perceção do papel da avaliação na
formação foi-se modificando.
De um modo geral, a importância
atribuída à vertente formativa foi
subindo (por contraste com a atribuída à
vertente classificativa).
Tratando-se de futuros profissionais da
Educação, é essencial que tenham
consciência da importância da avaliação
formativa.
10. Em todos os anos letivos considerados,
as referências ao valor formativo da
avaliação estavam associadas ao seu
contributo para o desenvolvimento de
várias competências, que poderiam
contribuir para a valorização dos alunos
em termos profissionais e até pessoais.
Destacam-se a autonomia e o trabalho
colaborativo.
11. A aposta numa avaliação formativa
associada a uma metodologia que faz do
aluno o centro do processo de
ensino/aprendizagem:
- Influencia o seu desempenho no que diz
respeito à obtenção de sucesso,
mas não consegue levá-los a atingir um
nível acima da média (14 valores).
CONCLUSÕES
12. O fator que faria a diferença seria uma
maior valorização do lado formativo da
avaliação,
que levaria os alunos a:
- empenharem-se mais na discussão do
trabalho realizado;
- tirarem mais proveito dos comentários
da docente para reformularem os seus
portefólios e, simultaneamente,
desenvolverem mais as suas
competências e aprofundarem as suas
aprendizagens.
13. Pretendemos:
- continuar a apostar na produção escrita
de reflexões críticas individuais por parte
dos alunos, levando-os a analisar
criticamente o processo de
ensino/aprendizagem em que estiveram
envolvidos e o papel que nele
desempenharam;
SUGESTÕES
14. - insistir mais na explicação dos
fundamentos desta avaliação aos nossos
alunos.
Pensamos que divulgar este estudo junto
deles será uma boa forma de contribuir
para esta finalidade.
15. Bibliografia:
0 Comunidades Europeias (2007). Competências essenciais para a aprendizagem
ao longo da vida. Quadro de referência europeu. Luxemburgo: Serviço das
Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.
0 Ministério da Educação (2014). Descritores de Dublin. [disponível em
http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Processo+de+Bolonha/Object
ivos/Descrtores+Dublin/ ; consultado a 25 de novembro de 2014]
0 Perrenoud, Ph. (1999). Dix nouvelles compétences pour enseigner. Paris: ESF.
0 Sá, C. M. (org.) (2013a). Transversalidade II: Representações, instrumentos,
práticas e formação. Coleção “Cadernos do LEIP”. Série “Temas”, nº 2. Aveiro:
Universidade de Aveiro/Centro de Investigação Didática e Tecnologia na
Formação de Formadores/Laboratório de Investigação em Educação em
Português.
0 Sá, C. M. (2013b). Developing competences in Higher Education. Indagatio
Didactica. Vol. 5 (3). (Available at:
http://revistas.ua.pt/index.php/ID/article/view/2526 )