Este documento propõe o uso de portfólios, registros reflexivos e autoavaliação como estratégias de avaliação formativa. O objetivo é permitir que alunos acompanhem seu próprio desenvolvimento e aprendizagem, com feedback do professor. Serão negociados formatos e prazos para a elaboração destes instrumentos ao longo de um ano letivo.
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Portifólio, registros e autoavaliação
1. Minuta de Projeto didático Avaliação Formativa das Aprendizagens:Portifólio, Registros Reflexivos e Autoavaliação Professor Erisevelton Silva Lima Doutorando em Educação na Universidade de Brasília – UnB Ceilândia-DF, 06 de abril 2011
2. Justificativas A necessidade de articular o trabalho pedagógico com estratégias que possibilitem acompanhar e avaliar o desenvolvimento de cada aluno com vistas às aprendizagens é um grande desafio para professores e os próprios alunos.
3. Continuação... Nossa caminhada rumo às aprendizagens sinaliza para que busquemos estratégias que considerem o aluno como parte inseparável desse processo e, com isso, levá-lo à consciência da posição de co-responsável na relação ensino e aprendizagem nem sempre planejada com esse fim. ;
4. Objetivos: GERAL: Promover espaços e instrumentos que permitam a Organização do Trabalho Pedagógico e, especialmente, o desenvolvimento da avaliação formativa na sala de aula.
5. Objetivos Específicos... Articular o trabalho do portifólio com a elaboração de registros reflexivos e a sistemática de autoavaliação no cotidiano da sala de aula; Compreender e desenvolver o trabalho com o portifólio como estratégia de mediação (feedback) entre professores e alunos; Entender e aplicar com ética os procedimentos e as estratégias de autoavaliação durante o percurso do componente curricular; Conhecer e praticar o trabalho com os Registros Reflexivos (Diários de Aula) em articulação com o planejamento do componente curricular ministrado;
6. Estratégias e Procedimentos (Desenvolvimento do Projeto): Apresentar para a turma a proposta e discutir os conceitos de portifólio, registros reflexivos e autoavaliação; Promover espaços para a elaboração do portifólio à partir da construção de um memorial pelo aluno e pelo professor; Negociar com turma prazos, formatos e procedimentos que serão adotados em face do projeto (inclusive pontuação conforme cada caso);
7. Continuação... Acompanhar a elaboração do portifólio, da autoavaliação e dos registros reflexivos com retornos (feedback) regulares e, preferencialmente, por escrito para cada aluno; Desenvolver estratégias e mecanismos escritos e orais para realização da autoavaliação; Promover exposição dialogada dos portifólios com a turma em espaços e momentos combinados e com a periodicidade que convier à dinâmica do trabalho (bimestral, semestral), etc.
8. Fundamentação teórica de base Avaliação Formativa:Conforme Hadji (2001) não é o instrumento que desempenha essa função avaliativa e, sim, o uso que dele se faz. Ela acontece quando o professor utiliza diversos procedimentos avaliativos com vistas às aprendizagens, seu monitoramento e superação das dificuldades. Diferente da função classificatória e somativa que se centram em atribuir notas para aprovação ou reprovação.
9. Portifólio: Trata-se de uma produção do aluno e cuja negociação em torno da avaliação deve ser acordada com o professor. A ideia é que cada um organize seu portifólio com certa criatividade. O termo foi usado inicialmente por artistas plásticos que reuniam sua melhores obras (julgamento deles) para exposições ou mesmo para pleitear espaço no campo do trabalho. O portifólio pode reunir, por exemplo, os registros reflexivos abaixo
10. Registros Reflexivos: Zabalza (2004) denominava-os de Diários de Aula, mas adéqua-se melhor Registros. Eles não precisam ser realizados todos os dias. De duas a três vezes, por semana, permitem certa regularidade à narrativa. Sua intenção é captar e remeter ao próprio autor dos registros a compreensão dos processos de aprendizagem como a metacognição. Eles permitem que o autor acompanhe, desenvolva, modifique e aperfeiçoe a sua linguagem escrita e mental. Por meio dos registros desenvolvem-se percepções e reflexões que costumamos não realizar quando, apenas, verbalizamos
11. Autoavaliação: Villas Boas (2008) define como momento de reflexão e auto-reflexão sobre os processos e procedimentos a que se está sendo submetido ou aos que nos submetemos durante o processo de ensino e de aprendizagem. Não se trata de se autoatribuir notas, o uso dos seus achados deve ser cuidado com ética pelo professor, afinal são elementos particulares expostos pelo aluno nesse percurso.
12. Concluindo... Avaliação no projeto: Acontece durante todo o processo e é impregnada por procedimentos formais e informais. A mensuração e a comunicação devem ser articuladas com a turma e com a coordenação pedagógica local. Cronograma: Um ano letivo (durante todo ele);
13. Referências.... HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Virando a Escola do Avesso por Meio da Avaliação. Campinas-SP: Papirus, 2008. ZABALZA, Miguel A. Diários de Aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2004