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Afetividade na educação: afetos
e linguagem emocional.
Adriana Rocha Bruno (UNIRIO)
https://www.escritas.org/pt/t/1513/por-muito-tempo-achei-que-a-ausencia-e-falta
Profª. Drª. Adriana Rocha Bruno
Pontos introdutórios
● Somos um país desigual.
Somos um planeta
desigual. Somos
igualmente diferentes.
● Nunca vivemos algo
parecido com o que
estamos vivendo…
estamos em guerra e isso
muda tudo.
● As projeções sinalizam longo
período de distanciamento
físico.
■ Passamos dos 120 mil
mortos !
■ Isso não pode ser
normal!
Profª.Drª.AdrianaRochaBruno
Focos de discussão
1. Plasticidade
2. Emoções
3. Sentimentos e afetos
4. Contágio emocional
5. Linguagem emocional
Matrioshkas: o cérebro e a mente e o corpo
A mente
• expressão de um conjunto de
funções/processos cerebrais;
• sem localização específica,
pois decorre de uma série de
conexões sistêmicas.
Sistema Nervoso Central
• medula;
• ponte;
• cerebelo;
• mesencéfalo;
• diencéfalo;
• hemisférios cerebrais.
Funções
• consciência;
• vontade;
• pensamento;
• emoção;
• memória;
• aprendizado;
• imagem;
• criatividade;
• intuição.
PLASTICIDADE
NEUROPLASTICIDADE
neuroplasticidade, que pode ser defi
nida como a capacidade que o
cérebro tem de se transformar diante
de pressões (estímulos) do ambiente
(MOURÃO JR., FARIA, 2015, p. 781)
Plasticidade
De acordo com Lombroso (2004):
Uma série de achados críticos mostrou que o
aprendizado necessita de alterações
morfológicas em pontos especializados dos
contatos neuronais, as sinapses. Estas se alteram
com o aprendizado - novas sinapses são
formadas e antigas se fortalecem. Esse
fenômeno, denominado plasticidade sináptica, é
observado em todas as regiões do cérebro.
Tipos de neuroplasticidade: regeneração, plasticidade axônica,
dendrítica, somática e sináptica.
Plasticidade humana - Síntese
A plasticidade do nosso organismo e sua condição sistêmica
⇒ interdependente e integrada.
O organismo humano é plástico:
aprendizagem e ambientes para a
aprendizagem devem ser plásticos.
A plasticidade cerebral
Indica que a possibilidade de novas conexões celulares ao longo de nossa
existência é extraordinária.
Quanto mais rico for o ambiente, de modo a estimular atividades mentais,
maior o impacto sobre as capacidades cognitivas e da memória.
Plasticidade sociocultural
Plasticidade sináptica: grupos de neurônios
assumem funções de outros podendo restabelecer
ou formar redes
Plasticidade sociocultural (BRUNO, 2010):
reorganizações, desdobramentos, rearticulações,
reações – relações emergentes – não há
padronização, fixação
Ao longo dos séculos e até meados do o século XX...
Emoção:
- subjetiva demais,
- presumia-se que a razão era totalmente
independente da emoção;
- Situavam a emoção no corpo e a razão no cérebro.
"A ciência do século XX deixou o corpo de lado, devolveu a emoção
ao cérebro, mas relegou-o aos estratos neurais inferiores, associados a
ancestrais que ninguém venerava". (Damásio, 2000, p. 60)
As emoções
• Reações orgânicas, incontroláveis
○ manter a estabilidade do nosso
organismo;
• Auto-proteção - manutenção e
estabilidade da sua vida -
homeostasia;
• O que podemos controlar é a sua
expressão;
“As emoções são parte integrante da
regulação que denominamos Homeostasia”,
ou seja, reações fisiológicas coordenadas e
em grande medida automáticas que são
necessárias para manter estáveis os estados
internos de um organismo vivo. (Damásio,
2000, p. 61)
Bisquerra (2000. P. 44) ⇒ homeostasia
associada ao oxigênio, água, alimento,
regulação da temperatura, etc.
Componentes da Emoção
Comportamental ➔ expressões faciais, tom de
voz, ritmo, etc.
Neurofisiológicos ➔ Respostas involuntárias
Cognitivos ➔ Vivência subjetiva - sentimento
Processo da vivência emocional
Evento ➔ valoração ➔
mudanças fisiológicas ➔
predisposição à ação
Função das emoções
Adaptativa
Motivadora Informativa
Social
A cultura e a sociedade regulam as expressões das emoções...
Para Bisquerra (2000), algumas atitudes ou episódios
emocionais vivenciados repetidas vezes podem
desenvolver atitudes cognitivas emocionais.
⇒ tristeza em demasia ⇒ processo de depressão.
Reações (respostas) do organismo a
fatores decorrentes das mudanças
internas ou externas, apresentadas de
forma consciente ou inconsciente,
considerando múltiplas
circunstâncias, tais como:
fisiológicas, relacionais, pessoais,
cognitivas, afetivas, sociais etc., que,
em congruência com os aspectos
ontogênicos e filogênicos da
existência humana, se caracterizam
principalmente pela conservação da
vida.
• Aprendemos a expressar emoções a partir
das relações estabelecidas socialmente;
• Contágio das emoções (BRUNO, 2002):
mesmo campo de percepção e ação –
mimetismo / Indução de emoções
(DAMÁSIO 2000);
• Pelo contágio ou pela indução emocional:
provocar no seu interlocutor reações na
mesma direção.
Damásio (2000) afirma
que a expressão das
emoções está ligada ao
aprendizado e à cultura
Músicas - série Os Maias:
1. https://www.youtube.com/watch?v=Ft5YmS_xWE4 - 5:24''
2. https://www.youtube.com/watch?v=QVD6JQuzzBY
A consciência e a emoção não são separáveis...
A consciência é que nos possibilita sentir os
sentimentos, conhecer e identificar as emoções...
“... assim como a emoção, a consciência relaciona-
se à sobrevivência do indivíduo e que, tal como a
emoção, a consciência está alicerçada na
representação do corpo”. (DAMÁSIO, 2000, p. 76)
O sentimento é a transformação em imagem das mudanças do
organismo
...ninguém pode observar os sentimentos que um outro vivencia, mas
alguns aspectos das emoções que originam esses sentimentos serão
patentemente observáveis por outras pessoas”. (Damásio, 2000, p. 64)
“Todas as emoções usam o corpo como teatro... O conjunto
dessas mudanças (...) se tornam sentimentos de emoção.” (2000:
75)
Ironicamente, é claro, os mecanismos da
razão ainda requerem a emoção, o que
significa que o poder controlador da
razão é com frequência modesto.”
(Damásio, 2000, p. 83)
Em síntese
Não aprendemos a ter emoções,
sentimentos e afetos, mas sim a
expressá-los...
O trabalho desenvolvido nos ambientes de
aprendizagem, poderá auxiliar na
identificação, valoração, indução e
expressão das emoções, porém, as
emoções em si, enquanto disposições
biológicas, são inerentes ao organismo.
Todo sistema racional...se dá como um
operar nas coerências da linguagem...
“Todo sistema racional tem fundo emocional,
e é por isso que nenhum argumento racional
pode convencer ninguém que já não estivesse
de início convencido, ao aceitar as premissas a
priori que o constituem.” (Maturana, 1997, p. 171)
Linguagem e razão
A Linguagem
Por Adriana Rocha Bruno (2002)
Um meio, uma forma, um dispositivo, um sistema
intencional de expressar e comunicar emoções,
mediado/permeado/viabilizado pela linguagem
(conversação), para a relação de encontro, de
contato, entre os sujeitos aprendentes em
processo contínuo de transformação. (BRUNO, 2002)
A Linguagem Emocional
Assim, a Linguagem Emocional reflete,
sistematicamente, as múltiplas formas em que os
seres humanos estabelecem relações, utilizando-
se das diversas linguagens, considerando o fator
emocional como importante desencadeador das
transformações decorrentes neste processo.
(BRUNO, 2002)
A linguagem emocional utilizada pelo mediador
pedagógico pode abrir (ou não) espaço para que
emoções e sentimentos sejam desvelados, criando
então um espaço operacional mais coeso, mais
harmônico e propício às inter-relações emergentes, e
consequentemente, possibilitando construções e
reflexões mais complexas.
o tom utilizado pelo mediador pedagógico no início e
no processo de interação influencia o tipo de resposta
do interlocutor - linguagem emocional
Aprendizagem
A transformação da
experiência só é possível por
possuirmos fluidez orgânica,
emocional, intelectual,
cultural e social: plasticidade
33
Obrigada.
Adriana.
http://sites.google.com/site/arbruno
arbruno2208@gmail.com
Referências
Dissertação - Adriana Rocha Bruno
https://sites.google.com/site/arbruno/publicacoes/tese-e-
disserta%C3%A7%C3%A3o-adriana-r-b?authuser=0
MOURÃO JR, Carlos, FARIA, NIcole C. Memória. Revista
Psicologia Refl exão e Crítica, 28(4), 780-788. 2015.
Disponivel pelo endereço:
https://www.scielo.br/pdf/prc/v28n4/0102-7972-prc-28-04-
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Linguagem emocional e afetividade na educação

  • 1. Afetividade na educação: afetos e linguagem emocional. Adriana Rocha Bruno (UNIRIO)
  • 2.
  • 4. Pontos introdutórios ● Somos um país desigual. Somos um planeta desigual. Somos igualmente diferentes. ● Nunca vivemos algo parecido com o que estamos vivendo… estamos em guerra e isso muda tudo. ● As projeções sinalizam longo período de distanciamento físico. ■ Passamos dos 120 mil mortos ! ■ Isso não pode ser normal! Profª.Drª.AdrianaRochaBruno
  • 5. Focos de discussão 1. Plasticidade 2. Emoções 3. Sentimentos e afetos 4. Contágio emocional 5. Linguagem emocional
  • 6. Matrioshkas: o cérebro e a mente e o corpo A mente • expressão de um conjunto de funções/processos cerebrais; • sem localização específica, pois decorre de uma série de conexões sistêmicas. Sistema Nervoso Central • medula; • ponte; • cerebelo; • mesencéfalo; • diencéfalo; • hemisférios cerebrais. Funções • consciência; • vontade; • pensamento; • emoção; • memória; • aprendizado; • imagem; • criatividade; • intuição.
  • 7. PLASTICIDADE NEUROPLASTICIDADE neuroplasticidade, que pode ser defi nida como a capacidade que o cérebro tem de se transformar diante de pressões (estímulos) do ambiente (MOURÃO JR., FARIA, 2015, p. 781)
  • 8. Plasticidade De acordo com Lombroso (2004): Uma série de achados críticos mostrou que o aprendizado necessita de alterações morfológicas em pontos especializados dos contatos neuronais, as sinapses. Estas se alteram com o aprendizado - novas sinapses são formadas e antigas se fortalecem. Esse fenômeno, denominado plasticidade sináptica, é observado em todas as regiões do cérebro. Tipos de neuroplasticidade: regeneração, plasticidade axônica, dendrítica, somática e sináptica.
  • 9. Plasticidade humana - Síntese A plasticidade do nosso organismo e sua condição sistêmica ⇒ interdependente e integrada. O organismo humano é plástico: aprendizagem e ambientes para a aprendizagem devem ser plásticos. A plasticidade cerebral Indica que a possibilidade de novas conexões celulares ao longo de nossa existência é extraordinária. Quanto mais rico for o ambiente, de modo a estimular atividades mentais, maior o impacto sobre as capacidades cognitivas e da memória.
  • 10. Plasticidade sociocultural Plasticidade sináptica: grupos de neurônios assumem funções de outros podendo restabelecer ou formar redes Plasticidade sociocultural (BRUNO, 2010): reorganizações, desdobramentos, rearticulações, reações – relações emergentes – não há padronização, fixação
  • 11.
  • 12. Ao longo dos séculos e até meados do o século XX... Emoção: - subjetiva demais, - presumia-se que a razão era totalmente independente da emoção; - Situavam a emoção no corpo e a razão no cérebro. "A ciência do século XX deixou o corpo de lado, devolveu a emoção ao cérebro, mas relegou-o aos estratos neurais inferiores, associados a ancestrais que ninguém venerava". (Damásio, 2000, p. 60)
  • 13. As emoções • Reações orgânicas, incontroláveis ○ manter a estabilidade do nosso organismo; • Auto-proteção - manutenção e estabilidade da sua vida - homeostasia; • O que podemos controlar é a sua expressão;
  • 14. “As emoções são parte integrante da regulação que denominamos Homeostasia”, ou seja, reações fisiológicas coordenadas e em grande medida automáticas que são necessárias para manter estáveis os estados internos de um organismo vivo. (Damásio, 2000, p. 61) Bisquerra (2000. P. 44) ⇒ homeostasia associada ao oxigênio, água, alimento, regulação da temperatura, etc.
  • 15. Componentes da Emoção Comportamental ➔ expressões faciais, tom de voz, ritmo, etc. Neurofisiológicos ➔ Respostas involuntárias Cognitivos ➔ Vivência subjetiva - sentimento
  • 16. Processo da vivência emocional Evento ➔ valoração ➔ mudanças fisiológicas ➔ predisposição à ação
  • 17. Função das emoções Adaptativa Motivadora Informativa Social A cultura e a sociedade regulam as expressões das emoções... Para Bisquerra (2000), algumas atitudes ou episódios emocionais vivenciados repetidas vezes podem desenvolver atitudes cognitivas emocionais. ⇒ tristeza em demasia ⇒ processo de depressão.
  • 18. Reações (respostas) do organismo a fatores decorrentes das mudanças internas ou externas, apresentadas de forma consciente ou inconsciente, considerando múltiplas circunstâncias, tais como: fisiológicas, relacionais, pessoais, cognitivas, afetivas, sociais etc., que, em congruência com os aspectos ontogênicos e filogênicos da existência humana, se caracterizam principalmente pela conservação da vida.
  • 19. • Aprendemos a expressar emoções a partir das relações estabelecidas socialmente; • Contágio das emoções (BRUNO, 2002): mesmo campo de percepção e ação – mimetismo / Indução de emoções (DAMÁSIO 2000); • Pelo contágio ou pela indução emocional: provocar no seu interlocutor reações na mesma direção.
  • 20. Damásio (2000) afirma que a expressão das emoções está ligada ao aprendizado e à cultura Músicas - série Os Maias: 1. https://www.youtube.com/watch?v=Ft5YmS_xWE4 - 5:24'' 2. https://www.youtube.com/watch?v=QVD6JQuzzBY
  • 21. A consciência e a emoção não são separáveis... A consciência é que nos possibilita sentir os sentimentos, conhecer e identificar as emoções... “... assim como a emoção, a consciência relaciona- se à sobrevivência do indivíduo e que, tal como a emoção, a consciência está alicerçada na representação do corpo”. (DAMÁSIO, 2000, p. 76)
  • 22. O sentimento é a transformação em imagem das mudanças do organismo ...ninguém pode observar os sentimentos que um outro vivencia, mas alguns aspectos das emoções que originam esses sentimentos serão patentemente observáveis por outras pessoas”. (Damásio, 2000, p. 64) “Todas as emoções usam o corpo como teatro... O conjunto dessas mudanças (...) se tornam sentimentos de emoção.” (2000: 75)
  • 23. Ironicamente, é claro, os mecanismos da razão ainda requerem a emoção, o que significa que o poder controlador da razão é com frequência modesto.” (Damásio, 2000, p. 83)
  • 25. Não aprendemos a ter emoções, sentimentos e afetos, mas sim a expressá-los...
  • 26. O trabalho desenvolvido nos ambientes de aprendizagem, poderá auxiliar na identificação, valoração, indução e expressão das emoções, porém, as emoções em si, enquanto disposições biológicas, são inerentes ao organismo.
  • 27. Todo sistema racional...se dá como um operar nas coerências da linguagem... “Todo sistema racional tem fundo emocional, e é por isso que nenhum argumento racional pode convencer ninguém que já não estivesse de início convencido, ao aceitar as premissas a priori que o constituem.” (Maturana, 1997, p. 171) Linguagem e razão
  • 28. A Linguagem Por Adriana Rocha Bruno (2002)
  • 29. Um meio, uma forma, um dispositivo, um sistema intencional de expressar e comunicar emoções, mediado/permeado/viabilizado pela linguagem (conversação), para a relação de encontro, de contato, entre os sujeitos aprendentes em processo contínuo de transformação. (BRUNO, 2002) A Linguagem Emocional
  • 30. Assim, a Linguagem Emocional reflete, sistematicamente, as múltiplas formas em que os seres humanos estabelecem relações, utilizando- se das diversas linguagens, considerando o fator emocional como importante desencadeador das transformações decorrentes neste processo. (BRUNO, 2002)
  • 31. A linguagem emocional utilizada pelo mediador pedagógico pode abrir (ou não) espaço para que emoções e sentimentos sejam desvelados, criando então um espaço operacional mais coeso, mais harmônico e propício às inter-relações emergentes, e consequentemente, possibilitando construções e reflexões mais complexas. o tom utilizado pelo mediador pedagógico no início e no processo de interação influencia o tipo de resposta do interlocutor - linguagem emocional
  • 32. Aprendizagem A transformação da experiência só é possível por possuirmos fluidez orgânica, emocional, intelectual, cultural e social: plasticidade
  • 34. Referências Dissertação - Adriana Rocha Bruno https://sites.google.com/site/arbruno/publicacoes/tese-e- disserta%C3%A7%C3%A3o-adriana-r-b?authuser=0 MOURÃO JR, Carlos, FARIA, NIcole C. Memória. Revista Psicologia Refl exão e Crítica, 28(4), 780-788. 2015. Disponivel pelo endereço: https://www.scielo.br/pdf/prc/v28n4/0102-7972-prc-28-04- 00780.pdf