O documento discute os processos cognitivos, emocionais e conativos da mente humana. Apresenta os três como componentes integrados da mente, abordando especificamente a cognição, que inclui a percepção, memória e aprendizagem, as emoções, afectos e sentimentos, e a conação, envolvendo a intencionalidade e tendência à ação. Discute também as dimensões biológicas e socioculturais destes processos e seu papel na vida quotidiana e na construção da identidade humana.
5. Objec@vos
Caracterizar
a
mente
como
um
conjunto
integrado
de
processos
cogni@vos,
emocionais
e
cona@vos.
Explicar
o
carácter
específico
dos
processos
cogni@vos
Explicar
o
carácter
específico
dos
processos
emocionais
Explicar
o
carácter
específico
dos
processos
cona@vos
Iden@ficar
dimensões
biológicas
e
sociais
nestes
processos
Analisar
o
papel
destes
processos
na
vida
quo@diana
Analisar
a
mente
como
um
sistema
de
construção
do
mundo
Analisar
a
iden@dade
como
factor
dis@n@vo
entre
os
seres
humanos
6. Conteúdos
Cognição,
emoção
e
conação:
o
saber,
o
sen9r,
o
fazer
Percepção,
memória
e
Aprendizagem
Emoção,
afecto
e
sen9mento;
Marcador
somá9co
Intencionalidade
e
tendência:
esforço
de
realização
Natureza
biológica
e
sociocultural
da
mente:
necessidade
e
desejo
Conhecer
o
mundo;
Relacionar-‐se
com
o
mundo;
Agir
sobre
o
mundo
Pensamento
e
Acção
–
Auto-‐organização
e
imaginação
Unidade
e
diversidade
dos
seres
humanos
Inscrição
mental
das
histórias
de
vida:
Iden9dade
6
7. Um
psicólogo
mostra
a
uma
criança
de
5
anos
uma
caixa
de
bolachas
e
pergunta-‐lhe
o
que
pensa
ela
ali
encontrar.
A
resposta
espontânea
da
criança
é
“bolachas”.
Depois,
a
criança
olha
para
dentro
da
caixa,
e
vê
que
estão
lá
lápis
e
não
bolachas.
O
experimentador
pergunta,
então,
à
criança:
“O
que
é
que
outro
menino
vai
pensar
que
está
dentro
da
caixa,
se
não
olhar
lá
para
dentro?”
A
criança,
diver9da
com
esta
pergunta,
responde:
“bolachas”.
AS
FALSAS
CRENÇAS
8. O
psicólogo
u9liza
depois
o
mesmo
procedimento
com
uma
criança
de
3
anos.
A
resposta
à
primeira
pergunta
é,
obviamente,
“bolachas”.
Mas
a
resposta
à
segunda
é
mais
inesperada:
“lápis”.
Mas
o
mais
surpreendente
é
que
a
criança
de
3
anos
defende
que
também
ela
pensava
desde
o
início
que
a
caixa
con9nha
lápis.
AS
FALSAS
CRENÇAS
9. AS
FALSAS
CRENÇAS
Consoante
• O
grau
de
informação
que
temos
sobre
cada
assunto
• O
nível
de
competências
• A
experiência
de
vida,
etc.
Assim,
• Todos
nós
reagimos
a
certas
situações
como
as
crianças
de
5
anos.
• Todos
nós
reagimos
a
outras
situações
como
as
crianças
de
3
anos.
Tentar
compreender
como
funciona
a
nossa
mente
pode
também
levar-‐nos
a
comportamentos
idên9cos
aos
das
crianças
de
5
anos
ou
aos
das
crianças
3
anos.
A
questão
para
elas
dizia
respeito
à
u9lidade
e
ao
conteúdo
(associados
uma
ao
outro).
A
questão
para
nós
diz
respeito
ao
conteúdo
e
funcionamento
da
mente
(associados
um
ao
outro)
10. Compreender
as
Capacidades
Mentais
do
Ser
Humano
A
MENTE
Cognição
Emoção
Conação
Saber
Sen@r
Agir
Percepção,
Emoção,
Afecto,
Intencionalidade,
Memória,
Sen@mento
Tendência,
Esforço
Aprendizagem
12. Modelo:
intermediário
entre
os
fenómenos
Ciências
Cogni9vas
estudados
pela
ciência
(a
realidade)
e
a
interpretação
que
lhes
é
dada
(teoria).
As
ciências
da
cognição
–
ou
ciências
cogni9vas
–
surgiram
há
cerca
de
50
anos.
• Inicialmente,
na
Psicologia,
os
modelos
foram
construídos
sobre
a
analogia
com
programas
informá9cos
• As
neurociências
assumiram
entretanto
o
papel
de
ciência
piloto,
suscitando
novos
modelos
centrados:
• Nas
redes
• Na
auto-‐organização
• Actualmente,
as
ciências
da
cognição
abrangem
numerosos
campos
de
inves9gação
e
campos
de
análise.
• As
ciências
cogni9vas
estão
in9mamente
ligadas
ao
desenvolvimento
da
Psicologia
Auto-‐Organização:
processo
pelo
qual
um
organismo
se
transforma
progressivamente
devido
a
causas
ou
mecanismos
que
lhe
são
próprios.
Sinónimo
de
AUTOPOIESE.
14. Há
autores
que
incluem
o
estudo
da
percepção
num
capítulo
sobre
“Reconhecimento
de
Objectos”
(Eysenck,
2006,
por
exemplo)
Porque
será?
Psicologia,
2011
14
15. Observe
a
fotografia.
• Do
ponto
de
vista
da
imagem
(duas
• Do
ponto
de
vista
da
realidade
dimensões),
a
ilusão
de
a
ver
a
três
representada,
a
percepção
é
determinada
dimensões
tem
origem
nos
dados
pelos
dados
descendentes.
descendentes.
• Os
dados
ascendentes
corrigiriam
a
Uma
imagem
pode
ser
percepcionada
ilusão,
mantendo
a
informação
de
que
a
• Como
imagem
e
imagem
só
tem
duas
dimensões.
• Como
representação
de
algo
A
representação
é
mais
determinante
na
percepção.
Psicologia,
2011
15
16. Observe
a
fotografia.
Uma
ilusão
é
uma
percepção
errada
ou
• Na
fotografia,
no
entanto,
todos
os
livros
distorcida.
estão
à
mesma
distância
do
observador
• Os
livros
que
vemos
mais
pequenos
na
(duas
dimensões).
parte
superior
da
fotografia:
• Com
base
na
experiência
anterior,
com
• Poderiam
ser
livros
em
miniatura
objectos
mais
pequenos
e
distantes
de
• Ou
poderiam
estar
mais
afastados.
nós,
atribuímos
indícios
ilusórios
de
profundidade
à
representação
fotográfica
bidimensional.
Psicologia,
2011
16
17. A
maior
parte
das
percepções
envolve
um
inter-‐
relacionamento
complexo
entre
factores
ascendentes
e
factores
descendentes.
A
maior
parte
das
pessoas
lê
“ The
cat”
na
• A
percepção
da
“letra”
do
meio
é
imagem
(McClelland
e
Rumelhart,
1981).
determinada
aparentemente
pela
proximidade
das
letras
vizinhas
Mas,
em
bom
rigor,
nela
não
existe
nem
a
(ascendente),
e
letra
H
nem
a
letra
A.
Em
todo
o
caso,
• Por
aquilo
que
conhecemos
das
palavras
seria
forçoso
que
fossem
diferentes
e
não
em
inglês
(processamento
conceptual,
são.
descendente)
Psicologia,
2011
17
18. Consciência
e
Percepção.
A
consciência
a
que
se
referem
os
Se
é
verdade
que
acrescentamos
estudos
experimentais
é
a
consciência
significados
e
interpretações
aos
verbal.
dados
dos
sen@dos,
será
que
esses
Questão
Cienpfica:
acrescentos
resultam
de
uma
Os
significados
e
interpretações
são
deliberação
consciente?
aplicados
automa9camente
aos
dados
dos
sen9dos?
ou
implicam
que
tenhamos
consciência
verbal
deles?
(a
consciência
verbal
é
parte
necessária
da
percepção?)
Psicologia,
2011
18
19. Problema:
A
Ilusão
Cor-‐Distância
È
sabido
nas
artes
visuais
que
as
cores
quentes
dão
a
impressão
de
que
se
movem
em
direcção
ao
observador,
ao
passo
que
as
cores
frias
parecem
afastar-‐se
do
observador.
Enunciado
do
problema:
Porque
é
que
as
cores
quentes
parecem
aproximar-‐
se
e
as
cores
frias
parecem
distanciar-‐se?
Consciência
e
Percepção.
Psicologia,
2011
19
20.
21. Problemas
da
Percepção
O
que
é
que
está
implicado
no
facto
de
vermos,
por
ex.,
uma
maçã?
• Num
primeiro
nível,
o
problema
O
ponto
fundamental
não
é,
todavia,
seria
o
de
sabermos
como
é
que
saber
por
que
é
que
vemos
um
9po
captamos
o
significado
percep@vo
da
par9cular
de
objecto,
mas
es@mulação
visual:
interpretá-‐lo
Saber
porque
é
que
vemos
um
objecto,
como:
seja
ele
qual
for.
Fruto
comespvel
Amadurece
nas
árvores
Faz
bem
à
saúde
Foi
a
causa
da
expulsão
do
paraíso,
etc.
Psicologia,
2011
21
22. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Primeira
hipótese
Uma
hipótese
muito
simples
seria
a
de
que
guardamos
na
memória
uma
espécie
de
lista
de
itens
para
cada
um
dos
objectos
que
somos
capazes
de
reconhecer.
• O
objecto
tem
quatro
patas
• Tem
orelhas
grandes
• Etc.
Psicologia,
2011
22
23. A
forma
não
é
Problemas
da
Percepção
a
soma
das
suas
partes
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Primeira
hipótese
A
enorme
variabilidade
de
esemulos
levanta
problemas
na
aceitação
desta
hipótese.
Mas
outros
fenómenos,
como
a
equivalência
de
forma,
contrariam
claramente
essa
primeira
hipótese
formulada
nos
primeiros
tempos
da
Psicologia
empirista.
Equivalência
de
forma:
as
formas
percepcionadas
permanecem
as
mesmas,
independentemente
das
partes
que
a
compõem
Psicologia,
2011
23
24. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Perspec9va
do
Processamento
da
A
aparente
eficácia
da
metáfora
dos
Informação
computadores,
aplicada
ao
estudo
do
processamento
da
informação
resulta
A
concepção
da
mente
como
um
sobretudo:
computador
é
uma
metáfora
cienefica
• Do
facto
de
essa
metáfora
tanto
servir
dominante
no
nosso
tempo.
para
descrever
o
funcionamento
da
mente,
como
para
aperfeiçoar
o
sistema
de
Subs@tuiu
metáforas
de
gerações
processamento
de
computadores.
anteriores
como:
•
A
das
estátuas
hidráulicas
de
Descartes
para
descrever
modelos
da
A
metáfora
Processamento
da
acção
animal
Informação
revelou-‐se
fundamental
• A
do
sistema
nervoso
como
quadro
para
a
Psicologia,
na
medida
em
que
a
de
distribuição
de
uma
central
levou
a
tentar
explicar
a
transformação
telefónica,
etc.
de
uns
símbolos
noutros
símbolos
Psicologia,
2011
24
25. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Perspec9va
do
Processamento
da
Na
aplicação
ao
estudo
dos
processos
Informação
cogni9vos
humanos,
os
diagramas
pretendem
fazer
o
gráfico
do
fluxo
de
As
tenta@vas
de
compreensão
das
informação,
tal
como
ela
é
processada
pela
operações
mentais,
como
a
de
mente
humana
(o
modelo
do
computador
reconhecer
uma
forma,
recordar
um
raramente
serve
para
esse
efeito).
nome,
etc.,
são
muitas
vezes
expressas
em
termos
de
fluxogramas.
No
mundo
dos
computadores,
esses
fluxogramas
mostram
as
operações
de
um
programa
de
computador.
Psicologia,
2010
25
26. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Perspec9va
do
Processamento
da
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Informação
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Os
Elementos
da
Forma
VVVVVVVVVVVVVVVOVVVVVV
Os
traços
visuais
primi@vos
podem
ser
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
percebidos
de
modo
imediato
e
sem
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
esforço:
saltam
à
vista.
A
quan@dade
de
letras
V
que
Procura
visual
a
par9r
de
acompanham
a
letra
O
tem
traços
primi9vos
muito
pouca
influência
no
Quando
o
exemplar
é
a
letra
O
tempo
de
procura
visual.
entre
letras
V,
os
sujeitos
encontram-‐na
rapidamente.
Psicologia,
2011
26
27. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Perspec9va
do
Processamento
da
Informação
–
Segregação
Percep9va
Segregação
Visual
1.
O
ouvinte
analisa
o
padrão
sonoro
e
Também
se
chama
Análise
Percep6va,
por
agrupa
uns
sons
com
os
outros:
desempenhar
a
mesma
função
que
a
O
estudante
disse
o
professor
é
análise
grama@cal
desempenha
no
parvo.
discurso
2.
A
análise
con@nua,
agrupando
as
Quando
ouvimos
alguém
falar,
palavras
em
sons
maiores:
as
frases:
o
que
nos
chega
aos
ouvidos
O
estudante,
disse
o
professor,
é
pode
ser
do
seguinte
teor:
parvo.
Ou:
Oestudantedisseoprofessoréparvo
O
estudante
disse:
o
professor
é
parvo.
Psicologia,
2011
27
28. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Perspec9va
do
Processamento
da
Quando
não
compreendemos
uma
língua,
Informação
–
Segregação
Percep9va
não
conseguimos
fazer
uma
correcta
análise
percep@va.
Parece-‐nos
que
tudo
é
dito
Segregação
Visual
muito
depressa,
sem
pausas.
Também
se
chama
Análise
Percep6va,
por
desempenhar
a
mesma
função
que
a
Antes
de
fazer,
pelo
menos
uma
análise
análise
grama@cal
desempenha
no
básica,
o
ouvinte
não
pode
esperar
obter
discurso
uma
compreensão
daquilo
que
ouviu.
O
que
se
passa
com
as
palavras
na
fala,
verifica-‐se
também
com
os
objectos
do
mundo
visual.
A
segregação
percep9va
é
o
primeiro
passo
para
a
organização
do
mundo
percep@vo
Psicologia,
2011
28
29. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
Perspec9va
do
Processamento
da
Informação
–
Segregação
Percep9va
Segregação
da
Figura
e
do
Fundo
A
discriminação
Figura-‐Fundo
resulta
de
um
contributo
do
sujeito;
não
é
uma
propriedade
do
próprio
espmulo
As
figuras
reversíveis
mostram
bem
como
o
espmulo
é
neutro
rela@vamente
à
análise.
Psicologia,
2011
29
30. Problemas
da
Percepção
O
que
é
aquilo?
–
Percepção
da
Forma
A
Perspec9va
do
Processamento
da
Informação
–
Organização
Percep9va
B
Agrupamento
Percep9vo
O
agrupamento
de
partes
de
uma
figura
Fig.
1
Fig.
2
resultam
de
factores
como:
Agrupamento
por
As
linhas
em
A
e
em
B
proximidade:
vemos
a
são
cópias
umas
das
• Proximidade
(fig.
1)
quatro
linhas
como
dois
outras.
No
entanto,
em
• Semelhança
pares
B,
o
seu
cruzamento
é
percepcionado
de
• Orientação
e
Forma
forma
muito
diferente:
• Bom
prolongamento
(fig.
2)
Bom
Prolongamento.
Psicologia,
2011
30
31.
32. Onde Está o Objecto? – Percepção da Profundidade
A questão é simples:
Se a imagem que se forma na B
retina só tem duas dimensões,
como é que o nosso mundo Interposição
A
perceptivo contém três?
1. Disparidade binocular
2. Indícios monoculares de
profundidade (interposição)
3. Perspectiva linear e de T. Relativo Olho esquerdo Olho direito
tamanho relativo
4. Luz e sombra A BB AA B
A
Luz e Disparidade Binocular
Sombra
Psicologia, 2011 32
33. O Que está aquilo a fazer? – Percepção do Movimento
Uma coisa é ver um cão
corpulento e pouco amistoso.
Outra coisa é vê-lo a
arreganhar os dentes e a
precipitar-se na nossa
direcção.
1. Movimento Retiniano
As células detectores de
movimento no córtex visual
parecem reagir ao movimento da
imagem na retina.
Psicologia, 2011 33
34. O que está aquilo a fazer? – Percepção do Movimento
2. Movimento Aparente
Suponhamos que acendemos uma O movimento
lâmpada num ponto do campo retiniano não
visual. explica tudo
(explica mesmo
A seguir apagamo-la, e depois de muito pouco)
um intervalo de tempo entre 30 a
200 ms, acendemos uma outra Ao resultado da experiência,
lâmpada num sítio diferente. chama-se Movimento Aparente.
Este fenómeno apoia o facto de
Vê-se a luz passar de um ponto
nos apercebermos do movimento,
para outro, apesar de não haver mesmo quando não se verifica
estimulação retiniana de movimento da imagem na retina.
movimento.
Psicologia, 2011 34
35. O que está aquilo a fazer? – Percepção do Movimento
Movimento
3. Movimentos Oculares objectivo Mundo objectivo
B A imóvel
A
Os nossos olhos estão em
contínuo movimento.
O movimento dos nossos olhos
cria uma série contínua de Olho
Moviment
mudanças na imagem retiniana. imóvel
o Ocular
a b a b
Sendo assim, Deslocação Deslocação
Como é que conseguimos ver o retiniana retiniana
mundo imóvel?
Fig. 1 Fig.
2
Psicologia, 2010 35
36. O que está aquilo a fazer? – Percepção do Movimento
Movimento
3. Movimentos Oculares objectivo Mundo objectivo
B A imóvel
A
Como é que conseguimos ver o
mundo imóvel?
1ª Hipótese:
A percepção do movimento
Olho
depende das posições relativas dos imóvel
Moviment
o Ocular
objectos da nossa visão:
Quando, ao olhar para uma mesa, a b a b
movemos os olhos, a imagem Deslocação
retiniana
Deslocação
retiniana
retiniana da mesa desloca-se, mas
o mesmo acontece com os objectos Fig. 1 Fig.
que vemos em cima dela, ao lado 2
dela, etc.: a percepção do
movimento é anulada.
Psicologia, 2011 36
37. O que está aquilo a fazer? – Percepção do Movimento
Movimento
3. Movimentos Oculares objectivo Mundo objectivo
B A imóvel
A
Como é que conseguimos ver o
mundo imóvel?
2ª Hipótese:
O Sistema nervoso compensa
Olho
efectivamente as deslocações na imóvel
Moviment
o Ocular
retina produzidas pelos
movimentos oculares: a b a b
Quando o cérebro dá sinais aos Deslocação
retiniana
Deslocação
retiniana
músculos oculares para se
movimentarem, calcula o desvio Fig. 1 Fig.
retiniano que esse movimento vai 2
produzir, neutralizando a seguir
esse valor.
Psicologia, 2010 37
38. O que está aquilo a fazer? – Percepção do Movimento
3. Movimentos Oculares
Como é que conseguimos ver o Esta hipótese foi
mundo imóvel? comprovada por corajosos
2ª Hipótese: investigadores:
O Sistema nervoso compensa
efectivamente as deslocações na Injectaram uma
retina produzidas pelos substância paralisante
movimentos oculares: dos músculos oculares
Quando o cérebro dá sinais aos neles próprios.
músculos oculares para se
movimentarem, calcula o desvio Passaram a ver o mundo
retiniano que esse movimento vai aos saltos (enquanto
produzir, neutralizando a seguir durou o efeito da droga).
esse valor.
Psicologia, 2011 38
39. Percepção – Interpretação da Realidade
Constância Perceptiva
Constância do Tamanho
Estimamos perceptivamente o
tamanho das coisas
independentemente da distância a
que se encontre. No entanto, o
mesmo objecto a diferentes
distâncias, forma imagens na retina
de tamanhos diferentes.
Psicologia, 2011 39
40. Percepção – Interpretação da Realidade
Constância Perceptiva
Constância da Forma
Um mesmo objecto forma diferentes
imagens retinianas, em função de
múltiplos factores.
No entanto, percepcionamos os
objectos sempre com a mesma
forma, ainda que o ponto de vista
com que o olhamos altere a forma da
imagem na retina.
Psicologia, 2011 40
41. Percepção – Interpretação da Realidade
Constância Perceptiva
Constância da Cor
Quando conhecemos um objecto pela
cor, mantemos essa cor ao nível da
percepção, mesmo que as condições
de luminosidade alterem as
informações físicas que chegam à
retina.
Psicologia, 2011 41