1) A colheita do café arábica está atrasada na maioria das regiões devido ao clima seco durante a floração e enchimento dos grãos.
2) O potencial da safra de café de 2016 no Sul de Minas está comprometido por irregularidades climáticas que afetaram as floradas.
3) A colheita do café conilon na região de São Gabriel da Palha (ES) está quase encerrada, com quebras de até 40% devido à estiagem.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
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CLIPPING – 22 e 23/07/2015
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CEPEA: clima atrasa colheita de café arábica
Cepea/Esalq USP
23/07/2015
A colheita de café arábica da temporada 2015/16
segue atrasada na maioria das praças
acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário está
atrelado ao clima seco nos momentos das floradas
e de enchimento dos grãos e às chuvas neste mês
em algumas praças.
As floradas desuniformes no ano passado resultaram em grãos com diferentes níveis de maturação,
o que levou parte dos produtores a aguardar um melhor desenvolvimento do café para iniciar a
colheita.
Até o momento, os percentuais colhidos variam muito entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.
Mas, no geral, as atividades estão atrasadas em relação ao mesmo período do ano passado. Para os
próximos dias, previsões da Climatempo indicam tempo firme, o que deve favorecer o andamento da
colheita. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
Potencial produtivo da safra de café em 2016 está comprometido no Sul de Minas
Notícias Agrícolas
23/07/2015
Aleksander Horta / Nandra Bites
As irregularidades climáticas desde o início deste ano afetaram as
condições de floradas nos cafezais do Sul de Minas e, a safra de
café em 2016 já tem seu potencial comprometido. O inverno
caracterizado pelo clima frio e seco surpreendeu os cafeicultores da
região. Com um inverno de temperaturas mais altas e chuvas na primeira quinzena de junho,
ocasionou o surgimento de botões florais fora da época esperada.
Segundo Alysson Fagundes, pesquisador da Fundação Procafé, este abotoamento floral ganhou
força devido à chuva na primeira quinzena de junho.
“Isso deu um alerta para a natureza. Quando temos chuva e frio nada acontece, mas quando temos
chuvas com temperaturas elevadas, surge o abotoamento floral. Como nosso inverno continuou
quente, esse abotoamento evoluiu e, como em junho e julho ocorre a grande maioria da colheita de
café, tanto manual como mecanizada, grande parte da primeira florada da safra 2016 será perdida”,
conta o pesquisador.
Diante desse cenário, o potencial de safra para o ano seguinte será afetado. “A safra 2016 já estava
comprometida desde janeiro deste ano com o baixo crescimento vegetativo das lavouras na região. O
correto seria que as lavouras estivessem com 20 internódios, mas estão apenas com 15, resultado da
estiagem do início de 2015”, explica o pesquisador.
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Com isso, a expectativa é que o clima se estabilize, evitando maiores problemas tanto na colheita -
que em meados de setembro deverá ser finalizada, como para a safra 2016. “Infelizmente, não
sabemos o que desejar do clima neste exato momento. Não sei se prefiro chuvas que podem barrar o
surgimento de mais abotoamentos florais, ou se prefiro o clima mais quente e seco, favorecendo a
colheita do café que segue para a finalização”, desabafa Fagundes.
Entretanto, segundo a Fundação Procafé, a perspectiva da safra seguinte é boa. “Não será uma safra
recorde, estamos longe disso, mas será uma safra significativamente agradável se não ocorrer mais
nenhum problema climático”, finaliza o pesquisador.
Colheita do conilon está praticamente encerrada na região de São Gabriel da Palha (ES)
Notícias Agrícolas
23/07/2015
Na região de São Gabriel da Palha (ES), a colheita do café Conillon está praticamente encerrada,
restando cerca de 3%. Infelizmente nessa região, a média de quebra pode atingir 40%, o dobro do
previsto para a safra este ano.
Para Edmilson Calegari, gerente comercial da COOABRIEL, a quebra é devido ao longo período de
estiagem que ocorreu justamente na formação dos grãos, prejudicando grande parte da plantação.
“Alguns cafeicultores relatam uma quebra ainda maior, chegando a 70%.
Ocorreu muito frio também no período da florada do café e isso consequentemente prejudicou a
produção, afetando o café cereja também”, conta.
Diante disso, a quantidade de sacos para produzir a mesma quantidade do café beneficiado
aumentou de 4 para 5. “No final das contas, nossa projeção de quebra que era de 20%, foi para 40%
no estado todo”, revela.
Com isso, a previsão da colheita que era de 10 milhões de sacas de café, caiu para 7 milhões e
segundo o gerente, haverá falta do café Conillon no mercado. “O previsto para a Cooperativa receber
nesta safra, era equivalente a 1,1 milhões de sacas de café, mas vamos receber cerca de 900 mil
sacas”, relata o gerente.
Já os preços, reagiram no mercado. Calegari explica que no ano passado, a saca do café girava em
torno de R$ 230,00. Este ano os preços subiram e estão ao redor dos R$ 290,00 a saca.
Entretanto, a qualidade do grão não será afetada. “Os grãos em termos de qualidade estão como os
do ano passado. Apenas o tamanho é que está menor, mas a qualidade segue da mesma forma”,
afirma o gerente.
“Experiência na Origem” reúne apaixonados por café no Cerrado Mineiro
Federação dos Cafeicultores do Cerrado
23/07/2015
Sônia Lopes
Uma Denominação de Origem, doze pessoas, dois dias, duas
fazendas e uma paixão: o café. Esse era o cenário para o projeto
“Experiência na Origem” que reuniu um super time de apaixonados
por café; baristas, torrefadores e proprietários de cafeterias de 4
regiões do Brasil na Região do Cerrado Mineiro. A ação recebeu
forte apoio do Sebrae, grande apoiador dos projetos da Região.
3. Conselho Nacional do Café – CNC
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A primeira parada foi na Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade que controla, promove e
representa a Denominação de Origem – Região do Cerrado Mineiro. Lá os visitantes conheceram
mais sobre esse trabalho e também ouviram em primeira mão as novidades do III Prêmio Região do
Cerrado Mineiro, visto que, a grande maioria dos participantes já arremataram lotes das edições
anteriores. Os participantes do projeto também conheceram o Concurso de Qualidade dos Cafés Fair
Trade – Appcer (Associação dos pequenos produtores do Cerrado) que está em sua primeira edição.
Em seguida foi a vez de conhecer a Fazenda Campeã da categoria Cereja Descascado do II Prêmio
Região do Cerrado Mineiro (2014), a Fazenda Santa Lúcia, do Grupo AC Café, que fica no município
de Perdizes. O time de qualidade da Fazenda, liderada pelo agrônomo Carlos Piccin foi quem
recebeu os participantes da “Experiência na Origem” e apresentou em detalhes toda a rotina da
colheita. A fazenda utiliza uma moderna máquina colhedeira, que foi adaptada das oliveiras e
parreiras, que chamou bastante atenção pela eficiência na colheita e preservação da planta. Os
processos de separação do café, que influenciam diretamente na qualidade da bebida, também
despertaram a atenção dos participantes. No encerramento um cupping (prova de café) com os
primeiros sabores da nova safra deixou os apaixonados por café verdadeiramente encantados pela
diversidade de nuances e características que encontram. Andreza Mazarão, Agente Comercial e
Marketing do Grupo AC, explicou que essa foi a primeira vez que apresentaram os café da nova safra
e que a Fazenda estava muito feliz em ter sido um grupo tão altamente qualificado que provou em
primeira mão.
A agente comercial aprova a iniciativa do projeto. “A iniciativa é de grande valia para o mercado de
cafés especiais brasileiros, principalmente da Região do Cerrado Mineiro, pois nos ajuda a divulgar a
qualidade de nossa Região. A aproximação de toda a cadeia do café é essencial para que o
segmento se fortaleça e prospere. Para nós é muito importante que cada vez mais as torrefações
brasileiras entendam todo o trabalho por trás de uma saca de café, para poderem valorizar e educar
seus consumidores. Quando um consumidor entende e passa a apreciar um certo produto, ideia ou
conceito, ele se torna o elo mais forte da cadeia”- explicou Andreza Mazarão.
No dia seguinte a visita foi em outra campeã, a Fazenda Dona Nenem, primeira colocada na
Categoria Natural, também do II Prêmio Região do Cerrado Mineiro, de propriedade de Eduardo
Pinheiro Campos, no município de Presidente Olegário. Eduardo e sua família receberam os
visitantes e o produtor contou a história centenária de sua família no café e sua grande paixão pela
cultura. Uma gestão profissional, com processos de qualidade extremamente eficientes e controlados
de perto por profissionais experientes é que garantem a excelência na qualidade e a quebra de
antigos paradigmas, como por exemplo, os que afirmavam que qualidade e produtividade não
poderiam ser encontrados nos mesmos talhões. No cupping um mesmo café foi servido em três
processos: cereja descascado, desmucilado e fully washed. Neste exercício os visitantes perceberam
como é o trabalho de prova prévia do talhão, que é feita pelo Q-Grader, Renato Souza, que decide
através das características sensoriais da bebida, apresentada na xícara, qual será o processo de pós-
colheita aplicado em cada talhão da lavoura.
Eduardo Pinheiro Campos se mostrou orgulhoso e bastante emocionado com o encontro em sua
fazenda e salientou a importância da parceira. “São vocês que divulgam os nossos cafés, sem vocês
baristas e torrefadores nossos cafés iram apenas para o exterior. Vocês são os precursores desse
movimento no Brasil e são quem dá a fama aos nossos cafés. Muito obrigada pela visita, ela muito
nos orgulha” – disse emocionado.
Para o Sebrae o projeto ‘Experiência na Origem’ vem ao encontro de nossas estratégias de
Promoção das Regiões Produtoras. Ao aproximar compradores, torrefadores e baristas – importantes
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influenciadores de consumo - junto aos produtores, conseguimos criar uma importante conexão que
permitirá o alcance a públicos e mercados diferenciados, ativando de forma plena a estratégia da
Região do Cerrado Mineiro” – afirmou Marcos Alves, Analista do Sebrae na Região do Cerrado
Mineiro.
Um dos participantes da “Experiência na Origem”, Rodrigo Menezes, do Ateliê do Grão em Goiânia –
GO demostrou sua alegria com o projeto. “Para nós foi uma experiência engrandecedora! Nosso
aprendizado nesses dois dias foi inestimável. Aprendemos muito com os maiores especialistas do
Brasil, e agora vamos buscar aplicar esse conhecimento na xícara que chega aos nossos clientes. E
o melhor foram as pessoas bacanas que conhecemos nessa trip. Isso realmente não tem preço!”
afirmou.
Geórgia Franco de Souza, do Lucca Cafés Especiais, em Curitiba – PR classificou a experiência
como inesquecível. “Pudemos perceber o quanto as pessoas se dão naquilo que fazem, depois de
ver tudo isso de perto o brilho e a emoção que vem de dentro estará sempre nos olhos e será fácil
transmitir isso aos nossos clientes.” – afirmou emocionada.
Para o Superintende da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, o propósito foi
cumprido. “Nosso intuito foi proporcionar uma experiência aos nossos parceiros para que eles
consigam levar aos seus consumidores um pouco da origem cerrado mineiro e a paixão que temos
em produzir café” – finalizou Tarabal.
Ao final os participantes conheceram a Cafeteria Dulcerrado – Cafés Especiais do Produtor –
iniciativa da Expocaccer e ficaram bastante impressionados com a estrutura.
Café: concurso estadual paulista abre inscrições até 5 de outubro
Agência Estado
23/07/2015
O 14º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo - Prêmio Aldir Alves Teixeira - está
com inscrições abertas. Os lotes que disputarão o certame, nas categorias Café Natural, Café
Descascado ou Despolpado e Microlote, devem ser selecionados em torneios regionais realizados
por cooperativas, associações e sindicatos rurais. São essas organizações que devem inscrever seus
melhores lotes até 5 de outubro.
O calendário elaborado pela comissão organizadora prevê para os dias 27 e 28 de outubro a reunião
do júri que selecionará, em provas cegas (sem identificação de origem), os 10 melhores lotes. A
divulgação destes finalistas será feita no dia 29 de outubro. Do dia 30 de outubro a 6 de novembro,
ocorrerá o leilão desses cafés que poderão ser adquiridos, com lances via internet, por torrefações,
cafeterias e exportadores.
A premiação dos produtores campeões do concurso e das empresas campeãs do leilão - que são as
que mais se destacaram pelos lances feitos - será realizada no dia 20 de novembro. Finalizando a
programação, está marcado para 17 de dezembro o lançamento da 13ª Edição Especial dos
Melhores Cafés de São Paulo, integrada pelas marcas produzidas com os cafés comprados no leilão,
e que poderão ser adquiridos pelos consumidores em supermercados, lojas gourmets, cafeterias e
via e-commerce das empresas participantes.
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Certificação de produtos pelo IMA abre mercados para os produtores de Minas
Jornal do Brasil
23/07/2015
Em meio a um mercado cada vez mais competitivo, os produtores rurais têm de manter a qualidade e
segurança dos alimentos para atender às exigências do consumidor final. Nesse contexto, a
certificação de origem e qualidade dos produtos constitui uma importante ferramenta e um diferencial
para os agricultores.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) se destaca no mercado brasileiro e internacional com
programas de certificação de café, queijo, cachaça e produtos orgânicos. A certificação de produtos
agropecuários em Minas está prevista no art. 26 do Decreto Estadual nº 45.800 de 2011.
Café – No caso do café, o programa Certifica Minas Café (CMC), realizado juntamente com a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), já certificou 1.460 propriedades
rurais até o momento. Para obter essa certificação, os produtores têm de cumprir 80% de um total de
150 itens, entre os quais estão a responsabilidade social, ambiental e boas práticas de produção do
grão.
Anualmente, os profissionais do Instituto visitam as propriedades e realizam auditorias no intuito de
verificar se há conformidade ou não entre o modelo de produção do agricultor e o protocolo CMC.
Em maio deste ano a Associação 4C – entidade internacional que reúne setores importantes da
comunidade mundial de café - e o CMC anunciaram um Acordo de Benchmarking (Equivalência), que
resultou da comparação técnica de seus padrões.
Com isso, os produtores que possuem o CMC poderão obter uma Licença 4C e vender Café 4C sem
a necessidade de uma auditoria de verificação específica para o Padrão 4C.
“Esta cooperação técnica dará maior visibilidade ao Certifica Minas Café e propiciará melhores
negócios para os produtores, com a possibilidade de vendas para o mercado internacional”,
argumenta Míriam de Souza Pinto, da Gerência de Certificação (GEC) do IMA.
Cachaça – O IMA é o maior certificador de cachaça do Brasil. Ao todo são mais de 130 alambiques,
totalizando 231 marcas certificadas pelo Instituto no estado. A certificação, focada nos quesitos
sociais e ambientais e boas práticas de fabricação, atende às normas do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) e tem como escopo as exigências do Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) – portaria 276/2009 - , que trata do
Regulamento de Auditoria de Conformidade.
Os produtores têm de cumprir 100% dos itens estabelecidos nas normas. As cachaças com
certificação ganham destaque nas gôndolas dos supermercados. É o caso da Vale Verde, que é líder
nacional no segmento, além da Salinas, que possui maior volume produzido e a Havana, que possui
certificação em sistema orgânico.
Queijo – Em relação ao queijo são 245 agricultores cadastrados no IMA como produtores de Queijo
Minas Artesanal (QMA) produzido em sete microrregiões, representadas pelo Serro, Canastra,
Campo das Vertentes, Triângulo Mineiro, Cerrado, Araxá e Serra do Salitre.
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“Eles têm aptidão para a produção desse queijo, cujo valor agregado é forte. O produto está presente
nas receitas de restaurantes de luxo no Brasil”, ressalta Patrícia Alves Ferreira, da GEC.
O cadastramento do queijo realizado pela GEC recebe suporte do laboratório do IMA na Ceasa, em
Contagem, onde é feita a análise, o que é importante para o consumidor em termos de segurança
alimentar.
Para incentivar a qualidade dos queijos e valorizar o trabalho dos produtores, o Instituto cobra cursos
de capacitação e faz reconhecimento das microrregiões através de portarias específicas.
Orgânicos – No caso dos orgânicos, são 12 produtores certificados pelo IMA, cuja maioria pertence
ao grupo de agricultura familiar. Eles são responsáveis por mais de 100 produtos, como frutas,
hortaliças, café e grãos, de acordo com Lucas Silva Ferreira Guimarães, também da Gerência de
Certificação.
Café: bactéria faz causador da broca resistir à cafeína, aponta pesquisa
Revista Globo Rural
22/07/2015
Raphael Salomão
Cientistas dos Estados Unidos anunciaram terem
descoberto o motivo do causador da broca do café (foto:
CCCMG) ser resistente e atacar o grão de forma tão
agressiva. A chave seria uma bactéria presente no
intestino do besouro, considerado a praga mais danosa
para a cafeicultura, podendo causar até 80% de perdas de
produtividade nas lavouras.
Para confirmar a hipótese, os pesquisadores selecionaram
insetos que atacam cafezais em pelo menos sete regiões
produtoras: Quênia, Indonésia, Índia, Porto Rico, Havaí, Guatemala e México. E se utilizaram de
colônias de pelo menos quatro espécies de besouros, onde encontraram pelo menos 14 espécies de
bactérias.
De acordo com os estudiosos, a bactéria presente no Hypothenemus hampei, nome científico da
praga, anula os efeitos nocivos que a cafeína tem sobre os insetos de um modo geral e permite que o
besouro complete seu ciclo de vida sobre grãos de café verde. Os cientistas descobriram que as
bactérias não apenas eram resistentes à cafeína como se utilizavam do grão como fonte de carbono
e nitrogênio.
O trabalho foi publicado pelo Nature Comunications. Menciona que a broca do café é considerada
endêmica na África e que chegou à Indonésia em 1908 e ao Brasil em 1913. “As perdas anuais no
Brasil são estimadas entre US$ 185 e US$ 315 milhões”, dizem os responsáveis pelo estudo.
“As consequências socioeconômicas devastadoras têm estimulado uma ampla pesquisa sobre os
possíveis métodos de gestão de pragas; no entanto, informações detalhadas sobre alguns aspectos
básicos da biologia do inseto, como o metabolismo, são escassas”, afirmam.