1. Conselho Nacional do Café – CNC
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Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 18/08/2014
Acesse: www.cncafe.com.br
Definidos profissionais que formarão júri nacional do Cup of Excellence
P1 / Ascom BSCA
18/08/2014
Paulo A. C. Kawasaki
A Associação Brasileira de Cafés
Especiais (BSCA) e a Alliance for Coffee
Excellence (ACE) selecionaram 24
profissionais de prova e degustação que
comporão o júri nacional dos
concursos Cup of Excellence Early
Harvest e Natural Late Harvest do Brasil,
que são organizados por ambas em
parceria com a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil).
Os profissionais selecionados pela
organização dos eventos são: Georgia
Franco de Souza (Lucca), Carolina
Franco de Souza (Lucca), Christian Sarrasini Pontes (SMC), Francisco Lentini Neto (Minasul),
Douglas Cal Martins (Cafebras), Elias Batista Generoso (3 Irmãos), Calixto Jorge Pelicari
(Carmocoffees), Wellington Carlos Pereira (Cocarive), João Clovis Pereira Junior (PCS exportadora),
Gilmar Reis Cabral (Coopasv), Joaquim Inacio Sertorio Neto (freelancer), Warley Carlos de Oliveira
(Capal), Roberto Luiz Gregatti (Phoenix Comercio Café - Lambari), Thiago Lima Miguel (Stockler),
Luiz Antonio da Paixão Neto (Matas de Minas Specialty Coffees), Evandro Vilas Boas de Carvalho
(Agro Fonte Alta), Deyvid Oliveira Leandro (Expocaccer), Everton Tales da Silva (Café Três
Corações), Ricardo Aloise Junior (Senar-MG), Adriano Reis da Silva (O' Coffee), Paulo Cesar
Junqueira Silva Junior (Carmocoffees), Hugo Silva Ferreira (Cocarive), Mateus Freitas Kako (Casa
Nobre) e Vinicius Silva Santos (Minasul).
A partir de agora, com base na disponibilidade desses profissionais, a organização do evento fará a
distribuição em dois grupos, com o primeiro sendo responsável pela análise das amostras de cereja
descascado e despolpado do Cup of Excellence - Early Harvest 2014, que corresponde à 100ª edição
do concurso no mundo, e o segundo se responsabilizando pela avaliação dos cafés naturais (colhidos
e secos com casca) do Cup of Excellence - Natural Late Harvest 2014.
A BSCA parabeniza os profissionais selecionados e deseja um excelente trabalho na busca pelos
melhores cafés especiais brasileiros da safra 2014.
Cocatrel vê queda de 40% na safra de café em 2014 e danos em 2015
Thomson Reuters
18/08/2014
Caroline Stauffer
Reuters - A cooperativa de cafeicultores Cocatrel, em Minas Gerais, espera que
seus cooperados colham 900 mil sacas de café em 2014, uma queda de 40 por
cento ante o volume de 1,5 milhão de sacas de 2013, devido à seca, disseram
representantes da instituição.
A pior seca já registrada no Sul de Minas também reduziu o potencial produtivo
da safra 2015 entre 15 e 20 por cento, na comparação com 2013. E a safra
poderia ter queda semelhante à deste ano, de 40 por cento, se as condições
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climáticas não forem ideais, disse o gerente da Cocatrel Roberto Felicori, na sede da cooperativa, à
Reuters.
A cooperativa, que recebe o café de cerca de 5 mil produtores do Estado, o maior produtor brasileiro
de café, avalia que 90 por cento da colheita da safra de 2014 já foi realizada.
Cerca de 40 por cento dos cafezais dos cooperados da Cocatrel estão condições "ruins" e poderiam
ser podados, disse Felicori, adiando a produção do próximo ano.
Algumas regiões produtoras de café no Brasil sofreram menos com a seca, mas o Conselho Nacional
do Café (CNC) do Brasil já tem alertou que a safra 2015 poderá não ultrapassar 40 milhões de sacas,
que é menor do que a maioria das estimativas para a safra de 2014.
A estimativa da Cocatrel para uma redução de 40 por cento na safra 2014 está em linha com a
previsão desta semana de outra grande cooperativa do Estado, a Minasul.
A Cocatrel não viu florada precoce relatada em algumas regiões de Minas Gerais este mês, mas está
vendo uma ocorrência "generalizada" de ferrugem tardia, acrescentou.
Além da seca, os cafezais sofrem porque produtores que enfrentaram preços baixos no ano passado
não aplicaram fertilizantes ou inseticidas devidamente.
"As defesas das plantas estão muito mais baixas e a absorção de fungicida cai sem chuva", disse o
diretor técnico Jorge Luis Piedade Nogueira.
Café: representantes da Conab visitam UFLA para ajustar estimativa de safra
Ascom UFLA
18/08/2014
Cibele Aguiar
A forte estiagem e as altas temperaturas nos primeiros meses do ano resultaram em prejuízos no
volume do café colhido na safra 2014 e especialistas já alertam para seus efeitos na safra 2015.
Apesar das lavouras se mostrarem bem enfolhadas e carregadas antes da colheita, o que os
cafeicultores estão presenciando, com cerca de 80 a 90% da safra colhida, é o baixo rendimento,
com aumento significativo de frutos com grãos chochos, mal formados, com sintomas de coração
negro e/ou miúdos, sobretudo nas lavouras mais novas.
Este é o cenário da cafeicultura em Minas Gerais, nas principais regiões produtoras, principalmente
no Sul de Minas, responsável por 50% da safra estadual e 25% de todo o café colhido no Brasil. A
quebra na estimativa desta safra deverá ser confirmada pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), que está processando o 3º Levantamento da Safra Nacional de Café para divulgação no
mês de setembro.
No dia 14 de agosto, os técnicos de operação da Conab,
Sérgio de Lima Starling e Terezinha Vilela de Melo
Figueiredo, que compõem a equipe de Levantamento da
Safra de Café em Minas Gerais, visitaram a
Universidade Federal de Lavras (UFLA), para ouvir
especialistas em diferentes áreas do conhecimento
sobre o impacto das condições climáticas adversas
sobre o comportamento da safra atual e futura.
Os técnicos da Conab estavam acompanhados da
jornalista da agência Reuters News, Caroline Stauffer,
que está no Brasil para acompanhar o comportamento
da safra para elaboração de boletins informativos.
3. Conselho Nacional do Café – CNC
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Eles foram recebidos na Agência de Inovação do Café (Inovacafé), com sede na UFLA, onde tiveram
a oportunidade de debater os efeitos da seca sob diferentes perspectivas: rendimento e qualidade
dos grãos, condições gerais das plantas e do solo, ataque de pragas e doenças e mercado.
Participaram da reunião os professores: Rubens José Guimarães (DAG), José Maria de Lima (DCS),
José Donizeti Alves (DBI), Mário Lúcio Vilela Resende (DFP – INCT Café), Luiz Gonzaga de Castro
Junior (DAE) e Rosemary Gualberto Pereira (DCA), além do gerente executivo do Polo de Excelência
do Café, Edinaldo José Abraão e o gerente da Regional Emater-MG de Lavras, Marcos Fabri Júnior.
Para o coordenador da Inovafé, professor Rubens José Guimarães, a UFLA reúne competências em
diferentes áreas do conhecimento, capazes de descrever os cenários que os cafeicultores enfrentam
nesta safra e seus efeitos na safra futura.
Sérgio Starling ressaltou que as informações disponibilizadas pela Universidade contribuem muito
para amparar o trabalho de campo. Ele disse que o apoio da pesquisa, aliado ao levantamento dos
técnicos da Conab, que percorrem as principais regiões produtoras, ajuda a entender melhor o
comportamento da safra. O técnico comentou que embora já exista a sinalização de um possível
comprometimento da produção da safra 2015, esta previsão ainda é prematura.
Para o professor da UFLA José Donizeti Alves, que atua nas áreas de Fisiologia de Plantas sob
Estresse e Fisiologia do Cafeeiro, a quebra na expectativa da safra atual e futura decorre de um
conjunto de fatores, entre eles, o baixo crescimento do sistema radicular, menor crescimento dos
ramos vegetativos, ausência de tratos culturais e alta incidência de pragas e doenças. Ele adianta
que a safra 2015 será certamente menor que a safra 2014 que, em sua avaliação, deverá oscilar
entre 24 e 27 milhões de sacas de café arábica.
Os técnicos da Conab e a jornalista da Reuters também visitaram o Laboratório de Estudos e
Projetos em Manejo Florestal – Lemaf, no Departamento de Ciências Florestais da UFLA (DCF),
responsável por grandes projetos, como o Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais e o
Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar).
Levantamentos de Safra – A Conab realiza quatro levantamentos de campo ao longo do ano safra
(mês de dezembro – período pós-florada; mês de abril – período pré-colheita; mês de agosto –
período plena colheita; e mês de dezembro – período pós-colheita).
A primeira estimativa para a produção da safra cafeeira (espécies arábica e conilon) em 2014
indicava que o País deveria colher entre 46,53 e 50,15 milhões de sacas de 60 quilos de café
beneficiado.
A segunda estimativa indicava uma safra de 44,57 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado,
sendo 32,23 milhões de sacas de arábica e 12,33 milhões de sacas de robusta. A produção de café
na região do Sul de Minas foi reavaliada para 10.873.552 sacas, revertendo a tendência de ligeiro
crescimento projetada à época do primeiro levantamento e sinalizando uma retração de 18,58%
comparada à safra 2013 e de 20,83% em relação ao prognóstico inicial da safra 2014.
Colheita de café que cai no chão chega a 30% no Triângulo Mineiro
Canal Rural – RuralBR
18/08/2014
Jandira Vanin
A colheita do café na região do Cerrado mineiro deve seguir até o fim do mês de setembro. Mas,
além das colheitadeiras, outras máquinas estão nas lavouras, porque um outro trabalho está sendo
necessário nos cafezais de Patrocínio, no Triângulo Mineiro. Os produtores estão fazendo o
recolhimento dos grãos que ficaram no solo durante a colheita.
4. Conselho Nacional do Café – CNC
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Na propriedade de 163 hectares de Osmar Pereira Nunes Júnior, a produtividade este ano vai ficar
em torno de 40 a 45 sacas por hectare. Enquanto o café ainda é colhido nos pés, nos talhões
liberados o trabalho já é outro.
O ideal é que o café que ficou no solo, seja recolhido o quanto antes. Assim, é possível prevenir o
surgimento de pragas, como a broca, que utiliza estes grãos para manter o ciclo de infestação no
cafezal. O café que permanece muito tempo no solo tem maior chance de se tornar um grão preto, ou
ardido. Ele também pode fermentar, ou adquirir coloração e gosto de terra. Além disso, a chuva pode
alterar a qualidade do produto.
A própria recolhedora separa os grãos da sujeira, o que garante maior agilidade para fazer o serviço.
– Essa máquina ajuda muito nesse trabalho, é mais rápido e prático e temos que acelerar para
terminar logo – diz o tratorista José dos Anjos.
O café recolhido é separado ainda na caçamba, depois, vai para o terreiro para secar. Terminada
esta etapa, segue para um equipamento de pré-limpeza, que separa os grãos dos resíduos. Este
processo pode ser repetido para garantir um café ainda mais limpo. Só assim o café que foi recolhido
do solo pode ser beneficiado e vendido em lote separado.
– Se recolhe, em média, 30% de café no chão. Por hectare, são dez a 12 sacas de café. Depois de
todo o recolhimento desse café é que vamos ver se a qualidade dele foi prejudicada – diz o produtor
Osmar.
Tecnologias permitem uso racional da água na cafeicultura
Embrapa Café - Gerência de Transferência de Tecnologia
18/08/2014
Carolina Costa, Flávia Bessa e Lucas Tadeu Ferreira
A água, além de vital para os seres vivos e para o meio ambiente, possui também grande importância
econômica e social. O crescimento populacional e a consequente urbanização e seus reflexos - obras
civis, estradas e indústrias – construídas a partir de materiais como asfalto e concreto, entre outros,
levam à impermeabilização do solo, reduzem a área de captação da água da chuva. Com isso, a
chuva, que infiltraria no solo, seria armazenada e, ao longo do tempo, manteria o nível dos cursos
d’água responsáveis pelo abastecimento das cidades, do campo, das indústrias e usinas
hidrelétricas, não tem sido aproveitada adequadamente. Uma das consequências dessa alteração no
ciclo hidrológico é a -distribuição irregular das chuvas que, no meio agrícola, pode causar déficit
hídrico no solo e comprometer a produção de alimentos.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas - ONU, 70% de toda a água disponível no
mu-ndo é consumida na agricultura, sendo o recurso natural indispensável para a manutenção das
lavouras. Entretanto, no Brasil, a despeito do grande volume de produção de alimentos, a atividade
agrícola faz uso de pouco mais de 10% da área cultivada com irrigação.
Para o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Antônio Guerra, é preciso saber
interpretar esses números com cautela. “Não é correto dizer que 70% da água está sendo consumida
pela agricultura. A irrigação demanda quantidades significativas de água, porém, quase toda ela é
devolvida ao meio ambiente por meio da evaporação da água da superfície e principalmente da
transpiração das plantas”. O Brasil possui grandes quantidades de água concentradas tanto nos rios
quanto em lençóis freáticos. “O País precisa de políticas públicas voltadas à preservação da água
para aumentar a disponibilidade desse recurso para o setor agrícola e manter as vazões dos cursos
d’água ao longo do ano”, completa.
Para o pesquisador da Embrapa Café Anísio José Diniz, o uso excessivo e desordenado da água na
agricultura pode culminar também com impactos nocivos ao meio am--biente. “Para reverter esse
quadro, é preciso que os agricultores recebam a devida orientação quanto à utilização racional da
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água para cada tipo de cultura. No caso específico da cafeicultura, que ocupa em torno de 2,3
milhões hectares, o uso racional da água também se faz imprescindível”.
Em busca de soluções tecnológicas para o uso da água na cafeicultura, instituições integrantes do
Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, desenvolveram pelo menos duas
tecnologias que, além de racionalizar o uso da água, permitem otimizar a produtividade e a qualidade
do produto. Possibilitam, ainda, reduzir custos de produção, contribuindo para o aumento da renda
dos cafeicultores e a manutenção da sustentabilidade da cultura de café no País. Conheça essas
tecnologias:
Estresse hídrico controlado – A tecnologia contribui para a produção de café cereja descascado na
região do Cerrado, onde a distribuição irregular de chuvas impõe a necessidade de irrigação para
viabilizar o cultivo de café. O estresse hídrico controlado, que dispensa investimento inicial,
revolucionou a prática tradicional da irrigação frequente e continuada, garantindo economia de água,
aumento da produtividade (em torno de 15%), mais qualidade e menor custo para o produtor.
A técnica consiste em suspender a irrigação na estação seca do ano durante um período de 72 dias
(sendo o período ideal entre 24 de junho e 4 de setembro) para sincronizar, uniformizar o
desenvolvimento dos botões florais e, consequentemente, dos frutos, o que garante café de melhor
qualidade. Esse processo tecnológico permite a obtenção de 85% a 95% de frutos cerejas no
momento da colheita, maximizando a produção de cafés especiais, de maior valor agregado no
mercado.
Em decorrência dessa uniformização, o número de passadas de colheitadeiras diminui, reduzindo a
operação de máquinas (em torno de 40%). Além disso, a tecnologia garante a redução de grãos mal
formados (em torno de 20%) e dos custos de produção com água e energia (em média de 35%). "Os
cafeeiros submetidos ao estresse controlado não só crescem mais como também se apresentam em
melhores condições para a safra seguinte. É o chamado crescimento compensatório, um estímulo ao
crescimento após o reinício das irrigações", explica Guerra. O manejo adequado das aplicações da
água de irrigação associado ao estresse hídrico controlado representa a melhor opção para evitar
perdas de nutrientes por lixiviação e fornece condições propícias de umidade do solo, para que as
raízes possam respirar adequadamente e atender à demanda hídrica e nutricional da planta.
Sistema para Limpeza de Águas Residuárias – SLAR – O SLAR é uma tecnologia de remoção de
resíduos sólidos para recirculação da água do processamento de café por via úmida, desenvolvido
pelo Consórcio Pesquisa Café (Embrapa Café, Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural –
Incaper e pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig) e está disponível para
os cafeicultores de todos os portes.
No processamento do café, o uso do SLAR permite a redução do consumo de água em até 76%
mediante a reutilização desse recurso natural. Ao término da jornada de processamento, a água
ainda pode ser utilizada na fertiirrigação. Além disso, os resíduos sólidos remanescentes do
processamento podem ser utilizados na produção de compostos orgânicos. Estudos demonstram que
o uso dessa água residuária é benéfico para as plantas de café e, também, para outras culturas, pois
permite reduzir a dosagem necessária de aplicação de fertilizantes não só na lavoura de café como
em outras culturas.
Entenda a tecnologia – O SLAR é constituído por três caixas de decantação/flotação interligadas e
duas peneiras filtros (estáticas). As caixas retêm os resíduos mais densos que a água por decantação
(acumulam-se no fundo do recipiente) e os menos densos por flotação. A água, mais limpa, passa
para a segunda caixa onde o processo é repetido e continuado até a terceira caixa. Durante a fase
final desse processo, a água é direcionada às peneiras onde ocorre a retenção de resíduos
remanescentes com potencial para obstruir o "esguicho" do descascador. Após passar pelas
peneiras, a água é bombeada para uma caixa de água residuária e é reutilizada no descascamento
dos frutos. Em outras palavras, o SLAR remove os resíduos sólidos da água provenientes do
processamento de frutos, viabilizando a reutilização da água e a diminuição do consumo. Ao término
da jornada de processamento, a água será aproveitada para a fertiirrigação ou descartada em
lagoas/valas de infiltração.
6. Conselho Nacional do Café – CNC
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Avanços do Consórcio Pesquisa Café – Em 1997, quando da criação do Consórcio, conforme
dados oficiais do Informe Estatístico do Dcaf/MAPA, a produção de café era de 18,9 milhões de sacas
de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Em 2014, de acordo com a Conab, com praticamente
a mesma área cultivada - 2,3 milhões de hectares - o País deverá produzir 44,5 milhões de sacas, o
que representará incremento de aproximadamente 236% no período de 1997 a 2014, com
produtividade de 23,1 sacas/ha. Grande parte desse avanço ocorreu graças à inovação gerada pela
pesquisa científica cafeeira financiada pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé, entre
outras fontes federais e estaduais.
Para transferir esses conhecimentos aos produtores de café em várias regiões produtoras, a
Embrapa Café, Universidade Federal de Viçosa - UFV, Epamig, Incaper e instituições consorciadas
lançam várias publicações técnicas e percorrem as principais regiões produtoras de café do Brasil
promovendo capacitações e cursos de pós-colheita de café.
Procafé: caracterização da deficiência de fósforo em cafeeiros jovens
Fundação Procafé
18/08/2014
J.B. Matiello, Marcelo Jordão e Iran B. Ferreira, Engenheiros Agrônomos da Fundação Procafé
Na presente nota técnica, objetiva-se relatar e caracterizar problemas em cafeeiros jovens, ligados à
falta de fósforo no sulco/cova de plantio.
A deficiência de fósforo aparece cedo, na fase de formação da lavoura, nos 2 primeiros anos de
campo. Ela pode ser observada em plantas salteadas ou um conjunto de plantas na linha, as quais
apresentam folhas de coloração verde claro a amarelado, e com o ápice da folha necrosado.
Também, ocorrem nas folhas muitas lesões da Cercospora negra. As plantas com problemas tem
menor crescimento e apresentam aspecto de fraqueza ou stress nutricional.
O problema de falta de P tem origem em problemas na distribuição ou mistura irregular do adubo
fosfatado aplicado no sulco/cova de plantio. Aquelas plantas que ficam sem adubo disponível por
falha na adubadeira do sulco, apresentam os sintomas de fraqueza relatados. Situação comum é o
desligamento da adubadeira antes de terminar a linha, ou se prolonga o plantio alem da área do sulco
onde o adubo fosfatado foi distribuído.
Ao examinar o sistema radicular das plantas deficientes, verifica-se que ele se apresenta pouco
desenvolvido, com as raízes primárias sem problemas, porém, com poucas raízes finas.
Na Fazenda Experimental do Convenio Fundação Procafé e a Fundação do Café da Alta Mogiana,
em Franca-SP, foram verificados, agora em maio/14, plantas com 1,5 ano de idade, de cafeeiros
Mundo Novo, mostrando sintomas típicos de deficiência de fósforo, conforme relatados
anteriormente. O plantio desse talhão foi feito depois da abertura de sulco e distribuição do adubo
fosfatado com adubadeira mecanizada e mistura com subsolador.
Para analisar e correlacionar o problema com a carência de P tomou-se amostra de solo, na
profundidade de 0-40 cm, tomada entre plantas, bem no meio de onde foi feito o sulco. Foram
tomadas amostras de duas condições, onde as plantas apresentavam problema e onde tinham seu
desenvolvimento normal. As amostras foram tomadas em 6 locais em cada condição. Elas foram
analisadas quimicamente e foram obtidos os resultados, cujas médias estão colocadas no quadro 1.
7. Conselho Nacional do Café – CNC
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Pode-se verificar, pelo quadro 1, que os níveis de P no solo, junto às plantas com problemas, se
encontram deficientes, enquanto aqueles correspondentes à condição normal das plantas se
apresenta bastante superior, mais de 6 vezes maior.
Pode-se concluir que – a caracterização da deficiência de P em plantas jovens de café,, por falta ou
má distribuição de adubo fosfatado no sulco de plantio, pode ser feita visualmente, pelos sintomas de
amarelecimento e seca do ápice das folhas. Sua comprovação pode ser obtida através de análise de
solo, para quantificar o teor de P presente na área do antigo sulco de plantio.
Estudos acabam com a fama de vilão do cafezinho do dia a dia
Portal D24AM
18/08/2014
Kamilla Vieiralves
Manaus - Quem não gosta de uma boa xícara de café
(foto: Jair Araújo) para espantar o sono de manhã, ou se
deliciar com um café quentinho em um fim de tarde?
Esse costume tão presente na rotina dos brasileiros
pode fazer muito mais pela nossa saúde do que se
imaginava. Além da cafeína, conhecida por ativar o
estado de alerta no cérebro, o café possui mais de mil
outras substâncias que desempenham papéis
importantes no nosso corpo.
Propriedades do café – As substâncias presentes no
café, ainda que pouco conhecidas, têm propriedades que agem diretamente na atividade cerebral. A
nutróloga Bruna Rodrigues conta que essas substâncias têm relação direta com as nossas atividades
do dia a dia. “Ele é rico em polifenóis chamados de ácidos clorogênicos, elementos que, durante a
torra, formam compostos bioativos que exercem papel positivo no controle da depressão. Também é
rico em lactona, cuja ação beneficia a atividade cerebral, propiciando ao cérebro maior capacidade de
atenção, memória e concentração”, explica. O café é, portanto, considerado uma substância
funcional.
Benefícios – Estudos recentes confirmaram a relação da ingestão de três a quatro xícaras de café
por dia com o alívio de sintomas de doenças importantes, como o Mal de Parkinson e a cirrose
hepática, bem como a redução do fator de risco de câncer de pele nas mulheres. De acordo com a
doutora, o café pode reduzir ou retardar os sintomas dessas doenças.
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“Inúmeros estudos têm demonstrado uma forte associação entre o consumo de café e a redução no
desenvolvimento de doenças. Na doença de Alzheimer, o consumo diário de quatro xícaras de café
reduziu a chance de aparecimento ou retardou o início da enfermidade. Já a presença dos ácidos
clorogênicos presentes no café, bem como os produtos de sua degradação, diminuíram os níveis de
glicose, prevenindo o aparecimento do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Além disso, a cafeína tem
propriedades broncodilatadoras, que auxiliam na prevenção da asma”, lista a nutróloga.
Mitos e verdades – Você já deve ter ouvido que beber café bem amargo pode ajudar a curar os
sintomas da ressaca. E não é à toa. “É muito comum, em casos de embriaguez, o consumo de café.
O álcool é um potente depressor do SNC, enquanto o café é estimulador. Portanto, parte da
sobriedade pode ser recoberta com o consumo do café. Quanto mais amargo (mais concentrado),
maiores serão a porcentagem de cafeína e a possibilidade de melhora”, revela.
A tradicional bebida também pode ajudar na diminuição do consumo de álcool. “Os ácidos
clorogênicos, característicos do café, formam lactonas que possuem efeito antagonista opioide, isto é,
bloqueiam o desejo de consumo do álcool. Um dos principais remédios usados para tratar e prevenir
o alcoolismo, a antagonista, opioide naltrexona, atua da mesma forma que os compostos naturais
existentes no café”, ressalta.
O consumo, porém, deve ser moderado, pois a ingestão excessiva de café pode causar efeitos
colaterais graves.
Os benefícios são muitos. Um estudo conduzido pelo National Institute of Health, nos EUA relaciona,
inclusive, o consumo regular de café à sensação de felicidade e àquela energia extra na hora de fazer
exercícios. Tem mais: sabe aquele cheirinho gostoso de café? Pesquisadores da Seoul National
University descobriram que o cheiro do café diminui a sensação de estresse causada pelas noites
mal dormidas.
Que tomar café é gostoso a gente sabia, mas, agora, tem muitos outros motivos para você repetir a
experiência sempre que possível. E então, que tal um cafezinho?
Mudas de café vão ser dadas aos produtores em Angola
MacauHub
18/08/2014
Mais de 20 milhões de mudas de café serão produzidos até ao final do ano, informou o director do
Instituto Nacional do Café de Angola (INCA), João Ferreira.
O director do INCA disse que as mudas irão ser distribuídas gratuitamente aos produtores, a fim de
apoiar a produção de café a nível nacional e recordou que em 1973 Angola produzia 210 mil
toneladas de café com valor comercial, quantidade que baixou para 3 mil toneladas em 2002.
Actualmente, prosseguiu, Angola está a produzir 12 mil toneladas, o que representa menos 10% da
produção colonial, devido à guerra civil que se registou no país pouco após a independência do país,
em 1975.
Em declarações à agência noticiosa Angop, João Ferreira disse que as zonas produtoras de café
mais afectadas pela guerra civil foram as províncias do Uíge, Bié, Cuanza Norte, Huambo e Cuanza
Sul, provocando uma desarticulação total no meio rural principalmente nas zonas de plantação.
A produção do café está fortemente concentrada nas províncias do Cuanza Sul e do Uíge que, em
conjunto, representam cerca de 77% da produção nacional.
João Ferreira defendeu que o sector bancário deve apoiar cada vez mais os projectos de cultivo de
café e de soja em Angola, uma vez que a cultura de café não foi abrangida no Crédito Agrícola de
Campanha. (macauhub/AO)