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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DAS ENGENHARIAS E TECNOLOGIA
PROJECTO E DISSERTAÇÃO
Diagnóstico da Gestão dos Resíduos Gerados durante a
Produção Petrolífera na Plataforma Kizomba A (Bloco 15)
Gilson de Nazaré Mendes Adão
Novembro, 2013
Nº de Registo: ______________
FOLHA DE APROVAÇÃO
Diagnóstico da Gestão dos Resíduos Gerados durante a
Produção Petrolífera
Caso de estudo: Plataforma Kizomba A (Bloco 15)
Gilson de Nazaré Mendes Adão
Novembro, 2013
Orientadora: Diana Sacoto
__________________________________________________
Assinatura da Orientadora
Data: _____ / ____________________ / _________
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
i
DEDICATÓRIA:
Dedico este Projecto e Dissertação aos meus Pais Felisberto Adão e
Nazarina Diogo por todo amor, carinho, e dedicação que sempre manifestaram por
mim em todos os momentos da minha vida.
A minha esposa Alda Samutondo, pela paciência, companheirismo e por
sempre acreditar em mim.
A professora Diana Sacoto pela sabia orientação, e disponibilidade de
trabalhar comigo.
Aos meus colegas, Samara Ernesto, Julia Mira, Yuri Alexandre, Margarida
Junior e Tchieny Wakamone pelo apoio durante o período de formação.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
ii
Agradecimentos
A Deus, por iluminar o meu caminho e fazer me acreditar sempre nos meus
objetivos.
Aos meus pais, Nazarina e Felisberto, de quem tudo recebi. Agradeço pelo
apoio constante e por tudo que até hoje fazem.
A minha Orientadora, Professora Diana Sacoto pela orientação e
conhecimentos transmitidos.
Ao Professor, Emanuel Chindecasse pelo apoio e conhecimento transmitidos.
A todos os professores do Curso de Engenharia de Recursos Naturais e
Ambiente, o meu muito obrigado.
Aos meus colegas e amigos da EEAL pela contribuição na minha formação e
possibilitarem os meus estudos pelas constantes trocas de horários.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
iii
ÍNDICE
1. Introdução .......................................................................................................................1
2. Objectivos .......................................................................................................................3
2.1. Objectivo Geral:...........................................................................................................3
2.2. Objectivos Específicos:...............................................................................................3
3. Metodologia.....................................................................................................................4
4. Apresentação da Empresa.............................................................................................5
4.1. Politica Ambiental........................................................................................................6
4.2. Características da Plataforma.....................................................................................6
5. Processo Produtivo da Plataforma.................................................................................9
6. Resíduos .......................................................................................................................11
6.1. Classificação dos resíduos segundo a Esso Angola ...............................................12
6.2. Resíduos gerados no FPSO A..................................................................................15
6.3. Caracterização dos resíduos ....................................................................................16
7. Gestão dos Resíduos Sólidos ......................................................................................19
7.1. Tratamento dos resíduos sólidos..............................................................................20
7.2. Destino Final dos Resíduos Sólidos .........................................................................22
8. Gestão dos Efluentes....................................................................................................23
8.1. Tratamento dos Efluentes Domésticos.....................................................................23
8.2. Tratamento da Água de Produção............................................................................25
8.2.1 Destino final da Água de Produção.........................................................................27
8.3. Outros efluentes........................................................................................................28
9. Gestão das Emissões...................................................................................................29
9.1. Emissões geradas.....................................................................................................32
9.2. Tratamentos dos gases.............................................................................................32
10. Resultados e Discussões .............................................................................................34
10.1. Analise dos efluentes.............................................................................................36
10.2. Analise das emissões............................................................................................37
11. Conclusão.....................................................................................................................38
12. Recomendações...........................................................................................................39
13. Anexos ..........................................................................................................................40
13.1. Anexo I: Checklist da conformidade legal.............................................................40
Lei geral de actividade petrolifera ....................................................................................40
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
iv
Regulamento sobre a Gestão de Resíduos.....................................................................42
Regulamento Sobre Gestão, Remoção e Depósito de Desperdícios .............................43
Regulamento sobre a gestão das descargas operacionais.............................................45
13.2. Anexo II: Figuras....................................................................................................48
14. Bibliografia ....................................................................................................................53
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
v
INDICE DE TABELAS
Tabela 1: Exemplos de residuos .............................................................................................14
Tabela 2:Resíduos gerados na Plataforma.............................................................................15
Tabela 3:Características químicas da água de produção ......................................................17
Tabela 4: Resumo das características dos efluentes domésticos..........................................18
Tabela 5: Resumo das emissoes geradas na Plataforma......................................................32
Tabela 6: Quantidade de resíduos gerados nos últimos dois anos........................................34
Tabela 7: Analise quantitativa das emissões..........................................................................37
INDICE DE FIGURAS
Figura 1: Localização do Bloco 15. ...........................................................................................5
Figura 2: Plataforma FPSO Kizomba A.....................................................................................7
Figura 3: Reservatório de Petróleo............................................................................................9
Figura 4: Adaptação do Processo Produtivo...........................................................................10
Figura 5: Classificação dos Resíduos segundo a Esso..........................................................12
Figura 6: Contentores usados na Plataforma .........................................................................19
Figura 7:Contentores para o transporte dos Resíduos...........................................................21
Figura 8: Unidade de tratamento dos efluentes domésticos ..................................................24
Figura 9: Hidrociclone..............................................................................................................26
Figura 10: Tubo de despejo.....................................................................................................27
Figura 11: Queima de Gás offshore........................................................................................30
Figura 12: Hidrociclones ..........................................................................................................48
Figura 13: Interior de Hidrociclone ..........................................................................................49
Figura 14: Resumo do Processo de Gestão dos Resíduos Sólidos.......................................50
Figura 15: Residuos domésticos.............................................................................................51
Figura 16: Trituradora de resíduos instalado no Lavatório .....................................................52
Gráfico 1: Quantidade de resíduos gerados ...........................................................................35
Gráfico 2: Quantidade de agua produzida descartada ...........................................................36
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
vi
Abreviaturase Siglas
AES: Angola Environmental Services
BP: British Petroleum
Bbl: Barril
CO2: Dióxido de Carbono
CO: Monóxido de Carbono
COVs: Compostos Organicos Volateis
CH4: Metano
DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio
DQO: Demanda Química de Oxigênio
EEAL: Esso Exploration Angola Limited
FPSO: Flutuante de Produção, Armazenagem e Escoamento (em inglês Floating
Production Storage Offloading)
mg/L: Miligramas por litros
Mw: Mega Watt
NORM: Materiais Radicativos de ocorrência Natural (Naturally Occuring Radioactive
Material)
Nox: Óxidos nitrosos
pH: Potencial de Hidrogênio
SO2: Dióxido de Enxofre
PM: Materiais Particulados
PPM: Parte Por Milhão
SONILS: Sonangol Logistica
TSS: Total de Sólidos Suspensos
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
vii
RESUMO
O petróleo é a principal fonte da economia nacional. A atividade de produção
petrolífera gera bastante resíduos, desde efluentes gasosos, líquidos ate resíduos
sólidos. Os resíduos gerados durante a produção petrolífera apresentam
características perigosas capazes de agredirem o meio ambiente e a saúde
humana. Neste trabalho realizou-se uma revisão bibliográfica dos principais
resíduos gerados na fase de produção petrolífera, os requisitos legais para a gestão
dos resíduos assim como as principais técnicas usadas no tratamento dos resíduos.
O estudo de caso foi realizado no FPSO Kizomba A, que esta localizada no
município do Soyo, província do Zaire com recolhas de dados in situ a respeito dos
principais resíduos gerados.
A partir deste estudo no FPSO Kizomba A, pode-se constatar a importância
da gestão dos resíduos sólidos e dos efluentes líquidos e gasosos para o sucesso
das operações, desde a geração, tratamento e destino final.
Palavras chaves: Gestão de resíduos, produção petrolífera, plataforma.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
viii
ABSTRACT
Oil is the main source of the national economy. The production activity
generates enough waste oil from waste gases, liquids until solid waste. The wastes
generated during oil production have hazardous characteristics capable of assaulting
the environment and human health. In this work we carried out a literature review of
the main waste generated during oil production, the legal requirements for the
management.
The case study was conducted at Kizomba A FPSO, which is located in Soyo,
Zaire Province with in situ data collections about the main waste generated.
It was found through this study the Kizomba A FPSO, the importance of the
management of solid waste and liquid and gaseous effluents from the generation,
treatment and disposal.
Keywords: waste management, oil production, platform.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
1
1. Introdução
O crescente desenvolvimento industrial vem acompanhado com uma
demanda energética cada vez maior. Essa demanda é atendida muita das vezes
usando os combustíveis fosseis.
Os combustíveis fosseis são recursos naturais não renováveis e que foram
formados a milhares de ano. Nesse grupo de combustíveis encontram-se o carvão,
gás natural e o petróleo.
O petróleo é o combustível fóssil mais usado. Não há duvidas que vivemos
na era do petróleo, e não há indícios de que esta situação irá mudar (pelo menos
significativamente) nas próximas décadas. Dependemos de seus derivados para a
geração de energia, para a movimentação da maior parte dos transportes que
utilizamos, e para a produção de diversos bens de consumo essenciais, oriundos da
indústria petroquímica (Mariano, 2007).
A produção petrolífera em Angola teve o seu inicio na década de 50 com
descobertas e prospecção desse recurso na bacia do Kwanza. Na altura a maior
parte das descobertas petrolíferas era em campos terrestres.
Com o avanço tecnológico começaram a exploração em campos marinhos.
Actualmente, a maior fonte de produção petrolífera nacional localiza-se em campos
marinhos nas províncias de Cabinda e Zaire.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo em África com uma produção
estimada em 100751 bbl/dia (um milhão e setecentos e cinquenta e um mil barris
dia).
A indústria de petróleo, em toda a sua cadeia, tem potencial para causar uma
grande gama de impactos sobre o meio ambiente, tais como o incremento
antropogênico do efeito estufa (que, em si, é um fenômeno natural), e o
consequente aquecimento do planeta, as chuvas ácidas, a poluição atmosférica, a
degradação da qualidade das águas, a contaminação de lençóis freáticos, entre
outros. Pode também contribuir para a perda de biodiversidade e para a destruição
de ecossistemas, que, em alguns casos, podem ser únicos (Mariano, 2007).
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
2
É notável o fato de que a sociedade está a cada dia mais consciente do dano
que as atividades antrópicas podem causar ao meio ambiente e às pessoas, assim
como da perda da qualidade de vida que pode resultar da degradação ambiental. Já
é amplamente reconhecida a necessidade de que as atividades potencialmente
danosas ao meio ambiente sejam gerenciadas de forma a se minimizar os riscos de
danos ambientais, e, ao mesmo tempo, de se assegurar o crescimento econômico e
o progresso da sociedade.
Embora a protecção ambiental em Angola esteja prevista na Constituição, a
legislação de controlo de poluição e os padrões ambientais são extremamente
deficientes. Há escassez de informações sobre os impactos do petróleo nas
comunidades, nas áreas pesqueiras e na saúde pública (Ramos, 2011).
O presente trabalho apresenta o diagnostico da gestão de resíduos
resultantes da produção de petróleo em uma das plataformas petrolíferas localizada
no bloco 15, município de Soyo, província do Zaire.
Diagnosticar uma atividade do ponto de vista ambiental é interpretar a
situação da empresa a partir da interação e da dinâmica de seus componentes, quer
relacionados aos elementos físicos e biológicos, quer aos fatores socioculturais.
Será assim apresentado nesse trabalho, a quantidade de resíduos gerados
(sólidos, líquidos e gasosos), o tratamento dados aos mesmos e destino final.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
3
2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral:
Diagnostico da gestão dos resíduos gerados durante a fase de produção de
petróleo na Plataforma Kizomba A mediante uma conformidade legal.
2.2. Objectivos Específicos:
 Identificar os tipos de resíduos produzidos durante a produção de petróleo ;
 Determinar a quantidade de resíduos gerados;
 Identificar o pre-tratamento ou tratamento dados aos diferentes tipos de
resíduos;
 Identificar o destino final dos resíduos;
 Identificar a conformidade legal;
 Propor melhorias/recomendações para uma ainda melhor gestão dos
residuos.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
4
3. Metodologia
A metodologia utilizada para a elaboração do presente trabalho foi baseada
na realização de uma exaustiva revisão bibliográfica, que envolveu a consulta de
livros, artigos, relatórios, e à documentação oficial da Esso Angola. Foram também
consultados alguns websites.
Além disso, foram conduzidas entrevistas a alguns trabalhadores da empresa
ligados ao manuseio dos resíduos. Também, foram aplicadas algumas técnicas
apreendidas ao longo do trabalho na plataforma.
Foi elaborada uma checklist para verificação da conformidade legal.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
5
4. Apresentação da Empresa
A Esso Exploration Angola é uma empresa petrolífera afiliada da
multinacional ExxonMobil. A Esso foi designada operadora do Bloco 15, pelo
Decreto-Lei No. 14/94 de 8 de Julho de 1994, que autorizou a prospecção,
exploração, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos no
Bloco 15.
A Esso tem como parceiros no bloco 15 a BP Exploration Angola Ltd (BP), a
Agip Angla Exploration B.V. (Agip) e a Den Norske Stats Oljeslskap a.s. (Satoil).
Figura 1: Localização do Bloco 15.
Fonte: Esso Angola
O Bloco 15 está localizado no município do Soyo, província do Zaire,
ocupando uma área oceânica de 4.277 Km², distando a cerca de 150 km do Soyo.
A profundidade das águas no bloco varia entre 250 m e 1700 m. Neste bloco
existem dois modernos navios de produção de petróleo e gás pertencentes a Esso,
que são o Kizomba A e Kizomba B.
Block 15
Block 16
Block 17
SOUTH
ATLANTIC
OCEAN
Angola
Con go River
Con go River
D e m . C o n g o
A
ng o
la
C
o n
g o
Dem. Rep. Of Congo
Cabinda
SOUTH
ATLANTIC
OCEAN
AFRICA
Angola
Area of
Interest
N
Cabinda
Soyo
Luanda
(Angola)
A
ng o
la
Malongo
Kwanda
D
e m
. C
o ng o
A ng o la
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
6
4.1. Politica Ambiental
Política Ambiental é o conjunto das intenções e princípios gerais de uma
organização em relação ao seu desempenho ambiental. A política ambiental provê
uma estrutura para ação e definição de seus objetivos ambientais e metas
ambientais (Mello, 2009).
A politica ambiental da Esso Angola rege o seguinte:
 Gerir as suas actividades empresariais com o objectivo de evitar incidentes e
controlar as emissões e resíduos no sentido de mantê-los abaixo dos níveis
susceptíveis de causar qualquer dano ao meio ambiente; conceber, operar e
manter instalações para o efeito;
 Trabalhar com o Governo e grupos industriais no sentido de promover o
desenvolvimento atempado de leis e regulamentos ambientais baseados
numa ciência sã e que tenham em consideração os riscos, custos e
benefícios e os efeitos sobre o fornecimento de energia e produtos;
 Levar a cabo e apoiar os trabalhos de pesquisa no sentido de aperfeiçoar o
entendimento do impacto das suas actividades empresariais sobre o meio
ambiente; aperfeiçoar os métodos de protecção ambiental, bem como
aumentar as suas capacidades no sentido de que as suas operações e
produtos sejam compatíveis com o meio ambiente.
4.2. Características da Plataforma
A Plataforma Kizomba A é um navio flutuante do tipo FPSO (Flutuante de
Produção, Armazenagem e Escoamento) que tem uma dimensão de 285 metros de
comprimento e de 65 metros de largura. Tem uma capacidade de armazenar
2.000.000,00 bbl de petróleo.
As instalações de produção offshore são unidades auto-suficientes e contêm
todas as facilidades necessárias para viabilizar o processamento e a exportação dos
hidrocarbonetos, incluindo:
 Geração de energia
 Tratamento de água
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
7
 Utilidades
 Guindaste
 Rede de Drenagem
 Heliporto
 Acomodações para a tripulação
A plataforma Kizomba A é composta por uma área de acomodações, área de
produção, e uma área de armazenamento de óleo. A área de acomodações possui
4 pisos, estando distribuídas da seguinte maneira:
1º Piso: Refeitório, ginásio, sala de lazer.
2 º Piso: escritórios, sala de controlo, lavandaria.
3º e 4º piso é destinado para o descanso dos trabalhadores, possuindo uma
capacidade máxima de albergar 140 pessoas.
Figura 2: Plataforma FPSO Kizomba A
Fonte: Esso Angola Manual
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
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O Kizomba A iniciou a sua produção em Agosto de 2004, com uma produção
de petróleo de 220.000 bbl/dia, a produção teve o seu pico um ano após atingindo
275.000 bbl/dia, passados 9 anos a produção do Kizomba A baixou dramaticamente
para 138.000 bbl/dia.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
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5. ProcessoProdutivo da Plataforma
O petróleo etimologicamente provem do latim que significa Petra (pedra) e
oleum (óleo), óleo de pedra. O petróleo no estado liquido é uma substancia oleosa,
inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre
o negro e castanho (Thomas, 2004).
O petróleo é constituído, basicamente por uma mistura de compostos
químicos orgânicos (hidrocarbonetos). No reservatório de petróleo encontra-se o
gás e também a água, no ato da sua produção esses dois fluidos acompanham o
petróleo formando uma emulsão, sendo que uma separação é necessária para que
se obtenha o produto desejado.
Figura 3: Reservatório de Petróleo
Fonte: Sapo.pt
A produção é o processo de extração em si dos hidrocarbonetos e separação
dos hidrocarbonetos líquidos da mistura inicial de óleo, água e sólidos. As principais
atividades da produção de petróleo consistem na chegada do fluido até a superfície,
na separação de seus componentes líquidos e gasosos e na remoção de impurezas
(Mariano, 2007).
Os fluidos produzidos passam incialmente, por separadores bifásicos ou
trifásicos, actuando em serie ou paralelo. No separador bifásico ocorre a separação
gás/liquido, enquanto que no separador trifásico ocorre, a separação das três fases
(gás, óleo e água) (Thomas, 2004).
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
10
Na Plataforma Kizomba A, o óleo passa por uma serie de separadores que
funcionam em serie, sendo o primeiro de 3 fases de alta pressão, seguindo para um
bifásico de media pressão e posterior para um bifásico de baixa pressão, a figura
abaixo ilustra o tratamento do óleo.
Figura 4: Adaptação do Processo Produtivo
Fonte: Própria
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
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6. Resíduos
Um desenvolvimento industrial (genericamente produtivo, ecologicamente
duravel) só se verificara se forem adaptadas metodologias de produção que geram
menos resíduos e emissões do que as que se verificam no processo tradicional
(Oliveira, 2005). A atividade de produção petrolífera gera bastante resíduos, desde
efluentes gasosos, líquidos ate resíduos sólidos.
A geração de resíduos é inevitável, mas pode ser controlada, pelo que foram
desenvolvidos regulamentos e decretos para a gestão dos resíduos no sector
petrolífero.
Resíduos podem ser definidos como substâncias, produtos ou objectos que
ficaram incapazes de utilização para os fins para que foram produzidos, ou são
restos de um processo de produção, transformação ou utilização e, em ambos os
casos, pressupõem que o detentor se tenha de desfazer deles. Os residuos podem
ser solidos, liquidos ou gasosos.
A caracterização tem um papel importante em qualquer tratamento de
resíduos que possa ocorrer, sendo por isso uma ferramenta essencial no âmbito de
uma gestão integrada de resíduos.
Segundo o decreto 190/12 de 24 de agosto, os resíduos classificam-se em
perigosos e não perigosos.
Resíduos perigosos: são resíduos que contem uma ou mais características
de riscos por serem inflamáveis, explosivos, corrosivos, tóxicos, infeciosos ou
radiativos, ou por apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo
para a saúde humana e de outros seres vivos e para a qualidade do meio ambiente.
Resíduos não perigosos: são aqueles que não apresentam as
características acima mencionadas.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
12
6.1. Classificação dos resíduos segundo a Esso Angola
A Esso classifica os seus resíduos em restrito e não restritos.
Resíduo Restrito: É todo resíduo que representa um potencial risco para a
saúde humana e / ou ao meio ambiente. Exige tratamento químico ou físico antes
da eliminação, devido a certas características nocivas tais como: inflamáveis,
explosivos, corrosivos, reativos, tóxicos, infecciosos, radioativos.
Resíduo Não Restrito : É todo resíduos que não apresenta potenciais riscos
para a saúde humana e / ou para o ambiente e pode apenas exigir tratamento
mecânico antes da eliminação ou pode ser depositado diretamente para um aterro,
a menos que seja reciclável.
A figura abaixo apresenta a classificação dos resíduos segundo a Esso.
Resíduo da EEAL
(Classificado)
Restrito Não Restrito
Resíduo Domestico
Sobras de Madeira
Sucata de Metal
Resíduo Operacional
Resíduo Médico
NORM
Figura 5: Classificação dos Resíduos segundo a Esso
Fonte: Esso, 2003
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
13
Dentro dos resíduos operacionais podemos encontrar filtros de óleo,
absorventes, lâmpadas, pilhas e baterias. Os resíduos médicos são compostos
principalmente por gazes usadas, laminas e agulhas. A tabela abaixo (tabela 1)
apresenta os principais resíduos que podemos encontrar em cada uma das
categorias.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
14
Tabela 1: Exemplos de residuos
Restritos Não Restritos
Operacionais Medico NORM Sucatas de
Metal
Sobras
de
Madeiras
Resíduo
Domestico
Filtros de óleo
usados/Material
Absorvente
Óleo usado/
Restos de óleo/
Lodo
Tintas / Solventes
de Tintas
Inibidores de
corrosão ou
incrustação
Desemulsificantes
/ Surfratantes
Material Corrosivo
Ácidos/ Cáusticos
Baterias –
Lâmpadas
Flurescentes
Areias produzidas/
Sólidos / Lamas
Agulhas,
Seringas,
Cestos de
lixo médico,
Kits de
recolha de
Fluidos
corporais
Cotonetes /
gazes
Lodo,revestime
nto de poço,
tubos,
equipamento
contaminados
Garrafas de gás
comprimido
vazias
Correntes/ Fios/
Canos/Tudos
Filtros de água
Contentores/latas
Vasios e Lavados
de:
Alimentos
Tintas
Solventes
Paletes,
Caixas
Lixo de
escritório
Lixo dos
quartos
Construção /
Restos de
demolição
Restos de
Comida
Vidro/
Plástico/
Borracha
Recipientes
metálicos de
alimentos
Cartão
Mangueiras
de borracha e
cordas
Fonte: Esso Angola, 2003.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
15
6.2. Resíduos gerados no FPSO A
Os resíduos gerados na plataforma são provenientes das acomodações
(escritórios, cozinha, e posto medico) e do processo fabril de óleo. A tabela abaixo
sumariza os tipos de resíduos produzidos na plataforma.
Tabela 2:Resíduos gerados na Plataforma
Tipos de resíduos
Classificação de acordo o decreto
190/12
Absorventes usados
Resíduos Perigosos
Materiais Radiativos de Ocorrência
Natural (NORM)
Lâmpadas fluorescentes
Filtros de óleo
Areia Produzida
Tambores de óleos usados
Pilhas e baterias
Efluentes Domésticos
Líquidos e sólidos de desidratação de
gases
Resíduos de limpeza de equipamentos
de processos
Água de produção
Resíduos hospitalares
Latas de tintas, aerossóis.
Cartucho de impressão
Recicláveis: papel, plásticos, madeira,
vidro, metal não contaminado, óleo de
cozinha.
Não recicláveis: Restos de comida
Resíduos não perigosos
Fonte: Própria
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
16
6.3. Caracterização dos resíduos
Absorventes oleosos: os absorventes são materiais usados para limpar as
áreas em que houve uma fuga de líquidos. Os absorventes são materiais sólidos
que possuem uma grande capacidade de absorver os líquidos.
Este resíduo é normalmente gerado durante a manutenção de equipamentos
limpeza na plataforma, e durante fugas de líquidos no sistema.
Areia produzida: a areia chega à superfície acompanhada com o petróleo.
Embora gerada em poucas quantidades na plataforma, esse resíduo tem tendência
de se acumular nos separadores (EEAL, 2012).
Água de Produção: é água presente na formação e que chega a superfície
associada ao petróleo produzido. A água de produção é um subproduto indesejável
que está sempre presente nos reservatórios de petróleo, representando o maior
volume de subproduto indesejado nas maiores partes das plataformas de produção
de petróleo.
O volume de água produzida gerada aumenta com a redução da produção de
petróleo e com o envelhecimento dos poços. Nas atividades de exploração,
perfuração e produção a água produzida representa 98% dos efluentes gerados
(Thomas, 2004).
A água de produção é muito corrosiva, inflamável, toxica apresentando sérios
riscos para a saúde humana e do meio ambiente. As suas características variam de
campo a campo e de reservatório a reservatório. A tabela abaixo apresenta as
características da água de produção geradas no FPSO A.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
17
Tabela 3:Características químicas da água de produção
Fonte: Esso
Caracteristicas Resultado (mg/L)
pH 5.09
Sulfatos (SO42-) 35
Cloretos (Cl-) 52000
Nitrato (NO3) 2.0
Chumbo (Pb) 5.0
Sodio (Na) 28000
Calcio (Ca) 3200
Aluminio (Al) 2.0
Manganes (Mn) 0.5
Potassio (K) 240
Silicio (Si) 17
Ferro (Fe) 18
Niquel (Ni) 3.0
Bario (Ba) 98
Cobre (Cu) 0.5
Magnesio (Mg) 860
Zinco (Zn) 2.0
Cobalto (Co) 3.0
Cromio (Cr) 0.5
Molibidio (Mo) 13
Durante o tratamento de óleo, a água produzida é obtida nos separadores
trifásicos bem como nos tanques de armazenamento de petróleo. Para inibir a
separação entre as fases de óleo e gás são injetados alguns compostos químicos
durante o processo de tratamento de óleo. Esses compostos químicos incluem os
biocidas, inibidores de corrosão, e quebradores de emulsão, muito desses
compostos químicos são solúveis no petróleo, e permanecem na fase do óleo.
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Contudo, alguns compostos permanecem na fase da água e podem aumentar a
toxicidade da água de produção (Kenneth Lee, 2011).
NORM: os materiais radiativos podem também estar presente no petróleo, o
mesmo provem dos reservatórios em que o petróleo foi formado. Materiais como
Uranio (U-238), Radio (Ra-228) e Tório (Th-232) encontram-se dissolvidos em
pequenas concentrações devido a reação entre a formação e a água (John A. Veil,
1998).
Os materiais radiativos que acompanham o petróleo a superfície tem
tendência de acumular-se nos separadores, por ser o primeiro local por onde passa
o petróleo quando esta na superfície.
Efluentes domésticos: correspondem aos efluentes gerados nas
acomodações nomeadamente nas unidades sanitárias, cozinha, lavandaria e posto
medico. Os mesmos podem ser perigosos ou não perigosos dependendo das
propriedades químicas ou físicas desses efluentes.
Esses fluentes apresentam alguns sólidos dissolvidos ou por vezes
suspensos, nota-se também a presença de algumas bactérias ou vírus, nitratos e
cloretos. A tabela abaixo sumariza as características dos efluentes domésticos.
Tabela 4: Resumo das características dos efluentes domésticos
Fonte: Esso
Características Resultado
pH a 25° C 6.6
Condutividade a 25° C 2985
DQO mg/L 220
DBO mg/L 18
TSS mg/L 10.5
Fe (ferro) mg/L 0.75
Cl (Cloro) livre mg/L 0.5
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7. Gestão dos Resíduos Sólidos
A gestão dos resíduos sólidos é imprescindível para o sucesso das
operações e segurança dos trabalhadores e a proteção do meio ambiente.
De acordo com o Decreto executivo n.º 8/05 de 5 de Janeiro, establece no
artigo 6 que os “Os desperdícios devem ser mantidos em contentores e/ou pacotes
adequados, a fim de impedir a contaminação do ambiente, tanto durante o
transporte como durante o armazenamento.”
Os resíduos sólidos gerados na plataforma são armazenados em contentores
de plásticos que estão localizados em diversas áreas da plataforma. Os contentores
possuem rótulos nas tampas para facilitar a identificação do tipo de material a ser
depositado.
Concomitantemente, os rótulos presentes nos contentores indicam os tipos
de equipamentos de proteção individual que deve ser usado pela pessoa que estiver
a manusear os resíduos.
Figura 6: Contentores usados na Plataforma
Fonte: Própria
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7.1. Tratamento dos resíduos sólidos
Define-se tratamento de resíduos como qualquer processo que altere as suas
características, composição, ou propriedades, de maneira a tornar mais aceitável
sua deposição final ou simplesmente sua destruição (Carvalho). Estes métodos se
processam por uma ou mais das seguintes formas:
 Convertendo os constituintes perigosos em menos perigosos ou
insolúveis.
 Destruindo quimicamente produtos indesejáveis
 Separando da massa de resíduos os constituintes perigosos, com
consequente redução do volume a ser disposto.
 Alternando a estrutura química de determinados produtos, tornando
mais fácil sua assimilação pelo meio ambiente.
Os restos de alimentos são depositados em baldes metálicos que estão
localizados apenas na cozinha. Os trabalhadores de catering são os responsáveis
pela colheita desse resíduo.
Os restos de alimentos tem como destino final o mar, mas antes de serem
descartados no mar, devem sofrer uma trituração com o objetivo de reduzir o
diâmetro das partículas a 25 mm.
Nas instalações offshore tratar os resíduos sólidos é uma tarefa desafiante
comparando com os efluentes líquidos. O tratamento dos resíduos sólidos gerados
na plataforma é tarefa da Angola Environmental Services (AES). Os resíduos
sólidos de origem domestica como os papeis, caixas, plásticos e latas sofrem uma
compactação antes de serem transportados para a unidade de tratamento, e depois
são armazenados em sacos resistentes e colocados nos contentores de metais
como mostra a figura abaixo.
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Figura 7:Contentores para o transporte dos Resíduos
Fonte: própria
Embora a AES se encarregue de tratar os resíduos perigosos e de dar o
destino final do mesmo, algumas técnicas são usadas na plataforma de forma a dar
um pre-tratamento aos resíduos, como:
Redução do teor de liquido presente nos resíduos sólidos, os líquidos
remanescente nos tambores são bombeados para um tanque antes do seu
descarte.
Redução de volume de alguns matérias sólidos: papeis, papelão, latas são
enviadas a uma compactadora com a finalidade de reduzir o seu volume.
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22
7.2. Destino Final dos Resíduos Sólidos
A destinação final dos resíduos representa a etapa final na logística de
movimentação de resíduos. A destinação final dos resíduos depende das
características que os mesmos apresentam.
Os resíduos gerados são transportados da plataforma por embarcações de
apoio. Antes de serem colocados nos barcos, os resíduos são pesados através de
um sensor existente na grua.
Os resíduos gerados têm o seguinte destino:
Resíduos não perigosos como sobras de madeiras, resíduos domésticos
(papel, plásticos, mangueiras, latas de comida, etc) e sobras de metais têm como
destino a base do Kwanda no Soyo. Da base do Kwanda os resíduos que podem
ser reciclados são enviados a uma fabrica de reciclagem sendo que os demais tem
como destino o aterro sanitário do Soyo (EEAL, 2012).
Resíduos perigosos são enviados para a base da SONILS que está
localizada em Luanda, sendo à posterior enviada a empresa que trata dos resíduos.
De acordo com o plano de gestão da empresa, os resíduos perigosos que chegam a
AES sofrem uma incineração.
A incineração é o processo que visa à queima controlada de resíduos na
presença de oxigênio. Tem como objetivo primordial a transformação desses
resíduos em material inerte por meio de reações químicas e processos físicos a
elevadas temperaturas. Após o processo de incineração, os resíduos são
depositados no aterro.
Os resíduos radioativos são depositados em reservatórios isolados.
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8. Gestão dos Efluentes
Entende – se por efluentes líquidos todos os despejos líquidos a partir do
uso de recursos hídricos e passíveis de serem submetidos a tratamento antes de
serem lançados, direta ou indiretamente, nos corpos hídricos receptores.
Os efluentes gerados na plataforma são classificados em três grupos:
 Efluentes domésticos;
 Efluentes Perigosos;
 Efluentes Não Perigosos.
Os efluentes domésticos são os gerados nas áreas de acomodações, e
possui um sistema de drenagem independente.
Os efluentes perigosos: inclui a água de produção, os restos de óleos, assim
como a água de lavagem. Apesar de água de produção ter um sistema
independente de tratamento, os outros dois efluentes partilham o mesmo sistema de
tratamento.
Os efluentes não perigosos são os que não estão contaminados por óleo.
Encontram-se nesse grupo a água de lastro, água de incêndio, e água de chuvas.
8.1. Tratamento dos Efluentes Domésticos
Os efluentes domésticos provenientes da lavandaria, quartos de banho,
cozinha e posto medico são direcionados a uma unidade de tratamento por
intermédio de condutas.
Os processos de tratamento dos efluentes domésticos consistem num
conjunto de ações físicas, químicas e biológicas que visam minimizar o teor de
contaminantes presentes na água antes do seu descarte.
O tratamento dos efluentes domésticos começa na fonte, onde se encontram
instalados pequenas grades (filtros) que impedem a passagem de sólidos grosseiros
para a unidade de tratamento. Os sólidos de pequena dimensão que atravessam a
primeira filtragem são recuperados na trituradora, sofrendo assim uma trituração.
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A unidade de tratamento dos efluentes domésticos consiste em dois tanques
Redfox e um tanque de reserva. A figura abaixo ilustra um dos tanques de
tratamento.
Figura 8: Unidade de tratamento dos efluentes domésticos
Fonte: Própria
Os tanques estão equipados com bombas, e ventiladores. Dois tanques
trabalham em simultâneo para o tratamento dos efluentes sendo que o terceiro é
apenas usado em caso de manutenção em um dos anteriores tanques
mencionados.
Os tanques possuem três secções sendo uma de aeração, clarificação, e
desinfeção.
Os efluentes chegam à seção de aeração onde por intermédio de
ventiladores recebem o oxigênio, que é fundamental para o desenvolvimento das
bactérias que pelas suas ações ajudam na estabilização da matéria orgânica. Na
secção de clarificação, acontece o processo de sedimentação dos sólidos presentes
na água, estando assim os efluentes prontos para serem enviado para a desinfeção.
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A desinfeção é a ultima fase de tratamento dos efluentes domestico. A
desinfeção é feita pela injeção de cloro. O cloro é bombeado constantemente.
Os efluentes domésticos tem como destino final o mar, antes de serem
descartados são conduzidas analise de cloro na água, a mesma devem estar entre
0.8-1.5 mg/L. Essas analises são conduzidas uma vez por dia.
8.2. Tratamento da Água de Produção
A água de produção é o efluente gerado em maior volume durante a fase de
produção. Devido às características que ela apresenta ela deve ser tratada antes do
seu descarte para o oceano. A lei angolana de descargas operacionais exige um
limite de 40 ppm para o descarte desse efluente no mar.
O tratamento da água de produção consiste em fazer passar a água em uma
serie de equipamentos ao fim de reduzir o teor de óleo com ajuda de injeção de
químicos.
Tipicamente, a água proveniente dos separadores é enviada para os
hidrociclones, seguindo dai para um vaso degaseificador e finalmente para um tubo
de despejo.
Os hidrociclones removem o teor de óleo da água pela ação da força
centrifuga. A água oleosa é introduzida sob pressão tangencialmente no trecho de
maior diâmetro, sendo direcionada internamente em fluxo espiral em direção de
trecho de menor diâmetro. Este fluxo é acelerado pelo continuo decréscimo de
diâmetro, criando uma força centrifuga que força os compartimentos mais pesados
(água e sólidos) contra paredes. Devido ao formato cônico do hidrociclone e ao
diferencial de pressão existente entre as paredes e o centro, ocorre, na parte central
do equipamento um fluxo axial reverso. Esta fase liquida central contendo óleo em
maior proporção é denominada rejeito (Thomas, 2004).
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Figura 9: Hidrociclone
Fonte: (Candido, 2011)
O rejeito obtido nos hidrociclones é enviado para os separadores ao fim de
recuperar o óleo.
A função do vaso desgaseificador é remover os traços de gás ainda
presentes no liquido. Geralmente é um separador trifásico de baixa pressão. Os
gases separados são enviados para um dispositivo de queima (tocha) (Thomas,
2004). A injeção de químicos é feita na entrada do vaso desgaseificador para ajudar
na separação entre o óleo e a água, o químico usado é o clarificador de água.
Durante a entrada do efluente no vaso desgaseificador é injetado gás para
ajudar na libertação dos gases que se encontra dissolvidos na água.
O tubo de despejo é o ultimo lugar por onde passa a água antes do seu
descarte para o oceano. O tubo apresenta câmaras de decantação e anteparos de
retenção para promover o tempo extra de residência para separar qualquer óleo
remanescente.
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Figura 10: Tubo de despejo
Fonte: (Candido, 2011)
8.2.1 Destino final da Água de Produção
A água de produção gerada na plataforma pode ter três destino:
Descarte no mar: para a água de produção ser descartada no mar é
necessário que a mesma tenha um limite de 40 ppm, a lei ainda permite picos
diários de até 45 ppm. Antes de ser descartada, faz-se a analise do teor de óleo.
Reinjeção: a disponibilidade, o custo e outras características apresentada
pela água fazem com que ela seja o principal fluido utilizado na recuperação de
óleo. A água de produção após a saída dos vasos desgaseificador é enviada para
uma unidade de filtragem com o fim de remover algumas partículas que elas
possam conter.
Tanque de armazenamento: no caso da água não apresentar os padrões
exigidos para o seu descarte ou ainda não for necessária a sua reinjeção nos
reservatórios, ela é enviada para o tanque de armazenamento. Nesses tanques a
água é armazenada por um determinado período de tempo para permitir a retenção
e separação do óleo e da água. O óleo obtido é enviado para o reprocessamento,
enquanto que a água segue o seu percurso para os hidrociclones e culmina com o
descarte no mar.
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28
8.3. Outros efluentes
A água de lavagem é gerada durante a manutenção de equipamentos como
compressores, turbinas e outros. Essa água é direcionada para um sistema de
tratamento de efluentes perigosos, antes do seu descarte.
A água de lastro é usada para dar estabilidade das instalações. Essa água é
captada no mar, e é reutilizada. A mesma não sofre nenhum tratamento em caso de
for descartada.
Os restos de óleos são enviados para um tanque de armazenamento, e
posterior seguem para o reprocessamento.
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9. Gestão das Emissões
Durante a produção de petróleo, ocorrem emissões de gases de efeito de
estufa, poluentes orgânicos, materiais particulados e COVs. A quantificação dessas
emissões ao longo de todo o processo nem sempre é possível e nem sempre são
evidentes.
As emissões que ocorrem podem ser divididas em:
(1) emissões derivadas de operações normais;
(2) manutenção e;
(3) imprevistos (system upsets) e acidentes.
Tipicamente, a maioria das emissões é proveniente de operações normais.
(i) Operações normais: as emissões podem ser divididas em duas fontes
principais: venting e flaring (ventilação e queima) e descargas do processo de
ventilação, vazamentos crônicos, etc.
Queima, purga e exaustão de gases (venting e flaring) – Queima
constante ou periódica de gás associado e de significativas quantidades de
hidrocarbonetos durante testes e desenvolvimento de poços, assim como da queima
contínua de gases em flares, com a finalidade de eliminar gases de tanques de
armazenamento e controlar a pressão dos poços;
As atividades de venting libertam CH4 porque o gás ventilado normalmente
possui uma grande quantidade de metano. Se o excesso de gás for queimado em
flares, as emissões de metano dependerão da eficiência do processo de queima.
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Figura 11: Queima de Gás offshore
Fonte: (Wikipedia, 2012)
Processos de combustão em equipamentos tais como motores a diesel
e turbinas a gás – Combustão de combustíveis gasosos e líquidos em unidades de
geração e/ou consumo de energia (geradores e bombas, turbinas a gás, motores de
combustão interna) nas plataformas;
A energia é garantida pela queima de gases nas 3 turbinas a gás, com
capacidade de geração de 20 Mw para cada turbina.
O gerador de gás inerte é outro equipamento que usa gás ou diesel para
produzir gás inerte (CO2). O gás inerte é utilizado nos tanques para garantir que se
mantenha uma pressão estável.
Emissões fugitivas de gases decorrentes de operações de carga e
descarga, armazenamento e perdas em equipamentos de processo –
Evaporação ou ventilação de hidrocarbonetos durante as diferentes operações para
sua produção, tratamento, transporte e armazenamento;
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31
Emissões de dispositivos pneumáticos (controles operados a gás, como
válvulas) dependem do tamanho, tipo e idade do dispositivo, da frequência da
operação e da qualidade da manutenção;
(ii) Manutenção: inclui atividades regulares e periódicas desenvolvidas na
operação das instalações. Essas atividades podem ser conduzidas de forma
frequente, como lançamento e recebimento de pig (do inglês pipeline inspection
gauge; em português, dispositivo para inspeção de dutos) no gasoduto, ou de forma
esporádica, como a evacuação de dutos (blowdown) para testes periódicos. Em
cada caso, os procedimentos requeridos resultam na liberação de gases do
equipamento afetado. Liberações desse tipo também podem ocorrer na manutenção
de poços (well workovers) e durante a substituição ou manutenção de encaixes.
(iii) Imprevistos e acidentes: os imprevistos são definidos como eventos
não planejados que afetam o sistema, sendo o mais comum um súbito aumento de
pressão, originado na falha do regulador de pressão. O potencial para aumentos
súbitos de pressão é considerado no desenvolvimento de instalações, que contam
com um sistema para aliviar a pressão que protege o equipamento do dano causado
pelo aumento da pressão. Sistemas como esse podem ter estruturas diferentes. Em
alguns casos, os gases liberados através das válvulas reguladoras de pressão
podem ser coletados e transportados para um flare para combustão ou,
comprimidos novamente e reinjetados no sistema. Nesses casos, as emissões de
metano associadas a eventos de regulagem de pressão serão pequenas. Em
instalações mais antigas, sistemas reguladores de pressão podem ventilar os gases
diretamente na atmosfera ou enviar gases para sistemas de flare, em que a
combustão completa pode não ser alcançada (Avzaradel & Paciornik, 2010).
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9.1. Emissões geradas
A fonte predominante de cada emissão varia consoantes as propriedades do
equipamento e o combustível utilizado, da seguinte forma:
Tabela 5: Resumo das emissões geradas na Plataforma
Fonte: Esso Angola
Emissão Fonte de Emissão Predominante
CH4 Carga do Petroleiro, Emissões Fugitivas dos
Processos do FPSO
CO Geração de Energia do FPSO, Queima em Facho do
FPSO
CO2 Geração de Energia do FPSO, Queima em Facho do
FPSO
COVs Emissões Fugitivas nos Processos do FPSO, Carga do
Petroleiro
Nox Geração de Energia do FPSO/ Queima em Facho do
FPSO
PM Geração de Energia do FPSO, Queima em Facho do
FPSO
SO2 Operações da Embarcação de Apoio, Carga do
Petroleiro
9.2. Tratamentos dos gases
Tratar os gases consiste em retirar os seus poluentes antes de serem
emitidos para a atmosfera. Para tratar os gases podem ser usados métodos
indirectos ou directos.
Os métodos indirectos são os métodos conseguidos através da mudança de
processo/ equipamento, alteração da matéria química por outras mais adequadas,
manutenção de equipamentos e operação dos mesmos dentro da sua limitação,
sempre com o objetivo de prevenir o escape ou formação de gases (Lisboa &
Schirmer, 2007).
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Métodos directos, esses métodos incluem técnicas destrutivas como
incineração, e biofiltração, e técnicas recuperativas como adsorção e condensação.
Os equipamentos como tanques, bombas, separadores e compressores
estão equipados com válvulas de alivio de pressão. Essas válvulas libertam os
gases em situações de aumento de pressão no sistema.
O alivio de pressão dos tanques de hidrocarbonetos é feita de maneira que
os gases sejam emitidos mais distantes da plataforma.
Os gases libertados pelas válvulas de separadores, compressores são
reencaminhados para flare a fim de serem queimados. Antes de atingirem a flare, os
gases passam para os separadores a fim de retirar alguns dos condensados que os
gases possam transportar.
Na saída dos separadores estão instalados filtros para que permitam a
remoção de algumas partículas que o gás possa transportar.
O gás usado para a geração de energia é tratado usando o método de
absorção. Segundo, Lisboa (2007), absorção é uma transferência de massa de fase
uma fase gasosa para uma fase liquida. Ela consiste na transferência de um
componente (absorbato) presente em fase gasosa (gás de arraste) para um liquido
(absorvente).
O gás após passar o primeiro estagio de compressão é enviado para as
torres de desidratação. As torres de desidratação utilizam o glicol para remover o
teor de água contido no gás.
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10. Resultados e Discussões
Fez-se um levantamento de resíduos sólidos gerados nos últimos dois anos,
os mesmos são apresentados na tabela abaixo;
Tabela 6: Quantidade de resíduos gerados nos últimos dois anos.
Fonte: Própria
Resíduo Total Gerado
2011 (T)
Total Gerado
2012 (T)
Total
Domésticos 102.63 53.67 156.3
Sucatas de Metal 53.13 90.94 144.07
Material Isolante 0.0 9.51 9.51
Madeira 21.59 31.91 53.5
Mangueiras 0.0 1.21 1.21
Silicato de Cálcio 0.0 4.13 4.13
Resíduos Médicos 0.0 0.07 0.07
Tambores Usados 52.45 19.1 71.55
Filtros Usados 20.05 12.99 33.04
Absorventes
Contaminados
20.05 12.99 33.04
Baterias e Pilhas 0.0 0.16 0.16
Lâmpadas
Fluorescentes
0.0 0.03 0.3
Extintores 0.0 1.0 1.0
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Gráfico 1: Quantidade de resíduos gerados
Fonte: Própria
No ano de 2010 a EEAL anuncio novas descobertas no bloco 15, começando
assim o desenvolvimento do projecto satélite. Durante a fase de desenvolvimento do
projecto satélite o numero de pessoas a trabalhar na plataforma aumentou, facto
que levou a organização a alugar um navio hotel para hospedar os trabalhadores.
Com o projecto Satélite, o numero de resíduos domésticos atingiu o seu pico,
tendo baixado consideravelmente em 2012, que marcou o arranque da produção
deste projecto.
O crescimento de sucatas de metais na plataforma deve-se a substituição de
corrimãos na maior parte das escadas na plataforma, assim como a substituição de
alguns equipamentos metálicos. Por estarem expostos aos agentes atmosféricos, os
0
20
40
60
80
100
120
Q
u
a
n
t
i
d
a
d
e
(
T
)
Residuos gerados
2011
2012
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
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corrimãos tendem a se degradar facilmente, presume-se que esse resíduo tende a
aumentar consoante o envelhecimento da plataforma.
Nota-se um decréscimo na produção de resíduos perigosos, essa redução
deve-se a reparação de algumas fugas que havia no processo produtivo, que
obrigavam o consumo exagerado de produtos químicos, assim como de
absorventes para limpar a área de ocorrência.
A cada 10 anos os extintores devem ser substituídos, assim sendo presume-
se que nos próximos tempos haverá a produção desses resíduos.
10.1. Analise dos efluentes
A água de produção é um efluente perigoso, e que é gerado em grandes
quantidades. O gráfico abaixo indica a quantidade de agua de produção descartada
nos últimos dois anos na plataforma.
Gráfico 2: Quantidade de agua produzida descartada
Fonte: Própria
Conforme indica o gráfico, no ano de 2012 foi descartado uma quantidade
maior de água de produção comparando com o ano anterior. Esse aumento deve-se
a entrada em funcionamento do campo satélite. Pesquisas indicam que a produção
1800000
1850000
1900000
1950000
2000000
2050000
2100000
2150000
2011 2012
Volume
em
m3
Ano
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
37
desse efluente tende a aumentar com o envelhecimento dos poços. Significa que
nos próximos anos essa produção pode vir a aumentar drasticamente.
10.2. Analise das emissões
Para a quantificação das emissões foram usadas os dados do estudo de
impacto ambiental elaborada em 2001. Os dados na altura representavam uma
estimativa das emissões.
Tabela 7: Analise quantitativa das emissões
Fonte: Esso
Emissões 2008 2009
CH4 834 800
CO 1,752 1,728
CO2 786,540 779,785
COV 3,422 3,396
NOX 3,426 3,407
PM 1,087 1,069
SO2 620 610
Nota-se o decréscimo da emissão de gases para atmosfera à medida que o
tempo de vida da plataforma vai aumentando. O CO2 é o principal gás emitido na
plataforma, essa emissão tende a reduzir devido à existência da Angola LNG que
vem aproveitando o gás que outrora era queimado.
As emissões de COVs também sofreram uma redução, devido ao facto de
melhorias no processo produtivo.
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11. Conclusão
Na fase de produção de petróleo são gerados resíduos sólidos, líquidos e
gasosos. Os resíduos gerados são classificados de acordo com o seu grau de
perigosidade.
Os resíduos sólidos são armazenados temporariamente em contentores de
plásticos impermeáveis e a posterior são enviados para as bases do Kwanda e
SONILS dependendo do grau de perigosidade.
De acordo com os dados colhidos, os resíduos domésticos foram os resíduos
sólidos gerados em maior quantidade nos últimos anos, seguidos pelos resíduos
metálicos. A deficiente segregação existente na plataforma, não permite a
valorização de outros resíduos (papel, plástico, cartões, e vidros).
A maior parte dos efluentes gerados tem como destino final o mar
excetuando os produtos químicos e o petróleo. Antes do descarte para o mar os
efluentes são enviados para uma unidade de tratamento. Os dados indicam um
aumento na produção de água, e presume-se que a produção deste efluente venha
aumentar nos próximos anos.
A principal fonte de emissão é a queima de gases na flare (tocha), e o CO2 é
o principal gás emitido. A quantificação das emissões nem sempre é possível, facto
que levou a inexistência de dados para os últimos dois anos. A inexistência de
dados recentes torna difícil presumir o futuro das emissões na plataforma.
A gestão de resíduos é o maior problema das indústrias por acarretarem
muitas das vezes custos indesejados. De forma a evitar custos indesejados, as
indústrias devem rever as suas atividades, praticas, matérias primas usadas e
melhorias de processo de forma a buscar a redução da geração dos resíduos.
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
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12. Recomendações
De forma a tirar o melhor proveito dos resíduos gerados, assim como reduzir
a geração de resíduos na plataforma recomenda-se o seguinte:
Operar os equipamentos dentro dos limites: os equipamentos tem um
limite de operação que é recomendado pelo fabricante, esses limites devem ser
levados em conta de forma a evitar emissões desnecessárias.
Captura do dióxido de carbono: o dióxido de carbono é o principal gás
emitido na plataforma, já existe tecnologia que permite captar esse gás nas saídas e
injetar nos reservatórios de forma a reduzir a quantidade de emissões desse gás.
Educação ambiental dos trabalhadores/ colaboradores: de forma a
permitir com que haja maior motivação dos trabalhadores a participarem na gestão
dos resíduos gerados e talvez propuser soluções de problemas e melhorias no
sistema de gestão ambiental.
Separar os resíduos recicláveis dos demais: os resíduos como papel,
papelão, latas e plásticos devem ser separados dos demais de forma a impedir com
que eles sejam contaminados ou mesmos sujos pelos demais resíduos domésticos.
Quantificar outros efluentes: os efluentes como águas residuais
domesticas e resultantes de lavagem devem ser quantificadas para propor
melhorias na gestão dos mesmos.
Usar os dois versos das folhas: no acto de fotocopia de documentos, ou
impressão deve-se usar os dois versos da folha de forma a reduzir a quantidade de
papel descartado e usado.
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13. Anexos
13.1. Anexo I: Checklist da conformidade legal
Lei geral de actividade petrolifera
Lei geral de actividade petrolifera Decreto Lei nº 10/04
de 12 de Novembro
Requisito Legal
S
Sim
N
N/A
n
Não
Art 19º (1)
O operador é indicado no decreto de
concessão sob proposta da Concessionária
Nacional e deve ser uma entidade de
reconhecida idoneidade e capacidade
técnica e financeira.
X
X
Art 23º
No exercício das operações
petrolíferas devem ser observadas a
legislação em vigor e as práticas
geralmente aceites na indústria petrolífera
internacional relativas às condições de
segurança, higiene e saúde no trabalho.
x
X
Art 24º (1)
No exercício das suas actividades, as
licenciadas, a Concessionária Nacional e
suas associadas devem tomar as
precauções necessárias para a protecção
ambiental, com vista a garantir a sua
preservação, nomeadamente no que
concerne à saúde, água, solo e subsolo, ar,
preservação da biodiversidade, flora e
fauna, ecossistemas, paisagem, atmosfera
e os valores culturais, arqueológicos e
estéticos.
X
X
Art 25º
As licenciadas, a Concessionária
Nacional e suas associadas são obrigadas
a reparar os danos que causarem a
terceiros no exercício das operações
petrolíferas, excepto se provarem que
agiram sem culpa.
X
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
41
Art 73º (1,2)
É obrigatório o aproveitamento do
gás natural produzido em qualquer jazigo
de petróleo sendo expressamente proibida
a sua queima, excepto por um curto período
do tempo e quando necessário por motivo
de ensaios ou por outras razões
operacionais.
Os planos de desenvolvimento dos jazigos
petrolíferos devem ser sempre concebidos
de forma a utilizar, conservar ou aproveitar
comercialmente o gás associado.
X
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
42
Regulamento sobre a Gestão de Resíduos
Decreto 190/12 de 24 de Agosto: Regulamento sobre a Gestão de
Resíduos
Requisito Legal
Sim
N
N/A
Não
Art 7º (1) Todas as entidades
publicas ou privadas que
produzem resíduos ou que
desenvolvem actividades
relacionadas com a gestão de
resíduos, devem elaborar um
plano de gestão de resíduos,
antes do inicio da sua actividade
X
X
Art 9º (a) Minimizar a produção e
perigosidade de resíduos de
qualquer categoria
X
X
Art 9º (b) Garantir o tratamento dos
resíduos antes da sua deposição
X
Art 10 º (1) As instalações e
equipamentos destinados a
deposição, tratamento,
aproveitamento, valorização ou
eliminação de resíduos estão
sujeitos ao licenciamento
ambiental, nos termos da
legislação sobre o licenciamento
ambiental.
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
43
Regulamento Sobre Gestão, Remoção e Depósito de Desperdícios
Decreto executivo n.º 8/05 de 5 de Janeiro : Regulamento Sobre Gestão,
Remoção E Depósito De Desperdícios
Requisito Legal
S
Sim
N
N/A
N
Não
Art 3º (1), a,b,c O operador e as outras
empresas petrolíferas devem
elaborar e manter actualizado um
plano de gestão
X
X
Art 4º (1) O operador e as outras
empresas petrolíferas são
responsáveis pelo teor técnico e
científico do plano de gestão,
remoção e depósito de desperdícios
x
X
Art 4º (2) O operador e as outras
empresas petrolíferas devem tomar
as medidas necessárias para
assegurar que o manuseamento,
tratamento e eliminação de
desperdícios, quando realizado por
terceiros, seja feito de acordo com o
presente regulamento
X
Art 5º(a) Redução da fonte, por
utilização de métodos que
minimizem a quantidade de
desperdícios gerada ou que
reduzam a concentração de
substâncias nocivas no desperdício
através de práticas mais eficientes.
x
X
Art 5º(b) Reutilização dos materiais
e/ou produtos
x
X
Art 5º (C) Reciclagem dos materiais
e/ou produtos;
x
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
44
Art 5º (d) A utilização dos resíduos
como matéria-prima para outros
sectores;
X
X
X X
Art 5º € Devolução aos fornecedores.
X
X
Art 6º (1) Os desperdícios devem ser
mantidos em contentores e/ou
pacotes adequados, a fim de impedir
a contaminação do ambiente, tanto
durante o transporte como durante o
armazenamento
x
X
Art 6º (4) Todo o local de
armazenamento de desperdícios
deve ser devidamente identificado,
sinalizado e protegido.
X
Art 7º (1) Os métodos de remoção e
tratamento de desperdícios devem
adequar-se ao risco que
comprovadamente estes
representem para o ambiente e
devem ser aplicados em
conformidade com a melhor
tecnologia disponível, tendo em
consideração a melhor relação entre
a segurança no decurso das
actividades, o custo e o benefício
ambiental.
x
X
Art 7º (2) Os desperdícios contendo
quantidades significativas de
materiais radioactivos devem ser
depositados assegurando o seu
isolamento e impossibilitando o
contacto com o ambiente
x
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
45
Regulamento sobre a gestão das descargas operacionais
Decreto do Executivo 224/12 de 16 de Julho de 2012 Regulamento sobre
a gestão das descargas operacionais
Requisito
Legal
S
Sim
N
N/A Não
Art 6º (1) É proibida a descarga directa de
produtos químicos no mar.
X
X
Art 6º (2) Os derrames de produtos
químicos devem ser tratados de acordo
com os procedimentos instituídos nos
Planos de Contingencia e Resposta a
Emergências elaborados pelo
Operador e aprovados pelo Ministério
dos Petróleos.
X
X
Art 9º (1) A media mensal do teor de óleo
na corrente de descarga de água de
produção não deve ultrapassar 30
partes por milhão (ppm), sendo
permitidos picos diários de ate 45
partes por milhão (ppm).
X
X
Art 9º (3) O teor de óleo na água
descarregada, bem como o teor de
gorduras, devem ser medidos
diariamente, por análises de amostra
recolhida no ponto de descarga.
X
X
Art 9º (4) Durante o período de descarga
devem ser realizadas observações
visuais diárias da superfície do mar,
para detecção da formação de película
de óleo.
X
X
Art 10º (1) As descargas de água de
arrefecimento devem ser efectuadas
nos primeiros 15 (quinze) metros de
profundidade, medidos a partir da
superfície do mar.
X
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
46
Art 11º (1) O Operador deve assegurar que
as novas instalações de produção que
utilizam água de lastro sejam
concebidas de forma que os tanques
de lastro estejam separados do sistema
de produção e de quaisquer sistemas
de armazenagem existentes.
X
X
Art 12º (1) As águas de lavagem do convés
e pluviais devem ser conduzidas
directamente para um sistema de
drenagem que as separe dos drenos
dedicados aos resíduos oleosos.
X
X
Art 12º (2) Os sistemas de tratamento dos
esgotos do convés devem ser
concebidos de forma a assegurar que a
descarga não origine a formação de
uma película de óleo na água da área
em que as descargas são efectuadas
X
X
Art 13º (1) A descarga de resíduos
sanitários no mar só é permitida se o
Operador demonstrar dispor de um
sistema de tratamento de resíduos
sanitários, em conformidade com a
legislação nacional e internacional
aplicável
X
X
Art 14º (1) A descarga de resíduos
alimentares sem tratamento prévio só
deve ser permitida se as partículas dos
resíduos sólidos forem trituradas a
dimensões inferiores a 25 (vinte e
cinco) milímetros e a instalação se
encontrar a uma distancia da costa
superior a 12 (doze) milhas náuticas
X
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
47
Art 15º (a) Com o objectivo de assegurar a
qualidade do ar em todas as
instalações sob sua responsabilidade,
o operador deve registar às emissões
dos seguintes gases: a) Gases de
efeito estufa, conforme definição da
Convenção Quadro das Nações Unidas
para as Alterações Climáticas, em
termos de toneladas de C02
equivalentes;
X
X
X
Art 15º (b) Gases que danificam a camada
de ozono, conforme definição da
Convenção de Viena sobre a Proteção
da Camada de Ozono;
X
X
Art 15º © Poluentes orgânicos e
inorgânicos nocivos para a saúde
humana, conforme definição da
Organização Mundial da Saúde.
X
X
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
48
13.2. Anexo II: Figuras
Figura 12: Hidrociclones
Fonte: Própria
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
49
Figura 13: Interior de Hidrociclone
Fonte: Própria
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A
50
Figura 14: Resumo do Processo de Gestão dos Resíduos Sólidos
Fonte: Esso
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
51
Figura 15: Residuos domésticos
Fonte: própria
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
52
Figura 16: Trituradora de resíduos instalado no Lavatório
Fonte: Própria
Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na
Plataforma Kizomba A
53
14. Bibliografia
Avzaradel, A. C., & Paciornik, N. (2010). Emissões Fugitivas de Gases de Efeito Estufa na
Indústria de Petróleo e Gás Natural. Rio de Janeiro: Ministério da Ciência e
Tecnologia.
Candido, A. (2011). EBAH. Fonte: EBAH:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe1aIAG/tratamento-agua-descarte-reinjecao-
almir-candido
Carvalho, D. D. (s.d.). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fonte: Universidade Federal
do Rio de Janeiro:
http://www.eq.ufrj.br/graduacao/aulas/eew200_denizedias/sgars.pdf
EEAL. (2012). EEAL Waste Management Plan.
John A. Veil, K. P. (1998). Disposal of NORM-Contaminated Oilfield Waste in Salt Caverns.
US Department of Energy.
Kenneth Lee, J. N. (2011). Produced Water. Dartmouth, Canada: Springer.
Larderel, J. A. (1993). Environmental Management in Oil and Gas Exploration and
Production. UNEP.
Lisboa, H. d., & Schirmer, W. (2007). Metodologia de Controle da Poluicao Atmosferica.
Montreal.
Mariano, J. B. (Marco de 2007). Proposta de metodologia de avaliação integrada de riscos e
impactos ambientais para estudos de avaliação ambiental estratégica do setor de
petroleo e gás natural em áreas. Rio de Janeiro, Brasil.
Mello, L. A. (Fevereiro de 2009). Sistemas de Gestão Ambiental. Centro Universitário Plínio
Leite - UNIPLI.
Oliveira, J. F. (2005). Gestao Ambiental. Lisboa: Lidel.
Ramos, M. L. (2011). Avaliacao das operacoes da industria petrolifera de Angola.
Sapo. (s.d.). Fonte: Sapo: http://histpetroleo.no.sapo.pt/armad_estrut_2.gif
Thomas, J. E. (2004). Fundamentos de Engenharia de Petroleo (2 ed.). Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, Brasil: Interciencia.
Wikipedia. (Abril de 2012). Wikipedia. Fonte: Wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/File:First_gas_from_the_Oselvar_module_on_the_Ula_pl
atform_on_April_14th,_2012.jpg

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Gestão Resíduos Plataforma Kizomba

  • 1. UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA FACULDADE DE CIÊNCIAS DAS ENGENHARIAS E TECNOLOGIA PROJECTO E DISSERTAÇÃO Diagnóstico da Gestão dos Resíduos Gerados durante a Produção Petrolífera na Plataforma Kizomba A (Bloco 15) Gilson de Nazaré Mendes Adão Novembro, 2013 Nº de Registo: ______________
  • 2. FOLHA DE APROVAÇÃO Diagnóstico da Gestão dos Resíduos Gerados durante a Produção Petrolífera Caso de estudo: Plataforma Kizomba A (Bloco 15) Gilson de Nazaré Mendes Adão Novembro, 2013 Orientadora: Diana Sacoto __________________________________________________ Assinatura da Orientadora Data: _____ / ____________________ / _________
  • 3. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A i DEDICATÓRIA: Dedico este Projecto e Dissertação aos meus Pais Felisberto Adão e Nazarina Diogo por todo amor, carinho, e dedicação que sempre manifestaram por mim em todos os momentos da minha vida. A minha esposa Alda Samutondo, pela paciência, companheirismo e por sempre acreditar em mim. A professora Diana Sacoto pela sabia orientação, e disponibilidade de trabalhar comigo. Aos meus colegas, Samara Ernesto, Julia Mira, Yuri Alexandre, Margarida Junior e Tchieny Wakamone pelo apoio durante o período de formação.
  • 4. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A ii Agradecimentos A Deus, por iluminar o meu caminho e fazer me acreditar sempre nos meus objetivos. Aos meus pais, Nazarina e Felisberto, de quem tudo recebi. Agradeço pelo apoio constante e por tudo que até hoje fazem. A minha Orientadora, Professora Diana Sacoto pela orientação e conhecimentos transmitidos. Ao Professor, Emanuel Chindecasse pelo apoio e conhecimento transmitidos. A todos os professores do Curso de Engenharia de Recursos Naturais e Ambiente, o meu muito obrigado. Aos meus colegas e amigos da EEAL pela contribuição na minha formação e possibilitarem os meus estudos pelas constantes trocas de horários.
  • 5. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A iii ÍNDICE 1. Introdução .......................................................................................................................1 2. Objectivos .......................................................................................................................3 2.1. Objectivo Geral:...........................................................................................................3 2.2. Objectivos Específicos:...............................................................................................3 3. Metodologia.....................................................................................................................4 4. Apresentação da Empresa.............................................................................................5 4.1. Politica Ambiental........................................................................................................6 4.2. Características da Plataforma.....................................................................................6 5. Processo Produtivo da Plataforma.................................................................................9 6. Resíduos .......................................................................................................................11 6.1. Classificação dos resíduos segundo a Esso Angola ...............................................12 6.2. Resíduos gerados no FPSO A..................................................................................15 6.3. Caracterização dos resíduos ....................................................................................16 7. Gestão dos Resíduos Sólidos ......................................................................................19 7.1. Tratamento dos resíduos sólidos..............................................................................20 7.2. Destino Final dos Resíduos Sólidos .........................................................................22 8. Gestão dos Efluentes....................................................................................................23 8.1. Tratamento dos Efluentes Domésticos.....................................................................23 8.2. Tratamento da Água de Produção............................................................................25 8.2.1 Destino final da Água de Produção.........................................................................27 8.3. Outros efluentes........................................................................................................28 9. Gestão das Emissões...................................................................................................29 9.1. Emissões geradas.....................................................................................................32 9.2. Tratamentos dos gases.............................................................................................32 10. Resultados e Discussões .............................................................................................34 10.1. Analise dos efluentes.............................................................................................36 10.2. Analise das emissões............................................................................................37 11. Conclusão.....................................................................................................................38 12. Recomendações...........................................................................................................39 13. Anexos ..........................................................................................................................40 13.1. Anexo I: Checklist da conformidade legal.............................................................40 Lei geral de actividade petrolifera ....................................................................................40
  • 6. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A iv Regulamento sobre a Gestão de Resíduos.....................................................................42 Regulamento Sobre Gestão, Remoção e Depósito de Desperdícios .............................43 Regulamento sobre a gestão das descargas operacionais.............................................45 13.2. Anexo II: Figuras....................................................................................................48 14. Bibliografia ....................................................................................................................53
  • 7. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A v INDICE DE TABELAS Tabela 1: Exemplos de residuos .............................................................................................14 Tabela 2:Resíduos gerados na Plataforma.............................................................................15 Tabela 3:Características químicas da água de produção ......................................................17 Tabela 4: Resumo das características dos efluentes domésticos..........................................18 Tabela 5: Resumo das emissoes geradas na Plataforma......................................................32 Tabela 6: Quantidade de resíduos gerados nos últimos dois anos........................................34 Tabela 7: Analise quantitativa das emissões..........................................................................37 INDICE DE FIGURAS Figura 1: Localização do Bloco 15. ...........................................................................................5 Figura 2: Plataforma FPSO Kizomba A.....................................................................................7 Figura 3: Reservatório de Petróleo............................................................................................9 Figura 4: Adaptação do Processo Produtivo...........................................................................10 Figura 5: Classificação dos Resíduos segundo a Esso..........................................................12 Figura 6: Contentores usados na Plataforma .........................................................................19 Figura 7:Contentores para o transporte dos Resíduos...........................................................21 Figura 8: Unidade de tratamento dos efluentes domésticos ..................................................24 Figura 9: Hidrociclone..............................................................................................................26 Figura 10: Tubo de despejo.....................................................................................................27 Figura 11: Queima de Gás offshore........................................................................................30 Figura 12: Hidrociclones ..........................................................................................................48 Figura 13: Interior de Hidrociclone ..........................................................................................49 Figura 14: Resumo do Processo de Gestão dos Resíduos Sólidos.......................................50 Figura 15: Residuos domésticos.............................................................................................51 Figura 16: Trituradora de resíduos instalado no Lavatório .....................................................52 Gráfico 1: Quantidade de resíduos gerados ...........................................................................35 Gráfico 2: Quantidade de agua produzida descartada ...........................................................36
  • 8. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A vi Abreviaturase Siglas AES: Angola Environmental Services BP: British Petroleum Bbl: Barril CO2: Dióxido de Carbono CO: Monóxido de Carbono COVs: Compostos Organicos Volateis CH4: Metano DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio DQO: Demanda Química de Oxigênio EEAL: Esso Exploration Angola Limited FPSO: Flutuante de Produção, Armazenagem e Escoamento (em inglês Floating Production Storage Offloading) mg/L: Miligramas por litros Mw: Mega Watt NORM: Materiais Radicativos de ocorrência Natural (Naturally Occuring Radioactive Material) Nox: Óxidos nitrosos pH: Potencial de Hidrogênio SO2: Dióxido de Enxofre PM: Materiais Particulados PPM: Parte Por Milhão SONILS: Sonangol Logistica TSS: Total de Sólidos Suspensos
  • 9. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A vii RESUMO O petróleo é a principal fonte da economia nacional. A atividade de produção petrolífera gera bastante resíduos, desde efluentes gasosos, líquidos ate resíduos sólidos. Os resíduos gerados durante a produção petrolífera apresentam características perigosas capazes de agredirem o meio ambiente e a saúde humana. Neste trabalho realizou-se uma revisão bibliográfica dos principais resíduos gerados na fase de produção petrolífera, os requisitos legais para a gestão dos resíduos assim como as principais técnicas usadas no tratamento dos resíduos. O estudo de caso foi realizado no FPSO Kizomba A, que esta localizada no município do Soyo, província do Zaire com recolhas de dados in situ a respeito dos principais resíduos gerados. A partir deste estudo no FPSO Kizomba A, pode-se constatar a importância da gestão dos resíduos sólidos e dos efluentes líquidos e gasosos para o sucesso das operações, desde a geração, tratamento e destino final. Palavras chaves: Gestão de resíduos, produção petrolífera, plataforma.
  • 10. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A viii ABSTRACT Oil is the main source of the national economy. The production activity generates enough waste oil from waste gases, liquids until solid waste. The wastes generated during oil production have hazardous characteristics capable of assaulting the environment and human health. In this work we carried out a literature review of the main waste generated during oil production, the legal requirements for the management. The case study was conducted at Kizomba A FPSO, which is located in Soyo, Zaire Province with in situ data collections about the main waste generated. It was found through this study the Kizomba A FPSO, the importance of the management of solid waste and liquid and gaseous effluents from the generation, treatment and disposal. Keywords: waste management, oil production, platform.
  • 11. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 1 1. Introdução O crescente desenvolvimento industrial vem acompanhado com uma demanda energética cada vez maior. Essa demanda é atendida muita das vezes usando os combustíveis fosseis. Os combustíveis fosseis são recursos naturais não renováveis e que foram formados a milhares de ano. Nesse grupo de combustíveis encontram-se o carvão, gás natural e o petróleo. O petróleo é o combustível fóssil mais usado. Não há duvidas que vivemos na era do petróleo, e não há indícios de que esta situação irá mudar (pelo menos significativamente) nas próximas décadas. Dependemos de seus derivados para a geração de energia, para a movimentação da maior parte dos transportes que utilizamos, e para a produção de diversos bens de consumo essenciais, oriundos da indústria petroquímica (Mariano, 2007). A produção petrolífera em Angola teve o seu inicio na década de 50 com descobertas e prospecção desse recurso na bacia do Kwanza. Na altura a maior parte das descobertas petrolíferas era em campos terrestres. Com o avanço tecnológico começaram a exploração em campos marinhos. Actualmente, a maior fonte de produção petrolífera nacional localiza-se em campos marinhos nas províncias de Cabinda e Zaire. Angola é o segundo maior produtor de petróleo em África com uma produção estimada em 100751 bbl/dia (um milhão e setecentos e cinquenta e um mil barris dia). A indústria de petróleo, em toda a sua cadeia, tem potencial para causar uma grande gama de impactos sobre o meio ambiente, tais como o incremento antropogênico do efeito estufa (que, em si, é um fenômeno natural), e o consequente aquecimento do planeta, as chuvas ácidas, a poluição atmosférica, a degradação da qualidade das águas, a contaminação de lençóis freáticos, entre outros. Pode também contribuir para a perda de biodiversidade e para a destruição de ecossistemas, que, em alguns casos, podem ser únicos (Mariano, 2007).
  • 12. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 2 É notável o fato de que a sociedade está a cada dia mais consciente do dano que as atividades antrópicas podem causar ao meio ambiente e às pessoas, assim como da perda da qualidade de vida que pode resultar da degradação ambiental. Já é amplamente reconhecida a necessidade de que as atividades potencialmente danosas ao meio ambiente sejam gerenciadas de forma a se minimizar os riscos de danos ambientais, e, ao mesmo tempo, de se assegurar o crescimento econômico e o progresso da sociedade. Embora a protecção ambiental em Angola esteja prevista na Constituição, a legislação de controlo de poluição e os padrões ambientais são extremamente deficientes. Há escassez de informações sobre os impactos do petróleo nas comunidades, nas áreas pesqueiras e na saúde pública (Ramos, 2011). O presente trabalho apresenta o diagnostico da gestão de resíduos resultantes da produção de petróleo em uma das plataformas petrolíferas localizada no bloco 15, município de Soyo, província do Zaire. Diagnosticar uma atividade do ponto de vista ambiental é interpretar a situação da empresa a partir da interação e da dinâmica de seus componentes, quer relacionados aos elementos físicos e biológicos, quer aos fatores socioculturais. Será assim apresentado nesse trabalho, a quantidade de resíduos gerados (sólidos, líquidos e gasosos), o tratamento dados aos mesmos e destino final.
  • 13. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 3 2. Objectivos 2.1. Objectivo Geral: Diagnostico da gestão dos resíduos gerados durante a fase de produção de petróleo na Plataforma Kizomba A mediante uma conformidade legal. 2.2. Objectivos Específicos:  Identificar os tipos de resíduos produzidos durante a produção de petróleo ;  Determinar a quantidade de resíduos gerados;  Identificar o pre-tratamento ou tratamento dados aos diferentes tipos de resíduos;  Identificar o destino final dos resíduos;  Identificar a conformidade legal;  Propor melhorias/recomendações para uma ainda melhor gestão dos residuos.
  • 14. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 4 3. Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração do presente trabalho foi baseada na realização de uma exaustiva revisão bibliográfica, que envolveu a consulta de livros, artigos, relatórios, e à documentação oficial da Esso Angola. Foram também consultados alguns websites. Além disso, foram conduzidas entrevistas a alguns trabalhadores da empresa ligados ao manuseio dos resíduos. Também, foram aplicadas algumas técnicas apreendidas ao longo do trabalho na plataforma. Foi elaborada uma checklist para verificação da conformidade legal.
  • 15. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 5 4. Apresentação da Empresa A Esso Exploration Angola é uma empresa petrolífera afiliada da multinacional ExxonMobil. A Esso foi designada operadora do Bloco 15, pelo Decreto-Lei No. 14/94 de 8 de Julho de 1994, que autorizou a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos no Bloco 15. A Esso tem como parceiros no bloco 15 a BP Exploration Angola Ltd (BP), a Agip Angla Exploration B.V. (Agip) e a Den Norske Stats Oljeslskap a.s. (Satoil). Figura 1: Localização do Bloco 15. Fonte: Esso Angola O Bloco 15 está localizado no município do Soyo, província do Zaire, ocupando uma área oceânica de 4.277 Km², distando a cerca de 150 km do Soyo. A profundidade das águas no bloco varia entre 250 m e 1700 m. Neste bloco existem dois modernos navios de produção de petróleo e gás pertencentes a Esso, que são o Kizomba A e Kizomba B. Block 15 Block 16 Block 17 SOUTH ATLANTIC OCEAN Angola Con go River Con go River D e m . C o n g o A ng o la C o n g o Dem. Rep. Of Congo Cabinda SOUTH ATLANTIC OCEAN AFRICA Angola Area of Interest N Cabinda Soyo Luanda (Angola) A ng o la Malongo Kwanda D e m . C o ng o A ng o la
  • 16. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 6 4.1. Politica Ambiental Política Ambiental é o conjunto das intenções e princípios gerais de uma organização em relação ao seu desempenho ambiental. A política ambiental provê uma estrutura para ação e definição de seus objetivos ambientais e metas ambientais (Mello, 2009). A politica ambiental da Esso Angola rege o seguinte:  Gerir as suas actividades empresariais com o objectivo de evitar incidentes e controlar as emissões e resíduos no sentido de mantê-los abaixo dos níveis susceptíveis de causar qualquer dano ao meio ambiente; conceber, operar e manter instalações para o efeito;  Trabalhar com o Governo e grupos industriais no sentido de promover o desenvolvimento atempado de leis e regulamentos ambientais baseados numa ciência sã e que tenham em consideração os riscos, custos e benefícios e os efeitos sobre o fornecimento de energia e produtos;  Levar a cabo e apoiar os trabalhos de pesquisa no sentido de aperfeiçoar o entendimento do impacto das suas actividades empresariais sobre o meio ambiente; aperfeiçoar os métodos de protecção ambiental, bem como aumentar as suas capacidades no sentido de que as suas operações e produtos sejam compatíveis com o meio ambiente. 4.2. Características da Plataforma A Plataforma Kizomba A é um navio flutuante do tipo FPSO (Flutuante de Produção, Armazenagem e Escoamento) que tem uma dimensão de 285 metros de comprimento e de 65 metros de largura. Tem uma capacidade de armazenar 2.000.000,00 bbl de petróleo. As instalações de produção offshore são unidades auto-suficientes e contêm todas as facilidades necessárias para viabilizar o processamento e a exportação dos hidrocarbonetos, incluindo:  Geração de energia  Tratamento de água
  • 17. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 7  Utilidades  Guindaste  Rede de Drenagem  Heliporto  Acomodações para a tripulação A plataforma Kizomba A é composta por uma área de acomodações, área de produção, e uma área de armazenamento de óleo. A área de acomodações possui 4 pisos, estando distribuídas da seguinte maneira: 1º Piso: Refeitório, ginásio, sala de lazer. 2 º Piso: escritórios, sala de controlo, lavandaria. 3º e 4º piso é destinado para o descanso dos trabalhadores, possuindo uma capacidade máxima de albergar 140 pessoas. Figura 2: Plataforma FPSO Kizomba A Fonte: Esso Angola Manual
  • 18. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 8 O Kizomba A iniciou a sua produção em Agosto de 2004, com uma produção de petróleo de 220.000 bbl/dia, a produção teve o seu pico um ano após atingindo 275.000 bbl/dia, passados 9 anos a produção do Kizomba A baixou dramaticamente para 138.000 bbl/dia.
  • 19. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 9 5. ProcessoProdutivo da Plataforma O petróleo etimologicamente provem do latim que significa Petra (pedra) e oleum (óleo), óleo de pedra. O petróleo no estado liquido é uma substancia oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre o negro e castanho (Thomas, 2004). O petróleo é constituído, basicamente por uma mistura de compostos químicos orgânicos (hidrocarbonetos). No reservatório de petróleo encontra-se o gás e também a água, no ato da sua produção esses dois fluidos acompanham o petróleo formando uma emulsão, sendo que uma separação é necessária para que se obtenha o produto desejado. Figura 3: Reservatório de Petróleo Fonte: Sapo.pt A produção é o processo de extração em si dos hidrocarbonetos e separação dos hidrocarbonetos líquidos da mistura inicial de óleo, água e sólidos. As principais atividades da produção de petróleo consistem na chegada do fluido até a superfície, na separação de seus componentes líquidos e gasosos e na remoção de impurezas (Mariano, 2007). Os fluidos produzidos passam incialmente, por separadores bifásicos ou trifásicos, actuando em serie ou paralelo. No separador bifásico ocorre a separação gás/liquido, enquanto que no separador trifásico ocorre, a separação das três fases (gás, óleo e água) (Thomas, 2004).
  • 20. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 10 Na Plataforma Kizomba A, o óleo passa por uma serie de separadores que funcionam em serie, sendo o primeiro de 3 fases de alta pressão, seguindo para um bifásico de media pressão e posterior para um bifásico de baixa pressão, a figura abaixo ilustra o tratamento do óleo. Figura 4: Adaptação do Processo Produtivo Fonte: Própria
  • 21. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 11 6. Resíduos Um desenvolvimento industrial (genericamente produtivo, ecologicamente duravel) só se verificara se forem adaptadas metodologias de produção que geram menos resíduos e emissões do que as que se verificam no processo tradicional (Oliveira, 2005). A atividade de produção petrolífera gera bastante resíduos, desde efluentes gasosos, líquidos ate resíduos sólidos. A geração de resíduos é inevitável, mas pode ser controlada, pelo que foram desenvolvidos regulamentos e decretos para a gestão dos resíduos no sector petrolífero. Resíduos podem ser definidos como substâncias, produtos ou objectos que ficaram incapazes de utilização para os fins para que foram produzidos, ou são restos de um processo de produção, transformação ou utilização e, em ambos os casos, pressupõem que o detentor se tenha de desfazer deles. Os residuos podem ser solidos, liquidos ou gasosos. A caracterização tem um papel importante em qualquer tratamento de resíduos que possa ocorrer, sendo por isso uma ferramenta essencial no âmbito de uma gestão integrada de resíduos. Segundo o decreto 190/12 de 24 de agosto, os resíduos classificam-se em perigosos e não perigosos. Resíduos perigosos: são resíduos que contem uma ou mais características de riscos por serem inflamáveis, explosivos, corrosivos, tóxicos, infeciosos ou radiativos, ou por apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo para a saúde humana e de outros seres vivos e para a qualidade do meio ambiente. Resíduos não perigosos: são aqueles que não apresentam as características acima mencionadas.
  • 22. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 12 6.1. Classificação dos resíduos segundo a Esso Angola A Esso classifica os seus resíduos em restrito e não restritos. Resíduo Restrito: É todo resíduo que representa um potencial risco para a saúde humana e / ou ao meio ambiente. Exige tratamento químico ou físico antes da eliminação, devido a certas características nocivas tais como: inflamáveis, explosivos, corrosivos, reativos, tóxicos, infecciosos, radioativos. Resíduo Não Restrito : É todo resíduos que não apresenta potenciais riscos para a saúde humana e / ou para o ambiente e pode apenas exigir tratamento mecânico antes da eliminação ou pode ser depositado diretamente para um aterro, a menos que seja reciclável. A figura abaixo apresenta a classificação dos resíduos segundo a Esso. Resíduo da EEAL (Classificado) Restrito Não Restrito Resíduo Domestico Sobras de Madeira Sucata de Metal Resíduo Operacional Resíduo Médico NORM Figura 5: Classificação dos Resíduos segundo a Esso Fonte: Esso, 2003
  • 23. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 13 Dentro dos resíduos operacionais podemos encontrar filtros de óleo, absorventes, lâmpadas, pilhas e baterias. Os resíduos médicos são compostos principalmente por gazes usadas, laminas e agulhas. A tabela abaixo (tabela 1) apresenta os principais resíduos que podemos encontrar em cada uma das categorias.
  • 24. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 14 Tabela 1: Exemplos de residuos Restritos Não Restritos Operacionais Medico NORM Sucatas de Metal Sobras de Madeiras Resíduo Domestico Filtros de óleo usados/Material Absorvente Óleo usado/ Restos de óleo/ Lodo Tintas / Solventes de Tintas Inibidores de corrosão ou incrustação Desemulsificantes / Surfratantes Material Corrosivo Ácidos/ Cáusticos Baterias – Lâmpadas Flurescentes Areias produzidas/ Sólidos / Lamas Agulhas, Seringas, Cestos de lixo médico, Kits de recolha de Fluidos corporais Cotonetes / gazes Lodo,revestime nto de poço, tubos, equipamento contaminados Garrafas de gás comprimido vazias Correntes/ Fios/ Canos/Tudos Filtros de água Contentores/latas Vasios e Lavados de: Alimentos Tintas Solventes Paletes, Caixas Lixo de escritório Lixo dos quartos Construção / Restos de demolição Restos de Comida Vidro/ Plástico/ Borracha Recipientes metálicos de alimentos Cartão Mangueiras de borracha e cordas Fonte: Esso Angola, 2003.
  • 25. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 15 6.2. Resíduos gerados no FPSO A Os resíduos gerados na plataforma são provenientes das acomodações (escritórios, cozinha, e posto medico) e do processo fabril de óleo. A tabela abaixo sumariza os tipos de resíduos produzidos na plataforma. Tabela 2:Resíduos gerados na Plataforma Tipos de resíduos Classificação de acordo o decreto 190/12 Absorventes usados Resíduos Perigosos Materiais Radiativos de Ocorrência Natural (NORM) Lâmpadas fluorescentes Filtros de óleo Areia Produzida Tambores de óleos usados Pilhas e baterias Efluentes Domésticos Líquidos e sólidos de desidratação de gases Resíduos de limpeza de equipamentos de processos Água de produção Resíduos hospitalares Latas de tintas, aerossóis. Cartucho de impressão Recicláveis: papel, plásticos, madeira, vidro, metal não contaminado, óleo de cozinha. Não recicláveis: Restos de comida Resíduos não perigosos Fonte: Própria
  • 26. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 16 6.3. Caracterização dos resíduos Absorventes oleosos: os absorventes são materiais usados para limpar as áreas em que houve uma fuga de líquidos. Os absorventes são materiais sólidos que possuem uma grande capacidade de absorver os líquidos. Este resíduo é normalmente gerado durante a manutenção de equipamentos limpeza na plataforma, e durante fugas de líquidos no sistema. Areia produzida: a areia chega à superfície acompanhada com o petróleo. Embora gerada em poucas quantidades na plataforma, esse resíduo tem tendência de se acumular nos separadores (EEAL, 2012). Água de Produção: é água presente na formação e que chega a superfície associada ao petróleo produzido. A água de produção é um subproduto indesejável que está sempre presente nos reservatórios de petróleo, representando o maior volume de subproduto indesejado nas maiores partes das plataformas de produção de petróleo. O volume de água produzida gerada aumenta com a redução da produção de petróleo e com o envelhecimento dos poços. Nas atividades de exploração, perfuração e produção a água produzida representa 98% dos efluentes gerados (Thomas, 2004). A água de produção é muito corrosiva, inflamável, toxica apresentando sérios riscos para a saúde humana e do meio ambiente. As suas características variam de campo a campo e de reservatório a reservatório. A tabela abaixo apresenta as características da água de produção geradas no FPSO A.
  • 27. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 17 Tabela 3:Características químicas da água de produção Fonte: Esso Caracteristicas Resultado (mg/L) pH 5.09 Sulfatos (SO42-) 35 Cloretos (Cl-) 52000 Nitrato (NO3) 2.0 Chumbo (Pb) 5.0 Sodio (Na) 28000 Calcio (Ca) 3200 Aluminio (Al) 2.0 Manganes (Mn) 0.5 Potassio (K) 240 Silicio (Si) 17 Ferro (Fe) 18 Niquel (Ni) 3.0 Bario (Ba) 98 Cobre (Cu) 0.5 Magnesio (Mg) 860 Zinco (Zn) 2.0 Cobalto (Co) 3.0 Cromio (Cr) 0.5 Molibidio (Mo) 13 Durante o tratamento de óleo, a água produzida é obtida nos separadores trifásicos bem como nos tanques de armazenamento de petróleo. Para inibir a separação entre as fases de óleo e gás são injetados alguns compostos químicos durante o processo de tratamento de óleo. Esses compostos químicos incluem os biocidas, inibidores de corrosão, e quebradores de emulsão, muito desses compostos químicos são solúveis no petróleo, e permanecem na fase do óleo.
  • 28. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 18 Contudo, alguns compostos permanecem na fase da água e podem aumentar a toxicidade da água de produção (Kenneth Lee, 2011). NORM: os materiais radiativos podem também estar presente no petróleo, o mesmo provem dos reservatórios em que o petróleo foi formado. Materiais como Uranio (U-238), Radio (Ra-228) e Tório (Th-232) encontram-se dissolvidos em pequenas concentrações devido a reação entre a formação e a água (John A. Veil, 1998). Os materiais radiativos que acompanham o petróleo a superfície tem tendência de acumular-se nos separadores, por ser o primeiro local por onde passa o petróleo quando esta na superfície. Efluentes domésticos: correspondem aos efluentes gerados nas acomodações nomeadamente nas unidades sanitárias, cozinha, lavandaria e posto medico. Os mesmos podem ser perigosos ou não perigosos dependendo das propriedades químicas ou físicas desses efluentes. Esses fluentes apresentam alguns sólidos dissolvidos ou por vezes suspensos, nota-se também a presença de algumas bactérias ou vírus, nitratos e cloretos. A tabela abaixo sumariza as características dos efluentes domésticos. Tabela 4: Resumo das características dos efluentes domésticos Fonte: Esso Características Resultado pH a 25° C 6.6 Condutividade a 25° C 2985 DQO mg/L 220 DBO mg/L 18 TSS mg/L 10.5 Fe (ferro) mg/L 0.75 Cl (Cloro) livre mg/L 0.5
  • 29. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 19 7. Gestão dos Resíduos Sólidos A gestão dos resíduos sólidos é imprescindível para o sucesso das operações e segurança dos trabalhadores e a proteção do meio ambiente. De acordo com o Decreto executivo n.º 8/05 de 5 de Janeiro, establece no artigo 6 que os “Os desperdícios devem ser mantidos em contentores e/ou pacotes adequados, a fim de impedir a contaminação do ambiente, tanto durante o transporte como durante o armazenamento.” Os resíduos sólidos gerados na plataforma são armazenados em contentores de plásticos que estão localizados em diversas áreas da plataforma. Os contentores possuem rótulos nas tampas para facilitar a identificação do tipo de material a ser depositado. Concomitantemente, os rótulos presentes nos contentores indicam os tipos de equipamentos de proteção individual que deve ser usado pela pessoa que estiver a manusear os resíduos. Figura 6: Contentores usados na Plataforma Fonte: Própria
  • 30. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 20 7.1. Tratamento dos resíduos sólidos Define-se tratamento de resíduos como qualquer processo que altere as suas características, composição, ou propriedades, de maneira a tornar mais aceitável sua deposição final ou simplesmente sua destruição (Carvalho). Estes métodos se processam por uma ou mais das seguintes formas:  Convertendo os constituintes perigosos em menos perigosos ou insolúveis.  Destruindo quimicamente produtos indesejáveis  Separando da massa de resíduos os constituintes perigosos, com consequente redução do volume a ser disposto.  Alternando a estrutura química de determinados produtos, tornando mais fácil sua assimilação pelo meio ambiente. Os restos de alimentos são depositados em baldes metálicos que estão localizados apenas na cozinha. Os trabalhadores de catering são os responsáveis pela colheita desse resíduo. Os restos de alimentos tem como destino final o mar, mas antes de serem descartados no mar, devem sofrer uma trituração com o objetivo de reduzir o diâmetro das partículas a 25 mm. Nas instalações offshore tratar os resíduos sólidos é uma tarefa desafiante comparando com os efluentes líquidos. O tratamento dos resíduos sólidos gerados na plataforma é tarefa da Angola Environmental Services (AES). Os resíduos sólidos de origem domestica como os papeis, caixas, plásticos e latas sofrem uma compactação antes de serem transportados para a unidade de tratamento, e depois são armazenados em sacos resistentes e colocados nos contentores de metais como mostra a figura abaixo.
  • 31. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 21 Figura 7:Contentores para o transporte dos Resíduos Fonte: própria Embora a AES se encarregue de tratar os resíduos perigosos e de dar o destino final do mesmo, algumas técnicas são usadas na plataforma de forma a dar um pre-tratamento aos resíduos, como: Redução do teor de liquido presente nos resíduos sólidos, os líquidos remanescente nos tambores são bombeados para um tanque antes do seu descarte. Redução de volume de alguns matérias sólidos: papeis, papelão, latas são enviadas a uma compactadora com a finalidade de reduzir o seu volume.
  • 32. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 22 7.2. Destino Final dos Resíduos Sólidos A destinação final dos resíduos representa a etapa final na logística de movimentação de resíduos. A destinação final dos resíduos depende das características que os mesmos apresentam. Os resíduos gerados são transportados da plataforma por embarcações de apoio. Antes de serem colocados nos barcos, os resíduos são pesados através de um sensor existente na grua. Os resíduos gerados têm o seguinte destino: Resíduos não perigosos como sobras de madeiras, resíduos domésticos (papel, plásticos, mangueiras, latas de comida, etc) e sobras de metais têm como destino a base do Kwanda no Soyo. Da base do Kwanda os resíduos que podem ser reciclados são enviados a uma fabrica de reciclagem sendo que os demais tem como destino o aterro sanitário do Soyo (EEAL, 2012). Resíduos perigosos são enviados para a base da SONILS que está localizada em Luanda, sendo à posterior enviada a empresa que trata dos resíduos. De acordo com o plano de gestão da empresa, os resíduos perigosos que chegam a AES sofrem uma incineração. A incineração é o processo que visa à queima controlada de resíduos na presença de oxigênio. Tem como objetivo primordial a transformação desses resíduos em material inerte por meio de reações químicas e processos físicos a elevadas temperaturas. Após o processo de incineração, os resíduos são depositados no aterro. Os resíduos radioativos são depositados em reservatórios isolados.
  • 33. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 23 8. Gestão dos Efluentes Entende – se por efluentes líquidos todos os despejos líquidos a partir do uso de recursos hídricos e passíveis de serem submetidos a tratamento antes de serem lançados, direta ou indiretamente, nos corpos hídricos receptores. Os efluentes gerados na plataforma são classificados em três grupos:  Efluentes domésticos;  Efluentes Perigosos;  Efluentes Não Perigosos. Os efluentes domésticos são os gerados nas áreas de acomodações, e possui um sistema de drenagem independente. Os efluentes perigosos: inclui a água de produção, os restos de óleos, assim como a água de lavagem. Apesar de água de produção ter um sistema independente de tratamento, os outros dois efluentes partilham o mesmo sistema de tratamento. Os efluentes não perigosos são os que não estão contaminados por óleo. Encontram-se nesse grupo a água de lastro, água de incêndio, e água de chuvas. 8.1. Tratamento dos Efluentes Domésticos Os efluentes domésticos provenientes da lavandaria, quartos de banho, cozinha e posto medico são direcionados a uma unidade de tratamento por intermédio de condutas. Os processos de tratamento dos efluentes domésticos consistem num conjunto de ações físicas, químicas e biológicas que visam minimizar o teor de contaminantes presentes na água antes do seu descarte. O tratamento dos efluentes domésticos começa na fonte, onde se encontram instalados pequenas grades (filtros) que impedem a passagem de sólidos grosseiros para a unidade de tratamento. Os sólidos de pequena dimensão que atravessam a primeira filtragem são recuperados na trituradora, sofrendo assim uma trituração.
  • 34. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 24 A unidade de tratamento dos efluentes domésticos consiste em dois tanques Redfox e um tanque de reserva. A figura abaixo ilustra um dos tanques de tratamento. Figura 8: Unidade de tratamento dos efluentes domésticos Fonte: Própria Os tanques estão equipados com bombas, e ventiladores. Dois tanques trabalham em simultâneo para o tratamento dos efluentes sendo que o terceiro é apenas usado em caso de manutenção em um dos anteriores tanques mencionados. Os tanques possuem três secções sendo uma de aeração, clarificação, e desinfeção. Os efluentes chegam à seção de aeração onde por intermédio de ventiladores recebem o oxigênio, que é fundamental para o desenvolvimento das bactérias que pelas suas ações ajudam na estabilização da matéria orgânica. Na secção de clarificação, acontece o processo de sedimentação dos sólidos presentes na água, estando assim os efluentes prontos para serem enviado para a desinfeção.
  • 35. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 25 A desinfeção é a ultima fase de tratamento dos efluentes domestico. A desinfeção é feita pela injeção de cloro. O cloro é bombeado constantemente. Os efluentes domésticos tem como destino final o mar, antes de serem descartados são conduzidas analise de cloro na água, a mesma devem estar entre 0.8-1.5 mg/L. Essas analises são conduzidas uma vez por dia. 8.2. Tratamento da Água de Produção A água de produção é o efluente gerado em maior volume durante a fase de produção. Devido às características que ela apresenta ela deve ser tratada antes do seu descarte para o oceano. A lei angolana de descargas operacionais exige um limite de 40 ppm para o descarte desse efluente no mar. O tratamento da água de produção consiste em fazer passar a água em uma serie de equipamentos ao fim de reduzir o teor de óleo com ajuda de injeção de químicos. Tipicamente, a água proveniente dos separadores é enviada para os hidrociclones, seguindo dai para um vaso degaseificador e finalmente para um tubo de despejo. Os hidrociclones removem o teor de óleo da água pela ação da força centrifuga. A água oleosa é introduzida sob pressão tangencialmente no trecho de maior diâmetro, sendo direcionada internamente em fluxo espiral em direção de trecho de menor diâmetro. Este fluxo é acelerado pelo continuo decréscimo de diâmetro, criando uma força centrifuga que força os compartimentos mais pesados (água e sólidos) contra paredes. Devido ao formato cônico do hidrociclone e ao diferencial de pressão existente entre as paredes e o centro, ocorre, na parte central do equipamento um fluxo axial reverso. Esta fase liquida central contendo óleo em maior proporção é denominada rejeito (Thomas, 2004).
  • 36. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 26 Figura 9: Hidrociclone Fonte: (Candido, 2011) O rejeito obtido nos hidrociclones é enviado para os separadores ao fim de recuperar o óleo. A função do vaso desgaseificador é remover os traços de gás ainda presentes no liquido. Geralmente é um separador trifásico de baixa pressão. Os gases separados são enviados para um dispositivo de queima (tocha) (Thomas, 2004). A injeção de químicos é feita na entrada do vaso desgaseificador para ajudar na separação entre o óleo e a água, o químico usado é o clarificador de água. Durante a entrada do efluente no vaso desgaseificador é injetado gás para ajudar na libertação dos gases que se encontra dissolvidos na água. O tubo de despejo é o ultimo lugar por onde passa a água antes do seu descarte para o oceano. O tubo apresenta câmaras de decantação e anteparos de retenção para promover o tempo extra de residência para separar qualquer óleo remanescente.
  • 37. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 27 Figura 10: Tubo de despejo Fonte: (Candido, 2011) 8.2.1 Destino final da Água de Produção A água de produção gerada na plataforma pode ter três destino: Descarte no mar: para a água de produção ser descartada no mar é necessário que a mesma tenha um limite de 40 ppm, a lei ainda permite picos diários de até 45 ppm. Antes de ser descartada, faz-se a analise do teor de óleo. Reinjeção: a disponibilidade, o custo e outras características apresentada pela água fazem com que ela seja o principal fluido utilizado na recuperação de óleo. A água de produção após a saída dos vasos desgaseificador é enviada para uma unidade de filtragem com o fim de remover algumas partículas que elas possam conter. Tanque de armazenamento: no caso da água não apresentar os padrões exigidos para o seu descarte ou ainda não for necessária a sua reinjeção nos reservatórios, ela é enviada para o tanque de armazenamento. Nesses tanques a água é armazenada por um determinado período de tempo para permitir a retenção e separação do óleo e da água. O óleo obtido é enviado para o reprocessamento, enquanto que a água segue o seu percurso para os hidrociclones e culmina com o descarte no mar.
  • 38. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 28 8.3. Outros efluentes A água de lavagem é gerada durante a manutenção de equipamentos como compressores, turbinas e outros. Essa água é direcionada para um sistema de tratamento de efluentes perigosos, antes do seu descarte. A água de lastro é usada para dar estabilidade das instalações. Essa água é captada no mar, e é reutilizada. A mesma não sofre nenhum tratamento em caso de for descartada. Os restos de óleos são enviados para um tanque de armazenamento, e posterior seguem para o reprocessamento.
  • 39. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 29 9. Gestão das Emissões Durante a produção de petróleo, ocorrem emissões de gases de efeito de estufa, poluentes orgânicos, materiais particulados e COVs. A quantificação dessas emissões ao longo de todo o processo nem sempre é possível e nem sempre são evidentes. As emissões que ocorrem podem ser divididas em: (1) emissões derivadas de operações normais; (2) manutenção e; (3) imprevistos (system upsets) e acidentes. Tipicamente, a maioria das emissões é proveniente de operações normais. (i) Operações normais: as emissões podem ser divididas em duas fontes principais: venting e flaring (ventilação e queima) e descargas do processo de ventilação, vazamentos crônicos, etc. Queima, purga e exaustão de gases (venting e flaring) – Queima constante ou periódica de gás associado e de significativas quantidades de hidrocarbonetos durante testes e desenvolvimento de poços, assim como da queima contínua de gases em flares, com a finalidade de eliminar gases de tanques de armazenamento e controlar a pressão dos poços; As atividades de venting libertam CH4 porque o gás ventilado normalmente possui uma grande quantidade de metano. Se o excesso de gás for queimado em flares, as emissões de metano dependerão da eficiência do processo de queima.
  • 40. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 30 Figura 11: Queima de Gás offshore Fonte: (Wikipedia, 2012) Processos de combustão em equipamentos tais como motores a diesel e turbinas a gás – Combustão de combustíveis gasosos e líquidos em unidades de geração e/ou consumo de energia (geradores e bombas, turbinas a gás, motores de combustão interna) nas plataformas; A energia é garantida pela queima de gases nas 3 turbinas a gás, com capacidade de geração de 20 Mw para cada turbina. O gerador de gás inerte é outro equipamento que usa gás ou diesel para produzir gás inerte (CO2). O gás inerte é utilizado nos tanques para garantir que se mantenha uma pressão estável. Emissões fugitivas de gases decorrentes de operações de carga e descarga, armazenamento e perdas em equipamentos de processo – Evaporação ou ventilação de hidrocarbonetos durante as diferentes operações para sua produção, tratamento, transporte e armazenamento;
  • 41. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 31 Emissões de dispositivos pneumáticos (controles operados a gás, como válvulas) dependem do tamanho, tipo e idade do dispositivo, da frequência da operação e da qualidade da manutenção; (ii) Manutenção: inclui atividades regulares e periódicas desenvolvidas na operação das instalações. Essas atividades podem ser conduzidas de forma frequente, como lançamento e recebimento de pig (do inglês pipeline inspection gauge; em português, dispositivo para inspeção de dutos) no gasoduto, ou de forma esporádica, como a evacuação de dutos (blowdown) para testes periódicos. Em cada caso, os procedimentos requeridos resultam na liberação de gases do equipamento afetado. Liberações desse tipo também podem ocorrer na manutenção de poços (well workovers) e durante a substituição ou manutenção de encaixes. (iii) Imprevistos e acidentes: os imprevistos são definidos como eventos não planejados que afetam o sistema, sendo o mais comum um súbito aumento de pressão, originado na falha do regulador de pressão. O potencial para aumentos súbitos de pressão é considerado no desenvolvimento de instalações, que contam com um sistema para aliviar a pressão que protege o equipamento do dano causado pelo aumento da pressão. Sistemas como esse podem ter estruturas diferentes. Em alguns casos, os gases liberados através das válvulas reguladoras de pressão podem ser coletados e transportados para um flare para combustão ou, comprimidos novamente e reinjetados no sistema. Nesses casos, as emissões de metano associadas a eventos de regulagem de pressão serão pequenas. Em instalações mais antigas, sistemas reguladores de pressão podem ventilar os gases diretamente na atmosfera ou enviar gases para sistemas de flare, em que a combustão completa pode não ser alcançada (Avzaradel & Paciornik, 2010).
  • 42. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 32 9.1. Emissões geradas A fonte predominante de cada emissão varia consoantes as propriedades do equipamento e o combustível utilizado, da seguinte forma: Tabela 5: Resumo das emissões geradas na Plataforma Fonte: Esso Angola Emissão Fonte de Emissão Predominante CH4 Carga do Petroleiro, Emissões Fugitivas dos Processos do FPSO CO Geração de Energia do FPSO, Queima em Facho do FPSO CO2 Geração de Energia do FPSO, Queima em Facho do FPSO COVs Emissões Fugitivas nos Processos do FPSO, Carga do Petroleiro Nox Geração de Energia do FPSO/ Queima em Facho do FPSO PM Geração de Energia do FPSO, Queima em Facho do FPSO SO2 Operações da Embarcação de Apoio, Carga do Petroleiro 9.2. Tratamentos dos gases Tratar os gases consiste em retirar os seus poluentes antes de serem emitidos para a atmosfera. Para tratar os gases podem ser usados métodos indirectos ou directos. Os métodos indirectos são os métodos conseguidos através da mudança de processo/ equipamento, alteração da matéria química por outras mais adequadas, manutenção de equipamentos e operação dos mesmos dentro da sua limitação, sempre com o objetivo de prevenir o escape ou formação de gases (Lisboa & Schirmer, 2007).
  • 43. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 33 Métodos directos, esses métodos incluem técnicas destrutivas como incineração, e biofiltração, e técnicas recuperativas como adsorção e condensação. Os equipamentos como tanques, bombas, separadores e compressores estão equipados com válvulas de alivio de pressão. Essas válvulas libertam os gases em situações de aumento de pressão no sistema. O alivio de pressão dos tanques de hidrocarbonetos é feita de maneira que os gases sejam emitidos mais distantes da plataforma. Os gases libertados pelas válvulas de separadores, compressores são reencaminhados para flare a fim de serem queimados. Antes de atingirem a flare, os gases passam para os separadores a fim de retirar alguns dos condensados que os gases possam transportar. Na saída dos separadores estão instalados filtros para que permitam a remoção de algumas partículas que o gás possa transportar. O gás usado para a geração de energia é tratado usando o método de absorção. Segundo, Lisboa (2007), absorção é uma transferência de massa de fase uma fase gasosa para uma fase liquida. Ela consiste na transferência de um componente (absorbato) presente em fase gasosa (gás de arraste) para um liquido (absorvente). O gás após passar o primeiro estagio de compressão é enviado para as torres de desidratação. As torres de desidratação utilizam o glicol para remover o teor de água contido no gás.
  • 44. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 34 10. Resultados e Discussões Fez-se um levantamento de resíduos sólidos gerados nos últimos dois anos, os mesmos são apresentados na tabela abaixo; Tabela 6: Quantidade de resíduos gerados nos últimos dois anos. Fonte: Própria Resíduo Total Gerado 2011 (T) Total Gerado 2012 (T) Total Domésticos 102.63 53.67 156.3 Sucatas de Metal 53.13 90.94 144.07 Material Isolante 0.0 9.51 9.51 Madeira 21.59 31.91 53.5 Mangueiras 0.0 1.21 1.21 Silicato de Cálcio 0.0 4.13 4.13 Resíduos Médicos 0.0 0.07 0.07 Tambores Usados 52.45 19.1 71.55 Filtros Usados 20.05 12.99 33.04 Absorventes Contaminados 20.05 12.99 33.04 Baterias e Pilhas 0.0 0.16 0.16 Lâmpadas Fluorescentes 0.0 0.03 0.3 Extintores 0.0 1.0 1.0
  • 45. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 35 Gráfico 1: Quantidade de resíduos gerados Fonte: Própria No ano de 2010 a EEAL anuncio novas descobertas no bloco 15, começando assim o desenvolvimento do projecto satélite. Durante a fase de desenvolvimento do projecto satélite o numero de pessoas a trabalhar na plataforma aumentou, facto que levou a organização a alugar um navio hotel para hospedar os trabalhadores. Com o projecto Satélite, o numero de resíduos domésticos atingiu o seu pico, tendo baixado consideravelmente em 2012, que marcou o arranque da produção deste projecto. O crescimento de sucatas de metais na plataforma deve-se a substituição de corrimãos na maior parte das escadas na plataforma, assim como a substituição de alguns equipamentos metálicos. Por estarem expostos aos agentes atmosféricos, os 0 20 40 60 80 100 120 Q u a n t i d a d e ( T ) Residuos gerados 2011 2012
  • 46. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 36 corrimãos tendem a se degradar facilmente, presume-se que esse resíduo tende a aumentar consoante o envelhecimento da plataforma. Nota-se um decréscimo na produção de resíduos perigosos, essa redução deve-se a reparação de algumas fugas que havia no processo produtivo, que obrigavam o consumo exagerado de produtos químicos, assim como de absorventes para limpar a área de ocorrência. A cada 10 anos os extintores devem ser substituídos, assim sendo presume- se que nos próximos tempos haverá a produção desses resíduos. 10.1. Analise dos efluentes A água de produção é um efluente perigoso, e que é gerado em grandes quantidades. O gráfico abaixo indica a quantidade de agua de produção descartada nos últimos dois anos na plataforma. Gráfico 2: Quantidade de agua produzida descartada Fonte: Própria Conforme indica o gráfico, no ano de 2012 foi descartado uma quantidade maior de água de produção comparando com o ano anterior. Esse aumento deve-se a entrada em funcionamento do campo satélite. Pesquisas indicam que a produção 1800000 1850000 1900000 1950000 2000000 2050000 2100000 2150000 2011 2012 Volume em m3 Ano
  • 47. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 37 desse efluente tende a aumentar com o envelhecimento dos poços. Significa que nos próximos anos essa produção pode vir a aumentar drasticamente. 10.2. Analise das emissões Para a quantificação das emissões foram usadas os dados do estudo de impacto ambiental elaborada em 2001. Os dados na altura representavam uma estimativa das emissões. Tabela 7: Analise quantitativa das emissões Fonte: Esso Emissões 2008 2009 CH4 834 800 CO 1,752 1,728 CO2 786,540 779,785 COV 3,422 3,396 NOX 3,426 3,407 PM 1,087 1,069 SO2 620 610 Nota-se o decréscimo da emissão de gases para atmosfera à medida que o tempo de vida da plataforma vai aumentando. O CO2 é o principal gás emitido na plataforma, essa emissão tende a reduzir devido à existência da Angola LNG que vem aproveitando o gás que outrora era queimado. As emissões de COVs também sofreram uma redução, devido ao facto de melhorias no processo produtivo.
  • 48. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 38 11. Conclusão Na fase de produção de petróleo são gerados resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Os resíduos gerados são classificados de acordo com o seu grau de perigosidade. Os resíduos sólidos são armazenados temporariamente em contentores de plásticos impermeáveis e a posterior são enviados para as bases do Kwanda e SONILS dependendo do grau de perigosidade. De acordo com os dados colhidos, os resíduos domésticos foram os resíduos sólidos gerados em maior quantidade nos últimos anos, seguidos pelos resíduos metálicos. A deficiente segregação existente na plataforma, não permite a valorização de outros resíduos (papel, plástico, cartões, e vidros). A maior parte dos efluentes gerados tem como destino final o mar excetuando os produtos químicos e o petróleo. Antes do descarte para o mar os efluentes são enviados para uma unidade de tratamento. Os dados indicam um aumento na produção de água, e presume-se que a produção deste efluente venha aumentar nos próximos anos. A principal fonte de emissão é a queima de gases na flare (tocha), e o CO2 é o principal gás emitido. A quantificação das emissões nem sempre é possível, facto que levou a inexistência de dados para os últimos dois anos. A inexistência de dados recentes torna difícil presumir o futuro das emissões na plataforma. A gestão de resíduos é o maior problema das indústrias por acarretarem muitas das vezes custos indesejados. De forma a evitar custos indesejados, as indústrias devem rever as suas atividades, praticas, matérias primas usadas e melhorias de processo de forma a buscar a redução da geração dos resíduos.
  • 49. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 39 12. Recomendações De forma a tirar o melhor proveito dos resíduos gerados, assim como reduzir a geração de resíduos na plataforma recomenda-se o seguinte: Operar os equipamentos dentro dos limites: os equipamentos tem um limite de operação que é recomendado pelo fabricante, esses limites devem ser levados em conta de forma a evitar emissões desnecessárias. Captura do dióxido de carbono: o dióxido de carbono é o principal gás emitido na plataforma, já existe tecnologia que permite captar esse gás nas saídas e injetar nos reservatórios de forma a reduzir a quantidade de emissões desse gás. Educação ambiental dos trabalhadores/ colaboradores: de forma a permitir com que haja maior motivação dos trabalhadores a participarem na gestão dos resíduos gerados e talvez propuser soluções de problemas e melhorias no sistema de gestão ambiental. Separar os resíduos recicláveis dos demais: os resíduos como papel, papelão, latas e plásticos devem ser separados dos demais de forma a impedir com que eles sejam contaminados ou mesmos sujos pelos demais resíduos domésticos. Quantificar outros efluentes: os efluentes como águas residuais domesticas e resultantes de lavagem devem ser quantificadas para propor melhorias na gestão dos mesmos. Usar os dois versos das folhas: no acto de fotocopia de documentos, ou impressão deve-se usar os dois versos da folha de forma a reduzir a quantidade de papel descartado e usado.
  • 50. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 40 13. Anexos 13.1. Anexo I: Checklist da conformidade legal Lei geral de actividade petrolifera Lei geral de actividade petrolifera Decreto Lei nº 10/04 de 12 de Novembro Requisito Legal S Sim N N/A n Não Art 19º (1) O operador é indicado no decreto de concessão sob proposta da Concessionária Nacional e deve ser uma entidade de reconhecida idoneidade e capacidade técnica e financeira. X X Art 23º No exercício das operações petrolíferas devem ser observadas a legislação em vigor e as práticas geralmente aceites na indústria petrolífera internacional relativas às condições de segurança, higiene e saúde no trabalho. x X Art 24º (1) No exercício das suas actividades, as licenciadas, a Concessionária Nacional e suas associadas devem tomar as precauções necessárias para a protecção ambiental, com vista a garantir a sua preservação, nomeadamente no que concerne à saúde, água, solo e subsolo, ar, preservação da biodiversidade, flora e fauna, ecossistemas, paisagem, atmosfera e os valores culturais, arqueológicos e estéticos. X X Art 25º As licenciadas, a Concessionária Nacional e suas associadas são obrigadas a reparar os danos que causarem a terceiros no exercício das operações petrolíferas, excepto se provarem que agiram sem culpa. X X
  • 51. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 41 Art 73º (1,2) É obrigatório o aproveitamento do gás natural produzido em qualquer jazigo de petróleo sendo expressamente proibida a sua queima, excepto por um curto período do tempo e quando necessário por motivo de ensaios ou por outras razões operacionais. Os planos de desenvolvimento dos jazigos petrolíferos devem ser sempre concebidos de forma a utilizar, conservar ou aproveitar comercialmente o gás associado. X X
  • 52. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 42 Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Decreto 190/12 de 24 de Agosto: Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Requisito Legal Sim N N/A Não Art 7º (1) Todas as entidades publicas ou privadas que produzem resíduos ou que desenvolvem actividades relacionadas com a gestão de resíduos, devem elaborar um plano de gestão de resíduos, antes do inicio da sua actividade X X Art 9º (a) Minimizar a produção e perigosidade de resíduos de qualquer categoria X X Art 9º (b) Garantir o tratamento dos resíduos antes da sua deposição X Art 10 º (1) As instalações e equipamentos destinados a deposição, tratamento, aproveitamento, valorização ou eliminação de resíduos estão sujeitos ao licenciamento ambiental, nos termos da legislação sobre o licenciamento ambiental. X
  • 53. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 43 Regulamento Sobre Gestão, Remoção e Depósito de Desperdícios Decreto executivo n.º 8/05 de 5 de Janeiro : Regulamento Sobre Gestão, Remoção E Depósito De Desperdícios Requisito Legal S Sim N N/A N Não Art 3º (1), a,b,c O operador e as outras empresas petrolíferas devem elaborar e manter actualizado um plano de gestão X X Art 4º (1) O operador e as outras empresas petrolíferas são responsáveis pelo teor técnico e científico do plano de gestão, remoção e depósito de desperdícios x X Art 4º (2) O operador e as outras empresas petrolíferas devem tomar as medidas necessárias para assegurar que o manuseamento, tratamento e eliminação de desperdícios, quando realizado por terceiros, seja feito de acordo com o presente regulamento X Art 5º(a) Redução da fonte, por utilização de métodos que minimizem a quantidade de desperdícios gerada ou que reduzam a concentração de substâncias nocivas no desperdício através de práticas mais eficientes. x X Art 5º(b) Reutilização dos materiais e/ou produtos x X Art 5º (C) Reciclagem dos materiais e/ou produtos; x X
  • 54. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 44 Art 5º (d) A utilização dos resíduos como matéria-prima para outros sectores; X X X X Art 5º € Devolução aos fornecedores. X X Art 6º (1) Os desperdícios devem ser mantidos em contentores e/ou pacotes adequados, a fim de impedir a contaminação do ambiente, tanto durante o transporte como durante o armazenamento x X Art 6º (4) Todo o local de armazenamento de desperdícios deve ser devidamente identificado, sinalizado e protegido. X Art 7º (1) Os métodos de remoção e tratamento de desperdícios devem adequar-se ao risco que comprovadamente estes representem para o ambiente e devem ser aplicados em conformidade com a melhor tecnologia disponível, tendo em consideração a melhor relação entre a segurança no decurso das actividades, o custo e o benefício ambiental. x X Art 7º (2) Os desperdícios contendo quantidades significativas de materiais radioactivos devem ser depositados assegurando o seu isolamento e impossibilitando o contacto com o ambiente x X
  • 55. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 45 Regulamento sobre a gestão das descargas operacionais Decreto do Executivo 224/12 de 16 de Julho de 2012 Regulamento sobre a gestão das descargas operacionais Requisito Legal S Sim N N/A Não Art 6º (1) É proibida a descarga directa de produtos químicos no mar. X X Art 6º (2) Os derrames de produtos químicos devem ser tratados de acordo com os procedimentos instituídos nos Planos de Contingencia e Resposta a Emergências elaborados pelo Operador e aprovados pelo Ministério dos Petróleos. X X Art 9º (1) A media mensal do teor de óleo na corrente de descarga de água de produção não deve ultrapassar 30 partes por milhão (ppm), sendo permitidos picos diários de ate 45 partes por milhão (ppm). X X Art 9º (3) O teor de óleo na água descarregada, bem como o teor de gorduras, devem ser medidos diariamente, por análises de amostra recolhida no ponto de descarga. X X Art 9º (4) Durante o período de descarga devem ser realizadas observações visuais diárias da superfície do mar, para detecção da formação de película de óleo. X X Art 10º (1) As descargas de água de arrefecimento devem ser efectuadas nos primeiros 15 (quinze) metros de profundidade, medidos a partir da superfície do mar. X X
  • 56. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 46 Art 11º (1) O Operador deve assegurar que as novas instalações de produção que utilizam água de lastro sejam concebidas de forma que os tanques de lastro estejam separados do sistema de produção e de quaisquer sistemas de armazenagem existentes. X X Art 12º (1) As águas de lavagem do convés e pluviais devem ser conduzidas directamente para um sistema de drenagem que as separe dos drenos dedicados aos resíduos oleosos. X X Art 12º (2) Os sistemas de tratamento dos esgotos do convés devem ser concebidos de forma a assegurar que a descarga não origine a formação de uma película de óleo na água da área em que as descargas são efectuadas X X Art 13º (1) A descarga de resíduos sanitários no mar só é permitida se o Operador demonstrar dispor de um sistema de tratamento de resíduos sanitários, em conformidade com a legislação nacional e internacional aplicável X X Art 14º (1) A descarga de resíduos alimentares sem tratamento prévio só deve ser permitida se as partículas dos resíduos sólidos forem trituradas a dimensões inferiores a 25 (vinte e cinco) milímetros e a instalação se encontrar a uma distancia da costa superior a 12 (doze) milhas náuticas X X
  • 57. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 47 Art 15º (a) Com o objectivo de assegurar a qualidade do ar em todas as instalações sob sua responsabilidade, o operador deve registar às emissões dos seguintes gases: a) Gases de efeito estufa, conforme definição da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, em termos de toneladas de C02 equivalentes; X X X Art 15º (b) Gases que danificam a camada de ozono, conforme definição da Convenção de Viena sobre a Proteção da Camada de Ozono; X X Art 15º © Poluentes orgânicos e inorgânicos nocivos para a saúde humana, conforme definição da Organização Mundial da Saúde. X X
  • 58. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 48 13.2. Anexo II: Figuras Figura 12: Hidrociclones Fonte: Própria
  • 59. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 49 Figura 13: Interior de Hidrociclone Fonte: Própria
  • 60. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 50 Figura 14: Resumo do Processo de Gestão dos Resíduos Sólidos Fonte: Esso
  • 61. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 51 Figura 15: Residuos domésticos Fonte: própria
  • 62. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 52 Figura 16: Trituradora de resíduos instalado no Lavatório Fonte: Própria
  • 63. Diagnostico da Gestão dos Resíduos gerados durante a Produção petrolífera na Plataforma Kizomba A 53 14. Bibliografia Avzaradel, A. C., & Paciornik, N. (2010). Emissões Fugitivas de Gases de Efeito Estufa na Indústria de Petróleo e Gás Natural. Rio de Janeiro: Ministério da Ciência e Tecnologia. Candido, A. (2011). EBAH. Fonte: EBAH: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe1aIAG/tratamento-agua-descarte-reinjecao- almir-candido Carvalho, D. D. (s.d.). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro: http://www.eq.ufrj.br/graduacao/aulas/eew200_denizedias/sgars.pdf EEAL. (2012). EEAL Waste Management Plan. John A. Veil, K. P. (1998). Disposal of NORM-Contaminated Oilfield Waste in Salt Caverns. US Department of Energy. Kenneth Lee, J. N. (2011). Produced Water. Dartmouth, Canada: Springer. Larderel, J. A. (1993). Environmental Management in Oil and Gas Exploration and Production. UNEP. Lisboa, H. d., & Schirmer, W. (2007). Metodologia de Controle da Poluicao Atmosferica. Montreal. Mariano, J. B. (Marco de 2007). Proposta de metodologia de avaliação integrada de riscos e impactos ambientais para estudos de avaliação ambiental estratégica do setor de petroleo e gás natural em áreas. Rio de Janeiro, Brasil. Mello, L. A. (Fevereiro de 2009). Sistemas de Gestão Ambiental. Centro Universitário Plínio Leite - UNIPLI. Oliveira, J. F. (2005). Gestao Ambiental. Lisboa: Lidel. Ramos, M. L. (2011). Avaliacao das operacoes da industria petrolifera de Angola. Sapo. (s.d.). Fonte: Sapo: http://histpetroleo.no.sapo.pt/armad_estrut_2.gif Thomas, J. E. (2004). Fundamentos de Engenharia de Petroleo (2 ed.). Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil: Interciencia. Wikipedia. (Abril de 2012). Wikipedia. Fonte: Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/File:First_gas_from_the_Oselvar_module_on_the_Ula_pl atform_on_April_14th,_2012.jpg