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Prolapso de Órgãos Pélvicos
Manejo Videlaparoscópico
Guilherme Behrend Silva Ribeiro
Urologista - Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Mestrando do PPG Medicina UFRGS - Ciências Cirúrgicas da UFRGS
Junho/2016
• Prevalência de POP nos EUA ➪ ±3% da população1
• Incidência de POP vai aumentar de 3,3 milhões→4,9 milhões (↑46%) nos
EUA de 2010→20502
• Risco de cirurgia p/ POP ao longo da vida ➪ 12,6%3
• Risco de cirurgia p/ POP ↑ com idade — pico aos 71 anos3
• Risco de reoperação por falha ➪ 29%4
Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP)
1.Wu JM, Obstet Gynecol, 2014a
2.Wu JM, Obstet Gynecol, 2009
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4. Olsen AL, Obstet Gynecol, 1997
Níveis de suporte da vagina
Opções cirúrgicas para
Prolapso Apical
• Via vaginal:
• Fixação sacroespinhosa
• Fixação ileococcígea
• Suspensão uterossacral
• Culdoplastia de McCall
• Via abdominal/laparoscópica - sacrocolpopexia com tela
• Colpocleise
• Tendência:
• das cirurgias vaginais sem
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Vantagens da Sacrocolpopexia
• Preservação do eixo normal da vagina e seu comprimento
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• n=5954 women
• For upper vaginal prolapse (uterine or vault)
• abdominal sacral colpopexy (ASC) was associated with a lower rate of
recurrent vault prolapse on examination and painful intercourse than
with vaginal sacrospinous colpopexy.
• ASC had a lower reoperation rate than high vaginal uterosacral
suspension and transvaginal polypropylene mesh.
• These benefits must be balanced against a longer operating time, longer
time to return to activities of daily living and increased cost of the
abdominal approach.
• CARETrial
• n=215, mulheres com prolapso apical + IU submetidas a ASC ± Burch
• Seguimento de 7 anos
• Critérios estritos de falha
• Falha sintomática ➪ 24-29%
• Falha anatômica ➪ 22-27%
• Erosão da tela ➪ 10,5%
• 95% das mulheres não precisou de nova cirurgia
• Amostra aleatória 5% das
pctes do Medicare ≥ 65
anos, de 2004-2008
• Moderate-quality evidence supports improved anatomic outcomes after
mesh sacrocolpopexy;
• Very low-quality evidence shows no differences in reoperation between
sacrocolpopexy and native tissue vaginal repairs.
• Low-quality evidence showed no differences in postoperative sexual
function.
• Ileus or small bowel obstruction (2.7% vs 0.2%, P<.01), mesh or suture
complications (4.2% vs 0.4%, P<.01), and thromboembolic phenomena
(0.6% vs 0.1%, P<.03) were more common after mesh sacrocolpopexy
compared with native tissue vaginal repairs.
• Conclusion:
• When anatomic durability is a priority, we suggest that mesh
sacrocolpopexy may be the preferred surgical option.
• When minimizing adverse events or reoperation is the priority, there is
no strong evidence supporting one approach over the other.
Opções cirúrgicas para
Prolapso Apical:
Uma cirurgia para todos os casos?
NÃO!
Sacrocolpopexia é padronizada?
• Tela?
• Polipropileno / baixo peso / absorvível / parcialmente absorvível / cadavérica?
• Ancoragem da tela na vagina?
• Fio inabsorvível / absorvível /Tackers / Cola?
• Tensão?
• Frouxo / firme?
• Preservação ou não do útero ou cérvice uterina?
Sacrocolpopexia lap (LSC) x robótica (RALSC)
• The mean operative time was longer in the RALSC group
(245.9minutes vs 205.9minutes; P<0.001). 1
• The estimated blood loss in the two groups was similar (114.4mL vs
160.1mL; P=0.36). 1
• The differences in incidence of intraoperative/postoperative complications
were also similar (P=0.85 vs P=0.92). 1
• The costs of RALSC were significantly higher than were those of LSC
series in each of three studies (P<0.01 for all). 1
1. Pan K, Int J Gynaecol Obstet, 2016
Sacrocolpopexia lap (LSC) x robótica (RALSC)
• Pain was reportedly higher after RASC1
• There were no differences in anatomical outcomes, pelvic
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1. Callewaert G, Gynecol Surg, 2016
Alternativa à sacrocolpexia: suspensão lateral
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• Prolapso apical sem útero1:
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➪ 17,8% (13 casos, sendo 8 de compartimento posterior)
• Erosão da tela ➪ 5%
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1. Dubuisson J,Arch Gynecol Obstet, 2013
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• Prolapso apical com útero1:
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1.Veit-Rubin N, Dubuisson J, Int Urogynecol J, 2016
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  • 1. Prolapso de Órgãos Pélvicos Manejo Videlaparoscópico Guilherme Behrend Silva Ribeiro Urologista - Titular da Sociedade Brasileira de Urologia Mestrando do PPG Medicina UFRGS - Ciências Cirúrgicas da UFRGS Junho/2016
  • 2. • Prevalência de POP nos EUA ➪ ±3% da população1 • Incidência de POP vai aumentar de 3,3 milhões→4,9 milhões (↑46%) nos EUA de 2010→20502 • Risco de cirurgia p/ POP ao longo da vida ➪ 12,6%3 • Risco de cirurgia p/ POP ↑ com idade — pico aos 71 anos3 • Risco de reoperação por falha ➪ 29%4 Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP) 1.Wu JM, Obstet Gynecol, 2014a 2.Wu JM, Obstet Gynecol, 2009 3.Wu JM, Obstet Gynecol, 2014b 4. Olsen AL, Obstet Gynecol, 1997
  • 3. Níveis de suporte da vagina
  • 4. Opções cirúrgicas para Prolapso Apical • Via vaginal: • Fixação sacroespinhosa • Fixação ileococcígea • Suspensão uterossacral • Culdoplastia de McCall • Via abdominal/laparoscópica - sacrocolpopexia com tela • Colpocleise
  • 5. • Tendência: • das cirurgias vaginais sem tela • ↑ da via abdominal minim. invasivo quando pretende-se usar tela
  • 6. Vantagens da Sacrocolpopexia • Preservação do eixo normal da vagina e seu comprimento • Fixação do ápice em estrutura óssea (não em ligamentos pélvicos enfraquecidos)
  • 7. • n=5954 women • For upper vaginal prolapse (uterine or vault) • abdominal sacral colpopexy (ASC) was associated with a lower rate of recurrent vault prolapse on examination and painful intercourse than with vaginal sacrospinous colpopexy. • ASC had a lower reoperation rate than high vaginal uterosacral suspension and transvaginal polypropylene mesh. • These benefits must be balanced against a longer operating time, longer time to return to activities of daily living and increased cost of the abdominal approach.
  • 8. • CARETrial • n=215, mulheres com prolapso apical + IU submetidas a ASC ± Burch • Seguimento de 7 anos • Critérios estritos de falha • Falha sintomática ➪ 24-29% • Falha anatômica ➪ 22-27% • Erosão da tela ➪ 10,5% • 95% das mulheres não precisou de nova cirurgia
  • 9. • Amostra aleatória 5% das pctes do Medicare ≥ 65 anos, de 2004-2008
  • 10. • Moderate-quality evidence supports improved anatomic outcomes after mesh sacrocolpopexy; • Very low-quality evidence shows no differences in reoperation between sacrocolpopexy and native tissue vaginal repairs. • Low-quality evidence showed no differences in postoperative sexual function. • Ileus or small bowel obstruction (2.7% vs 0.2%, P<.01), mesh or suture complications (4.2% vs 0.4%, P<.01), and thromboembolic phenomena (0.6% vs 0.1%, P<.03) were more common after mesh sacrocolpopexy compared with native tissue vaginal repairs.
  • 11. • Conclusion: • When anatomic durability is a priority, we suggest that mesh sacrocolpopexy may be the preferred surgical option. • When minimizing adverse events or reoperation is the priority, there is no strong evidence supporting one approach over the other.
  • 12. Opções cirúrgicas para Prolapso Apical: Uma cirurgia para todos os casos? NÃO!
  • 13. Sacrocolpopexia é padronizada? • Tela? • Polipropileno / baixo peso / absorvível / parcialmente absorvível / cadavérica? • Ancoragem da tela na vagina? • Fio inabsorvível / absorvível /Tackers / Cola? • Tensão? • Frouxo / firme? • Preservação ou não do útero ou cérvice uterina?
  • 14. Sacrocolpopexia lap (LSC) x robótica (RALSC) • The mean operative time was longer in the RALSC group (245.9minutes vs 205.9minutes; P<0.001). 1 • The estimated blood loss in the two groups was similar (114.4mL vs 160.1mL; P=0.36). 1 • The differences in incidence of intraoperative/postoperative complications were also similar (P=0.85 vs P=0.92). 1 • The costs of RALSC were significantly higher than were those of LSC series in each of three studies (P<0.01 for all). 1 1. Pan K, Int J Gynaecol Obstet, 2016
  • 15. Sacrocolpopexia lap (LSC) x robótica (RALSC) • Pain was reportedly higher after RASC1 • There were no differences in anatomical outcomes, pelvic floor function, and quality of life. 1 • The experience with RASC was tenfold lower than that with LSC in both studies1 1. Callewaert G, Gynecol Surg, 2016
  • 16. Alternativa à sacrocolpexia: suspensão lateral • Pacientes de alto risco/morbidade • Difícil acesso ao promontório • Sem retocele significativa
  • 17. Alternativa à sacrocolpexia: suspensão lateral
  • 18. Alternativa à sacrocolpexia: suspensão lateral
  • 19. • Prolapso apical sem útero1: • n=73, seguimento médio de 17,5 meses • Recorrência de prolapso apical ➪ 1,4% (1 caso) • Recorrência ou prolapso de novo em qualquer compartimento ➪ 17,8% (13 casos, sendo 8 de compartimento posterior) • Erosão da tela ➪ 5% • Taxa de reoperação ➪ 11% 1. Dubuisson J,Arch Gynecol Obstet, 2013 Alternativa à sacrocolpexia: suspensão lateral
  • 20. • Prolapso apical com útero1: • n=254, reavaliação em 1 ano: • Assintomáticas ➪ 83% • Sucesso anatômico apical ➪ 86%% • Sucesso anatômico anterior ➪ 88% • Sucesso anatômico posterior ➪ 80%% • Erosão da tela ➪ 1,2% • Taxa de reoperação ➪ 7,4% 1.Veit-Rubin N, Dubuisson J, Int Urogynecol J, 2016 Alternativa à sacrocolpexia: suspensão lateral