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Gastronomia
 Molecular
Extraído de algas vermelhas, o Agar é um gelificante que tem a capacidade
de formar um gel com concentrações muito baixas e funciona como uma
fonte de fibra para o nosso organismo, daí ser muito utilizado em
substituição da gelatina animal. Permite a elaboração de gelatinas quentes
visto quem, uma vez gelificado, aguenta temperaturas até 80ºC, e em
meios ácidos (pH<4), perde a sua capacidade de gelificar.




O Alginato é um aditivo extraído de algas castanhas que tem a
particularidade de gelificar em presença de cálcio, o que permite produzir
as chamadas quot;esferificaçõesquot;.
A esferificação trata-se da gelificação de um
líquido com o alginato adicionado, que é
submerso numa solução rica em cálcio e cria uma
película externa gelificada, que contém o líquido
no seu interior.
                   Esta técnica permite obter esferas de diferentes
                   tamanhos, podendo introduzir-se ainda elementos
                   sólidos dentro das esferas.
                    Existe agora também a técnica da esferificação inversa,
                    que consiste em submergir um líquido rico em cálcio, ou
                    com este adicionado, num banho de alginato. Esta
                    técnica permite a uma preparação mais antecipada,
assim como a realização de esferas com produtos com elevado teor em
cálcio e produtos alcoólicos.
A Xantana é obtida a partir da
                    fermentação do amido de milho. O
                    produto resulta num açúcar com
                    grande poder espessante, que se
                    destaca pelo seu efeito suspensor de
                    elementos sólidos num meio líquido.




Metilcelulose, é um gelificante extraído da celulose dos vegetais que, ao
contrário dos outros gelificantes, gelifica quando se aplica calor, permitindo
a realização de gelados quentes (que derretem quando frios).
No frio actua como espessante, permitindo a confecção de mousses sem
natas e sem ovos, etc...
A transglutaminase é uma enzima que actua como promotora de ligações
entre proteínas. Estas ligações são de grande estabilidade e ocorrem entre
os aminoácidos glutamina e lisina. Sendo assim, esta transformação actua
em todo o tipo de alimentos proteicos (peixe, carne, tofu, gelatinas,
farinhas). A transglutaminase é usada na indústria alimentar, no fabrico de
enchidos, fiambres, etc.




A peelzyme é uma enzima que degrada a pectina. A pectina é um açúcar
que forma a “pele” branca que faz a união dos gomos dos citrinos.
Assim, quando a peelzyme entra em acção, a tal pele é degradada, sendo
muito fácil fazer-se a separação perfeita dos gomos. Esta enzima é bastante
usada na indústria alimentar, na extracção de sumos de fruta, para “pelar”
citrinos em grandes quantidades, etc.
O azoto faz parte do ar que respiramos (cerca                   de   78%).
Através de um processo de compressão (idêntico ao do
arrefecimento nos frigoríficos), obtém-se o azoto no
estado líquido. Para manter este elemento no estado
líquido, ele tem de ser armazenado a -196ºC, em
contentores especiais.
                         Devido ao azoto no estado líquido ter
                         temperaturas muito baixas, a sua eficiência para
                         congelar um outro líquido é muito elevada. Desta
                         forma, gelar um preparado com azoto líquido é
                         uma tarefa muito rápida, funciona como uma
                         ultra-congelação.

Vantagens da utilização de azoto líquido na preparação de gelados:
    A descida de temperatura é muito rápida,
      favorecendo a formação de micro-cristais de
      gelo, que fornecem uma textura muito cremosa
      ao produto final;
    Os gelados são mais perfumados, pois as
      partículas aromáticas são libertadas mais
      facilmente;
    Os gelados são mais frescos, no sentido de que
      são feitos no momento, não são conservados
      semanas em arcas, mantendo assim as suas
      qualidades e propriedades, originando um gelado
      de muito melhor qualidade que os convencionais.




Cozinhar ovos é um processo que modifica a estrutura das suas proteínas.
Saber como estas reagem ao calor pode ajudar a obter a textura desejada.
Quando se coze um ovo as suas proteínas “desenrolam-se” e depois ligam-se
entre si para formar uma estrutura sólida. Contudo, nem todas as proteínas
solidificam à mesma temperatura.
Assim, a temperatura a que o ovo é cozido deve ser
escolhida de acordo com os objectivos. A 65ºC a clara
ainda se mantém bastante líquida, mas a gema já
atingiu uma textura espessa e cremosa. No entanto,
não é necessário que a água da cozedura ferva, uma
vez que o ovo solidifica completamente aos 85ºC.

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Gastronomia Molecular

  • 2. Extraído de algas vermelhas, o Agar é um gelificante que tem a capacidade de formar um gel com concentrações muito baixas e funciona como uma fonte de fibra para o nosso organismo, daí ser muito utilizado em substituição da gelatina animal. Permite a elaboração de gelatinas quentes visto quem, uma vez gelificado, aguenta temperaturas até 80ºC, e em meios ácidos (pH<4), perde a sua capacidade de gelificar. O Alginato é um aditivo extraído de algas castanhas que tem a particularidade de gelificar em presença de cálcio, o que permite produzir as chamadas quot;esferificaçõesquot;. A esferificação trata-se da gelificação de um líquido com o alginato adicionado, que é submerso numa solução rica em cálcio e cria uma película externa gelificada, que contém o líquido no seu interior. Esta técnica permite obter esferas de diferentes tamanhos, podendo introduzir-se ainda elementos sólidos dentro das esferas. Existe agora também a técnica da esferificação inversa, que consiste em submergir um líquido rico em cálcio, ou com este adicionado, num banho de alginato. Esta técnica permite a uma preparação mais antecipada, assim como a realização de esferas com produtos com elevado teor em cálcio e produtos alcoólicos.
  • 3. A Xantana é obtida a partir da fermentação do amido de milho. O produto resulta num açúcar com grande poder espessante, que se destaca pelo seu efeito suspensor de elementos sólidos num meio líquido. Metilcelulose, é um gelificante extraído da celulose dos vegetais que, ao contrário dos outros gelificantes, gelifica quando se aplica calor, permitindo a realização de gelados quentes (que derretem quando frios). No frio actua como espessante, permitindo a confecção de mousses sem natas e sem ovos, etc...
  • 4. A transglutaminase é uma enzima que actua como promotora de ligações entre proteínas. Estas ligações são de grande estabilidade e ocorrem entre os aminoácidos glutamina e lisina. Sendo assim, esta transformação actua em todo o tipo de alimentos proteicos (peixe, carne, tofu, gelatinas, farinhas). A transglutaminase é usada na indústria alimentar, no fabrico de enchidos, fiambres, etc. A peelzyme é uma enzima que degrada a pectina. A pectina é um açúcar que forma a “pele” branca que faz a união dos gomos dos citrinos. Assim, quando a peelzyme entra em acção, a tal pele é degradada, sendo muito fácil fazer-se a separação perfeita dos gomos. Esta enzima é bastante usada na indústria alimentar, na extracção de sumos de fruta, para “pelar” citrinos em grandes quantidades, etc.
  • 5. O azoto faz parte do ar que respiramos (cerca de 78%). Através de um processo de compressão (idêntico ao do arrefecimento nos frigoríficos), obtém-se o azoto no estado líquido. Para manter este elemento no estado líquido, ele tem de ser armazenado a -196ºC, em contentores especiais. Devido ao azoto no estado líquido ter temperaturas muito baixas, a sua eficiência para congelar um outro líquido é muito elevada. Desta forma, gelar um preparado com azoto líquido é uma tarefa muito rápida, funciona como uma ultra-congelação. Vantagens da utilização de azoto líquido na preparação de gelados:  A descida de temperatura é muito rápida, favorecendo a formação de micro-cristais de gelo, que fornecem uma textura muito cremosa ao produto final;  Os gelados são mais perfumados, pois as partículas aromáticas são libertadas mais facilmente;  Os gelados são mais frescos, no sentido de que são feitos no momento, não são conservados semanas em arcas, mantendo assim as suas qualidades e propriedades, originando um gelado de muito melhor qualidade que os convencionais. Cozinhar ovos é um processo que modifica a estrutura das suas proteínas. Saber como estas reagem ao calor pode ajudar a obter a textura desejada. Quando se coze um ovo as suas proteínas “desenrolam-se” e depois ligam-se entre si para formar uma estrutura sólida. Contudo, nem todas as proteínas solidificam à mesma temperatura. Assim, a temperatura a que o ovo é cozido deve ser escolhida de acordo com os objectivos. A 65ºC a clara ainda se mantém bastante líquida, mas a gema já atingiu uma textura espessa e cremosa. No entanto, não é necessário que a água da cozedura ferva, uma vez que o ovo solidifica completamente aos 85ºC.