ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Linguagem, pensamento e cultura na filosofia
1. Escola Estadual Adiventor Divino de Almeida
Professora: Vanja Disciplina: Filosofia
Alunos: Gustavo Henrique
Julio Cesar
Luis Felipe
Karoline Rodrigues
Rafael
Vanessa
Thais
José Nilson
Ano/Turma: 1° B
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3. “Does the Language I Speak Influence the Way I Think?”, de
Betty Birner, procura defender a ideia de que não é propriamente
a língua que falamos que define o modo como pensamos, mas
sim que a cultura, o pensamento e a linguagem se inter-
relacionam de tal forma que um interfere no outro, e o conjunto
dos três irá determinar como pensamos.
Para a autora, nada impede que se possa pensar em algo mesmo
que não se tenha uma palavra específica para designar isso. Ao
mesmo tempo, o fato de não se ter uma palavra para designar
algo pode significar que, culturalmente, o povo que criou aquela
língua não sentiu a necessidade de criar essa palavra porque não
pensava no que ela significa. É mais ou menos assim: só porque
os outros idiomas não têm a palavra saudade, isso não quer dizer
que as pessoas que vivam em outros contextos culturais que não
o Brasil não sintam saudades umas das outras. Elas apenas não
possuem uma palavra para nomear esse sentimento; mas ele
existe. Ou melhor, a existência ou não desse sentimento vai
depender da cultura. E dá para sentir e pensar em saudade
mesmo sem se ter uma palavra específica.
4. Da mesma forma, a gente aprende a agrupar objetos semelhantes em
grupos, mas o que é considerado similar em um idioma vai depender
de aspectos culturais, o que faz com que esses grupos de elementos
variem de idioma para idioma. Essas diferenças na divisão da
realidade em categorias provocam diferenças na forma de pensamento
(e pensar diferente leva a uma cultura diferente, que por sua vez leva a
uma linguagem distinta). Um dos exemplos citados no texto é a divisão
do dia em horas, minutos e segundos. Isso cria em nós a ilusão de que
o tempo é algo que pode ser fragmentado e compartimentalizado, com
se as divisões do tempo fossem ‘coisas’ a serem preenchidas. Em
outras culturas, o tempo não é dividido da mesma forma (a linguagem o
trata com algo sucessivo e contínuo).
E sabe aquela história de que os esquimós teriam dezenas, ou até
centenas de palavras para se referir à neve? Isso também decorreria
da cultura – para eles, é relevante saber distinguir entre os tipos de
neve, porque eles convivem o tempo todo com isso. Mas até esse mito
pode ser desconstruído a partir de uma análise mais atenta do
processo de formação de palavras da linguagem esquimó (na verdade,
o que para eles é uma palavra, para nós seria a combinação de duas
ou três, o que no fundo reforça a ideia de que linguagem, cultura e
pensamento dependem um do outro).
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6. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado
no espaço. Refere-se a crenças, comportamentos, valores,
instituições, regras morais que permeiam e identificam uma
sociedade. Explica e dá sentido à cosmologia social; É a identidade
própria de um grupo humano em um território e num determinado
período.
Diversos sentidos da palavra variam consoante a aplicação em
determinado ramo do conhecimento humano.
Na filosofia, cultura é o conjunto de manifestações humanas que
contrastam com a natureza ou comportamento natural. Por seu
turno, em biologia uma cultura é normalmente uma criação especial
de organismos (em geral microscópicos) para fins determinados (por
exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos
microecológicos, etc.). No dia-a-dia das sociedades civilizadas
(especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser
associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida
reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este
sentido normalmente se associa ao que é também descrito como
“alta cultura”, e é empregado apenas no singular (não existem
culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente
devem se enquadrar).
7. Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de
respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos
humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de
conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos
contemporâneos e aos vindouros. A cultura é o resultado dos
modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os
seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem
não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria
elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O
homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo
cultural. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com
que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos
seres humanos.
O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os
elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus
símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se
também em cultura material (por analogia a cultura simbólica)
quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte,
escritos, ferramentas, etc.).
8. Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais
facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil.
A principal característica da cultura é o chamado mecanismo
adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com
mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução
biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa
pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em
ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de
roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida
do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o
homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em
substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de
um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da
cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito
físico, talvez ainda pior.
9. Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As
modificações trazidas por uma geração passam à geração
seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e
incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo
o esforço das novas gerações.
A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a
cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam,
em velocidades distintas nas diferentes sociedades.
Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção
ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir
de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de
mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido
pela própria sociedade e que ela decide adotar.
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11. Pensamento e pensar são, respectivamente, uma forma e
processo mental. Pensar permite aos seres modelarem o mundo e
com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com
suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a
conceitos e processos similares incluem cognição, senciência,
consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado a
expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de
imagens e ideias revela justamente a vontade deste.
O pensamento é fundamental no processo de aprendizagem (vide
Piaget). O pensamento é construto e construtivo do conhecimento.
O principal veículo do processo de conscientização é o
pensamento. A atividade de pensar confere ao homem "asas"
para mover-se no mundo e "raízes" para aprofundar-se na
realidade.
Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma
coisa. Em sentido amplo, podemos dizer que o pensamento tem
como missão tornar-se avaliador da realidade.
12. Segundo Descartes (1596-1650), filósofo de grande importância na
história do pensamento, "a essência do homem é pensar". Por isso
dizia: "Sou uma coisa que pensa, isto é, que duvida, que afirma,
que ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não quer, que
também imagina e que sente".
O pensamento faz a grandeza ou a pequenez do homem. A
grandeza decorre do pensamento bem pensado, que avalia a
multiplicação do real e se esforça para desvendá-lo atentamente,
saboreando sua riqueza e diversidade. Tal pensamento aprendeu
a filosofar: a desejar amorosamente a verdade, a amar a
sabedoria.
A pequenez humana decorre do pensamento obscuro, mesquinho
que desconhece o sabor da busca do saber. Esse tipo de
pensamento transforma-se em meio de ocultação da realidade.
Por meio dele a atividade pensante, em vez de servir à liberdade
pode transforma-se em instrumento de dominação social.
13. Características•
O pensamento lógico se caracteriza por operar mediante conceitos
e raciocínios.
• Existem padrões que possuem um começo no pensamento e
criam um final, isso acontece em miléssimos de segundos, por sua
vez milhares de começos e finais fazem disso um pensamento
lógico; este depende do ambiente externo e para estar em contato
com ele dependemos dos cinco sentidos.
• O pensar sempre responde a uma motivação, que pode estar
originada no ambiente natural, social ou cultura, ou no sujeito
pensante.
• O pensar é uma resolução de problemas. A necessidade exige
satisfação.
• O processo de pensamento lógico sempre segue uma
determinada direção. Esta direção vai em busca de uma conclusão
ou da solução de um problema, não segue propriamente uma linha
reta e sim um formato zigue-zague com avanços, paradas, rodeios,
e até mesmo retrocessos.
14. • O processo de pensar se representa como uma totalidade
coerente e organizada, no que diz respeito a seus diversos
aspectos, modalidades, elementos e etapas.
• O pensamento é simplesmente a arte de ordenar as matemáticas,
e expressá-las através do sistema linguístico.
• As pessoas possuem uma tendência ao equilíbrio, uma espécie
de impulso para o crescimento, a saúde, e ao ajuste. Existem uma
série de condições que impedem e bloqueiam esta tendência. O
aprendizado de um conceito negativo de si mesmo é uma das
condições bloqueadores mais importantes. Um conceito
equivocado ou negativo de si mesmo deriva de experiências de
desaprovação ou ambivalência que o sujeito passou nas etapas
iniciais de sua vida.
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16. Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio
de comunicação de ideias ou sentimentos através de signos
convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser
percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a
distinguirem-se várias espécies de linguagem: visual, auditiva, tátil,
etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo
tempo, de elementos diversos. Os elementos constitutivos da
linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras,
usados para representar conceitos de comunicação, ideias,
significados e pensamentos. Embora os animais também se
comuniquem, a linguagem propriamente dita pertence apenas ao
Homem. Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de
língua. Enquanto aquela (linguagem) diz respeito à capacidade ou
faculdade de exercitar a comunicação, latente ou em ação ou
exercício, esta última (língua ou idioma) refere-se a um conjunto de
palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação,
munido de regras próprias (sua gramática).
17. Noutra acepção (anátomo-fisiológica), linguagem é função cerebral
que permite a qualquer ser humano adquirir e utilizar uma língua.
Por extensão, chama-se linguagem de programação ao conjunto
de códigos usados em computação.
O estudo da linguagem, que envolve os signos, de uma forma
geral, é chamado semiótica. A linguística é subordinada à
semiótica porque seu objeto de estudo é a língua,[4] que é apenas
um dos sinais estudados na semiótica.
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais
profundamente distingue o homem dos outros animais. Podemos
considerar que o desenvolvimento desta função cerebral ocorre em
estreita ligação com a bipedia e a libertação da mão, que
permitiram o aumento do volume do cérebro, a par do
desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial.
18. Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada
e escrita, o homem - aprendendo pela observação de
animais - desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos
surdos em diferentes países, não só para melhorar a
comunicação entre surdos, mas também para utilizar em
situações especiais, como no teatro e entre navios ou
pessoas e não animais que se encontram fora do alcance
do ouvido, mas que se podem observar entre si.
19. Funções da linguagem
• Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" do
emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta função está,
por norma, a poesia lírica.
• Função apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o
emissor atua sobre o receptor, afim de que este assuma
determinado comportamento; há frequente uso do vocativo e do
imperativo. Esta função da linguagem é frequentemente usada por
oradores e agentes de publicidade.
• Função informativa (ou referencial) - função usada quando o
emissor informa objetivamente o receptor de uma realidade, ou
acontecimento.
• Função fática - pretende conseguir e manter a atenção dos
interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos
publicitários (centra-se no canal de comunicação).
• Função poética - embeleza, enriquecendo a mensagem com
figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, etc.