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Introdução à filosofia

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Introdução à filosofia

  1. 1. Introdução à Filosofia Priscilla Tomazi Vieira da Costa
  2. 2. UNIDADE 1 – FILOSOFIA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
  3. 3. A palavra “filosofia”, de origem grega, é composta de duas outras: philo e sophía. Philo quer dizer “aquele ou aquela que tem um sentimento amigável”, pois deriva de philía, que significa “amizade e amor fraterno”. Sophía quer dizer “sabedoria”. Filosofia, portanto, é somente o desejo, a procura dessa sofia (sabedoria).
  4. 4. A filosofia não determina, questiona, e está aberta aos questionamentos de valores sociais, éticos, políticos, da ciência, arte e cultura, ou seja, da vida humana.
  5. 5. A filosofia não aceita uma afirmação do tipo “porque sim”, pois qualquer afirmação é questionada criticamente. Repensar é retomar por nossa própria conta os pensamentos já pensados por outros, ou seja, é renovar.
  6. 6. A filosofia é uma forma de conhecer e analisar a realidade, com o objetivo de compreender a significação da própria existência”. Quem pode filosofar? Todo indivíduo que busca compreender o homem.
  7. 7. O filósofo é aquele que ama a sabedoria, sendo a filosofia explicada como a busca incessante pelo conhecimento.
  8. 8. Na Antiguidade, a filosofia era entendida como a disposição interior de quem estima, respeita e procura o conhecimento.
  9. 9. No decorrer da Idade Medieval, por exemplo, a filosofia esteve atrelada ao poder ideológico da Igreja. Na Idade Moderna, movimentos de contestação da doutrina e da autoridade católica, como o Humanismo, o Renascimento, as Revoluções Burguesas etc., reavivaram o caráter autônomo e racional da filosofia, buscando uma compreensão de mundo menos teocêntrica.
  10. 10. Já na atualidade, é comum conceber a filosofia como um movimento de pensamento que investiga a relação entre a sociedade, a cultura, e os conhecimentos científicos, a fim de depreender as influências políticas, econômicas e culturais que sustentam os interesses das classes dominantes.
  11. 11. O ato de filosofar só pode ser empreendido por aqueles que assumem uma atitude diferenciada perante a vida, negando-se a aceitar, previamente, aquilo que é transmitido e imposto como algo natural e imutável. Ao desenvolver a atitude filosófica, o sujeito transforma a recusa em aceitar as crenças, pré- juízos e pré-conceitos cotidianos em movimento de análise.
  12. 12. O verdadeiro filósofo nunca esmorece na arte de conhecer. Esse movimento de investigação da vida, da natureza e da sociedade requer o entendimento da relação histórica existente entre os conceitos de homem, cultura, linguagem e trabalho, imprescindível à compreensão da evolução e do desenvolvimento do pensamento humano e da própria sociedade, como evidencia o tópico seguinte.
  13. 13. 2 - A linguagem, o trabalho e a cultura
  14. 14. O que é o homem?
  15. 15. O conceito do que é ser homem varia em cada cultura.
  16. 16. A busca, resultante da incerteza, expressa-se nas máximas de Sócrates, “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo”, que, em última análise, representam o projeto da razão nascente de estabelecer critérios para a compreensão do homem.
  17. 17. Na Idade Moderna, assim como na Idade Contemporânea, prevalece a explicação antropocêntrica: o homem constitui o ponto de partida de onde se origina. A existência dessa natureza exclusivamente humana tem sido atestada, no decorrer da história, com base em determinadas características, tais como: liberdade; raciocínio; presença de alma ou espírito; valores morais; cultura; linguagem etc.
  18. 18. O homem primitivo distingue-se dos animais na medida em que passa a viver em grupo. Esse agrupamento ocorre instintivamente, tendo como finalidade a sobrevivência e a conservação da espécie, já que a coletividade fortalece a reprodução, a proteção contra possíveis predadores e a procura por alimentos (caça, pesca e coleta de vegetais).
  19. 19. O convívio social produz a linguagem, a qual exigiu do homem muito mais que a criação de sons particulares. A sistematização da linguagem oral e escrita é um fenômeno social, que possibilita a difusão da cultura, ou seja, a propagação de valores, normas, saberes e práticas.
  20. 20. Simultânea e gradativamente, o homem cria instrumentos de trabalho: utiliza a pedra (lascada, polida) como utensílio de corte; aprende a desenvolver e utilizar o fogo; cria o arco e a flecha e outros instrumentos; domestica animais e inicia o cultivo da terra (agricultura), etc. Contudo, tal evolução do trabalho humano, vinculada à vida social e ao desenvolvimento da linguagem, só pode ser explicada mediante o desenvolvimento do pensamento.
  21. 21. Há, portanto, diferenças significativas entre um animal que utiliza um pedaço de madeira para alcançar uma fruta (ação não planejada) e um ser humano que planeja a melhor forma de colher o mesmo alimento. O animal utiliza os instrumentos disponíveis na natureza; o homem cria os próprios instrumentos, e isso requer intenção e racionalidade.
  22. 22. Daí a afirmação de que o pensamento humano surge na medida em que o homem, vivendo em comunidade, desenvolve a linguagem e, concomitantemente, o trabalho - ação planejada que requer a criação e o aperfeiçoamento de instrumentos para alcançar uma finalidade previamente estabelecida. Envolvendo raciocínio, planejamento e organização.
  23. 23. 2.1 - O homem e a cultura
  24. 24. Em antropologia, cultura significa tudo que o homem produz ao construir sua existência: as práticas, as teorias, as instituições, os valores materiais e espirituais. A cultura caracteriza o homem como um ser em constante mutação, um ser que transforma.
  25. 25. Ao nascer, a criança encontra o mundo de valores dados, no qual vai se situar. Por exemplo, a língua que aprende, a maneira de se alimentar, o jeito de sentar, andar, correr, brincar, as relações familiares; tudo, enfim, encontra-se codificado.
  26. 26. CULTURA DE MASSA: indústria cultura. A produção de um tipo de cultura voltado predominantemente ao entretenimento. Isso explica o seu caráter mercadológico, por meio da imposição velada de valores e atitudes, que tornam as pessoas mais passivas, acríticas e propensas ao consumo exacerbado. Seu principal instrumento de propagação são os Meios de Comunicação Social.
  27. 27. CULTURA POPULAR: conhecimento espontâneo (senso comum), ou seja, aos conhecimentos transmitidos entre as gerações, por meio de narrativas (contos, lendas, folclore) e experiências acumuladas histórica e socialmente. É o conjunto de saberes e práticas que não se aprende nas instituições de ensino.
  28. 28. CULTURA ERUDITA: refere-se ao saber institucionalizado, derivado do pensamento científico, ou seja, do estudo sistematizado nos meios acadêmicos. Produzida pela elite intelectual, social, política e econômica. Seu domínio limita-se às universidades e demais instituições de ensino, conservatórios musicais, bibliotecas, escolas de arte, dança, teatro etc.
  29. 29. Geralmente, na cultura erudita implica em desvalorização das outras formas de cultura, especialmente a cultura popular. X X
  30. 30. 2.2 O homem e a técnica
  31. 31. A denominação homo faber é usada quando nos referimos à capacidade de fabricar utensílios, com os quais o homem se torna capaz de transformar a natureza. Homo sapiens e homo faber são dois aspectos da mesma realidade humana. Pensar e agir são inseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico, porque tem consciência; e tem consciência, porque é capaz de agir e de transformar a realidade.
  32. 32. O telefone, fotografia, cinema, rádio, televisão, comunicação via satélite, Internet certamente “influiu e influi” na estrutura do pensamento.
  33. 33. A influência da técnica na ciência e na sociedade. Os escravos e servos no exercício das atividades manuais sempre levou à desvalorização desse tipo de trabalho, enquanto apenas as atividades intelectuais eram consideradas verdadeiramente dignas do homem.
  34. 34. Ligados ao artesanato e comércio, os burgueses valorizavam o trabalho e tinham espírito empreendedor. Para a ampliação dos negócios: houve a construção de navios mais ágeis, utilização da bússola para a orientação nos mares em busca de novos portos, aperfeiçoamento dos relógios etc.
  35. 35. O auge do desenvolvimento do sistema fabril ocorre no século XIX. O setor secundário (indústria) sobrepõe-se em importância ao setor primário (agricultura)/ Características dos países industrializados: urbanização, utilização de várias formas de energia, organização hierarquizada da empresa, técnico especializado versus operário semiqualificado.
  36. 36. O setor secundário (industrial) sofreu alterações decorrentes da informatização.
  37. 37. 2.3 O trabalho
  38. 38. Através do trabalho o “homem” coloca suas teorias em prática. Trabalho: atividade coletiva. Além de transformar a natureza, humanizando-a, o trabalho transforma o próprio homem. Por meio do trabalho, o homem se autoproduz, isto é, desenvolve habilidades e imaginação; aprende a conhecer as forças da natureza e a desafiá-las; conhece as próprias forças e limitações; pois relaciona-se com os companheiros; impõe-se uma disciplina.
  39. 39. Curiosidade - trabalho: aparelho de tortura, formado por três paus, ao qual eram atados os condenados; também servia para manter presos os animais difíceis de ferrar. Daí a associação do trabalho com tortura, sofrimento, pena, labuta
  40. 40. Na antiguidade grega, todo trabalho manual era desvalorizado por ser feito por escravos, enquanto a atividade teórica, considerada a mais digna do homem, representava a essência fundamental de todo o ser racional. Na Idade Média, Santo Tomás de Aquino procura reabilitar o trabalho manual, dizendo que todos os trabalhos se equivalem. Na Idade Moderna, a situação começou a se alterar, houve o crescente interesse pelas artes mecânicas e pelo trabalho em geral.
  41. 41. No século XIX, a exploração do trabalho e das condições subumanas de vida: extensas jornadas de trabalho, de dezesseis horas a dezoito horas, sem direito a férias, sem garantia para a velhice, doença ou invalidez; arregimentação de crianças e mulheres, mão-de-obra mais barata; condições insalubres de trabalho em locais mal- iluminados e sem higiene; mal pagos, os trabalhadores também viviam mal-alojados e em promiscuidade. No século XIX, surgiram os movimentos socialistas e anarquistas, que pretendiam denunciar e alterar a situação vigente naquele momento.
  42. 42. 2.4 Tecnocracia
  43. 43. O desenvolvimento acelerado da técnica cria o mito do progresso. Se tudo evolui para melhor, o desenvolvimento da ciência e da tecnologia faria só acelerar esse processo. É natural a necessidade do aumento crescente da produção (ideal de produtividade); para tanto é estimulada a competitividade (a fim de que cada empresa seja melhor naquilo que produz), bem como a especialização (para garantir a qualidade e eficiência da produção).
  44. 44. As formas de controle de produção e divisão do trabalho tornaram-se mais rigorosas, com a “racionalização” do trabalho, e objetivos de produtividade, competitividade e especialização. O mundo da produção, assim configurado, leva fatalmente à tecnocracia.
  45. 45. 2.5 A influência de Marx e Engels
  46. 46. Karl Marx e Friedrich Engels escreveram juntos o Manifesto comunista e A Ideologia Alemã. Entre outras obras, Marx e Engels formularam suas ideias a partir da realidade social por eles observada: de um lado, o avanço técnico, o aumento do poder do homem sobre a natureza, o enriquecimento e o progresso; de outro, e contraditório, a escravização crescente da classe operária, cada vez mais empobrecida.
  47. 47. Marx ao analisar o ser social do homem: não existe uma “natureza humana” idêntica em todo tempo e lugar. Para esse filósofo, o existir humano decorre do agir, pois o homem se autoproduz à medida que transforma a natureza pelo trabalho. Sendo o trabalho uma ação coletiva, a condição humana depende de sua existência social.
  48. 48. Marx chama de práxis a ação humana de transformar a realidade. Nesse contexto, o conceito de práxis, que significa a união da teoria e da prática. A filosofia marxista é também conhecida como filosofia da práxis.
  49. 49. 2.5.1 Ideologia e Alienação
  50. 50. Ideologia: exploração econômica, a desigualdade social e a dominação política. Ideias e valores, de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer. (ver conceito de ideologia na página 30)
  51. 51. Na Idade antiga, a educação serviu à formação de guerreiros e, posteriormente, à formação de indivíduos capazes de administrar as cidades (polis). Na Idade Medieval, tornou-se instrumento de legitimação dos dogmas cristãos. Na Idade Moderna, assumiu-se a premissa da escola pública e laica, mas o que se concretizou foi a polarização de modelos educativos distintos para ricos e pobres, contradição que permanece até os dias atuais.
  52. 52. Na medida em que o indivíduo apropria-se da cultura por meio da educação, corre-se o risco de perpetuar tais interesses. Nisto também reside a importância da filosofia como suporte teórico- reflexivo: possibilitar ao sujeito a compreensão desse processo de alienação.
  53. 53. Para ser capaz de empreender a reflexão filosófica na esfera educacional, é preciso entender que o desenvolvimento humano está atrelado à vida em sociedade e, consequentemente, ao processo de formação da cultura, de assimilação da linguagem e de aperfeiçoamento do trabalho.
  54. 54. Os conceitos de ideologia e alienação só podem ser compreendidos profundamente quando se consideram as relações produtivas que caracterizam o trabalho na atualidade. Se na sociedade primitiva, a evolução do trabalho favorecia o desenvolvimento do pensamento, na sociedade capitalista, a divisão do trabalho entre aqueles que pensam e organizam os processos produtivos e aqueles que executam o trabalho já não contribui para esse processo.
  55. 55. Ou a educação cumpre esse papel ou fatalmente legitimará os interesses das classes dominantes, oferecendo uma educação alinhada às necessidades do mercado e, portanto, incapaz de promover o desenvolvimento do pensamento.
  56. 56. Dúvidas??? Obrigada.

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