REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
Aula propriedades solo
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA
NUCLEO DE GEOLOGIA
PROPRIEDADES DO SOLO
Profa. Marciléia Silva do Carmo
2. • Características
Físicas
– Textura e Estrutura
– Compactação
(densidade)
– Umidade
(capacidade de
retenção de água)
Caracteristicas
Química
(Nutrientes)
• pH
• Capacidade de troca
catiónica (CTC)
• Disponibilidade de
Nutrientes (NPKS Ca
Mg)
Propriedades Físicas e
Química
3. a)Textura do solo
A Sociedade Brasileira de Ciência do Solo define quatro
classes de
tamanho de partículas menores do que 2 mm, usadas para
a definição da classe de textura dos solos:
Areia grossa – 2 a 0,2 mm ou 2000 a 200 μm
Areia fina – 0,2 a 0,05 mm ou 200 a 50 μm
Silte – 0,05 a 0,002 mm ou 50 a 2 μm
Argila – menor do que 2 μm
6. Todos os solos, em sua fase sólida, contêm partículas de
diferentes tamanhos em proporções variadas. A determinação do
tamanho das partículas e suas respectivas porcentagens de
ocorrência permitem obter a função distribuição de partículas do
solo e que é denominada distribuição granulométrica.
A distribuição granulométrica dos materiais, areias e
pedregulhos, será obtida através do processo de peneiramento
de uma amostra seca em estufa, enquanto que, para siltes e
argilas se utiliza à sedimentação dos sólidos no meio líquido.
Para solos, que tem partículas tanto na fração grossa (areia e
pedregulho) quanto na fração fina (silte e argila) se torna
necessária a análise granulométrica conjunta.
7.
8.
9. b)Estrutura do solo
A organização das partículas e agregados é
conhecida como estrutura do solo.
Um solo com melhor estrutura suporta melhor a
precipitação e a ação de máquinas e implementos
agrícolas e também permite uma melhor produção
das culturas.
Areias Quartzosas solos “sem estrutura”, as
partículas de areia normalmente ocorrem
individualizadas, sem formarem agregados.
10. Tipos de Estrutura do Solo
Granular Bloco
Prismatico
Colunar
Placas
SOLO – Aspectos Estruturais
11. Ausência de Estrutura no solo
SOLO: Aspectos Estruturais
Pó ou Poeira Massa ou Barro
12. c)Densidade do solo (Ds)
Solos arenosos ds = 1,2 a 1,8 g cm-3
Solos argilosos ds = 1,0 a 1,6 g cm-3
Relação com : Textura, Profundidade : ds
com a profundidade e com Mau manejo do solo
compactação ds
13. d)Densidade de partículas (Dp)
Expressa a relação entre a massa e o volume que ocupam
as partículas do solo, abstraindo o volume dos poros.
Ao contrário da densidade do solo, a amostra utilizada
pode estar alterada.
Solos com baixos teores em óxidos Fe
(clima frio) dp 2,65 g cm-3
Solos com altos teores em óxidos Fe
(clima tropical e subtropical) dp 3,0 g cm-3
Solos orgânicos dp < 1,92 g cm-3
Valores de dp estão ligados à presença de certos
componentes minerais ou orgânicos:
14. • Método gravimétrico:
• Coleta amostra e pesa
• Seca a amostra e pesa
• Umidade do solo varia ao longo do tempo.
• Para retirar a umidade do solo:
– Por gravidade
– Por sucção
e) Umidade do solo
15. • Saturação:
condição em que
todos os poros
estão ocupados
por água
• Capacidade de
campo: Conteúdo
de umidade no
solo sujeito à
força da gravidade
• Ponto de murcha permanente: umidade do solo para
a qual as plantas não conseguem mais retirar água e
morrem
17. pH (potencial hidrogeniônico)
• medida que indica se uma solução líquida é:
ácida (pH < 7)
neutra (pH = 7)
ou básica/alcalina (pH > 7).
0 7 14
Ácido Neutro
Básico ou
Alcalino
+ H+ - H+
18.
19.
20. COLÓIDES E ÍONS DO SOLO:
À medida que os solos são formados, durante os
processos de intemperização, alguns minerais e a
matéria orgânica são reduzidos a partículas
extremamente pequenas, até o ponto em que não
podem mais ser vistas a olho nu.
Estas partículas são chamadas de COLÓIDES.
Os colóides (argilosos ou orgânicos) são os
principais responsáveis pela atividade química dos
solos.
Apresentam uma carga líquida negativa (-), atraindo
e retendo partículas de carga positiva (+).
21. Os colóides de cargas negativas atraem os cátions e
os retêm, como um imã retém pequenos pedaços de
metal.
22. > Teor de argila > Teor de M.O. > CTC
CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC):
Os cátions retidos nos colóides do solo podem ser
substituídos por outros cátions, ou seja, são
TROCÁVEIS.
O número total de cátions trocáveis que um solo pode
reter (a quantidade de sua carga negativa) é chamada
de sua Capacidade de Troca de Cátions - CTC.
Quanto maior o valor da CTC do solo,
maior o número de cátions que ele pode reter.
A CTC depende da quantidade e do tipo de argila e de M.O.
presentes no solo. As partículas de areia não apresentam reação.
23.
24. A REAÇÃO DO SOLO:
A reação do solo pode ser avaliada através da
medida do pH em uma solução de solo em água.
O pH dos solos afeta os microorganismos e vegetais
superiores, além de influir em quase todos os
nutrientes e em diversos outros elementos que
participam da nutrição vegetal.
A faixa de variação do pH é bastante ampla (3> pH
>10);
Solos: ÁCIDOS, NEUTROS e BÁSICOS.
Solos Ácidos: solubilização do Al, Fe e Mn = tóxicos para plantas em [ ].
Solos Alcalinos: excesso de sais como
CÁTIONS ÁCIDOS
Hidrogênio (H+)
Alumínio (Al3+)
CÁTIONS BÁSICOS
Cálcio (Ca2+)
Magnésio (Mg2+)
Potássio (K+)
Sódio (Na+)
25. RETENÇÃO DE ÂNIONS NO SOLO:
Os ânions minerais como o Nitrato (NO3
-) e o Cloreto
(Cl-) tendem a ser repelidos pela carga negativa na
superfície das partículas do solo e permanecem
dissolvidos na solução do solo. Assim, a capacidade
de troca aniônica da maioria dos solos agrícolas é
pequena quando comparada à CTC.
Dentre os ânions, o Nitrato permanece móvel na
solução do solo, onde é suscetível a lixiviação pela
água que se movimenta através do solo.
26. RETENÇÃO DE ÂNIONS NO SOLO:
Os íons fosfato (H2PO2
-) podem ligar-se às
partículas de solo contendo Al ou Fe, pois seus íons
positivamente carregados (Fe2+, Fe3+ e Al3+) tem
grupos hidroxila (OH-), que são trocados por fosfato.
Como resultado, o fosfato pode ser fortemente
ligado e sua mobilidade e disponibilidade no solo
podem limitar o crescimento vegetal.
27. RETENÇÃO DE ÂNIONS NO SOLO:
O íon Sulfato (SO4
2-) na presença de Ca2+ forma
gesso (CaSO4). O gesso é apenas levemente
solúvel, mas libera sulfato suficiente para sustentar o
crescimento vegetal.
A maioria dos solos não-ácidos contém quantidades
substanciais de cálcio; em conseqüência, a
mobilidade do sulfato nesses solos é baixa, de forma
que o sulfato não é altamente suscetível à lixiviação.
28. Parâmetros do solo
CTC - parâmetro que indica a quantidade de catiões que o solo é capaz de
reter, para neutralizar as cargas negativas de uma quantidade unitária de
solo, em determinadas condições
T (me/100g; cmolc/kg) = CTC total do solo (pH 7)= S + H+ + Al3+
S = Soma das bases de troca
(Ca2+, Mg2+, K+, Na+)
V = Grau de saturação com bases
V= S x 100/T
100 - V = Grau de insaturação
T - S = Acidez titulável (acidez de troca)
(H+ e Al 3+ trocáveis e adsorvidos nas superfícies dos colóides minerais ou orgânicos)