SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
Baixar para ler offline
1
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Universidade da Região da Campanha
Centro de Ciências da Saúde
Medicina Veterinária
Disciplina de Clínica de Pequenos Animais
Profª Regina Pereira Reiniger
OBJETIVOS DA AULA:
-REVISAR FISIOLOGIA E CICLO CARDÍACO
-PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
-ICC
-CARDIOPATIAS
-DOENÇAS DO ENDOCÁRDIO
-Endocardiose
-Endocardite
-DOENÇAS DO MIOCÁRDIO
-Cardiomiopatia dilatada
-Cardiomiopatia hipertrófica
-DOENÇAS DO PERICÁRDIO – Efusão pericárdica
CICLO CARDÍACO
Dividido em duas grandes fases: sístole e diástole
-Sístole  fase de ejeção de sangue
-Diástole  fase relacionada ao relaxamento e enchimento das
câmaras cardíacas.
Contração
isovolumétrica
Ejeção
Rápida
Ejeção
Lenta
Relaxamento
isovolumétrico
Enchimento
rápido
Enchimento
lento
V AV V AV V AV V AV V AV V AV
V SL V SL V SL V SL V SL V SL
SÍSTOLE DIÁSTOLE
F F
A
F
A
F A
F F
A
FASE DE CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA
-Fase mais importante do ciclo
-Todas as válvulas AV e SL estão fechadas
-Maior consumo de Oxigênio pelo coração
-Ventrículos cheio de sangue
-VD  Pressão 15mmHg - artéria pulmonar  abre
primeiro
-VE  Pressão 80 mmHg – artéria aorta  abre depois
Normal:Três ondas (três mudanças elétricas)
o P, Q, R, S e T significam apenas um batimento cardíaco.
2
Onda P: é a primeira mudança elétrica no coração. Representando a
despolarização dos átrios.
Onda Q, R e S: representam a despolarização dos ventrículos.
Onda T: representa a repolarização dos ventrículos.
No momento em que o átrio está repolarizando está ocorrendo a
despolarização dos ventrículos. Depois da onda P (despolarização) vem a
contração.
Depois da onda Q, R e S contração.
Contração
isovolumétrica
Ejeção
Rápida
Ejeção
Lenta
Relaxamento
isovolumétrico
Enchimento
rápido
Enchimento
lento
V AV V AV V AV V AV V AV V AV
V SL V SL V SL V SL V SL V SL
SÍSTOLE DIÁSTOLE
1ª BULHA – fechamento das válvulas AV – TUM – inicio da sístole ventricular
2ª BULHA – fechamento das válvulas SL – TÁ – inicio da diástole
3ª BULHA – enchimento ventricular
4ª BULHA – contração dos atrios
Não são auscultados em cães
e gatos normais
Contração
isovolumétrica
Ejeção
Rápida
Ejeção
Lenta
Relaxamento
isovolumétrico
Enchimento
rápido
Enchimento
lento
V AV V AV V AV V AV V AV V AV
V SL V SL V SL V SL V SL V SL
SÍSTOLE DIÁSTOLE
F F
A
F
A
F A
F F
A
1ªB
2ªB
A 3ª Bulha não é ouvida e sua presença indica DILATAÇÃO
VENTRICULAR.
RITMO DE GALOPE  3 batimentos – é o som da 3ª bulha
indica  Insuficiência Mitral ou Tricúspide
http://www.youtube.com/watch?v=Z2QMZ2_rOlM
Características Cães Gatos
Frequência Cardíaca
(bpm)
70-160 120-240
Pressão sanguínea
(S/D-mmHg)
120/70 140/90
3
Arritimias
- Taquicardia
Arritimias
- Bradicardia sinusal
Arritimias
- Flutter atrial ( bpm 200 a 400)
Arritimias
- Fibrilação atrial ( bpm + 400)
Arritimias
- Taquicardia Ventricular
4
Arritimias
- Fibrilação Ventricular – os ventrículos não
acompanham mais as numerosas contrações auriculares.
 A Fibrilação auricular e o Flutter são alterações
benignas, a fibrilação ventricular é maligna e mesmo
fatal.
Conceitos Hemodinâmicos
1. Pré-carga – é o grau de distensibilidade da fibra miocárdica no final da
diástole.
2. Pós-carga – é o estresse sistólico na parede miocárdica, dificultando a
sístole ventricular.
3. Auto-regulação heterométrica (Lei de Frank-Starling) – “o desempenho
do coração depende do grau de distensibilidade da fibra cardíaca” (pré-
carga). Quanto maior o grau de distensibilidade da fibra  Maior o
desempenho.
4. Inotropismo – Força de contração cardíaca.
Conceitos Hemodinâmicos
5. Débito Cardíaco – volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo
na aorta por minuto.
O DC sofre mudanças quando há alteração da pré-carga, pós-carga
e inotropismo.
DC = Volume de ejeção x Freq. Cardíaca
Cão ejeta 2 ml de sangue p/aorta a cada sístole e FC é de 100 bpm
DC = 2ml/min x 100 bpm = 200 ml/min
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
ICC – É um conjunto de sinais clínicos decorrentes da
falha do coração em fornecer sangue aos tecidos.
ICC – Diminuição do débito cardíaco (DC)
Diminuição da Pressão arterial (PA)
Determinantes do DC
.Contratibilidade (inotropismo)
. Frequência cardíaca
. Pré-carga
. Pós-carga
5
Sistema
RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA
(RAA)
Liberação de vasopressor Liberação de Aldosterona
Classe I
Classe II
Classe III
Assintomático
ICC leve a moderado
ICC severa
Classificação da ICC quanto a classe
Classe I
 Assintomático
 Evidência de compensação
 Evidência de compensação e detecção nos exames radiológicos e
ecocardiográficos
Classe II
 Intolerância ao exercício, tosse, taquipneia, dificuldade respiratória
e ascite leve
Classe III
 Dispneia acentuada, intolerância ao exercício, posição de ortopneia,
hipoperfusão em repouso, extremidades frias, mucosas pálidas,
paciente moribundo ou em choque cardiogênico
Achado acidental
Queixa principal
Tosse
Tosse excessiva, posição
de ortopnéia, síncope, ....
6
TRATAMENTO EMERGENCIAL
Oxigênio suplementar – 50-100 mL/kg/ minuto
DIURÉTICO
Furosemida 4-8mg/kg IV ou IM a cada 30’
TRATAMENTO DE CONTROLE  5 Ds
DIURÉTICO
DILATADOR
DIGITÁLICO
DIETA (NaCl, vitaminas, K e proteínas)
DESCANSO
INOTRÓPICO NEGATIVO
. Diltiazem
DIURÉTICOS
Furosemida –
1-2 mg/Kg SID, BID, TID/ VO, SC, IV
4-8 mg/kg EMERGÊNCIA!!!
 Espironolactona – 2-4 mg/kg/dia
DILATADOR
 Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina
ICC  Liberação de Renina  Angiotensina I
ECA
Angiotensina II
Vasoconstrição Aldosterona
Retenção Na e H20
7
DILATADOR
 Inibidores da ECA
- Enalapril 0,25 a 0,5 mg/kg BID – VO
- Benazepril 0,25 a 0,5 mg/kg SID - VO
DIGITÁLICO
 Digoxina (Viana, 2007)
. Cão – 0,005-0,11 mg/kg 12/12h VO
. Gato – 0,005mg/kg 12/12 horas – VO
. Não exceder a 0,375 mg/dia
. Controle da digoxina sérica – 1 a 2 ng/ml
INOTRÓPICO E VASODILATADOR
. Pimobendana
0,1 a 0,3 mg/kg BID (cão)
1,25mg/animal BID (gato)
DIETA
Restrição de sal
Correção da caquexia
Suplementação
L-carnitina
Taurina
DIETA
Suplementação
L-carnitina – importante na produção de energia no
miocárdio, pois transporta ác. Graxos através da membrana
mitocondrial. Cães com cardiopatia dilatada geralmente
apresentam deficiência de carnitina (Boxer).
 50 – 100mg/Kg VO TID
DIETA
Suplementação
Taurina – sua deficiência é a principal causa de
cardiomiopatia dilatada em gatos. É um Aa essencial em
gatos (não em cães).
Cocker Spaniel Americano e Golden Retrivier  podem
apresentar cardiomiopatia dilatada por defict de Taurina.
Nestas raças é importante suplementar com Carnitina e
Taurina.
- A melhora clínica é evidente após 2 semanas de
suplementação.
- 250 mg VO BID – Cães e Gatos
DESCANSO
Repouso absoluto
Repouso moderado
Exercícios regulares
8
Endocardiose
Endocardite
 Mantém a válvula amplamente aberta durante a
diástole, permitindo o correto preenchimento do
ventrículo
 Fecha o orifício atrioventricular sem permitir o refluxo
de sangue durante a sístole ventricular
Função do aparelho mitral
ENDOCARDIOSE
 Definição
 Mitral 60%
 Mitral e tricúspide 30%
 Tricúspide 10%
 Aórtica e pulmonar
 Etiologia
 Desconhecida
 Multifatorial
 Degeneraçãodo colágeno
 Estresse do folheto valvar
 Alteração da função endotelial
 Casuística
 Frequente nos cães
 Ocasional em gatos
 Frequência aumenta com a
idade
 8-11 anos
 Machos e fêmeas
 Machos progressão mais rápida
 Cães de médio e pequeno porte
 Pequinês, Dachshund, Poodle,
Fox terrier, Cocker spaniel
ENDOCARDIOSE
(INSUFICIÊNCIA VALVULAR-DEGENERAÇÃO VALVAR MIXOMATOSA- FIBROSE VALVAR
CRÔNICA)
Espessamento e deformidade valvular
Enfraquecimento da válvula
Refluxo do sangue para o átrio
Fisiopatologia
Débito Cardíaco
Alterações compensatórias
(tamanho do átrio e ventrículo e volume sangüíneo)
Refluxo valvular
Dilatação do átrio e ventrículo
Contratilidade miocárdica
Pressões atriais
Congestão venosa pulmonar
Edema pulmonar
Insufuciência cardíaca esquerda
Insuficiência
cardíaca direita
Espessamento valvular
Afetando a borda de coaptação
Aumento tecidual e retração valvular
Falha na coaptação valvular
ENDOCARDIOSE
9
 Taquiarritimias atriais
 Ruptura das cordoalhas tendíneas acometidas
 Grande aumento do átrio esquerdo
Fatores complicantes
Sintomatologia
 Sopro achado acidental
 Inicia com a insuficiênciacardíaca
congestiva esquerda
 Cansaço ao exercício, tosse,
inquietação, taquipnéia,
diminuição do apetite, perda de
peso, síncope
 Pode ocorrersinais de insuficiência
cardíacadireita
Sinais clínicos
 Curso crônico e progressivo
 Ascultação-
 Cardíaca
 Sopro holossistólico na região mitral, com irradiação dorsal,
caudal e cranial
 Intensidade tende a variar com o grau de insuficiência
 Classificação
 Classe I – Paciente assintomático
 Classe II – Insuficiênciacardíaca leve a moderada
 Classe III – Insuficiênciacardíacaavançada
Classe I
 Assintomático
 Evidência de compensação
 Evidência de compensação e detecção nos exames radiológicos e
ecocardiográficos
Classe II
 Intolerância ao exercício, tosse, taquipneia, dificuldade respiratória
e ascite leve
Classe III
 Dispneia acentuada, intolerância ao exercício, posição de ortopneia,
hipoperfusão em repouso, extremidades frias, mucosas pálidas,
paciente moribundo ou em choque cardiogênico
Achado acidental
Queixa principal
Tosse
Tosse excessiva, posição
de ortopneia, síncope, ....
DIAGNÓSTICO
Radiografia torácica
Eletrocardiografia
Ecocardiografia
. Anormalidades em relação a sobrecarga e volume
. Espessamento válvula mitral
. Perda da integridade das cordas tendíneas
. Aumento atrial
. Regurgitação
Radiografia
 Cardiomegaliaprogressiva
 Aumento predominantedo
átrio esquerdo
 Aumento do ventrículo
esquerdo
 Edema pulmonar
 Hepatomegalia
 Ascite
 Efusão pleural
10
 Objetivos
 Controlar os sinais de ICC
 Dieta e exercícios/repouso
 Furosemida- 1-2mg/kg
 Enalapril- 0,25 a 0,5mg/kg 12/12h VO
 Digoxina
 Cães- 0,005 a 0,008mg/kg
 Melhoraro débito cardíaco
 Redução do volume do refluxo
Tratamento
 Classe funcional I
 Ia
Redução do peso
Exercício moderado
 Ib
Diminuição do sal na dieta
Associar o uso de inibidores da
ECA
 Classe funcional II
Dieta
Restrição ao exercício
Inibidores da ECA
Diurético
 Classe III
 IIIa
Dieta
Diurético
Inibidores da ECA
Digitálicos
 IIIb
Oxigenação
Diurético
Digitálicos
Vasodilatadores
Antibióticos
Tratamento
Monitorar o paciente
ENDOCARDITE
 Definição
 Etiologia
 Bacteremia transitória ou
persistente
 Infecções em outros
tecidos
 Procedimentos invasivos
 Microrganismos
 Staphylococcus
 Streptococcus
 Escherichia coli
 Pseudomonas
 Casuística
 Rara em gatos
 Pouco frequente em
cães
 Raças de grande porte
 Machos
 Mitral e aórtica
ENDOCARDITE
Fisiopatologia
Bacteremia Válvula Colonização bacteriana
Ulceração do
endotélio valvular
Exposição do colágeno subendotelial
Agregação plaquetária
Ativação da cascata da coagulação
Formação de vegetações
agregados plaquetários – fibrina - bactérias
Deformação valvular
Fibrose e calcificação
Laceração
Perfuração
Deformidades
Insuficiência valvular Estenose valvular
Insuficiência cardiaca congestiva
Fragmentos das vegetações
são soltos
Embolos
Artrite séptica
Infecções no trato urinário..
ENDOCARDITE
 Sinais clínicos variáveis
 Hipertermia de origem
desconhecida
 Evolução aguda, subagudas ou
crônicas
 Evidência de infecções
anteriores
 Procedimentos invasivos,
 Procedimentos dentários,
 Terapia prolongada com
imunossupressores
 Lesões a distância secundárias a
endocardite
 Artrite séptica
 Infecção do trato urinário
 Exame físico
 Insuficiência/estenose valvular
 Bacteremia
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Congestão pulmonar
Sintomatologia
11
 Anemia discreta
 Leucocitose
 Neutrofiliacom desvio
para a esquerda
 Hiperglobulinemia
 Azotemia
 Piúria
 Proteinúria
 Hematúria
Patologia clínica
Hemocultura
Antibiograma
Exames auxiliares
 Ecocardiografia
 Alterações valvulares, principalmente da aórtica
 Aparência grosseira e irregular
 Eletrocardiografia
 Varia de normal a aumento das câmaras
 Arritmias supraventricular ou ventriculares
 Radiologia
 Eficiente em fases mais avançadas da endocardite
 Antimicrobianos
6 a 8 semanas
 Cefalosporina
 Cloranfenicol
 Aminoglicosídeos
 Gentamicina
 Tobramicina
 Tratamento da
insuficiência cardíaca
Tratamento
Doenças do miocárdio
MIOCARDIOPATIA DILATADA
CANINA
 Definição
 Doença miocárdica
 Degeneração dos miócitos
 Arritimias
 Tempo de enchimento diastólico reduzido e irregular
 Perda da sincronização atrial e ventricular
 Dilatação da câmara cardíaca
 AE, VE, AD e AE
 AE e VE
 VD
 Disfunção ventricular sistólica
Miocardiopatia dilatada do cão
12
 Primáriaou idiopática
 Genética
 Secundária
 Inflamação
 Trauma
 Isquemia
 Neoplasias
 Nutricionais
 Carnitina
 Taurina
 Anormalidades bioquímicas
 Doxorrubicina
 Doenças autoimunes
Etiologia
Epidemiologia
Cães de raça grande e
gigante
Machos
4 a 10 anos de idade
Aumento
da casuística
em cães de
porte médio
Cockers
Dalmatas
Boxer e Doberman Pinscher
miocardiopatia específica
Fisiopatologia
Fase I
Fase II
Fase III
Lesão no miocárdio
Causas: iatrogênicas,
genéticas, metabólicas,
nutricionais, tóxicas
ou imunológicas
Alteração da
função sistólica
Mecanismos de compensação
Apoptose de miócitos
Hipertrofia de miócitos
Perda contínua de função contrátil
Diminuição do débito cardíaco
ICC
Fisiopatologia
Deficiência da contratilidade ventricular
Redução do bombeamento sistólico
Diminuição do débito cardiaco
Diminuição da
perfusão sanguinea
_
Mecanismos
compensatórios
+
Aumento da frequência cardíaca
Aumento da resistência vascular
periférica
Retenção de volume
Aumenta o
volume vascular
e o tônus
vascular
Isquemia miocárdica
taquicardia e fibrilação atrial
ICC
Acúmulo de cálcio nas células
do miocárdio
Sintomatologia
 Evolução aguda
 Fraqueza, letargia,
intolerânciaao
exercício,
 Mucosas pálidas
 Pulso da artéria femoral
fracos e rápidos
 Sinais de insuficiência
cardíacacongestiva
(taquipneia, dispneia,
tosse, ascite)
 Síncope
SINAIS CLÍNICOS
. Assintomáticos
. Sinais leves de ICC
. Sinais graves de ICC
ARRITIMIAS GRAVES
SÍNCOPE
MORTE SÚBITA
13
SINAIS CLÍNICOS
. Sinais leves de ICC
cansaço após exercício
síncope
tosse
dispneia
mucosas pálidas
pulso femoral fraco
efusões discretas
SINAIS CLÍNICOS
. Sinais graves de ICC
cansaço sem exercício
tosse intensa
ascite/edema pulmonar
caquexia cardíaca
mucosas pálidas ou cianóticas
dispneia e ortopneia
pulso femoral fraco e rápido
taquicardia
 Padrões normais
 Alterações inespecíficas
 Azotemia pré-renal
 Aumento dos níveis de ureia e creatinina
 Aumento discreto das enzimas hepáticas
 Fosfatase alcalina
 Alanina aminotrasferase
PATOLOGIA CLÍNICA
PATOLOGIA
Aumento das câmaras e adelgaçamento das paredes
Miocárdio pálido, mole e frouxo
Válvulas normais ou com modificações degenerativas
Histopatolgia- Degeneração, necrose e fibrose
do miócito
TRATAMENTO
5 D’s!
MONITORAR O PACIENTE
. Controle do peso
. ECG
. Radiografias
. Hemogramas
. Perfil bioquímico
. Urinálise
14
MIOCARDIOPATIA
BOXER DOBERMAN PINSCHERS
Elevada taxa de morte súbita
Sobrevida ao redor de 2 a 3 meses após o diagnóstico
MIOCARDIOPATIA
HIPERTRÓFICA
 Definição
 Ventrículo esquerdo hipertrofiadoe não dilatado
 Necrose dos miócitos e alterações no tecido conjuntivo
fibroso
 Ventrículo mais rígido e menos distensível
 Disfunção ventricular diastólica
 Pode ocorre formaobstrutiva da MCH por obstrução na
saída do VE (estenose subaórtica)
Miocardiopatia hipertrófica
do felino
 ETIOLOGIA
 Desconhecida
 Hereditária
 CASUÍSTICA
 Machos
 Idade entre 4-7 anos
Persas
Cruzamento entre gatos com MCH originou
gatos com MHC e com sinais + graves
 Hipertrofia
 ICC
 Arritimias e fibrose
 Tromboembolismo arterial sistêmico
Fisiopatologia Fisiopatologia
Hipertrofia Aumento da
Espessura da
Parede
Diminuição da
Câmara do ventrículo
esquerdo
Volume sistólico
Débito cardíaco
Mecanismos
compensatórios
Congestão e edema
Aumento da
Pós-carga
Frequência cardíaca muito aumentada
Sobrecarga do atrio esquerdo
Diminuição do volume sistólico
Diminuição do débito cardíaco
Aumento da complacência ventricular
Dificuldade de esvaziamento atrial
Regurgitação mitral / Aumento atrial
Lesão do endocárdio
Estase sanguínea
Agregação plaquetária
Tromboembolismo
arterial sistêmico
Arritimias
15
 Assintomáticos – ICC moderada
 Anorexia e depressão
 Intolerância a exercícios
 Sinais respiratórios
 Claudicação e paresia ou paralisia dos membros
pélvicos
 Síncope
 Morte súbita
Sintomatologia
 Padrão respiratório normal, taquipneia ou dispneia
 Pulso arterial normal ou fraco
 Distensão/pulsação da veia jugular +
 Sopro foco mitral
 Ritmo de galope
 Sons pulmonares podem estar alterados
Exame físico
 Hemograma
 Perfil Bioquímico
 Urinálise
 Exame citológico e cultura das efusões
Patologia clínica
16
TRATAMENTO
Furosemida
1 – 4 mg/kg SID ou TID
Beta bloqueadores
Atenolol
6,25 a 12,5 mg/gato 24/24h VO
Cuidado!
TRATAMENTO
Evitar Estresse
Ácido acetilsalicilico (AAS – aspirina)
. 25mg/kg VO 72/72horas
Doenças do pericárdio
 Efusão pericárdica
Pericárdio
 Saco fibro-seroso que envolve o coração
 Contém em média 0,25ml/kg de peso corporal de
fluído seroso claro
 Funções
 Proteger o coração
 Fixar dentro da cavidade torácica
 Evitara fricção
Efusão pericárdica
 Definição
Acúmulo de líquido no saco
pericárdico
 Etiologia
 Ruptura/traumatismo
 Idiopático
 Infecção
 Casuística
 Frequente em cães
 Raro em gatos
 Derrames idiopáticos
 Cães de raças grandes
 Mais de 6 anos de idade
 Derrames hemorrágicos
 Dachschund
 Pequinês
 Poodle
 Derrames infecciosos
 Gatos - Peritonite
infecciosa felina
 Transudato Hidropericárdio
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Hipoalbuminemia
 Tumor linfático
 Exsudato Pericardite
 Infecção bacteriana, fúngica ou viral
 Hemorrágico Hemopericárdio
 Neoplasias
 Traumatismos
 Ruptura cardíaca
 Coagulopatias
17
 Transudato
 Puro- claro, poucos
leucócitos, baixa
densidade e baixo teor de
proteína
 Modificados-
transparentes, ligeiramente
turvos ou róseos
 Exsudato
 Purulentos
 Serofibrinosos
 Serossanguinolentos
 Numerosos neutrófilos
 Células mesoteliais
 Microrganismos
 Hemorrágico
 Sanguinolento ou
serosanguinolento
 Asséptico
 Congestão e fibrose
 Autolimitante ou
recidivante
Características da efusão pericárdica
Tamponamento pericárdio
Taquicardia
Pulso fraco e rápido
Veias jugulares engurgitadas
Ruídos cardíacos abafados
na ascultação
Derrame pericárdico com tamponamento
Acúmulo de
líquido
pericárdico
Aumento da
pressão
pericárdica
Elevação da
pressão diastólica
atrial e ventricular
Mecanismos
compensatórios
Pressão pericárdica continua subindo
Derramamento rápido
(50-100ml)
Derramamento lento
(1000ml)
Congestão sistêmica e edema
Tamponamento cardíaco grave
Queda no débito cardíaco
Choque cardiogênico
Morte
Sintomas de insuficiência cardíaca
 Compressão cardíaca
 Tamponamentocardíaco
 Taquicardia - Pulso fraco e rápido
 Veias jugulares engurgitadas – Dispneia-
 Ruídos cardíacos abafados na auscultação - Choque
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Fraqueza - Anorexia
 Edema - Dispneia
 Ascite - Caquexia cardíaca
 Taquicardia - Mucosas pálidas
 Síncope
Sintomatologia
 Hemograma
 Perfil bioquímico
 Análise da efusão pericárdica
Diagnóstico diferencial
 Outras causas de insuficiência cardíaca congestiva
Patologia clínica  Procedimento terapêutico de escolha para
tamponamento cardíaco
 Redução da pressão pericárdica
 Melhora do enchimento cardíaco
 Alívio dos sintomas clínicos
 Colheita de amostras para exame citológico, cultura e
antibiograma
Tratamento - Pericardiocentese
18
 Pericardiocentese
 Tratar a causa primária/ICC
 Antibióticos
 Cirurgia – neoplasias
 Monitoramento do animal
Tratamento

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cardio 1
Cardio 1Cardio 1
Cardio 1UFPEL
 
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015ReginaReiniger
 
Coração & Potencial de ação cardíaco #5
Coração & Potencial de ação cardíaco #5Coração & Potencial de ação cardíaco #5
Coração & Potencial de ação cardíaco #5icsanches
 
Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)
Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)
Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)Andreé Sigala Escamilla
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônicaivanaferraz
 
Arbovirose em tempos de covid
Arbovirose em tempos de covidArbovirose em tempos de covid
Arbovirose em tempos de covidlucwagner
 
Arritimias cardíacas
Arritimias cardíacasArritimias cardíacas
Arritimias cardíacasdapab
 
Eletrocardiograma ECG e Enzimas Cardíacas e Hepaticas
Eletrocardiograma  ECG e Enzimas Cardíacas e HepaticasEletrocardiograma  ECG e Enzimas Cardíacas e Hepaticas
Eletrocardiograma ECG e Enzimas Cardíacas e HepaticasRenara Kran
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaLAC
 
Introdução ao Estudo da Cefaléias
Introdução ao Estudo da CefaléiasIntrodução ao Estudo da Cefaléias
Introdução ao Estudo da CefaléiasDr. Rafael Higashi
 
Semiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva Muñoz
Semiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva MuñozSemiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva Muñoz
Semiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva MuñozRilva Lopes de Sousa Muñoz
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019pauloalambert
 
Aula arritmias e interpretação de ECG
Aula arritmias e interpretação de ECGAula arritmias e interpretação de ECG
Aula arritmias e interpretação de ECGWesley Rogerio
 
Interpretacao leucograma
Interpretacao leucogramaInterpretacao leucograma
Interpretacao leucogramaReginaReiniger
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasJP ABNT
 
Fibrilação Atrial e Flutter Atrial
Fibrilação Atrial e Flutter AtrialFibrilação Atrial e Flutter Atrial
Fibrilação Atrial e Flutter AtrialMaycon Silva
 
Arritmias
ArritmiasArritmias
Arritmias030887
 
Síndrome de Guillain Barré
Síndrome de Guillain BarréSíndrome de Guillain Barré
Síndrome de Guillain BarréMairimed
 

Mais procurados (20)

Cardio 1
Cardio 1Cardio 1
Cardio 1
 
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
 
Coração & Potencial de ação cardíaco #5
Coração & Potencial de ação cardíaco #5Coração & Potencial de ação cardíaco #5
Coração & Potencial de ação cardíaco #5
 
Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)
Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)
Cga.neurologia.neuropatias perifericas (1)
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Introdução a-semiologia-ii
Introdução a-semiologia-iiIntrodução a-semiologia-ii
Introdução a-semiologia-ii
 
Arbovirose em tempos de covid
Arbovirose em tempos de covidArbovirose em tempos de covid
Arbovirose em tempos de covid
 
Arritimias cardíacas
Arritimias cardíacasArritimias cardíacas
Arritimias cardíacas
 
Eletrocardiograma ECG e Enzimas Cardíacas e Hepaticas
Eletrocardiograma  ECG e Enzimas Cardíacas e HepaticasEletrocardiograma  ECG e Enzimas Cardíacas e Hepaticas
Eletrocardiograma ECG e Enzimas Cardíacas e Hepaticas
 
Hipertensão intracraniana
Hipertensão intracranianaHipertensão intracraniana
Hipertensão intracraniana
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiaca
 
Introdução ao Estudo da Cefaléias
Introdução ao Estudo da CefaléiasIntrodução ao Estudo da Cefaléias
Introdução ao Estudo da Cefaléias
 
Semiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva Muñoz
Semiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva MuñozSemiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva Muñoz
Semiologia Neurológica: Sintomatologia - Profa. Rilva Muñoz
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019
 
Aula arritmias e interpretação de ECG
Aula arritmias e interpretação de ECGAula arritmias e interpretação de ECG
Aula arritmias e interpretação de ECG
 
Interpretacao leucograma
Interpretacao leucogramaInterpretacao leucograma
Interpretacao leucograma
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias Cardiacas
 
Fibrilação Atrial e Flutter Atrial
Fibrilação Atrial e Flutter AtrialFibrilação Atrial e Flutter Atrial
Fibrilação Atrial e Flutter Atrial
 
Arritmias
ArritmiasArritmias
Arritmias
 
Síndrome de Guillain Barré
Síndrome de Guillain BarréSíndrome de Guillain Barré
Síndrome de Guillain Barré
 

Destaque

Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitasViviane Fernandes
 
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatriaAula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatriaReginaReiniger
 
Marcapassos cardiacos - acompanhamento
Marcapassos cardiacos - acompanhamentoMarcapassos cardiacos - acompanhamento
Marcapassos cardiacos - acompanhamentoCidio Halperin
 
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonarValvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonarHospital Veterinário do Porto
 
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e GatosProtocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e GatosLeonora Mello
 
Insuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e AorticaInsuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e AorticaRicardo Del Cistia
 
Aula cirurgia cardiaca 2013
Aula cirurgia cardiaca 2013Aula cirurgia cardiaca 2013
Aula cirurgia cardiaca 201391271579
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareMarco Aguiar
 
Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca
Pós-operatório de Cirurgia CardíacaPós-operatório de Cirurgia Cardíaca
Pós-operatório de Cirurgia Cardíacaresenfe2013
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]LAC
 
Pós Operatório e Complicações Cirúrgicas
Pós Operatório e Complicações CirúrgicasPós Operatório e Complicações Cirúrgicas
Pós Operatório e Complicações CirúrgicasFrancisco Doria
 
Cuidados de Enfermagem pre e pos operatorios
Cuidados de Enfermagem pre e pos operatoriosCuidados de Enfermagem pre e pos operatorios
Cuidados de Enfermagem pre e pos operatoriosEduardo Bernardino
 

Destaque (18)

Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitas
 
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatriaAula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
 
Marcapassos cardiacos - acompanhamento
Marcapassos cardiacos - acompanhamentoMarcapassos cardiacos - acompanhamento
Marcapassos cardiacos - acompanhamento
 
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonarValvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
 
Caso clínico lacard
Caso clínico lacardCaso clínico lacard
Caso clínico lacard
 
Valvolopatias
ValvolopatiasValvolopatias
Valvolopatias
 
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e GatosProtocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
 
Valvulopatias
ValvulopatiasValvulopatias
Valvulopatias
 
Cardiopatias
CardiopatiasCardiopatias
Cardiopatias
 
Insuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e AorticaInsuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e Aortica
 
Valvuloplastia
ValvuloplastiaValvuloplastia
Valvuloplastia
 
Cardiopatias
CardiopatiasCardiopatias
Cardiopatias
 
Aula cirurgia cardiaca 2013
Aula cirurgia cardiaca 2013Aula cirurgia cardiaca 2013
Aula cirurgia cardiaca 2013
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshare
 
Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca
Pós-operatório de Cirurgia CardíacaPós-operatório de Cirurgia Cardíaca
Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]
 
Pós Operatório e Complicações Cirúrgicas
Pós Operatório e Complicações CirúrgicasPós Operatório e Complicações Cirúrgicas
Pós Operatório e Complicações Cirúrgicas
 
Cuidados de Enfermagem pre e pos operatorios
Cuidados de Enfermagem pre e pos operatoriosCuidados de Enfermagem pre e pos operatorios
Cuidados de Enfermagem pre e pos operatorios
 

Semelhante a Cardiopatias

Valvulopatias
Valvulopatias  Valvulopatias
Valvulopatias LAC
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdiojaquerpereira
 
Reanimação Cardiopulmonar LEUC-UFAC
Reanimação Cardiopulmonar LEUC-UFACReanimação Cardiopulmonar LEUC-UFAC
Reanimação Cardiopulmonar LEUC-UFACherikorocha
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizadaSINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizadaFabio Nunes NUNES
 
Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02Gisele Guerreiro
 
Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02Gisele Guerreiro
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Leonardo Bax
 
insuficiência cardíaca (portugues)
 insuficiência cardíaca (portugues) insuficiência cardíaca (portugues)
insuficiência cardíaca (portugues)Eduard Hernandez
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaAmanda Thomé
 
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblogDoença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblogERALDO DOS SANTOS
 
Valvopatia
ValvopatiaValvopatia
Valvopatiadapab
 
Caso Clinico Acompanhado - Ascite
Caso Clinico Acompanhado - AsciteCaso Clinico Acompanhado - Ascite
Caso Clinico Acompanhado - AsciteRafaella Coelho
 
Dor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaDor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaPaulo Sérgio
 
01.febre reumatica
01.febre reumatica01.febre reumatica
01.febre reumaticaLiliane Tsp
 
slide taquiarritmias .pptx
slide taquiarritmias .pptxslide taquiarritmias .pptx
slide taquiarritmias .pptxJaneMaria26
 
DISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptxDISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptxSilvaDaniel4
 

Semelhante a Cardiopatias (20)

SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULARSEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
 
Valvulopatias
Valvulopatias  Valvulopatias
Valvulopatias
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Reanimação Cardiopulmonar LEUC-UFAC
Reanimação Cardiopulmonar LEUC-UFACReanimação Cardiopulmonar LEUC-UFAC
Reanimação Cardiopulmonar LEUC-UFAC
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizadaSINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
 
Mercredi taquiarritmia
Mercredi  taquiarritmiaMercredi  taquiarritmia
Mercredi taquiarritmia
 
Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02
 
Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02Interpretecg 130605172503-phpapp02
Interpretecg 130605172503-phpapp02
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
insuficiência cardíaca (portugues)
 insuficiência cardíaca (portugues) insuficiência cardíaca (portugues)
insuficiência cardíaca (portugues)
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em Neonatologia
 
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblogDoença coronaria lourdes 2015.pptxblog
Doença coronaria lourdes 2015.pptxblog
 
Valvopatia
ValvopatiaValvopatia
Valvopatia
 
Caso Clinico Acompanhado - Ascite
Caso Clinico Acompanhado - AsciteCaso Clinico Acompanhado - Ascite
Caso Clinico Acompanhado - Ascite
 
Dor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaDor torácica na emergência
Dor torácica na emergência
 
Arritmias
ArritmiasArritmias
Arritmias
 
01.febre reumatica
01.febre reumatica01.febre reumatica
01.febre reumatica
 
slide taquiarritmias .pptx
slide taquiarritmias .pptxslide taquiarritmias .pptx
slide taquiarritmias .pptx
 
Hipertensão Pulmonar
Hipertensão PulmonarHipertensão Pulmonar
Hipertensão Pulmonar
 
DISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptxDISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptx
 

Mais de ReginaReiniger

Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscularAula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscularReginaReiniger
 
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscularAula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscularReginaReiniger
 
Principais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animaisPrincipais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animaisReginaReiniger
 
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015ReginaReiniger
 
Disturbio do sistema digestorio parte 2
Disturbio do sistema digestorio parte 2Disturbio do sistema digestorio parte 2
Disturbio do sistema digestorio parte 2ReginaReiniger
 
Disturbio do sistema digestorio parte 1
Disturbio do sistema digestorio parte 1Disturbio do sistema digestorio parte 1
Disturbio do sistema digestorio parte 1ReginaReiniger
 
Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2ReginaReiniger
 
Aula 3 dermatologia i 2015
Aula 3 dermatologia i  2015Aula 3 dermatologia i  2015
Aula 3 dermatologia i 2015ReginaReiniger
 
Poligrafo laboratorio 2014
Poligrafo laboratorio  2014Poligrafo laboratorio  2014
Poligrafo laboratorio 2014ReginaReiniger
 
Hematologia interpretação eritrograma
Hematologia   interpretação eritrogramaHematologia   interpretação eritrograma
Hematologia interpretação eritrogramaReginaReiniger
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015ReginaReiniger
 
Aula inicial de laboratorio clínico
Aula inicial de laboratorio clínicoAula inicial de laboratorio clínico
Aula inicial de laboratorio clínicoReginaReiniger
 
Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015
Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015
Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015ReginaReiniger
 
Sistema circulatório aula 1
Sistema circulatório   aula 1Sistema circulatório   aula 1
Sistema circulatório aula 1ReginaReiniger
 
Poligrafo histologia animal ii 2015
Poligrafo histologia animal ii 2015Poligrafo histologia animal ii 2015
Poligrafo histologia animal ii 2015ReginaReiniger
 
Aula 8 tecido linfoide
Aula 8 tecido linfoideAula 8 tecido linfoide
Aula 8 tecido linfoideReginaReiniger
 

Mais de ReginaReiniger (20)

Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscularAula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
 
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscularAula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
Aula 1 organizacao didatica da disciplina e tecido muscular
 
Principais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animaisPrincipais endocrinopatias em pequenos animais
Principais endocrinopatias em pequenos animais
 
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
 
Disturbio do sistema digestorio parte 2
Disturbio do sistema digestorio parte 2Disturbio do sistema digestorio parte 2
Disturbio do sistema digestorio parte 2
 
Disturbio do sistema digestorio parte 1
Disturbio do sistema digestorio parte 1Disturbio do sistema digestorio parte 1
Disturbio do sistema digestorio parte 1
 
Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2
 
Aula 3 dermatologia i 2015
Aula 3 dermatologia i  2015Aula 3 dermatologia i  2015
Aula 3 dermatologia i 2015
 
Poligrafo laboratorio 2014
Poligrafo laboratorio  2014Poligrafo laboratorio  2014
Poligrafo laboratorio 2014
 
Hematologia interpretação eritrograma
Hematologia   interpretação eritrogramaHematologia   interpretação eritrograma
Hematologia interpretação eritrograma
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015
 
Aula urinalise 2015
Aula urinalise 2015Aula urinalise 2015
Aula urinalise 2015
 
Aula inicial de laboratorio clínico
Aula inicial de laboratorio clínicoAula inicial de laboratorio clínico
Aula inicial de laboratorio clínico
 
Aula hemoterapia
Aula hemoterapiaAula hemoterapia
Aula hemoterapia
 
Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015
Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015
Apresentação exame dos liquidos cavitarios 2015
 
Sistema circulatório aula 1
Sistema circulatório   aula 1Sistema circulatório   aula 1
Sistema circulatório aula 1
 
Poligrafo histologia animal ii 2015
Poligrafo histologia animal ii 2015Poligrafo histologia animal ii 2015
Poligrafo histologia animal ii 2015
 
Tecido muscular
Tecido muscularTecido muscular
Tecido muscular
 
Aula 9 tecido nervoso
Aula  9  tecido nervosoAula  9  tecido nervoso
Aula 9 tecido nervoso
 
Aula 8 tecido linfoide
Aula 8 tecido linfoideAula 8 tecido linfoide
Aula 8 tecido linfoide
 

Cardiopatias

  • 1. 1 PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Universidade da Região da Campanha Centro de Ciências da Saúde Medicina Veterinária Disciplina de Clínica de Pequenos Animais Profª Regina Pereira Reiniger OBJETIVOS DA AULA: -REVISAR FISIOLOGIA E CICLO CARDÍACO -PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR -ICC -CARDIOPATIAS -DOENÇAS DO ENDOCÁRDIO -Endocardiose -Endocardite -DOENÇAS DO MIOCÁRDIO -Cardiomiopatia dilatada -Cardiomiopatia hipertrófica -DOENÇAS DO PERICÁRDIO – Efusão pericárdica CICLO CARDÍACO Dividido em duas grandes fases: sístole e diástole -Sístole  fase de ejeção de sangue -Diástole  fase relacionada ao relaxamento e enchimento das câmaras cardíacas. Contração isovolumétrica Ejeção Rápida Ejeção Lenta Relaxamento isovolumétrico Enchimento rápido Enchimento lento V AV V AV V AV V AV V AV V AV V SL V SL V SL V SL V SL V SL SÍSTOLE DIÁSTOLE F F A F A F A F F A FASE DE CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA -Fase mais importante do ciclo -Todas as válvulas AV e SL estão fechadas -Maior consumo de Oxigênio pelo coração -Ventrículos cheio de sangue -VD  Pressão 15mmHg - artéria pulmonar  abre primeiro -VE  Pressão 80 mmHg – artéria aorta  abre depois Normal:Três ondas (três mudanças elétricas) o P, Q, R, S e T significam apenas um batimento cardíaco.
  • 2. 2 Onda P: é a primeira mudança elétrica no coração. Representando a despolarização dos átrios. Onda Q, R e S: representam a despolarização dos ventrículos. Onda T: representa a repolarização dos ventrículos. No momento em que o átrio está repolarizando está ocorrendo a despolarização dos ventrículos. Depois da onda P (despolarização) vem a contração. Depois da onda Q, R e S contração. Contração isovolumétrica Ejeção Rápida Ejeção Lenta Relaxamento isovolumétrico Enchimento rápido Enchimento lento V AV V AV V AV V AV V AV V AV V SL V SL V SL V SL V SL V SL SÍSTOLE DIÁSTOLE 1ª BULHA – fechamento das válvulas AV – TUM – inicio da sístole ventricular 2ª BULHA – fechamento das válvulas SL – TÁ – inicio da diástole 3ª BULHA – enchimento ventricular 4ª BULHA – contração dos atrios Não são auscultados em cães e gatos normais Contração isovolumétrica Ejeção Rápida Ejeção Lenta Relaxamento isovolumétrico Enchimento rápido Enchimento lento V AV V AV V AV V AV V AV V AV V SL V SL V SL V SL V SL V SL SÍSTOLE DIÁSTOLE F F A F A F A F F A 1ªB 2ªB A 3ª Bulha não é ouvida e sua presença indica DILATAÇÃO VENTRICULAR. RITMO DE GALOPE  3 batimentos – é o som da 3ª bulha indica  Insuficiência Mitral ou Tricúspide http://www.youtube.com/watch?v=Z2QMZ2_rOlM Características Cães Gatos Frequência Cardíaca (bpm) 70-160 120-240 Pressão sanguínea (S/D-mmHg) 120/70 140/90
  • 3. 3 Arritimias - Taquicardia Arritimias - Bradicardia sinusal Arritimias - Flutter atrial ( bpm 200 a 400) Arritimias - Fibrilação atrial ( bpm + 400) Arritimias - Taquicardia Ventricular
  • 4. 4 Arritimias - Fibrilação Ventricular – os ventrículos não acompanham mais as numerosas contrações auriculares.  A Fibrilação auricular e o Flutter são alterações benignas, a fibrilação ventricular é maligna e mesmo fatal. Conceitos Hemodinâmicos 1. Pré-carga – é o grau de distensibilidade da fibra miocárdica no final da diástole. 2. Pós-carga – é o estresse sistólico na parede miocárdica, dificultando a sístole ventricular. 3. Auto-regulação heterométrica (Lei de Frank-Starling) – “o desempenho do coração depende do grau de distensibilidade da fibra cardíaca” (pré- carga). Quanto maior o grau de distensibilidade da fibra  Maior o desempenho. 4. Inotropismo – Força de contração cardíaca. Conceitos Hemodinâmicos 5. Débito Cardíaco – volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo na aorta por minuto. O DC sofre mudanças quando há alteração da pré-carga, pós-carga e inotropismo. DC = Volume de ejeção x Freq. Cardíaca Cão ejeta 2 ml de sangue p/aorta a cada sístole e FC é de 100 bpm DC = 2ml/min x 100 bpm = 200 ml/min INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ICC – É um conjunto de sinais clínicos decorrentes da falha do coração em fornecer sangue aos tecidos. ICC – Diminuição do débito cardíaco (DC) Diminuição da Pressão arterial (PA) Determinantes do DC .Contratibilidade (inotropismo) . Frequência cardíaca . Pré-carga . Pós-carga
  • 5. 5 Sistema RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA (RAA) Liberação de vasopressor Liberação de Aldosterona Classe I Classe II Classe III Assintomático ICC leve a moderado ICC severa Classificação da ICC quanto a classe Classe I  Assintomático  Evidência de compensação  Evidência de compensação e detecção nos exames radiológicos e ecocardiográficos Classe II  Intolerância ao exercício, tosse, taquipneia, dificuldade respiratória e ascite leve Classe III  Dispneia acentuada, intolerância ao exercício, posição de ortopneia, hipoperfusão em repouso, extremidades frias, mucosas pálidas, paciente moribundo ou em choque cardiogênico Achado acidental Queixa principal Tosse Tosse excessiva, posição de ortopnéia, síncope, ....
  • 6. 6 TRATAMENTO EMERGENCIAL Oxigênio suplementar – 50-100 mL/kg/ minuto DIURÉTICO Furosemida 4-8mg/kg IV ou IM a cada 30’ TRATAMENTO DE CONTROLE  5 Ds DIURÉTICO DILATADOR DIGITÁLICO DIETA (NaCl, vitaminas, K e proteínas) DESCANSO INOTRÓPICO NEGATIVO . Diltiazem DIURÉTICOS Furosemida – 1-2 mg/Kg SID, BID, TID/ VO, SC, IV 4-8 mg/kg EMERGÊNCIA!!!  Espironolactona – 2-4 mg/kg/dia DILATADOR  Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina ICC  Liberação de Renina  Angiotensina I ECA Angiotensina II Vasoconstrição Aldosterona Retenção Na e H20
  • 7. 7 DILATADOR  Inibidores da ECA - Enalapril 0,25 a 0,5 mg/kg BID – VO - Benazepril 0,25 a 0,5 mg/kg SID - VO DIGITÁLICO  Digoxina (Viana, 2007) . Cão – 0,005-0,11 mg/kg 12/12h VO . Gato – 0,005mg/kg 12/12 horas – VO . Não exceder a 0,375 mg/dia . Controle da digoxina sérica – 1 a 2 ng/ml INOTRÓPICO E VASODILATADOR . Pimobendana 0,1 a 0,3 mg/kg BID (cão) 1,25mg/animal BID (gato) DIETA Restrição de sal Correção da caquexia Suplementação L-carnitina Taurina DIETA Suplementação L-carnitina – importante na produção de energia no miocárdio, pois transporta ác. Graxos através da membrana mitocondrial. Cães com cardiopatia dilatada geralmente apresentam deficiência de carnitina (Boxer).  50 – 100mg/Kg VO TID DIETA Suplementação Taurina – sua deficiência é a principal causa de cardiomiopatia dilatada em gatos. É um Aa essencial em gatos (não em cães). Cocker Spaniel Americano e Golden Retrivier  podem apresentar cardiomiopatia dilatada por defict de Taurina. Nestas raças é importante suplementar com Carnitina e Taurina. - A melhora clínica é evidente após 2 semanas de suplementação. - 250 mg VO BID – Cães e Gatos DESCANSO Repouso absoluto Repouso moderado Exercícios regulares
  • 8. 8 Endocardiose Endocardite  Mantém a válvula amplamente aberta durante a diástole, permitindo o correto preenchimento do ventrículo  Fecha o orifício atrioventricular sem permitir o refluxo de sangue durante a sístole ventricular Função do aparelho mitral ENDOCARDIOSE  Definição  Mitral 60%  Mitral e tricúspide 30%  Tricúspide 10%  Aórtica e pulmonar  Etiologia  Desconhecida  Multifatorial  Degeneraçãodo colágeno  Estresse do folheto valvar  Alteração da função endotelial  Casuística  Frequente nos cães  Ocasional em gatos  Frequência aumenta com a idade  8-11 anos  Machos e fêmeas  Machos progressão mais rápida  Cães de médio e pequeno porte  Pequinês, Dachshund, Poodle, Fox terrier, Cocker spaniel ENDOCARDIOSE (INSUFICIÊNCIA VALVULAR-DEGENERAÇÃO VALVAR MIXOMATOSA- FIBROSE VALVAR CRÔNICA) Espessamento e deformidade valvular Enfraquecimento da válvula Refluxo do sangue para o átrio Fisiopatologia Débito Cardíaco Alterações compensatórias (tamanho do átrio e ventrículo e volume sangüíneo) Refluxo valvular Dilatação do átrio e ventrículo Contratilidade miocárdica Pressões atriais Congestão venosa pulmonar Edema pulmonar Insufuciência cardíaca esquerda Insuficiência cardíaca direita Espessamento valvular Afetando a borda de coaptação Aumento tecidual e retração valvular Falha na coaptação valvular ENDOCARDIOSE
  • 9. 9  Taquiarritimias atriais  Ruptura das cordoalhas tendíneas acometidas  Grande aumento do átrio esquerdo Fatores complicantes Sintomatologia  Sopro achado acidental  Inicia com a insuficiênciacardíaca congestiva esquerda  Cansaço ao exercício, tosse, inquietação, taquipnéia, diminuição do apetite, perda de peso, síncope  Pode ocorrersinais de insuficiência cardíacadireita Sinais clínicos  Curso crônico e progressivo  Ascultação-  Cardíaca  Sopro holossistólico na região mitral, com irradiação dorsal, caudal e cranial  Intensidade tende a variar com o grau de insuficiência  Classificação  Classe I – Paciente assintomático  Classe II – Insuficiênciacardíaca leve a moderada  Classe III – Insuficiênciacardíacaavançada Classe I  Assintomático  Evidência de compensação  Evidência de compensação e detecção nos exames radiológicos e ecocardiográficos Classe II  Intolerância ao exercício, tosse, taquipneia, dificuldade respiratória e ascite leve Classe III  Dispneia acentuada, intolerância ao exercício, posição de ortopneia, hipoperfusão em repouso, extremidades frias, mucosas pálidas, paciente moribundo ou em choque cardiogênico Achado acidental Queixa principal Tosse Tosse excessiva, posição de ortopneia, síncope, .... DIAGNÓSTICO Radiografia torácica Eletrocardiografia Ecocardiografia . Anormalidades em relação a sobrecarga e volume . Espessamento válvula mitral . Perda da integridade das cordas tendíneas . Aumento atrial . Regurgitação Radiografia  Cardiomegaliaprogressiva  Aumento predominantedo átrio esquerdo  Aumento do ventrículo esquerdo  Edema pulmonar  Hepatomegalia  Ascite  Efusão pleural
  • 10. 10  Objetivos  Controlar os sinais de ICC  Dieta e exercícios/repouso  Furosemida- 1-2mg/kg  Enalapril- 0,25 a 0,5mg/kg 12/12h VO  Digoxina  Cães- 0,005 a 0,008mg/kg  Melhoraro débito cardíaco  Redução do volume do refluxo Tratamento  Classe funcional I  Ia Redução do peso Exercício moderado  Ib Diminuição do sal na dieta Associar o uso de inibidores da ECA  Classe funcional II Dieta Restrição ao exercício Inibidores da ECA Diurético  Classe III  IIIa Dieta Diurético Inibidores da ECA Digitálicos  IIIb Oxigenação Diurético Digitálicos Vasodilatadores Antibióticos Tratamento Monitorar o paciente ENDOCARDITE  Definição  Etiologia  Bacteremia transitória ou persistente  Infecções em outros tecidos  Procedimentos invasivos  Microrganismos  Staphylococcus  Streptococcus  Escherichia coli  Pseudomonas  Casuística  Rara em gatos  Pouco frequente em cães  Raças de grande porte  Machos  Mitral e aórtica ENDOCARDITE Fisiopatologia Bacteremia Válvula Colonização bacteriana Ulceração do endotélio valvular Exposição do colágeno subendotelial Agregação plaquetária Ativação da cascata da coagulação Formação de vegetações agregados plaquetários – fibrina - bactérias Deformação valvular Fibrose e calcificação Laceração Perfuração Deformidades Insuficiência valvular Estenose valvular Insuficiência cardiaca congestiva Fragmentos das vegetações são soltos Embolos Artrite séptica Infecções no trato urinário.. ENDOCARDITE  Sinais clínicos variáveis  Hipertermia de origem desconhecida  Evolução aguda, subagudas ou crônicas  Evidência de infecções anteriores  Procedimentos invasivos,  Procedimentos dentários,  Terapia prolongada com imunossupressores  Lesões a distância secundárias a endocardite  Artrite séptica  Infecção do trato urinário  Exame físico  Insuficiência/estenose valvular  Bacteremia  Insuficiência cardíaca congestiva  Congestão pulmonar Sintomatologia
  • 11. 11  Anemia discreta  Leucocitose  Neutrofiliacom desvio para a esquerda  Hiperglobulinemia  Azotemia  Piúria  Proteinúria  Hematúria Patologia clínica Hemocultura Antibiograma Exames auxiliares  Ecocardiografia  Alterações valvulares, principalmente da aórtica  Aparência grosseira e irregular  Eletrocardiografia  Varia de normal a aumento das câmaras  Arritmias supraventricular ou ventriculares  Radiologia  Eficiente em fases mais avançadas da endocardite  Antimicrobianos 6 a 8 semanas  Cefalosporina  Cloranfenicol  Aminoglicosídeos  Gentamicina  Tobramicina  Tratamento da insuficiência cardíaca Tratamento Doenças do miocárdio MIOCARDIOPATIA DILATADA CANINA  Definição  Doença miocárdica  Degeneração dos miócitos  Arritimias  Tempo de enchimento diastólico reduzido e irregular  Perda da sincronização atrial e ventricular  Dilatação da câmara cardíaca  AE, VE, AD e AE  AE e VE  VD  Disfunção ventricular sistólica Miocardiopatia dilatada do cão
  • 12. 12  Primáriaou idiopática  Genética  Secundária  Inflamação  Trauma  Isquemia  Neoplasias  Nutricionais  Carnitina  Taurina  Anormalidades bioquímicas  Doxorrubicina  Doenças autoimunes Etiologia Epidemiologia Cães de raça grande e gigante Machos 4 a 10 anos de idade Aumento da casuística em cães de porte médio Cockers Dalmatas Boxer e Doberman Pinscher miocardiopatia específica Fisiopatologia Fase I Fase II Fase III Lesão no miocárdio Causas: iatrogênicas, genéticas, metabólicas, nutricionais, tóxicas ou imunológicas Alteração da função sistólica Mecanismos de compensação Apoptose de miócitos Hipertrofia de miócitos Perda contínua de função contrátil Diminuição do débito cardíaco ICC Fisiopatologia Deficiência da contratilidade ventricular Redução do bombeamento sistólico Diminuição do débito cardiaco Diminuição da perfusão sanguinea _ Mecanismos compensatórios + Aumento da frequência cardíaca Aumento da resistência vascular periférica Retenção de volume Aumenta o volume vascular e o tônus vascular Isquemia miocárdica taquicardia e fibrilação atrial ICC Acúmulo de cálcio nas células do miocárdio Sintomatologia  Evolução aguda  Fraqueza, letargia, intolerânciaao exercício,  Mucosas pálidas  Pulso da artéria femoral fracos e rápidos  Sinais de insuficiência cardíacacongestiva (taquipneia, dispneia, tosse, ascite)  Síncope SINAIS CLÍNICOS . Assintomáticos . Sinais leves de ICC . Sinais graves de ICC ARRITIMIAS GRAVES SÍNCOPE MORTE SÚBITA
  • 13. 13 SINAIS CLÍNICOS . Sinais leves de ICC cansaço após exercício síncope tosse dispneia mucosas pálidas pulso femoral fraco efusões discretas SINAIS CLÍNICOS . Sinais graves de ICC cansaço sem exercício tosse intensa ascite/edema pulmonar caquexia cardíaca mucosas pálidas ou cianóticas dispneia e ortopneia pulso femoral fraco e rápido taquicardia  Padrões normais  Alterações inespecíficas  Azotemia pré-renal  Aumento dos níveis de ureia e creatinina  Aumento discreto das enzimas hepáticas  Fosfatase alcalina  Alanina aminotrasferase PATOLOGIA CLÍNICA PATOLOGIA Aumento das câmaras e adelgaçamento das paredes Miocárdio pálido, mole e frouxo Válvulas normais ou com modificações degenerativas Histopatolgia- Degeneração, necrose e fibrose do miócito TRATAMENTO 5 D’s! MONITORAR O PACIENTE . Controle do peso . ECG . Radiografias . Hemogramas . Perfil bioquímico . Urinálise
  • 14. 14 MIOCARDIOPATIA BOXER DOBERMAN PINSCHERS Elevada taxa de morte súbita Sobrevida ao redor de 2 a 3 meses após o diagnóstico MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA  Definição  Ventrículo esquerdo hipertrofiadoe não dilatado  Necrose dos miócitos e alterações no tecido conjuntivo fibroso  Ventrículo mais rígido e menos distensível  Disfunção ventricular diastólica  Pode ocorre formaobstrutiva da MCH por obstrução na saída do VE (estenose subaórtica) Miocardiopatia hipertrófica do felino  ETIOLOGIA  Desconhecida  Hereditária  CASUÍSTICA  Machos  Idade entre 4-7 anos Persas Cruzamento entre gatos com MCH originou gatos com MHC e com sinais + graves  Hipertrofia  ICC  Arritimias e fibrose  Tromboembolismo arterial sistêmico Fisiopatologia Fisiopatologia Hipertrofia Aumento da Espessura da Parede Diminuição da Câmara do ventrículo esquerdo Volume sistólico Débito cardíaco Mecanismos compensatórios Congestão e edema Aumento da Pós-carga Frequência cardíaca muito aumentada Sobrecarga do atrio esquerdo Diminuição do volume sistólico Diminuição do débito cardíaco Aumento da complacência ventricular Dificuldade de esvaziamento atrial Regurgitação mitral / Aumento atrial Lesão do endocárdio Estase sanguínea Agregação plaquetária Tromboembolismo arterial sistêmico Arritimias
  • 15. 15  Assintomáticos – ICC moderada  Anorexia e depressão  Intolerância a exercícios  Sinais respiratórios  Claudicação e paresia ou paralisia dos membros pélvicos  Síncope  Morte súbita Sintomatologia  Padrão respiratório normal, taquipneia ou dispneia  Pulso arterial normal ou fraco  Distensão/pulsação da veia jugular +  Sopro foco mitral  Ritmo de galope  Sons pulmonares podem estar alterados Exame físico  Hemograma  Perfil Bioquímico  Urinálise  Exame citológico e cultura das efusões Patologia clínica
  • 16. 16 TRATAMENTO Furosemida 1 – 4 mg/kg SID ou TID Beta bloqueadores Atenolol 6,25 a 12,5 mg/gato 24/24h VO Cuidado! TRATAMENTO Evitar Estresse Ácido acetilsalicilico (AAS – aspirina) . 25mg/kg VO 72/72horas Doenças do pericárdio  Efusão pericárdica Pericárdio  Saco fibro-seroso que envolve o coração  Contém em média 0,25ml/kg de peso corporal de fluído seroso claro  Funções  Proteger o coração  Fixar dentro da cavidade torácica  Evitara fricção Efusão pericárdica  Definição Acúmulo de líquido no saco pericárdico  Etiologia  Ruptura/traumatismo  Idiopático  Infecção  Casuística  Frequente em cães  Raro em gatos  Derrames idiopáticos  Cães de raças grandes  Mais de 6 anos de idade  Derrames hemorrágicos  Dachschund  Pequinês  Poodle  Derrames infecciosos  Gatos - Peritonite infecciosa felina  Transudato Hidropericárdio  Insuficiência cardíaca congestiva  Hipoalbuminemia  Tumor linfático  Exsudato Pericardite  Infecção bacteriana, fúngica ou viral  Hemorrágico Hemopericárdio  Neoplasias  Traumatismos  Ruptura cardíaca  Coagulopatias
  • 17. 17  Transudato  Puro- claro, poucos leucócitos, baixa densidade e baixo teor de proteína  Modificados- transparentes, ligeiramente turvos ou róseos  Exsudato  Purulentos  Serofibrinosos  Serossanguinolentos  Numerosos neutrófilos  Células mesoteliais  Microrganismos  Hemorrágico  Sanguinolento ou serosanguinolento  Asséptico  Congestão e fibrose  Autolimitante ou recidivante Características da efusão pericárdica Tamponamento pericárdio Taquicardia Pulso fraco e rápido Veias jugulares engurgitadas Ruídos cardíacos abafados na ascultação Derrame pericárdico com tamponamento Acúmulo de líquido pericárdico Aumento da pressão pericárdica Elevação da pressão diastólica atrial e ventricular Mecanismos compensatórios Pressão pericárdica continua subindo Derramamento rápido (50-100ml) Derramamento lento (1000ml) Congestão sistêmica e edema Tamponamento cardíaco grave Queda no débito cardíaco Choque cardiogênico Morte Sintomas de insuficiência cardíaca  Compressão cardíaca  Tamponamentocardíaco  Taquicardia - Pulso fraco e rápido  Veias jugulares engurgitadas – Dispneia-  Ruídos cardíacos abafados na auscultação - Choque  Insuficiência cardíaca congestiva  Fraqueza - Anorexia  Edema - Dispneia  Ascite - Caquexia cardíaca  Taquicardia - Mucosas pálidas  Síncope Sintomatologia  Hemograma  Perfil bioquímico  Análise da efusão pericárdica Diagnóstico diferencial  Outras causas de insuficiência cardíaca congestiva Patologia clínica  Procedimento terapêutico de escolha para tamponamento cardíaco  Redução da pressão pericárdica  Melhora do enchimento cardíaco  Alívio dos sintomas clínicos  Colheita de amostras para exame citológico, cultura e antibiograma Tratamento - Pericardiocentese
  • 18. 18  Pericardiocentese  Tratar a causa primária/ICC  Antibióticos  Cirurgia – neoplasias  Monitoramento do animal Tratamento