3. O que significa planejamento ambiental
O Planejamento Ambiental apresenta
objetivos e metas de uma comunidade e os
combina com recomendações de uma
política que conduza a comunidade ao
futuro desejado.
4. Exemplo de uma das características do Planejamento
Ambiental
A rede de crenças ambientais é formada com base nos seguintes
princípios:
• Conservação: uso eficiente dos recursos;
• Manutenção da harmonia: necessidade de manter um balanço
entre pessoas e natureza;
• Renovação espiritual: meio ambiente considerado em termos
religiosos e estéticos;
• Direito da natureza e existência compartilhada: a natureza e
os seres vivos, excluindo-se o Homem, também têm direitos que
assegurem a sua existência e sobrevivência.
6. Uso e ocupação do solo
• Características do
ocupação do solo;
sistema
associado
à
• Conduções futuras que podem surgir;
• Políticas e programas direcionados para
questões específicas sobre uso e ocupação do
solo ou sobre o desenvolvimento de objetivos.
7. Transportes e circulação
• Estrutura de transporte disponível;
• Rodovias;
• Ferrovias;
• Transporte coletivo.
• Condições de tráfego, existentes e futuras;
• Políticas e programas desenvolvidos para atender
necessidades específicas de transporte.
8. Segurança
Caracterização de riscos naturais e causados pelo Homem,
incluindo:
• Geologia;
• Inundações;
• Incêndios naturais.
Políticas e programas desenvolvidos para reduzir minimizar
danos à saúde humana, perdas de vida, danos à propriedade e
deslocamentos sócio-econômicos.
9. Conservação
• Recursos naturais existentes na área de
planejamento;
• Política e objetivos desenvolvidos para aprimorar
a conservação e gerenciamento dos recursos
naturais;
• Preservação, produção de recursos e proteção
da segurança e saúde pública.
10. Qualidade ambiental
• Fatores de poluição e preocupações como:
• Poluição sonora;
• Poluição do ar, da água e do solo.
• Níveis de poluição existentes;
• Comparação com os padrões;
• Identificação de grupos críticos;
• Políticas, programas e objetivos direcionados para os
principais problemas de qualidade ambiental.
11. O papel do planejador
• O planejador deve ser capaz
de transformar dados em
informações, o que se
entende por interpretação.
• Estas interpretações guiam o
desenvolvimento
físico
do
plano;
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12. A atuação do planejador
Quatro interpretações básicas devem ser dadas pelo planejador:
• Descrição e documentação;
• Definições;
• Projeções;
• Prescrições.
Juntas estas interpretações explicam a inteligência dada ao
plano e os métodos para comunicar suas características aos
tomadores de decisão.
13. Descrição e documentação
Como descrição entende-se a atividade de coletar e selecionar
dados que irão caracterizar os principais aspectos a serem
discutidos no plano. Esta fase serve para dar ao tomador de
decisão uma visão geral sobre a área em foco:
• Porque a condição atual foi atingida;
• Como se chegou a esta situação;
• Que fatores tiveram influência;
• O que faz com que esta condição seja significante.
14. Definições
As definições visam eliminar dúvidas sobre termos e
conceitos utilizados;
Também servem para assegurar que ideias críticas,
questões e informações sejam clara e efetivamente
comunicadas;
Identificar o problema e os atributos que o descrevem
fornece a conexão lógica entre as questões de
planejamento e políticas que deverão ser seguidas para
atendê-lo.
15. Projeções
Referem-se aos métodos e
ferramentas de previsão
para completar e avaliar
diferentes cenários;
Estimativas
de
crescimento populacional
e econômico podem ser
utilizadas para prever os
possíveis cenários na
área de planejamento
Existem vários métodos que podem
ser utilizados para se fazer
projeções.
16. Prescrição
Diz respeito ao direcionamento que será dado para o
uso do solo ou outros recursos, como solução à
demandas específicas, considerando-se:
• Problemas sociais;
• Problemas econômicos;
• Problemas ambientais.
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17. Formulação de Planos
Um plano visa atender três importantes finalidades:
• Facilitar o processo de elaboração de um programa de
ações;
•Comunicar este programa para todas as partes
interessadas e afetadas;
•Auxiliar na implementação do programa desenvolvido.
18. Exemplo
Necessidade: Reduzir o nível de contaminação dos corpos
d’água.
• Programas:
• Estabelecer um cronograma para a redução de lançamentos de
carga poluidoras por indústrias;
• Não permitir a ocupação de áreas próximas aos corpos d’água;
• Interceptar as águas pluviais nos primeiros instantes de chuva,
para reduzir o aporte de contaminantes.
20. Fatores Naturais em Planejamento
Ambiental
Os fatores naturais auxiliam no desenvolvimento
planejamento e nas tomadas de decisão;
do
• É importante considerar que o meio ambiente foi modelado
pelo efeito de uma série de fatores modificadores naturais.
• Portanto, qualquer atividade que seja planejada deve
considerar as características orgânicas e dinâmicas da
natureza;
• Levando–se em consideração este aspecto, o progresso
almejado pode ser adequado harmoniosamente com o cenário
existente.
21. O que é um fator natural?
Uma propriedade física do sistema ambiental que se
conecta a um atributo estrutural de sistemas que
definem processos humanos e sociais;
• Exemplos:
– Um determinado tipo de solo que afeta a integridade
da fundação de uma casa;
– O processo de inversão térmica que afeta o processo
de dispersão atmosférica de poluentes.
22. Exemplo
Processo de desmatamento para construção de casas;
– Quais os fatores ambientais
atuantes?
–
Que
eventos
associados?
estão
– Quais as consequências
para os diversos sistemas
ambientais?
23. Como as mudanças ocorrem?
• As mudanças são resultado de eventos sistemáticos como:
– Precipitação;
– Formação do solo;
– Fluxos de água;
– Uso do solo.
Para planejar é necessário considerar os processos e
as dinâmicas das mudanças que eles revelam.
25. Atuação dos fatores naturais
• No meio ambiente existem forças ou mecanismos que
procuram manter o sistema em equilíbrio;
• Isto implica dizer que à cada ação haverá uma
reação;
• A nova condição de equilíbrio pode não ser a desejada
pelo ser humano;
• Eventos extremos são capazes de causar perturbações
significativa no meio ambiente.
26. Considerações:
Fatores naturais selecionados para formar a base de
referência em planejamento devem atender três funções
básicas:
– Possibilitar a caracterização adequada do meio ambiente;
– Conter informações suficientes para direcionar (balizar) o
planejamento;
– Ser pertinentes aos objetivos que motivam o planejamento.
27. Fatores naturais críticos em planejamento e seus
atributos
Ambiente físico:
– Solos:
– Geologia:
• Tipos de solo – composição e
textura;
• Características da superfície e do
subsolo;
• Propriedades do solo;
• Controles geomorfológicos.
– Topografia:
• Forma das declividades;
• Composição;
• Estabilidade.
• Características geotécnicas.
– Hidrologia:
• Características da água superficial;
• Padrão das linhas de drenagem;
• Sistemas de água subterrânea;
• Planícies de inundação.
28. Fatores naturais críticos em planejamento e seus
atributos
• Clima:
– Padrões sinóticos e regionais;
– Microclimas;
– Eventos extremos.
Ambiente biológico
• Ecossistemas terrestres:
– Vegetação natural;
– Fauna natural;
– Funções das comunidades;
• Perigos:
– Funções ecológicas;
– Terremotos;
– Recursos biológicos;
– Deslizamentos;
– Habitats sensíveis;
– Subsidência;
– Espécies ameaçadas.
– Seca.
• Áreas sensíveis do ponto de vista
ambiental.
29. Fatores naturais críticos em planejamento e seus
atributos
Ambiente humano
• Modelos demográficos;
• Uso do solo;
• Infraestrutura física:
– Habitação;
– Educação;
– Serviços públicos;
– Transporte;
– Recreação;
– Sistemas de utilidades;
• Recursos culturais.
30. Integração dos fatores naturais
• Quando os elementos apresentados são agrupados, eles
definem a paisagem local, podendo ser imaginados como
uma série de camadas que se relacionam e interagem.
31. Aplicação em planejamento
• A avaliação do ambiente físico permite compreender como ele exerce
controle sobre os recursos potenciais do solo;
• Nesta perspectiva a avaliação do ambiente físico visa:
– Aumentar a eficiência dos investimentos;
– Minimizar o perigo à vida e a propriedade;
– Proteger a qualidade da água;
– Minimizar a erosão do solo;
– Proteger aqüíferos e áreas de recarga;
– Preservar espaços livres;
– Proteger áreas sensíveis e únicas.
32. Considerações ecológicas e bióticas
A abordagem ecológica para planejamento está sujeita a uma compreensão
dos processos ecológicos e as inter‐relações entre:
– Geologia;
– Tipos de solo;
– Clima;
– Hidrologia;
– Estrutura e funções do ecossistema que definem a área de planejamento.
33. INVENTÁRIO AMBIENTAL
Descrição detalhada das características ambientais da área
sobre a qual se está planejando.
Visa:
• Obter informações relevantes sobre a área em foco;
• Organizar as informações obtidas;
• Identificar as principais aptidões para a área analisada.
34. Levantamento de dados
É importante obter
planejamento;
uma
visão
sinótica
da
área
de
O inventário finalizado serve como linha de base para a
avaliação dos planos e programas implantados;
Considerar elementos:
• Naturais; Culturais; Visuais; Estéticos.
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35. O que inventariar?
Fatores relevantes para o inventário podem ser prédeterminados por exigências locais, estaduais ou federal;
Em alguns caso a escolha depende da sensibilidade do
planejador;
É importante saber qual a finalidade do inventário;
Inventários são desenvolvidos para dar aos
tomadores de decisão uma visão ampla e
detalhada da área.
36. Fatores ambientais sujeitos à
inventario
Elementos naturais:
• Fisiografia: inclinação drenagem e características únicas;
• Geologia: formações rochosas, falhas, fraturas e outras características;
• Solo: tipo, composição permeabilidade e potencial de erosão;
• Hidrologia: sistema de drenagem, fontes, áreas alagadas e afloramentos;
• Vegetação: associação de plantas e comunidades únicas;
• Vida selvagem: habitats;
• Clima: temperatura, precipitação, fluxos de vento, evaporação e umidade.
37. Fatores ambientais sujeitos à
inventario
Elementos culturais:
• Transporte: rodovias, ferrovias, aeroportos e portos;
• Utilidades: petróleo, gás, rede de água, energia, esgotamento sanitário,
etc;
• Estruturas e escavações: prédios, minas, aterros sanitários e para
resíduos industriais;
• Propriedade: nome e valor avaliado;
• Históricos e arqueológicos: características significantes e locais.
38. Fatores ambientais sujeitos à
inventario
Elementos visuais e estéticos:
• Principais vistas;
• Vistas marginais;
• Áreas cênicas;
• Características únicas;
• Pontos de interesse.
39. Resultados do inventário
A descrição completa dos fatores apresentados pode envolver a
produção de :
Resumos estatísticos;
Mapas detalhados, apresentando localização e arranjo geográfico;
Resumos narrativos revisando e explicando características importantes
ou relações;
Fotografias;
Qualquer dispositivo gráfico para melhorar a visualização da área.
41. Como inventariar uma área
Através da combinação de fontes de informação
disponíveis;
É preciso definir os limites da área de estudo;
Geralmente se estabelece a bacia hidrográfica como
delimitação regional e a sub-bacia como local. Isto
permite coletar dados para a sua caracterização.
42. Tratamento cartográfico do inventário
de dados
A representação cartográfica é um importante método de
comunicação, visualização e análise;
Fatores que influenciam na adequação do mapa base
incluem:
Escala: relação entre as distâncias medidas no mapa
e as medidas das áreas representadas. Define a
resolução do mapa, ou seja, a menor área que será
tratada como um objeto.
43. Tratamento cartográfico do inventário
de dados
Projeção: refere-se à fidelidade da apresentação das
características da área em um plano: Retenção das formas,
equivalência, direção ou distâncias.
Referência locacional: sistemas de coordenadas que
possibilitem apresentar os objetos sobre os mapas (latitude e
longitude);
Meio de apresentação: papel, filme de poliéster ou meio
digital.
44. Requisitos de um inventário
Deve ser amplo e evitar divergências ou falta de
informações;
Ser sistemático para ser facilmente aplicado;
Ser multidimensional e dar uma razoável interpretação
da totalidade do ambiente de interesse.
A análise do inventário possibilita obter uma visão
sobre as aptidões da região analisada
45. Níveis de um inventários ambiental
Reconhecimento: apropriado para descrever os
padrões regionais ou elementos que caracterizam
tendências regionais em grande escala;
Semi - detalhado: orientado para as questões gerais de
planejamento, com necessidade de dados mais
específicos;
Detalhado: necessário para análises localizadas,
envolvendo decisões sobre localização e avaliação de
impactos ambientais.
46. Material Consultado
• PHD 2541 - Planejamento e Saúde Ambiental Aula 4 – Elaboração de Planos Ambientais
– Universidade de São Paulo
• PHD 2541 - Planejamento e Saúde Ambiental Aula 3 – Elaboração de Planos Ambientais
– Universidade de São Paulo
• Circular Técnica - Base de dados georeferenciados do CAPTA-Frutas, Jundiaí Campinas,
SP, Dezembro, 2006 -