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Otorrinolaringologia                                                     9a Aula
Patologias da Orelha Externa




Patologias da Orelha Externa
       Otite Externa Aguda
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       Erisipela do Pavilhão Auricular
       Otite Externa Granulosa
       Otite Externa Maligna
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Fatores Desencadeantes e Favoráveis
    Alta temperatura e umidade
    Ausência de cerume
    Ph alcalino (cerume tem Ph ácido)
    Escarificação
    Reações alérgicas locais
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Mecanismos Protetores
   Trago (barreira mecânica)
   Estreitamento do Conduto Auditivo Externo
   Pêlos
   Glândulas sebáceas
   Cerume (Ig,lisozimas, Ph ácido)
   Capacidade de autolimpeza do CAE (eliminação de restos epiteliais)

Otite Externa Aguda
    Germes mais freqüentes: Estafilococos, Estreptococos, Pseudomonas
    Sintomas: Otalgia, secreção purulenta, hipoacusia (fase tardia)
    Otoscopia: Fase inicial e tardia
    Profilaxia: Não manipular, secar ouvidos, tampões
   Tratamento:
           Grau I e Grau II: Tratamento Tópico
           Grau III: ATB VO, Analgésico, Anti-inflamatório, Corticóide




Furúnculo do C.A.E.
    Infecção estafilocócica do órgão pilosebáceo
    Sintomas: Dor intensa, terço externo, linfadenomegalia, infiltração retroauricular,
      reinfecção comum
    Tratamento: Alivio da dor (analgésicos e calor local), antibióticoterapia local e oral -
      cefelaxina, evitar incisão. Não tem indicação de drenagem

Erisipela do Pavilhão Auricular
   • Infecção estreptocócica da orelha externa envolvendo pavilhão auricular, que
       assume aspecto clássico “casca de laranja”
   • Pode ocorre extensão para face, com febre alta e calafrios
   • Tto:Antibioticoterapia VO ou IV (cefalexina)

Otite Externa Granulosa
    Formação de tecido granuloso no terço interno do CAE,gerando exsudação purulenta
       com tendência a cronicidade
    Investigar diabetes
    Tratamento: Cauterização com ácido tricloacético a 50%,antibióticos com cobertura
       para pseudomonas. Se não melhorar c/ ciprofluoxacina = cirurgia
    Cirúrgico:Tto anterior ineficaz
Otite Externa Maligna
    Forma grave de otite externa, podendo evoluir com necrose de CAE e pavilhão com
       extensão para parótida, mastóide, osso temporal, região cervical, nervo facial
    Agente etiológico principal: Pseudomonas aeruginosa
    Ocorre em diabéticos, imunodeprimidos, idosos
    Otorréia purulenta,áreas de necrose, paralisia facial (nervo facial cruza ouvido)
    Diagnostico:Cultura de exsudatos, biopsia incisional, TC (avaliar extensão do
       processo infeccioso)
    Tto: Internação (ATB IV – ciprofluoxacina tem vantagem de penetrar osso),
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Otomicose
    Infecção do CAE por fungos
    Sintoma principal é o prurido que leva o paciente à manipular CAE gerando também
      infecção bacteriana secundária (dor)
    Fungos: Cândida, Aspergillus
    Tto: Remoção de micélios (não se faz lavagem
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Exostoses
    Formações ósseas arredondadas, múltiplas e bilaterais. Achado geralmente acidental
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    Assintomáticos, exceto quando fazem oclusão total do CAE, se tornando de
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Corpos Estranhos
    Introdução voluntária (crianças ou pacientes psiquiátricos) ou acidental (insetos,
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Rolha Epidérmica
    Acumulo de descamação epidérmica que termina por bloquear o CAE
    Retirada difícil,sendo as vezes necessárias varias sessões
    Recidivas freqüentes sendo necessária retiradas periódicas,evitando formação de
      rolhas

Rolha Ceruminosa (não considerado patológico)
    Hipersecreção de glândulas ceruminas presente em alguns indivíduos de origem
      desconhecida
    Tratamento:Retirada periódica,através de lavagens auriculares(uso prévio de
      substancias emolientes)ou ganchos e curetas


OBS: Cóclea: Responsável pela audição.
Base: Estimulação por sons agudos
Ápice: Estimulação por sons graves

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Orelha externa

  • 1. Otorrinolaringologia 9a Aula Patologias da Orelha Externa Patologias da Orelha Externa Otite Externa Aguda Furúnculo do C.A.E. Erisipela do Pavilhão Auricular Otite Externa Granulosa Otite Externa Maligna Otomicose Exostoses Corpos Estranhos Rolhas Ceruminosas e Epidérmicas Fatores Desencadeantes e Favoráveis  Alta temperatura e umidade  Ausência de cerume  Ph alcalino (cerume tem Ph ácido)  Escarificação  Reações alérgicas locais  Permanência de corpos estranhos e secreções Mecanismos Protetores  Trago (barreira mecânica)  Estreitamento do Conduto Auditivo Externo  Pêlos  Glândulas sebáceas  Cerume (Ig,lisozimas, Ph ácido)  Capacidade de autolimpeza do CAE (eliminação de restos epiteliais) Otite Externa Aguda  Germes mais freqüentes: Estafilococos, Estreptococos, Pseudomonas  Sintomas: Otalgia, secreção purulenta, hipoacusia (fase tardia)  Otoscopia: Fase inicial e tardia  Profilaxia: Não manipular, secar ouvidos, tampões
  • 2. Tratamento:  Grau I e Grau II: Tratamento Tópico  Grau III: ATB VO, Analgésico, Anti-inflamatório, Corticóide Furúnculo do C.A.E.  Infecção estafilocócica do órgão pilosebáceo  Sintomas: Dor intensa, terço externo, linfadenomegalia, infiltração retroauricular, reinfecção comum  Tratamento: Alivio da dor (analgésicos e calor local), antibióticoterapia local e oral - cefelaxina, evitar incisão. Não tem indicação de drenagem Erisipela do Pavilhão Auricular • Infecção estreptocócica da orelha externa envolvendo pavilhão auricular, que assume aspecto clássico “casca de laranja” • Pode ocorre extensão para face, com febre alta e calafrios • Tto:Antibioticoterapia VO ou IV (cefalexina) Otite Externa Granulosa  Formação de tecido granuloso no terço interno do CAE,gerando exsudação purulenta com tendência a cronicidade  Investigar diabetes  Tratamento: Cauterização com ácido tricloacético a 50%,antibióticos com cobertura para pseudomonas. Se não melhorar c/ ciprofluoxacina = cirurgia  Cirúrgico:Tto anterior ineficaz Otite Externa Maligna  Forma grave de otite externa, podendo evoluir com necrose de CAE e pavilhão com extensão para parótida, mastóide, osso temporal, região cervical, nervo facial  Agente etiológico principal: Pseudomonas aeruginosa  Ocorre em diabéticos, imunodeprimidos, idosos  Otorréia purulenta,áreas de necrose, paralisia facial (nervo facial cruza ouvido)  Diagnostico:Cultura de exsudatos, biopsia incisional, TC (avaliar extensão do processo infeccioso)  Tto: Internação (ATB IV – ciprofluoxacina tem vantagem de penetrar osso), curativos otológicos,retirada de tecido necrosado Otomicose  Infecção do CAE por fungos  Sintoma principal é o prurido que leva o paciente à manipular CAE gerando também infecção bacteriana secundária (dor)  Fungos: Cândida, Aspergillus  Tto: Remoção de micélios (não se faz lavagem quando tímpano está perfurado), antifúngico tópico
  • 3. Exostoses  Formações ósseas arredondadas, múltiplas e bilaterais. Achado geralmente acidental  Associado a prática esportiva ou mergulho em águas frias  Assintomáticos, exceto quando fazem oclusão total do CAE, se tornando de tratamento cirúrgico Corpos Estranhos  Introdução voluntária (crianças ou pacientes psiquiátricos) ou acidental (insetos, trauma)  Tratamento: Imobilização de corpo estranho vivo com solução oleosa, retirada com ou sem anestesia geral. Rolha Epidérmica  Acumulo de descamação epidérmica que termina por bloquear o CAE  Retirada difícil,sendo as vezes necessárias varias sessões  Recidivas freqüentes sendo necessária retiradas periódicas,evitando formação de rolhas Rolha Ceruminosa (não considerado patológico)  Hipersecreção de glândulas ceruminas presente em alguns indivíduos de origem desconhecida  Tratamento:Retirada periódica,através de lavagens auriculares(uso prévio de substancias emolientes)ou ganchos e curetas OBS: Cóclea: Responsável pela audição. Base: Estimulação por sons agudos Ápice: Estimulação por sons graves