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Luís Vaz de Camões (1524 – 1580)
Poesia Lírica
• Diversas formas
• Sonetos: duas premissas e uma conclusão
• Temática: Amor, Desconcerto do mundo
• Temas universais e atemporais
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
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E se vires que pode merecer-te
Algũa cousa a dor que me ficou
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Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Versos Decassílabos
Al/ma/ mi/nha/ gen/til/, que/ te/ par/tis/te
Tão/ ce/do/ des/ta/ vi/da/ des/com/tem/te,
Re/pou/as/ lá/ no/ Céu/ e/ter/na/men/te,
E/ vi/va eu/ cá/ na/ ter/ra/ sem/pre/ tris/te.
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio,
O mundo todo abarco, e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto:
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio;
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao céu voando;
Num' hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar um' hora.
Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
Tanto de meu estado me acho incerto, A
Que em vivo ardor tremendo estou de frio; B
Sem causa, juntamente choro e rio, B
O mundo todo abarco, e nada aperto. A
É tudo quanto sinto um desconcerto: A
Da alma um fogo me sai, da vista um rio; B
Agora espero, agora desconfio; B
Agora desvario, agora acerto. A
Estando em terra, chego ao céu voando; C
Num' hora acho mil anos, e é de jeito D
Que em mil anos não posso achar um' hora. E
Se me pergunta alguém porque assim ando, C
Respondo que não sei; porém suspeito D
Que só porque vos vi, minha Senhora. E
Poesia épica: Os Lusíadas
Epopeia: A epopeia, uma das formas clássicas, é a narrativa
de cunho histórico que registra poeticamente os grandes
feitos, as aventuras deum herói ou de um povo. Para
facilitar nossa compreensão, podemos falar que a epopeia é
um longo poema narrativo
A linguagem empregada na epopeia é sempre nobre, formal
e muito solene, diferentemente da linguagem que usamos
no dia-a-dia, daí a dificuldade de muitos alunos para
compreender a beleza de tamanha obra.
Epopeia
Protagonista =
herói
Ação
Unidade
Variedade
Verdade
Integridade
Estrutura interna:
Proposição
Invocação
Dedicatória
Narração
Epílogo
Estrutura
externa:
Narrativa em
versos
Inserção de
considerações do
poeta no texto
Intervenção do
Maravilhoso/
Sobrenatural
Narração in media
res
Estrutura
1ª - Proposição = parte em que se apresenta o assunto.
2ª - Invocação = parte em que o poeta pede auxílio aos deuses
ou às musas (figuras femininas, musas inspiradoras dos poetas)
para a realização da sua árdua tarefa, ou seja, escrever o
próprio poema.
3ª - Dedicatória ou oferecimento = parte em que o poeta
oferece a sua obra a uma figura ilustre.
4ª - Narração = parte em que ocorre a história propriamente
dita.
5ª - Epílogo = é o final da história, é o desfecho da narrativa.
Os Lusíadas
Os Lusíadas
• Viagem de Vasco da Gama às Índias
• História de Portugal
• Conflito entre os deuses do Olimpo
• Dificuldade para atravessar o Cabo das Tormentas (Cabo da
Boa Esperança)
• Herói coletivo
As armas e os barões assinalados A
Que da Ocidental praia Lusitana, B
Por mares nunca dantes navegados A
Passaram ainda além da Taprobana, B
Em perigos e guerras esforçados A
Mais do que prometia a força humana B
E entre gente remota edificaram C
Novo Reino, que tanto sublimaram; C
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3)
Apresentação da matéria a ser cantada: os feitos dos navegadores
portugueses, em especial os da esquadra de Vasco da Gama e a
história do povo português.
2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5)
O poeta invoca o auxílio das musas do rio Tejo, as Tágides, que irão
inspirá-lo na composição da obra.
3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18)
O poema é dedicado ao rei Dom Sebastião, visto como a esperança
de propagação da fé católica e continuação das grandes conquistas
portuguesas por todo o mundo.
4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144)
A matéria do poema em si. A viagem de Vasco da Gama e as glórias
da história heroica portuguesa.
5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156)
Grande lamento do poeta, que reclama o fato de sua “voz rouca” não
ser ouvida com mais atenção.
Episódios mais
importantes da obra
O gigante Adamastor
Cinco dias depois da paragem na Baía de Santa Helena, chega Vasco da Gama ao
Cabo das Tormentas e é surpreendido por uma nuvem negra “tão temerosa e
carregada” que pôs nos corações dos portugueses um grande “medo” e leva
Vasco da Gama a evocar o próprio Deus todo poderoso.
Foi o aparecimento do Gigante Adamastor, uma figura mitológica criada por
Camões para significar todos os perigos, as tempestades, os naufrágios e
“perdições de toda sorte” que os portugueses tiveram de enfrentar e transpor
nas suas viagens.
Mas mesmo os gigantes têm os seus pontos fracos. Este que o Gama enfrenta é
também uma vítima do amor não correspondido, e a questão de Gama leva o
gigante a contar a sua história sobre o amor não correspondido.
Apaixona-se pela bela Tétis que o rejeita pela “grandeza feia do seu gesto”.
Primeira parte – caráter profético e ameaçador num tom de voz “horrendo e
grosso” anunciando os castigos e os danos por si reservados para aquela “gente
ousada” que invadira os seus “vedados términos nunca arados de estranho ou
próprio lenho”.
Segunda parte - representa já um caráter autobiográfico, pois assistimos à
evocação do passado amoroso e infeliz do próprio Camões.
Após o seu desabafo junto dos lusitanos, a nuvem negra “tão temerosa e
carregada” desaparece e Vasco da Gama pede a Deus que remova “os duros
casos que Adamastor contou futuros”.
O velho do restelo
Os navios portugueses estão prestes a largar; esposas, filhos, mães,
pais e amigos dos marinheiros apinham-se na praia (do Restelo) para
dar seu adeus, envolto em muitas lágrimas e lamentos, àqueles que
partiam para perigos inimagináveis e talvez para não mais voltar. No
meio desse ambiente emocionado, destaca-se a figura imponente de
um velho que, com sua "voz pesada", ouvida até nos navios, faz um
discurso veemente, condenando aquela aventura insana, impelida,
segundo ele, pela cobiça -o desejo de riquezas, poder, fama. Diz o
velho que, para ir enfrentar desnecessariamente perigos
desconhecidos, os portugueses abandonavam os perigos urgentes de
seu país, ainda ameaçado pelos mouros e no qual já se instalava a
desorganização social que decorreu das grandes navegações.
O discurso do Velho do Restelo corresponde a um gênero antigo da
literatura, cultivado desde os primórdios da poesia grega. Trata-se do
gênero conhecido pelos gregos como propemptikón, ou seja, "adeus
a um viajante que parte" (poesia que remonta a Homero).
A ilha dos amores
O mito da Ilha dos Amores é contado por Luís de Camões, nos Cantos IX e X
d'Os Lusíadas. Nestes cantos, é relatada a vontade da deusa Vênus em
premiar os heróis lusitanos, com um merecido descanso e com prazeres
divinos, numa ilha paradisíaca, no meio do oceano, a Ilha dos Amores. Nessa
ilha maravilhosa, os marinheiros portugueses podiam encontrar todas as
delícias da Natureza e as sedutoras Nereidas, divindades das águas, irmãs de
Tétis, com quem se podiam alegrar em jogos amorosos. É de se notar que
um dos navegantes, Leonardo, tem grande dificuldade em arrebatar sua
amada, mas no fim consegue (ele representa Camões e seus sofrimentos
amorosos). Durante um banquete oferecido aos Portugueses, a ninfa Sirena
canta as profecias sobre a gente lusa que incluem as suas glórias futuras no
Oriente. Em seguida, Tétis, a principal das ninfas, conduz Vasco da Gama ao
topo de um monte "alto e divino" e mostra-lhe, de acordo com a
cosmografia geocêntrica de Ptolomeu, a "máquina do mundo", uma fábrica
de cristal e ouro puro, à qual apenas os deuses tinham acesso, e que se
tornou também num privilégio para os Portugueses. Tétis faz a descrição da
máquina do mundo e prediz feitos valorosos, prêmios e fama ao povo
português. Depois do descanso merecido, os Portugueses partem da ilha e
regressam a Lisboa.
https://www.youtube.com/watch?v=nqeVYmgOURk
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Luís vaz de camões (1524 – 1580

  • 1. Luís Vaz de Camões (1524 – 1580)
  • 2. Poesia Lírica • Diversas formas • Sonetos: duas premissas e uma conclusão • Temática: Amor, Desconcerto do mundo • Temas universais e atemporais
  • 3. Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento Etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente, Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Algũa cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou.
  • 4. Versos Decassílabos Al/ma/ mi/nha/ gen/til/, que/ te/ par/tis/te Tão/ ce/do/ des/ta/ vi/da/ des/com/tem/te, Re/pou/as/ lá/ no/ Céu/ e/ter/na/men/te, E/ vi/va eu/ cá/ na/ ter/ra/ sem/pre/ tris/te.
  • 5. Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio, O mundo todo abarco, e nada aperto. É tudo quanto sinto um desconcerto: Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio; Agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao céu voando; Num' hora acho mil anos, e é de jeito Que em mil anos não posso achar um' hora. Se me pergunta alguém porque assim ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora.
  • 6. Tanto de meu estado me acho incerto, A Que em vivo ardor tremendo estou de frio; B Sem causa, juntamente choro e rio, B O mundo todo abarco, e nada aperto. A É tudo quanto sinto um desconcerto: A Da alma um fogo me sai, da vista um rio; B Agora espero, agora desconfio; B Agora desvario, agora acerto. A Estando em terra, chego ao céu voando; C Num' hora acho mil anos, e é de jeito D Que em mil anos não posso achar um' hora. E Se me pergunta alguém porque assim ando, C Respondo que não sei; porém suspeito D Que só porque vos vi, minha Senhora. E
  • 7. Poesia épica: Os Lusíadas Epopeia: A epopeia, uma das formas clássicas, é a narrativa de cunho histórico que registra poeticamente os grandes feitos, as aventuras deum herói ou de um povo. Para facilitar nossa compreensão, podemos falar que a epopeia é um longo poema narrativo A linguagem empregada na epopeia é sempre nobre, formal e muito solene, diferentemente da linguagem que usamos no dia-a-dia, daí a dificuldade de muitos alunos para compreender a beleza de tamanha obra.
  • 8. Epopeia Protagonista = herói Ação Unidade Variedade Verdade Integridade Estrutura interna: Proposição Invocação Dedicatória Narração Epílogo Estrutura externa: Narrativa em versos Inserção de considerações do poeta no texto Intervenção do Maravilhoso/ Sobrenatural Narração in media res
  • 9. Estrutura 1ª - Proposição = parte em que se apresenta o assunto. 2ª - Invocação = parte em que o poeta pede auxílio aos deuses ou às musas (figuras femininas, musas inspiradoras dos poetas) para a realização da sua árdua tarefa, ou seja, escrever o próprio poema. 3ª - Dedicatória ou oferecimento = parte em que o poeta oferece a sua obra a uma figura ilustre. 4ª - Narração = parte em que ocorre a história propriamente dita. 5ª - Epílogo = é o final da história, é o desfecho da narrativa.
  • 11. Os Lusíadas • Viagem de Vasco da Gama às Índias • História de Portugal • Conflito entre os deuses do Olimpo • Dificuldade para atravessar o Cabo das Tormentas (Cabo da Boa Esperança) • Herói coletivo
  • 12.
  • 13. As armas e os barões assinalados A Que da Ocidental praia Lusitana, B Por mares nunca dantes navegados A Passaram ainda além da Taprobana, B Em perigos e guerras esforçados A Mais do que prometia a força humana B E entre gente remota edificaram C Novo Reino, que tanto sublimaram; C E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
  • 14. 1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3) Apresentação da matéria a ser cantada: os feitos dos navegadores portugueses, em especial os da esquadra de Vasco da Gama e a história do povo português. 2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5) O poeta invoca o auxílio das musas do rio Tejo, as Tágides, que irão inspirá-lo na composição da obra. 3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18) O poema é dedicado ao rei Dom Sebastião, visto como a esperança de propagação da fé católica e continuação das grandes conquistas portuguesas por todo o mundo. 4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144) A matéria do poema em si. A viagem de Vasco da Gama e as glórias da história heroica portuguesa. 5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156) Grande lamento do poeta, que reclama o fato de sua “voz rouca” não ser ouvida com mais atenção.
  • 16. O gigante Adamastor Cinco dias depois da paragem na Baía de Santa Helena, chega Vasco da Gama ao Cabo das Tormentas e é surpreendido por uma nuvem negra “tão temerosa e carregada” que pôs nos corações dos portugueses um grande “medo” e leva Vasco da Gama a evocar o próprio Deus todo poderoso. Foi o aparecimento do Gigante Adamastor, uma figura mitológica criada por Camões para significar todos os perigos, as tempestades, os naufrágios e “perdições de toda sorte” que os portugueses tiveram de enfrentar e transpor nas suas viagens. Mas mesmo os gigantes têm os seus pontos fracos. Este que o Gama enfrenta é também uma vítima do amor não correspondido, e a questão de Gama leva o gigante a contar a sua história sobre o amor não correspondido. Apaixona-se pela bela Tétis que o rejeita pela “grandeza feia do seu gesto”. Primeira parte – caráter profético e ameaçador num tom de voz “horrendo e grosso” anunciando os castigos e os danos por si reservados para aquela “gente ousada” que invadira os seus “vedados términos nunca arados de estranho ou próprio lenho”. Segunda parte - representa já um caráter autobiográfico, pois assistimos à evocação do passado amoroso e infeliz do próprio Camões. Após o seu desabafo junto dos lusitanos, a nuvem negra “tão temerosa e carregada” desaparece e Vasco da Gama pede a Deus que remova “os duros casos que Adamastor contou futuros”.
  • 17. O velho do restelo Os navios portugueses estão prestes a largar; esposas, filhos, mães, pais e amigos dos marinheiros apinham-se na praia (do Restelo) para dar seu adeus, envolto em muitas lágrimas e lamentos, àqueles que partiam para perigos inimagináveis e talvez para não mais voltar. No meio desse ambiente emocionado, destaca-se a figura imponente de um velho que, com sua "voz pesada", ouvida até nos navios, faz um discurso veemente, condenando aquela aventura insana, impelida, segundo ele, pela cobiça -o desejo de riquezas, poder, fama. Diz o velho que, para ir enfrentar desnecessariamente perigos desconhecidos, os portugueses abandonavam os perigos urgentes de seu país, ainda ameaçado pelos mouros e no qual já se instalava a desorganização social que decorreu das grandes navegações. O discurso do Velho do Restelo corresponde a um gênero antigo da literatura, cultivado desde os primórdios da poesia grega. Trata-se do gênero conhecido pelos gregos como propemptikón, ou seja, "adeus a um viajante que parte" (poesia que remonta a Homero).
  • 18. A ilha dos amores O mito da Ilha dos Amores é contado por Luís de Camões, nos Cantos IX e X d'Os Lusíadas. Nestes cantos, é relatada a vontade da deusa Vênus em premiar os heróis lusitanos, com um merecido descanso e com prazeres divinos, numa ilha paradisíaca, no meio do oceano, a Ilha dos Amores. Nessa ilha maravilhosa, os marinheiros portugueses podiam encontrar todas as delícias da Natureza e as sedutoras Nereidas, divindades das águas, irmãs de Tétis, com quem se podiam alegrar em jogos amorosos. É de se notar que um dos navegantes, Leonardo, tem grande dificuldade em arrebatar sua amada, mas no fim consegue (ele representa Camões e seus sofrimentos amorosos). Durante um banquete oferecido aos Portugueses, a ninfa Sirena canta as profecias sobre a gente lusa que incluem as suas glórias futuras no Oriente. Em seguida, Tétis, a principal das ninfas, conduz Vasco da Gama ao topo de um monte "alto e divino" e mostra-lhe, de acordo com a cosmografia geocêntrica de Ptolomeu, a "máquina do mundo", uma fábrica de cristal e ouro puro, à qual apenas os deuses tinham acesso, e que se tornou também num privilégio para os Portugueses. Tétis faz a descrição da máquina do mundo e prediz feitos valorosos, prêmios e fama ao povo português. Depois do descanso merecido, os Portugueses partem da ilha e regressam a Lisboa.