SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GONDOMAR nº 1
Cursos Profissionais
GRUPO I
Texto A
Ato Primeiro
Câmera antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância portuguesa dos princípios do século
dezassete. Porcelanas, jarrões, sedas, flores, etc. No fundo, duas grandes janelas rasgadas, dando para
um eirado que olha sobre o Tejo e donde se vê toda Lisboa; entre as janelas o retrato, em corpo
inteiro, de um cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz branca de noviço de S. João de Jerusalém.
Em frente e para a boca da cena um bufete pequeno, coberto de rico pano de veludo verde franjado
de prata; sobre o bufete alguns livros, obras de tapeçaria meias feitas e um vaso da China de colo alto,
com flores. Algumas cadeiras antigas, tamboretes rasos, contadores. Da direita do espectador, porta
de comunicação para o interior da casa, outra da esquerda para o exterior. É no fim da tarde.
CENA I
MADALENA só, sentada junto à banca, os pés sobre uma grande almofada, um livro aberto no regaço,
e as mãos cruzadas sobre ele, como quem descaiu da leitura na meditação.
MADALENA (repetindo maquinalmente e devagar o que acaba deler)
- Naquele engano de alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito…Com paz e alegria de
alma... Um engano, um engano de poucos instantes que seja. Deve de ser a felicidade suprema neste
mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu!
(Pausa). Oh! Que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em que eu vivo. Este medo, estes
contínuos terrores, que ainda me não deixaram gozar um só momento de toda a imensa felicidade que
me dava o seu amor. Oh! Que amor, que felicidade. Que desgraça a minha! (Torna a descair em
profunda meditação; silêncio breve).
CENA II
(MADALENA, TELMO PAIS)
TELMO (chegando ao pé de Madalena,que o não sentiu entrar) — A minha senhora está a ler?..
MADALENA (despertando) — Ah! Sois vós,Telmo. Não, já não leio:há pouca luzde dia já;confundia-mea vista.
E é um bonito livro,este! O teu valido,aquelenosso livro,Telmo.
TELMO (deitando-lheos olhos) — Oh! Oh! Livro para damas — e para cavaleiros.Epara todos: um livro que
serve para todos; como não há outro, tiranteo respeito devido ao da palavra deDeus! Mas esse não tenho eu
a consolação deler,que não sei latimcomo meu senhor. Quero dizer como o Sr. Manuel de Sousa Coutinho —
que, lá isso!Acabado escolaréele. E assimfoi o seu pai antes dele, que muito bem o conheci: grande homem!
TESTE DE AVALIAÇÃO ESCRITA DE PORTUGUÊS Módulo - 7 Curso:_____________________________
% ( _____________________________POR CENTO)
Professora:_____________________
Nome:____________________________________ Nº: ____Turma:____ Tomei conhecimento______________
Data:_____/fevereiro/2017
Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett
Muitas letras,e de muito galanteprática,e não apenas as outras partes de cavaleiro:uma gravidade!Já não há
daquela gente. Mas,minha senhora, isto de a palavra deDeus estar assimnoutra língua,numa língua que a
gente… que toda a gente não entende… confesso-vos que aquele mercador inglês da Rua Nova, que aqui vem
às vezes, tem-me dito suas coisasqueme quadram.E Deus me perdoe, que eu creio que o homem é herege,
desta seita nova da Alemanha ou de Inglaterra.Será?
MADALENA — Olhai,Telmo; eu não vos quero dar conselhos:bem sabeis que desde o tempo que… que…
TELMO — Que já lá vai,queera outro tempo.
MADALENA — Pois sim.(Suspira) Eu era uma criança;pouco maior era que Maria.
TELMO — Não, a senhora D. Maria já émais alta.
MADALENA — É verdade, tem crescido demais,e de repente, nestes dois meses últimos.
TELMO — Então! Tem treze anos feitos, é quase uma senhora,está uma senhora.(aparte). Uma senhora,
aquela… pobre menina!
MADALENA (com as lágrimasnos olhos) — És muito amigo dela, Telmo?
TELMO — Se sou!Um anjo como aquele... Uma viveza, um espírito!E então que coração!
MADALENA — Filha da minha alma!(Pausa;mudando de tom). Mas olha,meu Telmo, torno a dizer-to: eu não
sei como hei de fazer para te dar conselhos.Conheci-te de tão criança,dequando casei a… a… a… primeira vez,
costumei-me a olhar para ti comtal respeito — já então eras o que hojeés, o escudeiro valido,o familiar quase
parente, o amigo velho e provado dos teus amos.
TELMO (enternecido) — Não digais mais,senhora,não me lembreis de tudo o que eu era.
MADALENA (quaseofendida) — Porquê? Não és hojeo mesmo, ou mais ainda,seé possível? Quitaram-te
alguma coisa da confiança,do respeito,do amor e carinho a que estava costumado o aio fiel do meu senhor D.
João de Portugal, que Deus tenha em glória?
(…)
MADALENA — Não, Telmo, não preciso nem quero emendá-lo. Mas agora deixai-me falar. Depois que fiquei só,
depois daquela funesta jornada de África que me deixou viúva, órfã e sem ninguém. Sem ninguém, e numa
idade… com dezassete anos! — Em vós, Telmo, em vós só achei o carinho e proteção, o amparo que eu
precisava. Ficastes-me em lugar de pai; e eu. Salvo numa coisa! — Tenho sido para vós, tenho-vos obedecido
como filha.
TELMO — Oh, minha senhora, minha senhora! Mas essa coisa em que vos apartastes dos meus conselhos.
Excertos de Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett
Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett
Ato I, Cenas I e II – questionário de escolha múltipla. Seleciona a resposta
correta.
1. O lugar da cena é:
a. Coimbra
b. Lisboa
c. Almada
d. Setúbal
2. A didascália descreve-nos um espaço que:
a. É fortementeiluminadaporvelase candelabros.
b. Temduasportasde acesso.
c. É uma câmara fechadae escura.
d. Recebe aluzde duasgrandes janelas.
3. No local onde se desenrola a ação:
a. Avista-seLisboa,do outro lado do Tejo.
b. Existeum mobiliário típico deuma modesta casa do século XVII.
B. Percebe-se o amanhecer de um novo dia.
d. Existeum quadro de um jovem cavaleiro entreas janelas.
4. A sala onde se inicia a Cena I:
a. É requintadamenteluxuosa,sugerindo umambientenobre.
b. Mostra um armário envidraçado, comlivros.
c. Tem uma porta que dá acesso ao interior da casa.
d. Não tem qualquer comunicação como exterior.
5. Na Cena I Madalena está a ler:
a. O episódio do Adamastor em "Os Lusíadas"deLuís de Camões.
b. O episódio do Consílio dos Deuses em"Os Lusíadas"deLuís de Camões.
c. O episódio da Batalha deAljubarrota em"Os Lusíadas"de Luís de Camões.
d . O episódio deInês de Castro em "Os Lusíadas" de Luís de Camões.
6. A propósito da leitura de "Os Lusíadas", Madalena:
a. Rejeita a semelhança entre a sua vida e o que acabou de ler.
b.Divide-se entre sentimentos de felicidade e de terror.
c. Revela o seu receio de que descubram o seu estado de espírito.
d.Medita acerca da fatalidade do Destino.
7. Telmo, ao chegar:
a. Afirmaque sóa Bíbliaé superiora"Os Lusíadas".
b. Reconhece imediatamenteManuel de SousaCoutinhocomoseu"senhor".
c. Zanga-se com Madalenapor estaestara ler.
Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett
d. Sente-se umpoucoconstrangidoporaBíbliaestar emlatim.
8. Na Cena II, o diálogo entre Telmo e Madalena, informa-nos de que
a. Telmonutre umaimensaestimapor Maria.
b. Telmojácuidavade Madalenadesde que estaeracriança.
c. Maria temagora treze anos.
d. Madalenase casou quandoaindaera umacriança.
9. Deduz-se que:
a. Telmojá eraaio doex-maridode Madalena,quandoestase casou.
b. Telmose mantinhafiel e saudosode D.Joãode Portugal.
c. D. João de Portugal foi rei de Portugal até 1578.
d. D. Joãode Portugal foi oprimeiromaridode Madalena.
10. O diálogo entre Telmo e Madalena permite-nos ainda concluir que:
a. O nascimentode Maria trouxe umagrande satisfaçãoa Telmo.
b. TelmoconsideraMaria,agora com 13 anos,como que uma filhamuitoestimada.
c. Madalenase assustacom os agourose profeciasde Telmo.
d. Maria temuma curiosidade e compreensãoreveladorasde umamaturidade precoce.
11. Ao falarem do passado, ficamos a saber que:
a.Madalenatinha17 anos quandoficouviúva.
b.Madalenaprocurouseumaridodurante 7 anos.
c.Madalenaencontrouváriosindíciosde que seumaridoestavavivo.
d.Telmoduvidaque seuantigoamo,D.João de Portugal,tenhaperecidonabatalha.
GRUPO II
1. Em qual das frases que se seguemencontrasuma oração coordenada?
a. Quando chegares,avisa.
b. Nemtenhocarro, nemandode motorizada.
c. Se fossesumaboapessoanão me faziasisso!
d. Mesmoque me implores,nãovoumudarde ideia.
2. Em qual das frases que se seguemencontrasuma oração subordinada?
a. Não só faloinglês,comotambémsei algumacoisade italiano.
b. O João magoou-se poisbateucomomartelonodedo.
c. Embora conheçabem a matéria,tenhoalgumasdúvidas.
Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett
d. Gosto dela,masàs vezesfarto-me!
3. Na frase “Gostodela, mas às vezesfarto-me!” oração sublinhada é
a. subordinadaadjetivarestritiva.
b. coordenadacompletiva.
c. subordinadaadverbial causal.
d. coordenadaadversativa.
4. Na frase “Mal acordo, espreguiço-me!”,aoração sublinhadaé
a. subordinadaadverbial temporal.
b. subordinadaadverbial causal.
c. subordinadaadverbial comparativa.
d. subordinadaadverbial consecutiva.
5.A oração sublinhadana frase “OJoão, quando o telefone tocou, deuum salto.” é
a. subordinante.
b. subordinadaadjetivaexplicativa.
c. subordinadaadjetivacompletiva.
d. subordinadacopulativa.
GRUPO III
1. Preenche as lacunas do texto com as palavras dadas.
• Alcácer Quibir
• bela
• Camões
• cativeiro
• catorze
• confidente
• corajoso
• curiosa
• D. João de Portugal (4 x)
• D. Madalena
• D. Manuel de Sousa Coutinho
(2 x)
• D. Sebastião (2 x)
• destino
• destrói
• destruição
• dezassete
• emoção
• família
• filha
• frágil
• Frei Luís de Sousa
• futuro
• ilegítima
• incendeia
• incompleta
• lealdade
• moralmente
• morrer
• nobre
• Os Lusíadas
• pai
• peregrino
• presságios
• razão
• realidade
Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett
• religiosa
• Romeiro
• sete
• sobressalto
• social
• solução
• Telmo Pais
• tragédia (3 x)
• trágica
• treze
• vergonha
• vítima
Em Frei Luís de Sousa, a primeira personagem em cena é 1. _______________; contudo, ao longo da
peça, percebe-se que toda a 2. _______________ ocupa um relevo significativo para a intriga.
D. Madalena tinha 3. _______________ anos quando o primeiro marido, 4. _______________,
desapareceu na batalha de 5. ______________, conjuntamente com o amado rei 6. ___________.
Durante 7. _______________ anos procurou-o, mas sem sucesso. Refez a sua vida e encontra-se casada
há 8. _______________ anos com 9. _______________. Trata-se de uma mulher 10. _______________
e 11. _______________, mas que sente uma felicidade 12. _______________, pois vive em constante
13. _______________, pressentindo a desgraça e
a 14. _______________ do amor. Usando a sua razão, tenta não acreditar no 15. _______________ que
lhe pode trazer a 16. _______________ e a 17. _______________ da sua recente família, com o
regresso de 18. _______________, mas teme essa possibilidade.
É com medo que no início da peça se encontra a refletir sobre os versos da 19. ________ amorosa de
Inês de Castro, episódio de 20. _______________ de 21. _______________. No imaginário de D.
Madalena, o receio torna-se 22. _______________, dor e angústia. É este o terror que sente quando
tem a necessidade de voltar para o palácio do primeiro marido.
Manuel de Sousa Coutinho, mais tarde 23. _______________, é um nobre e 24. _______________
fidalgo, que 25. _______________ e 26. _______________ o seu próprio palácio, para não receber os
governadores. Embora a 27. _______________ domine os seus sentimentos, por vezes, estes
sobrepõem-se, como quando se preocupa com a doença da 28. _______________. É um bom 29.
_______________ e um bom marido.
Maria de Noronha tem 30. _______________ anos, é uma menina bela, mas muito 31.
_______________, com tuberculose, e acredita com fervor que o rei 32. _______________ regressará.
Trata-se de uma criança muito 33. _______________ e com espírito idealista, que facilmente se deixa
levar pela 34. _______________. Ao pressentir a hipótese de ser filha 35. _______________ sofre física
e 36. _______________. Será ela a grande 37. _______________ sacrificada neste drama romântico,
acabando por 38. _______________ junto a seus pais.
39. _______________, o velho e confidente criado, apresenta como traços marcantes da sua
personalidade a 40. _______________ e a fidelidade. Não quer magoar nem pretende a desgraça da
família de D. Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho. Mas, como verdadeiro crente no 41.
_______________, acredita que 42. _______________ há de regressar. No fim, acaba por trair um
pouco a lealdade de escudeiro pelo amor que o une a D. Maria de Noronha. Representa o papel de coro
da 43. _______________ grega, com os seus diálogos, os seus agoiros ou os seus 44. _______________.
O Romeiro apresenta-se como um 45. ______________, mas é o próprio46. ____________. Os vinte
anos de 47. _______________ transformaram-no e nem a mulher o reconhece. D. João passa de figura
invisível presente na imaginação das personagens e torna-se algo concreto, mas não deixa de ser o
fantasma que paira sobre a felicidade daquele lar, adensando a atmosfera 48. _______________.
Frei Jorge Coutinho, irmão de 49. _______________,amigo da família e50. _______________ nas
horas de angústia, vai ter um papel importante na identificação do 51. _______________, que na sua
presença indicará o quadro de D. João de Portugal. É também ele que orienta D. Manuel de Sousa
Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett
Coutinho para a 52. _______________ da tragédia que se abateu: a morte 53. _______________ de D.
Manuel de Sousa Coutinho e de sua esposa D. Madalena, que abraçam a vida 54. _______________.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
António Fernandes
 
Funções sintáticas exercícios
Funções sintáticas   exercíciosFunções sintáticas   exercícios
Funções sintáticas exercícios
António Fernandes
 
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes   resumo-esquema por capítulosSermão aos peixes   resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
ClaudiaSacres
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
Daniel Sousa
 

Mais procurados (20)

Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. i
 
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
 
Cap vi
Cap viCap vi
Cap vi
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e IIISermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particular
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Funções sintáticas exercícios
Funções sintáticas   exercíciosFunções sintáticas   exercícios
Funções sintáticas exercícios
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Teste4 11.º maias_poema_xx
Teste4 11.º maias_poema_xxTeste4 11.º maias_poema_xx
Teste4 11.º maias_poema_xx
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 
Canto viii 96_99
Canto viii 96_99Canto viii 96_99
Canto viii 96_99
 
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
Ficha formativa_ Recursos Expressivos (I)
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
 
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes   resumo-esquema por capítulosSermão aos peixes   resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
 
Teste poesia trovadoresca 10 ano
Teste poesia trovadoresca 10 anoTeste poesia trovadoresca 10 ano
Teste poesia trovadoresca 10 ano
 
Ficha valor-modal-e-aspetual
Ficha valor-modal-e-aspetualFicha valor-modal-e-aspetual
Ficha valor-modal-e-aspetual
 
Sermão de santo antónio aos peixes - Capítulo V
Sermão de santo antónio aos peixes - Capítulo VSermão de santo antónio aos peixes - Capítulo V
Sermão de santo antónio aos peixes - Capítulo V
 
Lírica camoniana
Lírica camonianaLírica camoniana
Lírica camoniana
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 

Destaque

The 39 Step Product Launch Checklist
The 39 Step Product Launch ChecklistThe 39 Step Product Launch Checklist
The 39 Step Product Launch Checklist
Chimezie Onwuama, MSc
 
Orgullosos de Trujillo
Orgullosos de TrujilloOrgullosos de Trujillo
Orgullosos de Trujillo
data_daniela
 
Expo Ic Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)
Expo Ic   Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)Expo Ic   Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)
Expo Ic Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)
laura.otaiza
 
Diseño Instruccional
Diseño InstruccionalDiseño Instruccional
Diseño Instruccional
laura.otaiza
 
Tratamiento comunicativo
Tratamiento comunicativoTratamiento comunicativo
Tratamiento comunicativo
Diana De León
 

Destaque (13)

The 39 Step Product Launch Checklist
The 39 Step Product Launch ChecklistThe 39 Step Product Launch Checklist
The 39 Step Product Launch Checklist
 
Como acreditar los derechos de autor 2
Como acreditar los derechos de autor 2Como acreditar los derechos de autor 2
Como acreditar los derechos de autor 2
 
Orgullosos de Trujillo
Orgullosos de TrujilloOrgullosos de Trujillo
Orgullosos de Trujillo
 
Informe Comunicaciones Academia de la Montaña en Liga de las Américas
Informe Comunicaciones Academia de la Montaña en Liga de las AméricasInforme Comunicaciones Academia de la Montaña en Liga de las Américas
Informe Comunicaciones Academia de la Montaña en Liga de las Américas
 
REGISTRO DE POZO (TODO RESUMIDO)
REGISTRO DE POZO  (TODO RESUMIDO)REGISTRO DE POZO  (TODO RESUMIDO)
REGISTRO DE POZO (TODO RESUMIDO)
 
Catalogue i-tec
Catalogue i-tec Catalogue i-tec
Catalogue i-tec
 
Klokovva
KlokovvaKlokovva
Klokovva
 
Expo Ic Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)
Expo Ic   Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)Expo Ic   Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)
Expo Ic Solange Zambrano Y Laura Otaiza (1)
 
Miracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting CollectionMiracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting Collection
 
Ficha formativa verbos
Ficha formativa verbosFicha formativa verbos
Ficha formativa verbos
 
Diseño Instruccional
Diseño InstruccionalDiseño Instruccional
Diseño Instruccional
 
EFCC ALERT AUGUST, 2016
EFCC ALERT AUGUST, 2016EFCC ALERT AUGUST, 2016
EFCC ALERT AUGUST, 2016
 
Tratamiento comunicativo
Tratamiento comunicativoTratamiento comunicativo
Tratamiento comunicativo
 

Semelhante a Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gond

Constância
ConstânciaConstância
Constância
guida04
 
Alguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andradeAlguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andrade
mariliarosa
 
Modernismo poesia - 2.a fase - Ose
Modernismo   poesia - 2.a fase - OseModernismo   poesia - 2.a fase - Ose
Modernismo poesia - 2.a fase - Ose
André Damázio
 
O guinéu da coxa
O guinéu da coxaO guinéu da coxa
O guinéu da coxa
Morganauca
 
Ana Cristina César / a teus pés
Ana Cristina César / a teus pésAna Cristina César / a teus pés
Ana Cristina César / a teus pés
sullbreda
 

Semelhante a Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gond (20)

Telmo- Frei Luís de Sousa
Telmo- Frei Luís de SousaTelmo- Frei Luís de Sousa
Telmo- Frei Luís de Sousa
 
Arcadismo a moreninha
Arcadismo a moreninhaArcadismo a moreninha
Arcadismo a moreninha
 
Constância
ConstânciaConstância
Constância
 
174626
174626174626
174626
 
O avejao raul brandao
O avejao   raul brandaoO avejao   raul brandao
O avejao raul brandao
 
Ladino
LadinoLadino
Ladino
 
Alguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andradeAlguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andrade
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Modernismo poesia - 2.a fase - Ose
Modernismo   poesia - 2.a fase - OseModernismo   poesia - 2.a fase - Ose
Modernismo poesia - 2.a fase - Ose
 
O guinéu da coxa
O guinéu da coxaO guinéu da coxa
O guinéu da coxa
 
MODERNISMO 2 (7) [Salvo automaticamente].ppt
MODERNISMO 2 (7) [Salvo automaticamente].pptMODERNISMO 2 (7) [Salvo automaticamente].ppt
MODERNISMO 2 (7) [Salvo automaticamente].ppt
 
Daniel Pennac
Daniel PennacDaniel Pennac
Daniel Pennac
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Os muros de uberlândia
Os muros de uberlândiaOs muros de uberlândia
Os muros de uberlândia
 
11.2.17_Cena I, Ato II + Lusíadas (Teste).pdf
11.2.17_Cena I, Ato II + Lusíadas (Teste).pdf11.2.17_Cena I, Ato II + Lusíadas (Teste).pdf
11.2.17_Cena I, Ato II + Lusíadas (Teste).pdf
 
José de Alencar - Diva
José de Alencar - DivaJosé de Alencar - Diva
José de Alencar - Diva
 
Ana Cristina César / a teus pés
Ana Cristina César / a teus pésAna Cristina César / a teus pés
Ana Cristina César / a teus pés
 
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e CursoTrabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
 
Carmilla, karnstein vapyre j. sheridan le fanu
Carmilla, karnstein vapyre  j. sheridan le fanuCarmilla, karnstein vapyre  j. sheridan le fanu
Carmilla, karnstein vapyre j. sheridan le fanu
 
Casos do romualdo
Casos do romualdoCasos do romualdo
Casos do romualdo
 

Último

ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Último (20)

Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 

Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gond

  • 1. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GONDOMAR nº 1 Cursos Profissionais GRUPO I Texto A Ato Primeiro Câmera antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância portuguesa dos princípios do século dezassete. Porcelanas, jarrões, sedas, flores, etc. No fundo, duas grandes janelas rasgadas, dando para um eirado que olha sobre o Tejo e donde se vê toda Lisboa; entre as janelas o retrato, em corpo inteiro, de um cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz branca de noviço de S. João de Jerusalém. Em frente e para a boca da cena um bufete pequeno, coberto de rico pano de veludo verde franjado de prata; sobre o bufete alguns livros, obras de tapeçaria meias feitas e um vaso da China de colo alto, com flores. Algumas cadeiras antigas, tamboretes rasos, contadores. Da direita do espectador, porta de comunicação para o interior da casa, outra da esquerda para o exterior. É no fim da tarde. CENA I MADALENA só, sentada junto à banca, os pés sobre uma grande almofada, um livro aberto no regaço, e as mãos cruzadas sobre ele, como quem descaiu da leitura na meditação. MADALENA (repetindo maquinalmente e devagar o que acaba deler) - Naquele engano de alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito…Com paz e alegria de alma... Um engano, um engano de poucos instantes que seja. Deve de ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu! (Pausa). Oh! Que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em que eu vivo. Este medo, estes contínuos terrores, que ainda me não deixaram gozar um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor. Oh! Que amor, que felicidade. Que desgraça a minha! (Torna a descair em profunda meditação; silêncio breve). CENA II (MADALENA, TELMO PAIS) TELMO (chegando ao pé de Madalena,que o não sentiu entrar) — A minha senhora está a ler?.. MADALENA (despertando) — Ah! Sois vós,Telmo. Não, já não leio:há pouca luzde dia já;confundia-mea vista. E é um bonito livro,este! O teu valido,aquelenosso livro,Telmo. TELMO (deitando-lheos olhos) — Oh! Oh! Livro para damas — e para cavaleiros.Epara todos: um livro que serve para todos; como não há outro, tiranteo respeito devido ao da palavra deDeus! Mas esse não tenho eu a consolação deler,que não sei latimcomo meu senhor. Quero dizer como o Sr. Manuel de Sousa Coutinho — que, lá isso!Acabado escolaréele. E assimfoi o seu pai antes dele, que muito bem o conheci: grande homem! TESTE DE AVALIAÇÃO ESCRITA DE PORTUGUÊS Módulo - 7 Curso:_____________________________ % ( _____________________________POR CENTO) Professora:_____________________ Nome:____________________________________ Nº: ____Turma:____ Tomei conhecimento______________ Data:_____/fevereiro/2017
  • 2. Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett Muitas letras,e de muito galanteprática,e não apenas as outras partes de cavaleiro:uma gravidade!Já não há daquela gente. Mas,minha senhora, isto de a palavra deDeus estar assimnoutra língua,numa língua que a gente… que toda a gente não entende… confesso-vos que aquele mercador inglês da Rua Nova, que aqui vem às vezes, tem-me dito suas coisasqueme quadram.E Deus me perdoe, que eu creio que o homem é herege, desta seita nova da Alemanha ou de Inglaterra.Será? MADALENA — Olhai,Telmo; eu não vos quero dar conselhos:bem sabeis que desde o tempo que… que… TELMO — Que já lá vai,queera outro tempo. MADALENA — Pois sim.(Suspira) Eu era uma criança;pouco maior era que Maria. TELMO — Não, a senhora D. Maria já émais alta. MADALENA — É verdade, tem crescido demais,e de repente, nestes dois meses últimos. TELMO — Então! Tem treze anos feitos, é quase uma senhora,está uma senhora.(aparte). Uma senhora, aquela… pobre menina! MADALENA (com as lágrimasnos olhos) — És muito amigo dela, Telmo? TELMO — Se sou!Um anjo como aquele... Uma viveza, um espírito!E então que coração! MADALENA — Filha da minha alma!(Pausa;mudando de tom). Mas olha,meu Telmo, torno a dizer-to: eu não sei como hei de fazer para te dar conselhos.Conheci-te de tão criança,dequando casei a… a… a… primeira vez, costumei-me a olhar para ti comtal respeito — já então eras o que hojeés, o escudeiro valido,o familiar quase parente, o amigo velho e provado dos teus amos. TELMO (enternecido) — Não digais mais,senhora,não me lembreis de tudo o que eu era. MADALENA (quaseofendida) — Porquê? Não és hojeo mesmo, ou mais ainda,seé possível? Quitaram-te alguma coisa da confiança,do respeito,do amor e carinho a que estava costumado o aio fiel do meu senhor D. João de Portugal, que Deus tenha em glória? (…) MADALENA — Não, Telmo, não preciso nem quero emendá-lo. Mas agora deixai-me falar. Depois que fiquei só, depois daquela funesta jornada de África que me deixou viúva, órfã e sem ninguém. Sem ninguém, e numa idade… com dezassete anos! — Em vós, Telmo, em vós só achei o carinho e proteção, o amparo que eu precisava. Ficastes-me em lugar de pai; e eu. Salvo numa coisa! — Tenho sido para vós, tenho-vos obedecido como filha. TELMO — Oh, minha senhora, minha senhora! Mas essa coisa em que vos apartastes dos meus conselhos. Excertos de Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett
  • 3. Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett Ato I, Cenas I e II – questionário de escolha múltipla. Seleciona a resposta correta. 1. O lugar da cena é: a. Coimbra b. Lisboa c. Almada d. Setúbal 2. A didascália descreve-nos um espaço que: a. É fortementeiluminadaporvelase candelabros. b. Temduasportasde acesso. c. É uma câmara fechadae escura. d. Recebe aluzde duasgrandes janelas. 3. No local onde se desenrola a ação: a. Avista-seLisboa,do outro lado do Tejo. b. Existeum mobiliário típico deuma modesta casa do século XVII. B. Percebe-se o amanhecer de um novo dia. d. Existeum quadro de um jovem cavaleiro entreas janelas. 4. A sala onde se inicia a Cena I: a. É requintadamenteluxuosa,sugerindo umambientenobre. b. Mostra um armário envidraçado, comlivros. c. Tem uma porta que dá acesso ao interior da casa. d. Não tem qualquer comunicação como exterior. 5. Na Cena I Madalena está a ler: a. O episódio do Adamastor em "Os Lusíadas"deLuís de Camões. b. O episódio do Consílio dos Deuses em"Os Lusíadas"deLuís de Camões. c. O episódio da Batalha deAljubarrota em"Os Lusíadas"de Luís de Camões. d . O episódio deInês de Castro em "Os Lusíadas" de Luís de Camões. 6. A propósito da leitura de "Os Lusíadas", Madalena: a. Rejeita a semelhança entre a sua vida e o que acabou de ler. b.Divide-se entre sentimentos de felicidade e de terror. c. Revela o seu receio de que descubram o seu estado de espírito. d.Medita acerca da fatalidade do Destino. 7. Telmo, ao chegar: a. Afirmaque sóa Bíbliaé superiora"Os Lusíadas". b. Reconhece imediatamenteManuel de SousaCoutinhocomoseu"senhor". c. Zanga-se com Madalenapor estaestara ler.
  • 4. Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett d. Sente-se umpoucoconstrangidoporaBíbliaestar emlatim. 8. Na Cena II, o diálogo entre Telmo e Madalena, informa-nos de que a. Telmonutre umaimensaestimapor Maria. b. Telmojácuidavade Madalenadesde que estaeracriança. c. Maria temagora treze anos. d. Madalenase casou quandoaindaera umacriança. 9. Deduz-se que: a. Telmojá eraaio doex-maridode Madalena,quandoestase casou. b. Telmose mantinhafiel e saudosode D.Joãode Portugal. c. D. João de Portugal foi rei de Portugal até 1578. d. D. Joãode Portugal foi oprimeiromaridode Madalena. 10. O diálogo entre Telmo e Madalena permite-nos ainda concluir que: a. O nascimentode Maria trouxe umagrande satisfaçãoa Telmo. b. TelmoconsideraMaria,agora com 13 anos,como que uma filhamuitoestimada. c. Madalenase assustacom os agourose profeciasde Telmo. d. Maria temuma curiosidade e compreensãoreveladorasde umamaturidade precoce. 11. Ao falarem do passado, ficamos a saber que: a.Madalenatinha17 anos quandoficouviúva. b.Madalenaprocurouseumaridodurante 7 anos. c.Madalenaencontrouváriosindíciosde que seumaridoestavavivo. d.Telmoduvidaque seuantigoamo,D.João de Portugal,tenhaperecidonabatalha. GRUPO II 1. Em qual das frases que se seguemencontrasuma oração coordenada? a. Quando chegares,avisa. b. Nemtenhocarro, nemandode motorizada. c. Se fossesumaboapessoanão me faziasisso! d. Mesmoque me implores,nãovoumudarde ideia. 2. Em qual das frases que se seguemencontrasuma oração subordinada? a. Não só faloinglês,comotambémsei algumacoisade italiano. b. O João magoou-se poisbateucomomartelonodedo. c. Embora conheçabem a matéria,tenhoalgumasdúvidas.
  • 5. Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett d. Gosto dela,masàs vezesfarto-me! 3. Na frase “Gostodela, mas às vezesfarto-me!” oração sublinhada é a. subordinadaadjetivarestritiva. b. coordenadacompletiva. c. subordinadaadverbial causal. d. coordenadaadversativa. 4. Na frase “Mal acordo, espreguiço-me!”,aoração sublinhadaé a. subordinadaadverbial temporal. b. subordinadaadverbial causal. c. subordinadaadverbial comparativa. d. subordinadaadverbial consecutiva. 5.A oração sublinhadana frase “OJoão, quando o telefone tocou, deuum salto.” é a. subordinante. b. subordinadaadjetivaexplicativa. c. subordinadaadjetivacompletiva. d. subordinadacopulativa. GRUPO III 1. Preenche as lacunas do texto com as palavras dadas. • Alcácer Quibir • bela • Camões • cativeiro • catorze • confidente • corajoso • curiosa • D. João de Portugal (4 x) • D. Madalena • D. Manuel de Sousa Coutinho (2 x) • D. Sebastião (2 x) • destino • destrói • destruição • dezassete • emoção • família • filha • frágil • Frei Luís de Sousa • futuro • ilegítima • incendeia • incompleta • lealdade • moralmente • morrer • nobre • Os Lusíadas • pai • peregrino • presságios • razão • realidade
  • 6. Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett • religiosa • Romeiro • sete • sobressalto • social • solução • Telmo Pais • tragédia (3 x) • trágica • treze • vergonha • vítima Em Frei Luís de Sousa, a primeira personagem em cena é 1. _______________; contudo, ao longo da peça, percebe-se que toda a 2. _______________ ocupa um relevo significativo para a intriga. D. Madalena tinha 3. _______________ anos quando o primeiro marido, 4. _______________, desapareceu na batalha de 5. ______________, conjuntamente com o amado rei 6. ___________. Durante 7. _______________ anos procurou-o, mas sem sucesso. Refez a sua vida e encontra-se casada há 8. _______________ anos com 9. _______________. Trata-se de uma mulher 10. _______________ e 11. _______________, mas que sente uma felicidade 12. _______________, pois vive em constante 13. _______________, pressentindo a desgraça e a 14. _______________ do amor. Usando a sua razão, tenta não acreditar no 15. _______________ que lhe pode trazer a 16. _______________ e a 17. _______________ da sua recente família, com o regresso de 18. _______________, mas teme essa possibilidade. É com medo que no início da peça se encontra a refletir sobre os versos da 19. ________ amorosa de Inês de Castro, episódio de 20. _______________ de 21. _______________. No imaginário de D. Madalena, o receio torna-se 22. _______________, dor e angústia. É este o terror que sente quando tem a necessidade de voltar para o palácio do primeiro marido. Manuel de Sousa Coutinho, mais tarde 23. _______________, é um nobre e 24. _______________ fidalgo, que 25. _______________ e 26. _______________ o seu próprio palácio, para não receber os governadores. Embora a 27. _______________ domine os seus sentimentos, por vezes, estes sobrepõem-se, como quando se preocupa com a doença da 28. _______________. É um bom 29. _______________ e um bom marido. Maria de Noronha tem 30. _______________ anos, é uma menina bela, mas muito 31. _______________, com tuberculose, e acredita com fervor que o rei 32. _______________ regressará. Trata-se de uma criança muito 33. _______________ e com espírito idealista, que facilmente se deixa levar pela 34. _______________. Ao pressentir a hipótese de ser filha 35. _______________ sofre física e 36. _______________. Será ela a grande 37. _______________ sacrificada neste drama romântico, acabando por 38. _______________ junto a seus pais. 39. _______________, o velho e confidente criado, apresenta como traços marcantes da sua personalidade a 40. _______________ e a fidelidade. Não quer magoar nem pretende a desgraça da família de D. Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho. Mas, como verdadeiro crente no 41. _______________, acredita que 42. _______________ há de regressar. No fim, acaba por trair um pouco a lealdade de escudeiro pelo amor que o une a D. Maria de Noronha. Representa o papel de coro da 43. _______________ grega, com os seus diálogos, os seus agoiros ou os seus 44. _______________. O Romeiro apresenta-se como um 45. ______________, mas é o próprio46. ____________. Os vinte anos de 47. _______________ transformaram-no e nem a mulher o reconhece. D. João passa de figura invisível presente na imaginação das personagens e torna-se algo concreto, mas não deixa de ser o fantasma que paira sobre a felicidade daquele lar, adensando a atmosfera 48. _______________. Frei Jorge Coutinho, irmão de 49. _______________,amigo da família e50. _______________ nas horas de angústia, vai ter um papel importante na identificação do 51. _______________, que na sua presença indicará o quadro de D. João de Portugal. É também ele que orienta D. Manuel de Sousa
  • 7. Frei luís de Sousa AlmeidaGarrett Coutinho para a 52. _______________ da tragédia que se abateu: a morte 53. _______________ de D. Manuel de Sousa Coutinho e de sua esposa D. Madalena, que abraçam a vida 54. _______________.