Cap v repreensões particular

Helena Coutinho
Helena CoutinhoProfessora em Escola Secundária da Ramada


Padre António Vieira
(Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)
Exposição e Confirmação
Capítulos II, III, IV e V.

Cap. V –Repreensões aos peixes em particular

– os roncadores;
– os pegadores;
– os voadores;

– o polvo.
Repreensões
em particular

RONCADORES
- embora tão
pequenos roncam
muito (simbolizam a
arrogância e a
soberba);

PEGADORES
- sendo pequenos,
pregam-se nos
maiores, não os
largando mais
(simbolizam o
parasitismo);

VOADORES
- sendo
peixes, também se
metem a ser aves
(simbolizam a
presunção (vaidade) e
a ambição);

POLVO
- com aparência de
santo, é o maior
traidor do mar
(simboliza a traição).

"É possível que sendo vós
uns peixinhos tão
pequenos, haveis de ser
as roncas do mar?"

"Pegadores se chamam estes
de que agora falo, e com
grande propriedade, porque
sendo pequenos, não só se
chegam a outros maiores,
mas de tal sorte se lhes
pegam aos costados, que
jamais os desferram."

"Dizei-me, voadores, não
vos fez Deus para peixes?
Pois porque vos meteis a
ser aves? (...) Contentaivos com o mar e com
nadar, e não queirais
voar, pois sois peixes."

"E debaixo desta
aparência tão modesta,
ou desta hipocrisia tão
santa (...) o dito polvo é o
maior traidor do mar."
Os roncadores
Peixes de diversos tamanhos, sendo que os referidos pelo
Padre António Vieira são particularmente pequenos e o ruído
que emitem é um ronco. Têm como vício:
arrogância

soberba, orgulho
RONCADORES
Sendo peixes muito pequenos, roncam muito,
mostrando arrogância e soberba.
Ex: "É possível que sendo vos uns peixinhos tão
pequenos, haveis de ser as roncas do mar?”
● Roncam muito exatamente por serem muito
pequenos, para quererem fazer-se grandes. O
espadarte não tem essa necessidade por ter outros
argumentos. Mas Deus não quer roncadores e abate
os que muito roncam.
Atitude do Orador


O Padre António Vieira repreende a arrogância e o orgulho
dos colonos.



“E começando aqui pela nossa costa, (…), tanto me moveram
o riso como a ira.”



“Isto não é regra geral; mas é regra geral que Deus não quer
roncadores, e que tem particular cuidado de abater e
humilhar aos que muito roncam.”
Correspondência entre plano figurado e real

Plano Figurado

Plano Real

Roncar

Ser arrogante e altivo

Espada

Coragem

Língua

Falar, exprimir

Barbatear

Exibir, gabar-se

Inchar

Envaidecer, ter o ego alto
O Roncador: Comparação com o mundo dos homens

• soberbos e
orgulhosos,
facilmente
pescados

Os Roncadores:

Santo António
• tendo tanto saber e tanto
poder, não se orgulhou
disso, antes se calou. Não
foi abatido, mas a sua voz
ficou para sempre.

• Pedro
• Golias
• Caifás
• Pilatos
Exemplo de homens
que se identificam
com o roncador:
Características /
Virtudes

•Apesar da sua espada, o espadarte não se
exibe e ao contrario do roncador não é
soberbo nem orgulhoso.

Ex: “Dizei-me: o espadarte porque não ronca? Porque,
ordinariamente, quem tem muita espada, tem pouca língua.
Isto não é regra geral; mas é regra que Deus não quer
roncadores, e que tem particular cuidado de abater e
humilhar aos que muito roncam.”
O Espadarte:
Comparação com o mundo dos homens
Santo António
• muita espada e ainda
assim não ronca.
• sabia o que dizia e ainda
assim não se tornou
arrogante e orgulhoso,
pois cumpre a vontade
de Deus.

O Espadarte
Argumentos Bíblicos
Pedro

Golias

Caifás

Pilatos
Exemplo
● Aconteceu com S. Pedro, que acabou depois por
negar o próprio Cristo. Mesmos os peixes grandes,
como as baleias, não teriam segurança na sua
arrogância. Apresenta o exemplo de David e Golias.

Ideia síntese sobre a repreensão feita
Os arrogantes e soberbos confrontam Deus e
acabam por perder. Por isso, o melhor é calar e imitar
Santo António. O saber e o poder é que costumam
fazer dos homens roncadores.


Um dos 12 discípulos



Possui a chave do Céu



Renegou a Jesus 3 vezes

Roncador


deslealdade

“Tinha roncado e barbateado Pedro que, se todos fraqueassem, só ele
havia de ser constante até morrer, se fosse necessário; e foi tanto pelo
contrário, que só ele fraqueou mais que todos, e bastou a voz de uma
mulherzinha para o fazer tremer e negar.”


Gigante da cidade de Gate



Fixou-se em Israel durante 40 dias



Davi derrotou-o

Roncador


arrogância

“Quarenta dias contínuos esteve armado no campo, desafiando a todos
os arraiais de Israel, sem haver quem se lhe atrevesse; e no cabo, que
fim teve toda aquela arrogância? Bastou um pastorzinho com um
cajado e uma funda, para dar com ele em terra.”


Líder Judeu no primeiro século.



Participou no julgamento de Jesus no supremo tribunal dos judeus



Acusou Jesus de blasfémia



Roncador



“Caifás roncava de saber: Vos nescitis quidquam.” (Vós não sabeis nada.)

Age com superioridade


Foi contemporâneo de Jesus Cristo
Foi prefeito da província romana da Judeia
Condenou Jesus Cristo à cruz



Roncador



“Pilatos roncava de poder: Nescis quia potestatem habeo?” (Não sabeis
que tenho poder?)




Gabava o seu poder
Repreensões feitas aos colonos
Os colonos eram repreendidos:
 Por prometerem o que não iriam cumprir;
 Por gabarem o seu saber;
 Por gabarem o seu poder.

Conselhos aos colonos
O Padre António Vieira aconselha os colonos a calarem-se e a imitarem
Santo António.
“Assim que, amigos roncadores, o verdadeiro conselho é calar e imitar

a Santo António.”
A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Roncadores
A alegoria da arrogância, da soberba da vaidade

Queixa:
“…ouvindo os
roncadores e vendo
o seu tamanho,
tanto me moveram
a riso como a ira …
porque haveis de
roncar tanto?”

Aforismo:

Conselho:

Analogia:

“O muito roncar
antes da
ocasião, é sinal
de dormir nela”

“Medi-vos, e logo
vereis quão
pouco
fundamento
tendes de
blasonar nem
roncar”

“Os arrogantes e
soberbos tomam-se
como Deus. …Duas
cousas há nos homens
que os costumam fazer
roncadores, porque
ambas incham: o saber e
o poder.”
Cap v repreensões particular
PEGADORES

Chegam-se aos maiores, defeito que tomaram dos
homens, e pegam-se-lhes aos costados, não mais os
largando, para se sustentarem.

Estes peixes terão aprendido este modo de vida
com os portugueses.
Padre António Vieira critica estes peixes pelo seu parasitismo, podendo
ser verificada essa crítica na frase: «sendo pequenos, não só se chegam

a outros maiores, mas de tal sorte lhes pegam aos costados, que já mais
os desferram».

Estes pegadores juntam-se aos grandes aproveitando-se deles e do que
fazem, como pode ser verificado na frase: «De alguns animais de menos
força e indústria se conta que vão seguindo de longe os leões na caça,
para se sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes

pegadores (…)». Estando mais perto dos grandes acabam por estar
protegidos por eles.
Oportunistas
Porque se aproveitam da grandiosidade dos grandes e usam a sua vaidade
graxista com o objetivo de obterem algo mais para além da pessoa, beneficiando de
características ou "coisas" que essa pessoa lhes disponibiliza, como segurança e
alimento.
Parasitas
Porque usam como suporte para a sua vida uma "vítima", beneficiando de
todas as vantagens provenientes da mesma.

Ignorantes
Porque nas suas vidas de oportunistas apesar de beneficiarem de alimento e
proteção (neste caso os peixes) deixam-se pescar com eles, morrendo com eles,
fazem tudo o que os grandes fazem sem pensar nas consequências.
Exemplos:
● Vice-rei ou governador, rodeado dos seus
pegadores; os menos ignorantes despegam-se e
seguem outra vida, os outros vêm a ter o fim dos
pegadores do mar;

● Tubarão. Morre o tubarão e morrem os pegadores
que a ele estão agarrados.
● Exemplo bíblico: Herodes e os seus seguidores.
O Padre António Vieira, refere no seu sermão o
tubarão para reforçar a imagem de
aproveitador do pegador. O pegador como um
peixe pequeno e indefeso associa-se ao
tubarão, alimentando-se dos restos de comida
que o tubarão deixa. Se este morre por alguma
razão os pegadores que lhe estão associados
morrem também.
Padre António Vieira compara assim este caso
àqueles que estão gananciosos e ávidos de
fortuna e que quando os seus «hóspedes» ( as
suas minas de ouro ) se extinguem, de uma
maneira ou de outra, os que estão pegados a
eles deixam de ter o lucro fácil que tinham.
O que se passa com o tubarão passa-se com
Herodes, rei da Palestina, que era o homem mais
rico e poderoso do seu país. A sua família, como
ele era rei, não trabalhava, vivia apenas à custa
dele, o que significa que se Herodes morresse, a
sua família e seguidores (governantes das cidades)
“morreriam” também.
Este, juntamente com os seus seguidores
pretendia matar Jesus, o que levou José a fugir
com a sua família. Quando Herodes morreu, José
pôde voltar a sua casa visto que morrendo
Herodes, todos os seus aderentes morrem com
ele, ou seja, perdem todo o poder e fortuna que
tinham. Os «pegadores» não são nada sem a
pessoa a que estão ligados.
Os pegadores são comparados a Santo António
na medida em que, como os pegadores se
pegam de tanta ignorância, e fazem o que as
“vitimas” fazem ao ponto de morrerem com
eles, Santo António pegou-se com Cristo, a
Deus nosso senhor e tornou-se imortal. A
única diferença entre Santo António e os
pegadores é que estes pegadores evidenciados
no texto escolheram o caminho errado,
escolhendo as “vitimas” para se pegarem
acabando por morrer com elas enquanto
Santo António seguiu um caminho de
sabedoria, tornando-se imortal com Cristo.
No sermão, St. António fala-nos de Adão e
Eva pois compara o facto de, nós homens,
pagarmos pela gulodice que estes tiveram,
mas também de termos a possibilidade de
nos livrarmos deste pecado original com a
água do batismo, como os pegadores que
quando o tubarão morre, morrem
juntamente com ele como vemos no texto
« Que morra o Tubarão, porque comeu,
matou a sua gula; mas que morra o
Pegador pelo que não comeu ».
Os pegadores são também
pecadores mas não se podem
livrar dele mesmo vivendo no
elemento água « Mas nós lavamonos desta desgraça com ũa pouca
de água, e vós não vos podeis
lavar da vossa ignorância com
quanta água tem no mar ».
Ideia síntese da repreensão feita
Chegai-vos aos grandes, mas não de maneira a
"morrer" por eles ou com eles. Crítica ao parasitismo e
à adulação.
A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Pegadores
A alegoria do oportunismo, da bajulação

Queixa:

Aforismo:

“… e me admirou que se

“… os que se deixam estar

houvesse estendido esta

pegados à mercê e fortuna dos

ronha e pegado também

maiores, vem-lhes a suceder no

aos peixes”

fim o (mesmo) que aos
pegadores do mar”
A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Pegadores
A alegoria do oportunismo, da bajulação

Conselho:

Analogia:
“Este modo de vida … sem dúvida que

“Chegai-vos embora aos

o aprenderam os peixes … depois que

grandes; mas não de tal maneira

os nossos portugueses navegaram;

pegados, que vos mateis por
eles, nem morrais com eles”

porque não parte vice-rei ou
Governador para as conquistas, que
não vá rodeado de pegadores.”
Cap v repreensões particular
VOADORES
A presunção, o capricho, a vaidade e a ambição
destes peixes, que são peixes e querem ser também
aves, leva-os à perdição.
Sofrem, assim, os perigos do mar e os do ar. O
início da argumentação com exemplos é marcado pela
presença de um provérbio: "Quem quer mais do que
lhe convém, perde o que quer e o que tem" (ll. 104105).
 Peixe-voador

– Nadando a uma
velocidade que alcança 29 km por hora,
o peixe sai da água até pôr de fora
metade de seu corpo. Nesse momento
abre as “asas” e golpeia a água
rapidamente com a cauda. Num
segundo alcança a velocidade de
descolagem, entre 48 e 88 km por hora.
Inicia então um planeio que chega a
durar dez segundos e se estende de 1 a
400 m. O único problema é que durante
o voo ele pode ser apanhado por uma
ave marinha ou então pode acabar por
bater nas estruturas do barco ou na
vela. Quando salta fora da água para
“voar”, ele pode atingir uma altura de 6
metros e planar por uma distância de
90 metros.
Exemplos
● Simão Mago, um voador da terra. Fingindo-se o
filho de Deus, quis subir ao céu e voou muito alto, mas
acabou por cair, por oração de S. Pedro e castigo de
Deus, partindo os pés e desfazendo a sua reputação
aos olhos de todos. O castigo aparece justificado com
a autoridade do Papa S. Máximo, com a sentença para
tal ousadia.
● Breve referência a Ícaro que, na sua ambição, subiu
demasiado alto. Tão perto do Sol chegou que a cera
que colava as suas asas derreteu e acabou por cair no
Mar Egeu, onde se afogou.
● Através de uma apóstrofe, o pregador invoca ainda
a alma de Santo António, apresentando o seu
exemplo: teve as asas da sabedoria natural e
sobrenatural para "voar para baixo" (ll. 122-123). Na
sua humildade era reputado de homem de pouca
ciência.
Ideia síntese da repreensão feita
Cada um deve contentar-se com o seu elemento. Se as
barbatanas parecem asas, que sejam usadas para
descer a lugares onde a segurança seja maior.
A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Peixes-voadores
A alegoria da vaidade, da ambição

Queixa:

Aforismo:

Conselho:

Analogia:

“Dizeime, voadores, não
vos fez Deus para
peixes? Pois
porque vos meteis
a ser aves?”

“”Quem quer

“Se vos parece que as
vossas barbatanas vos
podem servir de asas,
não as estendais para
subir … encolhei-as
para descer.”

“Eis aqui, voadores
do mar, o que
sucede aos da
terra, para que cada
um se contente
com o seu
elemento.”

mais do que lhe
convém, perde o
que quer e o que
tem.”
Cap v repreensões particular
POLVO

A alegoria da dissimulação,
do disfarce, da hipocrisia, da traição
Caracterização do polvo como
figuração humana na sua aparência

Caracterização do polvo como
figuração humana na sua essência

Parece

O polvo é um traidor, o maior
traidor do mar,

um monge, uma estrela, a
própria brandura e mansidão,

e, por isso, aparenta
santidade, brandura e
mansidão

porque

se esconde, mudando de cor,
para, com malícia e mentira,
atacar as suas vítimas.
POLVO

A relação semântica das palavras:
capelo / monge; raios / estrela; não ter / brandura
“O polvo
com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge;

A presença
da anáfora

com aqueles raios estendidos, parece uma estrela;
com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma
brandura, a mesma mansidão.”

Anáfora salientada nas comparações citadas,
onde o termo de comparação “como” é substituído por “parece”.
Outros há: lembra; faz lembrar; faz pensar.
A relação de semelhança está na base da comparação
A relação metónímica (a parte sugere o todo)
que permite a comparação nas duas primeiras transcrições.
POLVO

A relação semântica das palavras:

A presença
da simetria

A presença da
metáfora

A presença da
antítese
A presença da
personificaçã
o

“As cores, que no camaleão são gala,
no polvo são malícia;
As figuras, que em Proteu são fábula,
no polvo são verdade e artifício.”

“ O polvo dos próprios braços faz as cordas.”

“traçou a traição às escuras,
mas executou-a muito às claras.”

“E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão
santa, (…) o dito polvo é o maior traidor do mar.”
POLVO:
a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição

A consequência que advém para os outros, da desconformidade entre
aparência e essência

A completa desconformidade
entre aquilo que o polvo mostra ser
e aquilo que é verdadeiramente,
faz com que os outros sejam enganados.
Então o polvo,
apanhando-os desprevenidos, ataca-os em segurança.
POLVO:
a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição

A escolha do caso de Judas como a última ampliação dos argumentos

Este é não só conhecido do auditório,
como tem o valor de exemplo recolhido nos textos sagrados, valendo, por
isso, como argumento de autoridade.
A amplificação
da traição do polvo reside no facto de este ser apresentado como mais
traidor do que Judas,
o símbolo da traição por excelência para os cristãos.
Um remate que surpreende e deleita pelo arrojo da argumentação
POLVO: a alegoria
da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição (concl.)

Comparação das características
da água com as do polvo
A água,

pura, clara, cristalina, espelho natural da terra e do céu, diáfana, transparente, em que nada
se pode ocultar, encobrir ou dissimular,
acentua
o contraste com o polvo, pondo em evidência o que este tem de monstro dissimulado, de
fingido, de astuto, de enganosos, de

traidor.
O POLVO
Disciplina de Português
Profª: Helena Maria Coutinho
Cap v repreensões particular
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Cap v repreensões particular

  • 1.   Padre António Vieira (Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)
  • 2. Exposição e Confirmação Capítulos II, III, IV e V. Cap. V –Repreensões aos peixes em particular – os roncadores; – os pegadores; – os voadores; – o polvo.
  • 3. Repreensões em particular RONCADORES - embora tão pequenos roncam muito (simbolizam a arrogância e a soberba); PEGADORES - sendo pequenos, pregam-se nos maiores, não os largando mais (simbolizam o parasitismo); VOADORES - sendo peixes, também se metem a ser aves (simbolizam a presunção (vaidade) e a ambição); POLVO - com aparência de santo, é o maior traidor do mar (simboliza a traição). "É possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?" "Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram." "Dizei-me, voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? (...) Contentaivos com o mar e com nadar, e não queirais voar, pois sois peixes." "E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa (...) o dito polvo é o maior traidor do mar."
  • 4. Os roncadores Peixes de diversos tamanhos, sendo que os referidos pelo Padre António Vieira são particularmente pequenos e o ruído que emitem é um ronco. Têm como vício: arrogância soberba, orgulho
  • 5. RONCADORES Sendo peixes muito pequenos, roncam muito, mostrando arrogância e soberba. Ex: "É possível que sendo vos uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?” ● Roncam muito exatamente por serem muito pequenos, para quererem fazer-se grandes. O espadarte não tem essa necessidade por ter outros argumentos. Mas Deus não quer roncadores e abate os que muito roncam.
  • 6. Atitude do Orador  O Padre António Vieira repreende a arrogância e o orgulho dos colonos.  “E começando aqui pela nossa costa, (…), tanto me moveram o riso como a ira.”  “Isto não é regra geral; mas é regra geral que Deus não quer roncadores, e que tem particular cuidado de abater e humilhar aos que muito roncam.”
  • 7. Correspondência entre plano figurado e real Plano Figurado Plano Real Roncar Ser arrogante e altivo Espada Coragem Língua Falar, exprimir Barbatear Exibir, gabar-se Inchar Envaidecer, ter o ego alto
  • 8. O Roncador: Comparação com o mundo dos homens • soberbos e orgulhosos, facilmente pescados Os Roncadores: Santo António • tendo tanto saber e tanto poder, não se orgulhou disso, antes se calou. Não foi abatido, mas a sua voz ficou para sempre. • Pedro • Golias • Caifás • Pilatos Exemplo de homens que se identificam com o roncador:
  • 9. Características / Virtudes •Apesar da sua espada, o espadarte não se exibe e ao contrario do roncador não é soberbo nem orgulhoso. Ex: “Dizei-me: o espadarte porque não ronca? Porque, ordinariamente, quem tem muita espada, tem pouca língua. Isto não é regra geral; mas é regra que Deus não quer roncadores, e que tem particular cuidado de abater e humilhar aos que muito roncam.”
  • 10. O Espadarte: Comparação com o mundo dos homens Santo António • muita espada e ainda assim não ronca. • sabia o que dizia e ainda assim não se tornou arrogante e orgulhoso, pois cumpre a vontade de Deus. O Espadarte
  • 12. Exemplo ● Aconteceu com S. Pedro, que acabou depois por negar o próprio Cristo. Mesmos os peixes grandes, como as baleias, não teriam segurança na sua arrogância. Apresenta o exemplo de David e Golias. Ideia síntese sobre a repreensão feita Os arrogantes e soberbos confrontam Deus e acabam por perder. Por isso, o melhor é calar e imitar Santo António. O saber e o poder é que costumam fazer dos homens roncadores.
  • 13.  Um dos 12 discípulos  Possui a chave do Céu  Renegou a Jesus 3 vezes Roncador  deslealdade “Tinha roncado e barbateado Pedro que, se todos fraqueassem, só ele havia de ser constante até morrer, se fosse necessário; e foi tanto pelo contrário, que só ele fraqueou mais que todos, e bastou a voz de uma mulherzinha para o fazer tremer e negar.”
  • 14.  Gigante da cidade de Gate  Fixou-se em Israel durante 40 dias  Davi derrotou-o Roncador  arrogância “Quarenta dias contínuos esteve armado no campo, desafiando a todos os arraiais de Israel, sem haver quem se lhe atrevesse; e no cabo, que fim teve toda aquela arrogância? Bastou um pastorzinho com um cajado e uma funda, para dar com ele em terra.”
  • 15.  Líder Judeu no primeiro século.  Participou no julgamento de Jesus no supremo tribunal dos judeus  Acusou Jesus de blasfémia  Roncador  “Caifás roncava de saber: Vos nescitis quidquam.” (Vós não sabeis nada.) Age com superioridade
  • 16.  Foi contemporâneo de Jesus Cristo Foi prefeito da província romana da Judeia Condenou Jesus Cristo à cruz  Roncador  “Pilatos roncava de poder: Nescis quia potestatem habeo?” (Não sabeis que tenho poder?)   Gabava o seu poder
  • 17. Repreensões feitas aos colonos Os colonos eram repreendidos:  Por prometerem o que não iriam cumprir;  Por gabarem o seu saber;  Por gabarem o seu poder. Conselhos aos colonos O Padre António Vieira aconselha os colonos a calarem-se e a imitarem Santo António. “Assim que, amigos roncadores, o verdadeiro conselho é calar e imitar a Santo António.”
  • 18. A estrutura das alegorias para repreender os vícios Roncadores A alegoria da arrogância, da soberba da vaidade Queixa: “…ouvindo os roncadores e vendo o seu tamanho, tanto me moveram a riso como a ira … porque haveis de roncar tanto?” Aforismo: Conselho: Analogia: “O muito roncar antes da ocasião, é sinal de dormir nela” “Medi-vos, e logo vereis quão pouco fundamento tendes de blasonar nem roncar” “Os arrogantes e soberbos tomam-se como Deus. …Duas cousas há nos homens que os costumam fazer roncadores, porque ambas incham: o saber e o poder.”
  • 20. PEGADORES Chegam-se aos maiores, defeito que tomaram dos homens, e pegam-se-lhes aos costados, não mais os largando, para se sustentarem. Estes peixes terão aprendido este modo de vida com os portugueses.
  • 21. Padre António Vieira critica estes peixes pelo seu parasitismo, podendo ser verificada essa crítica na frase: «sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte lhes pegam aos costados, que já mais os desferram». Estes pegadores juntam-se aos grandes aproveitando-se deles e do que fazem, como pode ser verificado na frase: «De alguns animais de menos força e indústria se conta que vão seguindo de longe os leões na caça, para se sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes pegadores (…)». Estando mais perto dos grandes acabam por estar protegidos por eles.
  • 22. Oportunistas Porque se aproveitam da grandiosidade dos grandes e usam a sua vaidade graxista com o objetivo de obterem algo mais para além da pessoa, beneficiando de características ou "coisas" que essa pessoa lhes disponibiliza, como segurança e alimento. Parasitas Porque usam como suporte para a sua vida uma "vítima", beneficiando de todas as vantagens provenientes da mesma. Ignorantes Porque nas suas vidas de oportunistas apesar de beneficiarem de alimento e proteção (neste caso os peixes) deixam-se pescar com eles, morrendo com eles, fazem tudo o que os grandes fazem sem pensar nas consequências.
  • 23. Exemplos: ● Vice-rei ou governador, rodeado dos seus pegadores; os menos ignorantes despegam-se e seguem outra vida, os outros vêm a ter o fim dos pegadores do mar; ● Tubarão. Morre o tubarão e morrem os pegadores que a ele estão agarrados. ● Exemplo bíblico: Herodes e os seus seguidores.
  • 24. O Padre António Vieira, refere no seu sermão o tubarão para reforçar a imagem de aproveitador do pegador. O pegador como um peixe pequeno e indefeso associa-se ao tubarão, alimentando-se dos restos de comida que o tubarão deixa. Se este morre por alguma razão os pegadores que lhe estão associados morrem também. Padre António Vieira compara assim este caso àqueles que estão gananciosos e ávidos de fortuna e que quando os seus «hóspedes» ( as suas minas de ouro ) se extinguem, de uma maneira ou de outra, os que estão pegados a eles deixam de ter o lucro fácil que tinham.
  • 25. O que se passa com o tubarão passa-se com Herodes, rei da Palestina, que era o homem mais rico e poderoso do seu país. A sua família, como ele era rei, não trabalhava, vivia apenas à custa dele, o que significa que se Herodes morresse, a sua família e seguidores (governantes das cidades) “morreriam” também. Este, juntamente com os seus seguidores pretendia matar Jesus, o que levou José a fugir com a sua família. Quando Herodes morreu, José pôde voltar a sua casa visto que morrendo Herodes, todos os seus aderentes morrem com ele, ou seja, perdem todo o poder e fortuna que tinham. Os «pegadores» não são nada sem a pessoa a que estão ligados.
  • 26. Os pegadores são comparados a Santo António na medida em que, como os pegadores se pegam de tanta ignorância, e fazem o que as “vitimas” fazem ao ponto de morrerem com eles, Santo António pegou-se com Cristo, a Deus nosso senhor e tornou-se imortal. A única diferença entre Santo António e os pegadores é que estes pegadores evidenciados no texto escolheram o caminho errado, escolhendo as “vitimas” para se pegarem acabando por morrer com elas enquanto Santo António seguiu um caminho de sabedoria, tornando-se imortal com Cristo.
  • 27. No sermão, St. António fala-nos de Adão e Eva pois compara o facto de, nós homens, pagarmos pela gulodice que estes tiveram, mas também de termos a possibilidade de nos livrarmos deste pecado original com a água do batismo, como os pegadores que quando o tubarão morre, morrem juntamente com ele como vemos no texto « Que morra o Tubarão, porque comeu, matou a sua gula; mas que morra o Pegador pelo que não comeu ».
  • 28. Os pegadores são também pecadores mas não se podem livrar dele mesmo vivendo no elemento água « Mas nós lavamonos desta desgraça com ũa pouca de água, e vós não vos podeis lavar da vossa ignorância com quanta água tem no mar ».
  • 29. Ideia síntese da repreensão feita Chegai-vos aos grandes, mas não de maneira a "morrer" por eles ou com eles. Crítica ao parasitismo e à adulação.
  • 30. A estrutura das alegorias para repreender os vícios Pegadores A alegoria do oportunismo, da bajulação Queixa: Aforismo: “… e me admirou que se “… os que se deixam estar houvesse estendido esta pegados à mercê e fortuna dos ronha e pegado também maiores, vem-lhes a suceder no aos peixes” fim o (mesmo) que aos pegadores do mar”
  • 31. A estrutura das alegorias para repreender os vícios Pegadores A alegoria do oportunismo, da bajulação Conselho: Analogia: “Este modo de vida … sem dúvida que “Chegai-vos embora aos o aprenderam os peixes … depois que grandes; mas não de tal maneira os nossos portugueses navegaram; pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles” porque não parte vice-rei ou Governador para as conquistas, que não vá rodeado de pegadores.”
  • 33. VOADORES A presunção, o capricho, a vaidade e a ambição destes peixes, que são peixes e querem ser também aves, leva-os à perdição. Sofrem, assim, os perigos do mar e os do ar. O início da argumentação com exemplos é marcado pela presença de um provérbio: "Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem" (ll. 104105).
  • 34.  Peixe-voador – Nadando a uma velocidade que alcança 29 km por hora, o peixe sai da água até pôr de fora metade de seu corpo. Nesse momento abre as “asas” e golpeia a água rapidamente com a cauda. Num segundo alcança a velocidade de descolagem, entre 48 e 88 km por hora. Inicia então um planeio que chega a durar dez segundos e se estende de 1 a 400 m. O único problema é que durante o voo ele pode ser apanhado por uma ave marinha ou então pode acabar por bater nas estruturas do barco ou na vela. Quando salta fora da água para “voar”, ele pode atingir uma altura de 6 metros e planar por uma distância de 90 metros.
  • 35. Exemplos ● Simão Mago, um voador da terra. Fingindo-se o filho de Deus, quis subir ao céu e voou muito alto, mas acabou por cair, por oração de S. Pedro e castigo de Deus, partindo os pés e desfazendo a sua reputação aos olhos de todos. O castigo aparece justificado com a autoridade do Papa S. Máximo, com a sentença para tal ousadia. ● Breve referência a Ícaro que, na sua ambição, subiu demasiado alto. Tão perto do Sol chegou que a cera que colava as suas asas derreteu e acabou por cair no Mar Egeu, onde se afogou.
  • 36. ● Através de uma apóstrofe, o pregador invoca ainda a alma de Santo António, apresentando o seu exemplo: teve as asas da sabedoria natural e sobrenatural para "voar para baixo" (ll. 122-123). Na sua humildade era reputado de homem de pouca ciência. Ideia síntese da repreensão feita Cada um deve contentar-se com o seu elemento. Se as barbatanas parecem asas, que sejam usadas para descer a lugares onde a segurança seja maior.
  • 37. A estrutura das alegorias para repreender os vícios Peixes-voadores A alegoria da vaidade, da ambição Queixa: Aforismo: Conselho: Analogia: “Dizeime, voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves?” “”Quem quer “Se vos parece que as vossas barbatanas vos podem servir de asas, não as estendais para subir … encolhei-as para descer.” “Eis aqui, voadores do mar, o que sucede aos da terra, para que cada um se contente com o seu elemento.” mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem.”
  • 39. POLVO A alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição Caracterização do polvo como figuração humana na sua aparência Caracterização do polvo como figuração humana na sua essência Parece O polvo é um traidor, o maior traidor do mar, um monge, uma estrela, a própria brandura e mansidão, e, por isso, aparenta santidade, brandura e mansidão porque se esconde, mudando de cor, para, com malícia e mentira, atacar as suas vítimas.
  • 40. POLVO A relação semântica das palavras: capelo / monge; raios / estrela; não ter / brandura “O polvo com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge; A presença da anáfora com aqueles raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão.” Anáfora salientada nas comparações citadas, onde o termo de comparação “como” é substituído por “parece”. Outros há: lembra; faz lembrar; faz pensar. A relação de semelhança está na base da comparação A relação metónímica (a parte sugere o todo) que permite a comparação nas duas primeiras transcrições.
  • 41. POLVO A relação semântica das palavras: A presença da simetria A presença da metáfora A presença da antítese A presença da personificaçã o “As cores, que no camaleão são gala, no polvo são malícia; As figuras, que em Proteu são fábula, no polvo são verdade e artifício.” “ O polvo dos próprios braços faz as cordas.” “traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras.” “E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa, (…) o dito polvo é o maior traidor do mar.”
  • 42. POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição A consequência que advém para os outros, da desconformidade entre aparência e essência A completa desconformidade entre aquilo que o polvo mostra ser e aquilo que é verdadeiramente, faz com que os outros sejam enganados. Então o polvo, apanhando-os desprevenidos, ataca-os em segurança.
  • 43. POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição A escolha do caso de Judas como a última ampliação dos argumentos Este é não só conhecido do auditório, como tem o valor de exemplo recolhido nos textos sagrados, valendo, por isso, como argumento de autoridade. A amplificação da traição do polvo reside no facto de este ser apresentado como mais traidor do que Judas, o símbolo da traição por excelência para os cristãos. Um remate que surpreende e deleita pelo arrojo da argumentação
  • 44. POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição (concl.) Comparação das características da água com as do polvo A água, pura, clara, cristalina, espelho natural da terra e do céu, diáfana, transparente, em que nada se pode ocultar, encobrir ou dissimular, acentua o contraste com o polvo, pondo em evidência o que este tem de monstro dissimulado, de fingido, de astuto, de enganosos, de traidor.
  • 46. Disciplina de Português Profª: Helena Maria Coutinho