SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 80
Prof. Esp. Francielly M. Bordon
Prevenção e tratamento
de feridas
⦿ Também conhecida como sistema tegumentar;
⦿ A pele constitui cerca de 10% do peso corporal;
⦿ É o maior órgão do corpo;
⦿ É constituída de três camadas principais: a
epiderme, a derme e o tecido subcutâneo, as
quais possuem tipos de tecidos e funções
distintas.
Anatomia e fisiologia da pele
⦿ Epiderme: camada mais externa, fina e avascular,
com regeneração entre 4 e 6 semanas. Função:
barreira física e manutenção da integridade da
pele. Contém 5 subcamadas: estrato córneo,
estrato lúcido, estrato granuloso, estrato
espinhoso e estrato germinativo.
⦿ Derme: função de oferecer resistência, suporte,
sangue e oxigênio à pele. Contém vasos
sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos,
glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. É
composta de fibroblastos, colágeno e fibras
elásticas.
⦿ Tecido subcutâneo: é composto de tecido
adiposo e conjuntivo e possui grandes vasos
sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, contribui
para impedir a perda de calor, e constitui
reserva de material nutritivo.
⦿Proteção e barreira;
⦿Sensibilidade;
⦿Termorregulação;
⦿Excreção de água e eletrólitos;
⦿Metabolismo;
⦿Imagem corporal.
Funções da pele
Estruturas da pele
⦿ O termo ferida é utilizado como sinônimo de lesão
tecidual, deformidade ou solução de continuidade;
⦿ Pode atingir desde a epiderme, até estruturas mais
profundas, como fáscias e músculos;
⦿ As feridas podem ser causadas por fatores
extrínsicos e por fatores intrínsicos;
Classificação das feridas
⦿Ferida superficial: atinge apenas a epiderme
e a derme.
Quanto a espessura:
⦿Ferida profunda: destrói a epiderme, a
derme e o tecido subcutâneo.
Quanto a espessura:
⦿Ferida profunda total: atinge o tecido
muscular e as estruturas adjacentes (tendões,
cartilagens, ossos, etc.).
Quanto a espessura:
⦿Acidental ou traumática: ocorre de maneira
imprevista, sendo provocada por objetos
cortantes, contudentes, perfurantes,
lacerantes, inoculação de venenos,
mordeduras e queimaduras em geral.
Quanto a etiologia:
Queimadura
Mordedura
De animal
⦿Patológicas: são lesões secundárias à uma
determinada doença de base.
⦿Intencional ou cirúrgica: quando é realizada
de acordo com um fim terapêutico proposto.
⦿Iatrogênicas: feridas resultantes de
procedimentos ou tratamentos (radioterapia)
⦿Fatores causais externos: feridas resultantes de
pressão contínua exercida pelo peso do corpo,
fricção, cisalhamento e umidade, como as
úlceras de pressão.
⦿Agudas: geralmente são feridas traumáticas, há
ruptura da vascularização e desencadeamento
imediato do processo de hemostasia (cortes,
escoriações, queimaduras, etc.)
Quanto a evolução:
⦿Crônicas: descritas como de longa duração ou
recorrência freqüente; ocorre um desvio na
seqüência do processo cicatricial fisiológico.
⦿Feridas limpas: são feridas não infectadas,
livres de microrganismos patogênicos.
Quanto a presença de infecção
⦿Limpas contaminadas: ocorrem em tecidos
de baixa colonização, sem contaminação
significativa prévia, ou durante o ato
cirúrgico, lesões com tempo inferior a 6h
entre o trauma e o atendimento inicial.
⦿Contaminadas: feridas acidentais recentes e
abertas, colonizadas por flora bacteriana
considerável, cirúrgicas quando a técnica
asséptica é desobedecida, feridas que o
tempo de atendimento inicial foi superior a
6h.
⦿Feridas infectadas: quando há contaminação
grosseira por detritos ou por microrganismos
como parasitas, bactérias, vírus ou fungos.
Apresentam evidências do processo
infeccioso, como tecido desvitalizado,
exsudação purulenta e odor característico.
São classificadas em 4 estágios:
⦿Estágio I: pele íntegra com sinais de
hiperemia, descoloração ou endurecimento.
⦿Estágio II: Perda parcial de tecido envolvendo
a epiderme ou derme, ulceração superficial
com presença de bolhas ou cratera rasa.
Quanto ao comprometimento
tecidual
⦿Estágio III: perda total do tecido cutâneo,
necrose do tecido subcutâneo até a fáscia
muscular.
⦿Estágio IV: grande destruição tecidual, com
necrose, atingindo músculos, tendões e
ossos.
⦿Feridas mecânicas: feridas traumáticas,
causadas por traumatismos externos, cortante
ou penetrante, inclui esmagamentos e cortes.
Tipos de feridas
⦿Feridas laceradas: apresentam margens
irregulares, como as produzidas por caco de
vidro ou arame farpado.
⦿Feridas químicas: causadas pela ação de
ácidos ou bases muito fortes e alguns sais e
gases.
⦿Feridas térmicas: feridas que se desenvolvem
como resultado do calor ou frio extremo.
⦿Feridas por eletricidade: causadas por raios ou
contato com objeto energizado, (rede elétrica).
⦿Feridas por radiação: causadas pela longa
exposição a raios solares, RX ou outro tipo de
radiação.
⦿Feridas incisas: produzidas por um
instrumento cortante, faca, bisturi, etc.
⦿Feridas contusas: produzida por ação
contundente de objetos rombos.
Caracterizam-se por traumatismos das partes
moles, hemorragias e edema.
⦿Feridas perfurantes: produzidas por arma de
fogo, ou arma branca. Produzem pequena
abertura na pele, porém podem atingir
camadas teciduais profundas e órgãos,
causando hemorragia interna.
⦿Feridas oncológicas: causadas por tumores
da pele ou metástases cutâneas.
⦿Úlcera arterial: causada por isquemia,
relacionada com a presença de doença arterial
oclusiva, os sintomas incluem dor e perda
tecidual.
⦿Úlcera por pressão: causada por isquemia
secundária a compressão, essa lesão tecidual
localizada, também é denominada úlcera de
decúbito.
Lesão por pressão
⦿Úlceras vasculogênicas: são feridas crônicas
de origem vascular como as úlceras venosas e
arteriais, causadas por distúrbios circulatórios.
Tipos de feridas
⦿Feridas vasculogênicas – pé diabético:
ferida crônica dos pés, resultante de
complicações da diabetes, como neuropatia
diabética e doença vascular periférica.
⦿Pode ocorrer diminuição da sensibilidade,
deformidades, diminuição do fluxo arterial,
que predispõem a ulceração dos pés.
⦿Fístulas: trajeto anormal que conecta
superfícies podendo ser causadas por
infecção, traumas, etc.
⦿Escoriações: a lesão surge
tangencialmente à superfície cutânea,
com arrancamento da pele.
⦿ Equimoses e hematomas: na equimose
há rompimento dos capilares, porém sem
perda da continuidade da pele, sendo que
no hematoma, o sangue extravasado
forma uma cavidade.
Fase inflamatória:
⦿ Edema, eritema, calor e dor;
⦿ Começa no momento da lesão e dura de 4 a 6 dias;
⦿ O sangramento é controlado pela hemostasia;
⦿ As bactérias presentes são destruídas por leucócitos
granulocíticos, neutrófilos polimorfonucleares;
⦿ 4 dias após a lesão os macrófagos substituem os
leucócitos, atraindo para o local células necessárias
para a reparação tecidual.
Fases da cicatrização de feridas
⦿ A fase inflamatória ocorrem em 3 etapas:
⦿ Fase trombocítica: formação de trombos,
agregação plaquetária e ativação da cascata de
coagulação.
⦿ Fase granulocítica: desbridamento da ferida e
defesa contra infecções, há grande concentração
de leucócitos, fazendo fagocitose das bactérias,
decomposição do tecido necrosado e a limpeza da
lesão.
⦿Etapa macrofágica: atuação local dos
macrófagos, que influenciam no
desbridamento da ferida e na regulação das
outras fases da cicatrização.
Fase proliferativa:
⦿dura de 4 a 24 dias;
⦿Na ferida aberta, surge o tecido de granulação:
macrófagos, fibroblastos, colágeno imaturo,
vasos sanguíneos e substância matricial;
⦿ À medida que o tecido de granulação prolifera,
os fibroblastos estimulam a produção de
colágeno, que proporciona ao tecido sua força
de tensão e sua estrutura;
⦿A etapa final desta fase é a epitelização.
Fase de maturação:
⦿ duração entre 21 dias a 2 anos;
⦿ As fibras de colágeno se reorganizam, remodelam
e amadurecem, ganhando força de tensão;
⦿ O processo continua até que o tecido cicatricial
recupere cerca de 80% da força original da pele.
Primeira intenção:
⦿Cicatrização ideal de uma ferida;
⦿É feito a junção dos bordos da lesão por meio
de sutura ou aproximação;
⦿Reduz o potencial de infecção;
⦿Cicatriza em média em 10 dias;
⦿Ex: feridas cirúrgicas.
Tipos de cicatrização de feridas
Primeira intenção
Segunda intenção:
⦿ Tipo de cicatrização relacionada a ferimentos
infectados e a lesões com perda acentuada de
tecido;
⦿ Não é possível realizar a junção dos bordos;
⦿ Há necessidade de formação de tecido de
granulação no leito da lesão;
⦿ Ex: úlceras venosas, abscessos, etc.
Segunda intenção
Terceira intenção:
⦿ Existem fatores que retardam o processo de
cicatrização, como aplicação de drenos,
ostomias e feridas cirúrgicas infectadas;
⦿ Feridas que não foram suturadas inicialmente,
que se romperam ou tiveram que ser reabertas
para drenagens de exsudatos, e que após 3 a 5
dias serão ressuturadas.
Terceira intenção
⦿ Hematomas;
⦿ Edema;
⦿ Condições de oxigenação e perfusão tissular;
⦿ Corpo estranho;
⦿ Tecido necrótico;
⦿ Infecção;
⦿ Ressecamento;
⦿ Estado nutricional;
Fatores que dificultam a cicatrização de feridas
⦿Doenças crônicas;
⦿Tabagismo;
⦿Drogas e medicamentos;
⦿Obesidade;
⦿Idade avançada;
⦿Pressão contínua sobre uma área da lesão;
⦿Insuficiência arterial;
■ Ambiente seco: as feridas cicatrizam três a cinco
vezes mais rapidamente e com menos dor em
ambiente úmidos do que em ambiente secos. Em
um ambiente seco as células desidratam-se no
local da ferida e morrem. Isso gera a informação
de uma crosta sobre a ferida, que impede a
cicatrização. Manter a ferida hidratada com
curativos que retêm umidade potencializa a
migração celular e estimula a epitelização.
■ TRAUMATISMO E EDEMA: As feridas cicatrizam
lentamente ou, as vezes, nem cicatrizam,
quando são repetidamente traumatizadas ou
privadas de irrigação sanguínea local por
edema. O edema interfere no transporte de
oxigênio e na nutrição celular da ferida.
■ Infecção: Uma infecção sistêmica ou local pode
retardar ou prejudicar a cicatrização. A
presença de infecção – evidenciou-se por
drenagem purulenta ou exsudato, tumoração,
eritema ou febre – indica a necessidade de
realizar uma cultura bacteriológica da ferida.
■ Necrose: O tecido morto e desvitalizado
(necrótico) pode prejudicar a cicatrização.
⦿ É a proteção da lesão ou ferida, contra a ação de
agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos;
⦿ É um meio que consiste na limpeza e aplicação de
uma cobertura estéril;
⦿ Tem a finalidade de promover a rápida cicatrização e
prevenir contaminação e infecção;
⦿ Preconiza-se a confecção de curativos úmidos,
considerando que a manutenção do meio úmido entre
ferida e cobertura favorece a cicatrização.
Curativos
⦿ Objetivos do tratamento de feridas: mantê-la
úmida, limpa e salvo de trauma físico, preservando
a integridade cutânea.
⦿ A escolha do curativo: causa, gravidade,
condições da pele, tamanho e profundidade,
localização anatômica, volume de exsudato e risco
ou presença de infecção. Condições vasculares,
nutricionais e clínicas, relação custo-benefício.
Disponibilidade do curativo, durabilidade,
adaptabilidade e usos.
⦿Manter a umidade entre ferida e curativo;
⦿Remover o excesso de secreção;
⦿Permitir a troca gasosa;
⦿Fornecer isolamento térmico;
⦿Ser impermeável às bactérias;
⦿Ser isento de partículas;
⦿Permitir a retirada do curativo sem trauma.
Objetivos na escolha do curativo
⦿Tratar e prevenir infecções;
⦿Eliminar os fatores desfavoráveis que
retardam a cicatrização;
⦿Diminuir a incidência de infecções cruzadas.
⦿Boa tolerância térmica;
⦿Boa absorção para garantir a drenagem das
secreções;
⦿Proteção contra infecções;
⦿Não adesão à ferida;
⦿Permeabilidade ao raio x;
⦿Ser econômico.
Requisitos do curativo
⦿ Remover corpos estranhos;
⦿ Reaproximar bordas separadas;
⦿ Proteger a ferida contra contaminação e
infecções e promover a hemostasia;
⦿ Preencher espaços mortos e evitar a formação de
sero-hematomas;
⦿ Favorecer a aplicação de medicação tópica;
⦿ Fazer desbridamento mecânico e remover tecido
necrótico;
Finalidades do curativo
⦿ Reduzir o edema;
⦿ Absorver e facilitar a drenagem de exsudatos;
⦿ Manter a umidade da superfície da ferida;
⦿ Fornecer isolamento térmico;
⦿ Promover e proteger a cicatrização da ferida;
⦿ Limitar a movimentação dos tecidos em torno da
ferida;
⦿ Dar conforto psicológico;
⦿ Diminuir a intensidade da dor.
⦿ Curativos úmidos não são indicados em locais de
catéteres, fixadores, drenos e introdutores;
⦿ SF 0,9% limpa e umedece a ferida, favorece a
formação de tecido de granulação e amolece os
tecidos desvitalizados;
⦿ O calor é importante no processo de cicatrização
(SF 0,9% aquecido);
⦿ Proteção da ferida;
⦿ Remoção de detritos;
⦿ Remoção de corpos estranhos;
⦿ Remoção de microorganismos da superfície da
lesão;
⦿ Remover excesso de exsudatos e de tecido
necrosado.
Objetivos da limpeza
Técnica limpa: recomendada para cuidados
locais de feridas abertas, maioria das feridas
crônicas, cirúrgicas e não cirúrgicas;
Técnica estéril: indicada para clientes com
infecção sistêmica e imunodeprimidos.
Técnicas de limpeza
■ O desbridamento envolve a remoção de
tecido necrótico, para permitir a
regeneração do tecido saudável subjacente.
Dependendo do tipo de lesão, pode ser
usada uma combinação de técnicas de
desbridamento.
Desbridamento
⦿ Desbridamento instrumental:
- conservador: realizada uma retirada seletiva
de tecido necrosado, sem atingir tecidos vivos;
- cirúrgico: retirada maciça de material
necrosado ou desvitalizado (proc. Médico).
⦿ Desbridamento mecânico: não seletivo, consiste
em remover tecidos necrosados e corpos
estranhos, feito por fricção com gaze ou esponja
macia, ou através do uso de instrumentos.
⦿Desbridamento químico: ação de enzimas,
atóxicas não irritantes (colagenase, papaína).
⦿Desbridamento autolítico: desbridamento
natural da ferida, ocorre por autodesintegração
das células degeneradas pela ação de leucócitos
e enzimas, manter o local úmido (hidrocolóides,
ácidos graxos).
• Aberto - É aquele no qual utiliza-se apenas o
anti-séptico, mantendo a ferida exposta. Ex:
ferida cirúrgica limpa.
• Oclusivo - Curativo que após a limpeza da ferida
e aplicação do medicamento é fechado ou
ocluído com gaze ou atadura.
Tipos de curativo
⦿ Compressivo - É aquele no qual é mantida
compressão sobre a ferida para estancar
hemorragias, etc.
⦿ Drenagens - Nos ferimentos com grande
quantidade de exsudato coloca-se dreno
(Penrose, Keer), tubos, cateteres ou bolsas de
colostomia.
⦿ O curativo úmido:
- protege as terminações nervosas superficiais,
reduzindo a dor,
- acelera o processo cicatricial,
- previne a desidratação tecidual e a morte
celular;
⦿ O curativo seco:
- é recomendado em feridas cirúrgicas limpas,
com sutura direta. A troca é, geralmente, diária,
até a retirada dos pontos.
GEOVANINI, Telma et al. Manual de
curativos. São Paulo: Corpus. 2007.
HESS, C. T. Tratamento de feridas e
úlceras. 4ª ed. Rio de Janeiro, Reichman &
Affonso editores, 2002.
PIANUCCI, Ana. Saber cuidar:
procedimentos básicos de enfermagem. 2
ed. São Paulo: Senac, 2003.
Referencias
FERIDAS_E_CURATIVOS.pptx

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Curativo apresentação (1)
Curativo apresentação (1)Curativo apresentação (1)
Curativo apresentação (1)
Solange Broggine
 
Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...
Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...
Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...
Claudio Ribeiro
 
Cuidados com feridas
Cuidados com feridasCuidados com feridas
Cuidados com feridas
Rodrigo Abreu
 
Feridas E Curativos
Feridas E CurativosFeridas E Curativos
Feridas E Curativos
tecnicas
 
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Rodrigo Abreu
 

Mais procurados (20)

Curativos e coberturas
Curativos e coberturasCurativos e coberturas
Curativos e coberturas
 
Curativo apresentação (1)
Curativo apresentação (1)Curativo apresentação (1)
Curativo apresentação (1)
 
Tratamento de feridas
Tratamento de feridasTratamento de feridas
Tratamento de feridas
 
Tratamento de feridas - Aula 02
Tratamento de feridas -  Aula 02Tratamento de feridas -  Aula 02
Tratamento de feridas - Aula 02
 
Feridas - FSA
Feridas - FSAFeridas - FSA
Feridas - FSA
 
Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...
Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...
Apostila de enfermagem_-_apostila_tratamento_de_feridas,_cicatrização_e_curat...
 
Ferida senac
Ferida senacFerida senac
Ferida senac
 
Cuidados com feridas
Cuidados com feridasCuidados com feridas
Cuidados com feridas
 
SLIDE AÇÃO EDUCATIVA - FERIDAS E CURATIVOS - Copia.pptx
SLIDE AÇÃO EDUCATIVA - FERIDAS E CURATIVOS - Copia.pptxSLIDE AÇÃO EDUCATIVA - FERIDAS E CURATIVOS - Copia.pptx
SLIDE AÇÃO EDUCATIVA - FERIDAS E CURATIVOS - Copia.pptx
 
Tratamento de feridas - Aula 01
Tratamento de feridas - Aula 01Tratamento de feridas - Aula 01
Tratamento de feridas - Aula 01
 
Assistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoAssistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande Queimado
 
Curativos
CurativosCurativos
Curativos
 
Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem
 
Feridas e Curativos EEEP 2017 WFG
Feridas e Curativos EEEP 2017 WFGFeridas e Curativos EEEP 2017 WFG
Feridas e Curativos EEEP 2017 WFG
 
Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03
 
Avaliacao das feridas
Avaliacao das feridasAvaliacao das feridas
Avaliacao das feridas
 
Feridas E Curativos
Feridas E CurativosFeridas E Curativos
Feridas E Curativos
 
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
 
Aula Drenos[1]
Aula   Drenos[1]Aula   Drenos[1]
Aula Drenos[1]
 
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
 

Semelhante a FERIDAS_E_CURATIVOS.pptx

26967547 feridas-e-curativos
26967547 feridas-e-curativos26967547 feridas-e-curativos
26967547 feridas-e-curativos
Maria Alves Silva
 
Fisiopatologia ii
Fisiopatologia iiFisiopatologia ii
Fisiopatologia ii
Rosely_ro
 
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptx
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptxCONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptx
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptx
joseantoniodesouza72
 
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdf
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdfCONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdf
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdf
joseantoniodesouza72
 

Semelhante a FERIDAS_E_CURATIVOS.pptx (20)

Feridas x curativo
Feridas x curativoFeridas x curativo
Feridas x curativo
 
Fatores que afetam a cicatrização das feridas
Fatores  que  afetam  a cicatrização  das feridasFatores  que  afetam  a cicatrização  das feridas
Fatores que afetam a cicatrização das feridas
 
FERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfFERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdf
 
FERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfFERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdf
 
26967547 feridas-e-curativos
26967547 feridas-e-curativos26967547 feridas-e-curativos
26967547 feridas-e-curativos
 
Aula 15 - Curativos.pptx
Aula 15 - Curativos.pptxAula 15 - Curativos.pptx
Aula 15 - Curativos.pptx
 
CUIDADOS_INTEG_CUTANEA.pdf
CUIDADOS_INTEG_CUTANEA.pdfCUIDADOS_INTEG_CUTANEA.pdf
CUIDADOS_INTEG_CUTANEA.pdf
 
AULA - FERIDAS E CURATIVOS.pdf
AULA - FERIDAS E CURATIVOS.pdfAULA - FERIDAS E CURATIVOS.pdf
AULA - FERIDAS E CURATIVOS.pdf
 
aula feridas 1 (1).ppt
aula feridas 1 (1).pptaula feridas 1 (1).ppt
aula feridas 1 (1).ppt
 
Fisiopatologia ii
Fisiopatologia iiFisiopatologia ii
Fisiopatologia ii
 
curativos.ppt
curativos.pptcurativos.ppt
curativos.ppt
 
Queimaduras
Queimaduras Queimaduras
Queimaduras
 
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlockedApostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
 
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptx
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptxCONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptx
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO.pptx
 
Curativos e drenos.ppt
Curativos e drenos.pptCurativos e drenos.ppt
Curativos e drenos.ppt
 
Cicatrização 2014.pptx
Cicatrização 2014.pptxCicatrização 2014.pptx
Cicatrização 2014.pptx
 
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdf
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdfCONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdf
CONTEUDO PARA ESTUDOS REFERENTE A SEGUNDA AVALIAÇÃO..pdf
 
Cicatriz Fases e Questões.pptx
Cicatriz Fases e Questões.pptxCicatriz Fases e Questões.pptx
Cicatriz Fases e Questões.pptx
 
Tratamento de Feridas.pptx
Tratamento de Feridas.pptxTratamento de Feridas.pptx
Tratamento de Feridas.pptx
 
Fratura Exposta Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Fratura Exposta Dr Omar Mohamad M. AbdallahFratura Exposta Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Fratura Exposta Dr Omar Mohamad M. Abdallah
 

Mais de ssuser51d27c1

Trabalhando em Grupos na AB.pptx
Trabalhando em Grupos na AB.pptxTrabalhando em Grupos na AB.pptx
Trabalhando em Grupos na AB.pptx
ssuser51d27c1
 
slaid educação permanente.pptx
slaid educação permanente.pptxslaid educação permanente.pptx
slaid educação permanente.pptx
ssuser51d27c1
 
VIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptx
VIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptxVIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptx
VIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptx
ssuser51d27c1
 
atribuição da enfermagem.pptx
atribuição da enfermagem.pptxatribuição da enfermagem.pptx
atribuição da enfermagem.pptx
ssuser51d27c1
 
Biossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptx
Biossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptxBiossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptx
Biossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptx
ssuser51d27c1
 

Mais de ssuser51d27c1 (20)

Trabalhando em Grupos na AB.pptx
Trabalhando em Grupos na AB.pptxTrabalhando em Grupos na AB.pptx
Trabalhando em Grupos na AB.pptx
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO II novo.pptx
SISTEMA CIRCULATÓRIO II novo.pptxSISTEMA CIRCULATÓRIO II novo.pptx
SISTEMA CIRCULATÓRIO II novo.pptx
 
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE.pptx
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE.pptxATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE.pptx
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE.pptx
 
AS TEORIAS PEDAGÓGICAS.ppt
AS TEORIAS PEDAGÓGICAS.pptAS TEORIAS PEDAGÓGICAS.ppt
AS TEORIAS PEDAGÓGICAS.ppt
 
educaçao em saude aula 01.pptx
educaçao em saude aula 01.pptxeducaçao em saude aula 01.pptx
educaçao em saude aula 01.pptx
 
slaid educação permanente.pptx
slaid educação permanente.pptxslaid educação permanente.pptx
slaid educação permanente.pptx
 
DOENÇA CORONARIANA.pptx
DOENÇA CORONARIANA.pptxDOENÇA CORONARIANA.pptx
DOENÇA CORONARIANA.pptx
 
AULA DIA 27.04.2021.pptx
AULA DIA 27.04.2021.pptxAULA DIA 27.04.2021.pptx
AULA DIA 27.04.2021.pptx
 
VIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptx
VIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptxVIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptx
VIGIALNICIA EM SAUDE - HISTORIA.pptx
 
atribuição da enfermagem.pptx
atribuição da enfermagem.pptxatribuição da enfermagem.pptx
atribuição da enfermagem.pptx
 
08 abdome.pptx
08 abdome.pptx08 abdome.pptx
08 abdome.pptx
 
DANT DCNT.pptx
DANT DCNT.pptxDANT DCNT.pptx
DANT DCNT.pptx
 
Aula_4_-modelos_de_atenção.pdf
Aula_4_-modelos_de_atenção.pdfAula_4_-modelos_de_atenção.pdf
Aula_4_-modelos_de_atenção.pdf
 
aula 02 politicas publicas.pptx
aula 02 politicas publicas.pptxaula 02 politicas publicas.pptx
aula 02 politicas publicas.pptx
 
impactos ambientais.pptx
 impactos ambientais.pptx impactos ambientais.pptx
impactos ambientais.pptx
 
DEGRADAÇÃO DO SOLO.pptx
DEGRADAÇÃO DO SOLO.pptxDEGRADAÇÃO DO SOLO.pptx
DEGRADAÇÃO DO SOLO.pptx
 
DHAA.pptx
DHAA.pptxDHAA.pptx
DHAA.pptx
 
TERRITORIALIZAÇÃO.pptx
TERRITORIALIZAÇÃO.pptxTERRITORIALIZAÇÃO.pptx
TERRITORIALIZAÇÃO.pptx
 
indicadores de saude.pptx
indicadores de saude.pptxindicadores de saude.pptx
indicadores de saude.pptx
 
Biossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptx
Biossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptxBiossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptx
Biossegurança e resíduos de serviços de saúde (1).pptx
 

Último

INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIA
INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIAINTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIA
INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIA
CarlosLinsJr
 
Abordagem Centrada na Pessoa - Carl Rogers
Abordagem Centrada na Pessoa - Carl RogersAbordagem Centrada na Pessoa - Carl Rogers
Abordagem Centrada na Pessoa - Carl Rogers
wolfninja1
 
praticas de Biologia microscopia e analise
praticas de Biologia microscopia e analisepraticas de Biologia microscopia e analise
praticas de Biologia microscopia e analise
julimarapires
 

Último (12)

INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIA
INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIAINTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIA
INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA - AULA INTRODUTÓRIA
 
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptxPSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
 
TAT - Teste de Apercepção Temática - Murray
TAT - Teste de Apercepção Temática - MurrayTAT - Teste de Apercepção Temática - Murray
TAT - Teste de Apercepção Temática - Murray
 
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdfCaderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
 
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
 
Urgência e emergência para tec de enfermagem.pptx
Urgência e emergência para tec de enfermagem.pptxUrgência e emergência para tec de enfermagem.pptx
Urgência e emergência para tec de enfermagem.pptx
 
Abordagem Centrada na Pessoa - Carl Rogers
Abordagem Centrada na Pessoa - Carl RogersAbordagem Centrada na Pessoa - Carl Rogers
Abordagem Centrada na Pessoa - Carl Rogers
 
Aula 3. Introdução às ligações quimicas.pptx
Aula 3. Introdução às ligações quimicas.pptxAula 3. Introdução às ligações quimicas.pptx
Aula 3. Introdução às ligações quimicas.pptx
 
praticas de Biologia microscopia e analise
praticas de Biologia microscopia e analisepraticas de Biologia microscopia e analise
praticas de Biologia microscopia e analise
 
Aula 1 - farmacocinética e farmacodinâmica-2.pdf
Aula 1 - farmacocinética e farmacodinâmica-2.pdfAula 1 - farmacocinética e farmacodinâmica-2.pdf
Aula 1 - farmacocinética e farmacodinâmica-2.pdf
 
Aula 1 Anatomia INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
Aula 1 Anatomia  INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICOAula 1 Anatomia  INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
Aula 1 Anatomia INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
 
Apresentação sobre doenças transmissíveis
Apresentação sobre doenças transmissíveisApresentação sobre doenças transmissíveis
Apresentação sobre doenças transmissíveis
 

FERIDAS_E_CURATIVOS.pptx

  • 1. Prof. Esp. Francielly M. Bordon Prevenção e tratamento de feridas
  • 2. ⦿ Também conhecida como sistema tegumentar; ⦿ A pele constitui cerca de 10% do peso corporal; ⦿ É o maior órgão do corpo; ⦿ É constituída de três camadas principais: a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo, as quais possuem tipos de tecidos e funções distintas. Anatomia e fisiologia da pele
  • 3. ⦿ Epiderme: camada mais externa, fina e avascular, com regeneração entre 4 e 6 semanas. Função: barreira física e manutenção da integridade da pele. Contém 5 subcamadas: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato germinativo.
  • 4. ⦿ Derme: função de oferecer resistência, suporte, sangue e oxigênio à pele. Contém vasos sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. É composta de fibroblastos, colágeno e fibras elásticas.
  • 5. ⦿ Tecido subcutâneo: é composto de tecido adiposo e conjuntivo e possui grandes vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, contribui para impedir a perda de calor, e constitui reserva de material nutritivo.
  • 6. ⦿Proteção e barreira; ⦿Sensibilidade; ⦿Termorregulação; ⦿Excreção de água e eletrólitos; ⦿Metabolismo; ⦿Imagem corporal. Funções da pele
  • 8. ⦿ O termo ferida é utilizado como sinônimo de lesão tecidual, deformidade ou solução de continuidade; ⦿ Pode atingir desde a epiderme, até estruturas mais profundas, como fáscias e músculos; ⦿ As feridas podem ser causadas por fatores extrínsicos e por fatores intrínsicos; Classificação das feridas
  • 9. ⦿Ferida superficial: atinge apenas a epiderme e a derme. Quanto a espessura:
  • 10. ⦿Ferida profunda: destrói a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo. Quanto a espessura:
  • 11. ⦿Ferida profunda total: atinge o tecido muscular e as estruturas adjacentes (tendões, cartilagens, ossos, etc.). Quanto a espessura:
  • 12. ⦿Acidental ou traumática: ocorre de maneira imprevista, sendo provocada por objetos cortantes, contudentes, perfurantes, lacerantes, inoculação de venenos, mordeduras e queimaduras em geral. Quanto a etiologia:
  • 14. ⦿Patológicas: são lesões secundárias à uma determinada doença de base.
  • 15. ⦿Intencional ou cirúrgica: quando é realizada de acordo com um fim terapêutico proposto.
  • 16. ⦿Iatrogênicas: feridas resultantes de procedimentos ou tratamentos (radioterapia)
  • 17. ⦿Fatores causais externos: feridas resultantes de pressão contínua exercida pelo peso do corpo, fricção, cisalhamento e umidade, como as úlceras de pressão.
  • 18. ⦿Agudas: geralmente são feridas traumáticas, há ruptura da vascularização e desencadeamento imediato do processo de hemostasia (cortes, escoriações, queimaduras, etc.) Quanto a evolução:
  • 19. ⦿Crônicas: descritas como de longa duração ou recorrência freqüente; ocorre um desvio na seqüência do processo cicatricial fisiológico.
  • 20. ⦿Feridas limpas: são feridas não infectadas, livres de microrganismos patogênicos. Quanto a presença de infecção
  • 21. ⦿Limpas contaminadas: ocorrem em tecidos de baixa colonização, sem contaminação significativa prévia, ou durante o ato cirúrgico, lesões com tempo inferior a 6h entre o trauma e o atendimento inicial.
  • 22. ⦿Contaminadas: feridas acidentais recentes e abertas, colonizadas por flora bacteriana considerável, cirúrgicas quando a técnica asséptica é desobedecida, feridas que o tempo de atendimento inicial foi superior a 6h.
  • 23. ⦿Feridas infectadas: quando há contaminação grosseira por detritos ou por microrganismos como parasitas, bactérias, vírus ou fungos. Apresentam evidências do processo infeccioso, como tecido desvitalizado, exsudação purulenta e odor característico.
  • 24. São classificadas em 4 estágios: ⦿Estágio I: pele íntegra com sinais de hiperemia, descoloração ou endurecimento. ⦿Estágio II: Perda parcial de tecido envolvendo a epiderme ou derme, ulceração superficial com presença de bolhas ou cratera rasa. Quanto ao comprometimento tecidual
  • 25. ⦿Estágio III: perda total do tecido cutâneo, necrose do tecido subcutâneo até a fáscia muscular. ⦿Estágio IV: grande destruição tecidual, com necrose, atingindo músculos, tendões e ossos.
  • 26. ⦿Feridas mecânicas: feridas traumáticas, causadas por traumatismos externos, cortante ou penetrante, inclui esmagamentos e cortes. Tipos de feridas
  • 27. ⦿Feridas laceradas: apresentam margens irregulares, como as produzidas por caco de vidro ou arame farpado.
  • 28. ⦿Feridas químicas: causadas pela ação de ácidos ou bases muito fortes e alguns sais e gases.
  • 29. ⦿Feridas térmicas: feridas que se desenvolvem como resultado do calor ou frio extremo.
  • 30. ⦿Feridas por eletricidade: causadas por raios ou contato com objeto energizado, (rede elétrica).
  • 31. ⦿Feridas por radiação: causadas pela longa exposição a raios solares, RX ou outro tipo de radiação.
  • 32. ⦿Feridas incisas: produzidas por um instrumento cortante, faca, bisturi, etc.
  • 33. ⦿Feridas contusas: produzida por ação contundente de objetos rombos. Caracterizam-se por traumatismos das partes moles, hemorragias e edema.
  • 34. ⦿Feridas perfurantes: produzidas por arma de fogo, ou arma branca. Produzem pequena abertura na pele, porém podem atingir camadas teciduais profundas e órgãos, causando hemorragia interna.
  • 35. ⦿Feridas oncológicas: causadas por tumores da pele ou metástases cutâneas.
  • 36. ⦿Úlcera arterial: causada por isquemia, relacionada com a presença de doença arterial oclusiva, os sintomas incluem dor e perda tecidual.
  • 37. ⦿Úlcera por pressão: causada por isquemia secundária a compressão, essa lesão tecidual localizada, também é denominada úlcera de decúbito.
  • 39.
  • 40. ⦿Úlceras vasculogênicas: são feridas crônicas de origem vascular como as úlceras venosas e arteriais, causadas por distúrbios circulatórios. Tipos de feridas
  • 41. ⦿Feridas vasculogênicas – pé diabético: ferida crônica dos pés, resultante de complicações da diabetes, como neuropatia diabética e doença vascular periférica. ⦿Pode ocorrer diminuição da sensibilidade, deformidades, diminuição do fluxo arterial, que predispõem a ulceração dos pés.
  • 42.
  • 43. ⦿Fístulas: trajeto anormal que conecta superfícies podendo ser causadas por infecção, traumas, etc.
  • 44. ⦿Escoriações: a lesão surge tangencialmente à superfície cutânea, com arrancamento da pele.
  • 45. ⦿ Equimoses e hematomas: na equimose há rompimento dos capilares, porém sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.
  • 46. Fase inflamatória: ⦿ Edema, eritema, calor e dor; ⦿ Começa no momento da lesão e dura de 4 a 6 dias; ⦿ O sangramento é controlado pela hemostasia; ⦿ As bactérias presentes são destruídas por leucócitos granulocíticos, neutrófilos polimorfonucleares; ⦿ 4 dias após a lesão os macrófagos substituem os leucócitos, atraindo para o local células necessárias para a reparação tecidual. Fases da cicatrização de feridas
  • 47. ⦿ A fase inflamatória ocorrem em 3 etapas: ⦿ Fase trombocítica: formação de trombos, agregação plaquetária e ativação da cascata de coagulação. ⦿ Fase granulocítica: desbridamento da ferida e defesa contra infecções, há grande concentração de leucócitos, fazendo fagocitose das bactérias, decomposição do tecido necrosado e a limpeza da lesão.
  • 48. ⦿Etapa macrofágica: atuação local dos macrófagos, que influenciam no desbridamento da ferida e na regulação das outras fases da cicatrização.
  • 49. Fase proliferativa: ⦿dura de 4 a 24 dias; ⦿Na ferida aberta, surge o tecido de granulação: macrófagos, fibroblastos, colágeno imaturo, vasos sanguíneos e substância matricial; ⦿ À medida que o tecido de granulação prolifera, os fibroblastos estimulam a produção de colágeno, que proporciona ao tecido sua força de tensão e sua estrutura; ⦿A etapa final desta fase é a epitelização.
  • 50. Fase de maturação: ⦿ duração entre 21 dias a 2 anos; ⦿ As fibras de colágeno se reorganizam, remodelam e amadurecem, ganhando força de tensão; ⦿ O processo continua até que o tecido cicatricial recupere cerca de 80% da força original da pele.
  • 51. Primeira intenção: ⦿Cicatrização ideal de uma ferida; ⦿É feito a junção dos bordos da lesão por meio de sutura ou aproximação; ⦿Reduz o potencial de infecção; ⦿Cicatriza em média em 10 dias; ⦿Ex: feridas cirúrgicas. Tipos de cicatrização de feridas
  • 53. Segunda intenção: ⦿ Tipo de cicatrização relacionada a ferimentos infectados e a lesões com perda acentuada de tecido; ⦿ Não é possível realizar a junção dos bordos; ⦿ Há necessidade de formação de tecido de granulação no leito da lesão; ⦿ Ex: úlceras venosas, abscessos, etc.
  • 55. Terceira intenção: ⦿ Existem fatores que retardam o processo de cicatrização, como aplicação de drenos, ostomias e feridas cirúrgicas infectadas; ⦿ Feridas que não foram suturadas inicialmente, que se romperam ou tiveram que ser reabertas para drenagens de exsudatos, e que após 3 a 5 dias serão ressuturadas.
  • 57. ⦿ Hematomas; ⦿ Edema; ⦿ Condições de oxigenação e perfusão tissular; ⦿ Corpo estranho; ⦿ Tecido necrótico; ⦿ Infecção; ⦿ Ressecamento; ⦿ Estado nutricional; Fatores que dificultam a cicatrização de feridas
  • 58. ⦿Doenças crônicas; ⦿Tabagismo; ⦿Drogas e medicamentos; ⦿Obesidade; ⦿Idade avançada; ⦿Pressão contínua sobre uma área da lesão; ⦿Insuficiência arterial;
  • 59. ■ Ambiente seco: as feridas cicatrizam três a cinco vezes mais rapidamente e com menos dor em ambiente úmidos do que em ambiente secos. Em um ambiente seco as células desidratam-se no local da ferida e morrem. Isso gera a informação de uma crosta sobre a ferida, que impede a cicatrização. Manter a ferida hidratada com curativos que retêm umidade potencializa a migração celular e estimula a epitelização.
  • 60. ■ TRAUMATISMO E EDEMA: As feridas cicatrizam lentamente ou, as vezes, nem cicatrizam, quando são repetidamente traumatizadas ou privadas de irrigação sanguínea local por edema. O edema interfere no transporte de oxigênio e na nutrição celular da ferida.
  • 61. ■ Infecção: Uma infecção sistêmica ou local pode retardar ou prejudicar a cicatrização. A presença de infecção – evidenciou-se por drenagem purulenta ou exsudato, tumoração, eritema ou febre – indica a necessidade de realizar uma cultura bacteriológica da ferida.
  • 62. ■ Necrose: O tecido morto e desvitalizado (necrótico) pode prejudicar a cicatrização.
  • 63. ⦿ É a proteção da lesão ou ferida, contra a ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos; ⦿ É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril; ⦿ Tem a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção; ⦿ Preconiza-se a confecção de curativos úmidos, considerando que a manutenção do meio úmido entre ferida e cobertura favorece a cicatrização. Curativos
  • 64. ⦿ Objetivos do tratamento de feridas: mantê-la úmida, limpa e salvo de trauma físico, preservando a integridade cutânea. ⦿ A escolha do curativo: causa, gravidade, condições da pele, tamanho e profundidade, localização anatômica, volume de exsudato e risco ou presença de infecção. Condições vasculares, nutricionais e clínicas, relação custo-benefício. Disponibilidade do curativo, durabilidade, adaptabilidade e usos.
  • 65. ⦿Manter a umidade entre ferida e curativo; ⦿Remover o excesso de secreção; ⦿Permitir a troca gasosa; ⦿Fornecer isolamento térmico; ⦿Ser impermeável às bactérias; ⦿Ser isento de partículas; ⦿Permitir a retirada do curativo sem trauma. Objetivos na escolha do curativo
  • 66. ⦿Tratar e prevenir infecções; ⦿Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização; ⦿Diminuir a incidência de infecções cruzadas.
  • 67. ⦿Boa tolerância térmica; ⦿Boa absorção para garantir a drenagem das secreções; ⦿Proteção contra infecções; ⦿Não adesão à ferida; ⦿Permeabilidade ao raio x; ⦿Ser econômico. Requisitos do curativo
  • 68. ⦿ Remover corpos estranhos; ⦿ Reaproximar bordas separadas; ⦿ Proteger a ferida contra contaminação e infecções e promover a hemostasia; ⦿ Preencher espaços mortos e evitar a formação de sero-hematomas; ⦿ Favorecer a aplicação de medicação tópica; ⦿ Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necrótico; Finalidades do curativo
  • 69. ⦿ Reduzir o edema; ⦿ Absorver e facilitar a drenagem de exsudatos; ⦿ Manter a umidade da superfície da ferida; ⦿ Fornecer isolamento térmico; ⦿ Promover e proteger a cicatrização da ferida; ⦿ Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida; ⦿ Dar conforto psicológico; ⦿ Diminuir a intensidade da dor.
  • 70. ⦿ Curativos úmidos não são indicados em locais de catéteres, fixadores, drenos e introdutores; ⦿ SF 0,9% limpa e umedece a ferida, favorece a formação de tecido de granulação e amolece os tecidos desvitalizados; ⦿ O calor é importante no processo de cicatrização (SF 0,9% aquecido);
  • 71. ⦿ Proteção da ferida; ⦿ Remoção de detritos; ⦿ Remoção de corpos estranhos; ⦿ Remoção de microorganismos da superfície da lesão; ⦿ Remover excesso de exsudatos e de tecido necrosado. Objetivos da limpeza
  • 72. Técnica limpa: recomendada para cuidados locais de feridas abertas, maioria das feridas crônicas, cirúrgicas e não cirúrgicas; Técnica estéril: indicada para clientes com infecção sistêmica e imunodeprimidos. Técnicas de limpeza
  • 73. ■ O desbridamento envolve a remoção de tecido necrótico, para permitir a regeneração do tecido saudável subjacente. Dependendo do tipo de lesão, pode ser usada uma combinação de técnicas de desbridamento. Desbridamento
  • 74. ⦿ Desbridamento instrumental: - conservador: realizada uma retirada seletiva de tecido necrosado, sem atingir tecidos vivos; - cirúrgico: retirada maciça de material necrosado ou desvitalizado (proc. Médico). ⦿ Desbridamento mecânico: não seletivo, consiste em remover tecidos necrosados e corpos estranhos, feito por fricção com gaze ou esponja macia, ou através do uso de instrumentos.
  • 75. ⦿Desbridamento químico: ação de enzimas, atóxicas não irritantes (colagenase, papaína). ⦿Desbridamento autolítico: desbridamento natural da ferida, ocorre por autodesintegração das células degeneradas pela ação de leucócitos e enzimas, manter o local úmido (hidrocolóides, ácidos graxos).
  • 76. • Aberto - É aquele no qual utiliza-se apenas o anti-séptico, mantendo a ferida exposta. Ex: ferida cirúrgica limpa. • Oclusivo - Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com gaze ou atadura. Tipos de curativo
  • 77. ⦿ Compressivo - É aquele no qual é mantida compressão sobre a ferida para estancar hemorragias, etc. ⦿ Drenagens - Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato coloca-se dreno (Penrose, Keer), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
  • 78. ⦿ O curativo úmido: - protege as terminações nervosas superficiais, reduzindo a dor, - acelera o processo cicatricial, - previne a desidratação tecidual e a morte celular; ⦿ O curativo seco: - é recomendado em feridas cirúrgicas limpas, com sutura direta. A troca é, geralmente, diária, até a retirada dos pontos.
  • 79. GEOVANINI, Telma et al. Manual de curativos. São Paulo: Corpus. 2007. HESS, C. T. Tratamento de feridas e úlceras. 4ª ed. Rio de Janeiro, Reichman & Affonso editores, 2002. PIANUCCI, Ana. Saber cuidar: procedimentos básicos de enfermagem. 2 ed. São Paulo: Senac, 2003. Referencias