O documento descreve as três camadas da pele - epiderme, derme e hipoderme - e seus respectivos papéis na proteção e função do corpo. Também discute os processos de cicatrização de feridas e fatores que afetam a cicatrização.
2. A pele ou cútis é o órgão de revestimento externo do
corpo, o maior do corpo humano e o mais pesado,
responsável pela proteção do organismo.
A pele tem três camadas, a epiderme, a derme e o
hipoderme subcutâneo.
3. EPIDERME
A epiderme é uma camada com profundidade
diferente conforme a região do corpo. A queratina é
uma proteína resistente e impermeável responsável
pela proteção.
4. A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque
se houvesse vasos na epiderme ela ficaria mais sujeita
a ser "penetrada" por microorganismos.
5. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a
partir de vasos sanguíneos da derme.
6. DERME
A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a
epiderme. É constituído por elementos fibrilares, como o
colágeno e a elastina.
7. HIPODERME
Tecnicamente já não faz parte da pele. É constituído por
tecido adiposo que protege contra o frio.
Funções: reservatório energético; isolante térmico;
modela superfície corporal; absorção de choque e fixação
dos órgãos.
8. As feridas são conseqüência de uma agressão por um
agente ao tecido vivo.
9. A principal meta da intervenção perioperatória é a
prevenção de infecções na incisão cirúrgica.
10. A cicatrização de qualquer ferimento é uma resposta
complexa e altamente organizada do tecido com solução
de continuidade causada por uma agressão.
11. FASES DA CATRIZAÇÃO
PROLIFERATIVA OU DE FIBROPLASIA
MATURAÇÃO OU DE REMODELAÇÃO
INFLAMATÓRIA OU INICIAL
12. FASE INFLAMATÓRIA
plaquetas, hemácias e fibrina
sangramento
coágulo
histamina, serotonina e bradicinina vasodilatação
prostaglandina
exsudação vascular,
estimula
a mitose celular e a
quimiotaxia de leucócitos
macrófago
15. FATORES QUE PREJUDICAM
INFECÇÃO CIRÚRGICA
TÉCNICA CIRÚRGICA
TECIDOS DESVITALIZADOS
CORPOS ESTRANHOS
ANTISSÉPTICOS LOCAIS
ISQUEMIA
RADIOTERAPIA
L O C A I S
16. FATORES QUE PREJUDICAM
IDADE
HIPOXIA
DEFICIÊNCIA DE ZINCO E FERRO
INSUFICIÊNCIA SISTÊMICA
DIABETES MELITO
CHOQUE E SEPTICEMIA
DESNUTRIÇÃO
S I S T Ê M I C O S
17. CICATRIZAÇÃO
Existem três formas pelas quais uma ferida pode
cicatrizar, que dependem da quantidade de tecido lesado
ou danificado e da presença ou não de infecção: primeira
intenção, segunda intenção e terceira intenção
(fechamento primário retardado).
18. Primeira intenção
É o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são
apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido,
ausência de infecção e mínimo edema. A formação de tecido de
granulação não é visível. Exemplo: ferimento suturado
cirurgicamente
19.
20.
21. Segunda intenção
Neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva
de tecido com a presença ou não de infecção. A
aproximação primária das bordas não é possível. As
feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de
contração e epitelização.
22. Terceira intenção
Designa a aproximação das margens da ferida (pele e
subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. Isto ocorre
principalmente quando há presença de infecção na ferida, que
deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada
posteriormente.
23. • Deiscência: separação de camadas da incisão cirúrgica.
• Evisceração: extrusão de órgãos internos, ou vísceras, pela
abertura da incisão.
24. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
As feridas podem ser classificadas de várias maneiras:
pelo tipo do agente causal, de acordo com o grau de
contaminação, pelo tempo de traumatismo, pela
profundidade das lesões, sendo que as duas primeiras
são as mais utilizadas.
25. • Incisas ou cortantes - são provocadas por agentes
cortantes, como faca, bisturi, lâminas, etc.; suas
características são o predomínio do comprimento
sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas,
geralmente retilíneas.
26.
27. • Corto-contusa - são produzidas por objeto rombo e
caracterizadas por traumatismo das partes moles,
hemorragia e edema.
• Lacerantes: São ferimentos com margens irregulares e
com mais de um ângulo. O mecanismo da lesão é por
tração: rasgo ou arrancamento tecidual. Um exemplo
clássico é a mordedura de cão.
• Perfurantes: são caracterizadas por pequenas aberturas
na pele. Há um predomínio da profundidade sobre o
comprimento. Exemplos: bala ou ponta de faca.
28. Também as feridas podem ser classificadas de acordo
com o GRAU DE CONTAMINAÇÃO. Esta classificação tem
importância pois orienta o tratamento antibiótico e
também nos fornece o risco de desenvolvimento de
infecção.
29. • limpas - são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo
que não foram abertos sistemas como o digestório,
respiratório e genito-urinário. A probabilidade da infecção
da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%.
• Limpa-contaminadas: são os ferimentos que apresentam
contaminação grosseira, em acidente doméstico por
exemplo ou em situações cirúrgicas em que houve contato
com os tratos respiratório, digestivo, urinário e genital,
porém em situações controladas. O risco de infecção é cerca
de 10%.
30. • Contaminadas: são consideradas contaminadas as feridas
acidentais, com mais de seis horas de trauma ou que tiveram
contato com terra e fezes, por exemplo. No ambiente cirúrgico
são consideradas contaminadas as em que a técnica asséptica
não foi devidamente respeitada. Os níveis de infecção podem
atingir 20 a 30% (cirurgia dos cólons).
• Infectadas: são aquelas que apresentam sinais nítidos de
infecção.
31. CURATIVO
É o procedimento de limpar a ferida, proteger de
traumatismo mecânico, prevenir contaminação,
absorver secreções, minimizar acúmulos de fluídos
por compressão.
32. Fatores que pesam na escolha do curativo
b Conforto do paciente
b Facilidade de aplicação e remoção
b Efetividade
b Custo
b Não exigência de trocas freqüentes
33. Critérios para seleção da cobertura
b Ferida: seca/crosta/exsudato/necrose
b Localização da ferida
b Tamanho da ferida
b Formato da ferida, superficial, profunda
34. TIPOS DE CURATIVOS
O curativo é feito de acordo com as características da lesão.
1. Aberto: curativo em feridas sem infecção, que após tratamento permanecem abertos
(sem proteção de gaze).
2. Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é
fechado ou ocluído com gaze ou atadura.
3. Compressivo: é o que faz compressão para estancar hemorragia ou vedar bem uma
incisão.
4. Com irrigação: nos ferimentos com infecção dentro da cavidade ou fistula, com
indicação de irrigação com soluções salinas ou anti-séptico. A irrigação é feita com
seringa.
5.Com drenagem: nos ferimentos com grande quantidade de exsudato. Coloca-se dreno
de (Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
35. DRENO DE PENROSE
• Dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em possível acúmulo
local pós-operatório, de líquidos infectados ou não.
• O orifício de passagem do dreno deve ser amplo, e o mesmo deve ser posicionado à
menor distância da loja a ser drenada, não utilizando o dreno através da incisão
cirúrgica e, sim, através de uma contra incisão.
36. • A fim de evitar depósitos de fibrina que possam vir a ocluir seu lúmen, o dreno de
penrose deve ser observado e mobilizado em intervalos de 12 horas, ou seja,
tracionado em cada curativo (exceto quando contra-indicado), cortado seu excesso e
recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. Seu orifício de
saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser substituído sempre
que necessário.
37.
38. DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC)
• É um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno, com dureza
projetada para uma sucção contínua e suave.
• É constituído por uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com cordão de
fixação; uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e conector de duas
ou três vias, e um catéter de drenagem com agulha de aço cirúrgico ( 3,2mm, 4,8mm
ou 6,4mm ).
•
39.
40. SONDA DE MALECOT
• Utilizada em procedimentos que proporcionam acesso direto ao
estômago para alimentação integral prolongada, suporte
medicamentoso e descompressão gástrica; podendo ser
temporária ou permanente.
•
41.
42. Dreno torácico
Consiste num tubo que é inserido no tórax para
drenagem de gases ou secreções. A cavidade torácica,
em particular o espaço pleural, tem pressão negativa
em relação à pressão atmosférica.
43. Ao ser introduzido um dreno torácico, este
deve ser conectado a um sistema de
drenagem pleural de modo a garantir a
hermeticidade da cavidade torácica.