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Ana Carolina Andrade
    Hellen Dutra
  Kamilla Serqueira
  Marcel Sampaio
•   A embolia pulmonar (EP) ocorre como consequência de um trombo,
    formado no sistema venoso profundo, que se desprende e,
    atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria
    pulmonar ou um de seus ramos.
•   TVP afeta anualmente 2 milhões de americanos e é a 3ª doença
    cardiovascular mais comum, atrás somente da SCA e AVC.

•   No Brasil não há dados concretos sobre a sua real incidência, mas
    nos EUA e na Europa estima-se que 200.000 a 300.000 pessoas
    morram todos os anos com TEP.

•   50 – 60 % dos pacientes com TVP terão TEP.

•   De 10 a 70% dos pacientes com TEP apresentam TVP. Em mais de
    95% dos casos, os êmbolos originam-se de trombos venosos
    profundos dos membros inferiores acima do nível dos joelhos .

•   TEP é responsável por cerca de 10 a 20% dos casos de morte
    hospitalar e 15% das mortes em pós-operatório.

•   Estima-se que em torno de 75 a 90% das mortes ocorram nas
    primeiras horas.
http://www.youtube.com/watch?v=lexsHJZ8Ifo
TEP
                                                                           Artéria Pulmonar obstruída




                  TVP
       Veias ilíacas obstruídas por trombo




Bases patológicas das doenças – Patologia - Robbins e Cotran – 7ª edição
• Trombose:
   – Tríade de Virchow

• Tromboembolismo:
   – Trauma cirúrgico ou não cirúrgico
   – > 40 anos
   – Imobilização
   – Estrogênio
   – IAM
   – IC
   – Obesidade
• As repercussões do TEP são primariamente
  hemodinâmicas e advém da oclusão de 30 a 50 % do
  leito arterial pulmonar.
• Nos pacientes que sobrevivem a estes eventos iniciais,
  mecanismos de compensação são ativados.
• A insuficiência respiratória acontece essencialmente em
  consequência do quadro circulatório.


          DC do VD

                           Hipoxemia
           Perfusão
Comprometimento na             níveis de    Hiperventilação
 Obstrução pelo trombo                                                             compensatória
                                    relação ventilação/perfusão         CO2


                                               pO₂                                   Alcalose
                                                                                    Respiratória

                                          Hipóxia tissular


                                       Estímulo de
                                       quimiorreceptores no
Inotropismo                            arco aórtico e seio
                    cronotropismo
                                       carotídeo

              mecanismo de                                        Vasoconstrição
              Frank-Starling          Estímulo Simpático
                                                                    periférica


                                            DC
•   Oclusão vascular tromboembólica determina a ventilação pulmonar
    em área pouco ou nada perfundida (espaço morto intrapulmonar –
    shunt direita-esquerda).




•   2 a 3 hrs depois, inicia-se a redução do surfactante pulmonar

•   15 a 24 hrs após a oclusão vascular, ocorre o colapso alveolar
    (Atelectasia)
•   Sinais e sintomas geralmente inespecíficos

•   Varia de acordo com:
     – tamanho, número e localização do trombo;
     – oclusão completa ou parcial;
     – presença de doença cardiopulmonar prévia.

•   Síndromes clínicas:
     – Colapso circulatório
     – Dispnéia não explicada
     – Dor torácica do tipo pleurítica

•   A tríade clássica de dispnéia, dor torácica
    e hemoptise está presente em somente 20% dos casos.
• Embolia maciça (obstrução de pelo menos 50%):
  cor pulmonale agudo, falência cardíaca, hipotensão
  e síncope. Instalação rápida e evolução para morte
  súbita.

•   B2 hiperfonética;

•   Presença de B3;

•   Sibilos e estertores;
•   O TEP leva ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo
    (obstrução física e vasoconstricção reflexa), originando uma
    hipertensão pulmonar secundária. Ocorre em casos onde
    êmbolos múltiplos de pequeno tamanho obstruem a circulação
    pulmonar. Associada a episódios recorrentes de TEP.

•   O TEP com infarto pulmonar pode ocorrer em cerca de 10% dos
    episódios, como conseqüência da tromboembolização periférica
    para artérias segmentares e subsegmentares.
     – Dispnéia súbita
     – Dor pleurítica aguda e localizada
     – Hemoptise
• Em um caso de emergência, não há tempo hábil para exames
  complementares, portanto, o diagnóstico é obtido com:

   – Anamnese e história prévia (atentar para fatores de risco);

   – Apresentação clínica;

   – Exclusão de outros diagnósticos;
•   Heparina não-fracionada (mais frequente e indispensável):

     – Intravenoso;

     – A estratégia recomendada utiliza bolus de 80U/Kg como dose de
       ataque, seguida da dose de manutenção de 18U/Kg/h. Durante 5 a 7
       dias.

•   Trombolíticos (reservado à pacientes com maior gravidade – EP
    maciça, instabilidade hemodinâmica):

     – Estreptoquinase: dose inicial: 250.000UI em 30 minutos, seguida de
       infusão contínua de 100.000UI/h em 24h; (não utilizar concomitante
       com heparina: alto risco de sangramento);

     – RtPA (atividor tissular de plasminogênio recombinante): 100mg infusão
       contínua/ 2h;
•   Suplementação de O2: saturação >90% ou PaO2> 70mmHg;



•   Cardiotônicos (recuperar PA e DC): dobutamina e dopamina;




•   OBS: A rápida obtenção de anticoagulação está relacionada com
    menor mortalidade
•   http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066782X2004002000001&script=sci_art
•   http://www.fmrp.usp.br/revista/2003/36n2e4/8tromboembolismo_pulmonar.p

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Tromboembolismo Pulmonar

  • 1.
  • 2. Ana Carolina Andrade Hellen Dutra Kamilla Serqueira Marcel Sampaio
  • 3. A embolia pulmonar (EP) ocorre como consequência de um trombo, formado no sistema venoso profundo, que se desprende e, atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus ramos.
  • 4. TVP afeta anualmente 2 milhões de americanos e é a 3ª doença cardiovascular mais comum, atrás somente da SCA e AVC. • No Brasil não há dados concretos sobre a sua real incidência, mas nos EUA e na Europa estima-se que 200.000 a 300.000 pessoas morram todos os anos com TEP. • 50 – 60 % dos pacientes com TVP terão TEP. • De 10 a 70% dos pacientes com TEP apresentam TVP. Em mais de 95% dos casos, os êmbolos originam-se de trombos venosos profundos dos membros inferiores acima do nível dos joelhos . • TEP é responsável por cerca de 10 a 20% dos casos de morte hospitalar e 15% das mortes em pós-operatório. • Estima-se que em torno de 75 a 90% das mortes ocorram nas primeiras horas.
  • 6. TEP Artéria Pulmonar obstruída TVP Veias ilíacas obstruídas por trombo Bases patológicas das doenças – Patologia - Robbins e Cotran – 7ª edição
  • 7. • Trombose: – Tríade de Virchow • Tromboembolismo: – Trauma cirúrgico ou não cirúrgico – > 40 anos – Imobilização – Estrogênio – IAM – IC – Obesidade
  • 8. • As repercussões do TEP são primariamente hemodinâmicas e advém da oclusão de 30 a 50 % do leito arterial pulmonar. • Nos pacientes que sobrevivem a estes eventos iniciais, mecanismos de compensação são ativados. • A insuficiência respiratória acontece essencialmente em consequência do quadro circulatório. DC do VD Hipoxemia Perfusão
  • 9. Comprometimento na níveis de Hiperventilação Obstrução pelo trombo compensatória relação ventilação/perfusão CO2 pO₂ Alcalose Respiratória Hipóxia tissular Estímulo de quimiorreceptores no Inotropismo arco aórtico e seio cronotropismo carotídeo mecanismo de Vasoconstrição Frank-Starling Estímulo Simpático periférica DC
  • 10. Oclusão vascular tromboembólica determina a ventilação pulmonar em área pouco ou nada perfundida (espaço morto intrapulmonar – shunt direita-esquerda). • 2 a 3 hrs depois, inicia-se a redução do surfactante pulmonar • 15 a 24 hrs após a oclusão vascular, ocorre o colapso alveolar (Atelectasia)
  • 11.
  • 12. Sinais e sintomas geralmente inespecíficos • Varia de acordo com: – tamanho, número e localização do trombo; – oclusão completa ou parcial; – presença de doença cardiopulmonar prévia. • Síndromes clínicas: – Colapso circulatório – Dispnéia não explicada – Dor torácica do tipo pleurítica • A tríade clássica de dispnéia, dor torácica e hemoptise está presente em somente 20% dos casos.
  • 13. • Embolia maciça (obstrução de pelo menos 50%): cor pulmonale agudo, falência cardíaca, hipotensão e síncope. Instalação rápida e evolução para morte súbita. • B2 hiperfonética; • Presença de B3; • Sibilos e estertores;
  • 14. O TEP leva ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo (obstrução física e vasoconstricção reflexa), originando uma hipertensão pulmonar secundária. Ocorre em casos onde êmbolos múltiplos de pequeno tamanho obstruem a circulação pulmonar. Associada a episódios recorrentes de TEP. • O TEP com infarto pulmonar pode ocorrer em cerca de 10% dos episódios, como conseqüência da tromboembolização periférica para artérias segmentares e subsegmentares. – Dispnéia súbita – Dor pleurítica aguda e localizada – Hemoptise
  • 15. • Em um caso de emergência, não há tempo hábil para exames complementares, portanto, o diagnóstico é obtido com: – Anamnese e história prévia (atentar para fatores de risco); – Apresentação clínica; – Exclusão de outros diagnósticos;
  • 16. Heparina não-fracionada (mais frequente e indispensável): – Intravenoso; – A estratégia recomendada utiliza bolus de 80U/Kg como dose de ataque, seguida da dose de manutenção de 18U/Kg/h. Durante 5 a 7 dias. • Trombolíticos (reservado à pacientes com maior gravidade – EP maciça, instabilidade hemodinâmica): – Estreptoquinase: dose inicial: 250.000UI em 30 minutos, seguida de infusão contínua de 100.000UI/h em 24h; (não utilizar concomitante com heparina: alto risco de sangramento); – RtPA (atividor tissular de plasminogênio recombinante): 100mg infusão contínua/ 2h;
  • 17. Suplementação de O2: saturação >90% ou PaO2> 70mmHg; • Cardiotônicos (recuperar PA e DC): dobutamina e dopamina; • OBS: A rápida obtenção de anticoagulação está relacionada com menor mortalidade
  • 18. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066782X2004002000001&script=sci_art • http://www.fmrp.usp.br/revista/2003/36n2e4/8tromboembolismo_pulmonar.p