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Teste de Avaliação de Literatura Portuguesa – 11º Ano
Outubro de 2014
Tópicos de CORREÇÃO
VERSÃO 1 e 2
GRUPO 0 (20 pontos)
VERSÃO 1
1. Verifica se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas. Corrige as falsas. (20 pontos)
1.1 Almeida Garrett nasceu no Porto em 1799.
1.2 O Romantismo é um movimento que surge nos finais do século XVII. XVIII
1.3 O amor de Garrett pela viscondessa da Luz está na origem do seu livro Flores de Outono.Folhas Caídas
1.4 O tópico locus horrendus é uma caraterística do romantismo.
1.5 Nau Catrineta é um poema de Garrett. que Garrett recolheu no seu Romanceiro.
1.6 O Romanceiro é uma colectânea de textos tradicionais que Garrett recolheu da tradição oral.
1.7 O Romantismo valoriza a cultura greco-latina. de cada país/nacionalista
1.8 Almeida Garrett foi o fundador do Teatro Nacional e do conservatório de Arte Dramática.
1.9 Viagens na Minha Terra é um romance que narra uma viagem de Lisboa ao Porto no séc. XIX. a Santarém
1.10 Almeida Garrett integrou o exército de D. Pedro.
VERSÃO 2
1.11 Almeida Garrett participou no desembarque do Mindelo.
1.12 O Romantismo caracteriza-se pelo triunfo da razão e da inteligência. do sentimento
1.13 O tópico locus amoenus é uma caraterística do romantismo. locus horrendus
1.14 Almeida Garrett morreu em Lisboa em 1854.
1.15 O Romantismo defende uma versificação livre e um vocabulário coloquial.
1.16 Bela Infanta é um poema de Garrett. que Garrett recolheu no seu Romanceiro
1.17 O amor de Garrett pela viscondessa da Luz está na origem do seu livro Flores de Outono. Folhas Caídas
1.18 Viagens na Minha Terra é um romance que narra uma viagem de Lisboa ao Porto no séc. XIX. a
Santarém
1.19 O Romanceiro é uma colectânea de textos tradicionais que Garrett recolheu da tradição oral.
1.20 Almeida Garrett foi o fundador do Teatro Nacional e do conservatório de Arte Dramática.
VERSÃO 1 VERSÃO 2
1 V V
2 F F
3 F F
4 V V
5 F V
6 V F
7 F F
8 V F
9 F V
10 V V
GRUPO I (80 pontos)
Lê, com atenção, o excerto de Um Auto de Gil Vicente que se segue.
GIL VICENTE, PAULA VICENTE, PÊRO SÁFIO e BERNARDIM RIBEIRO,
que entra embuçado e de chapéu desabado, como no 1.º ato. – Paula estremece, Gil Vicente impacienta-
se: observam-se todos alguns segundos.
GIL VICENTE (indo para ele como quem descobriu alguma coisa) – Meu amigo, já adivinhei o que
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queríeis. Ver o Auto: hem? Andais arredio da corte – não sei porquê: tanto vos querem todos – e a
nossa infanta, a nossa querida infanta, que isso era por de mais! – Princesa e trovador... É o que
vale, que não fica mal, senão tinham que falar linguarudos. – Mas enfim é jeito que tomastes, fugis
de todos. – Ora pois, quereis ver o Auto, e não quereis que vos vejam. Sou o vosso homem. Próprio
tenho um lugar de amigo para um escudeiro embuçado e encapelado, que pode ver tudo, e não o ver
ninguém a ele. – Vá por santo Apolo e suas manas. – Vós sois quase do ofício, que também rimais,
senhor cavaleiro: (Canta)
Trovador, por minha dama
Me fiz trovador.
Que não fará quem ama
Por seu amor!
Rimais, e como os mestres. Assim, a propósito, vede-me estas coplas, este romance da partida da
infanta, que logo se há de cantar...
PAULA (significantemente para Bernardim) E chorar; que...
GIL VICENTE – E são para isso as coplas. Por menos tenho visto mais. (Repete com animação):
Niña era la Infanta,
Dona Beatriz se decía,
Nieta del buen rey Hernando,
El mejor rey de Castilla,
Hija del rey Don Manuel
Y reina Dona Maria,
Reys de tanta bondad
Que tales dos no había.
(…)
PAULA (com impaciência e olhando para Bernardim) – Basta, meu pai: logo nos fartaremos disso. Agora
vejo que enfadam e estão mortificando essas vossas coplas.
GIL VICENTE (aparte a Paula) – Porque não são tuas estas, Paula. – Valha-te não sei quê, rapariga.
PAULA (a Gil Vicente) – Sim, nisso pensava eu agora; é o que me dá cuidado. (A Bernardim.) Já vedes
que tendes lugar para ver o Auto.
BERNARDIM (desembuçando-se e levantando o chapéu) – Não é ver o Auto que eu quero, é entrar
nele.
GIL VICENTE – Como assim!
PAULA – Praz-lhe ao Senhor Bernardim Ribeiro zombar de nós e de nossa humilde profissão.
BERNARDIM – Não sei dela mais nobre, meus amigos. Sois criados de el-rei, de um príncipe que sabe a
valia das artes, que estima e cultiva as letras...
PÊRO – E premeia como vemos aos seus cultivadores...
BERNARDIM – Mesquinharias de ruins conselheiros e de soberbos invejosos. El-rei é liberal, e o será
convosco. Cultivais uma gentil arte...
PÊRO – Já é gentil!
BERNARDIM – Sempre e quando quer que se não prostitue, como todas as artes, como todas as coisas
deste mundo. – Vós, digo, cultivais uma gentil arte, honrais e aformoseais a língua; sereis a glória
dos nossos e a inveja de estranhos: que mais é preciso para ser nobre e grande – maior que ninguém
na tua terra?
PAULA – Adular os grandes e oprimir os pequenos...
BERNARDIM – Paula, a bela e a desdenhosa Paula está de uma severidade — que lhe fica bem decerto
– que lhe dá uma expressão...
PÊRO – Satânica...
BERNARDIM – Enérgica...
PAULA – Dá-lhe a que me praz dar a boa ou a má cara que Deus me deu, e de cujas feições se não trata
agora.
BERNARDIM – (a Paula, galanteando – que lhe volta a cara) – Mil perdões se... – Amigo Gil Vicente,
peço-vos um papel no vosso auto. Alguns tendes com máscara, dai-me um desses. Verei assim tudo,
sem me verem ou me conhecerem; e tenho o gosto, porque sempre suspirei de vos ajudar em vossa
bela empresa. Dai-me já o papel e o vestido.
GIL VICENTE – Que capricho é este? Estais deveras?
BERNARDIM (ao ouvido de Paula) – À fé que estou. Não tenho outro modo de a ver, de lhe falar. Juraste
ajudar-me, prometeste ainda ontem ser fiel a ambos. É preciso que me deem o papel da moura, que seja
eu quem lhe entregue o anel...
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PAULA (afastando-se um pouco, aparte e com impaciência) – E quer a sorte mofina que seja eu quem
por minhas próprias mãos me esteja dilacerando assim! – (A Bernardim.) Farei como quereis. (Alto.)
Meu pai, temos um bom achado. Joana do Taco vos perderia o Auto: daremos o papel a este
cavalheiro, que o fará à maravilha.
GIL VICENTE – Oh!, se ele quisesse!
BERNARDIM – Como vos hei de dizer que quero? – Venha máscara e vestido.
GIL VICENTE – E o papel? Inda o não vistes.
(Pêro Sáfio lhe traz uma espécie de opa1
larga, um turbante e uma máscara.)
BERNARDIM (enfiando a opa e cingindo-se) – Já sei tudo o que hei de dizer.
GIL VICENTE – Quem vo-lo ensinou?
BERNARDIM (ainda vestindo-se e distraído) – Não se ensina, não se aprende – sente-se... Louco que eu
sou! (Olha para Gil Vicente que está pasmado.) – Ensinou-mo Paula.
PAULA – Estais enganado: refleti no que dizeis... Não é comigo.
BERNARDIM – Pois então foi Pêro. – Pêro foi, Pêro Sáfio. Por sinal que tem muito xe, xe mourisco,
muito trejeito. – Farei tudo.
GIL VICENTE – Ótimo! Assim é, assim é. Vesti-vos pois, que é tarde. – E vamos. Ó lá de dentro!
Ensaio geral.
GARRETT, Almeida, 2011. Um Auto de Gil Vicente. Porto: Porto Editora
1
espécie de capa sem mangas mas com abertura para os braços.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Localiza este excerto de Um Auto de Gil Vicente, destacando a sua relevância para o desenvolvimento da ação.
O excerto apresentado integra-se no conflito de Um Auto de Gil Vicente, no momento em que, no segundo ato,
Bernardim Ribeiro, por intermédio de Paula e com a colaboração de Pêro, chega à fala com Gil Vicente para
poder participar na peça Cortes de Júpiter. Só desse modo lhe será possível ver uma vez mais a infanta D. Beatriz
antes da sua partida. Trata-se de um conjunto de cenas de importância determinante para o curso da ação, pois,
para além do motivo referido anteriormente, a situação decorrente da interpretação de Bernardim como Moura na
peça de Gil Vicente levará a um último encontro entre os amantes, já no barco, que conduzirá a infanta ao esposo,
e determinará o fim trágico da peça.
2. Verifica, transcrevendo três expressões comprovativas, como Gil Vicente demora a entender que Bernardim
pretende entrar no auto.
Verifica-se uma lenta percepção por parte de GV, ele não está a entender o que se passa e não acredita que
Bernardim Ribeiro, o grande poeta das Saudades,…, queira entrar num auto seu…
Meu amigo, já adivinhei o que queríeis. Ver o Auto: hem?
Como assim!
Que capricho é este? Estais deveras?
Oh!, se ele quisesse!
3. Esclarece a ambiguidade de sentido/s presente/s na fala de Paula: “E chorar; que…” (l.15)
Explicar que a peça iria despertar o choro por parte da infanta/duquesa…; de Bernardim… e dela própria…
4. Mostra que a severidade (l. 46) da filha de Gil Vicente é marcada pela ironia presente no texto.
Explicar que a severidade e impaciência de Paula se relaciona com o facto de ela ter que reprimir o seu
amor…do pai não estar a entender nada…
Sim, nisso pensava eu agora; é o que me dá cuidado
Adular os grandes e oprimir os pequenos...
Dá-lhe a que me praz dar a boa ou a má cara que Deus me deu, e de cujas feições se não trata agora.
GRUPO III (40 pontos)
Tendo em conta a tua experiência de leitura de Um Auto de Gil Vicente de Almeida Garrett, responde a uma das
seguintes questões. Redige um texto bem estruturado de cem a duzentas palavras.
4 
1. A importância que o anel desempenha no universo metateatral da peça.
Explicar a característica metateatral da peça… explicar que o anel surge como um elemento de ligação entre
as duas peças, “Auto de Gil Vicente” e “As cortes de Júpiter”…comentar a sua simbologia…
2. O discurso romântico presente na peça.
Verificar a presença das características do discurso romântico (exclamações, reticências, interjeições…)
sobretudo por parte de Bernardim e da Infanta Beatriz. Explicar as razões.
GRUPO II (60 pontos)
Lê, com atenção, o seguinte excerto dos Livros de Linhagens.
5
Pero Novais
Este Pero Novais, o Velho, foi um scudeiro que morava em Riba de [T]ea, e era
homem pobre, e foi-se aa fronteira pera guarecer1
aló2
. E el guarecendo na fronteira, acertou-
se ũa entrada que entrarom os cristãos a terra de Mouros. E em esta entrada e cavalgada que
fezerom, foi i este Pero Novaes, o Velho, com eles, e foi i cativo, que o cativarom os
Mouros, e viveo por longo tempo na prisom. E el jazendo assi cativo na prisom, tirarom-no
ũus alfaqueques3
, a lhes pagar aquelo que por ele preitejarom4
. E ele solto, veo-se a el rei
dom Afonso de Leom, que era na fronteira, e aa rainha, e pediu-lhes por mercee e por seu
natural que era, que lhe fezessem bem e mercee pera pagar aquelo que por ele derom, e que
lhe dessem cartas pera os homẽes boos de Castela e de Leom e de Galiza e de Portugal, e
pera os meestres das ordẽes e pera os concelhos, de rogo pera lhe fazerem bem e ajuda, pera
pagar aquelo por que era obrigado aaqueles que o tirarom de cativo.
E el rei e a rainha fezerom-lhe bem e mercee, e derom-lhe algo e derom- lhe as cartas
que lhes pedia. E el logo com aquelas cartas que lhe el rei e a rainha derom, meteo-se pela
carreira de Castela e de Galiza e de Leom e da fronteira, e pela terra de Portugal. E de todalas
terras por que assi andou demandando, derom-lhe algo e fezerom-lhe bem. E el pagou aquelo
per que era preitejado aaqueles que o tirarom da prisom, a que era obrigado, e ficou-lhe mui
grande algo e foi-se com ele pera Galiza, donde era natural. E meteo todo este haver que assi
andou apanhando em milho, porque entom era refece5
, e pose-o em guarda, e andou
guarecendo pelos homẽes boos de Galiza, ataa que veo ũu ano mao em que valia muito o
pam, e a gente morria de fame. E el vendeo entom todo o milho que tiinha e fez em ele muito
grande haver. E com este haver que assi juntou, casou ũu seu filho, que havia nome Paai
Novaes, o Velho, com dona Moor Soarez, filha de dom Sueiro Nuniz Velho e de dona
Tareija Anes de Penela.
MATTOSO, José (seleção, introdução e comentários), 1983. Narrativas dos Livros de Linhagens. Lisboa:
INCM
1
defender, proteger; 2
o lado de onde o vento sopra; 3
resgatadores de cativos; 4
ajustaram, pactuaram; 5
barato, de baixo preço.
10
15
20
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens apresentados.
1. Sintetiza, por palavras próprias, a narrativa apresentada no excerto.
O excerto relata a história de Pero Novais, escudeiro que, depois de servir militarmente na guerra contra os
mouros e de ter sido feito prisioneiro, foi salvo por alfaqueques, a quem ficou a dever a sua liberdade. Para poder
saldar a sua dívida, recorreu à ajuda dos monarcas que, com as cartas de referências que lhe deram, lhe
permitiram liquidar a sua dívida. O empenho de Pero Novais e a sua argúcia levaram-no igualmente a enriquecer
através de um negócio com milho.
2. Comenta a atitude do rei e da rainha.
As referências ao rei e à rainha conferem aos monarcas características de bondade e de preocupação face aos seus
súbditos, contribuindo para enaltecer a casa real.
3. Comenta a relevância do negócio do “milho” para a construção do retrato de Pero Novais e para a imagem da
5 
sua família fixada nos Livros de Linhagens.
O negócio do milho destaca a faceta empreendedora de Pero Novais, que conseguiu refazer a sua vida depois do
episódio de captura pelos mouros. Com o enriquecimento através da venda do milho, alcançou um estatuto social
que lhe permitiu, segundo o narrador, casar o filho e deixar registo da sua história de coragem, empenho e
trabalho nos Livros de Linhagens.
a professora
Arminda Gonçalves

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Literatura Portuguesa e Romantismo

  • 1. 1  Teste de Avaliação de Literatura Portuguesa – 11º Ano Outubro de 2014 Tópicos de CORREÇÃO VERSÃO 1 e 2 GRUPO 0 (20 pontos) VERSÃO 1 1. Verifica se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas. Corrige as falsas. (20 pontos) 1.1 Almeida Garrett nasceu no Porto em 1799. 1.2 O Romantismo é um movimento que surge nos finais do século XVII. XVIII 1.3 O amor de Garrett pela viscondessa da Luz está na origem do seu livro Flores de Outono.Folhas Caídas 1.4 O tópico locus horrendus é uma caraterística do romantismo. 1.5 Nau Catrineta é um poema de Garrett. que Garrett recolheu no seu Romanceiro. 1.6 O Romanceiro é uma colectânea de textos tradicionais que Garrett recolheu da tradição oral. 1.7 O Romantismo valoriza a cultura greco-latina. de cada país/nacionalista 1.8 Almeida Garrett foi o fundador do Teatro Nacional e do conservatório de Arte Dramática. 1.9 Viagens na Minha Terra é um romance que narra uma viagem de Lisboa ao Porto no séc. XIX. a Santarém 1.10 Almeida Garrett integrou o exército de D. Pedro. VERSÃO 2 1.11 Almeida Garrett participou no desembarque do Mindelo. 1.12 O Romantismo caracteriza-se pelo triunfo da razão e da inteligência. do sentimento 1.13 O tópico locus amoenus é uma caraterística do romantismo. locus horrendus 1.14 Almeida Garrett morreu em Lisboa em 1854. 1.15 O Romantismo defende uma versificação livre e um vocabulário coloquial. 1.16 Bela Infanta é um poema de Garrett. que Garrett recolheu no seu Romanceiro 1.17 O amor de Garrett pela viscondessa da Luz está na origem do seu livro Flores de Outono. Folhas Caídas 1.18 Viagens na Minha Terra é um romance que narra uma viagem de Lisboa ao Porto no séc. XIX. a Santarém 1.19 O Romanceiro é uma colectânea de textos tradicionais que Garrett recolheu da tradição oral. 1.20 Almeida Garrett foi o fundador do Teatro Nacional e do conservatório de Arte Dramática. VERSÃO 1 VERSÃO 2 1 V V 2 F F 3 F F 4 V V 5 F V 6 V F 7 F F 8 V F 9 F V 10 V V GRUPO I (80 pontos) Lê, com atenção, o excerto de Um Auto de Gil Vicente que se segue. GIL VICENTE, PAULA VICENTE, PÊRO SÁFIO e BERNARDIM RIBEIRO, que entra embuçado e de chapéu desabado, como no 1.º ato. – Paula estremece, Gil Vicente impacienta- se: observam-se todos alguns segundos. GIL VICENTE (indo para ele como quem descobriu alguma coisa) – Meu amigo, já adivinhei o que
  • 2. 2  5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 queríeis. Ver o Auto: hem? Andais arredio da corte – não sei porquê: tanto vos querem todos – e a nossa infanta, a nossa querida infanta, que isso era por de mais! – Princesa e trovador... É o que vale, que não fica mal, senão tinham que falar linguarudos. – Mas enfim é jeito que tomastes, fugis de todos. – Ora pois, quereis ver o Auto, e não quereis que vos vejam. Sou o vosso homem. Próprio tenho um lugar de amigo para um escudeiro embuçado e encapelado, que pode ver tudo, e não o ver ninguém a ele. – Vá por santo Apolo e suas manas. – Vós sois quase do ofício, que também rimais, senhor cavaleiro: (Canta) Trovador, por minha dama Me fiz trovador. Que não fará quem ama Por seu amor! Rimais, e como os mestres. Assim, a propósito, vede-me estas coplas, este romance da partida da infanta, que logo se há de cantar... PAULA (significantemente para Bernardim) E chorar; que... GIL VICENTE – E são para isso as coplas. Por menos tenho visto mais. (Repete com animação): Niña era la Infanta, Dona Beatriz se decía, Nieta del buen rey Hernando, El mejor rey de Castilla, Hija del rey Don Manuel Y reina Dona Maria, Reys de tanta bondad Que tales dos no había. (…) PAULA (com impaciência e olhando para Bernardim) – Basta, meu pai: logo nos fartaremos disso. Agora vejo que enfadam e estão mortificando essas vossas coplas. GIL VICENTE (aparte a Paula) – Porque não são tuas estas, Paula. – Valha-te não sei quê, rapariga. PAULA (a Gil Vicente) – Sim, nisso pensava eu agora; é o que me dá cuidado. (A Bernardim.) Já vedes que tendes lugar para ver o Auto. BERNARDIM (desembuçando-se e levantando o chapéu) – Não é ver o Auto que eu quero, é entrar nele. GIL VICENTE – Como assim! PAULA – Praz-lhe ao Senhor Bernardim Ribeiro zombar de nós e de nossa humilde profissão. BERNARDIM – Não sei dela mais nobre, meus amigos. Sois criados de el-rei, de um príncipe que sabe a valia das artes, que estima e cultiva as letras... PÊRO – E premeia como vemos aos seus cultivadores... BERNARDIM – Mesquinharias de ruins conselheiros e de soberbos invejosos. El-rei é liberal, e o será convosco. Cultivais uma gentil arte... PÊRO – Já é gentil! BERNARDIM – Sempre e quando quer que se não prostitue, como todas as artes, como todas as coisas deste mundo. – Vós, digo, cultivais uma gentil arte, honrais e aformoseais a língua; sereis a glória dos nossos e a inveja de estranhos: que mais é preciso para ser nobre e grande – maior que ninguém na tua terra? PAULA – Adular os grandes e oprimir os pequenos... BERNARDIM – Paula, a bela e a desdenhosa Paula está de uma severidade — que lhe fica bem decerto – que lhe dá uma expressão... PÊRO – Satânica... BERNARDIM – Enérgica... PAULA – Dá-lhe a que me praz dar a boa ou a má cara que Deus me deu, e de cujas feições se não trata agora. BERNARDIM – (a Paula, galanteando – que lhe volta a cara) – Mil perdões se... – Amigo Gil Vicente, peço-vos um papel no vosso auto. Alguns tendes com máscara, dai-me um desses. Verei assim tudo, sem me verem ou me conhecerem; e tenho o gosto, porque sempre suspirei de vos ajudar em vossa bela empresa. Dai-me já o papel e o vestido. GIL VICENTE – Que capricho é este? Estais deveras? BERNARDIM (ao ouvido de Paula) – À fé que estou. Não tenho outro modo de a ver, de lhe falar. Juraste ajudar-me, prometeste ainda ontem ser fiel a ambos. É preciso que me deem o papel da moura, que seja eu quem lhe entregue o anel...
  • 3. 3  60 65 70 75 PAULA (afastando-se um pouco, aparte e com impaciência) – E quer a sorte mofina que seja eu quem por minhas próprias mãos me esteja dilacerando assim! – (A Bernardim.) Farei como quereis. (Alto.) Meu pai, temos um bom achado. Joana do Taco vos perderia o Auto: daremos o papel a este cavalheiro, que o fará à maravilha. GIL VICENTE – Oh!, se ele quisesse! BERNARDIM – Como vos hei de dizer que quero? – Venha máscara e vestido. GIL VICENTE – E o papel? Inda o não vistes. (Pêro Sáfio lhe traz uma espécie de opa1 larga, um turbante e uma máscara.) BERNARDIM (enfiando a opa e cingindo-se) – Já sei tudo o que hei de dizer. GIL VICENTE – Quem vo-lo ensinou? BERNARDIM (ainda vestindo-se e distraído) – Não se ensina, não se aprende – sente-se... Louco que eu sou! (Olha para Gil Vicente que está pasmado.) – Ensinou-mo Paula. PAULA – Estais enganado: refleti no que dizeis... Não é comigo. BERNARDIM – Pois então foi Pêro. – Pêro foi, Pêro Sáfio. Por sinal que tem muito xe, xe mourisco, muito trejeito. – Farei tudo. GIL VICENTE – Ótimo! Assim é, assim é. Vesti-vos pois, que é tarde. – E vamos. Ó lá de dentro! Ensaio geral. GARRETT, Almeida, 2011. Um Auto de Gil Vicente. Porto: Porto Editora 1 espécie de capa sem mangas mas com abertura para os braços. Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Localiza este excerto de Um Auto de Gil Vicente, destacando a sua relevância para o desenvolvimento da ação. O excerto apresentado integra-se no conflito de Um Auto de Gil Vicente, no momento em que, no segundo ato, Bernardim Ribeiro, por intermédio de Paula e com a colaboração de Pêro, chega à fala com Gil Vicente para poder participar na peça Cortes de Júpiter. Só desse modo lhe será possível ver uma vez mais a infanta D. Beatriz antes da sua partida. Trata-se de um conjunto de cenas de importância determinante para o curso da ação, pois, para além do motivo referido anteriormente, a situação decorrente da interpretação de Bernardim como Moura na peça de Gil Vicente levará a um último encontro entre os amantes, já no barco, que conduzirá a infanta ao esposo, e determinará o fim trágico da peça. 2. Verifica, transcrevendo três expressões comprovativas, como Gil Vicente demora a entender que Bernardim pretende entrar no auto. Verifica-se uma lenta percepção por parte de GV, ele não está a entender o que se passa e não acredita que Bernardim Ribeiro, o grande poeta das Saudades,…, queira entrar num auto seu… Meu amigo, já adivinhei o que queríeis. Ver o Auto: hem? Como assim! Que capricho é este? Estais deveras? Oh!, se ele quisesse! 3. Esclarece a ambiguidade de sentido/s presente/s na fala de Paula: “E chorar; que…” (l.15) Explicar que a peça iria despertar o choro por parte da infanta/duquesa…; de Bernardim… e dela própria… 4. Mostra que a severidade (l. 46) da filha de Gil Vicente é marcada pela ironia presente no texto. Explicar que a severidade e impaciência de Paula se relaciona com o facto de ela ter que reprimir o seu amor…do pai não estar a entender nada… Sim, nisso pensava eu agora; é o que me dá cuidado Adular os grandes e oprimir os pequenos... Dá-lhe a que me praz dar a boa ou a má cara que Deus me deu, e de cujas feições se não trata agora. GRUPO III (40 pontos) Tendo em conta a tua experiência de leitura de Um Auto de Gil Vicente de Almeida Garrett, responde a uma das seguintes questões. Redige um texto bem estruturado de cem a duzentas palavras.
  • 4. 4  1. A importância que o anel desempenha no universo metateatral da peça. Explicar a característica metateatral da peça… explicar que o anel surge como um elemento de ligação entre as duas peças, “Auto de Gil Vicente” e “As cortes de Júpiter”…comentar a sua simbologia… 2. O discurso romântico presente na peça. Verificar a presença das características do discurso romântico (exclamações, reticências, interjeições…) sobretudo por parte de Bernardim e da Infanta Beatriz. Explicar as razões. GRUPO II (60 pontos) Lê, com atenção, o seguinte excerto dos Livros de Linhagens. 5 Pero Novais Este Pero Novais, o Velho, foi um scudeiro que morava em Riba de [T]ea, e era homem pobre, e foi-se aa fronteira pera guarecer1 aló2 . E el guarecendo na fronteira, acertou- se ũa entrada que entrarom os cristãos a terra de Mouros. E em esta entrada e cavalgada que fezerom, foi i este Pero Novaes, o Velho, com eles, e foi i cativo, que o cativarom os Mouros, e viveo por longo tempo na prisom. E el jazendo assi cativo na prisom, tirarom-no ũus alfaqueques3 , a lhes pagar aquelo que por ele preitejarom4 . E ele solto, veo-se a el rei dom Afonso de Leom, que era na fronteira, e aa rainha, e pediu-lhes por mercee e por seu natural que era, que lhe fezessem bem e mercee pera pagar aquelo que por ele derom, e que lhe dessem cartas pera os homẽes boos de Castela e de Leom e de Galiza e de Portugal, e pera os meestres das ordẽes e pera os concelhos, de rogo pera lhe fazerem bem e ajuda, pera pagar aquelo por que era obrigado aaqueles que o tirarom de cativo. E el rei e a rainha fezerom-lhe bem e mercee, e derom-lhe algo e derom- lhe as cartas que lhes pedia. E el logo com aquelas cartas que lhe el rei e a rainha derom, meteo-se pela carreira de Castela e de Galiza e de Leom e da fronteira, e pela terra de Portugal. E de todalas terras por que assi andou demandando, derom-lhe algo e fezerom-lhe bem. E el pagou aquelo per que era preitejado aaqueles que o tirarom da prisom, a que era obrigado, e ficou-lhe mui grande algo e foi-se com ele pera Galiza, donde era natural. E meteo todo este haver que assi andou apanhando em milho, porque entom era refece5 , e pose-o em guarda, e andou guarecendo pelos homẽes boos de Galiza, ataa que veo ũu ano mao em que valia muito o pam, e a gente morria de fame. E el vendeo entom todo o milho que tiinha e fez em ele muito grande haver. E com este haver que assi juntou, casou ũu seu filho, que havia nome Paai Novaes, o Velho, com dona Moor Soarez, filha de dom Sueiro Nuniz Velho e de dona Tareija Anes de Penela. MATTOSO, José (seleção, introdução e comentários), 1983. Narrativas dos Livros de Linhagens. Lisboa: INCM 1 defender, proteger; 2 o lado de onde o vento sopra; 3 resgatadores de cativos; 4 ajustaram, pactuaram; 5 barato, de baixo preço. 10 15 20 Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens apresentados. 1. Sintetiza, por palavras próprias, a narrativa apresentada no excerto. O excerto relata a história de Pero Novais, escudeiro que, depois de servir militarmente na guerra contra os mouros e de ter sido feito prisioneiro, foi salvo por alfaqueques, a quem ficou a dever a sua liberdade. Para poder saldar a sua dívida, recorreu à ajuda dos monarcas que, com as cartas de referências que lhe deram, lhe permitiram liquidar a sua dívida. O empenho de Pero Novais e a sua argúcia levaram-no igualmente a enriquecer através de um negócio com milho. 2. Comenta a atitude do rei e da rainha. As referências ao rei e à rainha conferem aos monarcas características de bondade e de preocupação face aos seus súbditos, contribuindo para enaltecer a casa real. 3. Comenta a relevância do negócio do “milho” para a construção do retrato de Pero Novais e para a imagem da
  • 5. 5  sua família fixada nos Livros de Linhagens. O negócio do milho destaca a faceta empreendedora de Pero Novais, que conseguiu refazer a sua vida depois do episódio de captura pelos mouros. Com o enriquecimento através da venda do milho, alcançou um estatuto social que lhe permitiu, segundo o narrador, casar o filho e deixar registo da sua história de coragem, empenho e trabalho nos Livros de Linhagens. a professora Arminda Gonçalves