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Nome autores
A representação
da amada na
lírica de Camões
A representação da amada
Na poesia lírica, Camões representa dois
tipos de mulher.
Retrato realista Retrato petrarquista
Na medida velha
(em redondilhas)
Na medida nova
(sobretudo nos sonetos)
A representação da amada – retrato realista
(características)
Retrato realista da figura feminina
(modelo de Vénus)
Botticelli, A Primavera
(pormenor), c. 1478.
Figura terrena
Bela e sensual
Com vestuário colorido e adereços
que realçam a sua beleza
Apaixonada e alegre Exaltação da dimensão
terrena do amor
Acessível e recetiva ao amor
Em cenas da vida quotidiana e cenários
naturais (na fonte, no campo) que espelham
a vitalidade e o brilho da figura feminina
Descrição marcada pelo
desejo
A representação da amada – retrato realista (exemplos)
Vilancete «Descalça vai para a fonte»
Jovem mulher que vai à fonte buscar água
Enquadrada num cenário campestre
Bela («tão linda que o mundo espanta»)
e graciosa («chove nela graça tanta»)
Vestuário/adereços e cores que realçam a sua beleza:
– cinta e fita vermelhas (força, alegria e sensualidade)
– pele branca e saia branca (pureza)
– «cabelos d’ouro» (perfeição)
Tímida, insegura/ansiosa
Figura do povo (vai à fonte e está descalça)
William-Adolphe Bouguereau,
Italiana na fonte, 1870.
A representação da amada – retrato realista (exemplos)
Vilancete «Minina dos olhos verdes»
Jovem mulher de belos olhos verdes
William-Adolphe Bouguereau,
Jovem pastora de pé, 1887.
Cantiga «Verdes são os campos»
Cor da esperança e da Natureza
A representação da amada – retrato realista (exemplos)
Endecha «Aquela cativa»
Jovem escrava bela e graciosa
Beleza singular: de pele escura, cabelo negro, olhos negros e meigos
Contraste com o modelo de mulher da época
(pele clara, olhos claros, cabelos louros)
Recatada e doce
Alegre
Serena e ponderada
Paul Gauguin, A semente de Areoi,
1892.
A representação da amada – retrato petrarquista
(características)
Retrato petrarquista da figura feminina
(modelo de Laura, de Petrarca – renascentista)
Retrato estereotipado e idealizado:
pele, cabelo e olhos claros (perfeição física
que espelha a perfeição interior)
Modesta, equilibrada, discreta, serena e grave
(perfeição psicológica e moral)
Ser perfeito, superior, divino, permitindo ao amador elevar-se através de
um amor exclusivamente espiritual
Exaltação da dimensão
espiritual do amor
Botticelli, Retrato de uma jovem,
c. 1480-1485.
Impalpável, incorpórea, de uma beleza inefável (traços pouco definidos)
Abstrata, ausente, inacessível ao amador (amor impossível)
A quem o sujeito poético presta vassalagem (relação suserano-vassalo)
A representação da amada – retrato petrarquista (exemplos)
Soneto «Um mover d’olhos, brando e piadoso»
Riso suave e honesto / quase forçado (ambiguidade)
Rosto doce e humilde
Contida, recatada
Leonardo da Vinci, Mona Lisa,
1503-1505.
Serena
Modesta
Piedosa
Mulher ideal, divina, inefável, de «celeste fermosura»
Retrato esfumado (uso do determinante indefinido)
A representação da amada – retrato petrarquista (exemplos)
Soneto «Ondados fios d’ ouro reluzente»
Cabelos loiros e brilhantes («Ondados fios d’ ouro reluzente»)
Faces rosadas («as rosas»)
Olhar doce («olhos, que vos moveis tão docemente»)
Botticelli, Vénus e Marte
(pormenor), c. 1485.
Olhos luminosos («em mil divinos raios encendidos»)
Dentes brancos, como «perlas»
Lábios vermelhos, como «corais»
Honesta («Honesto riso»)
Bela e encantadora, mesmo à distância
A representação da amada – traços comuns
Traços comuns da representação da
amada na medida velha e na medida nova
Retrato plástico da mulher amada
recursos retóricos e pictóricos que exploram:
elementos e imagens da Natureza
vestuário/acessórios [na medida velha /
modelo de Vénus] ou metais preciosos
[na medida nova / modelo petrarquista]
sugestões cromáticas
jogos de palavras
Poder transformador da amada
sobre a Natureza, os homens, o sujeito poético…
A representação da amada – inovação do cânone literário
Tentativa de síntese
entre a mulher carnal e a
mulher etérea
Elogio da beleza exótica (mulher
de pele morena/escura)
Combinação dos traços
típicos do modelo de Vénus
da lírica tradicional e do
modelo petrarquista da
poesia de influência clássica
Inovação do cânone literário
na representação da amada
Consolida
1- Seleciona a opção que completa cada afirmação.
Solução
em medida velha.
A Na lírica camoniana, a representação da mulher amada é feita nos poemas compostos
B A representação da mulher amada na lírica camoniana
em medida nova.
em medida velha e em medida nova.
centra-se nas características físicas.
centra-se nas características psicológicas/morais.
foca características físicas e psicológicas/morais.
C O retrato da figura feminina nas redondilhas camonianas
corresponde ao modelo de Vénus (figura terrena, marcada pela sensualidade).
corresponde ao modelo de Laura (figura idealizada, com uma dimensão etérea).
retoma o retrato da figura feminina das cantigas de amigo.
Consolida
1- Seleciona a opção que completa cada afirmação.
Solução
na figura de Vénus, com contornos definidos e palpáveis.
D O modelo de Laura, em voga no Renascimento, é inspirado
E Fisicamente, a mulher cantada nos sonetos camonianos
na mulher cantada por Petrarca e representante da dimensão espiritual do amor.
na mulher cantada por Petrarca e representante da dimensão terrena do amor.
é dotada de uma beleza exótica.
tem pele, cabelos e olhos claros.
tem pele, cabelos e olhos escuros.
F No retrato petrarquista, a figura feminina
demonstra modéstia, discrição, serenidade e gravidade.
revela equilíbrio, serenidade, gravidade uma certa altivez.
as duas opções anteriores estão corretas.
Consolida
2- Indica se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas.
Solução
Verdadeira.
A Na lírica camoniana em medida nova, a representação da figura feminina segue o modelo de Laura,
presente nos poemas de Petrarca.
B Nos poemas que correspondem ao ideal de Laura, a mulher surge como uma figura concreta,
corpórea e com traços definidos.
Falsa. … como uma figura impalpável, incorpórea e com traços pouco definidos.
C O ideal de Laura está associado a um amor carnal e que permite ao eu poético elevar-se.
Falsa. … a um amor exclusivamente espiritual e que permite ao eu poético elevar-se.
D O ideal petrarquista da mulher reproduz a relação entre vassalo e suserano, presente
na poesia provençal e nas cantigas de amor da poesia galego-portuguesa.
Verdadeira.
Consolida
2- Indica se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas.
Solução
Verdadeira.
E Na lírica camoniana, a descrição da mulher amada é feita com recurso a elementos e imagens da
Natureza e tirando partido de vestuário e acessórios, metais preciosos e sugestões cromáticas.
F A mulher amada, pela sua perfeição, tem a capacidade de transformar a Natureza e o sujeito poético.
Verdadeira.
G Como demonstra o poema «Aquela cativa», Camões limita-se a seguir o cânone literário.
Falsa. … Camões, ao elogiar a beleza exótica, inova a forma de retratar a mulher.
Consolida

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A representação da amada na lírica de Camões

  • 1. Nome autores A representação da amada na lírica de Camões
  • 2. A representação da amada Na poesia lírica, Camões representa dois tipos de mulher. Retrato realista Retrato petrarquista Na medida velha (em redondilhas) Na medida nova (sobretudo nos sonetos)
  • 3. A representação da amada – retrato realista (características) Retrato realista da figura feminina (modelo de Vénus) Botticelli, A Primavera (pormenor), c. 1478. Figura terrena Bela e sensual Com vestuário colorido e adereços que realçam a sua beleza Apaixonada e alegre Exaltação da dimensão terrena do amor Acessível e recetiva ao amor Em cenas da vida quotidiana e cenários naturais (na fonte, no campo) que espelham a vitalidade e o brilho da figura feminina Descrição marcada pelo desejo
  • 4. A representação da amada – retrato realista (exemplos) Vilancete «Descalça vai para a fonte» Jovem mulher que vai à fonte buscar água Enquadrada num cenário campestre Bela («tão linda que o mundo espanta») e graciosa («chove nela graça tanta») Vestuário/adereços e cores que realçam a sua beleza: – cinta e fita vermelhas (força, alegria e sensualidade) – pele branca e saia branca (pureza) – «cabelos d’ouro» (perfeição) Tímida, insegura/ansiosa Figura do povo (vai à fonte e está descalça) William-Adolphe Bouguereau, Italiana na fonte, 1870.
  • 5. A representação da amada – retrato realista (exemplos) Vilancete «Minina dos olhos verdes» Jovem mulher de belos olhos verdes William-Adolphe Bouguereau, Jovem pastora de pé, 1887. Cantiga «Verdes são os campos» Cor da esperança e da Natureza
  • 6. A representação da amada – retrato realista (exemplos) Endecha «Aquela cativa» Jovem escrava bela e graciosa Beleza singular: de pele escura, cabelo negro, olhos negros e meigos Contraste com o modelo de mulher da época (pele clara, olhos claros, cabelos louros) Recatada e doce Alegre Serena e ponderada Paul Gauguin, A semente de Areoi, 1892.
  • 7. A representação da amada – retrato petrarquista (características) Retrato petrarquista da figura feminina (modelo de Laura, de Petrarca – renascentista) Retrato estereotipado e idealizado: pele, cabelo e olhos claros (perfeição física que espelha a perfeição interior) Modesta, equilibrada, discreta, serena e grave (perfeição psicológica e moral) Ser perfeito, superior, divino, permitindo ao amador elevar-se através de um amor exclusivamente espiritual Exaltação da dimensão espiritual do amor Botticelli, Retrato de uma jovem, c. 1480-1485. Impalpável, incorpórea, de uma beleza inefável (traços pouco definidos) Abstrata, ausente, inacessível ao amador (amor impossível) A quem o sujeito poético presta vassalagem (relação suserano-vassalo)
  • 8. A representação da amada – retrato petrarquista (exemplos) Soneto «Um mover d’olhos, brando e piadoso» Riso suave e honesto / quase forçado (ambiguidade) Rosto doce e humilde Contida, recatada Leonardo da Vinci, Mona Lisa, 1503-1505. Serena Modesta Piedosa Mulher ideal, divina, inefável, de «celeste fermosura» Retrato esfumado (uso do determinante indefinido)
  • 9. A representação da amada – retrato petrarquista (exemplos) Soneto «Ondados fios d’ ouro reluzente» Cabelos loiros e brilhantes («Ondados fios d’ ouro reluzente») Faces rosadas («as rosas») Olhar doce («olhos, que vos moveis tão docemente») Botticelli, Vénus e Marte (pormenor), c. 1485. Olhos luminosos («em mil divinos raios encendidos») Dentes brancos, como «perlas» Lábios vermelhos, como «corais» Honesta («Honesto riso») Bela e encantadora, mesmo à distância
  • 10. A representação da amada – traços comuns Traços comuns da representação da amada na medida velha e na medida nova Retrato plástico da mulher amada recursos retóricos e pictóricos que exploram: elementos e imagens da Natureza vestuário/acessórios [na medida velha / modelo de Vénus] ou metais preciosos [na medida nova / modelo petrarquista] sugestões cromáticas jogos de palavras Poder transformador da amada sobre a Natureza, os homens, o sujeito poético…
  • 11. A representação da amada – inovação do cânone literário Tentativa de síntese entre a mulher carnal e a mulher etérea Elogio da beleza exótica (mulher de pele morena/escura) Combinação dos traços típicos do modelo de Vénus da lírica tradicional e do modelo petrarquista da poesia de influência clássica Inovação do cânone literário na representação da amada
  • 13. 1- Seleciona a opção que completa cada afirmação. Solução em medida velha. A Na lírica camoniana, a representação da mulher amada é feita nos poemas compostos B A representação da mulher amada na lírica camoniana em medida nova. em medida velha e em medida nova. centra-se nas características físicas. centra-se nas características psicológicas/morais. foca características físicas e psicológicas/morais. C O retrato da figura feminina nas redondilhas camonianas corresponde ao modelo de Vénus (figura terrena, marcada pela sensualidade). corresponde ao modelo de Laura (figura idealizada, com uma dimensão etérea). retoma o retrato da figura feminina das cantigas de amigo. Consolida
  • 14. 1- Seleciona a opção que completa cada afirmação. Solução na figura de Vénus, com contornos definidos e palpáveis. D O modelo de Laura, em voga no Renascimento, é inspirado E Fisicamente, a mulher cantada nos sonetos camonianos na mulher cantada por Petrarca e representante da dimensão espiritual do amor. na mulher cantada por Petrarca e representante da dimensão terrena do amor. é dotada de uma beleza exótica. tem pele, cabelos e olhos claros. tem pele, cabelos e olhos escuros. F No retrato petrarquista, a figura feminina demonstra modéstia, discrição, serenidade e gravidade. revela equilíbrio, serenidade, gravidade uma certa altivez. as duas opções anteriores estão corretas. Consolida
  • 15. 2- Indica se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas. Solução Verdadeira. A Na lírica camoniana em medida nova, a representação da figura feminina segue o modelo de Laura, presente nos poemas de Petrarca. B Nos poemas que correspondem ao ideal de Laura, a mulher surge como uma figura concreta, corpórea e com traços definidos. Falsa. … como uma figura impalpável, incorpórea e com traços pouco definidos. C O ideal de Laura está associado a um amor carnal e que permite ao eu poético elevar-se. Falsa. … a um amor exclusivamente espiritual e que permite ao eu poético elevar-se. D O ideal petrarquista da mulher reproduz a relação entre vassalo e suserano, presente na poesia provençal e nas cantigas de amor da poesia galego-portuguesa. Verdadeira. Consolida
  • 16. 2- Indica se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas. Solução Verdadeira. E Na lírica camoniana, a descrição da mulher amada é feita com recurso a elementos e imagens da Natureza e tirando partido de vestuário e acessórios, metais preciosos e sugestões cromáticas. F A mulher amada, pela sua perfeição, tem a capacidade de transformar a Natureza e o sujeito poético. Verdadeira. G Como demonstra o poema «Aquela cativa», Camões limita-se a seguir o cânone literário. Falsa. … Camões, ao elogiar a beleza exótica, inova a forma de retratar a mulher. Consolida