A maioria dos textos originais escritos pelos sofistas foram perdidos, e nossa compreensão moderna do movimento sofista vem da crítica de Platão que dizia que a transmissão dos ensinamentos feita por eles reduzia-se a comércio interesseiro de saberes memorizados, retóricos e relativos. Por causa dessa prática de pensamento, com o tempo, o termo “sofisma” foi adquirindo uma conotação pejorativa, passando a significar um argumento usado para apresentar uma ilusão de verdade e induzir o auditório ao engano. Não nos interessa, neste texto, avaliar as críticas feitas aos sofistas. Nosso objetivo é destacar que é importante, em um mundo no qual há tantas verdades, que os professores, principalmente os de Leitura e Produção Textual, transmitam o conhecimento dos sofismas aos seus alunos para que possam evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e sejam capazes de analisar a argumentação alheia, evitando serem manipulados por algum “sofista” da atualidade. Através da apresentação e análise dos vários sofismas em textos publicitários e declarações da atualidade veiculados em jornais, revistas, televisão, internet, observamos que os alunos argumentam melhor e desenvolvem senso crítico; capacidades essenciais para serem cidadãos participantes na sociedade pluralista em que vivemos.