O documento discute a semiologia do coração, abordando objetivos de avaliação cardiológica, anamnese relevante, sinais e sintomas como dor torácica e dispnéia, exame físico incluindo inspeção, palpação e ausculta cardíaca.
Aula 1 apresentação da disciplina e conceitos básicos
Semiologia Cardiovascular
1. Universidade Federal do Vale do São FranciscoUniversidade Federal do Vale do São Francisco
Disciplina de Prática Médica IIIDisciplina de Prática Médica III
Anderson Armstrong, MD MSc PhD
SEMIOLOGIA DO CORAÇÃOSEMIOLOGIA DO CORAÇÃO
2018
2. ObjetivosObjetivos
• A anamnese do cardiopata: dados de relevância específica
• Sinais e sintomas importantes:
Caracterização e classificação (tipos A, B, C e D) da dor torácica;
Dispnéia em pacientes cardiopatas e suas formas de apresentação;
Classe funcional NYHA;
Significado e apresentação de cianose, edema e tosse no cardiopata;
Anamnese das palpitações;
Anamnese da síncope;
Anamnese do edema.
• Inspeção:
Geral;
avaliação da veia jugular;
precordial.
• Palpação:
Perfusão periférica
Pulsos;
Ictus cordis;
Mesocárdio;
• Ausculta cardíaca:
Áreas/Focos de ausculta;
Bulhas: relação com ciclo cardíaco, apresentações normais e patológicas;
Frequência cardíaca
• Sopros cardíacos: significado e caracterização.
3. AnamneseAnamnese
• Identificação
Idade
• crianças e jovens – anomalias congênitas
• 20-50 anos – HAS, cardiopatia chagásica
• > 50 anos – DAC
Sexo
• Mulheres – lesões mitrais (estenose e prolapso)
• Homens – até 45anos, DAC
Cor da pele
• Negros – HAS (mais frequente e de evolução mais grave)
Ocupação
• Cardiopatas + trabalho braçal IC
4. AnamneseAnamnese
• Antecedentes pessoais
– Infecções estreptocócicas
– Ansiedade, depressão
• Hábitos de vida
– Tabagismo, alcoolismo
– Atividade física
– Alimentação rica em lipídeos
• Antecedentes familiares
– HAS, cardiopatia isquêmica
– Morte súbita
• Condições Socioeconômicas
– Doença de Chagas
– Doença reumática
5. Sinais e SintomasSinais e Sintomas
• Dor torácica
• Dispnéia
• Tosse
• Hemoptise
• Síncope
• Edemas
• Palpitação
• Fadiga
• Náuseas
• Febre e calafrios
• Perda de peso
• Claudicação
6. Dor Torácica:Dor Torácica: Como?Como?
• InícioInício
• DuraçãoDuração
• QualidadeQualidade
• LocalizaçãoLocalização
• IrradiaçãoIrradiação
• IntensidadeIntensidade
• FatoresFatores
desencadeantesdesencadeantes
• Impacto naImpacto na
capacidade decapacidade de
trabalhotrabalho
• Fatores de alívioFatores de alívio
• ManifestaçõesManifestações
concomitantesconcomitantes
• Evolução dosEvolução dos
sintomassintomas
7. Dor torácica:Dor torácica: Quem?Quem?
• Angina clássica
• Síndrome coronária
aguda
Angina instável
Infarto agudo do
miocárdio
• Dissecção da aorta
• Pericardite
• Embolia pulmonar
• Pneumotórax
• Musculoesquelética
• Herpes-zoster
• Origem pulmonar
Pleurite
Pneumonia
• Origem digestiva
Gastrite
Doença péptica
Doença esofágica
Pancreatite
Colecistite
• Psicogênica
9. Dor torácica:Dor torácica: Quem?Quem?
• A dor relacionada ao sistema cardiovascular
compreende a dor isquêmica, pericárdica e
aórtica.
• Dor pericárdica: Agrava-se com respiração e
decúbito dorsal. Alívio com inclinação do tórax
para frente ou posição genupeitoral.
• Dor aórtica: forte intensidade, lancinante,
irradiação para pescoço, dorso e ombros.
10. Dor Isquêmica: características e irradiaçõesDor Isquêmica: características e irradiações
- Desconforto torácico / dor
- Referida como:
- sufocação
- queimação
- constricção ou aperto
- sensação de peso
- Difusa
- Fatores desencadeantes:
- esforço físico
- estresse emocional
- grandes refeições
- cigarro
- Sintomas associados:
- Sudorese
- Palidez
- Mal estar
- Dispnéia
11. Dor Isquêmica: características e irradiaçõesDor Isquêmica: características e irradiações
A dor isquêmica divide-se em:
• AE → desconforto no esforço / emoção; duração ±1 a
3 min; não mudou frequência, duração ou causas
preciptantes nos últimos 60 dias; melhora com
repouso ou nitrato;
• AI → Em repouso e prolongada (< 20 min), início
recente (< 3 meses), engravescente ( ↑ freq. + ↑
duração + ↓ limiar)
• IAM → Desconforto / dor > 20 min + sudorese +
náuseas + vômitos + hipotensão + alter. ST e
enzimas cardíacas
• Angina Prinzmetal
• Equivalentes anginosos
12. Dor torácica:Dor torácica: Qual?Qual?
• Tipo A:
Definitivamente isquêmica
• Tipo B:
Provavelmente isquêmica
• Tipo C:
Provavelmente não isquêmica
• Tipo D:
Definitivamente não isquêmica
EQUIVALENTE ??
13. Dor torácica:Dor torácica: Qual?Qual?
• 15-30% em atendimento de urgência tem SCA.
• Aumentam a probabilidade:
– Dor torácica ou em MSE
– Irradiaçao para reg cervical, ombros e/ou mmss
– Piora aos esforços
– Historia de IAM prévio
– Náuseas, vômitos, diaforese
– B3, PAS <80mmHg, creptantes pulmonares
• Diminuem a probabilidade:
– Dor pleurítica
– Dor posicional
– Dor tipo cortante
– Dor reproduzida com palpação, movimentação do tronco
15. Dispnéia:Dispnéia: Como?Como?
• Aos esforços
• Ortopnéia
– Dispnéia poucos minutos após deitar-se
– Aumento da pressão venocapilar pulmonar
• Dispnéia paroxística noturna (DPN)
– Dispnéia iniciada no sono, após cerca de 2 a 4 horas.
– Súbita e intensa
– Reabsorção do edema em membros inferiores durante o sono
• Com sibilos
16. Dispnéia:Dispnéia: Qual?Qual?
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA NYHA:CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA NYHA:
I – SEM LIMITAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA
II – LIMITAÇÃO LEVE DA ATIVIDADE FÍSICA
ESFORÇOS MAIORES QUE OS HABITUAIS CAUSAM DISPNÉIA
III – LIMITAÇÃO MARCANTE DA ATIV. FÍSICA
ATIVIDADES < HABITUAIS CAUSAM DISPNÉIA
IV – INCAPACIDADE DE REALIZAR QUALQUER
ATIVIDADE SEM DISPNÉIA
SINTOMAS MESMO EM REPOUSO
19. Dispnéia:Dispnéia: Quem?Quem?
• Acurácia no diagnóstico diferencial só com a história clínica varia
de 66 a 92%
• Aumenta probabilidade
– História de cardiopatia
– Sinais de congestão no exame radiológico do tórax
– ECG com fibrilação atrial
– B3 à ausculta cardíaca
• Diminuem probabilidade
– Ausência de cardiopatia
– Ausência de dispnéia aos esforços
– Ausência de estertores
– Ausência de cardiomegalia do exame radiológico do tórax
– Ausência de alterações do ECG
20. SíncopeSíncope
Conceito: perda súbita e temporária da consciência e do
tônus muscular, seguido de recuperação total e
espontânea.
15% das síncopes não têm causa definida
Síncope vasovagal é a causa mais frequente
• Alteração no centro regulador da pressão arterial (sistema
nervoso autônomo) com resposta exagerada do organismo a uma
situação de estresse
Fatores de risco
Idade avançada, alteração cardíaca estrutural ou ECG,
acompanhada de trauma facial, antecedente de MS abortada ou
na família
Etiologia
Cardíaca
Neurológica
Metabólica
22. PalpitaçõesPalpitações
• Caracterização
Descrição do sintoma
Definição do início / fim
Duração
Intensidade
Fatores desencadeantes
Fatores de alivio
Horário
Grau de comprometimento da atividade diária
Ritmo e regularidade
• Aumentam a probabilidade:
Sexo masculino
Cardiopatia conhecida
Regularidade dos sintomas
Ocorrência durante o trabalho ou o sono
23. A PALPITAÇÃO OCORRE? SE SIM, SUSPEITAR
COMO SALTOS OU ARRANCOS
ISOLADOS
EXTRASSÍSTOLES
ATAQUES C/ INÍCIO ABRÚPTO, FC
120, REGURARES OU NÃO
TAQUI PAROXÍSTICA
INDEPENDENTES DOS ESFORÇOS FA, FLUTTER, TIROTOXICOSE,
ANEMIA,FEBRE, ANSIEDADE
EM ATAQUES RÁPIDOS,
INDEPENDENTES DOS ESFORÇOS
HEMORRAGIA, HIPOGLICEMIA,
TUMORES ADRENAIS
CONCOMITANTES AO USO DE
DROGAS
FUMO, CAFÉ, ÁLCOOL, CHÁ,
EFEDRINA, AMNOFILINA, T3, IMAO
EM PÉ HIPOTENSÃO POSTURAL
MULHERES DE MEIA IDADE, COM
SUDORESE E FLUSHES
CLIMATÉRIO
FREQÜÊNCIA NORMAL E RÍTMO
REGULAR
ANSIEDADE
Palpitações:Palpitações: Quem?Quem?
24. Edema
• Acúmulo anormal de líquido no compartimento extra-
celular ou nas cavidades corporais.
• Fisiopatologia:
– Aumento de pressão hidrostática
– Redução da pressão oncótica dentro dos vasos sanguíneos
– Aumento da pressão oncótica nos tecidos
– Aumento da permeabilidade da parede do vaso sanguíneo
– Obstrução da depuração de fluídos pelo sistema linfático
– Mudanças na água de retenção propriedades dos tecidos
propriamente ditos
– Retenção de água e sódio pelo rim
31. Pulso Venoso Jugular
• Posição confortável, com a cabeça relaxada e voltada para
o lado esquerdo
• Cabeceira elevada (45%)
• Boa iluminação (tangencial)
• PVJ = distância vertical entre o cume do pulso venoso
jugular e o ângulo de Louis (VN< 4,5cm).
32. Pulso Venoso Jugular
• Pulsação venosa acima da
clavícula com o paciente
sentado = anormal
• Refluxo abdomino-jugular
• Pulso Paradoxal: queda da
PAS (>10mmHg) na
inspiração.
• Sinal de Kussmaul:
Pericardite constrictiva, ICC
direita, infarto do VD
33. Pulso Venoso Jugular
– Onda A- contração atrial pré-
sistólica
– Onda C- sístole ventricular.
Transmissão contra VT fechada.
– Descenso x- diástole atrial (RI)
– Onda v- enchimento atrial
– Descenso y- abertura da VT.
– A: diminuição da complacência
ventricular (B4, aumento da onda
A)
– B: Insuficiência tricúspide (leve e
grave).
A
B
35. Perfusão periférica
• Parâmetros: temperatura, coloração
e grau de enchimento das
extremidades
• Considerar influência de estímulos
externos
• Causas:
– Cardiogênica: extremidades frias,
cianóticas, enchimento lentificado.
– Sépse: extremidades quentes, coradas,
enchimento vascular lentificado.
36. Pulso Arterial
• Alguns aspectos importantes:
– A percepção das características do pulso arterial
representa a somatória da onda que se propagou em
direção à periferia e da correspondente reflexão.
– Exame do pulso para avaliação da função cardíaca:
pulso carotídeo (preferencial) ou pulso radial.
– O pulso carotídeo não deve ser investigado
simultaneamente, ou antes da ausculta em busca de
sopro.
37. Pulso Arterial - Características
• Frequência:
– Número de pulsações por minuto (comparar com a frequência
cardíaca)
– Déficit de pulso (extra-sístole ventricular, fibrilação atrial)
– Normal: 60-100 ppm.
– Taquisfigmia:
• Situações fisiológicas: exercício, emoção, gravidez
• Estados febris, hipertiroidismo, insuficiência cardíaca, taquicardia paroxística,
miocardite, hipovolemia.
– Bradisfigmia:
• Hipertensão intracraniana, infecções virais, lesão do sistema excito-condutor
(bradicardia sinusal), transtorno na condução do estímulo (BAV)
38. Pulso Arterial - Características
• Ritmo:
– Regular (intervalos iguais) ou irregular (intervalos variáveis)
– Arritmias reconhecíveis ao exame do pulso
( especificidade para o diagnóstico):
• Extra-sístoles ventriculares- falhas na sequencia das pulsações (pausa
compensadora), déficit de pulso.
• BAV de 2º grau
• Fibrilação atrial- completa e constante irregularidade do pulso.
39. Pulso Arterial - Características
• Amplitude (=magnitude):
– Relaciona-se com o grau de enchimento durante a sístole e o
esvaziamento durante a diástole.
– Amplo ou magnus: insuficiência aórtica.
– Pequeno ou parvus (=anacrótico): estenose aórtica.
– Pulso alternante: ICC
– Pulso paradoxal: tamponamento pericárdico, TEP maciço, choque
hemorrágico, DPOC, pneumotórax hipertensivo.
43. Pulso Arterial - Características
• Simetria:
– Comparação da amplitude com o mesmo pulso contralateral.
– Diagnóstico de doenças vasculares periféricas (DAOP,
aneurismas, etc).
44. Avaliação do PrecórdioAvaliação do Precórdio
INSPEÇÃO
Abaulamentos:
–Cardiomegalia ou aneurisma
–Mais relacionado com VD em crianças
Batimento do Ventrículo Direito
Impulsões Sistólicas
Fúrcula esternal: Sinal de Hintz – palpação da aorta na fúrcula esternal
(dilatação ou aneurisma aórtico).
Ictus Cordis
46. Palpação do Ictus CordisPalpação do Ictus Cordis
Localização
Extensão
Amplitude
Duração
Mobilidade
4 ou 5º EICE LHC
Até 2cm (3 no DLE)
Variável
1/3 inicial sístole
1 cm
47. PercussãoPercussão
Valor semiológico limitado
Submacicez à percussão do 2o EID ou esquerdo (normal// som claro-
pulmonar) Dilatação do troco da artéria pulmonar.
Macicez no 2o e 3o EIs que desaparece em posição ortostática
Derrame pericárdico grande (Sinal de Lewis).
48. AuscultaAusculta
Focos ou áreas de ausculta
1. Foco Aórtico ( 2 ºEICD)
2. Foco Pulmonar (2
ºEICE)
3. Foco Tricúspide ( borda
esternal inferior E
4. Foco Mitral ( 5 º EICE)
49.
50. • Borda esternal E – região entre área pulmonar e tricúspide
• Borda esternal D – foco aórtico ao 5º EICD
• Endoápex – área entre foco tricúspide, mitral
• Regiões infra e supraclaviculares D e E
• Regiões laterais do pescoço – pesquisa do sopro de
estenose Aórtica
• Regiões interescapulovertebrais – a esquerda para
auscultar sopro da persistência do canal arterial
Outras áreasOutras áreas
51. Ausculta - LocalizaçãoAusculta - Localização
Dividem-se a sístole e diástole nas seguintes parte:
Protossístole- 1/3 inicial da sístole
Mesossístole- 1/3 médio da sístole
Telessístole- 1/3 final da sístole
Protodiástole- 1/3 inicial da diástole
Mesodiástole- 1/3 médio da diástole
Telediástole - 1/3 final da diástole ( =pré-sístole)
Holodiástole e Holossístole compreedem todo o período
da sístole e da diástole
Contínuo (sisto-diastólico)
54. Bulhas CardíacasBulhas Cardíacas
• B1
- Fechamento das valvas AVs no início da sístole
- Hiperfonese de B1:
- Hiperestimulação adrenérgica (ansiedade, pós-exercício)
- Estenose mitral (fase inicial)
- Síndromes de pré-excitação com intervalos PR curtos
- Hipofonese de B1:
- Estenose mitral (fase tardia)
- Intervalo PR longo BAV 1o grau
- Miocardiopatias
- Uso de beta-bloq.
- ↑ Volume do VE
55. Bulhas CardíacasBulhas Cardíacas
• B1
- Desdobramento de B1:
- Atraso no fechamento da valva tricúspide em caso de BRD (real)
- Outros ruidos:
- Estalido sistólico ejetivo (HAS ou HP)
- B4
56. Bulhas CardíacasBulhas Cardíacas
• B2
- Fechamento das valvas semilunares no início da
diástole
- Hipofonese de B2:
- Estenose valvar
- Hiperfonese de B2:
- HAS (A2)
- Hipertensão Pulmonar (P1)
57. DesdobramentosDesdobramentos
INSPIRAÇÃO
Diminuição da pressão intratorácica
AUSCULTA
Aumento do gradiente de pressão
entre as porções extra e
intratorácicas das grandes veias
Retardo do componente tricúspide
e pulmonar
Maior enchimento do
VD
Alongamento do período
de contração do VD
Desdobramento fisiológico de B2
59. Bulhas CardíacasBulhas Cardíacas
• B3
- Desaceleração brusca da coluna de sangue
contra as paredes ventriculares (fim da fase de
enchimento rápido)
- Pode ser normal em crianças, adolescentes e
adultos jovens
- Quando patológica, traduz diminuição da
complacência ventricular (sobrecarga de volume
ou disfunção de VE)
60. Bulhas CardíacasBulhas Cardíacas
• B4
- Desaceleração da coluna de sangue impulsionada
pelos átrios contra as paredes ventriculares na
contração atrial (fim da diástole).
- Traduz diminuição da complacência ventricular
(sobrecarga de volume ou disfunção de VE).
- Comum na doença isquêmica do coração,
Hipertrofia de VE (HAS ou Estenose Aórtica)
61. Sopros CardíacosSopros Cardíacos
• Caracterização:
Situação no ciclo cardíaco (sistólico, diastólico)
Formato (regurgitativo, ejetivo, ruflar e aspirativo)
Localização
Irradiação:
Mitral – axila,
rutura folheto VM – região subescapular D
Sopro aórtico – região cervical e supraclavicular D
Timbre e frequência (suave, rude, musical)
Intensidade (+ a ++++)
Efeitos de manobras especiais
- Manobra de Pachon (facilita a identificação de fenômenos mitrais)
- Manobra de Rivero-Carvalho (acentua sopros à D)
- Inclinação do tórax para frente (melhora ausculta de focos da base)
- Exercício – hand grip test (intensifica o sopro mitral (estenose mitral)
62. Sopros CardíacosSopros Cardíacos
- Insuficiência de VAVs
- Suave, intensidade constante
- Associado a hipofonese de B1
- Estenose de vias de saída
- Rude
- Formato em diamante
- Estenose de VAVs
- Baixa frequência
- Início após estalido de válvula
mitral
- Insuficiência Válvulas
Semilunares
- Alta Frequência
- Inicia logo após B2
63. Sopros CardíacosSopros Cardíacos
- Insuficiência de VAVs
- Suave, intensidade constante
- Associado a hipofonese de B1
- H05
- Estenose de vias de saída
- Rude, formato em diamante
- H03 (Estenose Pulmonar)
- Estenose de VAVs
- Baixa frequência, início após
estalido de abertura da válvula
mitral
- H04 (Estenose Mitral)
- Insuficiência de VSL
- Alta frequência, inicia logo após
B2
A
B
C
D
64. Outros RuídosOutros Ruídos
• Estalidos:
São ruídos secos, de curta duração, diastólicos, ocorrem
entre a 3ª e 4ª bulhas
Abertura e fechamento de válvula calcificada
• Cliques:
São ruídos agudos, breves, de alta freqüência e notável
intensidade. São sistólicos e podem ser chamados
também de Ruídos de Ejeção
Válvula prolapsando para dentro do átrio (meso-sistólico,
prolapso de válva mitral)
• Ruído pericárdico / Knock
• Ruído (ou rumor) venoso
• Sopro mamário
Notas do Editor
Rouquidão: aumento do AE pressionando o nervo laringeo recorrente.
Sintoma muito frequente
5-10% dos atendimentos em urgência nos EUA.
Em sala de emergência, metade a 2/3 dos pacientes com DT não são de origem cardíaca.
Síndrome Coronariana Aguda (diagnóstico pelo tripé clínica, ECG, enzimas)
Supra de ST= oclusão de coronária (IAM)
Sem supra de ST = Infarto sem supra (alteração de troponina = morte celular)
= Angina instável
A dor relacionada ao sistema cardiovascular compreende a dor isquêmica, pericárdica e aórtica.
MAIS COMUM: RETROESTERNAL, REGIAO ANTERIOR DO TX, queimação
MAIS CLASSICA: PRECORDIAL , MANDÍBULA. constricção ou aperto
MAIS COMUM: RETROESTERNAL, REGIAO ANTERIOR DO TX, queimação
MAIS CLASSICA: PRECORDIAL , MANDÍBULA. constricção ou aperto
SEM DOR (IDOSO, MULHER, DIABÉTICO), MAS FAZ DISPNÉIA, SUDORESE, MAL ESTAR.
SINAL DE LEVINE
- Origem cardíaca: Disfunção do VE ↑ Pressão no AE ↑ Pressão capilar pulmonar transudação de líquidos do capilar para o interstício pulmonar e luz dos alvéolos.
- Origem cardíaca: Disfunção do VE ↑ Pressão no AE ↑ Pressão capilar pulmonar transudação de líquidos do capilar para o interstício pulmonar e luz dos alvéolos.
Lipotímia (perda do tônus postural) e Pré-síncope (sintomas de tontura, escurecimento visual, náuseas, sem perda da consciência).
Baixo fluxo cerebral baixo débito cardíaco arritmia cardíaca
FR: idade &gt; 65 anos, alteração cardíaca estrutural, alteração eletrocardiográfica, trauma facial (após a síncope), história de morte súbita abortada, história de morte súbita na família
90% orígem cardíaca
Convulsão fala contra (apesar de causa cardíaca poder causar)
Acordar rapidamente fala a favor de causa cardíaca (sem período pós-ictal neurológica)
Mulher tem mais palpitação sem correspondência com arritmia.
Diminuem probabilidade:
História de síndrome do pânico
Duração menor que 5 minutos
A veia jugular interna direita comunica-se com o átrio direito quase em linha reta através da veia cava, superior, enquanto que o mesmo não ocorre com a veia jugular interna esquerda, devido à interposição da veia inominada.
Essa transmissão de pressão gera o pulso venoso, que pode ser perceptível em todas as veias jugulares (interna e externa; direita e esquerda), porém, com melhores condições anatômicas de transmissão e com menor atenuação na veia jugular interna direita.
45o: Ângulos menores elevam o pulso para o interior do crânio e ângulos maiores trazem o pulso para o interior do tórax, tornando-o não perceptível em ambas as situações.
Teste da compressão abdominal, refluxo hepato-jugular (compressão por pelo menos 10s, aumento de 3cm da PVJ ou diminuição de 3cm ou mais quando liberada a pressão, mantidos por 15s).
- Kussmaul: Pericardite constrictiva, ICC direita, infarto do VD
pulso paradoxal é definido como uma queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração. É um sinal médico indicativo de diversas condições incluindo tamponamento cardíaco, pericardite, apneia do sono crônica, crupe, e doença obstrutiva dos pulmões, como asma e DPOC.
Tríade de Beck: Hipofonese de sons cardíacos/bulhas ou bulhas/sons cardíacos abafados, hipotensão arterial e Estase jugular.
Insuficiência aórtica
Após compressão da polpa digital, em indivíduos com perfusão periférica, normal, o enchimento é rápido, da ordem de dois a três segundos.
diferenciação das causas do comprometimento da perfusão tecidual. Assim, por exemplo, no contexto do choque cardiogÍnico, pode-se observar extremidades frias, cianóticas e com enchimento lentificado, enquanto, no choque séptico, elas podem ser quentes e coradas, ainda que apresentem, também, enchimento vascular, periférico, prejudicado.
Carotídeo: amplitude e forma aproximam-se mais das caracterÌsticas do pulso aórtico. Palpação suave para evitar desencadear síndrome da hipersensibilidade carotídea (síncope)
Durante a ejeção ventricular, a parede da aorta se distende e gera uma onda que se propaga através de todo o sistema arterial até̀ o nÌvel das arterÌolas. Neste local, devido ‡ acentuada redução do diâmetro dos vasos, existe um aumento importante da resistência oferecida à propagação do fenômeno. É o ponto em que ocorre uma reflexão da propagação do pulso, ou seja, é̀ gerada uma onda de pulso de sentido oposto (da periferia para o centro), dentro do mesmo ciclo cardíaco.
Características básicas a serem avaliadas: frequência, ritmo, simetria, formato, amplitude. Avaliar sempre em 1 min (principalmente em casos de alterações do ritmo).
Nem sempre o número de pulsações periféricas corresponde ao número de batimentos cardíacos (contrações ventriculares ineficazes, que não impulsionam o sangue para a aorta).
Pulso paradoxal: diminui de intensidade ou desaparece com a inspiração (queda superior a 10mmHg na PS durante a inspiração).
pulso bisferiens é mostrado, na Tabela I, como um dos três tipos de pulso de duplo pico. A alteração de seu contorno é uma caracterÌstica fundamental para sua caracterização. Porém outras características devem ser ressaltadas: È um pulso de elevação e descenso rápidos, decorrentes da grande quantidade de volume ejetado e do volume regurgitante, respectivamente, na insuficiÍncia aórtica, grave; e possui amplitude aumentada, decorrente, também, do grande volume ejetado. Essas alterações podem ser percebidas ao longo de todo o sistema arterial.
Movimento anterior sistólico da válvula mitral redundante (miocardiopatia hipertrófica).
Exame dos pulsos como reflexo da função cardíaca é realizado preferenciamente na artéria carótida.
Temporal (suspeita de arterite temporal).
Difícil percepção ao exame físico.
Abaulamentos:
Cardiomegalia ou aneurisma
Mais relacionado com VD em crianças
Impulsão de mesocardio (dilatação do VD)
Pode se tornar não palpável nos casos de derrame pleural, enfisema pulmonar e obesidade
Bastante impulsivo com pequena extensão nos casos de hipertrofia ventricular e globoso quando sentimos pouca impulsividade, mantendo bastante tempo sob nossa mão e com extensão superior a 3 cm, como nas dilatações do ventrículo esquerdo.
Em pacientes com insuficiência da valva aórtica, devido a grande dilatação e hipertrofia do ventrículo esquerdo, o ictus cordis assume a característica hipercinética, ou seja, é bastante impulsivo e com grande extensão.
Período sistólico (pequeno silêncio)
Período diastólico (grande silêncio)
Síndromes de pré-excitação com intervalos PR curtos: a SV inicia sem que o átrio esteja completamente esvaziado (fechamento brusco)
Intervalo PR longo (BAV 1o grau): as valvas AV permanecem abertas até que o estímulo chegue aos ventrículos e a contração feche completamente as valvas. As cúspides se aproximam pela diferença de pressão.
Estenose mitral
Estenose mitral
Estenose mitral
Estenose mitral
Estenose mitral
Sequência:
A
C
B
H11 PDA
H07 Galope B3 (FT)
Mulher grávida ou puérpera (fluxo sanguíneo aumentado na mama).