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Editorial 
Albert Einstein disse, certa vez, que o seu ideal político 
seria a democracia para que todo o homem fosse 
respeitado como indivíduo e nenhum venerado. Trecho de 
um texto judaico revelou que se as pessoas não 
respeitassem os seus pais, os filhos não iriam respeitá-las. 
Já Clarice Lispector disse, um dia, que se alguém a 
achasse esquisita, era preciso respeitá-la, porque até ela 
foi obrigada a respeitar-se. E o que representa tudo isso? 
Todos falam sobre a importância do respeito para se viver 
bem em sociedade. Uma de nossas matérias desta edição 
reforça a ideia de que a crise de desrespeito que estamos 
vivenciando nos últimos tempos, apenas reflete o atual 
estado de nossa sociedade, perdida em seus paradigmas e 
valores, sem saber exatamente em que acreditar e o que 
valorizar. Na reportagem “Mais respeito, por favor”, 
especialistas falam e incentivam os leitores a ter uma 
atitude respeitosa pelo ser humano e ser mais feliz. 
11 
Urologista orienta sobre a cólica renal, 
uma causa não obstétrica mais comum 
para internação hospitalar durante a 
gestação 
Agência O Globo 
24 
A rica diversidade e o 
sossego da Ilha de Marajó, 
banhada por mar e rio 
12 
Caco Ciocler fala sobre o personagem 
que irá fazer em "Boogie Oogie" 
(Globo) e sua estreia como cineasta 
Poesia 
Um sonho de paz 
Certa vez tive um lindo sonho, 
sonhei com o mundo em paz. 
No universo só haviam amigos 
e guerras não haviam mais. 
Todos se ajudavam. 
Ninguém sentia pavor 
de ouvir estampidos e gritos. 
Haviam acabados o sofrimento e a dor. 
Ah! É pena que foi quimera. 
Pois no coração humano, predomina a guerra. 
Que é a pior de todas as feras. 
A vida era só de euforias, 
as multidões faziam correntes 
e sorrindo, emanavam alegria, 
brotando do amor as sementes 
Foi um sonho lindo, perfeito, 
algo como ele jamais me aconteceu. 
E quando acordei, senti em meu peito, 
a mão do Cristo, o filho de Deus. 
JoãoPrezado 
Agência O Globo 
Turismo 
Edvaldo Santos 
Televisão 
Lei universal da 
boa convivência 
Rui Nogueira 
Barbosa 
DIÁRIO DA REGIÃO 
Diretor de Redação 
Décio Trujilo 
decio.trujilo@diariodaregiao.com.br 
Editor-chefe 
Fabrício Carareto 
fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br 
Coordenação 
Ligia Ottoboni 
ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br 
Editor de Bem-Estar e TV 
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Pesquisa de fotos 
Mara Lúcia de Sousa 
Diagramação 
Cristiane Magalhães 
Tratamento de Imagens 
Edson Saito, Luciana Nardelli 
e Luis Antonio 
Matérias 
Agência Estado 
Agência O Globo 
2 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Comportamento 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 3 
Tristeza precisa 
ser controlada 
Entenda a depressão e suas causas para minimizar seu efeito 
Elen Valereto 
elen.valereto@diariodaregiao.com.br 
Os números são gritantes quando mos-tram 
quantas pessoas estão sofrendo de de-pressão: 
são cerca de 350 milhões em todo o 
mundo. Apesar da alta estatística, a triste notí-cia 
é que milhares - talvez milhões - nem sa-bem 
que têm o problema que, senão tratado, 
pode provocar até a morte por suicídio. 
A depressão é desencadeada por motivos 
diferentes. Uma frustração e um estresse em 
relação ao trabalho, por exemplo, podem ser 
recebidos de maneiras distintas exatamente 
pela história pessoal, pela cultura familiar e pe-la 
segurança emocional. Assim como a perda 
de um ente querido, a rejeição amorosa ou a 
reprovação em uma prova. 
Da mesma forma, a interferência gené-tica 
tem grande peso, informa o psicólogo 
Fábio Roesler, especialista em neurofeed-back 
e análise aplicada do comportamento, 
de São Paulo. “Os fatores genéticos atuam 
conjuntamente, por exemplo, com duas 
pessoas enfrentando o mesmo tipo de tra-balho. 
Uma delas pode desenvolver depres-são, 
pois ocorre devido a uma predisposi-ção 
genética que um deles tem e o outro 
não”, diz. 
Quando deprimidas, os sintomas mais 
comuns das pessoas são o isolamento so-cial, 
a apatia, os pensamentos negativos e 
pessimistas, a perda de vontade por ativida-des 
prazerosas, a tristeza sem motivo, a al-teração 
de humor, a negligência com a saú-de 
e aparência, entre outros. 
Mas, afinal, o que está acontecendo? O 
que precisa ser feito a respeito para modifi-car 
essa situação? 
O encaminhamento para um profissio-nal 
psiquiatra, a introdução de medicamen-tos 
e o encaminhamento à psicoterapia é o 
roteiro padrão. Apesar disso, a questão é 
que muitas dessas pessoas não têm ideia do 
que está acontecendo com elas e culpam a 
vida ou acusam quem está mais próximo 
como culpadas por “tudo de errado” e/ou 
“falta de sorte” delas. 
Para Roesler, algumas pessoas não sa-bem 
que têm depressão porque não têm co-nhecimento 
do padrão funcional dessa pa-tologia. 
Primeiro porque acreditam que a 
tristeza sentida é normal e vai passar, mas 
também não aceitam que podem estar 
doentes. Isso porque há negação a respeito 
de doenças psiquiátrico e psicológicas. 
“Nos casos em que ocorre essa negação 
é preciso conscientizar o paciente de que 
sua condição é análoga a qualquer outro ti-po 
de doença, mesmo não sendo detectada 
em exames. Explicar-lhe sobre os sintomas 
e recorrer a sua memória anterior à doen-ça, 
para que ele compare e veja a diferença 
entre o que era e o que é agora com a de-pressão”, 
orienta o psicólogo. 
A ideia da necessidade de perfeição di-fundida 
na sociedade é um dos motivos 
que provoca a infelicidade e a frustração de 
não fazer parte do grupo. Como é inquieto, 
o ser humano naturalmente somente obser-va 
o que ainda falta ou o que está errado. 
Faz comparações com o que está acima de-le 
e sente-se inferior. 
“É mais fácil comparar a nossa vida vis-ta 
de fora com a dos outros, que parecem es-tar 
acima de nós. A realidade é justamente 
o contrário: as pessoas mais felizes são as 
que manifestam gratidão por tudo o que 
têm”, diz a autora do livro “O que falta pa-ra 
você ser feliz”, Dominique Magalhães. 
Quando a infelicidade atinge grande 
proporção, fica a sensação de desesperan-ça, 
sem saída para o sofrimento emocional. 
Todo esse acúmulo chega a desenvolver a 
depressão, o pensamento de falta de mere-cimento, 
o abalo da fé e a falta de força pa-ra 
pedir ajuda. 
“É claro que não se pode ignorar o peso 
da genética, hereditariedade e química 
cerebral, mas uma vida plenamente vivi-da 
é a melhor forma de prevenir uma 
tendência depressiva de se manifestar. 
Ao detectar um comportamento depres-sivo, 
os parentes e amigos podem se mo-bilizar 
para ajudar essa pessoa”, explica 
a escritora.
4 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO 
MAIS RESPEITO, 
POR FAVOR 
Especialistas revelam aos leitores a importância do respeito às diferenças de cada pessoa e 
reforçam a ideia de que o respeito pelo outro é caminho para uma sociedade mais feliz 
Gisele Bortoleto 
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br 
É fácil, no cotidiano, encontrar 
exemplos de falta de respeito. Pessoas fa-lando 
ao celular durante cerimônias reli-giosas, 
motoristas estacionamdo seus 
carros em vagas destinadas a idosos e de-ficientes 
físicos, homens que descem do 
carro e agridem mulheres ao serem fe-chados 
no trânsito, comentários ofensi-vos 
nas redes sociais diante de tragédias 
ou simplesmente porque não gostam de 
uma foto e até colegas que comemoram 
em grupos a demissão de um desafeto. 
Outros casos? Bullying de todas as 
espécies (contra pessoas acima do peso, 
magras demais, homossexuais e ne-gros), 
som alto ligado no último volu-me, 
pessoas furando filas de banco, fi-car 
com o troco devolvido errado ou ob-jetos 
que não lhe pertencem, pessoas 
que atiram o lixo pelas janelas dos car-ros 
e até pessoas que quebram imagens 
de santos por não concordar com a utili-zação 
dos símbolos. 
O fato é que o ser humano perdeu to-talmente 
o respeito pelo próximo em to-das 
classes sociais, em todos os senti-dos, 
e em todos os lugares, como nas es-colas, 
nas ruas, no trabalho, na vizinhan-ça 
e no próprio lar entre os casais. Pais e 
filhos, irmãos e amigos parecem não se 
entender. Enfim, a falta respeito entre 
as pessoas. 
O respeito demonstra um sentimen-to 
positivo de estima por uma pessoa ou 
para uma entidade (como uma nação e 
uma religião) e também ações especifi-cas 
e condutas representativas daquela 
estima. Também pode ser um sentimen-to 
específico de consideração pelas qua-lidades 
reais do respeitado ou conduzi-do 
de acordo com uma moral específica 
de respeito. Ser rude é considerado 
uma falta de respeito (desrespeito), en-quanto 
que ações que honram a al-guém 
ou a alguma coisa são considera-das 
respeito. 
Morais específicas de respeito são 
de importância fundamental para mui-tas 
culturas. Respeito por tradições e 
autoridades legítimas são identificadas 
pelo professor-assistente de psicologia 
na University of Virginia, nos Estados 
Unidos, Jonathan Haidt como um dos 
cinco valores morais fundamentais 
compartilhados para um maior ou me-nor 
por sociedades e indivíduos diferen-tes. 
Respeito não deve ser confundido 
com tolerância porque tolerância não diz 
necessariamente nenhum sentimento po-sitivo, 
e não é compatível com desprezo, o 
contrário de respeito. 
Apalavra respeito vem do latim respi-cere 
que significa olhar para trás. Isso evo-ca 
a ideia de julgar alguma coisa em rela-ção 
ao que foi feito quando é valoroso ser 
reconhecido. Além, a noção de respeito 
implica que pode ser aplicado para uma 
pessoa que fez algo certo, mas também pa-ra 
qualquer coisa afirmada no passado co-mo 
uma promessa, a lei. Isto também é 
porque na maioria dos idiomas, o respeito 
deve ser merecido. 
Maso que dizer diante de tanto desres-peito 
pela vida humana? O que é preciso 
fazer para introduzir o respeito entre nós, 
de modo generalizado? “Sabemos que 
uma sociedade só se constrói e dá um sal-to 
para relações minimamente humanas 
quando instaura o respeito de uns para 
com os outros”, diz o teólogo Leonardo 
Boff, autor do livro “Convivência, Respei-to, 
Tolerância”, (editora Vozes). 
O respeito, como o disse o psicanalis-ta 
inglês Donald Woods Winnicott (189 
6-1971), nasce no seio da família, especial-mente 
da figura do pai, responsável pela 
passagem do mundo do eu para o mundo 
dos outros que emergem como o primei-ro 
limite a ser respeitado. Um dos crité-rios 
de uma cultura é o grau de respeito e 
de autolimitação que seus membros se im-põem 
e observam. Surge, então, a justa 
medida, sinônimo de justiça. “Rompidos 
os limites, vigora o desrespeito e a imposi-ção 
sobre os demais. Respeito supõe reco-nhecer 
o outro como outro e seu valor in-trínseco 
seja pessoas ou qualquer outro 
ser”, completa Boff. 
Dentre as muitas crises atuais, Boff 
considera a falta generalizada de respeito 
seguramente uma das mais graves.Odes-respeito 
campeia em todas as instâncias 
da vida individual, familiar, social e inter-nacional. 
Por esta razão, o pensador búlga-ro- 
francês Tzvetan Todorov em seu re-cente 
livro “Omedo dos bárbaros”( edito-ra 
Vozes), adverte que se não superarmos 
o medo e o ressentimento e não assumir-mosa 
responsabilidade coletiva e o respei-to 
universal, não teremos como proteger 
nosso frágil planeta e a vida na Terra já 
ameaçada. 
Osseres humanos se focaramemques-tões 
materiais e sua essência se tornou al-go 
secundário. Houve um desvio de seu 
norte. “O respeito é fundamental para a 
vida em sociedade, onde os seres huma-nos 
aprendem a se respeitar, surge um es-pírito 
de cooperação que permite a todos 
crescerem juntos, auxiliando-se no que 
for necessário”, diz artigo o professor e es-critor 
Maro Schweder, autor dos livros 
“Caminhos para a Luz “, “Como Reen-contrar 
a Paz de Espírito” e o “O Desper-tar 
da Espiritualidade” ( todos pela edito-ra 
Giostri) 
Ocorpo social só tende a ganhar deste 
modo, mostrando que é da união que sur-gem 
as grandes construções sociais e cul-turais. 
Mas o contrário se dá onde o des-respeito 
se estabelece entre as pessoas. Ali 
desaparecem as bases sobre as quais o cor-po 
social se apoia. “Não é de estranhar 
que deste modo às relações existentes se 
enfraqueçam cada vez mais, não permitin-do 
que uma construção conjunta se dê”, 
explica Schweder. Muito antes a desinte-gração 
se inicia, minando o que foi cons-truído 
até então, pelo labor e o empenho 
das gerações passadas. 
Esta é a realidade no mundo atual. As 
construções culturais das gerações passa-das 
encontram-se em perigo, porque as 
novas gerações, devido aos valores cultiva-dos, 
não conseguem valorizar o que o pas-sado 
lhes legou. “Olham com estranha-mento 
para a herança recebida, não com-preendendo 
minimamente o seu signifi-cado”, 
explica Schweder.Eentre esses va-lores 
perdidos, encontra-se em primeiro 
lugar o respeito. Eis algo que os jovens de 
hoje sabem cada vez menos, demonstran-do 
sua falta de consideração pelo próxi-mo. 
Não é à toa que o mundo vem se tor-nando 
tão violento. Por mais que se afir-meque 
o serhumano evoluiu nesse aspec-to, 
transformando-se numa criatura 
mais dócil e civilizada, a experiência 
mostra que não é bem assim. 
Emtermos de valores as novas gera-ções 
encontram-se vazias- ressalta 
Schweder - não possuem as noções mí-nimas 
necessárias para o convívio so-cial. 
Não é à toa que a paz social seja 
uma questão tão delicada atualmente. 
Onde o desrespeito se estabelece, tor-na- 
se difícil alcançá-la. Por si só não 
tem como surgir. “É resultado de uma 
forma de conceber o mundo, a qual os 
jovens não aprenderam, em sua maio-ria. 
Em termos de valores as novas ge-rações 
encontram-se vazias. Não pos-suem 
as noções mínimas necessárias 
Atitude
para o convívio social. Não é à toa que a paz 
social seja uma questão tão delicada atual-mente”, 
critica o professor. Onde o desres-peito 
se estabelece, torna-se difícil alcançá-la. 
Por si só não tem como surgir. É resulta-do 
de uma forma de conceber o mundo, a 
qual os jovens não aprenderam, em sua 
maioria. 
Quem não respeita o seu semelhante 
é porque perdeu algo dentro de si. Depa-ra- 
se com uma lacuna existente em seu 
íntimo, a qual não lhe permite observar a 
vida como ela é, mas como surge em sua 
mente desviada dos rumos da existência. 
É a perda dos valores que conduz a isso, 
fazendo surgir um esvaziamento ético 
que conduz ao maucaratismo, praticado 
abertamente nos dias de hoje. 
O desrespeito tornou-se a regra em nos-so 
tempo. Notadamente entre as novas gera-ções, 
seja entre os seus próprios integran-tes, 
ou em relação aos que pertencem às ge-rações 
mais antigas. Como não dispõem de 
valores adequados, que nem chegam a dis-cernir 
o certo do errado, confundindo as 
coisas indiscriminadamente. 
“Esta crise de desrespeito que estamos 
vivenciando nos últimos tempos apenas re-flete 
o atual estado de nossa sociedade, per-dida 
em seus paradigmas e valores, sem sa-ber 
exatamente em que acreditar e o que va-lorizar”, 
diz Regiane Martins, master exe-cutive 
coach. Uma sociedade sem valores 
fortes e nobres o bastante para sustentá-la 
de forma saudável, acaba por apresentar se-quelas 
e epidemias malignas que vão cor-roendo 
suas partes saudáveis, e o desrespei-to 
é uma delas. 
Respeito é uma lei universal de boa con-vivência, 
sendo ele o pai dos demais direi-tos 
e valores: é o respeito à liberdade que ga-rante 
a liberdade, o respeito à vida que pode 
garantir a vida, e assim por diante. Seria 
simples se tivéssemos padrões mais claros 
sobre o que realmente importa para nós en-quanto 
indivíduos, enquanto pais, educado-res 
e cidadãos. 
“Outro dia ouvi uma brilhante professo-ra 
já aposentada contando que perguntou 
aos responsáveis pela direção da escola:’ - 
que tipo de pessoa vocês querem que eu for-me? 
Me digam e eu o farei. Mas eles não dis-seram”, 
complementa Regiane. Na verda-de, 
respeito se aprende em casa, na escola, 
na televisão, nos filmes, com exemplo e não 
com discursos prontos. Aliás, nunca é de-mais 
lembrar que palavras convencem mas 
o exemplo arrasta. E talvez nós não esteja-mos 
fazendo nosso melhor dever de casa 
neste aspecto. O que temos ensinado a nos-sos 
filhos, alunos e eleitores? Que tipo de lí-der 
temos sido para eles? Vejo que a solução 
é composta por um trinômio: valores, edu-cação 
e exemplo. “Exemplo de resgate da es-sência 
do respeito. Respeito por mim mes-mo, 
pelo outro, pela minha cidade, pela so-ciedade 
e pela minha Nação”, diz Regiane. 
“Por mais que eu não concorde o seu di-reito 
de viver e de agir, eu preciso defen-der 
a sua dignidade. O que estamos ven-do 
acontecer atualmente, essa intolerân-cia 
das pessoas, essa violência. Não pode-mos 
continuar admitindo que os precon-ceitos 
gerem esses comportamentos. 
Uma coisa é você não concordar com a 
maneira com que o outro escolheu de vi-ver. 
Cada um tem o direito de pensar à 
sua maneira. Agora, agredirmos fisica-mente 
ou usarmos da nossa posição para 
humilhar, falar mal, desumanizar o outro 
com nosso discurso?”, diz o padre Fábio 
de Melo, autor de livros como Quem me 
Roubou de Mim?”, “É Sagrado Viver” 
(ambos pela editora Planeta) e “Tempo: 
Saudades e Esquecimentos” (editora Pau-linas). 
Falta a postura de respeito. É preci-so 
olhar para todos e respeitá-los como 
ser humano. 
Saudável é agir para tentar ajudar e 
mobilizar-se para que o outro tenha a pos-sibilidade 
de mudar de vida. Agredir, fa-zer 
piadas e criar violêcia, não. “Em mo-mento 
nenhum podemos permitir que es-sa 
atitude cresça no nosso meio. Antes de 
tudo, temos de ter uma atitude respeitosa 
pelo ser humano”, complementa. Você 
não precisa concordar com o roubo, com 
a mentira, a injustiça. Mas olhar com dig-nidade 
para aquele que cometeu tudo isso 
porque somente a partir do olhar que o 
faz recordar que ele tem dignidade, é que 
faz com que o faz recordar que ele tem 
dignidade é que ele pode encontrar 
forças dentro dele para modifi-car 
seu comportamento.  
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 5
Comportamento 
GUARDADO A 
SETE CHAVES 
Todos temos, em alguma proporção, um segredo muito bem escondido. 
Alguns contados, outros não. Mas, isso é algo positivo? 
Gisele Bortoleto 
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br 
Todos nós temos algum segredo. 
Aquele que não vai ser revelado nunca à 
melhor amiga, ao padre e ao psicólogo. 
Não significa necessariamente que seja al-go 
que precisamos esconder, mas que não 
será dividido por ser uma coisa só nossa. 
Pode ser uma mania, o desejo de se vingar 
de alguém,umafantasia,umromance proi-bido 
ou um passado nebuloso. As varian-tes 
são tantas, que poderiamos ficar por 
um bom tempo listando. Muitas vezes as 
pessoas escondem as coisas por medo de se-rem 
mal interpretadas ou julgadas, mas o 
fato é que é normal guardarmos para nós o 
que não queremos dividir com os outros. 
De fato, existem segredos que as pes-soas 
evitariam contar até mesmo para seu 
reflexo no espelho. Geralmente são com-portamentos 
e pensamentos que, no julga-mento 
dessas pessoas, trariam complica-ções 
ou estigmas”, explica o psicólogo cog-nitivo- 
comportamental Alexandre Cáprio. 
Para compreender melhor as motiva-ções 
básicas que levam as pessoas a guar-dar 
segredos, precisamos considerar al-guns 
aspectos. O primeiro é o legal. 
Existem pessoas que fazem coisas erra-das 
com o propósito de atender seus im-pulsos, 
não importando o prejuízo so-cial 
que gere. Nesse caso, o segredo é 
um respaldo para continuarem pratican-do 
o ato, como por exemplo, um crime. 
“A pedofilia e o tráfico de drogas estão 
enraizados em nossa sociedade e são di-fíceis 
de serem combatidos justamente 
porque o praticante oculta seus rastros. 
Trata-se de um sujeito consciente, que 
sabe que se comporta de forma inaceitá-vel 
para sua sociedade, mas que não 
quer abandonar nem a sociedade, nem a 
prática do atos”, complementa. Essas 
pessoas mantém segredo com o único 
propósito de se esquivar de uma puni-ção. 
Rompem os direitos alheios em de-trimento 
dos próprios desejos. 
Em uma esfera diferente desta, exis-te 
o segredo mantido por arrependi-mento. 
O indivíduo pode ter feito al-go, 
em determinado momento da vida 
que o envergonhe e do qual não quei-ra 
mais se lembrar. Nesse caso, o segre-do 
é uma pedra que se coloca em cima 
do acontecimento, uma tentativa de en-terrar 
o passado. Trata-se de sentenciar 
e de condenar a si mesmo por algo que 
tenha acontecido. 
Em uma linha parecida, mas ainda 
mais tênue, temos os pensamentos e 
comportamentos que não geram prejuí-zos 
a terceiros, mas são considerados 
inadequados, estranhos ou bizarros. 
Nesse caso temos um leque de possibili-dades 
tão grande quanto a imaginação 
humana. “Uma senhora pode, por exem-plo, 
ter lampejos de imagens de sexo no 
culto de sua igreja e sentir-se extrema-mente 
envergonhada, incapaz de contar 
isso para qualquer outra pessoa, como 
se isso revelasse uma impureza imper-doável. 
Um rapaz que, em algum mo-mento 
da infância, desejou que os pais 
desaparecessem, pode desenvolver um 
sério trauma futuro em caso de separa-ção 
ou até mesmo se um deles vier a fale-cer. 
Tudo depende do quão sério ou de-turpado 
é o seu pensamento, de acordo 
com seu próprio julgamento”, explica 
Cáprio. 
“Algumas pessoas se envergonham 
de coisas perfeitamente normais, que 
muitas outras pessoas pensam, mas não 
dizem. Com muita facilidade, nos julga-mos 
com severidade e exigimos muito 
de nós mesmos”, ressalta Caprio. Tenta-mos 
criar uma imagem próxima à perfei-ção, 
como se tentássemos parecer um 
manequim, com seu sorriso permanen-te 
e estático no rosto. Condenamos nos-sas 
falhas, nossos erros e nossos instin-tos 
como se eles fossem ruins. Tenta-mos 
bani-los e enterrá-los, ao invés de 
vê-los com naturalidade e de aprender 
com eles. “Negamos o que considera-mos 
pior e expomos o que considera-mos 
melhor, como se pudéssemos real-mente 
ter uma visão neutra de nossas 
qualidades e fraquezas. Criamos uma 
forma tão artificial de ser e pensar que 
nos sentimos culpados quando nosso es-tado 
humano derrapa ou se desvia desse 
ideal. “Então colecionamos segredos de 
quem fomos, de quem somos e do que 
seremos, como se a vida fosse uma mera 
prestação - ou ocultação - de contas, e 
não uma grande oportunidade de ser-mos 
únicos, de sermos nós mesmos e, 
claro, sermos felizes”, diz Caprio. 
O psiquiatra Eduardo Ferreira-San-tos 
explica que não se compartilha tudo 
nas relações. “Nela existe o eu, o tu e o 
nós, e as pessoas têm de ter isso muito 
bem organizado intimamente e enten-der 
que o eu é fundamental para a vida 
de cada um, já que nele estão nossos ge-nuínos 
pensamentos, sentimentos, dese-jos, 
sonhos, manias, fantasias, deva-neios 
e, claro, segredos”, diz. 
Durante anos de convivência clínica em 
psiquiatria,WilsonDaherouveas pessoas di-zeremquetêmumsegredoguardadohámui-tos 
anos e que ele seria o primeiro aquemse-ria 
revelado.“Oquemeleva a crerqueumse-gredo 
é sagrado e só pode ser revelado quan-do 
a pessoa não suporta mais o peso que o se-gredo 
representa durante tantos anos e então 
precisa compartilhá-lo com alguém em 
quem deposita a absoluta confiança de que a 
revelação não será passada adiante”, diz. 
Mas na vida cotidiana as coisas ficam 
mais complicadas. Por que a manuten-ção 
do segredo? A pessoa o esconde dos 
outros ou de si mesmo? E por que existe 
o segredo? “Penso que existe porque 
existem normas e o segredo será sempre 
fruto da quebra de normas estabeleci-das 
pela cultura em que a pessoa vive”, 
complementa Daher. 
Trair o parceiro ou a parceira é fruto 
do desejo de novas experiências e não se 
constituiria em segredo (pecaminoso) 
se as normas sociais e religiosas de sua 
cultura não catalogasse esta atitude co-mo 
um desvio. E se é um desvio a pes-soa 
sabe que faz o que seu desejo pede 
mas sabe tambem que, ao mesmo tempo 
que o desejo pede, a norma impede. “E 
se eu faço o que a norma impede, o que eu 
faço se torna secreto (segredo)”, explica 
Daher. 
Emoutras ocasiões, o segredo não é fru-to 
de normas estabelecidas, mas de auto-censura 
provocada pelo medo de provo-car 
situações traumáticas, como aconte-ce 
em casos em que os pais não biológi-cos 
transformam em segredo a adoção. 
Por mais amor que exista neste gesto, é 
muito perigoso deixar que o adotado 
descubra por si mesmo este segredo que 
não deveria ser segredo. 
Manter seus próprios segredos é uma 
forma de se proteger. “Nossa sociedade, 
nossa família e nossa consciência nos di-zem 
como deveríamos ser no ideal. Quan-do 
fazemos algo fora deste contexto ideal, 
nossa mente sente vergonha por medo de 
ser excluído”, diz a psicóloga Karina Ro-drigues 
E assim escondemos do mundo a 
verdade. Seja um aborto, seja um amante, 
ou qualquer coisa pela qual seremos julga-dos. 
Guardar uma informação só para si 
em geral faz mal. “Gerações e gerações de 
famílias são geralmente afetadas as vezes 
por um segredo. Contar e se livrar do peso 
6 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
de uma informação que só 
você conhece é um alívio. 
Falar de nós mesmo e dos 
outros e colocar pra fora o 
que estamos “vivendo” ou 
vendo, estamos automatica-mente 
elaborando aquele 
conteúdo”, complementa. 
Essa necessidade é tão gran-de, 
que é por esse motivo que 
sonhamos diariamente. 
Mas, afinal, o que é o cer-to: 
conviver bem com seus 
segredos ou saiu espalhan-do 
tudo por aí? Para espe-cialistas, 
a confissão tem 
poder libertador. Muitos 
acreditam que o fato de 
contarmos nossas histó-rias 
mais secretas pode le-var 
a uma catarse: ao ou-virmos 
nossas próprias reve-lações, 
a situação pode não nos pa-recer 
tão ruim assim. 
Abrir o coração 
“Isso faz bem e devemos considerar 
contar a alguém o mal que nos aflige, 
abrir o coração para uma pessoa em 
quem confia. Certamente temos alguns 
segredos que não queremos contar a nin-guém, 
mas manter muitos segredos faz 
mal ao próprio organismo. Não deve-mos 
ser um livro fechado, cheio de se-gredos 
irreveláveis”, diz o consultor in-ternacional 
Roberto Sakay Beco. 
Como ensina James Pennebaker, 
professor da Universidade do Texas, 
nos Estados Unidos, a expressão das 
nossas emoções pode nos curar, trazer o 
bem estar físico e emocional. Ao guar-dar 
muitos segredos, esse ato de inibi-ção 
dos pensamentos faz mal ao corpo, e 
já sabemos disso, pois ao falar com al-guém 
sobre um assunto que nos angus-tia, 
essa aflição parece se atenuar. 
Na mesma proporção que o medo, o 
preconceito muitas vezes impede as pes-soas 
de serem transparentes. Por isso, 
acaba existindo um critério de seleção do 
confidente, uma vez 
que as pessoas buscam a 
cumplicidadedequemouve.Mas, 
sevocêquermanteraprivacidadedoseu 
segredo,ébomconhecerfrasedoex-presiden-te 
Tancredo Neves (1910-1985) quando al-guém 
tentou lhe contar um segredo que nin-guémpoderia 
saber: “Então nãomeconte. Se 
você, que é o dono do segredo, não consegue 
guardá-lo, imagine eu.” 
Quando o segredo é aberto para al-guém, 
ele perde sua característica. “Se-gredo 
entre dois não é mais segredo”, 
afirma o psiquiatra e psicanalista Luiz 
Alberto Py, autor dos livros “Saber 
Amar”, “A Felicidade é Aqui”, “Olhar 
Acima do Horizonte”, “Amor e Supera-ção” 
(todos pela editora Rocco). 
Segundo Py, há uma necessidade psico-lógica 
interna de termos a privacidade com 
alguma coisa. Segredo é aquilo que chama-mos 
de segredo.A melhor maneira é não se 
preocuparemrotular as coisas que sabemos 
de segredo. 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 7 
Respeito à individualidade 
Preservar segredos nas relações a 
dois mantém a individualidade. Geral-mente 
marido ou mulher ficam descon-fortáveis 
porque o cônjuge tem um se-gredo 
porque não entende que existe es-sa 
necessidade. “Tem uma hora em que 
a pessoa quer ficar sozinha consigo mes-ma, 
não quer abrir para o outro. Temos 
necessidade desse refúgio psicológico”, 
diz Py. Se as coisas estão bem entre as 
pessoas não há necessidade de levantar 
poeira, bagunçar a vida. “A revelação de 
um segredo pode ser muito explosivo, 
desconfortável”, diz Py. Assim como 
não é justo com o outro xeretar a pasta 
de trabalho, o celular, o e-mail. Isso é in-vasão 
de privacidade gerada pelo medo 
e pela insegurança. E uma relação sem 
confiança não é válida. 
Penseemajuda especializada 
“Se você tem a necessidade de reve-lar 
o seu segredo, sempre existe a possi-bilidade 
de procurar um terapeuta que 
vai trabalhar isso”, ressalta Py. E desco-brir 
porque tem tanta dificuldade em se 
abrir, porque determinada situação está 
tão valorizada. 
“É importante também que caso não 
esteja ainda preparado para enfrentar a 
sociedade ou uma pessoa em especial pa-ra 
quem realmente deve contar o segre-do, 
que o indivíduo procure por terapia, 
para buscar força e amparo para se sen-tir 
bem consigo mesmo e para que consi-ga 
de forma livre se expressar”, diz Kari-na 
Rodrigues
Não podemos nos sentir 
plenos enquanto não 
tornamos real a 
consciência das nossas 
necessidades, desejos 
e capacidades 
8 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO 
Gisele Bortoleto 
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br 
A maioria das pessoas parece achar 
que precisa de um(a) amigo(a) ou um(a) 
para completá-las. Quando estão sozi-nhas, 
tendem a ficar deprimidas. É co-mo 
se precisassem de alguém por perto 
para fazer as coisas acontecerem, caso 
contrário, pareceriam estranhas diante 
dos outros e para si mesmas. Ninguém es-tá 
questionando a importância de manter 
boas amizades. São fundamentais. Mas, 
sempre que precisamos de alguém para 
conversar é a nós mesmos que devemos 
nos dirigir. Nossa alma interior nos dá as 
respostas precisas às nossas perguntas. Po-demos 
perguntar sobre nossas ações, neces-sidades, 
desejos e capacidades. E ficamos 
com as respostas e a razão. A única coisa 
que precisamos para fazer isso é ter honesti-dade 
consigo mesmo. 
Em vez de buscar encontrar alguém 
que tenha as mesmas qualidades que vo-cê 
ou seja quase como você, você irá se 
divertir mais quando puder desfrutar 
da sua própria companhia. A maioria 
das pessoas acha difícil acreditar nisso, 
mas você irá se beneficiar muito consi-go 
mesmo e ganhará uma boa dose de 
autoestima, não importa onde esteja. 
A interação social é sem dúvida ne-nhuma 
de grande importância para 
uma pessoa. “Porém, nada mais seguro 
do que escutarmos a pessoa que mais 
nos conhece: nós mesmos”, explica psi-cóloga 
Karina Rodrigues. Todos os 
grandes sábios e filósofos pregaram a 
máxima: “conhece-te a ti mesmo”. 
Quando conseguimos calar um pou-co 
as vozes exteriores, podemos nos vol-tar 
para nós mesmo e entender o que 
nós realmente queremos para a nossa vi-da. 
E não se engane, estamos o tempo to-do 
falando com nós mesmos. “Sonhos, 
intuições e até doenças nada mais são 
do que maneiras de nosso corpo e nossa 
mente tentar comunicar algo”, comple-menta. 
Dar atenção ao que seu corpo e 
sua mente estão falando é sinal de matu-ridade 
e certamente nos levará ao cresci-mento 
pessoal. Meditar, descansar, ano-tar 
sonhos, tirar uma folguinha de vez 
em quando são meios de conseguir en-trar 
em contato com nosso próprio eu. 
Ficar no presente significa a con-templação 
do que acontece interna-mente 
e/ou ao nosso redor, significa 
descrever para nós mesmos o horizon-te 
e as perspectivas da nossa própria 
corporeidade e o funcionamento do 
nosso organismo, ouvir a voz de cada 
parte do nosso organismo, e o que 
acontece ao nosso redor, incluindo o 
diálogo com tudo que nos rodeia, in-cluindo 
pessoas e coisas, naturais ou 
não. “O pensamento nos tira desse pa-raíso. 
Quando passamos ao exercício 
do pensar, quando pensamos, paramos 
de prestar atenção ao continuum de 
consciência, saímos desse aqui-e-ago-ra 
existencial e passamos a indagar ou 
explicar a nossa realidade circundan-te”, 
explica o psicólogo Hugo Ramom 
Barbosa Oddone. Na esteira do pensa-mento, 
partimos para o diálogo inter-no 
onde duas instâncias se digladiam: 
o desejo pungente (baseado na busca 
da satisfação imediata das necessida-des 
ou a necessidade de fugir de qual-quer 
contato ameaçador, perigoso ou 
temido) - a imposição das propostas 
culturais, baseado em normas morais 
de comportamento perfeito modelado 
pelas crenças e valores moralizadores - 
representado por um eu idealizado, 
perfeito e irreal. “Uma destas opções 
sempre vence a parada, dependendo se 
a pessoa é mais submissa aos cânones 
socioculturais ou se é mais reativa ou 
rebelde”, complementa. 
Se considerarmos uma perspectiva 
que revela a imgem desta realidade, po-demos 
comparar este processo todo co-mo 
o falar consigo mesmo, como um 
falar com a própria imagem refletida 
no espelho. Quando temos dificulda-des 
em nossas relações interpessoais 
(por exemplo, conjugais) temos três 
saídas: a explosão, a absorção e a 
implosão. A implosão é o processo que 
cura e faz crescer. Tem a ver com nos-sa 
temática. É a conversa franca e sin-cera 
consigo mesmo, é a revisão de tu-do 
que se fez ou se deixou de fazer no 
relacionamento, é a rearrumação das 
prateleiras internas, é assumir respon-sabilidades 
não assumidas, é apro-priar- 
se das exigências não reclama-das, 
é encontrar coragem -transfor-mando 
tripas em coração - para enfren-tar 
os bichos temidos, é abandonar po-sições 
egoístas e ególatras para apren-der 
e praticar o diálogo, a entrega, a 
disposição para a caminhada parceira. 
É o incentivo para o parceiro também 
fazer a mesma coisa, praticar a 
implosão, a abertura para as próprias 
verdades, condição para se conviver 
com as verdades do outro. 
“É a atualização da máxima socráti-ca 
do ‘conhece-te a ti mesmo. Pois é 
através do diálogo consigo mesmo é 
que esclarecemos e aprendemos sobre 
todos estes inúmeros aspectos da nos-sa 
intimidade, da formação da nossa 
história, dos componentes vivenciais, 
afetivos e aprendidos do processo his-tórico 
da nossa identidade. Que perfa-zem 
e perfilam a visão ética da nossa 
personalidade”, garane Oddone. É 
por meio deste olhar-se corajoso ao es-pelho 
da nossa interioridade que en-xergamos 
as nossas necessidades, os 
condicionantes das nossas ações, o ru-mo 
e direção delas, a pobreza ou rique-za 
destas ações. E que desnudam e de-nunciam, 
para nós mesmos, as nossas 
vulnerabilidades políticas, os nossos 
pontos fracos, e também a nossa força, 
o nosso poder, aquilo que está pronto 
e firme, as nossas convicções políticas 
com as quais podemos contar na hora 
de reclamar sobre nossos direitos que 
consideramos desrespeitados, para em-poderar- 
se dos espaços conquistados. 
“Nesta conversa, neste diálogo 
multi e unívoco, que não é propria-mente 
um monólogo”, explica Oddo-ne. 
“Pois vários aspectos e posicio-namentos 
éticos, políticos estão sen-do 
representados em mim, e para 
mim, nela, quase sempre, de forma 
saudável, na busca de consenso, na 
busca de uma única mensagem que 
me represente, podemos distinguir 
e reconhecer um posicionamento an-tropológico.” 
É a imagem que somos neste mo-mento 
da nossa história, pois eu so-mos 
seres histórico em que, por um 
lado, vamos mudando, de fotografia 
em fotografia, de roupa em roupa, 
de imagem em imagem e, por outo 
lado, somos o mesmo ser, a mesma 
pessoa. “Mudo e não mudo. Olhado 
por esta perspectiva, cada corte 
transversal da minha história, mos-tra 
momentos antropológicos de 
nós mesmos. Onde reconheço em 
mim aspectos éticos, políticos e an-tropológicos 
para cada momento da 
minha vida”, explica Hugo Oddone. 
Eu preciso dispor de todo este cabe-dal 
de dados pessoais com um rápi-do 
toque de memória. 
Quanto mais informações consegui-mos 
reunir sobre a nossa pessoa neste diá-logo 
com nós mesmos, mais nos conheço, 
mais inteiro e fiel somos a nós mesmo. 
Mais real é a nossa imagem. “Mais amigo 
sou demimmesmo. Assim, sou paramim 
mesmo alguém em quem posso confiar-ressalta- 
Não existeemmimpontos cegos, 
escondidos, bloqueados, incomunicáveis. 
Posso ser transparente se eu quiser”, diz. 
Esta comunicação com nós mesmos é 
de fundamental importância na medida 
emque deixa de serummonólogo repeti-tivo 
para ser uma comunicação profun-da, 
abrindo espaço para revelações cheias 
de sentido. Um monologo repetitivo ter-mina 
sendo como um ruído mental gera-dor 
de tensão. Um possível indicador de 
que o sistema se fechou. 
Então é necessária uma 
integração imersa no momento pre-sente 
entre o pensamento e o senti-mento 
e a aceitação desse momento 
presente, sem julgamentos, para que 
a comunicação interna possa voltar a 
fluir. “Acho que a problemática fun-damental 
nas relações humanas é, 
exatamente, neste ponto. Porque as 
pessoas perderam essa comunicação 
interna. Estamos completa e irreme-diavelmente 
dissociados”, completa 
o gestalt terapeuta. 
Autorrealização 
VOCÊ, SEU 
MELHOR AMIGO
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 9
Estamos em um mundo onde a 
impulsividade e o consumo agitam 
nossas mentes, onde aparelhos celu-lares 
nos mantém em constante esta-do 
de vigilância. “A ansiedade dispa-rou 
e, segundo Augusto Cury (psi-quiatra 
e escritor), a Síndrome do 
Pensamento Acelerado não permite 
mais que as pessoas entrem em sinto-nia 
com suas próprias mentes, com 
um silêncio e relaxamento tão im-portantes 
para nossa saúde”, diz o 
psicólogo cognitivo-comportamen-tal 
Alexandre Caprio. 
Uma das evidências mais claras é 
a de que muitas pessoas duvidam 
que a mente possa realmente silen-ciar 
a ponto de oferecer um diálogo 
interno limpo e claro. Ter amigos é 
muito importante. O homem é um 
ser dualista- ressalta- ou seja, não so-brevive 
sem o outro desde o seu nas-cimento. 
É o outro que nos define. 
Nosso nome, nosso número de tele-fone, 
nossos documentos e nossa pro-fissão 
só existem por causa do outro. 
Relacionamento é essencial para nos-sa 
espécie, mas para que ele seja pos-sível, 
é preciso, antes de mais nada, 
saber criar uma relação, uma sinto-nia 
consigo mesmo. 
Aí temos um grande problema 
moderno. Pessoas que não estejam 
bem com elas mesmas podem ter 
grande dificuldade de ficar sozinhas 
porque começam a se cobrar quase 
que instantaneamente. “Sem saber e 
sem querer escutar o que sua voz in-terna 
tem a dizer, o indivíduo é to-mado 
por um desconforto e ocupa 
sua mente com todo tipo de distra-ção 
possível: internet, música, TV, 
amigos, vídeos, textos, diálogos va-zios 
no What’s App e muitas outras 
coisas”, diz Caprio. Evita encarar 
suas próprias demandas como se esti-vesse 
deixando a si mesmo em uma 
sala de espera eterna. 
Esse rompimento aumenta a insa-tisfação, 
a dependência por mais ruí-do 
externo e faz despencar a nossa 
autoestima. A pessoa não pode mais 
deixar seus pensamentos originais 
fluírem, passando a poluir a mente 
com todo tipo de estímulo possível. 
“Se não somos mais amigos de nós 
mesmos, não teremos habilidades su-ficientes 
para cultivarmos amigos 
verdadeiros, afetos e admiração em 
nosso círculo social porque não é 
possível amar quem não se ama ou 
respeitar quem não se respeita”, 
complementa. 
O indivíduo que consegue se res-peitar 
e seguir sua trajetória, tem 
um grande diálogo interno, é amigo 
de si mesmo e consegue concentrar 
todas as duas energias em seus proje-tos. 
É aquele tipo de pessoa admirá-vel 
que nos chama a atenção por sua 
postura, seu humor e sua agilidade 
em solucionar problemas. É aquele 
sujeito agradável, que todos querem 
manter por perto, que acaba receben-do 
oportunidades e convites com 
mais frequência do que aquele que 
vive mal consigo mesmo e com o 
mundo que o cerca. Portanto, saber 
silenciar a mente e ouvir o seu cora-ção 
pode ser a diferença entre o sucesso 
e o fracasso”, afirma. 
A luz que nos guia no caminho da 
vida só pode ser encontrada dentro de 
nós. Que nós aprendamos a alimentá-la 
e colocá-la de voltaemseu devido lu-gar 
para que possamos encontrar tam-bém 
o nosso caminho nesse grande 
mundode possibilidades que está à nos-sa 
disposição. 
Boa relação com o mundo 
“A questão é: como ser amigo 
de si mesmo sem nunca ter tido 
um modelo para isso?”, questio-na 
o psicoterapeuta e professor 
Renato Dias Martino. Quando fa-lamos 
da possibilidade de um 
diálogo bem sucedido consigo 
mesmo, isso dependerá direta-mente 
da possibilidade de ter 
mantido um diálogo saudável 
com o outro, anteriormente. 
O que acontece é que as pessoas 
costumam fugir das conversas com 
elas mesmas, por temerem um diá-logo 
cheio de acusações e críticas 
pesadas. Isso, pois provavelmente 
foi só o que tiveram nas conversas 
com o outro. “Existe assim um em-pobrecimento 
na autoconfiança e 
o diálogo interno se dá por meio de 
um clima hostil que tende a gerar 
transtornos mentais e até patolo-gias 
graves. Penso ser realmente 
muito importante desenvolver um 
diálogo interno que possa ser dig-no 
de confiança para nos orientar 
na busca pelas respostas da vida, 
mas não acredito que isso possa 
acontecer sem ter sido precedido 
pelo vínculo com o outro”, comple-menta. 
Uma amizade sincera e irriga-da 
de afeto servirá de modelo mes-mo 
quando os amigos não estive-rem 
mais juntos, por algum moti-vo. 
Isso ocorre por meio de uma re-cordação. 
Não saberemos como 
acolher a nós mesmo para sentir-mo- 
nos bem sozinhos, sem que an-tes 
tenhamos aprendido isso por 
meio do acolhimento do outro. 
Imaginar que seremos capazes de 
lidar sozinhos com as questões que 
a vida nos traz faz parte de uma ilu-são 
narcisista. 
“Só aprenderemos a ser uma 
boa companhia para nós mesmos 
tendo um bom companheiro para 
instruir-nos nisso e na ordem natu-ral 
das coisas isso seria papel dos 
pais, porém pode ser possível en-contrar 
esse modelo pra além des-ses 
vínculos primários. As respos-tas 
estão sempre no mundo inter-no, 
entretanto é necessário que 
exista uma relação com o mundo 
(externo) para que isso possa se rea-lizar”, 
diz Martino. Nossa persona-lidade 
é formada, nutre-se e se de-senvolve 
por meio dos vínculos 
bem sucedidos com o outro e por 
outro lado, padece na medida em 
que esses vínculos fracassam. A 
qualidade do diálogo que podemos 
travar com nós mesmos depende 
de um diálogo estabelecido com o 
outro, sendo que antes disso não 
teremos recursos de integração 
do eu o suficiente para essa or-dem 
tão nobre e elevada das ex-periências 
psíquicas. Na realida-de 
só iniciamos o processo do 
pensar a partir da entrada do ou-tro, 
antes disso o que fazemos é 
simplesmente imaginar.  
10 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 11 
Conhecido popularmente como 
pedra nos rins, o quadro é uma 
das principais causas mais 
comuns de internação 
hospitalar durante a gestação 
Rui Nogueira Barbosa 
Urologista 
O ciclo gravídico-puerperal 
é marcado por importantes 
transformações anatômicas e 
funcionais decorrentes das 
adaptações do organismo ma-terno, 
bem como do crescimen-to 
e desenvolvimento fetais. Es-sas 
alterações, associadas ao 
próprio mecanismo do parto, 
tornam a mulher mais susceptí-vel 
a distúrbios urológicos, que 
podem ser transitórios ou defi-nitivos. 
A cólica renal é a causa não 
obstétrica mais comum para in-ternação 
hospitalar durante a 
gestação. Sua principal causa é 
a calculose urinária, que é mais 
frequente nos segundo e tercei-ro 
trimestres gestacionais. Boa 
parte dos pacientes portadores 
de litíase renal não apresentam 
sintomas. Em geral, cálculos re-nais 
pequenos, medindo ( 5 
mm) e não obstrutivos podem 
ser manejados clinicamente 
sem nenhum tipo de interven-ção. 
Importante salientar a ine-xistência 
de fatores complica-dores 
associados ao cálculo, pa-ra 
manutenção do manejo clíni-co, 
tais como: presença de in-fecção 
urinária, ausência de di-latação 
excessiva das vias excre-toras 
e ausência de disfunção re-nal 
significativa. 
No entanto, as pacientes de-vem 
ser informadas quanto ao 
risco eventual de cólica renal, 
bem como medidas preventi-vas 
a serem adotadas. A gravi-dez 
é uma das condições clíni-cas 
que podem complicar ou al-terar 
a terapia da calculose 
urinária, juntamente com: rins 
únicos, imunossupressão, dia-betes, 
doenças cardíacas ou pul-monares 
e a idade do paciente. 
O tipo de cálculo mais co-mum 
em gestantes é o de fosfa-to 
de cálcio, devido ao pH 
urinário mais elevado na gesta-ção 
associado a maior elimina-ção 
de cálcio na urina 
(hipercalciúria), devido a um 
aumento na absorção intestinal 
de cálcio, comum no período 
gestacional. 
Oultrassom é o exame de es-colha 
para o diagnóstico devi-do 
sua alta sensibilidade (80 a 
92%), apesar de sua baixa espe-cificidade 
(34%); devendo-se 
sempre procurar realizar o diag-nóstico 
diferencial entre a obs-trução 
ureteral por cálculo e a 
dilatação renal fisiológica da 
gravidez (identificação do jato 
ureteral por doppler, a presen-ça 
de dilatação ureteral distal e 
o aumento da resistividade de 
vasos intrarrenais). 
Em 15% dos casos é necessá-rio 
realizar-se um acesso cirúr-gico 
endoscópico ao ureter (ure-teroscopia) 
para estabelecer-se 
o diagnóstico. 
Segundo as últimas reco-mendações 
da Sociedade Brasi-leira 
de Urologia, o tratamento 
inicial é conservador e obtém-se 
sucesso em 48% dos casos. A 
litotripsia externa por ondas de 
choque (Leco) é contraindica-da 
durante a gestação. Os guide-lines 
preconizam avaliação pe-riódica 
da paciente para moni-torizar 
a posição e avaliação da 
dilatação renal (hidronefrose). 
Se a eliminação não ocorrer 
dentro de quatro a seis sema-nas, 
a intervenção cirúrgica es-tá 
indicada. A colocação de um 
cateter duplo-J é um procedi-mento 
temporário, muito utili-zado, 
para drenagem do siste-ma 
coletor e eliminação dos sin-tomas 
dolorosos, sendo reco-mendada 
sua troca após 8 sema-nas 
pelo risco de encrustração 
calculosa. 
A ureterolitotripsia transure-teros- 
cópica é o procedimento 
definitivo de escolha, com ní-vel 
de evidência A, evitando-se 
múltiplos procedimentos. Suge-re- 
se realizar as intervenções 
com bloqueio raquidiano/epi-dural, 
evitar-se o uso de radia-ção 
ionizante e manter-se 
com antibiótico até a alta da 
paciente. Deve ser utilizados 
o que há de mais moderno 
na urologia hoje, como urete-ros- 
cópios flexíveis e litotri-dores 
a laser, para minimi-zar- 
se complicações. Em ca-so 
de dúvidas, procure seu 
urologista.  
CÓLICA RENAL 
NA GRAVIDEZ 
Edvaldo Santos 
Stock images/Divulgação
TV - 12 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO 
Antes de entraremBoogie Oogie, ator Caco Ciocler saboreia estreia como 
diretor de cinema com o documentário Esse Viver Ninguém Me Tira 
Agência Estado 
Os anos 1970 eram outro mundo. As-sim 
Caco Ciocler resume o universo de 
Boogie Oogie (Globo), novela para a qual 
está reservado desde o final de Além do 
Horizonte (Globo), e na qual interpretará 
o jornalista Paulo. Seu personagem voltará 
deumatemporadaemPortugal para ser vi-zinho 
da família Miranda Romão e, ao que 
tudo indica, foi namorado de Beatriz (He-loísa 
Périssé) no passado. Sei pouca coisa 
sobre ele Apenas que voltará ao Brasil 
atrás de um grande amor, mas não encon-trará 
as coisas como esperava, diz. 
Enquanto aguarda os primeiros textos 
da trama chegarem às suas mãos, Ciocler 
divulga o filme Esse Viver Ninguém Me 
Tira, documentário da produtora Cine 
Group que marca sua estreia como diretor. 
Olonga-metragem foi exibido pela primei-ra 
vez no Festival de Cinema de Gramado 
no mês passado e entrará em cartaz em ou-tubro. 
O enredo aborda a vida de Aracy 
Guimarães Rosa, mais conhecida por ser a 
mulher do escritor João Guimarães Rosa. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, 
Aracy trabalhou no Consulado do Brasil 
emHamburgo, na Alemanha nazista, e aju-dou 
a salvar dezenas de judeus. Minha 
maior surpresa foi descobrir que uma das 
nossas entrevistadas -cujo pai foi salvo da 
morte por dona Aracy - era mãe de um dos 
meus melhores amigos de infância, conta 
o ator, que também é judeu. 
Em 2014, Ciocler também comemora 
18 anos de carreira na teledramaturgia. 
Após a estreia em O Rei do Gado (Glo-bo), 
de 1996, o ator integrou o elenco de 
produções como A Muralha (Globo), 
de 2000; América (Globo), de 2005; Ca-minho 
das Índias (Globo), de 2009; e 
Salve Jorge (Globo), de 2012. 
Veja a seguir os melhores tre-chos 
da entrevista. 
Pergunta - Quem será o Paulo em 
Boogie Oogie? 
Caco Ciocler - Ainda não comecei a 
gravar a novela.Na verdade, meu perso-nagem 
nem começou a ser escrito ain-da. 
Então, tenho pouca informação so-bre 
ele. Nesse momento, Paulo é uma 
promessa, um sonho de estar ao lado 
de bons e talentosos amigos e poder 
desenvolver um trabalho que contri-bua 
para que Boogie Oogie seja uma 
delícia tanto para nós quanto para o 
público. 
Pergunta - Foi divulgado que ele 
seria um ex-refugiado. Você fez algu-ma 
pesquisa diferenciada para esse 
papel ou mesmo laboratório? 
Ciocler - Ainda não. Primeiro pre-ciso 
começar a receber as cenas e en-tender 
quais serão as demandas. 
Pergunta - Boogie Oogie é deum 
autor moçambicano (Rui Vilhena) e 
seu personagem será parceiro da atriz 
portuguesa Maria João Bastos. Como 
você avalia esse intercâmbio cultural? 
Ciocler - Acho muito interessante 
que profissionais de outras nacionalida-des 
possam trabalharemumproduto tão 
representativo da nossa cultura. Um 
olhar de fora sobre nós mesmos é sem-pre 
bem-vindo. 
Pergunta - E você sabe qual será 
seu conflito na trama? 
Ciocler - Pouca coisa. Sei que ele volta-rá 
ao Brasil atrás deumgrande amor, mas 
não encontrará as coisas como esperava. 
Pergunta - O que muda trabalhar 
em uma novela que se passa nos 
anos 1970? 
Ciocler - Falamos de uma época na 
qual as pessoas se vestiam e se pentea-vam 
de forma diferente, tinham outras 
músicas e referências. Estamos falando 
de outro mundo, de uma construção di-ferente 
de raciocínio. As tensões e as 
pulsações das cidades eram outras. En-fim, 
o estado de relaxamento da época 
era diferente. E, muitas vezes, em uma 
novela, precisamos reproduzir esse es-tado 
de relaxamento. 
Pergunta - Sua novela anterior foi 
Além do Horizonte, que foi bastante 
criticada pela mídia. Como você avalia o 
resultado final do trabalho? 
Ciocler - É muito difícil para nós ter-mos 
distanciamento. Não me lembro de 
AlémdoHorizontecomoumanovela cri-ticada. 
A lembrança que tenho é de um 
elenco eumaequipe que se divertiam mui-to 
e faziam aquilo com todo o amor e dedi-cação. 
Para nós, foiumsucesso, que deixou 
muita saudade. 
Pergunta - Como surgiu a ideia de 
fazer um documentário sobre a Aracy 
Guimarães Rosa? 
Ciocler - A ideia não foi minha. Fui 
convidado pela Cine Group, produto-ra 
do filme, para dirigi-lo. 
Pergunta - Esta é sua primeira ex-periência 
como diretor. Qual foi o 
maior desafio? 
Ciocler - Aracy é uma heroína anô-nima. 
Sua história é incrivelmente lin-da, 
mas ela nunca imaginou para si 
uma existência notável. Então, tínha-mos 
muito pouca documentação dispo-nível. 
Além disso, não podíamos apro-fundar 
na sua relação com o Guima-rães 
Rosa por uma questão de direitos 
autorais. O maior desafio foi tirá-la da 
sombra do marido famoso e sustentar 
seu protagonismo independentemen-te 
dele, durante uma hora e dez minu-tos 
de filme, contando com pouca docu-mentação. 
Conseguimos. 
Pergunta - Como judeu, o que es- 
Globo 
HISTÓRIA 
INCRIVELMENTE 
LINDA
sa pesquisa significou para você? 
Ciocler - Minha maior surpresa du-rante 
as filmagens foi descobrir que 
uma das nossas entrevistadas - cujo pai 
foi salvo da morte por dona Aracy - era 
mãe de um dos meus melhores amigos 
de infância. Descobrir que Aracyfora 
responsável por parte da minha histó-ria 
pessoal transformou a mera curiosi-dade 
- o impulso inicial do filme - em 
profunda gratidão. 
Pergunta - Seu último ano foi inten-so 
no teatro. Quais são seus novos pro-jetos 
na área? 
Ciocler - Realmente, o ano foi cheio. 
Reestreei Sit Down Drama e, no dia 19 
de setembro, entramos em cartaz em São 
Paulo com Terra de Ninguém, do Ha-rold 
Pinter (dramaturgo britânico), com 
o Luís Melo e o Edwin Luisi.  
Acho muito interessante 
que profissionais de 
outras nacionalidades 
possam trabalhar 
em um produto tão 
representativo 
da nossa cultura. Um 
olhar de fora sobre nós 
mesmos é sempre 
bem-vindo 
Aracy é uma heroína anônima. 
Sua história é incrivelmente 
linda, mas ela nunca imaginou 
para si uma existência notável. 
Então, tínhamos muito pouca 
documentação disponível 
Divulgação 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 13 - TV
Família em 
primeiro lugar 
Suzy Rego, a Beatriz Bolgari da 
novela das nove “Império” afirma: 
As pessoas estabelecem os acordos que 
são capazes de aceitar e de fazê-las felizes 
Império 
Agência Estado 
Os casos extraconjugais 
sempre fizeram parte das nove-las. 
Mas, em Império, novela 
das 21h da Globo, Suzy Rêgo 
tem a oportunidade de experi-mentar 
um tipo de relação que, 
normalmente, não se vê na tele-visão. 
Na trama de Aguinaldo 
Silva, a atriz interpreta Beatriz, 
uma mãe de família que, por 
amar intensamente o marido, 
Cláudio (José Mayer), aceita o 
fato de ele manter um romance 
há dez anos com o jovem aspi-rante 
a ator Leonardo (Kleb-ber 
Toledo). 
A situação pode até ser con-siderada 
inusitada por muitos, 
mas Suzy tenta enxergá-la com 
naturalidade. As pessoas esta-belecem 
os acordos que são ca-pazes 
de aceitar e de fazê-las fe-lizes. 
A relação entre os dois é 
transparente e de extrema cum-plicidade 
e parceria. Beatriz é 
uma mulher que apoia o mari-do 
em qualquer aspecto e isso 
me cativa, afirma a atriz. 
As cenas de Beatriz mos-tram 
que ela sempre soube, des-de 
quando começou a namorar 
Cláudio, que ele se interessava 
por rapazes. Mas a paixão pelo 
cerimonialista sempre foi mais 
forte do que qualquer incômo-do 
ou insegurança que a condi-ção 
pudesse trazer, principal-mente 
depois do nascimento 
dos dois filhos, Enrico (Joa-quim 
Lopes) e Bianca (Juliana 
Boller). 
Suzy diz que não sabe qual 
será o desfecho da relação atípi-ca 
entre Cláudio e Beatriz, mas 
duvida que sua personagem vá 
fraquejar no apoio ao marido. 
Mesmo quando o caso homosse-xual 
dele for descoberto pelos 
filhos. 
Na trama, Enrico já se mos-trou 
homofóbico, enquanto 
Bianca parece ser mais favorá-vel 
à diversidade sexual, levan-do 
a crer que será uma grande 
aliada dos pais quando a situa-ção 
de Cláudio se tornar, de fa-to, 
pública. Estou adorando 
descobrir tudo aos poucos. Re-cebo 
os capítulos e me sinto 
mesmo uma telespectadora  
Para mostrar total interação 
entre a família e reforçar a 
ideia de casamento sólido entre 
Beatriz e Cláudio, Suzy partici-pou 
de algumas leituras com o 
grupo e a direção da novela. 
Foi um processo ótimo, com 
cenas bem legais. Desde o iní-cio, 
a ideia sempre foi enfatizar 
esse cotidiano feliz da casa, fa-la 
a atriz 
Instinto materno 
Aos 47 anos, interpretar 
uma mulher com filhos de 28 e 
18 anos é visto com tranquilida-de 
pela atriz, mesmo sendo 
uma realidade distante da que 
ela vive. Fora da ficção, Suzy é 
Fotos: Divulgação 
TV - 14 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
mãe dos gêmeos Marco e Massi-mo, 
5. Deixei para engravidar 
depois dos 40, mas convivo 
com amigas que têm uns gala-laus 
em casa, brinca. Ela tam-bém 
cita como referência o con-tato 
próximo com a irmã, Yany 
Rêgo, 40, que foi mãe aos 15. 
Casada com o também ator 
Fernando Vieira e moradora 
de São Paulo, Suzy está se divi-dindo 
na ponte aérea para gra-var 
Império no Rio de Janei-ro. 
E diz, com certo orgulho, 
que nem assim precisa de uma 
babá fixa. Devez em quando, 
só para dar um apoio, chama-mos 
uma babysitter, comenta. 
Para garantir tranquilidade 
enquanto trabalha na capital 
fluminense, a atriz conta com o 
auxílio do marido e, sempre 
que consegue um espaço maior 
de folga, corre para casa. Nós 
nos revezamos e dá certo. Meus 
filhos são novinhos, mas já sa-bem 
que a mãe trabalha em ou-tra 
cidade e precisa pegar 
avião, conta. 
Apesar de saberem sobre o 
trabalho da mãe, Marco e Mas-simo 
não assistem às suas cenas 
em Império. Suzy nem tem 
certeza de que os meninos sa-bem 
exatamente que ela é 
atriz. Hoje em dia, todo 
mundo se grava e se assiste 
(por celular e/ou tablet). En-tão, 
para eles, todos apare-cem 
na TV, compara. 
No entanto, Suzy conta que 
já teve de explicar aos gêmeos 
uma cena que ambos viram na 
novela Amor Eterno Amor 
(Globo), quando interpretava a 
ciumenta Jaqueline. A perso-nagem 
estava chorando e per-guntaram 
o que tinha aconteci-do. 
Expliquei que era de men-tirinha 
e eles questionaram 
se o 'moço' tinha brigado co-migo, 
lembra, às gargalha-das, 
de uma sequência grava-da 
com Marcelo Faria. 
Reprise 
Paralelamente ao trabalho 
em Império, Suzy tem feito 
questão de assistir, sempre que 
pode, suas cenas na novela A 
Viagem (Globo), que o canal 
pago Viva reprisa atualmente. 
Na trama, gravada em 1994, 
Nós nos 
revezamos e 
dá certo. 
Meus filhos 
são novinhos, 
mas já sabem 
que a mãe 
trabalha em 
outra cidade e 
precisa pegar 
avião 
ela interpreta a batalhadora 
Carmem, uma jovem que se 
enfeia para trabalhar na loca-dora 
de Diná (Christiane Tor-loni). 
Tudo porque a patroa 
não suporta ver mulheres bo-nitas 
ao redor do marido, 
Téo (Maurício Mattar). Te-nho 
lembranças lindas dessa 
época. Gravávamos com mui-ta 
alegria, porque não faltava 
quem fizesse a gente rir. 
Além d a N a i r B e l l o 
(1931-2007), eu me divertia 
bastante com as piadas do Mi-guel 
Falabella, recorda.  
A relação 
entre os dois é 
transparente e 
de extrema 
cumplicidade 
e parceria. 
Beatriz é uma 
mulher que 
apoia o marido 
em qualquer 
aspecto e isso 
me cativa 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 15 - TV
“VEM CHUMBO 
GROSSO POR AÍ” 
Braço direito do Comendador em Império, personagem de Roberto Pirillo guarda mistério 
Agência Estado 
Roberto Pirillo, o poderoso advoga-do 
Merival Porto de Império (Globo), 
diz que seu personagem esconde um 
mistério e tem tudo para tornar a nove-la 
das 21h ainda mais interessante. 
Não sei o que é, mas vem chumbo gros-so 
por aí, revela o ator. 
Pirillo aposta que o enigma deve ter 
relação com alguma ilegalidade envol-vendo 
o comendador José Alfredo (Ale-xandre 
Nero), para quem Merival traba-lha 
com exclusividade. 
Na minha primeira aparição na no-vela, 
meu personagem chegava de uma 
viagem, na qual tinha ido viabilizar 
mais uma loja da Império Joias em um 
aeroporto em Lisboa. Na cena, Merival 
aparecia desconfortável ao saber que 
Maria Marta (Lília Cabral) se reuniria 
com ele e o comendador, lembra o ator. 
O comendador perguntava se a presen-ça 
da Marta o incomodava. 
O motivo do incômodo, no entanto, 
Pirillo diz desconhecer. A gente tem 
de aguardar para ver o que acontece. 
Não dá para ficar chutando. Ele está aju-dando 
o Elivaldo (Rafael Losso) a sair 
da cadeia e também na questão da guar-da 
do filho dele - que é um pedido da 
Marta. 
Carreira na TV 
Merival é um dos melhores advoga-dos 
do Rio de Janeiro. Foi isso que o 
Aguinaldo (Silva, autor de ' Império') 
me passou. Sobre o início da carreira de-le, 
nada se sabe, diz o ator paulistano, 
de 66 anos, que começou a trabalhar na 
televisão na extinta Tupi, na qual 
atuou, em 1970, no sucesso E Nós, Aon-de 
Vamos?, contracenando com Leila 
Diniz (1945-1972). 
Entrei no estúdio e dei de cara com 
a grande Leila. Comecei a tremer, ela 
era um símbolo, conta Pirillo. 
Em 1971, ele punha os pés na Globo 
pela primeira vez, dividindo o set com 
Regina Duarte e Cláudio Marzo em Mi-nha 
Doce Namorada - trama que deu 
para Regina o título de Namoradinha 
do Brasil. 
O ator participou de diversas produ-ções 
importantes na emissora, como O 
Grito, em 1975, e Escrava Isaura, em 
1976, até que se transferiu para a Ban-deirantes 
para fazer a novela Cara a Ca-ra, 
em 1979. 
Pirillo voltou para a Globo, em 
1981, para atuar em Ciranda de Pedra 
e emendou uma série de atuações em no-velas 
e minisséries. Somaram-se a ela 
Paraíso, em 1982; A Gata Comeu, 
em 1985; Anos Dourados, em 1986; e 
muitos outros trabalho até Celebrida-de, 
de 2003. 
Em 2005, transferiu-se para a Re-cord 
e estreou a novela Prova de 
Amor. Nunca fui contratado da Glo-bo, 
sempre trabalhei por obra. E fui acei-tando 
convites de outras emissoras, diz 
o ator, que ficou na rede até a minis-série 
bíblica Sansão e Dalila, de 2011. 
Logo pintou o convite para traba-lhar 
em 'Pé na Cova' (em 2013). Miguel 
Falabella (criador do programa) é meu 
fã. E eu dele, brinca Pirillo. Fiz alguns 
episódios do seriado e uma participação 
em 'Joia Rara' (ainda em 2013). Daí o 
Aguinaldo Silva me chamou para fazer 
essa novela. 
No teatro 
Roberto Pirillo é também um ho-mem 
de teatro e atuou em inúmeras pro-duções 
que marcaram época na cena bra-sileira, 
como os espetáculos de Pedro 
Bloch (1914-2004) no Teatro Alumínio, 
Globo 
Fotos: Divulagação 
TV - 16 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
em São Paulo. Ali começou sua carreira 
artística, em 1963, com a peça Roleta 
Paulista. 
Em seguida, atuou em montagens 
do diretor de teatro e TV Ziembinski 
(1908-1978): Vestido de Noiva, de Nel-son 
Rodrigues; Check-Up, de Paulo 
Pontes; Dois Perdidos numa Noite Su-ja, 
de Plínio Marcos. 
Peças importantes, com diretores e 
autores lendários, mas nada que se equi-pare 
ao sucesso de Trair e CoçarÉ Só 
Começar, peça escrita por Marcos Caru-so 
em 1989 e encenada desde então. Fi-camos 
dois anos no Rio, depois viaja-mos 
participando de um programa cul-tural 
da (companhia área) Vasp. Conhe-cemos 
todo o Brasil e isso fez com que 
eu me afastasse da TV em diversos mo-mentos, 
conta Pirillo, que integrou o 
elenco do espetáculo por 14 anos. 
No começo de carreira, o ator che-gou 
a participar de filmes do produtor e 
comediante Mazzaropi (1912-1981), 
mas lamenta ter feito menos cinema do 
que gostaria. 
Atualmente, atua também no fortís-simo 
mercado de games, dublando 
personagens que ele nem consegue 
lembrar. Fiz vários piratas, bandi-dos, 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 17 - TV 
marinheiros. 
Nesse retorno à Globo, o ator diz es-tar 
vivendo bons momentos como o 
reencontro com velhos parceiros na 
emissora. Trabalhei com o Zé Mayer 
em 'A Gata Comeu '. O Flávio Galvão e 
o (Roberto) Bonfim são meus amigos. 
Gosto muito de todos eles. Fizemos 
muitos workshops antes de começar a 
novela, em Parati (RJ), para ganhar 
mais intimidade com os personagens, 
conhecer melhor os núcleos. O elenco 
de 'Império ' está muito bem definido. 
Os personagens do Nero, da Lília e do 
Paulo Betti estão muito bem.  
Merival é um 
dos melhores 
advogados do 
Rio de Janeiro. 
Foi isso que o 
Aguinaldo 
(Silva, autor de 
' Império') me 
passou. Sobre 
o início da 
carreira dele, 
nada se sabe 
Nunca fui contratado 
da Globo, sempre 
trabalhei por obra. 
E fui aceitando 
convites de outras 
emissoras, diz o 
ator, que ficou na 
rede até a minissérie 
bíblica Sansãoe Dalila
Império 
“Eu mesmo já fui vítima 
de diversos jornalistas” 
Em entrevista, ator Paulo Betti, aos 61 anos, revela que 
a maldade atinge pessoas e que, às vezes, é brutal 
Agência Estado 
Durante uma caminhada rotineira, 
ser surpreendido e convidado por um gru-po 
de catadores de lixo para fazer fotos é 
apenas uma das comprovações de que o 
personagem que Paulo Betti faz na no-vela 
Império é um sucesso. No ar co-mo 
o jornalista de celebridades Téo Pe-reira, 
o ator atrai todos os holofotes 
quando encarna o blogueiro maldoso 
com suas tiradas bem-humoradas e 
seus bordões que já caíram no gosto po-pular. 
A repercussão tem sido excelen-te. 
Em qualquer lugar, as pessoas se 
aproximam e dizem que estão se diver-tindo, 
revela ele. 
Aos 61 anos, o ator comemora a no-va 
fase e confessa que tem lido mais co-lunas 
de fofoca para se inspirar. Claro 
que eu sei que a maldade atinge pes-soas 
e que, às vezes, é brutal, mas elas 
são também muito bem-humoradas. 
Eu mesmo já fui vítima de diversos jor-nalistas, 
confessa. No caso de Téo, cau-sar 
estragos na vida alheia parece ter um 
sabor especial. E ele não tem nenhum es-crúpulo 
para conseguir o que deseja. 
Quem afirma isso é o próprio intérpre-te 
do personagem: Ele é apaixonado pelo 
Cláudio (José Mayer) e não suporta ser 
desprezado por ele. Por isso, só pensa em 
se vingar. Ressentimento é o que o move. 
Para os próximos capítulos da trama são 
aguardadas as cenas em que Téo tornará 
públicas as provas de que Cláudio é gay. 
Leia a entrevista completa. 
Pergunta - Como você explica o su-cesso 
de seu personagem? 
Paulo Betti - A repercussão tem sido 
excelente, em qualquer lugar as pessoas 
se aproximam e dizem que estão se diver-tindo 
com o Téo. Outro dia, eu estava fa-zendo 
uma caminhada, o caminhão do li-xo 
parou e tive que tirar fotos com todos 
os lixeiros. Isso é o que nos dá prazer ao 
fazer um personagem como esse! Tam-bém 
tenho um sobrinho de 50 anos, o 
João, que vive em Votorantim, interior de 
São Paulo, e é gay. Ele me ligou, coisa que 
raramente faz, para me dizer que estava 
adorando o personagem. 
Pergunta - E como tem sido inter-pretar 
esse jornalista interessado 
em fofoca? 
Betti - A fofoca, segundo o livro de Jo-sé 
Angelo Gaiarsa, Tratado Geral sobre a 
Fofoca (ed. Summus), é um fator muito 
importante na vida das pessoas, pois 80% 
do que elas falam é fofoca e a fofoca é o po-licial 
do status quo. Ao mesmo tempo, é 
muito atraente: quem não gosta de fazer 
fofoca? Quando as pessoas se reúnem nos 
botecos, na balada, falam do quê? Do cus-to 
de vida? Da situação política do país? 
Não, elas falam mal da vida alheia. Quan-do 
duas pessoas se juntam para falar mal 
de uma terceira, elas estão cada vez mais 
íntimas e cúmplices. Os blogs de fofoca 
são um terror delicioso! (risos) 
Pergunta - E você, Paulo, se preo-cupa 
com colunas ou colunistas de 
fofoca? 
Betti - Agora que estou fazendo o per-sonagem 
estou lendo diversas colunas e 
acho muito divertido. Claro que eu sei 
que a maldade atinge pessoas e que, às ve-zes, 
é brutal, mas elas também são muito 
bem-humoradas. Eu mesmo já fui vítima 
de diversos jornalistas. 
Pergunta - Na sua opinião, o que 
Téo é capaz de fazer para atingir 
seus objetivos? 
Betti - O Téo não tem escrúpulos e 
fará tudo para escancarar a vida de 
Cláudio (José Mayer). E, ao mesmo 
tempo, se julga um justiceiro da moral 
e dos bons costumes ao tirar o amigo 
de infância do armário. 
Pergunta - E a paixão dele por Cláu-dio? 
Ainda existe? 
Betti - Ele é apaixonado pelo Cláudio 
e não suporta ser desprezado por ele. Por 
isso só pensa em se vingar. Ressentimen-to 
é o que o move!  
Divulgação 
TV - 18 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Rômulo Neto, ator que interpreta o 
malandro Robertão na novela 
das 21 horas, descarta possível 
afair entre seu personagem e Cora 
Interpretação 
O MALANDRO 
DA VEZ 
Agência Estado 
O malandro Robertão (Rômu-lo 
Neto) está fazendo sucesso com 
as mulheres de Império. Além 
de protagonizar cenas quentes 
com Érika (Letícia Birkheuer), o 
irmão exibicionista de Maria Ísis 
(Marina Ruy Barbosa) também é 
perseguido por Cora (Drica Mo-raes). 
Mas, ao que tudo indica, 
não será tão cedo que o malandro 
irá ceder às investidas da vilã. Pe-lo 
raciocínio de Robertão, até ago-ra, 
a Cora não lhe interessa, pois 
nada tem a oferecer, opina Rômu-lo 
Neto. 
Exibindo seu abdômen trinca-do 
em boa parte das cenas, o ator 
garante que a nudez de seu perso-nagem 
não lhe tira o sono. Não é 
problema para mim, uma vez que 
isso faz parte de algo maior, da 
complexidade desse personagem, 
justifica. A boa forma que exibe 
na telinha, segundo ele, não exi-giu 
dieta ou exercícios físicos espe-ciais. 
Não fiz nenhuma prepara-ção 
para o Robertão. Tenho uma 
relação muito saudável com o meu 
físico, decreta. Já sobre o assédio 
das mulheres ele garante: é menor 
do que se imagina. Tenho esse re-torno 
do público quando estou gra-vando 
externas, pois não tem da-do 
muito tempo de passear na rua. 
O que mais ouço é que o Robertão 
é um baita de um malandro e tam-bém 
muito engraçado. 
Além do tanquinho, as tatua-gens 
de Rômulo Neto também 
chamam a atenção. Em entrevista 
para o site oficial da novela, ele 
afirmou que elas combinaram 
com a personalidade do persona-gem. 
Todas as tatuagens que fiz 
fazem referência a um momento 
especial da minha vida. A mais 
marcante é a do antebraço, em ho-menagem 
àminha família por par-te 
de pai. É a que está escrito o 
meu sobrenome (Arantes), em ho-menagem 
ao meu pai e avô, que já 
são falecidos, explica. Recente-mente, 
Rômulo e sua namorada - 
a atriz Cleo Pires - também fize-ram 
uma tatuagem na mão escrita 
idem. 
Novos rumos 
Império marca uma boa fase 
de Rômulo Neto na Rede Globo. 
Após viver o protagonista da tem-porada 
de 2007 de Malhação, Rô-mulo 
se mudou de mala e cuia pa-ra 
a Rede Record, onde integrou 
produções como Caminhos do 
Coração (2007), Promessas de 
Amor (2009), Bela, a Feia 
(2010) e Vidas em Jogo (2011). 
Do período em que trabalhou na 
emissora do bispo Edir Macedo, 
ele guarda boas lembranças. Um 
personagem importante para 
mim foi o Raimundo, de 'Vidas 
em Jogo'. Ele tinha uma trama 
bem densa e louca, diz. O retor-no 
à Globo foi em 2013, durante 
Sangue Bom E ele não tem pla-nos 
de mudar. Tudo serve de 
aprendizado. Para esse ano, a 
única coisa que quero é fazer o 
Robertão com todo afinco, e 
aprender bastante, finaliza. 
Filho do ator Rômulo Aran-tes 
- morto em um acidente aéreo 
em 2000 - o novo galã global segue 
os passos do pai, com quem se 
acha parecido. Principalmente os 
trejeitos, afirma. Ele também ad-mite 
gostar de espiar as reprises 
de novelas que contaram com a 
participação de seu pai, como 
Quatro Por Quatro (1994) e Pan-tanal 
(1990). 
Não marco horário para as-sistir, 
mas quando está passan-do 
algo dele, adoro observá-lo, 
destaca. Já para o futuro, Rômu-lo 
Neto espera desenvolver uma 
carreira no cinema e voltar a fa-zer 
peças de teatro, que adora. 
Já televisão, gostaria muito de 
trabalhar com o João Emanuel 
Carneiro, diz ele sobre o autor 
de Avenida Brasil.  
Divulgação 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 19 - TV
Multishow 
DESCONTRAÇÃO E 
MÚSICA BRASILEIRA 
Thiaguinho 
confessa que teve 
medo de programa 
ao vivo. 
Atualmente, ele 
comanda o 
Música Boa ao 
Vivo, do 
Multishow, em que 
recebe sempre três 
grandes artistas da 
música brasileira 
Agência Estado 
Ele já apresentou o Sai do Chão, na 
TV Globo, fez participações em Malha-ção 
e em Geração Brasil, mas é com o 
programa Música Boa ao Vivo, do Mul-tishow, 
que Thiaguinho vem encarando o 
seu maior desafio na televisão. Todas as 
terças-feiras, às 20h30, ele recebe três con-vidados 
no palco da atração, que também 
conta com uma pe-quena 
plateia, 
formada por 
fãs e amigos 
dos canto-res. 
A Agência Estado acompanhou de per-to 
os preparativos para a apresentação do 
episódio número 18 - dos 30 programados 
-, e que teve como atrações os grupos Os 
Travessos e Bom Gosto e o cantor Serjão 
Loroza. Já no ensaio percebia-se o envolvi-mento 
de Thiaguinho na produção.O can-tor 
deu pitacos sobre as performances, 
ouviu sugestões dos outros cantores e tro-cou 
ideias com o diretor artístico Zé Ricar-do. 
Normalmente, mergulho de cabeça 
em tudo o que faço. Gosto de me envolver 
totalmente, e aqui não é diferente. Além 
disso, fui pegando um amor por este 
programa. Espero a terça-feira che-gar 
para cantar e aprender um pou-co 
mais, entregou o cantor, em um 
dos intervalos dos ensaios. 
Aprendizado e diversidade, 
aliás, movem a vida do cantor. O 
lugar em que me sinto mais à von-tade 
na vida é o palco. Gosto de me 
aventurar em tudo o que é ligado à 
arte. Nunca tive nenhuma restrição 
a nada, desde pequeno. Fiz de tudo 
na escola: se era pra cantar, vamos 
cantar; se era pra dançar, vamos dan-çar; 
se era pra declamar poesia, 
vamos lá... tudo o que estava 
ligado à arte, eu estava den-tro, 
lembrou. 
Selfies 
Em todas as edições 
do Música Boa ao Vi-v 
o  , a l é m d a 
descontração, é 
de praxe que os 
convidados 
cantem seus 
maiores sucessos. E desta vez não foi dife-rente. 
O que se vê ao vivo é uma extensão 
dos ensaios, quando todos participam e 
dão sugestões de como melhorar as apre-sentações. 
Isso sem falar nos autorretratos, as cha-madas 
selfies, tiradas inclusive pelo pú-blico 
presente. Tanto queThiaguinho che-gou 
a brincar sobre o uso dos celulares. 
Na hora do programa, nada de selfies, di-vertiu- 
se ele. 
Frio na barriga 
Mesmo estando tão em casa, Thiagui-nho 
confessa que sentiu um frio na barri-ga 
quando soube que iria comandar um 
programa ao vivo. Minha primeira ex-periência 
com apresentação foi no 'Sai 
do Chão', e foi muito gostoso. Lá, era 
gravado, dirigido pelo Gleiser (Luiz 
Gleiser, diretor), que eu já conhecia do 
'Fama', então era mais tranquilo. Aqui, 
o desafio foi bem maior. Quando recebi 
o convite para apresentar o 'Música 
Boa', por onde iriam passar a maioria 
dos artistas do Brasil, ao vivo, eu fiquei 
pensativo, tentando saber se iria dar 
conta. Mas, fui recebido com muito ca-rinho 
e com muita paciência, elogiou. 
Um desses desafios, foi o de cantar ro-ck, 
ao lado de Detonautas, CPM 22 e 
Raimundos. Foi legal porque eu já co-nhecia 
a galera, mas foi um grande desa-fio 
por ser um estilo que eu não domi-no, 
disse. 
Pelo palco do programa, além dos ro-queiros, 
já passaram nomes como Ma-ria 
Rita, Fundo de Quintal, Maria 
Gadú, Anitta, Titãs, Zeca Pagodinho, 
Calcinha Preta, Ivete Sangalo e Arlin-do 
Cruz, entre muitos outros. Para 
Thiaguinho, essa diversidade só reflete 
o que é o Brasil e a música brasileira. É 
um programa que mostra a cara do Bra-sil 
musicalmente, como o nosso país é 
rico, como tem artistas bacanas. A gen-te 
recebe três artistas por programa, e 
já passaram por aqui muita gente boa, 
completa. 
Ao ser questionado se ainda tem 
vontade de fazer alguma coisa na televi-são, 
Thiaguinho dispara: Não peço mais 
nada a Deus... só agradeço tudo o que Ele 
tem feito por mim.  
Divulgação 
TV - 20 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Frases 
Agência Estado 
SÃO OPINIÕES E 
EU AS RESPEITO. 
SÓ QUE TAMBÉM 
MANIFESTO A 
MINHA E DISCORDO 
TOTALMENTE. 
Suzy Rêgo, atriz, sobre ser parecida com a presiden-ta 
Dilma Rousseff, ao site PurePeople 
ANTES ME 
CONFUNDIAM COM 
O CLODOVIL, HOJE 
EM DIA É COM O 
JÔ. 
Leão Lobo, jornalista, no programa 
The Noite com Danilo Gentili (SBT) 
É MUITO DIFÍCIL 
SER MULHER E 
NOVA. AS 
PESSOAS NÃO LHE 
DÃO 
CREDIBILIDADE, 
NÃO ACREDITAM 
EM VOCÊ. 
Bruna Marquezine, atriz, à revista Contigo 
MULHER DE 
CABELO CURTO 
TEM MAIS 
ATITUDE. 
Sophie Charlotte, atriz, ao portal UOL 
TOMOU UMA 
PROPORÇÃO 
GIGANTESCA. 
NOSSA VIDA ERA 
DEBATIDA NA TV. 
Grazi Massafera, atriz, à revista portuguesa Lux, 
sobre seu casamento com o ator Cauã Reymond 
A GENTE TINHA 
UM GRUPO DE 
PAQUITAS QUE 
CANTAVA EM 
ANIVERSÁRIOS  
Gisele Bündchen, modelo e fã de Xuxa, 
no Mais Você (Globo) 
DECORAR O 
APARTAMENTO 
FOI A COISA MAIS 
FÁCIL. 
Junior Lima, músico que está de 
casamento marcado, no programa 
Estrelas (Globo) 
COMECEI A OLHAR 
MAIS PARA MIM E 
DESCOBRI QUE 
TENHO UMAS 
COXAS BEM BOAS. 
Luís Miranda, ator que interpreta uma transexual 
em Geração Brasil (Globo), ao jornal O Dia (RJ) 
PRECISO VOLTAR 
A TRABALHAR, 
POIS O DINHEIRO 
ESTÁ ACABANDO. 
Narjara Turetta, atriz, 
ao portal UOL 
QUAL 
HOMEM 
NUNCA FEZ 
ISSO? 
Luan Santana, cantor, no 
Programa Eliana (SBT), depois 
de afirmar que já dormiu com 
duas mulheres ao mesmo tempo 
Divulgação 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H45 
Segunda-feira - Chang impede a 
viagem de Brian, Lara e Tomás. 
Megan discute com Jonas e 
Verônica. Megan fica chateada 
com Davi ao descobrir que ele já 
sabia do caso de Jonas e 
Verônica e vai a uma boate com 
Danilo. Davi segue Megan e se irri-ta 
ao vê-la se insinuar para outro 
rapaz. Lara e Brian decidem que é 
melhor Tomás dormir com eles 
após o primeiro contato com 
Chang. Megan implora perdão a 
Davi. Zac Vírus ameaça Manuela 
para conseguir informações so-bre 
Jonas. Rita conta para Valdeci 
sobre Fred. 
Terça-feira - Verônica vê o vídeo 
de Jonas e Sandra. Jonas amea-ça 
Aroeira. Edna sugere que 
Verônica tente descobrir quem 
lhe enviou os e-mails. Ernesto con-vence 
Davi a desistir de contratar 
os Nem-Nens e eles decidem fa-zer 
um processo seletivo para cha-mar 
novos funcionários. Chang se 
aproxima de Tomás e desafia La-ra. 
Lara suspeita que Shin esteja 
fingindo ser Chang. Verônica pe-de 
a ajuda de Davi para descobrir 
o paradeiro de Sandra e quemes-tá 
enviando os e-mails anônimos. 
Herval recebe um telefonema mis-terioso. 
Quarta-feira - Rita fica perturbada 
com a presença de Fred. Gláucia 
conta para Megan que Pamela es-tá 
com Herval. Dorothy se comove 
ao ver a cumplicidade entre Me-gan 
e Pamela. Herval recebe um 
dossiê sobre Jonas. Verônica é 
surpreendida com a presença de 
Jonas. Zac Vírus exige que Manue-la 
vasculhe o computador de Jo-nas, 
e Murphy a flagra na Marra. 
Lara e Brian têm o mesmo sonho. 
Davi encontra uma pista de San-dra, 
e Verônica decide retomar 
abiografia de Jonas. Barata convi-da 
Ludmila para jantar. Ernesto 
se surpreende ao ver Pamela e 
Herval juntos. Verônica inventa 
uma desculpa para Jonas sobre 
sua viagem. 
Quinta-feira - Verônica insiste em 
conversar com Sandra. Davi com-bina 
de Matias fazer os testes pa-ra 
trabalhar na Brazuca.Murphy 
decide não contar para Jonas que 
viu Manuela mexendo em seu 
computador. Sandra revela sua 
história com Jonas para Verônica. 
Jonas e Brian começam a passar 
todos os assuntos da Marra para 
Manuela e ela se surpreende com 
o projeto do transumanismo. San-dra 
conta que se encontrou com 
Jonas pela última vez em Brasília, 
na viagem em que ele foi encon-trar 
um pajé. Manu e Arthur co-mentam 
sobre o aumento de ven-das 
das ações daMarra com o pro-jeto 
do transumanismo e descon-fiam 
se Jonas está realmente 
doente, sem saber que Vicente 
escuta a conversa. 
Sexta-feira - Jonas diz a Brian que 
fará uma coletiva para anunciar 
os novos projetos da Marra e fala-rá 
sobre a piora de seu estado de 
saúde. Verônica decide revelar a 
conversa que teve com Sandra pa-ra 
Davi Barata não consegue se 
envolver com Ludmila. Brian e La-ra 
têm sua primeira noite de 
amor. Davi, Verônica e Edna con-tam 
para Vicente o que sabem so-bre 
Jonas e pedem que ele seja 
um espião na Marra. A turma da 
Navegabeat chega de viagem, re-cebida 
por Manuela e Fred. Rita 
ouve Dante dizer que fará mais 
um show de Cidão. Pamela encon-tra 
Verônica na sala de Jonas. Ar-thur 
percebe a aflição de Manuela 
antes da coletiva de Jonas. Jonas 
faz seu pronunciamento, e Pame-la 
se emociona. Megan se reconci-lia 
com o pai. 
Sábado - Ernesto inventa uma des-culpa 
para Megan, e Davi a conso-la. 
Verônica deixa a coletiva com 
Edna. Vicente grava uma conver-sa 
entre Jonas e Manuela. Pame-la 
questiona Gláucia sobre seus 
sentimentos por Jonas. Fred en-contra 
Rita por acaso e a convida 
para almoçar. Manuela confessa 
a Arthur que está sendo coagida a 
enganar Jonas. Davi descobre o 
computador de onde foi enviado o 
e-mail para Verônica. Herval diz a 
Débora que vai declarar guerra 
contra Jonas. Dorothy afirma a Ba-rata 
que ele precisa de uma 
reprogramação. Brian e Lara des-confiam 
de Chang. Cidão elogia 
Dorothy. 
BOOGIE OOGIE - 18H15 
Segunda-feira - Madalena se sen-te 
mal com a notícia sobre a troca 
dos bebês. Susana descobre que 
Sandra é a criança que foitrocada 
por Vitória. Madalena conta a Fer-nando 
que Vitória não é sua filha. 
Fernando entra no apartamento 
de Inês atrás de Sandra, mas Ta-deu 
a esconde. Ricardo afirma a 
Gilson que Luisa vai procurar por 
ele e Zuleica. Rafael consegue im-pedir 
que Sandra vá para a casa 
de Vicente. Carlota decide contar 
seu segredo para Leonor. 
Terça-feira - Carlota confessa a 
Leonor que não consegue viver 
sem Fernando. Susana vai à casa 
de Vicente à procura de Sandra, 
mas não a encontra. Madalena 
conta para Fernando que Sandra 
é a sua filha biológica. Beto avisa 
à mãeque Madalena está no escri-tório 
da Vip Turismo com Fernan-do. 
Carlota se desespera com a si-tuação 
da Boogie Oogie. Beatriz 
desconfia da reação de Susana 
ao perguntar sobre um sinal de 
nascença de Sandra. Susana apa-rece 
de surpresa na casa de San-dra. 
Quarta-feira - Susana consegue 
ver o sinal de nascença de San-dra. 
Leonor aconselha Carlota a 
revelar seu segredo para Fernan-do 
antes que Amaury o faça. Carlo-ta 
sugere que Amaury venda a 
Boogie Oogie para Ricardo. Dian-te 
da proposta da venda da disco-teca, 
Amaury decide não revelar o 
que sabe sobre Carlota, para de-sespero 
de Vitória. Rafael decide 
contar a Vitória sobre a troca de 
bebês. Inês diz a Fernando que sa-be 
onde Susana está. 
Quinta-feira - Inês revela a Fernan-do 
que Susana está em sua casa. 
Daniele diz a Vitória que Amaury 
já vendeu a Boogie Oogie para o 
pai. Inês consegue impedir Rafael 
de contar a Vitória sobre a troca 
dos bebês. Fernando seduz Susa-na 
e lhe faz uma proposta para im-pedir 
que ela conte a verdade pa-ra 
sua família. Susana conta para 
Inês que Fernando propôs reatar 
o relacionamento dos dois. Fer-nando 
vai até a casa de Sandra. 
Sexta-feira - Fernando se oferece 
para pagar a faculdade de Sandra 
no exterior, e a menina expulsa o 
empresário de sua casa. Inês ten-ta 
convencer Susana de que Fer-nando 
não deixará sua família pa-ra 
ficar com ela. Susana conven-ceRafael 
a não contar para San-dra 
que Fernando é seu pai bioló-gico. 
Beatriz confessa seu segre-do 
a Célia. Susana afirma a Fer-nando 
que só voltará para ele co-mo 
sua esposa, e exige que o 
empresário se separe de Carlo-ta. 
Sábado - Fernando promete a 
Susana que vai se separar de 
Carlota. Vitória conversa com 
Júlia sobre o passado de Carlo-ta 
e ganha sua confiança. Luisa 
encontra Zuleica na rua e disfar-ça 
para Filipinho. Célia entrega 
uma câmera para Zuleica tirar 
uma foto do namorado de Susa-na. 
Beatriz se frustra com a fal-ta 
de interesse de Elísio.Fernan-do 
demite Gilda. Madalena vai 
até a casa de Inês para falar 
com Susana. 
Segunda-feira - Marcelo se descul-pa 
com Roberta por ter desconfia-do 
da empresária. Pedro aceita a 
proposta de Bianca de namorar 
Karina em troca do patrocínio de 
sua banda e avisa a Nando que 
está pronto para gravar o CD de-mo. 
Cobra consegue afastar as 
principais concorrentes de Jade 
no teste para o clipe. Dandara pro-cura 
Mari para conversar sobre a 
gravidez. Bianca não consegue o 
dinheiro de Pedro com Gael e Du-ca 
lhe oferece um empréstimo. Zé 
Alvarenga aprova Jeff para o clipe, 
e Bárbara e Jade são seleciona-das 
para o teste final como dança-rinasprincipais. 
Jade pede que Co-bra 
sabote Bárbara. 
Terça-feira - Karina despeja um 
balde de água em Pedro. Rute in-centiva 
Jeff a participar do clipe. 
Jade se arrepende e tenta impedir 
Cobra de prejudicar a Bárbara. Co-bra 
enfrenta Luiz e Diego para de-fender 
Bárbara, que aconselhaJa-de 
a se afastar do rapaz. Dandara 
comemora o retorno de Mari à Ri-balta. 
Nando pressiona Pedro so-bre 
o dinheiro do estúdio. Mari e 
Jeff decidem ser apenas amigos. 
Heideguer aprova a atitude de Co-bra 
e garante a Lobão que ganha-rão 
dinheiro com o rapaz. Jade 
vence o teste para o clipe e come-mora 
com Lucrécia. Mari revela-sua 
gravidez para Franz. Jade e 
Cobra se beijam. 
Quarta-feira - Gael permite que Pe-dro 
faça uma aula experimental, e 
Karina se candidata a ensiná-lo. 
Cobra assiste à gravação do clipe 
para acompanhar Jade, e Lucré-cia 
se incomoda com a presença 
do rapaz. Pedro consegue fazer 
Karina sorrir e cobra seu dinheiro 
de Bianca. Heideguer e Lobão 
pensam ter visto Alan em uma ma-téria 
de jornale Nat se preocupa. 
Bianca aceita o empréstimo de 
Duca. Jade é elogiada na grava-ção 
do clipe. Mari comunica a 
Dandara que voltará para sua ci-dade, 
e se despede de Jeff. Dalva 
e Duca se surpreendem com a 
possibilidade de Alan estar vivo. 
Quinta-feira - Fatinha convida Nan-do 
para ser padrinho dos gêmeos 
que espera de Bruno. Dalva garan-te 
a Duca que Alan está morto. 
Heideguer comenta com Lobão 
que acredita que Dalva esconda 
algo. Cobra diz para Jade que não 
gosta de ouvir não e ela o en-frenta. 
Inspirada por Fatinha, Mari 
avisa a Franz que não deixará o 
Rio de Janeiro. Dandara e Jeff co-memoram 
a decisão de Mari. Du-ca 
procura estágio na academia 
de Roberta, e Marcelo observa os 
dois. João instala um videogame 
velho e sua televisão acaba pe-gando 
fogo. João e Pedro chegam 
ao apartamento de Gael, acompa-nhados 
de um policial. 
Sexta-feira - Gael tenta acalmar 
Dandara e a acompanha até seu 
apartamento. Sol promete a 
Wallace que assistirá ao seu exa-me 
de grau da academia. João e 
Dandara se hospedam na casa 
de Gael. Bianca se culpa por Duca 
trabalhar em dois lugares para 
conseguir dinheiro Nando aprova 
a nova canção de Pedro, e ques-tiona 
se o rapaz está apaixonado. 
Bianca sente ciúme de Roberta 
com Duca. Nat consegue fala com 
Dalva, que fica nervosa, mas dis-farçapara 
Duca João ouve a con-versa 
de Bianca com Bárbara e de-cide 
ajudar a menina a produzir o 
falso book. Solesquece do exame 
de grau de Wallace na academia. 
Pedro consegue um carro de som 
para se declarar para Karina. 
Resumo das novelas 
GLOBO 
GERAÇÃO BRASIL - 19H30 
TV - 22 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
GLOBO 
RECORD 
Segunda-feira - Duda e Mili conver-sam 
no pátio do orfanato. Mili diz que 
todos sentiram falta dele. Marian es-piaaconversadosdois. 
Marianpaque-ra 
Duda, que não retribui. Fernando 
pede para as crianças enviarem uma 
mensagem para Carol através do 
Correio Elegante Móvel, invenção 
para tentar arrecadar dinheiro para o 
CaféBoutique,queestáemcrise. Car-men 
leva um susto ao se deparar 
com Duda na mansão dos Almeida 
Campos. 
Terça-feira - Marian pega escondido o 
dinheiro arrecadado com o Correio 
Elegante Móvel e coloca na boneca 
Laura. Todos assistem à estreia da 
série. Cris diz para Samuca que eles 
precisam anunciar para todos que es-tão 
namorando. Tudo faz parte do pla-no 
da chiquitita para deixar Vivi com 
ciúme. Tati nota que o dinheiro do 
CorreioElegante desapareceu.Thia-go 
encontra o dinheiro na boneca de 
Maria, que jura não ter pego a quan-tia. 
Samucae Cris mentem que estão 
namorando. Vivi fica enciumada. 
IMPÉRIO - 21H00 
VITÓRIA - 21H30 
Quarta-feira - Carmen vai ao orfanato 
econta para MatildequeCintia voltou. 
Maria conta para Tati, Teca e Ana que 
foi Marian quem colocou o dinheiro 
em sua boneca. Matilde diz para Car-menque 
Marian é umapequenabem 
malvada.JP,MoscaeDudaficam, aci-dentalmente, 
diante de Mili. JP e Mos-ca 
discutem. Pata pergunta se ela 
sente algoporDuda e Mili garanteque 
não gosta de Duda e nem de JP, ape-nas 
de Mosca. 
Quinta-feira - Mili vê Maria chorar e 
consola a pequena. Mili canta a músi-ca 
Meu Anjinho e Miguel, escondi-do, 
se emociona ao lembrar que Ga-briela 
cantava essa música durante a 
gravidez. Mili diz para Maria que Sofia 
cantava essa canção quando ela era 
pequena. Miguel diz para Simão que 
acredita que Mili possa ser sua filha. 
Marian inventa para Mosca que Mili 
diz que não sente absolutamente na-da 
por ele. Bia estranha que Pata fez 
umpenteado diferente para ir ao colé-gio. 
Bia acreditaquePata está gostan-do 
de alguém. 
Sexta-feira - Na escola haverá umtor-neio 
de Artes Marciais. Mosca, Rafa e 
Binho querem participar, mas preci-sam 
de mais meninos para a equipe. 
Eles convidam Duda e o pequeno 
oriental Fábio. Os dois aceitam inte-grar 
a equipe deles. Carol avisa para 
Vivi que um representante de uma 
marca do Rio Grande do Sul viu o tra-balho 
dela e se interessou emcontra-tara 
menina. Vivi fica feliz. Carol conta 
que eles arcam com todas as despe-sas, 
porémela terádeirsozinhaepre-cisará 
morar lá porumano. 
Segunda-feira - Artur insiste em di-zer 
para Diana que o filho que ela 
espera é dele. Rafael nega e diz 
que ele e Diana começaram a na-morar 
na viagem que fizeram jun-tos. 
Artur diz que vai pedir exame 
de DNA e Diana passa mal. Iago é 
chamado na delegacia para escla-recer 
os fatos sobre a morte de Fe-lipe. 
Diana diz para Luciene que 
está aflita com exame de DNA. Re-beca 
e Vinícius decidem conti-nuar 
namorando em segredo. Pris-cila 
coloca Valéria contra parede, 
mas ela finge estar tudo bem. 
Terça-feira - Iago invade a delega-cia 
acompanhado de seus capan-gas. 
Um policial é morto e pes-soas 
são amordaçadas. Enzo ten-ta 
bater em Iago, mas leva a pior. 
Pedro Um e Pedro Dois recebem a 
ordem de usar Enzo como escu-do. 
Iago faz Netto de refém e foge 
de carro. Começa uma persegui-ção 
e Iago mata os policiais. Dia-na 
e Bernardo desconfiam que te-nha 
sido Nelito quem dopou Vitó-ria. 
Sabrina pede ajuda a Quim pa-ra 
descobrir o paradeiro de Enzo. 
Bernardo tenta defender Nelito. 
Quarta-feira - Iago avisa que Enzo 
está morto e Priscila comemora. 
Paulão sente a morte do amigo. Ia-go 
resolve mutilar um dedo de En-zo 
para comprovar a morte dele 
para Priscila e a polícia. Enzo fica 
desacreditado ao ver um curativo 
em sua mão. Nelito se sente mal 
pela desconfiança de Diana. Ra-fael 
conta para Bernardo que vai 
morar com Diana. Paulão fica ali-viado 
por ter se livrado do risco de 
ser denunciado por Enzo e voltar 
para cadeia. 
Quinta-feira - Artur e Iago ficam 
muito emocionados ao verem que 
Clarice despertou do coma. Prisci-la 
e Paulão armam um plano para 
limpar a imagem dos dois. Clarice 
fica ansiosa e diz para Iago que o 
ouviu falar com ela. Laíza dizpara 
Mossoró que está com medo de 
um novo ataque dos neonazistas. 
Artur chora arrependido e diz para 
Clarice que sentiu muito medo de 
perdê-la. Clarice abraça o filho e 
diz que ele tem que desistir de vin-gar- 
se de Gregório. Ele diz que Dia-na 
está esperando um filho dele e 
pede mais tempo para contar a 
verdade a ela. Rosa e Anastácia fi-cam 
chocadas ao encontrarem 
roupas de dança na bolsa de PH. 
Sexta-feira - Clarice descobre que 
Gregório foi solto e se desespera, 
dizendo que Artur corre risco. Dia-na 
comemora a liberdade do pai e 
diz que é bom tê-lo de volta. Clari-ce 
diz para Iago que pretende con-tar 
para Gregório a verdade sobre 
Artur e Diana. Iago finge apoiá-la. 
Rafael convence Diana a ficar noi-va 
dele para fazer com que Artur 
acredite na farsa e desista do exa-me 
de DNA. Priscila e Paulão ne-gam 
em entrevista que tiveram al-go 
aver com a morte de Dinho. 
Paulão fica furioso ao ouvir Virguli-no 
fazer piada e chamar Quim de 
gato. Quim finge espancar Virguli-no 
no banheiro. 
Segunda-feira - João Lucas beija Ma-ria 
Ísis, que expulsa o rapaz de sua 
casa. Cora conta sobre Cristina para 
os repórteres e Xana fica furiosa Ma-ria 
Marta mostra para José Alfredo a 
notícia sobre a filha de Eliane. José 
Alfredo afirma que não faráumteste 
de DNA. Carmem cuida da transfe-rência 
de Salvador para um manicô-mio 
judiciário Reginaldo passa mal 
após a chegada de Jurema a sua ca-sa. 
Maria Marta explica como José 
Pedro conseguirá tomar o poder de 
José Alfredo. Vicente observa Maria 
Clara e Enrico juntos. 
Terça-feira - Cristina éhostilcomMa-ria 
Clara. Du conta para Maria Marta 
oendereço deMaria Ísis. Tuanee Ju-remarezampor 
Reginaldo.Xanades-confia 
da visita de Maria Clara a Cris-tina. 
Enrico fica furiosoaoverTéoem 
seu restaurante. Maria Marta e Cora 
chegamàcasadeMariaÍsisaomes-mo 
tempo. Cora encontra fios de ca-belodeJoséAlfredonoquartodeMa-ria 
Ísis. Maria Marta e Maria Ísis se 
enfrentam. 
Quarta-feira - Maria Marta e José Al-fredo 
se enfrentam. Cristina se preo-cupa 
com o sumiço de Cora. José Al-fredo 
exige que Magnólia e Severo 
voltem para São Fidélis. Téo se ofen-de 
com os comentários de 
Robertão. José Alfredo e Maria Ísis 
descobrem que Cora está escondi-da 
embaixo da cama. Magnólia aju-daCoraafugireMartaaleva 
para ca-sa. 
Cora inventa uma desculpa para 
explicar para Maria Marta o motivo 
de estar na casa de Maria Ísis. 
Quinta-feira - Silviano avisa que José 
Alfredo e Maria Marta não dormiram 
em casa. Vicente pede para Cristina 
marcarumdia para eles saírem com 
Victor.José AlfredoeMaria Ísissere-conciliam. 
Téo flagra Robertão e Éri-kasebeijando. 
XanaaconselhaJulia-nearetomaropostoderainhadeba-teria 
da escola de samba. Leonardo 
aborda Robertão na rua. Jurema avi-saa 
Cláudio que Leonardo foi agredi-do 
na rua e desmaiou. Enrico no-meiaVicentecomoresponsável 
pelo 
bufê da festa da joalheria Império. 
Sexta-feira - Fernando pede para 
conversar com Elivaldo sobre Cora. 
Silviano avisa a Maria Marta que sua 
viagem para o Monte Roraima será 
logo após a festa da joalheria. João 
Lucas procura Maria Ísis. Antoninho 
convida Juliane para ir à festa da joa-lheria. 
Teresa é hospitalizada. Du fa-la 
para Maria Marta que João Lucas 
está interessado em Maria Ísis. Fer-nando 
desiste de ajudar Cora com o 
exame de DNA. Maria Clara convida 
Cristina para a festa da joalheria. 
Sábado-TéoexpulsaÉrikadesuaca-sa. 
Maria Marta conta para José Al-fredoqueMaria 
Claraconvidou Cristi-naparaafestadaempresaTuanesu-gere 
que Jurema se hospede na ca-sa 
de Xana. José Alfredo se lembra 
deumaconversaquetevecomCristi-na. 
Cristina seaconselhacomVicen-te. 
Orvillesesenteculpado por explo-rar 
Salvador.Du avisa que João Lu-cas 
foi à casa de Maria Ísis e Maria 
Marta afirma que ele terá uma sur-presa. 
João Lucasencontra José Al-fredo 
na casa da amante. 
Resumo das novelas 
CHIQUITITAS - 20H30 
SBT 
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 23 - TV
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO 
Turismo 
Entre búfalos e igarapés 
na foz do Amazonas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 25 - TURISMO 
Com casas modestas e carroças puxadas 
a búfalo, a Ilha de Marajó tem ares pacatos 
e moradores hospitaleiros 
Agência O Globo 
Quando Gabriel García 
Márquez idealizou o cenário de 
Macondo em seu romance 
“Cem anos de solidão”, com 
certeza não tinha em mente a 
Ilha de Marajó, a oeste da foz 
do rio Amazonas, nas margens 
do rio Pará e do Atlântico. 
Mas bem que poderia: em 
Soure, estranhos convivem co-mo 
velhos amigos, fazendo 
com que os turistas se sintam 
imediatamente acolhidos neste 
sossegado vilarejo margeado pe-las 
águas salobras do rio Para-cauari. 
Marajó faz a gente se sentir 
entrando em um universo pare-cido 
com o de Macondo, de 
García Marquez. 
Agência O Globo 
Soure é a capital 
informal da ilha
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO 
Marajó 
ONDE O TEMPO 
NÃO TEM PRESSA 
Como toda cidade 
do Interior, a rotina 
transcorre sem 
pressa em Soure, 
com praias e 
passeios de búfalo 
Agência O Globo 
A primeira impressão que o 
turista de cidade grande é de 
uma ilha onde há apenas uma 
estrada asfaltada, todas as ruas 
são largas e de terra batida, mas 
que foi concebida e planejada 
como Manhattan: em vez de 
nomes, as travessas e ruas são 
numeradas. 
Sendo assim, você vai para 
o lugar tal que fica na Quarta 
Rua com a Travessa 12. Não 
tem nem como se perder de tão 
bem traçado. 
Em tempo: de similarida-des 
com a Big Apple só mes-mo 
esses detalhes urbanísti-cos, 
porque não encravaram 
um só arranha-céu em toda 
esta ilha - e estamos falando 
de uma região que mede pou-co 
mais de 40 mil km² - equi-valente 
ao tamanho da Suíça. 
Não é à toa que Marajó - 
povoada por indígenas des-de 
1.100 a.C - está entre as 
maiores ilhas flúvio-mariti-mas 
do planeta. 
Conserva até hoje uma aura 
de genuinidade. Extremamen-te 
hospitaleiros e amáveis, os 
habitantes se orgulham de suas 
origens que remontam a civili-zações 
pré-colombianas. 
Além de só ter casas, a 
maioria modesta, de um só an-dar, 
em Marajó quase não há 
automóveis. O que se veem 
são bicicletas e motocicletas 
de baixa potência. 
Bastante comum é a carroça 
puxada a búfalo, animal que se 
adaptou ao meio ambiente e às 
condições climáticas que, é 
bom ressaltar, acarretam mu-danças 
drásticas na topografia 
da região. 
No “inverno” marajoense, 
de janeiro a maio, chove a pon-to 
de deixar grande parte da 
ilha submersa. O búfalo, graças 
à sua genética, consegue encon-trar 
seu alimento mesmo nas 
pastagens cobertas pelas águas 
- ele come cerca de 80 quilos de 
folhagens por dia. 
Além de ter se tornado o íco-ne 
de Marajó, contabilizando o 
maior rebanho do Brasil com 
700 mil cabeças, o animal se 
converteu num recurso econô-mico 
para grande parte dos 23 
mil habitantes de Soure. 
Transporta lixo, mercado-rias, 
pessoas, bens de consumo 
e virou atração turística. Sem 
falar que a búfala produz o leite 
para a confecção do queijo, que 
lembra o feta grego, na textura 
e no paladar. 
Fotos: Agência O Globo 
Preparando-se 
para levar 
turistas a 
passeio para 
explorar a 
região 
A polícia montada faz ronda em búfalo, animal multiuso em Marajó
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Mais respeito entre as pessoas é caminho para uma sociedade feliz

  • 1.
  • 2. Editorial Albert Einstein disse, certa vez, que o seu ideal político seria a democracia para que todo o homem fosse respeitado como indivíduo e nenhum venerado. Trecho de um texto judaico revelou que se as pessoas não respeitassem os seus pais, os filhos não iriam respeitá-las. Já Clarice Lispector disse, um dia, que se alguém a achasse esquisita, era preciso respeitá-la, porque até ela foi obrigada a respeitar-se. E o que representa tudo isso? Todos falam sobre a importância do respeito para se viver bem em sociedade. Uma de nossas matérias desta edição reforça a ideia de que a crise de desrespeito que estamos vivenciando nos últimos tempos, apenas reflete o atual estado de nossa sociedade, perdida em seus paradigmas e valores, sem saber exatamente em que acreditar e o que valorizar. Na reportagem “Mais respeito, por favor”, especialistas falam e incentivam os leitores a ter uma atitude respeitosa pelo ser humano e ser mais feliz. 11 Urologista orienta sobre a cólica renal, uma causa não obstétrica mais comum para internação hospitalar durante a gestação Agência O Globo 24 A rica diversidade e o sossego da Ilha de Marajó, banhada por mar e rio 12 Caco Ciocler fala sobre o personagem que irá fazer em "Boogie Oogie" (Globo) e sua estreia como cineasta Poesia Um sonho de paz Certa vez tive um lindo sonho, sonhei com o mundo em paz. No universo só haviam amigos e guerras não haviam mais. Todos se ajudavam. Ninguém sentia pavor de ouvir estampidos e gritos. Haviam acabados o sofrimento e a dor. Ah! É pena que foi quimera. Pois no coração humano, predomina a guerra. Que é a pior de todas as feras. A vida era só de euforias, as multidões faziam correntes e sorrindo, emanavam alegria, brotando do amor as sementes Foi um sonho lindo, perfeito, algo como ele jamais me aconteceu. E quando acordei, senti em meu peito, a mão do Cristo, o filho de Deus. JoãoPrezado Agência O Globo Turismo Edvaldo Santos Televisão Lei universal da boa convivência Rui Nogueira Barbosa DIÁRIO DA REGIÃO Diretor de Redação Décio Trujilo decio.trujilo@diariodaregiao.com.br Editor-chefe Fabrício Carareto fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br Coordenação Ligia Ottoboni ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br Editor de Bem-Estar e TV Igor Galante igor.galante@diariodaregiao.com.br Editora de Turismo Cecília Demian cecilia.demian@diariodaregiao.com.br Editor de Arte César A. Belisário cesar.belisario@diariodaregiao.com.br Pesquisa de fotos Mara Lúcia de Sousa Diagramação Cristiane Magalhães Tratamento de Imagens Edson Saito, Luciana Nardelli e Luis Antonio Matérias Agência Estado Agência O Globo 2 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 3. Comportamento DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 3 Tristeza precisa ser controlada Entenda a depressão e suas causas para minimizar seu efeito Elen Valereto elen.valereto@diariodaregiao.com.br Os números são gritantes quando mos-tram quantas pessoas estão sofrendo de de-pressão: são cerca de 350 milhões em todo o mundo. Apesar da alta estatística, a triste notí-cia é que milhares - talvez milhões - nem sa-bem que têm o problema que, senão tratado, pode provocar até a morte por suicídio. A depressão é desencadeada por motivos diferentes. Uma frustração e um estresse em relação ao trabalho, por exemplo, podem ser recebidos de maneiras distintas exatamente pela história pessoal, pela cultura familiar e pe-la segurança emocional. Assim como a perda de um ente querido, a rejeição amorosa ou a reprovação em uma prova. Da mesma forma, a interferência gené-tica tem grande peso, informa o psicólogo Fábio Roesler, especialista em neurofeed-back e análise aplicada do comportamento, de São Paulo. “Os fatores genéticos atuam conjuntamente, por exemplo, com duas pessoas enfrentando o mesmo tipo de tra-balho. Uma delas pode desenvolver depres-são, pois ocorre devido a uma predisposi-ção genética que um deles tem e o outro não”, diz. Quando deprimidas, os sintomas mais comuns das pessoas são o isolamento so-cial, a apatia, os pensamentos negativos e pessimistas, a perda de vontade por ativida-des prazerosas, a tristeza sem motivo, a al-teração de humor, a negligência com a saú-de e aparência, entre outros. Mas, afinal, o que está acontecendo? O que precisa ser feito a respeito para modifi-car essa situação? O encaminhamento para um profissio-nal psiquiatra, a introdução de medicamen-tos e o encaminhamento à psicoterapia é o roteiro padrão. Apesar disso, a questão é que muitas dessas pessoas não têm ideia do que está acontecendo com elas e culpam a vida ou acusam quem está mais próximo como culpadas por “tudo de errado” e/ou “falta de sorte” delas. Para Roesler, algumas pessoas não sa-bem que têm depressão porque não têm co-nhecimento do padrão funcional dessa pa-tologia. Primeiro porque acreditam que a tristeza sentida é normal e vai passar, mas também não aceitam que podem estar doentes. Isso porque há negação a respeito de doenças psiquiátrico e psicológicas. “Nos casos em que ocorre essa negação é preciso conscientizar o paciente de que sua condição é análoga a qualquer outro ti-po de doença, mesmo não sendo detectada em exames. Explicar-lhe sobre os sintomas e recorrer a sua memória anterior à doen-ça, para que ele compare e veja a diferença entre o que era e o que é agora com a de-pressão”, orienta o psicólogo. A ideia da necessidade de perfeição di-fundida na sociedade é um dos motivos que provoca a infelicidade e a frustração de não fazer parte do grupo. Como é inquieto, o ser humano naturalmente somente obser-va o que ainda falta ou o que está errado. Faz comparações com o que está acima de-le e sente-se inferior. “É mais fácil comparar a nossa vida vis-ta de fora com a dos outros, que parecem es-tar acima de nós. A realidade é justamente o contrário: as pessoas mais felizes são as que manifestam gratidão por tudo o que têm”, diz a autora do livro “O que falta pa-ra você ser feliz”, Dominique Magalhães. Quando a infelicidade atinge grande proporção, fica a sensação de desesperan-ça, sem saída para o sofrimento emocional. Todo esse acúmulo chega a desenvolver a depressão, o pensamento de falta de mere-cimento, o abalo da fé e a falta de força pa-ra pedir ajuda. “É claro que não se pode ignorar o peso da genética, hereditariedade e química cerebral, mas uma vida plenamente vivi-da é a melhor forma de prevenir uma tendência depressiva de se manifestar. Ao detectar um comportamento depres-sivo, os parentes e amigos podem se mo-bilizar para ajudar essa pessoa”, explica a escritora.
  • 4. 4 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO MAIS RESPEITO, POR FAVOR Especialistas revelam aos leitores a importância do respeito às diferenças de cada pessoa e reforçam a ideia de que o respeito pelo outro é caminho para uma sociedade mais feliz Gisele Bortoleto gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br É fácil, no cotidiano, encontrar exemplos de falta de respeito. Pessoas fa-lando ao celular durante cerimônias reli-giosas, motoristas estacionamdo seus carros em vagas destinadas a idosos e de-ficientes físicos, homens que descem do carro e agridem mulheres ao serem fe-chados no trânsito, comentários ofensi-vos nas redes sociais diante de tragédias ou simplesmente porque não gostam de uma foto e até colegas que comemoram em grupos a demissão de um desafeto. Outros casos? Bullying de todas as espécies (contra pessoas acima do peso, magras demais, homossexuais e ne-gros), som alto ligado no último volu-me, pessoas furando filas de banco, fi-car com o troco devolvido errado ou ob-jetos que não lhe pertencem, pessoas que atiram o lixo pelas janelas dos car-ros e até pessoas que quebram imagens de santos por não concordar com a utili-zação dos símbolos. O fato é que o ser humano perdeu to-talmente o respeito pelo próximo em to-das classes sociais, em todos os senti-dos, e em todos os lugares, como nas es-colas, nas ruas, no trabalho, na vizinhan-ça e no próprio lar entre os casais. Pais e filhos, irmãos e amigos parecem não se entender. Enfim, a falta respeito entre as pessoas. O respeito demonstra um sentimen-to positivo de estima por uma pessoa ou para uma entidade (como uma nação e uma religião) e também ações especifi-cas e condutas representativas daquela estima. Também pode ser um sentimen-to específico de consideração pelas qua-lidades reais do respeitado ou conduzi-do de acordo com uma moral específica de respeito. Ser rude é considerado uma falta de respeito (desrespeito), en-quanto que ações que honram a al-guém ou a alguma coisa são considera-das respeito. Morais específicas de respeito são de importância fundamental para mui-tas culturas. Respeito por tradições e autoridades legítimas são identificadas pelo professor-assistente de psicologia na University of Virginia, nos Estados Unidos, Jonathan Haidt como um dos cinco valores morais fundamentais compartilhados para um maior ou me-nor por sociedades e indivíduos diferen-tes. Respeito não deve ser confundido com tolerância porque tolerância não diz necessariamente nenhum sentimento po-sitivo, e não é compatível com desprezo, o contrário de respeito. Apalavra respeito vem do latim respi-cere que significa olhar para trás. Isso evo-ca a ideia de julgar alguma coisa em rela-ção ao que foi feito quando é valoroso ser reconhecido. Além, a noção de respeito implica que pode ser aplicado para uma pessoa que fez algo certo, mas também pa-ra qualquer coisa afirmada no passado co-mo uma promessa, a lei. Isto também é porque na maioria dos idiomas, o respeito deve ser merecido. Maso que dizer diante de tanto desres-peito pela vida humana? O que é preciso fazer para introduzir o respeito entre nós, de modo generalizado? “Sabemos que uma sociedade só se constrói e dá um sal-to para relações minimamente humanas quando instaura o respeito de uns para com os outros”, diz o teólogo Leonardo Boff, autor do livro “Convivência, Respei-to, Tolerância”, (editora Vozes). O respeito, como o disse o psicanalis-ta inglês Donald Woods Winnicott (189 6-1971), nasce no seio da família, especial-mente da figura do pai, responsável pela passagem do mundo do eu para o mundo dos outros que emergem como o primei-ro limite a ser respeitado. Um dos crité-rios de uma cultura é o grau de respeito e de autolimitação que seus membros se im-põem e observam. Surge, então, a justa medida, sinônimo de justiça. “Rompidos os limites, vigora o desrespeito e a imposi-ção sobre os demais. Respeito supõe reco-nhecer o outro como outro e seu valor in-trínseco seja pessoas ou qualquer outro ser”, completa Boff. Dentre as muitas crises atuais, Boff considera a falta generalizada de respeito seguramente uma das mais graves.Odes-respeito campeia em todas as instâncias da vida individual, familiar, social e inter-nacional. Por esta razão, o pensador búlga-ro- francês Tzvetan Todorov em seu re-cente livro “Omedo dos bárbaros”( edito-ra Vozes), adverte que se não superarmos o medo e o ressentimento e não assumir-mosa responsabilidade coletiva e o respei-to universal, não teremos como proteger nosso frágil planeta e a vida na Terra já ameaçada. Osseres humanos se focaramemques-tões materiais e sua essência se tornou al-go secundário. Houve um desvio de seu norte. “O respeito é fundamental para a vida em sociedade, onde os seres huma-nos aprendem a se respeitar, surge um es-pírito de cooperação que permite a todos crescerem juntos, auxiliando-se no que for necessário”, diz artigo o professor e es-critor Maro Schweder, autor dos livros “Caminhos para a Luz “, “Como Reen-contrar a Paz de Espírito” e o “O Desper-tar da Espiritualidade” ( todos pela edito-ra Giostri) Ocorpo social só tende a ganhar deste modo, mostrando que é da união que sur-gem as grandes construções sociais e cul-turais. Mas o contrário se dá onde o des-respeito se estabelece entre as pessoas. Ali desaparecem as bases sobre as quais o cor-po social se apoia. “Não é de estranhar que deste modo às relações existentes se enfraqueçam cada vez mais, não permitin-do que uma construção conjunta se dê”, explica Schweder. Muito antes a desinte-gração se inicia, minando o que foi cons-truído até então, pelo labor e o empenho das gerações passadas. Esta é a realidade no mundo atual. As construções culturais das gerações passa-das encontram-se em perigo, porque as novas gerações, devido aos valores cultiva-dos, não conseguem valorizar o que o pas-sado lhes legou. “Olham com estranha-mento para a herança recebida, não com-preendendo minimamente o seu signifi-cado”, explica Schweder.Eentre esses va-lores perdidos, encontra-se em primeiro lugar o respeito. Eis algo que os jovens de hoje sabem cada vez menos, demonstran-do sua falta de consideração pelo próxi-mo. Não é à toa que o mundo vem se tor-nando tão violento. Por mais que se afir-meque o serhumano evoluiu nesse aspec-to, transformando-se numa criatura mais dócil e civilizada, a experiência mostra que não é bem assim. Emtermos de valores as novas gera-ções encontram-se vazias- ressalta Schweder - não possuem as noções mí-nimas necessárias para o convívio so-cial. Não é à toa que a paz social seja uma questão tão delicada atualmente. Onde o desrespeito se estabelece, tor-na- se difícil alcançá-la. Por si só não tem como surgir. “É resultado de uma forma de conceber o mundo, a qual os jovens não aprenderam, em sua maio-ria. Em termos de valores as novas ge-rações encontram-se vazias. Não pos-suem as noções mínimas necessárias Atitude
  • 5. para o convívio social. Não é à toa que a paz social seja uma questão tão delicada atual-mente”, critica o professor. Onde o desres-peito se estabelece, torna-se difícil alcançá-la. Por si só não tem como surgir. É resulta-do de uma forma de conceber o mundo, a qual os jovens não aprenderam, em sua maioria. Quem não respeita o seu semelhante é porque perdeu algo dentro de si. Depa-ra- se com uma lacuna existente em seu íntimo, a qual não lhe permite observar a vida como ela é, mas como surge em sua mente desviada dos rumos da existência. É a perda dos valores que conduz a isso, fazendo surgir um esvaziamento ético que conduz ao maucaratismo, praticado abertamente nos dias de hoje. O desrespeito tornou-se a regra em nos-so tempo. Notadamente entre as novas gera-ções, seja entre os seus próprios integran-tes, ou em relação aos que pertencem às ge-rações mais antigas. Como não dispõem de valores adequados, que nem chegam a dis-cernir o certo do errado, confundindo as coisas indiscriminadamente. “Esta crise de desrespeito que estamos vivenciando nos últimos tempos apenas re-flete o atual estado de nossa sociedade, per-dida em seus paradigmas e valores, sem sa-ber exatamente em que acreditar e o que va-lorizar”, diz Regiane Martins, master exe-cutive coach. Uma sociedade sem valores fortes e nobres o bastante para sustentá-la de forma saudável, acaba por apresentar se-quelas e epidemias malignas que vão cor-roendo suas partes saudáveis, e o desrespei-to é uma delas. Respeito é uma lei universal de boa con-vivência, sendo ele o pai dos demais direi-tos e valores: é o respeito à liberdade que ga-rante a liberdade, o respeito à vida que pode garantir a vida, e assim por diante. Seria simples se tivéssemos padrões mais claros sobre o que realmente importa para nós en-quanto indivíduos, enquanto pais, educado-res e cidadãos. “Outro dia ouvi uma brilhante professo-ra já aposentada contando que perguntou aos responsáveis pela direção da escola:’ - que tipo de pessoa vocês querem que eu for-me? Me digam e eu o farei. Mas eles não dis-seram”, complementa Regiane. Na verda-de, respeito se aprende em casa, na escola, na televisão, nos filmes, com exemplo e não com discursos prontos. Aliás, nunca é de-mais lembrar que palavras convencem mas o exemplo arrasta. E talvez nós não esteja-mos fazendo nosso melhor dever de casa neste aspecto. O que temos ensinado a nos-sos filhos, alunos e eleitores? Que tipo de lí-der temos sido para eles? Vejo que a solução é composta por um trinômio: valores, edu-cação e exemplo. “Exemplo de resgate da es-sência do respeito. Respeito por mim mes-mo, pelo outro, pela minha cidade, pela so-ciedade e pela minha Nação”, diz Regiane. “Por mais que eu não concorde o seu di-reito de viver e de agir, eu preciso defen-der a sua dignidade. O que estamos ven-do acontecer atualmente, essa intolerân-cia das pessoas, essa violência. Não pode-mos continuar admitindo que os precon-ceitos gerem esses comportamentos. Uma coisa é você não concordar com a maneira com que o outro escolheu de vi-ver. Cada um tem o direito de pensar à sua maneira. Agora, agredirmos fisica-mente ou usarmos da nossa posição para humilhar, falar mal, desumanizar o outro com nosso discurso?”, diz o padre Fábio de Melo, autor de livros como Quem me Roubou de Mim?”, “É Sagrado Viver” (ambos pela editora Planeta) e “Tempo: Saudades e Esquecimentos” (editora Pau-linas). Falta a postura de respeito. É preci-so olhar para todos e respeitá-los como ser humano. Saudável é agir para tentar ajudar e mobilizar-se para que o outro tenha a pos-sibilidade de mudar de vida. Agredir, fa-zer piadas e criar violêcia, não. “Em mo-mento nenhum podemos permitir que es-sa atitude cresça no nosso meio. Antes de tudo, temos de ter uma atitude respeitosa pelo ser humano”, complementa. Você não precisa concordar com o roubo, com a mentira, a injustiça. Mas olhar com dig-nidade para aquele que cometeu tudo isso porque somente a partir do olhar que o faz recordar que ele tem dignidade, é que faz com que o faz recordar que ele tem dignidade é que ele pode encontrar forças dentro dele para modifi-car seu comportamento. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 5
  • 6. Comportamento GUARDADO A SETE CHAVES Todos temos, em alguma proporção, um segredo muito bem escondido. Alguns contados, outros não. Mas, isso é algo positivo? Gisele Bortoleto gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br Todos nós temos algum segredo. Aquele que não vai ser revelado nunca à melhor amiga, ao padre e ao psicólogo. Não significa necessariamente que seja al-go que precisamos esconder, mas que não será dividido por ser uma coisa só nossa. Pode ser uma mania, o desejo de se vingar de alguém,umafantasia,umromance proi-bido ou um passado nebuloso. As varian-tes são tantas, que poderiamos ficar por um bom tempo listando. Muitas vezes as pessoas escondem as coisas por medo de se-rem mal interpretadas ou julgadas, mas o fato é que é normal guardarmos para nós o que não queremos dividir com os outros. De fato, existem segredos que as pes-soas evitariam contar até mesmo para seu reflexo no espelho. Geralmente são com-portamentos e pensamentos que, no julga-mento dessas pessoas, trariam complica-ções ou estigmas”, explica o psicólogo cog-nitivo- comportamental Alexandre Cáprio. Para compreender melhor as motiva-ções básicas que levam as pessoas a guar-dar segredos, precisamos considerar al-guns aspectos. O primeiro é o legal. Existem pessoas que fazem coisas erra-das com o propósito de atender seus im-pulsos, não importando o prejuízo so-cial que gere. Nesse caso, o segredo é um respaldo para continuarem pratican-do o ato, como por exemplo, um crime. “A pedofilia e o tráfico de drogas estão enraizados em nossa sociedade e são di-fíceis de serem combatidos justamente porque o praticante oculta seus rastros. Trata-se de um sujeito consciente, que sabe que se comporta de forma inaceitá-vel para sua sociedade, mas que não quer abandonar nem a sociedade, nem a prática do atos”, complementa. Essas pessoas mantém segredo com o único propósito de se esquivar de uma puni-ção. Rompem os direitos alheios em de-trimento dos próprios desejos. Em uma esfera diferente desta, exis-te o segredo mantido por arrependi-mento. O indivíduo pode ter feito al-go, em determinado momento da vida que o envergonhe e do qual não quei-ra mais se lembrar. Nesse caso, o segre-do é uma pedra que se coloca em cima do acontecimento, uma tentativa de en-terrar o passado. Trata-se de sentenciar e de condenar a si mesmo por algo que tenha acontecido. Em uma linha parecida, mas ainda mais tênue, temos os pensamentos e comportamentos que não geram prejuí-zos a terceiros, mas são considerados inadequados, estranhos ou bizarros. Nesse caso temos um leque de possibili-dades tão grande quanto a imaginação humana. “Uma senhora pode, por exem-plo, ter lampejos de imagens de sexo no culto de sua igreja e sentir-se extrema-mente envergonhada, incapaz de contar isso para qualquer outra pessoa, como se isso revelasse uma impureza imper-doável. Um rapaz que, em algum mo-mento da infância, desejou que os pais desaparecessem, pode desenvolver um sério trauma futuro em caso de separa-ção ou até mesmo se um deles vier a fale-cer. Tudo depende do quão sério ou de-turpado é o seu pensamento, de acordo com seu próprio julgamento”, explica Cáprio. “Algumas pessoas se envergonham de coisas perfeitamente normais, que muitas outras pessoas pensam, mas não dizem. Com muita facilidade, nos julga-mos com severidade e exigimos muito de nós mesmos”, ressalta Caprio. Tenta-mos criar uma imagem próxima à perfei-ção, como se tentássemos parecer um manequim, com seu sorriso permanen-te e estático no rosto. Condenamos nos-sas falhas, nossos erros e nossos instin-tos como se eles fossem ruins. Tenta-mos bani-los e enterrá-los, ao invés de vê-los com naturalidade e de aprender com eles. “Negamos o que considera-mos pior e expomos o que considera-mos melhor, como se pudéssemos real-mente ter uma visão neutra de nossas qualidades e fraquezas. Criamos uma forma tão artificial de ser e pensar que nos sentimos culpados quando nosso es-tado humano derrapa ou se desvia desse ideal. “Então colecionamos segredos de quem fomos, de quem somos e do que seremos, como se a vida fosse uma mera prestação - ou ocultação - de contas, e não uma grande oportunidade de ser-mos únicos, de sermos nós mesmos e, claro, sermos felizes”, diz Caprio. O psiquiatra Eduardo Ferreira-San-tos explica que não se compartilha tudo nas relações. “Nela existe o eu, o tu e o nós, e as pessoas têm de ter isso muito bem organizado intimamente e enten-der que o eu é fundamental para a vida de cada um, já que nele estão nossos ge-nuínos pensamentos, sentimentos, dese-jos, sonhos, manias, fantasias, deva-neios e, claro, segredos”, diz. Durante anos de convivência clínica em psiquiatria,WilsonDaherouveas pessoas di-zeremquetêmumsegredoguardadohámui-tos anos e que ele seria o primeiro aquemse-ria revelado.“Oquemeleva a crerqueumse-gredo é sagrado e só pode ser revelado quan-do a pessoa não suporta mais o peso que o se-gredo representa durante tantos anos e então precisa compartilhá-lo com alguém em quem deposita a absoluta confiança de que a revelação não será passada adiante”, diz. Mas na vida cotidiana as coisas ficam mais complicadas. Por que a manuten-ção do segredo? A pessoa o esconde dos outros ou de si mesmo? E por que existe o segredo? “Penso que existe porque existem normas e o segredo será sempre fruto da quebra de normas estabeleci-das pela cultura em que a pessoa vive”, complementa Daher. Trair o parceiro ou a parceira é fruto do desejo de novas experiências e não se constituiria em segredo (pecaminoso) se as normas sociais e religiosas de sua cultura não catalogasse esta atitude co-mo um desvio. E se é um desvio a pes-soa sabe que faz o que seu desejo pede mas sabe tambem que, ao mesmo tempo que o desejo pede, a norma impede. “E se eu faço o que a norma impede, o que eu faço se torna secreto (segredo)”, explica Daher. Emoutras ocasiões, o segredo não é fru-to de normas estabelecidas, mas de auto-censura provocada pelo medo de provo-car situações traumáticas, como aconte-ce em casos em que os pais não biológi-cos transformam em segredo a adoção. Por mais amor que exista neste gesto, é muito perigoso deixar que o adotado descubra por si mesmo este segredo que não deveria ser segredo. Manter seus próprios segredos é uma forma de se proteger. “Nossa sociedade, nossa família e nossa consciência nos di-zem como deveríamos ser no ideal. Quan-do fazemos algo fora deste contexto ideal, nossa mente sente vergonha por medo de ser excluído”, diz a psicóloga Karina Ro-drigues E assim escondemos do mundo a verdade. Seja um aborto, seja um amante, ou qualquer coisa pela qual seremos julga-dos. Guardar uma informação só para si em geral faz mal. “Gerações e gerações de famílias são geralmente afetadas as vezes por um segredo. Contar e se livrar do peso 6 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 7. de uma informação que só você conhece é um alívio. Falar de nós mesmo e dos outros e colocar pra fora o que estamos “vivendo” ou vendo, estamos automatica-mente elaborando aquele conteúdo”, complementa. Essa necessidade é tão gran-de, que é por esse motivo que sonhamos diariamente. Mas, afinal, o que é o cer-to: conviver bem com seus segredos ou saiu espalhan-do tudo por aí? Para espe-cialistas, a confissão tem poder libertador. Muitos acreditam que o fato de contarmos nossas histó-rias mais secretas pode le-var a uma catarse: ao ou-virmos nossas próprias reve-lações, a situação pode não nos pa-recer tão ruim assim. Abrir o coração “Isso faz bem e devemos considerar contar a alguém o mal que nos aflige, abrir o coração para uma pessoa em quem confia. Certamente temos alguns segredos que não queremos contar a nin-guém, mas manter muitos segredos faz mal ao próprio organismo. Não deve-mos ser um livro fechado, cheio de se-gredos irreveláveis”, diz o consultor in-ternacional Roberto Sakay Beco. Como ensina James Pennebaker, professor da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a expressão das nossas emoções pode nos curar, trazer o bem estar físico e emocional. Ao guar-dar muitos segredos, esse ato de inibi-ção dos pensamentos faz mal ao corpo, e já sabemos disso, pois ao falar com al-guém sobre um assunto que nos angus-tia, essa aflição parece se atenuar. Na mesma proporção que o medo, o preconceito muitas vezes impede as pes-soas de serem transparentes. Por isso, acaba existindo um critério de seleção do confidente, uma vez que as pessoas buscam a cumplicidadedequemouve.Mas, sevocêquermanteraprivacidadedoseu segredo,ébomconhecerfrasedoex-presiden-te Tancredo Neves (1910-1985) quando al-guém tentou lhe contar um segredo que nin-guémpoderia saber: “Então nãomeconte. Se você, que é o dono do segredo, não consegue guardá-lo, imagine eu.” Quando o segredo é aberto para al-guém, ele perde sua característica. “Se-gredo entre dois não é mais segredo”, afirma o psiquiatra e psicanalista Luiz Alberto Py, autor dos livros “Saber Amar”, “A Felicidade é Aqui”, “Olhar Acima do Horizonte”, “Amor e Supera-ção” (todos pela editora Rocco). Segundo Py, há uma necessidade psico-lógica interna de termos a privacidade com alguma coisa. Segredo é aquilo que chama-mos de segredo.A melhor maneira é não se preocuparemrotular as coisas que sabemos de segredo. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 7 Respeito à individualidade Preservar segredos nas relações a dois mantém a individualidade. Geral-mente marido ou mulher ficam descon-fortáveis porque o cônjuge tem um se-gredo porque não entende que existe es-sa necessidade. “Tem uma hora em que a pessoa quer ficar sozinha consigo mes-ma, não quer abrir para o outro. Temos necessidade desse refúgio psicológico”, diz Py. Se as coisas estão bem entre as pessoas não há necessidade de levantar poeira, bagunçar a vida. “A revelação de um segredo pode ser muito explosivo, desconfortável”, diz Py. Assim como não é justo com o outro xeretar a pasta de trabalho, o celular, o e-mail. Isso é in-vasão de privacidade gerada pelo medo e pela insegurança. E uma relação sem confiança não é válida. Penseemajuda especializada “Se você tem a necessidade de reve-lar o seu segredo, sempre existe a possi-bilidade de procurar um terapeuta que vai trabalhar isso”, ressalta Py. E desco-brir porque tem tanta dificuldade em se abrir, porque determinada situação está tão valorizada. “É importante também que caso não esteja ainda preparado para enfrentar a sociedade ou uma pessoa em especial pa-ra quem realmente deve contar o segre-do, que o indivíduo procure por terapia, para buscar força e amparo para se sen-tir bem consigo mesmo e para que consi-ga de forma livre se expressar”, diz Kari-na Rodrigues
  • 8. Não podemos nos sentir plenos enquanto não tornamos real a consciência das nossas necessidades, desejos e capacidades 8 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO Gisele Bortoleto gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br A maioria das pessoas parece achar que precisa de um(a) amigo(a) ou um(a) para completá-las. Quando estão sozi-nhas, tendem a ficar deprimidas. É co-mo se precisassem de alguém por perto para fazer as coisas acontecerem, caso contrário, pareceriam estranhas diante dos outros e para si mesmas. Ninguém es-tá questionando a importância de manter boas amizades. São fundamentais. Mas, sempre que precisamos de alguém para conversar é a nós mesmos que devemos nos dirigir. Nossa alma interior nos dá as respostas precisas às nossas perguntas. Po-demos perguntar sobre nossas ações, neces-sidades, desejos e capacidades. E ficamos com as respostas e a razão. A única coisa que precisamos para fazer isso é ter honesti-dade consigo mesmo. Em vez de buscar encontrar alguém que tenha as mesmas qualidades que vo-cê ou seja quase como você, você irá se divertir mais quando puder desfrutar da sua própria companhia. A maioria das pessoas acha difícil acreditar nisso, mas você irá se beneficiar muito consi-go mesmo e ganhará uma boa dose de autoestima, não importa onde esteja. A interação social é sem dúvida ne-nhuma de grande importância para uma pessoa. “Porém, nada mais seguro do que escutarmos a pessoa que mais nos conhece: nós mesmos”, explica psi-cóloga Karina Rodrigues. Todos os grandes sábios e filósofos pregaram a máxima: “conhece-te a ti mesmo”. Quando conseguimos calar um pou-co as vozes exteriores, podemos nos vol-tar para nós mesmo e entender o que nós realmente queremos para a nossa vi-da. E não se engane, estamos o tempo to-do falando com nós mesmos. “Sonhos, intuições e até doenças nada mais são do que maneiras de nosso corpo e nossa mente tentar comunicar algo”, comple-menta. Dar atenção ao que seu corpo e sua mente estão falando é sinal de matu-ridade e certamente nos levará ao cresci-mento pessoal. Meditar, descansar, ano-tar sonhos, tirar uma folguinha de vez em quando são meios de conseguir en-trar em contato com nosso próprio eu. Ficar no presente significa a con-templação do que acontece interna-mente e/ou ao nosso redor, significa descrever para nós mesmos o horizon-te e as perspectivas da nossa própria corporeidade e o funcionamento do nosso organismo, ouvir a voz de cada parte do nosso organismo, e o que acontece ao nosso redor, incluindo o diálogo com tudo que nos rodeia, in-cluindo pessoas e coisas, naturais ou não. “O pensamento nos tira desse pa-raíso. Quando passamos ao exercício do pensar, quando pensamos, paramos de prestar atenção ao continuum de consciência, saímos desse aqui-e-ago-ra existencial e passamos a indagar ou explicar a nossa realidade circundan-te”, explica o psicólogo Hugo Ramom Barbosa Oddone. Na esteira do pensa-mento, partimos para o diálogo inter-no onde duas instâncias se digladiam: o desejo pungente (baseado na busca da satisfação imediata das necessida-des ou a necessidade de fugir de qual-quer contato ameaçador, perigoso ou temido) - a imposição das propostas culturais, baseado em normas morais de comportamento perfeito modelado pelas crenças e valores moralizadores - representado por um eu idealizado, perfeito e irreal. “Uma destas opções sempre vence a parada, dependendo se a pessoa é mais submissa aos cânones socioculturais ou se é mais reativa ou rebelde”, complementa. Se considerarmos uma perspectiva que revela a imgem desta realidade, po-demos comparar este processo todo co-mo o falar consigo mesmo, como um falar com a própria imagem refletida no espelho. Quando temos dificulda-des em nossas relações interpessoais (por exemplo, conjugais) temos três saídas: a explosão, a absorção e a implosão. A implosão é o processo que cura e faz crescer. Tem a ver com nos-sa temática. É a conversa franca e sin-cera consigo mesmo, é a revisão de tu-do que se fez ou se deixou de fazer no relacionamento, é a rearrumação das prateleiras internas, é assumir respon-sabilidades não assumidas, é apro-priar- se das exigências não reclama-das, é encontrar coragem -transfor-mando tripas em coração - para enfren-tar os bichos temidos, é abandonar po-sições egoístas e ególatras para apren-der e praticar o diálogo, a entrega, a disposição para a caminhada parceira. É o incentivo para o parceiro também fazer a mesma coisa, praticar a implosão, a abertura para as próprias verdades, condição para se conviver com as verdades do outro. “É a atualização da máxima socráti-ca do ‘conhece-te a ti mesmo. Pois é através do diálogo consigo mesmo é que esclarecemos e aprendemos sobre todos estes inúmeros aspectos da nos-sa intimidade, da formação da nossa história, dos componentes vivenciais, afetivos e aprendidos do processo his-tórico da nossa identidade. Que perfa-zem e perfilam a visão ética da nossa personalidade”, garane Oddone. É por meio deste olhar-se corajoso ao es-pelho da nossa interioridade que en-xergamos as nossas necessidades, os condicionantes das nossas ações, o ru-mo e direção delas, a pobreza ou rique-za destas ações. E que desnudam e de-nunciam, para nós mesmos, as nossas vulnerabilidades políticas, os nossos pontos fracos, e também a nossa força, o nosso poder, aquilo que está pronto e firme, as nossas convicções políticas com as quais podemos contar na hora de reclamar sobre nossos direitos que consideramos desrespeitados, para em-poderar- se dos espaços conquistados. “Nesta conversa, neste diálogo multi e unívoco, que não é propria-mente um monólogo”, explica Oddo-ne. “Pois vários aspectos e posicio-namentos éticos, políticos estão sen-do representados em mim, e para mim, nela, quase sempre, de forma saudável, na busca de consenso, na busca de uma única mensagem que me represente, podemos distinguir e reconhecer um posicionamento an-tropológico.” É a imagem que somos neste mo-mento da nossa história, pois eu so-mos seres histórico em que, por um lado, vamos mudando, de fotografia em fotografia, de roupa em roupa, de imagem em imagem e, por outo lado, somos o mesmo ser, a mesma pessoa. “Mudo e não mudo. Olhado por esta perspectiva, cada corte transversal da minha história, mos-tra momentos antropológicos de nós mesmos. Onde reconheço em mim aspectos éticos, políticos e an-tropológicos para cada momento da minha vida”, explica Hugo Oddone. Eu preciso dispor de todo este cabe-dal de dados pessoais com um rápi-do toque de memória. Quanto mais informações consegui-mos reunir sobre a nossa pessoa neste diá-logo com nós mesmos, mais nos conheço, mais inteiro e fiel somos a nós mesmo. Mais real é a nossa imagem. “Mais amigo sou demimmesmo. Assim, sou paramim mesmo alguém em quem posso confiar-ressalta- Não existeemmimpontos cegos, escondidos, bloqueados, incomunicáveis. Posso ser transparente se eu quiser”, diz. Esta comunicação com nós mesmos é de fundamental importância na medida emque deixa de serummonólogo repeti-tivo para ser uma comunicação profun-da, abrindo espaço para revelações cheias de sentido. Um monologo repetitivo ter-mina sendo como um ruído mental gera-dor de tensão. Um possível indicador de que o sistema se fechou. Então é necessária uma integração imersa no momento pre-sente entre o pensamento e o senti-mento e a aceitação desse momento presente, sem julgamentos, para que a comunicação interna possa voltar a fluir. “Acho que a problemática fun-damental nas relações humanas é, exatamente, neste ponto. Porque as pessoas perderam essa comunicação interna. Estamos completa e irreme-diavelmente dissociados”, completa o gestalt terapeuta. Autorrealização VOCÊ, SEU MELHOR AMIGO
  • 9. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 9
  • 10. Estamos em um mundo onde a impulsividade e o consumo agitam nossas mentes, onde aparelhos celu-lares nos mantém em constante esta-do de vigilância. “A ansiedade dispa-rou e, segundo Augusto Cury (psi-quiatra e escritor), a Síndrome do Pensamento Acelerado não permite mais que as pessoas entrem em sinto-nia com suas próprias mentes, com um silêncio e relaxamento tão im-portantes para nossa saúde”, diz o psicólogo cognitivo-comportamen-tal Alexandre Caprio. Uma das evidências mais claras é a de que muitas pessoas duvidam que a mente possa realmente silen-ciar a ponto de oferecer um diálogo interno limpo e claro. Ter amigos é muito importante. O homem é um ser dualista- ressalta- ou seja, não so-brevive sem o outro desde o seu nas-cimento. É o outro que nos define. Nosso nome, nosso número de tele-fone, nossos documentos e nossa pro-fissão só existem por causa do outro. Relacionamento é essencial para nos-sa espécie, mas para que ele seja pos-sível, é preciso, antes de mais nada, saber criar uma relação, uma sinto-nia consigo mesmo. Aí temos um grande problema moderno. Pessoas que não estejam bem com elas mesmas podem ter grande dificuldade de ficar sozinhas porque começam a se cobrar quase que instantaneamente. “Sem saber e sem querer escutar o que sua voz in-terna tem a dizer, o indivíduo é to-mado por um desconforto e ocupa sua mente com todo tipo de distra-ção possível: internet, música, TV, amigos, vídeos, textos, diálogos va-zios no What’s App e muitas outras coisas”, diz Caprio. Evita encarar suas próprias demandas como se esti-vesse deixando a si mesmo em uma sala de espera eterna. Esse rompimento aumenta a insa-tisfação, a dependência por mais ruí-do externo e faz despencar a nossa autoestima. A pessoa não pode mais deixar seus pensamentos originais fluírem, passando a poluir a mente com todo tipo de estímulo possível. “Se não somos mais amigos de nós mesmos, não teremos habilidades su-ficientes para cultivarmos amigos verdadeiros, afetos e admiração em nosso círculo social porque não é possível amar quem não se ama ou respeitar quem não se respeita”, complementa. O indivíduo que consegue se res-peitar e seguir sua trajetória, tem um grande diálogo interno, é amigo de si mesmo e consegue concentrar todas as duas energias em seus proje-tos. É aquele tipo de pessoa admirá-vel que nos chama a atenção por sua postura, seu humor e sua agilidade em solucionar problemas. É aquele sujeito agradável, que todos querem manter por perto, que acaba receben-do oportunidades e convites com mais frequência do que aquele que vive mal consigo mesmo e com o mundo que o cerca. Portanto, saber silenciar a mente e ouvir o seu cora-ção pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso”, afirma. A luz que nos guia no caminho da vida só pode ser encontrada dentro de nós. Que nós aprendamos a alimentá-la e colocá-la de voltaemseu devido lu-gar para que possamos encontrar tam-bém o nosso caminho nesse grande mundode possibilidades que está à nos-sa disposição. Boa relação com o mundo “A questão é: como ser amigo de si mesmo sem nunca ter tido um modelo para isso?”, questio-na o psicoterapeuta e professor Renato Dias Martino. Quando fa-lamos da possibilidade de um diálogo bem sucedido consigo mesmo, isso dependerá direta-mente da possibilidade de ter mantido um diálogo saudável com o outro, anteriormente. O que acontece é que as pessoas costumam fugir das conversas com elas mesmas, por temerem um diá-logo cheio de acusações e críticas pesadas. Isso, pois provavelmente foi só o que tiveram nas conversas com o outro. “Existe assim um em-pobrecimento na autoconfiança e o diálogo interno se dá por meio de um clima hostil que tende a gerar transtornos mentais e até patolo-gias graves. Penso ser realmente muito importante desenvolver um diálogo interno que possa ser dig-no de confiança para nos orientar na busca pelas respostas da vida, mas não acredito que isso possa acontecer sem ter sido precedido pelo vínculo com o outro”, comple-menta. Uma amizade sincera e irriga-da de afeto servirá de modelo mes-mo quando os amigos não estive-rem mais juntos, por algum moti-vo. Isso ocorre por meio de uma re-cordação. Não saberemos como acolher a nós mesmo para sentir-mo- nos bem sozinhos, sem que an-tes tenhamos aprendido isso por meio do acolhimento do outro. Imaginar que seremos capazes de lidar sozinhos com as questões que a vida nos traz faz parte de uma ilu-são narcisista. “Só aprenderemos a ser uma boa companhia para nós mesmos tendo um bom companheiro para instruir-nos nisso e na ordem natu-ral das coisas isso seria papel dos pais, porém pode ser possível en-contrar esse modelo pra além des-ses vínculos primários. As respos-tas estão sempre no mundo inter-no, entretanto é necessário que exista uma relação com o mundo (externo) para que isso possa se rea-lizar”, diz Martino. Nossa persona-lidade é formada, nutre-se e se de-senvolve por meio dos vínculos bem sucedidos com o outro e por outro lado, padece na medida em que esses vínculos fracassam. A qualidade do diálogo que podemos travar com nós mesmos depende de um diálogo estabelecido com o outro, sendo que antes disso não teremos recursos de integração do eu o suficiente para essa or-dem tão nobre e elevada das ex-periências psíquicas. Na realida-de só iniciamos o processo do pensar a partir da entrada do ou-tro, antes disso o que fazemos é simplesmente imaginar. 10 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 11. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 11 Conhecido popularmente como pedra nos rins, o quadro é uma das principais causas mais comuns de internação hospitalar durante a gestação Rui Nogueira Barbosa Urologista O ciclo gravídico-puerperal é marcado por importantes transformações anatômicas e funcionais decorrentes das adaptações do organismo ma-terno, bem como do crescimen-to e desenvolvimento fetais. Es-sas alterações, associadas ao próprio mecanismo do parto, tornam a mulher mais susceptí-vel a distúrbios urológicos, que podem ser transitórios ou defi-nitivos. A cólica renal é a causa não obstétrica mais comum para in-ternação hospitalar durante a gestação. Sua principal causa é a calculose urinária, que é mais frequente nos segundo e tercei-ro trimestres gestacionais. Boa parte dos pacientes portadores de litíase renal não apresentam sintomas. Em geral, cálculos re-nais pequenos, medindo ( 5 mm) e não obstrutivos podem ser manejados clinicamente sem nenhum tipo de interven-ção. Importante salientar a ine-xistência de fatores complica-dores associados ao cálculo, pa-ra manutenção do manejo clíni-co, tais como: presença de in-fecção urinária, ausência de di-latação excessiva das vias excre-toras e ausência de disfunção re-nal significativa. No entanto, as pacientes de-vem ser informadas quanto ao risco eventual de cólica renal, bem como medidas preventi-vas a serem adotadas. A gravi-dez é uma das condições clíni-cas que podem complicar ou al-terar a terapia da calculose urinária, juntamente com: rins únicos, imunossupressão, dia-betes, doenças cardíacas ou pul-monares e a idade do paciente. O tipo de cálculo mais co-mum em gestantes é o de fosfa-to de cálcio, devido ao pH urinário mais elevado na gesta-ção associado a maior elimina-ção de cálcio na urina (hipercalciúria), devido a um aumento na absorção intestinal de cálcio, comum no período gestacional. Oultrassom é o exame de es-colha para o diagnóstico devi-do sua alta sensibilidade (80 a 92%), apesar de sua baixa espe-cificidade (34%); devendo-se sempre procurar realizar o diag-nóstico diferencial entre a obs-trução ureteral por cálculo e a dilatação renal fisiológica da gravidez (identificação do jato ureteral por doppler, a presen-ça de dilatação ureteral distal e o aumento da resistividade de vasos intrarrenais). Em 15% dos casos é necessá-rio realizar-se um acesso cirúr-gico endoscópico ao ureter (ure-teroscopia) para estabelecer-se o diagnóstico. Segundo as últimas reco-mendações da Sociedade Brasi-leira de Urologia, o tratamento inicial é conservador e obtém-se sucesso em 48% dos casos. A litotripsia externa por ondas de choque (Leco) é contraindica-da durante a gestação. Os guide-lines preconizam avaliação pe-riódica da paciente para moni-torizar a posição e avaliação da dilatação renal (hidronefrose). Se a eliminação não ocorrer dentro de quatro a seis sema-nas, a intervenção cirúrgica es-tá indicada. A colocação de um cateter duplo-J é um procedi-mento temporário, muito utili-zado, para drenagem do siste-ma coletor e eliminação dos sin-tomas dolorosos, sendo reco-mendada sua troca após 8 sema-nas pelo risco de encrustração calculosa. A ureterolitotripsia transure-teros- cópica é o procedimento definitivo de escolha, com ní-vel de evidência A, evitando-se múltiplos procedimentos. Suge-re- se realizar as intervenções com bloqueio raquidiano/epi-dural, evitar-se o uso de radia-ção ionizante e manter-se com antibiótico até a alta da paciente. Deve ser utilizados o que há de mais moderno na urologia hoje, como urete-ros- cópios flexíveis e litotri-dores a laser, para minimi-zar- se complicações. Em ca-so de dúvidas, procure seu urologista. CÓLICA RENAL NA GRAVIDEZ Edvaldo Santos Stock images/Divulgação
  • 12. TV - 12 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO Antes de entraremBoogie Oogie, ator Caco Ciocler saboreia estreia como diretor de cinema com o documentário Esse Viver Ninguém Me Tira Agência Estado Os anos 1970 eram outro mundo. As-sim Caco Ciocler resume o universo de Boogie Oogie (Globo), novela para a qual está reservado desde o final de Além do Horizonte (Globo), e na qual interpretará o jornalista Paulo. Seu personagem voltará deumatemporadaemPortugal para ser vi-zinho da família Miranda Romão e, ao que tudo indica, foi namorado de Beatriz (He-loísa Périssé) no passado. Sei pouca coisa sobre ele Apenas que voltará ao Brasil atrás de um grande amor, mas não encon-trará as coisas como esperava, diz. Enquanto aguarda os primeiros textos da trama chegarem às suas mãos, Ciocler divulga o filme Esse Viver Ninguém Me Tira, documentário da produtora Cine Group que marca sua estreia como diretor. Olonga-metragem foi exibido pela primei-ra vez no Festival de Cinema de Gramado no mês passado e entrará em cartaz em ou-tubro. O enredo aborda a vida de Aracy Guimarães Rosa, mais conhecida por ser a mulher do escritor João Guimarães Rosa. Durante a Segunda Guerra Mundial, Aracy trabalhou no Consulado do Brasil emHamburgo, na Alemanha nazista, e aju-dou a salvar dezenas de judeus. Minha maior surpresa foi descobrir que uma das nossas entrevistadas -cujo pai foi salvo da morte por dona Aracy - era mãe de um dos meus melhores amigos de infância, conta o ator, que também é judeu. Em 2014, Ciocler também comemora 18 anos de carreira na teledramaturgia. Após a estreia em O Rei do Gado (Glo-bo), de 1996, o ator integrou o elenco de produções como A Muralha (Globo), de 2000; América (Globo), de 2005; Ca-minho das Índias (Globo), de 2009; e Salve Jorge (Globo), de 2012. Veja a seguir os melhores tre-chos da entrevista. Pergunta - Quem será o Paulo em Boogie Oogie? Caco Ciocler - Ainda não comecei a gravar a novela.Na verdade, meu perso-nagem nem começou a ser escrito ain-da. Então, tenho pouca informação so-bre ele. Nesse momento, Paulo é uma promessa, um sonho de estar ao lado de bons e talentosos amigos e poder desenvolver um trabalho que contri-bua para que Boogie Oogie seja uma delícia tanto para nós quanto para o público. Pergunta - Foi divulgado que ele seria um ex-refugiado. Você fez algu-ma pesquisa diferenciada para esse papel ou mesmo laboratório? Ciocler - Ainda não. Primeiro pre-ciso começar a receber as cenas e en-tender quais serão as demandas. Pergunta - Boogie Oogie é deum autor moçambicano (Rui Vilhena) e seu personagem será parceiro da atriz portuguesa Maria João Bastos. Como você avalia esse intercâmbio cultural? Ciocler - Acho muito interessante que profissionais de outras nacionalida-des possam trabalharemumproduto tão representativo da nossa cultura. Um olhar de fora sobre nós mesmos é sem-pre bem-vindo. Pergunta - E você sabe qual será seu conflito na trama? Ciocler - Pouca coisa. Sei que ele volta-rá ao Brasil atrás deumgrande amor, mas não encontrará as coisas como esperava. Pergunta - O que muda trabalhar em uma novela que se passa nos anos 1970? Ciocler - Falamos de uma época na qual as pessoas se vestiam e se pentea-vam de forma diferente, tinham outras músicas e referências. Estamos falando de outro mundo, de uma construção di-ferente de raciocínio. As tensões e as pulsações das cidades eram outras. En-fim, o estado de relaxamento da época era diferente. E, muitas vezes, em uma novela, precisamos reproduzir esse es-tado de relaxamento. Pergunta - Sua novela anterior foi Além do Horizonte, que foi bastante criticada pela mídia. Como você avalia o resultado final do trabalho? Ciocler - É muito difícil para nós ter-mos distanciamento. Não me lembro de AlémdoHorizontecomoumanovela cri-ticada. A lembrança que tenho é de um elenco eumaequipe que se divertiam mui-to e faziam aquilo com todo o amor e dedi-cação. Para nós, foiumsucesso, que deixou muita saudade. Pergunta - Como surgiu a ideia de fazer um documentário sobre a Aracy Guimarães Rosa? Ciocler - A ideia não foi minha. Fui convidado pela Cine Group, produto-ra do filme, para dirigi-lo. Pergunta - Esta é sua primeira ex-periência como diretor. Qual foi o maior desafio? Ciocler - Aracy é uma heroína anô-nima. Sua história é incrivelmente lin-da, mas ela nunca imaginou para si uma existência notável. Então, tínha-mos muito pouca documentação dispo-nível. Além disso, não podíamos apro-fundar na sua relação com o Guima-rães Rosa por uma questão de direitos autorais. O maior desafio foi tirá-la da sombra do marido famoso e sustentar seu protagonismo independentemen-te dele, durante uma hora e dez minu-tos de filme, contando com pouca docu-mentação. Conseguimos. Pergunta - Como judeu, o que es- Globo HISTÓRIA INCRIVELMENTE LINDA
  • 13. sa pesquisa significou para você? Ciocler - Minha maior surpresa du-rante as filmagens foi descobrir que uma das nossas entrevistadas - cujo pai foi salvo da morte por dona Aracy - era mãe de um dos meus melhores amigos de infância. Descobrir que Aracyfora responsável por parte da minha histó-ria pessoal transformou a mera curiosi-dade - o impulso inicial do filme - em profunda gratidão. Pergunta - Seu último ano foi inten-so no teatro. Quais são seus novos pro-jetos na área? Ciocler - Realmente, o ano foi cheio. Reestreei Sit Down Drama e, no dia 19 de setembro, entramos em cartaz em São Paulo com Terra de Ninguém, do Ha-rold Pinter (dramaturgo britânico), com o Luís Melo e o Edwin Luisi. Acho muito interessante que profissionais de outras nacionalidades possam trabalhar em um produto tão representativo da nossa cultura. Um olhar de fora sobre nós mesmos é sempre bem-vindo Aracy é uma heroína anônima. Sua história é incrivelmente linda, mas ela nunca imaginou para si uma existência notável. Então, tínhamos muito pouca documentação disponível Divulgação DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 13 - TV
  • 14. Família em primeiro lugar Suzy Rego, a Beatriz Bolgari da novela das nove “Império” afirma: As pessoas estabelecem os acordos que são capazes de aceitar e de fazê-las felizes Império Agência Estado Os casos extraconjugais sempre fizeram parte das nove-las. Mas, em Império, novela das 21h da Globo, Suzy Rêgo tem a oportunidade de experi-mentar um tipo de relação que, normalmente, não se vê na tele-visão. Na trama de Aguinaldo Silva, a atriz interpreta Beatriz, uma mãe de família que, por amar intensamente o marido, Cláudio (José Mayer), aceita o fato de ele manter um romance há dez anos com o jovem aspi-rante a ator Leonardo (Kleb-ber Toledo). A situação pode até ser con-siderada inusitada por muitos, mas Suzy tenta enxergá-la com naturalidade. As pessoas esta-belecem os acordos que são ca-pazes de aceitar e de fazê-las fe-lizes. A relação entre os dois é transparente e de extrema cum-plicidade e parceria. Beatriz é uma mulher que apoia o mari-do em qualquer aspecto e isso me cativa, afirma a atriz. As cenas de Beatriz mos-tram que ela sempre soube, des-de quando começou a namorar Cláudio, que ele se interessava por rapazes. Mas a paixão pelo cerimonialista sempre foi mais forte do que qualquer incômo-do ou insegurança que a condi-ção pudesse trazer, principal-mente depois do nascimento dos dois filhos, Enrico (Joa-quim Lopes) e Bianca (Juliana Boller). Suzy diz que não sabe qual será o desfecho da relação atípi-ca entre Cláudio e Beatriz, mas duvida que sua personagem vá fraquejar no apoio ao marido. Mesmo quando o caso homosse-xual dele for descoberto pelos filhos. Na trama, Enrico já se mos-trou homofóbico, enquanto Bianca parece ser mais favorá-vel à diversidade sexual, levan-do a crer que será uma grande aliada dos pais quando a situa-ção de Cláudio se tornar, de fa-to, pública. Estou adorando descobrir tudo aos poucos. Re-cebo os capítulos e me sinto mesmo uma telespectadora Para mostrar total interação entre a família e reforçar a ideia de casamento sólido entre Beatriz e Cláudio, Suzy partici-pou de algumas leituras com o grupo e a direção da novela. Foi um processo ótimo, com cenas bem legais. Desde o iní-cio, a ideia sempre foi enfatizar esse cotidiano feliz da casa, fa-la a atriz Instinto materno Aos 47 anos, interpretar uma mulher com filhos de 28 e 18 anos é visto com tranquilida-de pela atriz, mesmo sendo uma realidade distante da que ela vive. Fora da ficção, Suzy é Fotos: Divulgação TV - 14 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 15. mãe dos gêmeos Marco e Massi-mo, 5. Deixei para engravidar depois dos 40, mas convivo com amigas que têm uns gala-laus em casa, brinca. Ela tam-bém cita como referência o con-tato próximo com a irmã, Yany Rêgo, 40, que foi mãe aos 15. Casada com o também ator Fernando Vieira e moradora de São Paulo, Suzy está se divi-dindo na ponte aérea para gra-var Império no Rio de Janei-ro. E diz, com certo orgulho, que nem assim precisa de uma babá fixa. Devez em quando, só para dar um apoio, chama-mos uma babysitter, comenta. Para garantir tranquilidade enquanto trabalha na capital fluminense, a atriz conta com o auxílio do marido e, sempre que consegue um espaço maior de folga, corre para casa. Nós nos revezamos e dá certo. Meus filhos são novinhos, mas já sa-bem que a mãe trabalha em ou-tra cidade e precisa pegar avião, conta. Apesar de saberem sobre o trabalho da mãe, Marco e Mas-simo não assistem às suas cenas em Império. Suzy nem tem certeza de que os meninos sa-bem exatamente que ela é atriz. Hoje em dia, todo mundo se grava e se assiste (por celular e/ou tablet). En-tão, para eles, todos apare-cem na TV, compara. No entanto, Suzy conta que já teve de explicar aos gêmeos uma cena que ambos viram na novela Amor Eterno Amor (Globo), quando interpretava a ciumenta Jaqueline. A perso-nagem estava chorando e per-guntaram o que tinha aconteci-do. Expliquei que era de men-tirinha e eles questionaram se o 'moço' tinha brigado co-migo, lembra, às gargalha-das, de uma sequência grava-da com Marcelo Faria. Reprise Paralelamente ao trabalho em Império, Suzy tem feito questão de assistir, sempre que pode, suas cenas na novela A Viagem (Globo), que o canal pago Viva reprisa atualmente. Na trama, gravada em 1994, Nós nos revezamos e dá certo. Meus filhos são novinhos, mas já sabem que a mãe trabalha em outra cidade e precisa pegar avião ela interpreta a batalhadora Carmem, uma jovem que se enfeia para trabalhar na loca-dora de Diná (Christiane Tor-loni). Tudo porque a patroa não suporta ver mulheres bo-nitas ao redor do marido, Téo (Maurício Mattar). Te-nho lembranças lindas dessa época. Gravávamos com mui-ta alegria, porque não faltava quem fizesse a gente rir. Além d a N a i r B e l l o (1931-2007), eu me divertia bastante com as piadas do Mi-guel Falabella, recorda. A relação entre os dois é transparente e de extrema cumplicidade e parceria. Beatriz é uma mulher que apoia o marido em qualquer aspecto e isso me cativa DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 15 - TV
  • 16. “VEM CHUMBO GROSSO POR AÍ” Braço direito do Comendador em Império, personagem de Roberto Pirillo guarda mistério Agência Estado Roberto Pirillo, o poderoso advoga-do Merival Porto de Império (Globo), diz que seu personagem esconde um mistério e tem tudo para tornar a nove-la das 21h ainda mais interessante. Não sei o que é, mas vem chumbo gros-so por aí, revela o ator. Pirillo aposta que o enigma deve ter relação com alguma ilegalidade envol-vendo o comendador José Alfredo (Ale-xandre Nero), para quem Merival traba-lha com exclusividade. Na minha primeira aparição na no-vela, meu personagem chegava de uma viagem, na qual tinha ido viabilizar mais uma loja da Império Joias em um aeroporto em Lisboa. Na cena, Merival aparecia desconfortável ao saber que Maria Marta (Lília Cabral) se reuniria com ele e o comendador, lembra o ator. O comendador perguntava se a presen-ça da Marta o incomodava. O motivo do incômodo, no entanto, Pirillo diz desconhecer. A gente tem de aguardar para ver o que acontece. Não dá para ficar chutando. Ele está aju-dando o Elivaldo (Rafael Losso) a sair da cadeia e também na questão da guar-da do filho dele - que é um pedido da Marta. Carreira na TV Merival é um dos melhores advoga-dos do Rio de Janeiro. Foi isso que o Aguinaldo (Silva, autor de ' Império') me passou. Sobre o início da carreira de-le, nada se sabe, diz o ator paulistano, de 66 anos, que começou a trabalhar na televisão na extinta Tupi, na qual atuou, em 1970, no sucesso E Nós, Aon-de Vamos?, contracenando com Leila Diniz (1945-1972). Entrei no estúdio e dei de cara com a grande Leila. Comecei a tremer, ela era um símbolo, conta Pirillo. Em 1971, ele punha os pés na Globo pela primeira vez, dividindo o set com Regina Duarte e Cláudio Marzo em Mi-nha Doce Namorada - trama que deu para Regina o título de Namoradinha do Brasil. O ator participou de diversas produ-ções importantes na emissora, como O Grito, em 1975, e Escrava Isaura, em 1976, até que se transferiu para a Ban-deirantes para fazer a novela Cara a Ca-ra, em 1979. Pirillo voltou para a Globo, em 1981, para atuar em Ciranda de Pedra e emendou uma série de atuações em no-velas e minisséries. Somaram-se a ela Paraíso, em 1982; A Gata Comeu, em 1985; Anos Dourados, em 1986; e muitos outros trabalho até Celebrida-de, de 2003. Em 2005, transferiu-se para a Re-cord e estreou a novela Prova de Amor. Nunca fui contratado da Glo-bo, sempre trabalhei por obra. E fui acei-tando convites de outras emissoras, diz o ator, que ficou na rede até a minis-série bíblica Sansão e Dalila, de 2011. Logo pintou o convite para traba-lhar em 'Pé na Cova' (em 2013). Miguel Falabella (criador do programa) é meu fã. E eu dele, brinca Pirillo. Fiz alguns episódios do seriado e uma participação em 'Joia Rara' (ainda em 2013). Daí o Aguinaldo Silva me chamou para fazer essa novela. No teatro Roberto Pirillo é também um ho-mem de teatro e atuou em inúmeras pro-duções que marcaram época na cena bra-sileira, como os espetáculos de Pedro Bloch (1914-2004) no Teatro Alumínio, Globo Fotos: Divulagação TV - 16 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 17. em São Paulo. Ali começou sua carreira artística, em 1963, com a peça Roleta Paulista. Em seguida, atuou em montagens do diretor de teatro e TV Ziembinski (1908-1978): Vestido de Noiva, de Nel-son Rodrigues; Check-Up, de Paulo Pontes; Dois Perdidos numa Noite Su-ja, de Plínio Marcos. Peças importantes, com diretores e autores lendários, mas nada que se equi-pare ao sucesso de Trair e CoçarÉ Só Começar, peça escrita por Marcos Caru-so em 1989 e encenada desde então. Fi-camos dois anos no Rio, depois viaja-mos participando de um programa cul-tural da (companhia área) Vasp. Conhe-cemos todo o Brasil e isso fez com que eu me afastasse da TV em diversos mo-mentos, conta Pirillo, que integrou o elenco do espetáculo por 14 anos. No começo de carreira, o ator che-gou a participar de filmes do produtor e comediante Mazzaropi (1912-1981), mas lamenta ter feito menos cinema do que gostaria. Atualmente, atua também no fortís-simo mercado de games, dublando personagens que ele nem consegue lembrar. Fiz vários piratas, bandi-dos, DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 17 - TV marinheiros. Nesse retorno à Globo, o ator diz es-tar vivendo bons momentos como o reencontro com velhos parceiros na emissora. Trabalhei com o Zé Mayer em 'A Gata Comeu '. O Flávio Galvão e o (Roberto) Bonfim são meus amigos. Gosto muito de todos eles. Fizemos muitos workshops antes de começar a novela, em Parati (RJ), para ganhar mais intimidade com os personagens, conhecer melhor os núcleos. O elenco de 'Império ' está muito bem definido. Os personagens do Nero, da Lília e do Paulo Betti estão muito bem. Merival é um dos melhores advogados do Rio de Janeiro. Foi isso que o Aguinaldo (Silva, autor de ' Império') me passou. Sobre o início da carreira dele, nada se sabe Nunca fui contratado da Globo, sempre trabalhei por obra. E fui aceitando convites de outras emissoras, diz o ator, que ficou na rede até a minissérie bíblica Sansãoe Dalila
  • 18. Império “Eu mesmo já fui vítima de diversos jornalistas” Em entrevista, ator Paulo Betti, aos 61 anos, revela que a maldade atinge pessoas e que, às vezes, é brutal Agência Estado Durante uma caminhada rotineira, ser surpreendido e convidado por um gru-po de catadores de lixo para fazer fotos é apenas uma das comprovações de que o personagem que Paulo Betti faz na no-vela Império é um sucesso. No ar co-mo o jornalista de celebridades Téo Pe-reira, o ator atrai todos os holofotes quando encarna o blogueiro maldoso com suas tiradas bem-humoradas e seus bordões que já caíram no gosto po-pular. A repercussão tem sido excelen-te. Em qualquer lugar, as pessoas se aproximam e dizem que estão se diver-tindo, revela ele. Aos 61 anos, o ator comemora a no-va fase e confessa que tem lido mais co-lunas de fofoca para se inspirar. Claro que eu sei que a maldade atinge pes-soas e que, às vezes, é brutal, mas elas são também muito bem-humoradas. Eu mesmo já fui vítima de diversos jor-nalistas, confessa. No caso de Téo, cau-sar estragos na vida alheia parece ter um sabor especial. E ele não tem nenhum es-crúpulo para conseguir o que deseja. Quem afirma isso é o próprio intérpre-te do personagem: Ele é apaixonado pelo Cláudio (José Mayer) e não suporta ser desprezado por ele. Por isso, só pensa em se vingar. Ressentimento é o que o move. Para os próximos capítulos da trama são aguardadas as cenas em que Téo tornará públicas as provas de que Cláudio é gay. Leia a entrevista completa. Pergunta - Como você explica o su-cesso de seu personagem? Paulo Betti - A repercussão tem sido excelente, em qualquer lugar as pessoas se aproximam e dizem que estão se diver-tindo com o Téo. Outro dia, eu estava fa-zendo uma caminhada, o caminhão do li-xo parou e tive que tirar fotos com todos os lixeiros. Isso é o que nos dá prazer ao fazer um personagem como esse! Tam-bém tenho um sobrinho de 50 anos, o João, que vive em Votorantim, interior de São Paulo, e é gay. Ele me ligou, coisa que raramente faz, para me dizer que estava adorando o personagem. Pergunta - E como tem sido inter-pretar esse jornalista interessado em fofoca? Betti - A fofoca, segundo o livro de Jo-sé Angelo Gaiarsa, Tratado Geral sobre a Fofoca (ed. Summus), é um fator muito importante na vida das pessoas, pois 80% do que elas falam é fofoca e a fofoca é o po-licial do status quo. Ao mesmo tempo, é muito atraente: quem não gosta de fazer fofoca? Quando as pessoas se reúnem nos botecos, na balada, falam do quê? Do cus-to de vida? Da situação política do país? Não, elas falam mal da vida alheia. Quan-do duas pessoas se juntam para falar mal de uma terceira, elas estão cada vez mais íntimas e cúmplices. Os blogs de fofoca são um terror delicioso! (risos) Pergunta - E você, Paulo, se preo-cupa com colunas ou colunistas de fofoca? Betti - Agora que estou fazendo o per-sonagem estou lendo diversas colunas e acho muito divertido. Claro que eu sei que a maldade atinge pessoas e que, às ve-zes, é brutal, mas elas também são muito bem-humoradas. Eu mesmo já fui vítima de diversos jornalistas. Pergunta - Na sua opinião, o que Téo é capaz de fazer para atingir seus objetivos? Betti - O Téo não tem escrúpulos e fará tudo para escancarar a vida de Cláudio (José Mayer). E, ao mesmo tempo, se julga um justiceiro da moral e dos bons costumes ao tirar o amigo de infância do armário. Pergunta - E a paixão dele por Cláu-dio? Ainda existe? Betti - Ele é apaixonado pelo Cláudio e não suporta ser desprezado por ele. Por isso só pensa em se vingar. Ressentimen-to é o que o move! Divulgação TV - 18 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 19. Rômulo Neto, ator que interpreta o malandro Robertão na novela das 21 horas, descarta possível afair entre seu personagem e Cora Interpretação O MALANDRO DA VEZ Agência Estado O malandro Robertão (Rômu-lo Neto) está fazendo sucesso com as mulheres de Império. Além de protagonizar cenas quentes com Érika (Letícia Birkheuer), o irmão exibicionista de Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa) também é perseguido por Cora (Drica Mo-raes). Mas, ao que tudo indica, não será tão cedo que o malandro irá ceder às investidas da vilã. Pe-lo raciocínio de Robertão, até ago-ra, a Cora não lhe interessa, pois nada tem a oferecer, opina Rômu-lo Neto. Exibindo seu abdômen trinca-do em boa parte das cenas, o ator garante que a nudez de seu perso-nagem não lhe tira o sono. Não é problema para mim, uma vez que isso faz parte de algo maior, da complexidade desse personagem, justifica. A boa forma que exibe na telinha, segundo ele, não exi-giu dieta ou exercícios físicos espe-ciais. Não fiz nenhuma prepara-ção para o Robertão. Tenho uma relação muito saudável com o meu físico, decreta. Já sobre o assédio das mulheres ele garante: é menor do que se imagina. Tenho esse re-torno do público quando estou gra-vando externas, pois não tem da-do muito tempo de passear na rua. O que mais ouço é que o Robertão é um baita de um malandro e tam-bém muito engraçado. Além do tanquinho, as tatua-gens de Rômulo Neto também chamam a atenção. Em entrevista para o site oficial da novela, ele afirmou que elas combinaram com a personalidade do persona-gem. Todas as tatuagens que fiz fazem referência a um momento especial da minha vida. A mais marcante é a do antebraço, em ho-menagem àminha família por par-te de pai. É a que está escrito o meu sobrenome (Arantes), em ho-menagem ao meu pai e avô, que já são falecidos, explica. Recente-mente, Rômulo e sua namorada - a atriz Cleo Pires - também fize-ram uma tatuagem na mão escrita idem. Novos rumos Império marca uma boa fase de Rômulo Neto na Rede Globo. Após viver o protagonista da tem-porada de 2007 de Malhação, Rô-mulo se mudou de mala e cuia pa-ra a Rede Record, onde integrou produções como Caminhos do Coração (2007), Promessas de Amor (2009), Bela, a Feia (2010) e Vidas em Jogo (2011). Do período em que trabalhou na emissora do bispo Edir Macedo, ele guarda boas lembranças. Um personagem importante para mim foi o Raimundo, de 'Vidas em Jogo'. Ele tinha uma trama bem densa e louca, diz. O retor-no à Globo foi em 2013, durante Sangue Bom E ele não tem pla-nos de mudar. Tudo serve de aprendizado. Para esse ano, a única coisa que quero é fazer o Robertão com todo afinco, e aprender bastante, finaliza. Filho do ator Rômulo Aran-tes - morto em um acidente aéreo em 2000 - o novo galã global segue os passos do pai, com quem se acha parecido. Principalmente os trejeitos, afirma. Ele também ad-mite gostar de espiar as reprises de novelas que contaram com a participação de seu pai, como Quatro Por Quatro (1994) e Pan-tanal (1990). Não marco horário para as-sistir, mas quando está passan-do algo dele, adoro observá-lo, destaca. Já para o futuro, Rômu-lo Neto espera desenvolver uma carreira no cinema e voltar a fa-zer peças de teatro, que adora. Já televisão, gostaria muito de trabalhar com o João Emanuel Carneiro, diz ele sobre o autor de Avenida Brasil. Divulgação DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 19 - TV
  • 20. Multishow DESCONTRAÇÃO E MÚSICA BRASILEIRA Thiaguinho confessa que teve medo de programa ao vivo. Atualmente, ele comanda o Música Boa ao Vivo, do Multishow, em que recebe sempre três grandes artistas da música brasileira Agência Estado Ele já apresentou o Sai do Chão, na TV Globo, fez participações em Malha-ção e em Geração Brasil, mas é com o programa Música Boa ao Vivo, do Mul-tishow, que Thiaguinho vem encarando o seu maior desafio na televisão. Todas as terças-feiras, às 20h30, ele recebe três con-vidados no palco da atração, que também conta com uma pe-quena plateia, formada por fãs e amigos dos canto-res. A Agência Estado acompanhou de per-to os preparativos para a apresentação do episódio número 18 - dos 30 programados -, e que teve como atrações os grupos Os Travessos e Bom Gosto e o cantor Serjão Loroza. Já no ensaio percebia-se o envolvi-mento de Thiaguinho na produção.O can-tor deu pitacos sobre as performances, ouviu sugestões dos outros cantores e tro-cou ideias com o diretor artístico Zé Ricar-do. Normalmente, mergulho de cabeça em tudo o que faço. Gosto de me envolver totalmente, e aqui não é diferente. Além disso, fui pegando um amor por este programa. Espero a terça-feira che-gar para cantar e aprender um pou-co mais, entregou o cantor, em um dos intervalos dos ensaios. Aprendizado e diversidade, aliás, movem a vida do cantor. O lugar em que me sinto mais à von-tade na vida é o palco. Gosto de me aventurar em tudo o que é ligado à arte. Nunca tive nenhuma restrição a nada, desde pequeno. Fiz de tudo na escola: se era pra cantar, vamos cantar; se era pra dançar, vamos dan-çar; se era pra declamar poesia, vamos lá... tudo o que estava ligado à arte, eu estava den-tro, lembrou. Selfies Em todas as edições do Música Boa ao Vi-v o , a l é m d a descontração, é de praxe que os convidados cantem seus maiores sucessos. E desta vez não foi dife-rente. O que se vê ao vivo é uma extensão dos ensaios, quando todos participam e dão sugestões de como melhorar as apre-sentações. Isso sem falar nos autorretratos, as cha-madas selfies, tiradas inclusive pelo pú-blico presente. Tanto queThiaguinho che-gou a brincar sobre o uso dos celulares. Na hora do programa, nada de selfies, di-vertiu- se ele. Frio na barriga Mesmo estando tão em casa, Thiagui-nho confessa que sentiu um frio na barri-ga quando soube que iria comandar um programa ao vivo. Minha primeira ex-periência com apresentação foi no 'Sai do Chão', e foi muito gostoso. Lá, era gravado, dirigido pelo Gleiser (Luiz Gleiser, diretor), que eu já conhecia do 'Fama', então era mais tranquilo. Aqui, o desafio foi bem maior. Quando recebi o convite para apresentar o 'Música Boa', por onde iriam passar a maioria dos artistas do Brasil, ao vivo, eu fiquei pensativo, tentando saber se iria dar conta. Mas, fui recebido com muito ca-rinho e com muita paciência, elogiou. Um desses desafios, foi o de cantar ro-ck, ao lado de Detonautas, CPM 22 e Raimundos. Foi legal porque eu já co-nhecia a galera, mas foi um grande desa-fio por ser um estilo que eu não domi-no, disse. Pelo palco do programa, além dos ro-queiros, já passaram nomes como Ma-ria Rita, Fundo de Quintal, Maria Gadú, Anitta, Titãs, Zeca Pagodinho, Calcinha Preta, Ivete Sangalo e Arlin-do Cruz, entre muitos outros. Para Thiaguinho, essa diversidade só reflete o que é o Brasil e a música brasileira. É um programa que mostra a cara do Bra-sil musicalmente, como o nosso país é rico, como tem artistas bacanas. A gen-te recebe três artistas por programa, e já passaram por aqui muita gente boa, completa. Ao ser questionado se ainda tem vontade de fazer alguma coisa na televi-são, Thiaguinho dispara: Não peço mais nada a Deus... só agradeço tudo o que Ele tem feito por mim. Divulgação TV - 20 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 21. Frases Agência Estado SÃO OPINIÕES E EU AS RESPEITO. SÓ QUE TAMBÉM MANIFESTO A MINHA E DISCORDO TOTALMENTE. Suzy Rêgo, atriz, sobre ser parecida com a presiden-ta Dilma Rousseff, ao site PurePeople ANTES ME CONFUNDIAM COM O CLODOVIL, HOJE EM DIA É COM O JÔ. Leão Lobo, jornalista, no programa The Noite com Danilo Gentili (SBT) É MUITO DIFÍCIL SER MULHER E NOVA. AS PESSOAS NÃO LHE DÃO CREDIBILIDADE, NÃO ACREDITAM EM VOCÊ. Bruna Marquezine, atriz, à revista Contigo MULHER DE CABELO CURTO TEM MAIS ATITUDE. Sophie Charlotte, atriz, ao portal UOL TOMOU UMA PROPORÇÃO GIGANTESCA. NOSSA VIDA ERA DEBATIDA NA TV. Grazi Massafera, atriz, à revista portuguesa Lux, sobre seu casamento com o ator Cauã Reymond A GENTE TINHA UM GRUPO DE PAQUITAS QUE CANTAVA EM ANIVERSÁRIOS Gisele Bündchen, modelo e fã de Xuxa, no Mais Você (Globo) DECORAR O APARTAMENTO FOI A COISA MAIS FÁCIL. Junior Lima, músico que está de casamento marcado, no programa Estrelas (Globo) COMECEI A OLHAR MAIS PARA MIM E DESCOBRI QUE TENHO UMAS COXAS BEM BOAS. Luís Miranda, ator que interpreta uma transexual em Geração Brasil (Globo), ao jornal O Dia (RJ) PRECISO VOLTAR A TRABALHAR, POIS O DINHEIRO ESTÁ ACABANDO. Narjara Turetta, atriz, ao portal UOL QUAL HOMEM NUNCA FEZ ISSO? Luan Santana, cantor, no Programa Eliana (SBT), depois de afirmar que já dormiu com duas mulheres ao mesmo tempo Divulgação DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 21 - TV
  • 22. MALHAÇÃO - 17H45 Segunda-feira - Chang impede a viagem de Brian, Lara e Tomás. Megan discute com Jonas e Verônica. Megan fica chateada com Davi ao descobrir que ele já sabia do caso de Jonas e Verônica e vai a uma boate com Danilo. Davi segue Megan e se irri-ta ao vê-la se insinuar para outro rapaz. Lara e Brian decidem que é melhor Tomás dormir com eles após o primeiro contato com Chang. Megan implora perdão a Davi. Zac Vírus ameaça Manuela para conseguir informações so-bre Jonas. Rita conta para Valdeci sobre Fred. Terça-feira - Verônica vê o vídeo de Jonas e Sandra. Jonas amea-ça Aroeira. Edna sugere que Verônica tente descobrir quem lhe enviou os e-mails. Ernesto con-vence Davi a desistir de contratar os Nem-Nens e eles decidem fa-zer um processo seletivo para cha-mar novos funcionários. Chang se aproxima de Tomás e desafia La-ra. Lara suspeita que Shin esteja fingindo ser Chang. Verônica pe-de a ajuda de Davi para descobrir o paradeiro de Sandra e quemes-tá enviando os e-mails anônimos. Herval recebe um telefonema mis-terioso. Quarta-feira - Rita fica perturbada com a presença de Fred. Gláucia conta para Megan que Pamela es-tá com Herval. Dorothy se comove ao ver a cumplicidade entre Me-gan e Pamela. Herval recebe um dossiê sobre Jonas. Verônica é surpreendida com a presença de Jonas. Zac Vírus exige que Manue-la vasculhe o computador de Jo-nas, e Murphy a flagra na Marra. Lara e Brian têm o mesmo sonho. Davi encontra uma pista de San-dra, e Verônica decide retomar abiografia de Jonas. Barata convi-da Ludmila para jantar. Ernesto se surpreende ao ver Pamela e Herval juntos. Verônica inventa uma desculpa para Jonas sobre sua viagem. Quinta-feira - Verônica insiste em conversar com Sandra. Davi com-bina de Matias fazer os testes pa-ra trabalhar na Brazuca.Murphy decide não contar para Jonas que viu Manuela mexendo em seu computador. Sandra revela sua história com Jonas para Verônica. Jonas e Brian começam a passar todos os assuntos da Marra para Manuela e ela se surpreende com o projeto do transumanismo. San-dra conta que se encontrou com Jonas pela última vez em Brasília, na viagem em que ele foi encon-trar um pajé. Manu e Arthur co-mentam sobre o aumento de ven-das das ações daMarra com o pro-jeto do transumanismo e descon-fiam se Jonas está realmente doente, sem saber que Vicente escuta a conversa. Sexta-feira - Jonas diz a Brian que fará uma coletiva para anunciar os novos projetos da Marra e fala-rá sobre a piora de seu estado de saúde. Verônica decide revelar a conversa que teve com Sandra pa-ra Davi Barata não consegue se envolver com Ludmila. Brian e La-ra têm sua primeira noite de amor. Davi, Verônica e Edna con-tam para Vicente o que sabem so-bre Jonas e pedem que ele seja um espião na Marra. A turma da Navegabeat chega de viagem, re-cebida por Manuela e Fred. Rita ouve Dante dizer que fará mais um show de Cidão. Pamela encon-tra Verônica na sala de Jonas. Ar-thur percebe a aflição de Manuela antes da coletiva de Jonas. Jonas faz seu pronunciamento, e Pame-la se emociona. Megan se reconci-lia com o pai. Sábado - Ernesto inventa uma des-culpa para Megan, e Davi a conso-la. Verônica deixa a coletiva com Edna. Vicente grava uma conver-sa entre Jonas e Manuela. Pame-la questiona Gláucia sobre seus sentimentos por Jonas. Fred en-contra Rita por acaso e a convida para almoçar. Manuela confessa a Arthur que está sendo coagida a enganar Jonas. Davi descobre o computador de onde foi enviado o e-mail para Verônica. Herval diz a Débora que vai declarar guerra contra Jonas. Dorothy afirma a Ba-rata que ele precisa de uma reprogramação. Brian e Lara des-confiam de Chang. Cidão elogia Dorothy. BOOGIE OOGIE - 18H15 Segunda-feira - Madalena se sen-te mal com a notícia sobre a troca dos bebês. Susana descobre que Sandra é a criança que foitrocada por Vitória. Madalena conta a Fer-nando que Vitória não é sua filha. Fernando entra no apartamento de Inês atrás de Sandra, mas Ta-deu a esconde. Ricardo afirma a Gilson que Luisa vai procurar por ele e Zuleica. Rafael consegue im-pedir que Sandra vá para a casa de Vicente. Carlota decide contar seu segredo para Leonor. Terça-feira - Carlota confessa a Leonor que não consegue viver sem Fernando. Susana vai à casa de Vicente à procura de Sandra, mas não a encontra. Madalena conta para Fernando que Sandra é a sua filha biológica. Beto avisa à mãeque Madalena está no escri-tório da Vip Turismo com Fernan-do. Carlota se desespera com a si-tuação da Boogie Oogie. Beatriz desconfia da reação de Susana ao perguntar sobre um sinal de nascença de Sandra. Susana apa-rece de surpresa na casa de San-dra. Quarta-feira - Susana consegue ver o sinal de nascença de San-dra. Leonor aconselha Carlota a revelar seu segredo para Fernan-do antes que Amaury o faça. Carlo-ta sugere que Amaury venda a Boogie Oogie para Ricardo. Dian-te da proposta da venda da disco-teca, Amaury decide não revelar o que sabe sobre Carlota, para de-sespero de Vitória. Rafael decide contar a Vitória sobre a troca de bebês. Inês diz a Fernando que sa-be onde Susana está. Quinta-feira - Inês revela a Fernan-do que Susana está em sua casa. Daniele diz a Vitória que Amaury já vendeu a Boogie Oogie para o pai. Inês consegue impedir Rafael de contar a Vitória sobre a troca dos bebês. Fernando seduz Susa-na e lhe faz uma proposta para im-pedir que ela conte a verdade pa-ra sua família. Susana conta para Inês que Fernando propôs reatar o relacionamento dos dois. Fer-nando vai até a casa de Sandra. Sexta-feira - Fernando se oferece para pagar a faculdade de Sandra no exterior, e a menina expulsa o empresário de sua casa. Inês ten-ta convencer Susana de que Fer-nando não deixará sua família pa-ra ficar com ela. Susana conven-ceRafael a não contar para San-dra que Fernando é seu pai bioló-gico. Beatriz confessa seu segre-do a Célia. Susana afirma a Fer-nando que só voltará para ele co-mo sua esposa, e exige que o empresário se separe de Carlo-ta. Sábado - Fernando promete a Susana que vai se separar de Carlota. Vitória conversa com Júlia sobre o passado de Carlo-ta e ganha sua confiança. Luisa encontra Zuleica na rua e disfar-ça para Filipinho. Célia entrega uma câmera para Zuleica tirar uma foto do namorado de Susa-na. Beatriz se frustra com a fal-ta de interesse de Elísio.Fernan-do demite Gilda. Madalena vai até a casa de Inês para falar com Susana. Segunda-feira - Marcelo se descul-pa com Roberta por ter desconfia-do da empresária. Pedro aceita a proposta de Bianca de namorar Karina em troca do patrocínio de sua banda e avisa a Nando que está pronto para gravar o CD de-mo. Cobra consegue afastar as principais concorrentes de Jade no teste para o clipe. Dandara pro-cura Mari para conversar sobre a gravidez. Bianca não consegue o dinheiro de Pedro com Gael e Du-ca lhe oferece um empréstimo. Zé Alvarenga aprova Jeff para o clipe, e Bárbara e Jade são seleciona-das para o teste final como dança-rinasprincipais. Jade pede que Co-bra sabote Bárbara. Terça-feira - Karina despeja um balde de água em Pedro. Rute in-centiva Jeff a participar do clipe. Jade se arrepende e tenta impedir Cobra de prejudicar a Bárbara. Co-bra enfrenta Luiz e Diego para de-fender Bárbara, que aconselhaJa-de a se afastar do rapaz. Dandara comemora o retorno de Mari à Ri-balta. Nando pressiona Pedro so-bre o dinheiro do estúdio. Mari e Jeff decidem ser apenas amigos. Heideguer aprova a atitude de Co-bra e garante a Lobão que ganha-rão dinheiro com o rapaz. Jade vence o teste para o clipe e come-mora com Lucrécia. Mari revela-sua gravidez para Franz. Jade e Cobra se beijam. Quarta-feira - Gael permite que Pe-dro faça uma aula experimental, e Karina se candidata a ensiná-lo. Cobra assiste à gravação do clipe para acompanhar Jade, e Lucré-cia se incomoda com a presença do rapaz. Pedro consegue fazer Karina sorrir e cobra seu dinheiro de Bianca. Heideguer e Lobão pensam ter visto Alan em uma ma-téria de jornale Nat se preocupa. Bianca aceita o empréstimo de Duca. Jade é elogiada na grava-ção do clipe. Mari comunica a Dandara que voltará para sua ci-dade, e se despede de Jeff. Dalva e Duca se surpreendem com a possibilidade de Alan estar vivo. Quinta-feira - Fatinha convida Nan-do para ser padrinho dos gêmeos que espera de Bruno. Dalva garan-te a Duca que Alan está morto. Heideguer comenta com Lobão que acredita que Dalva esconda algo. Cobra diz para Jade que não gosta de ouvir não e ela o en-frenta. Inspirada por Fatinha, Mari avisa a Franz que não deixará o Rio de Janeiro. Dandara e Jeff co-memoram a decisão de Mari. Du-ca procura estágio na academia de Roberta, e Marcelo observa os dois. João instala um videogame velho e sua televisão acaba pe-gando fogo. João e Pedro chegam ao apartamento de Gael, acompa-nhados de um policial. Sexta-feira - Gael tenta acalmar Dandara e a acompanha até seu apartamento. Sol promete a Wallace que assistirá ao seu exa-me de grau da academia. João e Dandara se hospedam na casa de Gael. Bianca se culpa por Duca trabalhar em dois lugares para conseguir dinheiro Nando aprova a nova canção de Pedro, e ques-tiona se o rapaz está apaixonado. Bianca sente ciúme de Roberta com Duca. Nat consegue fala com Dalva, que fica nervosa, mas dis-farçapara Duca João ouve a con-versa de Bianca com Bárbara e de-cide ajudar a menina a produzir o falso book. Solesquece do exame de grau de Wallace na academia. Pedro consegue um carro de som para se declarar para Karina. Resumo das novelas GLOBO GERAÇÃO BRASIL - 19H30 TV - 22 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 23. GLOBO RECORD Segunda-feira - Duda e Mili conver-sam no pátio do orfanato. Mili diz que todos sentiram falta dele. Marian es-piaaconversadosdois. Marianpaque-ra Duda, que não retribui. Fernando pede para as crianças enviarem uma mensagem para Carol através do Correio Elegante Móvel, invenção para tentar arrecadar dinheiro para o CaféBoutique,queestáemcrise. Car-men leva um susto ao se deparar com Duda na mansão dos Almeida Campos. Terça-feira - Marian pega escondido o dinheiro arrecadado com o Correio Elegante Móvel e coloca na boneca Laura. Todos assistem à estreia da série. Cris diz para Samuca que eles precisam anunciar para todos que es-tão namorando. Tudo faz parte do pla-no da chiquitita para deixar Vivi com ciúme. Tati nota que o dinheiro do CorreioElegante desapareceu.Thia-go encontra o dinheiro na boneca de Maria, que jura não ter pego a quan-tia. Samucae Cris mentem que estão namorando. Vivi fica enciumada. IMPÉRIO - 21H00 VITÓRIA - 21H30 Quarta-feira - Carmen vai ao orfanato econta para MatildequeCintia voltou. Maria conta para Tati, Teca e Ana que foi Marian quem colocou o dinheiro em sua boneca. Matilde diz para Car-menque Marian é umapequenabem malvada.JP,MoscaeDudaficam, aci-dentalmente, diante de Mili. JP e Mos-ca discutem. Pata pergunta se ela sente algoporDuda e Mili garanteque não gosta de Duda e nem de JP, ape-nas de Mosca. Quinta-feira - Mili vê Maria chorar e consola a pequena. Mili canta a músi-ca Meu Anjinho e Miguel, escondi-do, se emociona ao lembrar que Ga-briela cantava essa música durante a gravidez. Mili diz para Maria que Sofia cantava essa canção quando ela era pequena. Miguel diz para Simão que acredita que Mili possa ser sua filha. Marian inventa para Mosca que Mili diz que não sente absolutamente na-da por ele. Bia estranha que Pata fez umpenteado diferente para ir ao colé-gio. Bia acreditaquePata está gostan-do de alguém. Sexta-feira - Na escola haverá umtor-neio de Artes Marciais. Mosca, Rafa e Binho querem participar, mas preci-sam de mais meninos para a equipe. Eles convidam Duda e o pequeno oriental Fábio. Os dois aceitam inte-grar a equipe deles. Carol avisa para Vivi que um representante de uma marca do Rio Grande do Sul viu o tra-balho dela e se interessou emcontra-tara menina. Vivi fica feliz. Carol conta que eles arcam com todas as despe-sas, porémela terádeirsozinhaepre-cisará morar lá porumano. Segunda-feira - Artur insiste em di-zer para Diana que o filho que ela espera é dele. Rafael nega e diz que ele e Diana começaram a na-morar na viagem que fizeram jun-tos. Artur diz que vai pedir exame de DNA e Diana passa mal. Iago é chamado na delegacia para escla-recer os fatos sobre a morte de Fe-lipe. Diana diz para Luciene que está aflita com exame de DNA. Re-beca e Vinícius decidem conti-nuar namorando em segredo. Pris-cila coloca Valéria contra parede, mas ela finge estar tudo bem. Terça-feira - Iago invade a delega-cia acompanhado de seus capan-gas. Um policial é morto e pes-soas são amordaçadas. Enzo ten-ta bater em Iago, mas leva a pior. Pedro Um e Pedro Dois recebem a ordem de usar Enzo como escu-do. Iago faz Netto de refém e foge de carro. Começa uma persegui-ção e Iago mata os policiais. Dia-na e Bernardo desconfiam que te-nha sido Nelito quem dopou Vitó-ria. Sabrina pede ajuda a Quim pa-ra descobrir o paradeiro de Enzo. Bernardo tenta defender Nelito. Quarta-feira - Iago avisa que Enzo está morto e Priscila comemora. Paulão sente a morte do amigo. Ia-go resolve mutilar um dedo de En-zo para comprovar a morte dele para Priscila e a polícia. Enzo fica desacreditado ao ver um curativo em sua mão. Nelito se sente mal pela desconfiança de Diana. Ra-fael conta para Bernardo que vai morar com Diana. Paulão fica ali-viado por ter se livrado do risco de ser denunciado por Enzo e voltar para cadeia. Quinta-feira - Artur e Iago ficam muito emocionados ao verem que Clarice despertou do coma. Prisci-la e Paulão armam um plano para limpar a imagem dos dois. Clarice fica ansiosa e diz para Iago que o ouviu falar com ela. Laíza dizpara Mossoró que está com medo de um novo ataque dos neonazistas. Artur chora arrependido e diz para Clarice que sentiu muito medo de perdê-la. Clarice abraça o filho e diz que ele tem que desistir de vin-gar- se de Gregório. Ele diz que Dia-na está esperando um filho dele e pede mais tempo para contar a verdade a ela. Rosa e Anastácia fi-cam chocadas ao encontrarem roupas de dança na bolsa de PH. Sexta-feira - Clarice descobre que Gregório foi solto e se desespera, dizendo que Artur corre risco. Dia-na comemora a liberdade do pai e diz que é bom tê-lo de volta. Clari-ce diz para Iago que pretende con-tar para Gregório a verdade sobre Artur e Diana. Iago finge apoiá-la. Rafael convence Diana a ficar noi-va dele para fazer com que Artur acredite na farsa e desista do exa-me de DNA. Priscila e Paulão ne-gam em entrevista que tiveram al-go aver com a morte de Dinho. Paulão fica furioso ao ouvir Virguli-no fazer piada e chamar Quim de gato. Quim finge espancar Virguli-no no banheiro. Segunda-feira - João Lucas beija Ma-ria Ísis, que expulsa o rapaz de sua casa. Cora conta sobre Cristina para os repórteres e Xana fica furiosa Ma-ria Marta mostra para José Alfredo a notícia sobre a filha de Eliane. José Alfredo afirma que não faráumteste de DNA. Carmem cuida da transfe-rência de Salvador para um manicô-mio judiciário Reginaldo passa mal após a chegada de Jurema a sua ca-sa. Maria Marta explica como José Pedro conseguirá tomar o poder de José Alfredo. Vicente observa Maria Clara e Enrico juntos. Terça-feira - Cristina éhostilcomMa-ria Clara. Du conta para Maria Marta oendereço deMaria Ísis. Tuanee Ju-remarezampor Reginaldo.Xanades-confia da visita de Maria Clara a Cris-tina. Enrico fica furiosoaoverTéoem seu restaurante. Maria Marta e Cora chegamàcasadeMariaÍsisaomes-mo tempo. Cora encontra fios de ca-belodeJoséAlfredonoquartodeMa-ria Ísis. Maria Marta e Maria Ísis se enfrentam. Quarta-feira - Maria Marta e José Al-fredo se enfrentam. Cristina se preo-cupa com o sumiço de Cora. José Al-fredo exige que Magnólia e Severo voltem para São Fidélis. Téo se ofen-de com os comentários de Robertão. José Alfredo e Maria Ísis descobrem que Cora está escondi-da embaixo da cama. Magnólia aju-daCoraafugireMartaaleva para ca-sa. Cora inventa uma desculpa para explicar para Maria Marta o motivo de estar na casa de Maria Ísis. Quinta-feira - Silviano avisa que José Alfredo e Maria Marta não dormiram em casa. Vicente pede para Cristina marcarumdia para eles saírem com Victor.José AlfredoeMaria Ísissere-conciliam. Téo flagra Robertão e Éri-kasebeijando. XanaaconselhaJulia-nearetomaropostoderainhadeba-teria da escola de samba. Leonardo aborda Robertão na rua. Jurema avi-saa Cláudio que Leonardo foi agredi-do na rua e desmaiou. Enrico no-meiaVicentecomoresponsável pelo bufê da festa da joalheria Império. Sexta-feira - Fernando pede para conversar com Elivaldo sobre Cora. Silviano avisa a Maria Marta que sua viagem para o Monte Roraima será logo após a festa da joalheria. João Lucas procura Maria Ísis. Antoninho convida Juliane para ir à festa da joa-lheria. Teresa é hospitalizada. Du fa-la para Maria Marta que João Lucas está interessado em Maria Ísis. Fer-nando desiste de ajudar Cora com o exame de DNA. Maria Clara convida Cristina para a festa da joalheria. Sábado-TéoexpulsaÉrikadesuaca-sa. Maria Marta conta para José Al-fredoqueMaria Claraconvidou Cristi-naparaafestadaempresaTuanesu-gere que Jurema se hospede na ca-sa de Xana. José Alfredo se lembra deumaconversaquetevecomCristi-na. Cristina seaconselhacomVicen-te. Orvillesesenteculpado por explo-rar Salvador.Du avisa que João Lu-cas foi à casa de Maria Ísis e Maria Marta afirma que ele terá uma sur-presa. João Lucasencontra José Al-fredo na casa da amante. Resumo das novelas CHIQUITITAS - 20H30 SBT DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 23 - TV
  • 24. TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO Turismo Entre búfalos e igarapés na foz do Amazonas
  • 25. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 / 25 - TURISMO Com casas modestas e carroças puxadas a búfalo, a Ilha de Marajó tem ares pacatos e moradores hospitaleiros Agência O Globo Quando Gabriel García Márquez idealizou o cenário de Macondo em seu romance “Cem anos de solidão”, com certeza não tinha em mente a Ilha de Marajó, a oeste da foz do rio Amazonas, nas margens do rio Pará e do Atlântico. Mas bem que poderia: em Soure, estranhos convivem co-mo velhos amigos, fazendo com que os turistas se sintam imediatamente acolhidos neste sossegado vilarejo margeado pe-las águas salobras do rio Para-cauari. Marajó faz a gente se sentir entrando em um universo pare-cido com o de Macondo, de García Marquez. Agência O Globo Soure é a capital informal da ilha
  • 26. TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO Marajó ONDE O TEMPO NÃO TEM PRESSA Como toda cidade do Interior, a rotina transcorre sem pressa em Soure, com praias e passeios de búfalo Agência O Globo A primeira impressão que o turista de cidade grande é de uma ilha onde há apenas uma estrada asfaltada, todas as ruas são largas e de terra batida, mas que foi concebida e planejada como Manhattan: em vez de nomes, as travessas e ruas são numeradas. Sendo assim, você vai para o lugar tal que fica na Quarta Rua com a Travessa 12. Não tem nem como se perder de tão bem traçado. Em tempo: de similarida-des com a Big Apple só mes-mo esses detalhes urbanísti-cos, porque não encravaram um só arranha-céu em toda esta ilha - e estamos falando de uma região que mede pou-co mais de 40 mil km² - equi-valente ao tamanho da Suíça. Não é à toa que Marajó - povoada por indígenas des-de 1.100 a.C - está entre as maiores ilhas flúvio-mariti-mas do planeta. Conserva até hoje uma aura de genuinidade. Extremamen-te hospitaleiros e amáveis, os habitantes se orgulham de suas origens que remontam a civili-zações pré-colombianas. Além de só ter casas, a maioria modesta, de um só an-dar, em Marajó quase não há automóveis. O que se veem são bicicletas e motocicletas de baixa potência. Bastante comum é a carroça puxada a búfalo, animal que se adaptou ao meio ambiente e às condições climáticas que, é bom ressaltar, acarretam mu-danças drásticas na topografia da região. No “inverno” marajoense, de janeiro a maio, chove a pon-to de deixar grande parte da ilha submersa. O búfalo, graças à sua genética, consegue encon-trar seu alimento mesmo nas pastagens cobertas pelas águas - ele come cerca de 80 quilos de folhagens por dia. Além de ter se tornado o íco-ne de Marajó, contabilizando o maior rebanho do Brasil com 700 mil cabeças, o animal se converteu num recurso econô-mico para grande parte dos 23 mil habitantes de Soure. Transporta lixo, mercado-rias, pessoas, bens de consumo e virou atração turística. Sem falar que a búfala produz o leite para a confecção do queijo, que lembra o feta grego, na textura e no paladar. Fotos: Agência O Globo Preparando-se para levar turistas a passeio para explorar a região A polícia montada faz ronda em búfalo, animal multiuso em Marajó