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Hospital Municipal Cardoso Fontes
    Serviço de Cirurgia Geral

   Sessão Clínica – 15/07/2004

   Totalização de Gastrectomia
   Recidiva de Câncer Gástrico

    Residente: Fábio Martins
Caso Clínico
ANAMNESE
ID: AFR, 56 anos, feminina, branca, divorciada, do lar, natural de Campos, reside no RJ há 40
anos.
QP: Azia e vômitos
HDA: Paciente submetida a gastrectomia subtotal por BL gástrico há 10 anos, evoluindo com
emagrecimento de + 15 Kg, queda do estado geral , astenia e dificuldade para exercer suas
atividades habituais há 1 ano. Associado relata aparecimento de dor epigástrica em queimação e
vômitos pós-prandiais esporádicos. Relata semelhança entre os sintomas atuais e aqueles da época
da cirurgia. Procurou atendimento no PS/HMCF em FEV/2004, onde ficou internada por 4 dias.
Realizou EDA e foi encaminhada ao amb da gastro. Foi internada na gastro em 20/05/2004, sendo
transferida para a cirurgia geral dia 24/05/2004.
HPP: HAS e DM sem acompanhamento.
Gastrectomia subtotal em 1994 no Hosp. Andaraí. Colecistectomia aberta em 1995 no Hosp.
Andaraí.
Nega BK, cardio ou pneumopatias, hemotransfusões ou alergias medicamentosas.
H.FAM: Mãe falecida por cardiopatia. Pai falecido por “velhice”. Irmãos saudáveis.
H.GINECO: GI PI A0, parto normal, sem intercorrências. Menopausa aos 45 anos.
H.SOC: Nega etilismo ou tabagismo. Mora em casa com boas condições higiênico-sanitárias.
Exame Físico - Internação

Paciente lúcida e orientada, cooperativa, deambulando, bastante
emagrecida, corada, hidratada, acianótica, anictérica, eupneica.
Sianis Vitais:
PA: 200x110 mmHg         FC: 82bpm         FR: 12 irpm
ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros.
AR: MBV audível, s/ ruídos adventícios.
ABDOME: flácido, peristáltico, indolor à palpação, sem massas e/ou
visceromegalias.
MMII: sem alterações.
Não foram palpados linfonodos em cadeias supra-clavicular, axilar e
cervical.
Endoscopia Digestiva Alta (13/02/04)

ESÔFAGO: calibre, paredes e peristalse normais. Não vimos hérnia
hiatal nem esofagite macroscópica.
ESTÔMAGO: volume reduzido a um terço do total por gastrectomia.
Em parede posterior e pequena curvatura do coto gástrico a mucosa
exibe ulcerações rasas , serpiginosas, com áreas adjacentes
espessadas e granulares. Essas lesões se estendem até a boca
anastomótica, indo até a vertente jejunal. Foram feitas biópsias.
Boca anastomótica ampla.
Visualizamos apenas uma alça jejunal que se mostra pérvia.
CONCLUSÕES:
• Gastrectomia Subtotal com reconstrução à B I.
• Lesão blastomatosa de coto gástrico – Adenocarcinoma? Linfoma?
Resultado do Histopatológico (09/03/04)




ADENOCARCINOMA ULCERADO EM MUCOSA DE JUNÇÃO
             ESOFAGO-GÁSTRICA
Tomografia Computadorizada Abdome
                     (12/02/04)

Gastrectomia parcial e anastomose com alça jejunal.
Fígado e baço de aspecto normal.
Pâncreas mal visualizado.
Vesícula não visualizada. Não há dilatação de vias biliares.
Adrenais anatômicas.
Rins de configuração normal, com diminuta calcificação no direito;
eliminando simetricamente o contraste.
Calcificações parietais de aorta.
Sem evidências de linfonodomegalias.
Exames laboratoriais
    Sem alterações


    RX Tórax
      Normal


      ECG
      Normal


  Risco Cirúrgico
      ASA II / III
Boletim Operatório
Diagnóstico pré-op.: Adenocarcinma de estômago recidivado.
Operação: Totalização de gastrectomia subtotal prévia – Esôfago-
jejunostomia à Roscoe-Graham-Porto e entero-enteroanastomose.
Data da Cirugia: 26/05/2004..
Cirurgião: Dra. Zenilde / Dra. Patrícia / Dr. Fábio.
Descrição Cirúrgica:
• Incisão mediana supra e infra-umbilical sobre cicatriz prévia;
• Ao inventário da cavidade, encontramos: ausência de lobo esquerdo
(seg. II / III) do fígado (atrofia???); Gastrectomia subtotal à B I;
• Realizamos totalização de gastrectomia pois o segmento proximal
encontrava-se infiltrado (biópsia de congelação);
• Reconstrução do trânsito à Roscoe-Graham-Porto;
• Fechamento por planos.
• OBS: Sonda de Dobb-Hoff abaixo da entero-entero.
Evolução

Boa evolução pós-operatória.
Sem intercorrências.
Iniciada dieta oral no D3 pós-op, com boa aceitação após progressão
da dieta.
Exames laboratorias sem alterações significativas durante toda a
evolução.
Alta hospialar no D11 pós-op em boas condições.
Recidiva de Câncer Gástrico
Incidência da Recidiva de câncer
                      Gástrico
  AUTOR              PAÍS         PUBLICAÇÃO    INTERVALO   PACIENTES   RECIDIVAS

Oshiro et al         Japão        ASO – 1996    1977-1987      479      115 (24,1%)

Maehara et           Japão        BJS – 2000    1969-1988      939      207 (22,4%)
   al
  Yoo et al          Coréia       BJS – 2000    1987-1995     2328      652 (28,1%)

Chung et al          Coréia       BJS – 2002    1992-1996      564      107 (19%)

Schwarz et       EUA/Califórnia   ASO – 2002    1990-2000      73        35 (48%)
    al
Roviello et al    Itália/Verona   BJS – 2003    1988-1996      441      215 (49%)

Chew-Wun             Coréia       WJS – 2003    1988-1995      611      245 (40,1%)
 Wu et al
 Sakar et al        Turquia       AJCO – 2004   1994-2000      492      142 (28,9%)
Tipos de Recidiva

1. Quanto à localização:
    - Loco-regional (linfonofos regionais, coto gástrico, órgãos
  adjacentes)

    - Peritoneal
    - Hematogênica (fígado, pulmão, osso, cérebro, ovários)

2. Quanto ao tempo de recidiva:
    - Precoce: < 2 anos
    - Tardia: > 2 anos
Localização da recidiva em 508 pacientes
           (Yoo, BJS – 2000)
Yoo, BJS – 2000 (n = 2328 / 508 recidivas)




Patterns of recurrence in 508 patients after curative resection. Values in
parentheses are percentages. *Recurrence at the extra-abdominal lymph
nodes.
Localização da recidiva em 215 pacientes
         (Roviello, BJS – 2003)
Schwarz, ASO- 2002 (n = 73 / 35 recidivas)
Características clinico-patológicas de acordo com o local de
                 recidiva (Yoo, BJS – 2000)
Fatores de risco independentes de acordo com
     o local de recidiva (Yoo, BJS – 2000)
Sobrevida de acordo com o local de recidiva
             (Yoo, BJS – 2000)
         (Sobrevida total média: 8,7 meses)

  LOCAL DE RECIDIVA      SOBREVIDA MÉDIA
                             (meses)
      Peritoneal               6,4


     Hematogênica              9,6


     Loco-regional              11
Recidiva Precoce x Tardia
      AUTOR               RECIDIVAS         PRECOCE (%)   TARDIA (%)

    Sakar et al                 142             72            28

     Yoo et al                  508            72,4          27,6

   Inomata et al                138            75,5          24,5

   Kodera et al                 197             75            25

    Oshiro et al                115            69,5*        30,5*

 Chew-Wun Wu                    245             90*          10*
     et al

* Corte de 3 anos ( < 3 anos e > 3 anos).
Recidiva Precoce x Tardia - Fatores clinico-
      patológicos (Yoo, BJS – 2000)
Recidiva Precoce x Tardia – Fatores clinico-
         patológicos (Inomata, BJS – 2000)

         FACTORS                      EARLY                          LATE
                                  RECURRENCE (%)                 RECURRENCE (%)
   Tumor Size >/= 5 cm                      92                             74


     Positive lymphatic                     64                             38
          invasion
        Stage III / IV                     87**                          62**


    Limited lymph node                      73                             35
         dissection
   Extended lymph node                     32**                           3**
        dissection

N 138 recidivas
** Most significant factors independently associated with the survival time.
Recidiva de Câncer Gástrico Precoce
                  Incidência

  AUTOR         PUBLICAÇÃO    N TOTAL   RECIDIVA

Sasako et al    YBDD – 1995    1475     20 (1,4%)
  (Japão)
  Yoo et al     BJS – 2000      510     26 (5,1%)
  (Coréia)
  Lee et al     JJCO – 2003    1452     21 (1,5%)
  (Coréia)
20 Centros no   JJCO – 2003    12785    247 (1,9%)
    Japão
Recidiva de Câncer Gástrico Precoce
               Principais localizações
• Lee et al – 1452 EGC / 21 recidivas:
   - Hematogênica: 9 (43%)
   - Loco-regional: 4 (19%)
   - Peritoneal: 2 (9%)
   - Múltipla: 6 (29%)
• Yoo et al – 510 EGC / 26 recidivas:
   - Hematogênica: 12 (46%)
   - Loco-regional: 5 (19%)
   - Peritoneal: 1 (4%)
   - Múltipla: 8 (31%)
• Sasako et al – 1475 EGC / 20 recidivas:
   - Hematogênica: 53%
Recidiva de Tumor Precoce
                    Fatores Preditivos
FATORES PREDITIVOS DE RECIDIVA:
• Metástases em linfonodos regionais
• Linfadenectomia limitada
• Invasão além da submucosa
• *Micrometástases

OBS: Lee et al (Coréia)
• > 6 linfonodos comprometidos: > possibilidade de recidiva
• Acompanhamento e considerar tratamento adjuvante.

OBS: 20 centros no Japão
• O baixo risco de recidiva do tumor precoce não justifica a
necessidade ou o risco do tratamento adjuvante para todos os
casos.
•
Acompanhamento Pós-cirúrgico para Câncer
                 Gástrico
• Kodera et al:
   - 3/3 meses no primeiro ano e 6/6 meses até 5 anos:
Anamnese e Ex. Físico; Exs. Laboratoriais; CEA e CA 19-9
   - RX tórax e USG Abdome ou TC Abdome 6/6 meses
   - EDA 1x / ano
   - Outros exames na suspeita de metástases
• Roviello et al:
   - 3/3 nos primeiros 2 anos e 6/6 meses após:
Anamnese e Ex. Físico; Exs. Laboratoriais e marcadores tumorais
   - USG Abdominal e RX Tórax 6/6 meses
   - EDA 1x / ano
   - Outros exames na suspeita de metástases
Utilização dos Marcadores Tumorais no
    Follow-up dos pacientes com CA Gástrico
             (Roviello et al, AJS – 2001, 75 recidivas)


MARCADOR     SENSIBILIDADE            ANTES                  DEPOIS
 TUMORAL          (%)              DIAGNÓSTICO            DIAGNÓSTICO
                                       (%)                     (%)
   CEA               44                  24                   20

 CA 19-9             56                  37                   19

 CA 72-4             51                  29                   22

Combinação           87                  61                   25
   dos
marcadores
Utilização dos Marcadores Tumorais no
     Follow-up dos pacientes com CA Gástrico
                (Roviello et al, AJS – 2001, 75 recidivas)



 LOCAL DE           CEA          CA 19-9       CA 72-4        COMBINAÇÃO
 RECIDIVA           (%)            (%)          (%)              (%)

Loco-regional        53             63             47             90


Hematogênica         48             52             56             96


 Peritoneal          38             24             57             67



                 Sensibilidade quanto ao local de recidiva.
Utilização dos Marcadores Tumorais no
     Follow-up dos pacientes com CA Gástrico
              (Roviello et al, AJS – 2001, 75 recidivas)

Resultados:
• Todos os pacientes com marcadores positivos no pré-op
apresentaram elevação em algum marcador quando recidivaram.
• Todos os falso negativos (13%) pertenciam ao grupo de pacientes
com todos os três marcadores negativos no pré-op.
• O CA 72-4 foi o marcador com maior especificidade (97%) e uma
elevação no seu valor é fator preditivo importante para recidiva.
Conclusão:
• Pacientes com valores positivos no pré-op podem ser
acompanhados exclusivamente através dos marcadores tumorais e
qualquer aumento dos seus níveis deverá ser investigado com
exames de imagem.
• Pctes com níveis pré-op negativos devem ser acompanhados com
exames de imagem.
Perda de peso pós-operatória e sua relação
              com recidiva tumoral
                 (Yu et al, BJS – 2002, 564 pacientes)
• Causas da perda peso (multi-fatorial):
   - anorexia
   - obstrução
   - Má-absorção (obstrução de secreções biliares e pancreáticas)
   - Aumento da necessidade basal de energia
   - Alteração no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos
• Peso dos pacientes no pré-op, pós-op, 6 meses e 12 meses
• 107 recidivas: o peso dos pacientes era menor em todos os
momentos em comparação com a estabilidade no peso dos outros.
• Perda de peso no segundo semestre pós-op > 5% teve correlação
positiva com recidiva tumoral e, assim, a medida do peso deve fazer
parte do acompanhamento dos pacientes.
Tratamento após Recidiva


Depende do tipo de recidiva, sendo em geral
suporte clínico, as vezes ainda é permitido a
intervenção paliativa, e em raros casos a
ressecção curativa (recidiva de coto gástrico).
Relação entre o tratamento da recidiva e a
sobrevida média (Yoo, BJS – 2000, 508 rec.)
A Importância da Linfadenectomia no
            Tratamento do Tumor Primário
                       D2 x D1


• A extensão do acometimento nodal é o fator prognóstico mais
importante, tendo relação direta com a sobrevida.
• Diminui a recidiva loco-regional
• Morbidade / Mortalidade
• De acordo com alguns autores, 30-50% dos candidatos a cirurgias
curativas possuem linfonodos positivos em nível II.
• Aumenta as taxas de ressecção R0 e a sobrevida geral.
Diferenças dos Resultados entre Japão e
                Países Ocidentais



• Epidemiologia e localização do tumor
• Diagnóstico em estágio mais precoce
• Pacientes mais jovens
• Tratamento mais radical em relação à linfadenectomia.
Siewert et al, Ann Surg – 1998
  Relevant Prognostic Factors in Gastric Cancer
  10-Year Results of the German Gastric Cancer
                       Study
• 1654 pacientes operados (1986-1989)
• 1182 ressecções R0 (71,5%)
• Linfadenectomia D2: > 25 linfonodos (66,3%)
 Linfadenectomia D1: < 25 linfonodos (33,7%)
• Morbidade e mortalidade: sem diferenças entre D1 e D2
• Aumento da sobrevida em pctes com estágio II (T2N1 ou T3N0):
sobrevida 10 anos: 15-25%  45-55%.
• Aumento da sobrevida persistiu mesmo naqueles com
linfadenectomia insuficiente (15 – 25 linfonodos)
• Não mostrou melhora significativa da sobrevida global (< 5%).
• A relação entre número de linfonodos comprometidos e ressecados
se mostrou o principal fator prognóstico.
Quimioterapia Adjuvante
1. Intraperitoneal normotérmica ou hipertérmica
  - Intra-operatória
  - Pós-op imediata
  * Pctes com elevado risco de recidiva peritoneal (diminuindo o
   número de céls na cavidade)
  * Alguns bons resultados (Estágios T3 ressecável e T4, sem
   evidência de metástases peritoneais, citologia positiva ou
   negativa)
2. Sistêmica
  - Necessita de mais estudos
  - Vários esquemas; nenhum padrão; elevada resistência às
   drogas utilizadas.
CONCLUSÕES
• As características clinico-patológicas do tumor
primário determinam o tipo de recidiva.
• A maioria das recidivas ocorre nos primeiros 2 anos
após ressecção do tumor primário.
• A detecção precoce da recidiva se faz importante
principalmente nos casos de recidiva local no coto
gástrico, demonstrando benefício discreto em relação à
sobrevida global.
• O tratamento ideal do câncer gástrico é a ressecção
R0 (macroscópica e microscópica de todo o tumor).
• Apesar de alguns poucos e bons resultados, a
importância e utilização da quimioterapia ainda carece
de maiores estudos.

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  • 1. Hospital Municipal Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Sessão Clínica – 15/07/2004 Totalização de Gastrectomia Recidiva de Câncer Gástrico Residente: Fábio Martins
  • 2. Caso Clínico ANAMNESE ID: AFR, 56 anos, feminina, branca, divorciada, do lar, natural de Campos, reside no RJ há 40 anos. QP: Azia e vômitos HDA: Paciente submetida a gastrectomia subtotal por BL gástrico há 10 anos, evoluindo com emagrecimento de + 15 Kg, queda do estado geral , astenia e dificuldade para exercer suas atividades habituais há 1 ano. Associado relata aparecimento de dor epigástrica em queimação e vômitos pós-prandiais esporádicos. Relata semelhança entre os sintomas atuais e aqueles da época da cirurgia. Procurou atendimento no PS/HMCF em FEV/2004, onde ficou internada por 4 dias. Realizou EDA e foi encaminhada ao amb da gastro. Foi internada na gastro em 20/05/2004, sendo transferida para a cirurgia geral dia 24/05/2004. HPP: HAS e DM sem acompanhamento. Gastrectomia subtotal em 1994 no Hosp. Andaraí. Colecistectomia aberta em 1995 no Hosp. Andaraí. Nega BK, cardio ou pneumopatias, hemotransfusões ou alergias medicamentosas. H.FAM: Mãe falecida por cardiopatia. Pai falecido por “velhice”. Irmãos saudáveis. H.GINECO: GI PI A0, parto normal, sem intercorrências. Menopausa aos 45 anos. H.SOC: Nega etilismo ou tabagismo. Mora em casa com boas condições higiênico-sanitárias.
  • 3. Exame Físico - Internação Paciente lúcida e orientada, cooperativa, deambulando, bastante emagrecida, corada, hidratada, acianótica, anictérica, eupneica. Sianis Vitais: PA: 200x110 mmHg FC: 82bpm FR: 12 irpm ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros. AR: MBV audível, s/ ruídos adventícios. ABDOME: flácido, peristáltico, indolor à palpação, sem massas e/ou visceromegalias. MMII: sem alterações. Não foram palpados linfonodos em cadeias supra-clavicular, axilar e cervical.
  • 4. Endoscopia Digestiva Alta (13/02/04) ESÔFAGO: calibre, paredes e peristalse normais. Não vimos hérnia hiatal nem esofagite macroscópica. ESTÔMAGO: volume reduzido a um terço do total por gastrectomia. Em parede posterior e pequena curvatura do coto gástrico a mucosa exibe ulcerações rasas , serpiginosas, com áreas adjacentes espessadas e granulares. Essas lesões se estendem até a boca anastomótica, indo até a vertente jejunal. Foram feitas biópsias. Boca anastomótica ampla. Visualizamos apenas uma alça jejunal que se mostra pérvia. CONCLUSÕES: • Gastrectomia Subtotal com reconstrução à B I. • Lesão blastomatosa de coto gástrico – Adenocarcinoma? Linfoma?
  • 5. Resultado do Histopatológico (09/03/04) ADENOCARCINOMA ULCERADO EM MUCOSA DE JUNÇÃO ESOFAGO-GÁSTRICA
  • 6. Tomografia Computadorizada Abdome (12/02/04) Gastrectomia parcial e anastomose com alça jejunal. Fígado e baço de aspecto normal. Pâncreas mal visualizado. Vesícula não visualizada. Não há dilatação de vias biliares. Adrenais anatômicas. Rins de configuração normal, com diminuta calcificação no direito; eliminando simetricamente o contraste. Calcificações parietais de aorta. Sem evidências de linfonodomegalias.
  • 7. Exames laboratoriais Sem alterações RX Tórax Normal ECG Normal Risco Cirúrgico ASA II / III
  • 8. Boletim Operatório Diagnóstico pré-op.: Adenocarcinma de estômago recidivado. Operação: Totalização de gastrectomia subtotal prévia – Esôfago- jejunostomia à Roscoe-Graham-Porto e entero-enteroanastomose. Data da Cirugia: 26/05/2004.. Cirurgião: Dra. Zenilde / Dra. Patrícia / Dr. Fábio. Descrição Cirúrgica: • Incisão mediana supra e infra-umbilical sobre cicatriz prévia; • Ao inventário da cavidade, encontramos: ausência de lobo esquerdo (seg. II / III) do fígado (atrofia???); Gastrectomia subtotal à B I; • Realizamos totalização de gastrectomia pois o segmento proximal encontrava-se infiltrado (biópsia de congelação); • Reconstrução do trânsito à Roscoe-Graham-Porto; • Fechamento por planos. • OBS: Sonda de Dobb-Hoff abaixo da entero-entero.
  • 9. Evolução Boa evolução pós-operatória. Sem intercorrências. Iniciada dieta oral no D3 pós-op, com boa aceitação após progressão da dieta. Exames laboratorias sem alterações significativas durante toda a evolução. Alta hospialar no D11 pós-op em boas condições.
  • 10. Recidiva de Câncer Gástrico
  • 11. Incidência da Recidiva de câncer Gástrico AUTOR PAÍS PUBLICAÇÃO INTERVALO PACIENTES RECIDIVAS Oshiro et al Japão ASO – 1996 1977-1987 479 115 (24,1%) Maehara et Japão BJS – 2000 1969-1988 939 207 (22,4%) al Yoo et al Coréia BJS – 2000 1987-1995 2328 652 (28,1%) Chung et al Coréia BJS – 2002 1992-1996 564 107 (19%) Schwarz et EUA/Califórnia ASO – 2002 1990-2000 73 35 (48%) al Roviello et al Itália/Verona BJS – 2003 1988-1996 441 215 (49%) Chew-Wun Coréia WJS – 2003 1988-1995 611 245 (40,1%) Wu et al Sakar et al Turquia AJCO – 2004 1994-2000 492 142 (28,9%)
  • 12. Tipos de Recidiva 1. Quanto à localização: - Loco-regional (linfonofos regionais, coto gástrico, órgãos adjacentes) - Peritoneal - Hematogênica (fígado, pulmão, osso, cérebro, ovários) 2. Quanto ao tempo de recidiva: - Precoce: < 2 anos - Tardia: > 2 anos
  • 13. Localização da recidiva em 508 pacientes (Yoo, BJS – 2000)
  • 14. Yoo, BJS – 2000 (n = 2328 / 508 recidivas) Patterns of recurrence in 508 patients after curative resection. Values in parentheses are percentages. *Recurrence at the extra-abdominal lymph nodes.
  • 15. Localização da recidiva em 215 pacientes (Roviello, BJS – 2003)
  • 16. Schwarz, ASO- 2002 (n = 73 / 35 recidivas)
  • 17. Características clinico-patológicas de acordo com o local de recidiva (Yoo, BJS – 2000)
  • 18. Fatores de risco independentes de acordo com o local de recidiva (Yoo, BJS – 2000)
  • 19. Sobrevida de acordo com o local de recidiva (Yoo, BJS – 2000) (Sobrevida total média: 8,7 meses) LOCAL DE RECIDIVA SOBREVIDA MÉDIA (meses) Peritoneal 6,4 Hematogênica 9,6 Loco-regional 11
  • 20. Recidiva Precoce x Tardia AUTOR RECIDIVAS PRECOCE (%) TARDIA (%) Sakar et al 142 72 28 Yoo et al 508 72,4 27,6 Inomata et al 138 75,5 24,5 Kodera et al 197 75 25 Oshiro et al 115 69,5* 30,5* Chew-Wun Wu 245 90* 10* et al * Corte de 3 anos ( < 3 anos e > 3 anos).
  • 21. Recidiva Precoce x Tardia - Fatores clinico- patológicos (Yoo, BJS – 2000)
  • 22. Recidiva Precoce x Tardia – Fatores clinico- patológicos (Inomata, BJS – 2000) FACTORS EARLY LATE RECURRENCE (%) RECURRENCE (%) Tumor Size >/= 5 cm 92 74 Positive lymphatic 64 38 invasion Stage III / IV 87** 62** Limited lymph node 73 35 dissection Extended lymph node 32** 3** dissection N 138 recidivas ** Most significant factors independently associated with the survival time.
  • 23. Recidiva de Câncer Gástrico Precoce Incidência AUTOR PUBLICAÇÃO N TOTAL RECIDIVA Sasako et al YBDD – 1995 1475 20 (1,4%) (Japão) Yoo et al BJS – 2000 510 26 (5,1%) (Coréia) Lee et al JJCO – 2003 1452 21 (1,5%) (Coréia) 20 Centros no JJCO – 2003 12785 247 (1,9%) Japão
  • 24. Recidiva de Câncer Gástrico Precoce Principais localizações • Lee et al – 1452 EGC / 21 recidivas: - Hematogênica: 9 (43%) - Loco-regional: 4 (19%) - Peritoneal: 2 (9%) - Múltipla: 6 (29%) • Yoo et al – 510 EGC / 26 recidivas: - Hematogênica: 12 (46%) - Loco-regional: 5 (19%) - Peritoneal: 1 (4%) - Múltipla: 8 (31%) • Sasako et al – 1475 EGC / 20 recidivas: - Hematogênica: 53%
  • 25. Recidiva de Tumor Precoce Fatores Preditivos FATORES PREDITIVOS DE RECIDIVA: • Metástases em linfonodos regionais • Linfadenectomia limitada • Invasão além da submucosa • *Micrometástases OBS: Lee et al (Coréia) • > 6 linfonodos comprometidos: > possibilidade de recidiva • Acompanhamento e considerar tratamento adjuvante. OBS: 20 centros no Japão • O baixo risco de recidiva do tumor precoce não justifica a necessidade ou o risco do tratamento adjuvante para todos os casos. •
  • 26. Acompanhamento Pós-cirúrgico para Câncer Gástrico • Kodera et al: - 3/3 meses no primeiro ano e 6/6 meses até 5 anos: Anamnese e Ex. Físico; Exs. Laboratoriais; CEA e CA 19-9 - RX tórax e USG Abdome ou TC Abdome 6/6 meses - EDA 1x / ano - Outros exames na suspeita de metástases • Roviello et al: - 3/3 nos primeiros 2 anos e 6/6 meses após: Anamnese e Ex. Físico; Exs. Laboratoriais e marcadores tumorais - USG Abdominal e RX Tórax 6/6 meses - EDA 1x / ano - Outros exames na suspeita de metástases
  • 27. Utilização dos Marcadores Tumorais no Follow-up dos pacientes com CA Gástrico (Roviello et al, AJS – 2001, 75 recidivas) MARCADOR SENSIBILIDADE ANTES DEPOIS TUMORAL (%) DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO (%) (%) CEA 44 24 20 CA 19-9 56 37 19 CA 72-4 51 29 22 Combinação 87 61 25 dos marcadores
  • 28. Utilização dos Marcadores Tumorais no Follow-up dos pacientes com CA Gástrico (Roviello et al, AJS – 2001, 75 recidivas) LOCAL DE CEA CA 19-9 CA 72-4 COMBINAÇÃO RECIDIVA (%) (%) (%) (%) Loco-regional 53 63 47 90 Hematogênica 48 52 56 96 Peritoneal 38 24 57 67 Sensibilidade quanto ao local de recidiva.
  • 29. Utilização dos Marcadores Tumorais no Follow-up dos pacientes com CA Gástrico (Roviello et al, AJS – 2001, 75 recidivas) Resultados: • Todos os pacientes com marcadores positivos no pré-op apresentaram elevação em algum marcador quando recidivaram. • Todos os falso negativos (13%) pertenciam ao grupo de pacientes com todos os três marcadores negativos no pré-op. • O CA 72-4 foi o marcador com maior especificidade (97%) e uma elevação no seu valor é fator preditivo importante para recidiva. Conclusão: • Pacientes com valores positivos no pré-op podem ser acompanhados exclusivamente através dos marcadores tumorais e qualquer aumento dos seus níveis deverá ser investigado com exames de imagem. • Pctes com níveis pré-op negativos devem ser acompanhados com exames de imagem.
  • 30. Perda de peso pós-operatória e sua relação com recidiva tumoral (Yu et al, BJS – 2002, 564 pacientes) • Causas da perda peso (multi-fatorial): - anorexia - obstrução - Má-absorção (obstrução de secreções biliares e pancreáticas) - Aumento da necessidade basal de energia - Alteração no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos • Peso dos pacientes no pré-op, pós-op, 6 meses e 12 meses • 107 recidivas: o peso dos pacientes era menor em todos os momentos em comparação com a estabilidade no peso dos outros. • Perda de peso no segundo semestre pós-op > 5% teve correlação positiva com recidiva tumoral e, assim, a medida do peso deve fazer parte do acompanhamento dos pacientes.
  • 31. Tratamento após Recidiva Depende do tipo de recidiva, sendo em geral suporte clínico, as vezes ainda é permitido a intervenção paliativa, e em raros casos a ressecção curativa (recidiva de coto gástrico).
  • 32. Relação entre o tratamento da recidiva e a sobrevida média (Yoo, BJS – 2000, 508 rec.)
  • 33. A Importância da Linfadenectomia no Tratamento do Tumor Primário D2 x D1 • A extensão do acometimento nodal é o fator prognóstico mais importante, tendo relação direta com a sobrevida. • Diminui a recidiva loco-regional • Morbidade / Mortalidade • De acordo com alguns autores, 30-50% dos candidatos a cirurgias curativas possuem linfonodos positivos em nível II. • Aumenta as taxas de ressecção R0 e a sobrevida geral.
  • 34. Diferenças dos Resultados entre Japão e Países Ocidentais • Epidemiologia e localização do tumor • Diagnóstico em estágio mais precoce • Pacientes mais jovens • Tratamento mais radical em relação à linfadenectomia.
  • 35. Siewert et al, Ann Surg – 1998 Relevant Prognostic Factors in Gastric Cancer 10-Year Results of the German Gastric Cancer Study • 1654 pacientes operados (1986-1989) • 1182 ressecções R0 (71,5%) • Linfadenectomia D2: > 25 linfonodos (66,3%) Linfadenectomia D1: < 25 linfonodos (33,7%) • Morbidade e mortalidade: sem diferenças entre D1 e D2 • Aumento da sobrevida em pctes com estágio II (T2N1 ou T3N0): sobrevida 10 anos: 15-25%  45-55%. • Aumento da sobrevida persistiu mesmo naqueles com linfadenectomia insuficiente (15 – 25 linfonodos) • Não mostrou melhora significativa da sobrevida global (< 5%). • A relação entre número de linfonodos comprometidos e ressecados se mostrou o principal fator prognóstico.
  • 36. Quimioterapia Adjuvante 1. Intraperitoneal normotérmica ou hipertérmica - Intra-operatória - Pós-op imediata * Pctes com elevado risco de recidiva peritoneal (diminuindo o número de céls na cavidade) * Alguns bons resultados (Estágios T3 ressecável e T4, sem evidência de metástases peritoneais, citologia positiva ou negativa) 2. Sistêmica - Necessita de mais estudos - Vários esquemas; nenhum padrão; elevada resistência às drogas utilizadas.
  • 37. CONCLUSÕES • As características clinico-patológicas do tumor primário determinam o tipo de recidiva. • A maioria das recidivas ocorre nos primeiros 2 anos após ressecção do tumor primário. • A detecção precoce da recidiva se faz importante principalmente nos casos de recidiva local no coto gástrico, demonstrando benefício discreto em relação à sobrevida global. • O tratamento ideal do câncer gástrico é a ressecção R0 (macroscópica e microscópica de todo o tumor). • Apesar de alguns poucos e bons resultados, a importância e utilização da quimioterapia ainda carece de maiores estudos.