1. Proposta Artística
Patrícia de Sousa Borges (PIBID/CAPES/UERGS)
O texto “um artista da fome” de Franz Kafka conta a história de um
artista, que tinha habilidade de jejuar por diversos dias e noites, onde era
observado de pelos espectadores através de uma jaula. Este artista viveu
muitos anos, morrendo com sua arte, que depois foi trocada por uma pantera.
A partir do projeto “A arte de ler”, foi sugerido que realizássemos
atividades artísticas através desta obra literá ria, minha proposta é juntar o
Kafka com o dadaísmo e o processo será desta forma: todos os pibidianos
criem partituras de movimentos e de sons (pode ser com instrumento ou
corporais), que contemple a história ou utilizando das seguintes frases para
criar, que mexeram muito comigo deixando chocada com a história:
“Embora para os adultos ele não passasse de um divertimento, no qual tomavam parte
por causa da moda, as crianças olhavam com assombro, de boca aberta, uma
segurando a mão da outra por insegurança, aquele homem pálido, de malha escura,
as costelas extremamente salientes, que desdenhava até uma cadeira para ficar
sentado sobre a palha espalhada no chão: ora ele acenava polidamente com a
cabeça, ora respondia com um sorriso forçado às perguntas, esticando o braço pelas
grades para que apalpassem sua magreza e mergulhando outra vez dentro de si
mesmo, sem se importar com ninguém, nem mesmo com a batida do relógio - tão
importante para ele e a única peça que decorava a jaula -, mas fitando o vazio com os
olhos semicerrados e bebericando de vez em quando água de um copo minúsculo
para umedecer os lábios.”
“Pois assim que os visitantes se aproximavam dele, ensurdeciam-no os gritos e
xingamentos dos dois partidos que sem cessar se formavam - o daqueles que queriam
vê-lo confortavelmente (tornou-se em breve o mais penoso para o artista da fome),
não por compreensão, mas por capricho e teimosia; e o daqueles que queriam ir
diretamente às estrebarias.”
2. “Porque eu não pude encontrar o alimento que me agrada. Se eu o tivesse
encontrado, pode acreditar, não teria feito nenhum alarde e me empanturrado como
você e todo mundo.”
Depois juntaríamos com a proposta dadaísta, com as partituras feitas por todos,
aprenderiam a partitura de todos sendo assim teríamos 20 partituras, estas 20 seria
sorte apenas algumas na qual todos teriam que executar ao mesmo tempo (tendo
partituras repetidas), e esta apresentação seria realizada em diferentes lugares e
sempre que apresentada teríamos que sortear novamente para sabermos qual será a
nova sequência de partituras dando assim uma manifestação dadaísta.