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DOENÇAS DOS SENTIDOS NOS EQUINOS
(olhos e ouvidos)
Darllan Sousa
Douglainny Barros
Natália Tarcira
Rayana França
Wellison Nascimento
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: CLÍNICA DE EQUÍDEOS
PROF.DR CLAUDIO NINA
São Luís – MA
2016
INTRODUÇÃO
 Os equinos frequentemente apresentam lesões
oculares, visto que tratar-se de uma espécie
extremamente reativa aos estímulos externos.
(Mc Donnell, 2002)
 Proeminência dos olhos
 Grande superfície corneana
 Natureza curiosa inerente
(Brooks & Matthews, 2007)
INTRODUÇÃO
 Doenças oftalmológicas têm diversas
etiologias
Maior Menor
Comprometer
Grau a visão
 Podem afetar
 Todas as estruturas do olho
 Cada uma delas de maneira individualizada
INTRODUÇÃO
 Tratamento e Recuperação
 Agente etiológico
 Estrutura ocular envolvida
 Gravidade
 Cronicidade do caso
INTRODUÇÃO
ANATOMIA
 Ocorrência de enfermidades
oftalmológicas
 3% a 27%
INTRODUÇÃO
(SOMMER, 1984; SZEMES & GERHARDS, 2000).
 Frequência
 Doenças
 Úvea 50%
 Córnea 28%
INTRODUÇÃO
 Doenças
 Palpebrais
 Conjuntiva e/ou da esclera
 Sistema lacrimal
 Humor vítreo
 Lente
(SOMMER, 1984; SPIESS, 1997).
Menos frequentes
na
espécie equina
 Doenças de maior freqüência
 Uveíte recorrente equina (URE)
Prevalência de 8% a 25% nos Estados Unidos
INTRODUÇÃO
(GILGER at al., 2001).
EXAME CLÍNICO DO
OLHO DOS EQUINOS
 É importante observar um vasto histórico antes da
realização do exame.
 Precisa ser abordado de uma forma sistemática.
EXAME CLÍNICO DO
OLHO DOS EQUINOS
 O exame deve ter lugar em uma tenda
escurecida
 Sala de exame para limitar a dispersão de
fontes externas de luz
Pode dissimular ou simular lesões
EXAME CLÍNICO DO
OLHO DOS EQUINOS
 Cabeça
 Simetria
 Movimentação
Aparência olhos e
dos anexos
 Traumatismos
 Tamanho do globo ocular
 Secreção ocular
 Posicionamento do globo ocular
 Blefaroespasmo
EXAME CLÍNICO DO
OLHO DOS EQUINOS
 Exames realizados
 Reflexo de ameaça
Teste de Schirmer
Uso de Oftalmoscópio
 Teste Fluorosceina
 Tonometria
EXAME CLÍNICO DO
OLHO DOS EQUINOS
PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES
 Entropio
 Ectrópio
 Carcinoma de células escamosas
 Obstrução do canal nasolacrimal
Entrópio da pálpebra em um potro
 Ulcera de córnea
Ceratites
 Uveíte recorrente
equina
Ceratoconjutivite
PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES
PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES
 Glaucoma
Catarata
ÚLCERA DE CÓRNEA
 É uma oftalmopatia comum que pode resultar em necrose
progressiva, ulceração estromal profunda, ruptura do globo
ocular e perda de visão como consequência da fibrose estromal.
(Mathes et al., 2010)
ÚLCERA DE CÓRNEA
ÚLCERA DE CÓRNEA
 Córnea equina
 Três camadas:
 Epitélio, Estroma e Endotélio
 Espessura total de 0,8-1mm
 Avascularizada
(Brooks,2012).
(HELPER, 1989; SLATTER, 2001)
ÚLCERA DE CÓRNEA
Causas
 Traumas
 Corpo estranho
 Anormalidades palpebrais dos cílios e
aparelho lacrimal
 Infecções virais e micóticas
 Deficiências nutricionais
 Queimaduras químicas
 Imunopatias
(Brooks, 2012)
ÚLCERA DE CÓRNEA
Defeito no epitélio corneano
Permite a aderência e invasão de
bactérias e fungos
Microbiota Natural
Intensa dor local e perda de visão
temporária a permanente
Patogênicos
 As úlceras são classificadas
 Conforme a profundidade
 Superficial
 Profunda
 Descemetocele
ÚLCERA DE CÓRNEA
 Superficiais
 Reparam-se por meio de migração e mitose de células
basais num período de 4 a 7 dias, com mínima formação
de cicatriz
ÚLCERA DE CÓRNEA
(Slatter, 2001)
 Profundas
 Ocorrem pelo envolvimento da camada estromal.
(Carneiro Filho, 2006)
ÚLCERA DE CÓRNEA
 Descemetocele
 Dor
 Perda da transparência da
córnea
 Descarga ocular purulenta
 Deposição de pigmentos
 Fotofobia
 Edema corneal
 Epífora
 Blefaroespasmo
 Edema
 Miose
SINAIS CLÍNICOS
Fig.10 Edema
corneano e ulceração
TRATAMENTO
 Dependem do agente etiológico
 Estruturas oculares envolvidas
 Gravidade e da cronicidade da lesão
Terapia
Medicamentosa Cirúrgica
TRATAMENTO
 Medicamentoso
 Limpeza com solução fisiológica
 Administração de pomada oftálmica antibiótica tópica a base de clorafenicol
administrada 4 vezes ao dia.
 Antibióticos: utilizar 10 ml de gentamicina por 5 dias.
 15 ml de flunixin meglumine 1 vez ao dia
TRATAMENTO
 Cirúrgico
 Tarsorrafia
 Retalhos de terceira pálpebra
 Sutura direta de descemetoceles
Aplicação de adesivos teciduais
 Retalhos conjuntivais
 Transplantes
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
 A URE é um síndrome imunomediada caracterizada por
episódios repetidos de inflamação intraocular separados
por períodos de quiescência clínica de duração variável
 Mais importante causa de cegueira nos eqüinos
(Rebhun 1991)
(Gilger 2010)
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
 Repetidos episódios de inflamação ocular interrompidos por
períodos variáveis de quiescência clínica
(Davidson, 1991;1992)
 Antigamente, relacionavam- se os episódios da doença
às fases da lua, originando- se daí o nome “cegueira da
lua”
(Severin, 1976; Beech, 1987)
 Sem predileção
 Idade
 Sexo
 Raça
(Jones, 1942; Slatter, 1990)
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
Acometer um ou ambos os olhos
1- Imuno-mediadas:
o Bactérias: estreptococos, leptospirose e brucelose;
o Vírus: influenza e adenovirus;
o Parasita: estrongilos, onchocerca e toxoplasma;
o Outras: qualquer doença que diretamente afete o olho ou cause
afecção sistêmica desencadeante de resposta imune.
2- Fatores nutricionais e hereditários não comprovados:
o Deficiências de vitaminas A, B e C, predisposição hereditária.
 Causas
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
(Kern, 1987; Glaze, 1990).
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
 Presença de infiltrado linfocítico na íris e corpo
ciliar.
 Decorrência da inflamação uveal e a resposta da
doença à terapia corticosteróide.
(Mair & Crispin, 1989)
 Fisiopatogenia
 Sinais clínicos
 Variam de acordo com a localização anatômica da
inflamação
 Natureza e com a fase em que esta se encontra
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
(Hartley 2011, Maggs et al. 2008)
Fase Aguda Fase Crônica
 Úlcera de córnea
 Blefarite
 Epífora
 Blefarospasmo
 Fotofobia
 Hiperemia conjutival
 Opacidade corneana
 Miose
 Fase Aguda
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
 Pigmentos na cápsula anterior do cristalino
 Degeneração, luxação ou subluxação do cristalino
 Degeneração dos ligamentos zonulares (zônula) e do
humor vítreo.
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
 Fase Crônica
 Diagnóstico
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
 Exame oftalmológico minucioso
 Realizar sempre um teste de fluoresceína
 Ultrassonografia ocular
Biopsia conjuntival ocasionalmente revelará
microfilárias de Onchocerca.
Fig. 12 Biópsia conjuntival
 Tratamento
UVEÍTE RECORRENTE EQUINA
(URE)
(Maggs et al. 2008)
1- Uso tópico são recomendados midriáticos e ciclopégicos
Atropina 1-4%
Fenilefrina a 10%
4-6 aplicações no primeiro dia e 2-4 nos dias subseqüentes.
2- Antibióticos e corticóides
Gentamicina
Dexametasona instiladas
4-6 vezes ao dia.
3- Pela via sistêmica
Flunixin meglumine nos 3 primeiros dias.
CATARATA
 É qualquer opacidade do cristalino, seja apenas da cápsula
e da substância própria que o forma ou somente da
substância própria.
Tipos:
1- Congênitas :
logo após o
nascimento.
2-Juvenil:
Hereditário, lesões
ou inflamatória.
3-Senil: Estado
degenerativo do
metabolismo do
cristalino.
4- Traumática:
Lesões sobre o
globo ocular.
CATARATA
Sintomas:
Variam conforme a natureza do processo e a causa.
►Opacidade do olho.
►Reflexo cinza-azulado, brilhante, que não deve ser
confundido com a opacidade da córnea.
CATARATA
Alterações de coloração e opacidade dependem
muito do estágio de evolução da catarata e do
grau de comprometimento do cristalino.
Diagnóstico
1- Definitivo
Oftalmoscopia
2- Histórico
Comum em animais com oftalmia periódica.
3- Sintomas
Visão bastante prejudicada
Distinguindo apenas vultos
Animais chocando-se contra objetos(bilateral).
CATARATA
Tratamento:
1- Corticosteróides subconjuntivais e colírios clarificantes
Clarvisol
Tratamento médico só fornece algum resultado favorável nos
casos iniciais ou quando não existe envolvimento hereditário.
2- Cirurgicamente extraindo-se o cristalino.
Em cataratas senis, ou em fase de degeneração e atrofia
do cristalino
CATARATA
CONJUNTIVITE
 É o processo inflamatório que acomete a conjuntiva palpebral.
► Primária: no globo ocular e seus anexos
► Secundária: outros processos gerais ou sistêmicos
Etiologia:
1- Traumática: devido a ectrópio, entrópiom, triquíase , corpos
estranhos
2- Tóxica (alimentar)
3- Alérgica
4- Infecciosa.
CONJUNTIVITE
• As causas mais comuns de conjuntivite nos cavalos são as irritações
causadas pelo vento, quando o animal é transportado de caminhão,
por corpos estranhos como areia, palha de arroz e por sementes de
gramíneas.
CONJUNTIVITE
Sintomatologia:
►Hiperemia conjuntival acompanhada ou não de congestão dos
vasos esclerais.
►Quemose (edema conjuntival)
►Secreção ocular
1- Seroso
2- Mucóide
3- Purulentas
►A dor
CONJUNTIVITE
Tratamento:
Controlar todas as causas que possibilitem irritação conjuntival e,
quando secundária a afecções sistêmicas, tratar a doença primária.
1- Sintomático
lavagem com água boricada ou solução fisiológica para a retirada
da secreção.
2- Colírios e pomadas com antibióticos
cloranfenicol e gentamicina
3- Antiinflamatórios corticosteróides, o que reduz consideravelmente
a resposta inflamatória.
CONJUNTIVITE
OUVIDO
INTRODUÇÃO
• É considerado como o segundo sentido mais bem desenvolvido, depois da visão.
Normalmente interage intensamente com a visão e olfato.
• Suas bem equipadas orelhas, possuem, cada uma, um aparato de 10(dez) músculos que as
fazem se mover de forma independente ou junta.
• Quando estão descansando ou totalmente descontraídos, as orelhas, ficam semi-fechadas ou
semi-serradas e voltadas para traz e para baixo, porém relaxadas.
• Primeiro e segundo nervo cervical, usado como teste de reflexo ao aprofundamento
anestésico.
• Perda auditiva com a idade, entre os adultos (5 a 9 anos) e os idosos (15 a 18 anos).
• Os cavalos, possuem um limite de percepção sonora alta, ou seja, superior ao do ouvido
humano e por isso falamos que podem ouvir ultra-sons.
• Causas
Parasitas
Objetos Estranhos
Lesões
Picadas de Insetos
• Sintomas
Sacudir das Orelhas
Inchaço
• Diagnóstico
Lesões traumáticas do pavilhão
 Ferimentos causados por arames ou devidos à contenção são comuns;
 feridas cutâneas simples e regulares do pavilhão auricular, são tratadas por
limpeza com solução antissépticas como Iíquido de Dakin, água oxigenada 10
volumes ou álcool iodado, ou suturadas para que possa ocorrer uma cicatrização
por primeira intenção;
 as feridas infectadas são tratadas como feridas de cicatrização por segunda
intenção;
 frequentemente, os ferimentos apresentam miíases e degeneração da cartilagem
da orelha que, em razão da extensão da ferida, poderá atrofiar-se, deixando o
cavalo "troncho".
 retirar inicialmente as larvas de mosca;
 aplicação de substâncias larvicidas na lesão;
 remover todo o tecido necrosado, inclusive restos de cartilagem,
raspando a ferida com uma lamina;
 lave-a bem com solução antisséptica;
 aplique pomada cicatrizante e repelente que pode ter a seguinte
formulação:
 2 partes de óxido de zinco;
 1 parte de sulfa em pó;
 1 pitada de triclorfon pó ou outro larvicida em pó;
 adicionar óleo de fígado de bacalhau até adquirir consistência
"cremosa".
TRATAMENTO
 curativos devem ser diários, até que ocorra a epitelização da lesão;
 não esquecer de introduzir um chumaço de algodão no fundo do conduto
auditivo quando for realizar o tratamento;
 com finalidade de impedir o escoamento do antisséptico para o conduto do
ouvido externo;
 retirar o mesmo logo após o curativo.
Parasitos e corpos estranhos
 Carrapatos da espécie Anocenter nitens frequentemente atacam os
equídeos;
 instalam-se em grande quantidade na face interna do pavilhão auricular,
causando graves lesões;
 durante o período de sucção, secretam uma substancia Iíquida,
semelhante a sangue coagulado, levando a intensa irritação local;
 TRATAMENTO:
 carrapaticidas por aspersão;
 ou somente local, quando o único ponto de invasão for as orelhas,
polvilhando-se carrapaticida em pó;
 as lesões devem ser tratadas com antissépticos e pomadas cicatrizantes.
 PROFILAXIA:
 banhos carrapaticidas em animais infestados;
 higienização das orelhas com limpeza e corte dos pelos a cada 60 dias.
 quanto aos corpos estranhos no pavilhão auricular e no conduto auditivo
externo, a maior frequência é a de palha de arroz ou serragem de camas de
baia ou de forração do assoalho de "trailer" ou caminhão de transporte;
 estes deixa o animal inquieto, irritam a mucosa do conduto auditivo e podem
produzir otite externa;
 animais transportados em caminhões com cama de palha de arroz e que se
apresentam em decúbito lateral devem ter seus olhos e ouvidos examinados e
limpos ao término da viagem.
Papilomatose auricular
 Afecção viral que pode acometer além do pavilhão auricular, os lábios e
narinas dos equinos e, mais raramente, as pálpebras e os membros;
 os papilomas são formados por hiperqueratose do tecido;
 apresentam tamanhos variados de 0,5 a 20 cm.;
 únicos ou múltiplas brotações de coloração esbranquiçada;
 a forma de acometimento pela virose ainda não foi bem elucidada;
 sabe-se que há um fator imunológico envolvido;
 além do contato com outros portadores;
 e possível transmissão por insetos voadores.
 porém em grande quantidade, podem receber tratamento cirúrgico
através de ressecção com bisturi elétrico;
 cauterização química;
 ou por crio cirurgia.
 vacina autógena:
 várias regiões do corpo do animal apresentam grande quantidade de
papilomas;
 desenvolvimento de imunidade com o tempo;
 quando é grande o número de animais atingidos;
 aplicação subcutânea em dose única, repetida semanalmente durante
quatro semanas.
 algumas vezes, a simples remoção manual de alguns papilomas
proporciona ao organismo entrar em contato com o vírus, produzindo resposta
imune, combatendo o papiloma, que poderá desaparecer par completo.
Otite externa
 Inflamação que envolve o canal auditivo externo e algumas vezes os tecidos do
pavilhão auditivo;
 baixa incidência nos equinos;
 constitui sempre afecção de extrema gravidade;
 podendo ser uni ou bilateral;
 causada frequentemente por infecção bacteriana mista;
 predisposições para a afecção:
 higienização precária dos ouvidos;
 falta de corte dos pelos das orelhas;
 presença de ectoparasitos e de corpos estranhos;
 banhas frequentes, sem a devida proteção do conduto auditivo com algodão;
 exercícios para treinamento ou fisioterapia em represas ou raias de natação.
 Sinais de alterações no ouvido interno:
 intenso prurido;
 dor continua ou intermitente;
 aumento de temperatura local;
 animal irritado e inquieto;
 movimentos de lateralidade da cabeça;
 secreção, geralmente fétida.
 as bactérias isoladas nos casos agudos:
 Staphylococcus aureus;
 Staphylococcus sp;
 Streptococcus sp.
 sintomas nos casos agudos:
 hiperemia;
 dor;
 aumento de temperatura local;
 Secreção.
Otite média e interna
 Raras nos equinos, apresentando sintomas graves, como desequilíbrio e
quadros de comprometimento do sistema nervoso central;
 decorrem:
 de processos ascendentes do ouvido externo;
 traumatismos;
 fraturas de crânio e hemorragias;
 infecções sistêmicas;
 drogas tóxicas, etc.
 quadro clínico é extremamente variado e está na decorrência da extensão do
processo e da participação de microrganismos;
 quando traumática, atingindo a região parietal e temporal, produzem
 manifestações clínicas neurológicas de compressão;
 porém, em situações de participação bacteriana ascendentes do ouvido
externo e médio, a manifestação clínica é de encefalite e o animal irá
apresentar-se apático, deprimido, anorético, dismétrico e até incoordenado;
 outras vezes, anda em círculo e apresenta dificuldade visual;
 com a evolução o cavalo poderá permanecer em decúbito lateral com
movimentos de pedalagem e opistotomo nas fases finais.
 TRATAMENTO BASE
 antibioticoterapia de amplo espetro sistêmica, até a remissão dos
sinais neurológicos;
 apesar da possível recuperação, permanecerão sequelas neurológicas
indesejáveis e limitantes ao bom desempenho do cavalo.
Timpanismo das bolsas guturais
 Afecção relativamente rara;
 pode acometer potros com menos de um ano de idade;
 causa provável:
 disfunção do óstio-cartilaginoso que da acesso as bolsas guturais;
 no mecanismo de entrada e saída do ar durante os movimentos de deglutição;
 por má-formação das trompas de Eustáquio;
 ou ainda por acúmulo e fermentação do catarro existente na mucosa de
revestimento.
 SINTOMAS:
 tumefação na altura da região parotídea (triangulo de Viborg), sem flutuação e
com sonoridade timpânica devido a presença de ar;
 compressão digital a deformação pode se desfazer momentaneamente;
 os animais afetados podem apresentar sinais de dificuldade respiratória, devida a
compressão da faringe;
 ocasionalmente, sinais de disfagia.
 potros ao nascimento ou nos primeiros dias de vida, podem manifestar os sinais
do timpanismo que, com possível para processo catarral com corrimento nasal.
 estes quadros são denominados de pneumoguturocistite e podem
evoluir para a formação de empiema das bolsas guturais;
 o tratamento clinico ineficaz, devendo-se recorrer a correção cirúrgica
do problema;
 duas técnicas são preconizadas para a correção:
 uma produz ampliação do orifício faringeano da bolsa gutural;
 a outra requer a formação de fenestração entre a bolsa direita e
esquerda.
 quando o processo é antigo e envolve as duas bolsas guturais, pode-se
intervir cirurgicamente associando-se as duas técnicas com resultados
satisfatórios.
Empiema das bolsas guturais
 Processo inicialmente inflamatório da mucosa de revestimento da bolsa gutural
podendo evoluir de um processo catarral, por acúmulo de secreção mucóide,
para um processo purulento, caracterizando o empiema (acúmulo de pus);
 desenvolvimento relacionado a processos circunvizinhos:
 faringites ou abscessos retrofaríngeos;
 sequela de garrotilho, o que é mais comum.
 não obstante, casos de afecção da bolsa gutural causada por fungos tem sido
diagnosticados;
 SINTOMAS MAIS EVIDENTE:
 corrimento nasal mucopurulento, uni ou bilateral, que se intensifica durante
a mastigação e deglutição, ou quando o animal abaixa a cabeça para pastar;
 infartamento dos linfonodos pré-paratídeo e submandibular;
 se o pus não flui pelas narinas, ou a quantidade eliminada for pequena em
relação ao que está acumulado na bolsa gutural, ocorre aumento de volume
junto a região parotídea, denominada de triângulo de Viborg, dificultando a
deglutição e respiração, fazendo com que o animal procure manter a cabeça
em extensão;
 assim a traqueotomia de emergência se faz necessária, devido a intensa
dificuldade respiratória, o que pode levar o animal a cianose e morte por
asfixia.
 Nos processos desencadeados por fungos (micose da bolsa gutural), poderá
ocorrer hemorragia causada por ruptura da artéria carótida interna,
produzindo quadro clínico de severa gravidade.
 diagnóstico:
 sintomas evidentes de descarga purulenta pelas narinas;
 aumento de volume no triângulo de Viborg.
 a confirmação é realizada em hospitais mais sofisticados pela
rinolaringoscopia e pelo cateterismo da bolsa gutural ou pela punção com
aguIha da bolsa gutural;
 as lesões decorrentes da micose da bolsa gutural são diagnosticadas por
endoscopia que revelará placa micótica situada por sobre a artéria carótida
interna e estruturas circunvizinhas.
TRATAMENTO
 drenagem e lavagem da bolsa com soluções antissépticas ou a remoção
cirúrgica do conteúdo purulento e da mucosa da bolsa;
 os lavados podem ser realizados pela sondagem da bolsa gutural pela via
nasofaringeana com auxílio de pipeta plástica flexível ou pela endoscopia;
 tratamento cirúrgico deve ser precedido pela antibioticoterapia utilizando-se
penicilina G benzatina na dose de 40.000 a 50.000 UI/kg, pela via
intramuscular, a cada 72 horas, ou, quando realizada cultura e antibiograma,
o antibiótico em que o microorganismo for mais sensível;
 se o animal apresentar dificuldade respiratória com mucosas e conjuntivas
 cianóticas, faz-se imediatamente a traqueotomia por incisão envolvendo o 3°,
4° e 5° anéis traqueais;
 casos de micose da bolsa gutural devem ser tratados cirurgicamente com a
laqueadura da artéria carótida interna e terapia local e sistêmica com drogas
antifúngicas.
Cisto dentígero
 Tecido dentário embrionário;
 anormalidade de desenvolvimento de tecido odontógeno, heterotopia
dentária branquiógena;
 má-formação congênita;
 desenvolvimento lento, junto a porção petrosa do osso temporal, na região
frontal ou no seio paranasal;
 maior ocorrência localização temporal, junto a base do pavilhão auricular.
 A afecção manifesta-se plenamente aos dois anos de idade;
 quando localizado na região subauricular, aparece como um aumento de
volume;
 o processo frequentemente é de consistência pétrea;
 à radiografia imagem de tecido dentário.
 tratamento definitivo:
 extração do tecido dentário;
 animal sob anestesia geral;
 recalcamento, em alguns casos, necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 BROOKS, E.Dennis. Oftalmologia para veterinários de Eqüinos.
São Paulo: Roca. p.2-31. 2005.
 Cotovio, M.; Almeida, O. C.; Oliveira, J. E.; Paulo., J. R.; Peña, M. T.
Tratamento cirúrgico e médico (5-fluorouracilo) de um carcinoma das
células escamosas na membrana nictitante de um cavalo. Revista
portuguesa de Ciências Veterinárias. 100(555-556); p. 219-221.
2005.
 Dearo, A. C. de Oliveira; & Souza, M. Batista. UVEÍTE RECORRENTE
EQÜINA (CEGUEIRA DA LUA). Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 2,
p. 373-380, 2000.
 Thomassian, Armen. Enfermidades dos cavalos. São Paulo: livraria
Varela, 1997, p.553–555.
 Enfermidade dos Cavalos, Thomassian, Armen.
OBRIGADO!!

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Principais doenças da visão e audição dos equinos

  • 1. DOENÇAS DOS SENTIDOS NOS EQUINOS (olhos e ouvidos) Darllan Sousa Douglainny Barros Natália Tarcira Rayana França Wellison Nascimento UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: CLÍNICA DE EQUÍDEOS PROF.DR CLAUDIO NINA São Luís – MA 2016
  • 2. INTRODUÇÃO  Os equinos frequentemente apresentam lesões oculares, visto que tratar-se de uma espécie extremamente reativa aos estímulos externos. (Mc Donnell, 2002)  Proeminência dos olhos  Grande superfície corneana  Natureza curiosa inerente (Brooks & Matthews, 2007)
  • 3. INTRODUÇÃO  Doenças oftalmológicas têm diversas etiologias Maior Menor Comprometer Grau a visão
  • 4.  Podem afetar  Todas as estruturas do olho  Cada uma delas de maneira individualizada INTRODUÇÃO  Tratamento e Recuperação  Agente etiológico  Estrutura ocular envolvida  Gravidade  Cronicidade do caso
  • 7.  Ocorrência de enfermidades oftalmológicas  3% a 27% INTRODUÇÃO (SOMMER, 1984; SZEMES & GERHARDS, 2000).  Frequência  Doenças  Úvea 50%  Córnea 28%
  • 8. INTRODUÇÃO  Doenças  Palpebrais  Conjuntiva e/ou da esclera  Sistema lacrimal  Humor vítreo  Lente (SOMMER, 1984; SPIESS, 1997). Menos frequentes na espécie equina
  • 9.  Doenças de maior freqüência  Uveíte recorrente equina (URE) Prevalência de 8% a 25% nos Estados Unidos INTRODUÇÃO (GILGER at al., 2001).
  • 10. EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS  É importante observar um vasto histórico antes da realização do exame.  Precisa ser abordado de uma forma sistemática.
  • 11. EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS  O exame deve ter lugar em uma tenda escurecida  Sala de exame para limitar a dispersão de fontes externas de luz Pode dissimular ou simular lesões
  • 12. EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS  Cabeça  Simetria  Movimentação Aparência olhos e dos anexos  Traumatismos
  • 13.  Tamanho do globo ocular  Secreção ocular  Posicionamento do globo ocular  Blefaroespasmo EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS
  • 14.  Exames realizados  Reflexo de ameaça Teste de Schirmer Uso de Oftalmoscópio  Teste Fluorosceina  Tonometria EXAME CLÍNICO DO OLHO DOS EQUINOS
  • 15. PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES  Entropio  Ectrópio  Carcinoma de células escamosas  Obstrução do canal nasolacrimal Entrópio da pálpebra em um potro
  • 16.  Ulcera de córnea Ceratites  Uveíte recorrente equina Ceratoconjutivite PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES
  • 17. PRINCIPAIS AFECÇÕES OCULARES  Glaucoma Catarata
  • 19.  É uma oftalmopatia comum que pode resultar em necrose progressiva, ulceração estromal profunda, ruptura do globo ocular e perda de visão como consequência da fibrose estromal. (Mathes et al., 2010) ÚLCERA DE CÓRNEA
  • 20. ÚLCERA DE CÓRNEA  Córnea equina  Três camadas:  Epitélio, Estroma e Endotélio  Espessura total de 0,8-1mm  Avascularizada (Brooks,2012).
  • 21. (HELPER, 1989; SLATTER, 2001) ÚLCERA DE CÓRNEA Causas  Traumas  Corpo estranho  Anormalidades palpebrais dos cílios e aparelho lacrimal  Infecções virais e micóticas  Deficiências nutricionais  Queimaduras químicas  Imunopatias
  • 22. (Brooks, 2012) ÚLCERA DE CÓRNEA Defeito no epitélio corneano Permite a aderência e invasão de bactérias e fungos Microbiota Natural Intensa dor local e perda de visão temporária a permanente Patogênicos
  • 23.  As úlceras são classificadas  Conforme a profundidade  Superficial  Profunda  Descemetocele ÚLCERA DE CÓRNEA
  • 24.  Superficiais  Reparam-se por meio de migração e mitose de células basais num período de 4 a 7 dias, com mínima formação de cicatriz ÚLCERA DE CÓRNEA (Slatter, 2001)  Profundas  Ocorrem pelo envolvimento da camada estromal. (Carneiro Filho, 2006)
  • 25. ÚLCERA DE CÓRNEA  Descemetocele
  • 26.  Dor  Perda da transparência da córnea  Descarga ocular purulenta  Deposição de pigmentos  Fotofobia  Edema corneal  Epífora  Blefaroespasmo  Edema  Miose SINAIS CLÍNICOS Fig.10 Edema corneano e ulceração
  • 27. TRATAMENTO  Dependem do agente etiológico  Estruturas oculares envolvidas  Gravidade e da cronicidade da lesão Terapia Medicamentosa Cirúrgica
  • 28. TRATAMENTO  Medicamentoso  Limpeza com solução fisiológica  Administração de pomada oftálmica antibiótica tópica a base de clorafenicol administrada 4 vezes ao dia.  Antibióticos: utilizar 10 ml de gentamicina por 5 dias.  15 ml de flunixin meglumine 1 vez ao dia
  • 29. TRATAMENTO  Cirúrgico  Tarsorrafia  Retalhos de terceira pálpebra  Sutura direta de descemetoceles Aplicação de adesivos teciduais  Retalhos conjuntivais  Transplantes
  • 31. UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE)  A URE é um síndrome imunomediada caracterizada por episódios repetidos de inflamação intraocular separados por períodos de quiescência clínica de duração variável  Mais importante causa de cegueira nos eqüinos (Rebhun 1991) (Gilger 2010)
  • 32. UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE)  Repetidos episódios de inflamação ocular interrompidos por períodos variáveis de quiescência clínica (Davidson, 1991;1992)  Antigamente, relacionavam- se os episódios da doença às fases da lua, originando- se daí o nome “cegueira da lua” (Severin, 1976; Beech, 1987)
  • 33.  Sem predileção  Idade  Sexo  Raça (Jones, 1942; Slatter, 1990) UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE) Acometer um ou ambos os olhos
  • 34. 1- Imuno-mediadas: o Bactérias: estreptococos, leptospirose e brucelose; o Vírus: influenza e adenovirus; o Parasita: estrongilos, onchocerca e toxoplasma; o Outras: qualquer doença que diretamente afete o olho ou cause afecção sistêmica desencadeante de resposta imune. 2- Fatores nutricionais e hereditários não comprovados: o Deficiências de vitaminas A, B e C, predisposição hereditária.  Causas UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE) (Kern, 1987; Glaze, 1990).
  • 35. UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE)  Presença de infiltrado linfocítico na íris e corpo ciliar.  Decorrência da inflamação uveal e a resposta da doença à terapia corticosteróide. (Mair & Crispin, 1989)  Fisiopatogenia
  • 36.  Sinais clínicos  Variam de acordo com a localização anatômica da inflamação  Natureza e com a fase em que esta se encontra UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE) (Hartley 2011, Maggs et al. 2008) Fase Aguda Fase Crônica
  • 37.  Úlcera de córnea  Blefarite  Epífora  Blefarospasmo  Fotofobia  Hiperemia conjutival  Opacidade corneana  Miose  Fase Aguda UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE)
  • 38.  Pigmentos na cápsula anterior do cristalino  Degeneração, luxação ou subluxação do cristalino  Degeneração dos ligamentos zonulares (zônula) e do humor vítreo. UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE)  Fase Crônica
  • 39.  Diagnóstico UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE)  Exame oftalmológico minucioso  Realizar sempre um teste de fluoresceína  Ultrassonografia ocular Biopsia conjuntival ocasionalmente revelará microfilárias de Onchocerca. Fig. 12 Biópsia conjuntival
  • 40.  Tratamento UVEÍTE RECORRENTE EQUINA (URE) (Maggs et al. 2008) 1- Uso tópico são recomendados midriáticos e ciclopégicos Atropina 1-4% Fenilefrina a 10% 4-6 aplicações no primeiro dia e 2-4 nos dias subseqüentes. 2- Antibióticos e corticóides Gentamicina Dexametasona instiladas 4-6 vezes ao dia. 3- Pela via sistêmica Flunixin meglumine nos 3 primeiros dias.
  • 42.  É qualquer opacidade do cristalino, seja apenas da cápsula e da substância própria que o forma ou somente da substância própria. Tipos: 1- Congênitas : logo após o nascimento. 2-Juvenil: Hereditário, lesões ou inflamatória. 3-Senil: Estado degenerativo do metabolismo do cristalino. 4- Traumática: Lesões sobre o globo ocular. CATARATA
  • 43. Sintomas: Variam conforme a natureza do processo e a causa. ►Opacidade do olho. ►Reflexo cinza-azulado, brilhante, que não deve ser confundido com a opacidade da córnea. CATARATA Alterações de coloração e opacidade dependem muito do estágio de evolução da catarata e do grau de comprometimento do cristalino.
  • 44. Diagnóstico 1- Definitivo Oftalmoscopia 2- Histórico Comum em animais com oftalmia periódica. 3- Sintomas Visão bastante prejudicada Distinguindo apenas vultos Animais chocando-se contra objetos(bilateral). CATARATA
  • 45. Tratamento: 1- Corticosteróides subconjuntivais e colírios clarificantes Clarvisol Tratamento médico só fornece algum resultado favorável nos casos iniciais ou quando não existe envolvimento hereditário. 2- Cirurgicamente extraindo-se o cristalino. Em cataratas senis, ou em fase de degeneração e atrofia do cristalino CATARATA
  • 47.  É o processo inflamatório que acomete a conjuntiva palpebral. ► Primária: no globo ocular e seus anexos ► Secundária: outros processos gerais ou sistêmicos Etiologia: 1- Traumática: devido a ectrópio, entrópiom, triquíase , corpos estranhos 2- Tóxica (alimentar) 3- Alérgica 4- Infecciosa. CONJUNTIVITE
  • 48. • As causas mais comuns de conjuntivite nos cavalos são as irritações causadas pelo vento, quando o animal é transportado de caminhão, por corpos estranhos como areia, palha de arroz e por sementes de gramíneas. CONJUNTIVITE
  • 49. Sintomatologia: ►Hiperemia conjuntival acompanhada ou não de congestão dos vasos esclerais. ►Quemose (edema conjuntival) ►Secreção ocular 1- Seroso 2- Mucóide 3- Purulentas ►A dor CONJUNTIVITE
  • 50. Tratamento: Controlar todas as causas que possibilitem irritação conjuntival e, quando secundária a afecções sistêmicas, tratar a doença primária. 1- Sintomático lavagem com água boricada ou solução fisiológica para a retirada da secreção. 2- Colírios e pomadas com antibióticos cloranfenicol e gentamicina 3- Antiinflamatórios corticosteróides, o que reduz consideravelmente a resposta inflamatória. CONJUNTIVITE
  • 52. INTRODUÇÃO • É considerado como o segundo sentido mais bem desenvolvido, depois da visão. Normalmente interage intensamente com a visão e olfato. • Suas bem equipadas orelhas, possuem, cada uma, um aparato de 10(dez) músculos que as fazem se mover de forma independente ou junta. • Quando estão descansando ou totalmente descontraídos, as orelhas, ficam semi-fechadas ou semi-serradas e voltadas para traz e para baixo, porém relaxadas. • Primeiro e segundo nervo cervical, usado como teste de reflexo ao aprofundamento anestésico. • Perda auditiva com a idade, entre os adultos (5 a 9 anos) e os idosos (15 a 18 anos). • Os cavalos, possuem um limite de percepção sonora alta, ou seja, superior ao do ouvido humano e por isso falamos que podem ouvir ultra-sons.
  • 53. • Causas Parasitas Objetos Estranhos Lesões Picadas de Insetos • Sintomas Sacudir das Orelhas Inchaço • Diagnóstico
  • 54. Lesões traumáticas do pavilhão  Ferimentos causados por arames ou devidos à contenção são comuns;  feridas cutâneas simples e regulares do pavilhão auricular, são tratadas por limpeza com solução antissépticas como Iíquido de Dakin, água oxigenada 10 volumes ou álcool iodado, ou suturadas para que possa ocorrer uma cicatrização por primeira intenção;  as feridas infectadas são tratadas como feridas de cicatrização por segunda intenção;
  • 55.  frequentemente, os ferimentos apresentam miíases e degeneração da cartilagem da orelha que, em razão da extensão da ferida, poderá atrofiar-se, deixando o cavalo "troncho".
  • 56.  retirar inicialmente as larvas de mosca;  aplicação de substâncias larvicidas na lesão;  remover todo o tecido necrosado, inclusive restos de cartilagem, raspando a ferida com uma lamina;  lave-a bem com solução antisséptica;  aplique pomada cicatrizante e repelente que pode ter a seguinte formulação:  2 partes de óxido de zinco;  1 parte de sulfa em pó;  1 pitada de triclorfon pó ou outro larvicida em pó;  adicionar óleo de fígado de bacalhau até adquirir consistência "cremosa". TRATAMENTO
  • 57.  curativos devem ser diários, até que ocorra a epitelização da lesão;  não esquecer de introduzir um chumaço de algodão no fundo do conduto auditivo quando for realizar o tratamento;  com finalidade de impedir o escoamento do antisséptico para o conduto do ouvido externo;  retirar o mesmo logo após o curativo.
  • 58. Parasitos e corpos estranhos  Carrapatos da espécie Anocenter nitens frequentemente atacam os equídeos;  instalam-se em grande quantidade na face interna do pavilhão auricular, causando graves lesões;  durante o período de sucção, secretam uma substancia Iíquida, semelhante a sangue coagulado, levando a intensa irritação local;
  • 59.  TRATAMENTO:  carrapaticidas por aspersão;  ou somente local, quando o único ponto de invasão for as orelhas, polvilhando-se carrapaticida em pó;  as lesões devem ser tratadas com antissépticos e pomadas cicatrizantes.  PROFILAXIA:  banhos carrapaticidas em animais infestados;  higienização das orelhas com limpeza e corte dos pelos a cada 60 dias.
  • 60.  quanto aos corpos estranhos no pavilhão auricular e no conduto auditivo externo, a maior frequência é a de palha de arroz ou serragem de camas de baia ou de forração do assoalho de "trailer" ou caminhão de transporte;  estes deixa o animal inquieto, irritam a mucosa do conduto auditivo e podem produzir otite externa;  animais transportados em caminhões com cama de palha de arroz e que se apresentam em decúbito lateral devem ter seus olhos e ouvidos examinados e limpos ao término da viagem.
  • 61. Papilomatose auricular  Afecção viral que pode acometer além do pavilhão auricular, os lábios e narinas dos equinos e, mais raramente, as pálpebras e os membros;  os papilomas são formados por hiperqueratose do tecido;  apresentam tamanhos variados de 0,5 a 20 cm.;  únicos ou múltiplas brotações de coloração esbranquiçada;  a forma de acometimento pela virose ainda não foi bem elucidada;  sabe-se que há um fator imunológico envolvido;  além do contato com outros portadores;  e possível transmissão por insetos voadores.
  • 62.  porém em grande quantidade, podem receber tratamento cirúrgico através de ressecção com bisturi elétrico;  cauterização química;  ou por crio cirurgia.  vacina autógena:  várias regiões do corpo do animal apresentam grande quantidade de papilomas;  desenvolvimento de imunidade com o tempo;  quando é grande o número de animais atingidos;  aplicação subcutânea em dose única, repetida semanalmente durante quatro semanas.
  • 63.  algumas vezes, a simples remoção manual de alguns papilomas proporciona ao organismo entrar em contato com o vírus, produzindo resposta imune, combatendo o papiloma, que poderá desaparecer par completo.
  • 64. Otite externa  Inflamação que envolve o canal auditivo externo e algumas vezes os tecidos do pavilhão auditivo;  baixa incidência nos equinos;  constitui sempre afecção de extrema gravidade;  podendo ser uni ou bilateral;  causada frequentemente por infecção bacteriana mista;  predisposições para a afecção:  higienização precária dos ouvidos;  falta de corte dos pelos das orelhas;  presença de ectoparasitos e de corpos estranhos;  banhas frequentes, sem a devida proteção do conduto auditivo com algodão;  exercícios para treinamento ou fisioterapia em represas ou raias de natação.
  • 65.  Sinais de alterações no ouvido interno:  intenso prurido;  dor continua ou intermitente;  aumento de temperatura local;  animal irritado e inquieto;  movimentos de lateralidade da cabeça;  secreção, geralmente fétida.  as bactérias isoladas nos casos agudos:  Staphylococcus aureus;  Staphylococcus sp;  Streptococcus sp.  sintomas nos casos agudos:  hiperemia;  dor;  aumento de temperatura local;  Secreção.
  • 66.
  • 67. Otite média e interna  Raras nos equinos, apresentando sintomas graves, como desequilíbrio e quadros de comprometimento do sistema nervoso central;  decorrem:  de processos ascendentes do ouvido externo;  traumatismos;  fraturas de crânio e hemorragias;  infecções sistêmicas;  drogas tóxicas, etc.  quadro clínico é extremamente variado e está na decorrência da extensão do processo e da participação de microrganismos;
  • 68.  quando traumática, atingindo a região parietal e temporal, produzem  manifestações clínicas neurológicas de compressão;  porém, em situações de participação bacteriana ascendentes do ouvido externo e médio, a manifestação clínica é de encefalite e o animal irá apresentar-se apático, deprimido, anorético, dismétrico e até incoordenado;  outras vezes, anda em círculo e apresenta dificuldade visual;  com a evolução o cavalo poderá permanecer em decúbito lateral com movimentos de pedalagem e opistotomo nas fases finais.
  • 69.  TRATAMENTO BASE  antibioticoterapia de amplo espetro sistêmica, até a remissão dos sinais neurológicos;  apesar da possível recuperação, permanecerão sequelas neurológicas indesejáveis e limitantes ao bom desempenho do cavalo.
  • 70. Timpanismo das bolsas guturais  Afecção relativamente rara;  pode acometer potros com menos de um ano de idade;  causa provável:  disfunção do óstio-cartilaginoso que da acesso as bolsas guturais;  no mecanismo de entrada e saída do ar durante os movimentos de deglutição;  por má-formação das trompas de Eustáquio;  ou ainda por acúmulo e fermentação do catarro existente na mucosa de revestimento.
  • 71.
  • 72.  SINTOMAS:  tumefação na altura da região parotídea (triangulo de Viborg), sem flutuação e com sonoridade timpânica devido a presença de ar;  compressão digital a deformação pode se desfazer momentaneamente;  os animais afetados podem apresentar sinais de dificuldade respiratória, devida a compressão da faringe;  ocasionalmente, sinais de disfagia.  potros ao nascimento ou nos primeiros dias de vida, podem manifestar os sinais do timpanismo que, com possível para processo catarral com corrimento nasal.
  • 73.
  • 74.  estes quadros são denominados de pneumoguturocistite e podem evoluir para a formação de empiema das bolsas guturais;  o tratamento clinico ineficaz, devendo-se recorrer a correção cirúrgica do problema;  duas técnicas são preconizadas para a correção:  uma produz ampliação do orifício faringeano da bolsa gutural;  a outra requer a formação de fenestração entre a bolsa direita e esquerda.  quando o processo é antigo e envolve as duas bolsas guturais, pode-se intervir cirurgicamente associando-se as duas técnicas com resultados satisfatórios.
  • 75.
  • 76.
  • 77. Empiema das bolsas guturais  Processo inicialmente inflamatório da mucosa de revestimento da bolsa gutural podendo evoluir de um processo catarral, por acúmulo de secreção mucóide, para um processo purulento, caracterizando o empiema (acúmulo de pus);  desenvolvimento relacionado a processos circunvizinhos:  faringites ou abscessos retrofaríngeos;  sequela de garrotilho, o que é mais comum.  não obstante, casos de afecção da bolsa gutural causada por fungos tem sido diagnosticados;
  • 78.  SINTOMAS MAIS EVIDENTE:  corrimento nasal mucopurulento, uni ou bilateral, que se intensifica durante a mastigação e deglutição, ou quando o animal abaixa a cabeça para pastar;  infartamento dos linfonodos pré-paratídeo e submandibular;  se o pus não flui pelas narinas, ou a quantidade eliminada for pequena em relação ao que está acumulado na bolsa gutural, ocorre aumento de volume junto a região parotídea, denominada de triângulo de Viborg, dificultando a deglutição e respiração, fazendo com que o animal procure manter a cabeça em extensão;  assim a traqueotomia de emergência se faz necessária, devido a intensa dificuldade respiratória, o que pode levar o animal a cianose e morte por asfixia.
  • 79.  Nos processos desencadeados por fungos (micose da bolsa gutural), poderá ocorrer hemorragia causada por ruptura da artéria carótida interna, produzindo quadro clínico de severa gravidade.  diagnóstico:  sintomas evidentes de descarga purulenta pelas narinas;  aumento de volume no triângulo de Viborg.  a confirmação é realizada em hospitais mais sofisticados pela rinolaringoscopia e pelo cateterismo da bolsa gutural ou pela punção com aguIha da bolsa gutural;  as lesões decorrentes da micose da bolsa gutural são diagnosticadas por endoscopia que revelará placa micótica situada por sobre a artéria carótida interna e estruturas circunvizinhas.
  • 80. TRATAMENTO  drenagem e lavagem da bolsa com soluções antissépticas ou a remoção cirúrgica do conteúdo purulento e da mucosa da bolsa;  os lavados podem ser realizados pela sondagem da bolsa gutural pela via nasofaringeana com auxílio de pipeta plástica flexível ou pela endoscopia;  tratamento cirúrgico deve ser precedido pela antibioticoterapia utilizando-se penicilina G benzatina na dose de 40.000 a 50.000 UI/kg, pela via intramuscular, a cada 72 horas, ou, quando realizada cultura e antibiograma, o antibiótico em que o microorganismo for mais sensível;  se o animal apresentar dificuldade respiratória com mucosas e conjuntivas  cianóticas, faz-se imediatamente a traqueotomia por incisão envolvendo o 3°, 4° e 5° anéis traqueais;  casos de micose da bolsa gutural devem ser tratados cirurgicamente com a laqueadura da artéria carótida interna e terapia local e sistêmica com drogas antifúngicas.
  • 81. Cisto dentígero  Tecido dentário embrionário;  anormalidade de desenvolvimento de tecido odontógeno, heterotopia dentária branquiógena;  má-formação congênita;  desenvolvimento lento, junto a porção petrosa do osso temporal, na região frontal ou no seio paranasal;  maior ocorrência localização temporal, junto a base do pavilhão auricular.
  • 82.  A afecção manifesta-se plenamente aos dois anos de idade;  quando localizado na região subauricular, aparece como um aumento de volume;  o processo frequentemente é de consistência pétrea;  à radiografia imagem de tecido dentário.  tratamento definitivo:  extração do tecido dentário;  animal sob anestesia geral;  recalcamento, em alguns casos, necessário.
  • 83. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  BROOKS, E.Dennis. Oftalmologia para veterinários de Eqüinos. São Paulo: Roca. p.2-31. 2005.  Cotovio, M.; Almeida, O. C.; Oliveira, J. E.; Paulo., J. R.; Peña, M. T. Tratamento cirúrgico e médico (5-fluorouracilo) de um carcinoma das células escamosas na membrana nictitante de um cavalo. Revista portuguesa de Ciências Veterinárias. 100(555-556); p. 219-221. 2005.  Dearo, A. C. de Oliveira; & Souza, M. Batista. UVEÍTE RECORRENTE EQÜINA (CEGUEIRA DA LUA). Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 2, p. 373-380, 2000.  Thomassian, Armen. Enfermidades dos cavalos. São Paulo: livraria Varela, 1997, p.553–555.  Enfermidade dos Cavalos, Thomassian, Armen.