Desde a domesticação da espécie, a criação de equinos desenvolve-se em ritmo
acelerado. Esta situação impõe na prática uma série de condições a que os animais não
estavam submetidos na vida selvagem. Uma das principais mudanças está ligada ao manejo
nutricional, o qual é negligenciado ou realizado de maneira inadequada, muitas vezes por
desconhecimento da anatomia e fisiologia do cavalo. A cólica equina ainda é considerada
uma das causas mais comuns de óbito nesses animais e um bom entendimento do funcionamento
do sistema digestório é fundamental para a adoção de práticas corretas de manejo
alimentar.
Existem inúmeras características anatômicas e fisiológicas do sistema digestório
que
são particulares aos equinos. Conhecer e respeitar estas particularidades morfofisiológicas
são medidas fundamentais para a manutenção dos animais saudáveis e aptos ao desenvolvimento
das suas funções.
Este documento discute etologia e bem-estar animal. Apresenta a definição e história da etologia, focando no estudo do comportamento animal. Também aborda conceitos como estresse, comportamento social e causas do comportamento. Explora o bem-estar animal em suas dimensões física, psicológica e comportamental e as cinco liberdades relacionadas ao bem-estar.
O documento discute a importância do exame físico geral em medicina veterinária, destacando que ele antecede exames específicos, permite avaliar múltiplos sistemas e dinâmica dos sintomas. O exame inclui observação do animal, avaliação de parâmetros vitais e exame de mucosas e linfonodos, com foco em sinais que podem indicar enfermidades. Todos os dados coletados devem ser registrados no prontuário do paciente.
O documento discute as ações do governo brasileiro para promover o bem-estar animal na agricultura, incluindo a criação da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal e parcerias com organizações para desenvolver normas e treinar fiscais sobre o tratamento humano de animais.
O documento discute a anatomia e cuidados com o casco de cavalos, incluindo casqueamento e ferrageamento. O casco é a base de sustentação do animal e sua saúde afeta o desempenho. O casqueamento corrige desvios de aprumo e mantém o casco nivelado, enquanto o ferrageamento protege a sola e corrige defeitos.
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carneKiller Max
O documento apresenta informações sobre um tema sobre bovinos discutido na disciplina de Indústrias Rurais para os alunos da 2a série A. Aborda questões como bem-estar animal, causas de problemas relacionados a este tema, e alternativas para melhorar o bem-estar dos bovinos no transporte e abate. Também fornece detalhes sobre a composição e qualidade da carne bovina.
O documento discute a inspeção ante-mortem de bovinos, que tem como objetivo examinar o estado de saúde dos animais antes do abate, detectando possíveis doenças. A inspeção deve ser realizada por médico-veterinário e envolve inspecionar os animais parados e em movimento. Caso seja identificada alguma enfermidade, o animal pode ser destinado a abate de emergência ou necropsia.
Aula 1 Ezoognósia Equina - Nomenclatura do Exterior e MensuraçõesElaine
O documento discute conceitos de ezoognósia, que é o estudo do exterior dos animais domésticos, e sua aplicação na seleção de eqüinos. Também apresenta a nomenclatura das partes externas dos eqüinos e métodos de mensuração e classificação desses animais.
Introdução Etologia e bem-estar animal - etologia e bem-estar animalMarília Gomes
O documento discute conceitos de etologia e bem-estar animal, definindo etologia como a ciência do comportamento animal e bem-estar como a satisfação das necessidades físicas, psicológicas e comportamentais dos animais. Também aborda as 5 liberdades do bem-estar animal e o papel do médico veterinário em garantir a saúde e o bem-estar dos animais.
Este documento discute etologia e bem-estar animal. Apresenta a definição e história da etologia, focando no estudo do comportamento animal. Também aborda conceitos como estresse, comportamento social e causas do comportamento. Explora o bem-estar animal em suas dimensões física, psicológica e comportamental e as cinco liberdades relacionadas ao bem-estar.
O documento discute a importância do exame físico geral em medicina veterinária, destacando que ele antecede exames específicos, permite avaliar múltiplos sistemas e dinâmica dos sintomas. O exame inclui observação do animal, avaliação de parâmetros vitais e exame de mucosas e linfonodos, com foco em sinais que podem indicar enfermidades. Todos os dados coletados devem ser registrados no prontuário do paciente.
O documento discute as ações do governo brasileiro para promover o bem-estar animal na agricultura, incluindo a criação da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal e parcerias com organizações para desenvolver normas e treinar fiscais sobre o tratamento humano de animais.
O documento discute a anatomia e cuidados com o casco de cavalos, incluindo casqueamento e ferrageamento. O casco é a base de sustentação do animal e sua saúde afeta o desempenho. O casqueamento corrige desvios de aprumo e mantém o casco nivelado, enquanto o ferrageamento protege a sola e corrige defeitos.
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carneKiller Max
O documento apresenta informações sobre um tema sobre bovinos discutido na disciplina de Indústrias Rurais para os alunos da 2a série A. Aborda questões como bem-estar animal, causas de problemas relacionados a este tema, e alternativas para melhorar o bem-estar dos bovinos no transporte e abate. Também fornece detalhes sobre a composição e qualidade da carne bovina.
O documento discute a inspeção ante-mortem de bovinos, que tem como objetivo examinar o estado de saúde dos animais antes do abate, detectando possíveis doenças. A inspeção deve ser realizada por médico-veterinário e envolve inspecionar os animais parados e em movimento. Caso seja identificada alguma enfermidade, o animal pode ser destinado a abate de emergência ou necropsia.
Aula 1 Ezoognósia Equina - Nomenclatura do Exterior e MensuraçõesElaine
O documento discute conceitos de ezoognósia, que é o estudo do exterior dos animais domésticos, e sua aplicação na seleção de eqüinos. Também apresenta a nomenclatura das partes externas dos eqüinos e métodos de mensuração e classificação desses animais.
Introdução Etologia e bem-estar animal - etologia e bem-estar animalMarília Gomes
O documento discute conceitos de etologia e bem-estar animal, definindo etologia como a ciência do comportamento animal e bem-estar como a satisfação das necessidades físicas, psicológicas e comportamentais dos animais. Também aborda as 5 liberdades do bem-estar animal e o papel do médico veterinário em garantir a saúde e o bem-estar dos animais.
O documento resume as principais estruturas externas e internas das aves, incluindo esqueleto, membros, penas, pele, asas, bico, órgãos internos como pulmões, coração de quatro câmaras, e sistemas digestório, reprodutivo e circulatório.
O documento descreve as principais diferenças entre caprinos e ovinos, incluindo suas classificações zoológicas e origens. Caprinos se diferenciam de ovinos por terem barba, odor hircino, cauda curta e levantada, chifres ovalados e perfil nasal plano, enquanto ovinos têm glândulas interdigitais, cauda comprida e caída, chifres em forma de espiral e perfil nasal convexo.
O documento descreve o sistema digestório, incluindo os tipos de digestão, as funções do trato digestório e dos órgãos acessórios como dentes, língua e glândulas. Os principais pontos são: a digestão envolve quebra mecânica e química dos alimentos, o trato digestório recebe, armazena, quebra e absorve nutrientes e elimina resíduos, e os órgãos acessórios auxiliam na digestão através de secreções e mastigação.
O documento discute protocolos de vacinação para equinos, incluindo vacinas contra tétano, influenza e rinopneumonite equina. É recomendada a vacinação anual contra estas doenças para proteger o rebanho, com esquemas vacinais específicos para potros, éguas gestantes e cavalos de passeio ou desporto. Um bom protocolo de vacinação traz benefícios econômicos ao proprietário do rebanho.
Noções sobre anatomia e fisiologia dos animais domésticosIvan Araujo
Este texto cita uma frase de Confúcio sobre a importância de conhecer amigos através do sucesso e da desgraça, para avaliar a quantidade de amigos no sucesso e a qualidade de amigos na desgraça.
Este documento descreve as principais estruturas do sistema reprodutor feminino de animais, incluindo suas funções, disposição anatômica e tipos. Ele explica os órgãos como vulva, vagina, útero, tubas uterinas e ovários, além de abordar o ciclo ovariano.
1. O documento discute os sistemas reprodutores e digestórios de ovinos e caprinos, comparando as características de cada um.
2. Apresenta as principais raças de ovinos e caprinos do Brasil e do mundo.
3. Explica o complexo sistema digestório dos ruminantes, com foco no papel dos diferentes compartimentos estomacais na digestão da celulose.
O documento descreve as características físicas e comportamentais de gatos e cães, incluindo classificação científica, partes do corpo, alimentação, raças domésticas e selvagens, e seu valor para os seres humanos.
O documento discute a legislação e regulamentações brasileiras relacionadas ao bem-estar animal, incluindo o primeiro decreto de 1934 sobre maus-tratos a animais, a Lei de 1998 com sanções para crimes contra o bem-estar animal, e a Portaria de 2021 sobre métodos de abate humanitário. Também aborda aspectos do bem-estar animal no transporte e abate de bovinos, como níveis aceitáveis de deslizamentos, quedas e vocalizações durante o processo.
Sistema urinário - Anatomia veterináriaMarília Gomes
O documento descreve o sistema urinário, incluindo os rins, ureteres e bexiga. Os rins filtram o sangue para produzir a urina, que é armazenada na bexiga e expelida através da uretra. O sistema urinário é responsável pela excreção de resíduos do metabolismo e manutenção da homeostase corporal.
O documento descreve as estruturas e funções do sistema digestório de mamíferos, incluindo a cavidade oral, esôfago, estômago e intestino. É dividido em seções sobre cada órgão, com detalhes histológicos e variações entre espécies como cães, suínos e bovinos. O sistema digestório tem a função de receber alimentos, quebrá-los, digeri-los e absorver os nutrientes para o corpo.
Principais doenças que acometem aves comerciaisMarília Gomes
As principais doenças que acometem aves comerciais incluem: (1) bacterioses como salmonelose, colibacilose e micoplasmose que causam doenças sistêmicas e respiratórias; (2) viroses como laringotraqueíte, doença de Gumboro e doença de Newcastle que causam alterações respiratórias e digestivas com alta mortalidade; e (3) parasitoses como coccidiose que lesionam o trato gastrointestinal causando perda de peso e diarreia.
Noções de anatomia das aves i semestre 2014Tiago Merlo
O documento fornece uma descrição geral da anatomia das aves, classificando-as em diferentes ordens e descrevendo os principais sistemas e órgãos, incluindo esqueleto, músculos, cabeça, pele, pulmões, aparelho digestivo, glândulas, coração e órgãos reprodutivos.
O documento fornece uma introdução à equinocultura, abordando os seguintes tópicos: conceitos básicos sobre equinos, histórico da domesticação dos cavalos, classificação zoológica e evolução zootécnica desde os ancestrais Hyracotherium até as raças atuais de Equus. Também descreve as principais características morfológicas e fisiológicas dos equinos.
O documento discute a importância da semiologia da glândula mamária bovina para a produção leiteira, descrevendo a anatomia, os métodos de exame clínico incluindo inspeção, palpação e análises de leite, e as principais bactérias encontradas no leite que podem indicar problemas de saúde. O exame clínico detalhado realizado pelo médico veterinário é essencial para diagnosticar e tratar animais doentes e garantir a produção leiteira do rebanho.
O documento discute a origem e domesticação das principais espécies animais de produção. Ele explica que a maioria das espécies foram domesticadas inicialmente na Ásia há milhares de anos, incluindo ovelhas, cabras, bovinos e suínos. O documento também fornece detalhes sobre quando e onde espécies específicas como cavalos, camelos e galinhas foram domesticadas pela primeira vez.
Este documento apresenta um resumo sobre o curso de Tecnologia de Produtos de Origem Animal, abordando seus objetivos gerais e específicos, carga horária, avaliações, limites de faltas e entrega de trabalhos. Também resume os principais tópicos a serem abordados no curso, incluindo conceitos básicos de tecnologia de alimentos, classificação, alterações e doenças relacionadas a alimentos.
Este documento descreve três raças de bovinos de corte criados no Brasil: Nelore, Tabapuã e Brahman. Ele fornece detalhes sobre as características físicas, adaptação e desempenho produtivo de cada raça. Além disso, aborda tópicos como manejo sanitário, nutricional e reprodutivo desses rebanhos bovinos.
Fisiologia d ruminantes, goteira esofagicaAdriano Silva
Os ruminantes possuem estômago plurilocular composto por quatro compartimentos: retículo, rúmen, omaso e abomaso. O rúmen é o local onde ocorre a fermentação do alimento ingerido por ação de bactérias e protozoários, que produzem ácidos graxos voláteis como fonte de energia para os ruminantes. Os ruminantes neonatos dependem inicialmente do leite e possuem adaptações anatômicas para sua ingestão, desenvolvendo o rúmen com o tempo.
1. O documento descreve o plano de estudo do curso de Anatomia dos Animais de Produção I ministrado na Universidade Federal de Pelotas. 2. Aborda conceitos gerais de anatomia como nomenclatura anatômica, posição anatômica e divisões da anatomia. 3. Apresenta os principais tópicos que serão estudados no curso, incluindo osteologia, artrologia, miologia e anatomia do esqueleto axial e apendicular.
El documento describe la anatomía del sistema digestivo. Incluye una descripción detallada de la boca, faringe, esófago y estómago. Describe las estructuras como los dientes, lengua, labios, glándulas salivales y músculos. También describe la irrigación e inervación de estas estructuras.
- O documento discute as práticas gerais de alimentação para cavalos, incluindo o trato digestório dos cavalos, os principais alimentos e a importância da água e do sal mineral, além de recomendar dietas para diferentes categorias de cavalos.
O documento resume as principais estruturas externas e internas das aves, incluindo esqueleto, membros, penas, pele, asas, bico, órgãos internos como pulmões, coração de quatro câmaras, e sistemas digestório, reprodutivo e circulatório.
O documento descreve as principais diferenças entre caprinos e ovinos, incluindo suas classificações zoológicas e origens. Caprinos se diferenciam de ovinos por terem barba, odor hircino, cauda curta e levantada, chifres ovalados e perfil nasal plano, enquanto ovinos têm glândulas interdigitais, cauda comprida e caída, chifres em forma de espiral e perfil nasal convexo.
O documento descreve o sistema digestório, incluindo os tipos de digestão, as funções do trato digestório e dos órgãos acessórios como dentes, língua e glândulas. Os principais pontos são: a digestão envolve quebra mecânica e química dos alimentos, o trato digestório recebe, armazena, quebra e absorve nutrientes e elimina resíduos, e os órgãos acessórios auxiliam na digestão através de secreções e mastigação.
O documento discute protocolos de vacinação para equinos, incluindo vacinas contra tétano, influenza e rinopneumonite equina. É recomendada a vacinação anual contra estas doenças para proteger o rebanho, com esquemas vacinais específicos para potros, éguas gestantes e cavalos de passeio ou desporto. Um bom protocolo de vacinação traz benefícios econômicos ao proprietário do rebanho.
Noções sobre anatomia e fisiologia dos animais domésticosIvan Araujo
Este texto cita uma frase de Confúcio sobre a importância de conhecer amigos através do sucesso e da desgraça, para avaliar a quantidade de amigos no sucesso e a qualidade de amigos na desgraça.
Este documento descreve as principais estruturas do sistema reprodutor feminino de animais, incluindo suas funções, disposição anatômica e tipos. Ele explica os órgãos como vulva, vagina, útero, tubas uterinas e ovários, além de abordar o ciclo ovariano.
1. O documento discute os sistemas reprodutores e digestórios de ovinos e caprinos, comparando as características de cada um.
2. Apresenta as principais raças de ovinos e caprinos do Brasil e do mundo.
3. Explica o complexo sistema digestório dos ruminantes, com foco no papel dos diferentes compartimentos estomacais na digestão da celulose.
O documento descreve as características físicas e comportamentais de gatos e cães, incluindo classificação científica, partes do corpo, alimentação, raças domésticas e selvagens, e seu valor para os seres humanos.
O documento discute a legislação e regulamentações brasileiras relacionadas ao bem-estar animal, incluindo o primeiro decreto de 1934 sobre maus-tratos a animais, a Lei de 1998 com sanções para crimes contra o bem-estar animal, e a Portaria de 2021 sobre métodos de abate humanitário. Também aborda aspectos do bem-estar animal no transporte e abate de bovinos, como níveis aceitáveis de deslizamentos, quedas e vocalizações durante o processo.
Sistema urinário - Anatomia veterináriaMarília Gomes
O documento descreve o sistema urinário, incluindo os rins, ureteres e bexiga. Os rins filtram o sangue para produzir a urina, que é armazenada na bexiga e expelida através da uretra. O sistema urinário é responsável pela excreção de resíduos do metabolismo e manutenção da homeostase corporal.
O documento descreve as estruturas e funções do sistema digestório de mamíferos, incluindo a cavidade oral, esôfago, estômago e intestino. É dividido em seções sobre cada órgão, com detalhes histológicos e variações entre espécies como cães, suínos e bovinos. O sistema digestório tem a função de receber alimentos, quebrá-los, digeri-los e absorver os nutrientes para o corpo.
Principais doenças que acometem aves comerciaisMarília Gomes
As principais doenças que acometem aves comerciais incluem: (1) bacterioses como salmonelose, colibacilose e micoplasmose que causam doenças sistêmicas e respiratórias; (2) viroses como laringotraqueíte, doença de Gumboro e doença de Newcastle que causam alterações respiratórias e digestivas com alta mortalidade; e (3) parasitoses como coccidiose que lesionam o trato gastrointestinal causando perda de peso e diarreia.
Noções de anatomia das aves i semestre 2014Tiago Merlo
O documento fornece uma descrição geral da anatomia das aves, classificando-as em diferentes ordens e descrevendo os principais sistemas e órgãos, incluindo esqueleto, músculos, cabeça, pele, pulmões, aparelho digestivo, glândulas, coração e órgãos reprodutivos.
O documento fornece uma introdução à equinocultura, abordando os seguintes tópicos: conceitos básicos sobre equinos, histórico da domesticação dos cavalos, classificação zoológica e evolução zootécnica desde os ancestrais Hyracotherium até as raças atuais de Equus. Também descreve as principais características morfológicas e fisiológicas dos equinos.
O documento discute a importância da semiologia da glândula mamária bovina para a produção leiteira, descrevendo a anatomia, os métodos de exame clínico incluindo inspeção, palpação e análises de leite, e as principais bactérias encontradas no leite que podem indicar problemas de saúde. O exame clínico detalhado realizado pelo médico veterinário é essencial para diagnosticar e tratar animais doentes e garantir a produção leiteira do rebanho.
O documento discute a origem e domesticação das principais espécies animais de produção. Ele explica que a maioria das espécies foram domesticadas inicialmente na Ásia há milhares de anos, incluindo ovelhas, cabras, bovinos e suínos. O documento também fornece detalhes sobre quando e onde espécies específicas como cavalos, camelos e galinhas foram domesticadas pela primeira vez.
Este documento apresenta um resumo sobre o curso de Tecnologia de Produtos de Origem Animal, abordando seus objetivos gerais e específicos, carga horária, avaliações, limites de faltas e entrega de trabalhos. Também resume os principais tópicos a serem abordados no curso, incluindo conceitos básicos de tecnologia de alimentos, classificação, alterações e doenças relacionadas a alimentos.
Este documento descreve três raças de bovinos de corte criados no Brasil: Nelore, Tabapuã e Brahman. Ele fornece detalhes sobre as características físicas, adaptação e desempenho produtivo de cada raça. Além disso, aborda tópicos como manejo sanitário, nutricional e reprodutivo desses rebanhos bovinos.
Fisiologia d ruminantes, goteira esofagicaAdriano Silva
Os ruminantes possuem estômago plurilocular composto por quatro compartimentos: retículo, rúmen, omaso e abomaso. O rúmen é o local onde ocorre a fermentação do alimento ingerido por ação de bactérias e protozoários, que produzem ácidos graxos voláteis como fonte de energia para os ruminantes. Os ruminantes neonatos dependem inicialmente do leite e possuem adaptações anatômicas para sua ingestão, desenvolvendo o rúmen com o tempo.
1. O documento descreve o plano de estudo do curso de Anatomia dos Animais de Produção I ministrado na Universidade Federal de Pelotas. 2. Aborda conceitos gerais de anatomia como nomenclatura anatômica, posição anatômica e divisões da anatomia. 3. Apresenta os principais tópicos que serão estudados no curso, incluindo osteologia, artrologia, miologia e anatomia do esqueleto axial e apendicular.
El documento describe la anatomía del sistema digestivo. Incluye una descripción detallada de la boca, faringe, esófago y estómago. Describe las estructuras como los dientes, lengua, labios, glándulas salivales y músculos. También describe la irrigación e inervación de estas estructuras.
- O documento discute as práticas gerais de alimentação para cavalos, incluindo o trato digestório dos cavalos, os principais alimentos e a importância da água e do sal mineral, além de recomendar dietas para diferentes categorias de cavalos.
O documento descreve os passos do exame clínico de um equino, incluindo a coleta de histórico e anamnese, exame físico das diferentes áreas do corpo através de inspeção, palpação, percussão e auscultação, e possíveis exames complementares. O exame físico avalia parâmetros como temperatura, frequência cardíaca e respiratória, e ausculta os quadrantes intestinais para identificar possíveis problemas.
El documento describe el sistema digestivo del caballo. Se compone de diferentes partes como la boca, faringe, esófago, estómago e intestino delgado e intestino grueso. En estas partes se producen diferentes procesos de digestión gracias a enzimas y hormonas. La digestión completa de los alimentos dura entre 36-48 horas y ocurre a través de procesos mecánicos y químicos.
O documento descreve as principais partes do trato digestivo de animais e suas funções no processo de digestão. Ele explica cada seção do trato digestivo, desde a boca até o intestino grosso, assim como as glândulas acessórias e os tipos de alimentos. O documento também discute os fatores físicos e mecânicos envolvidos na digestão, como mastigação, deglutição e movimentos musculares.
Anatomofisiologia Do Sistema Cardiovascular Aula05ruynogueira
1) O documento descreve a anatomia do sistema cardiovascular, incluindo os principais vasos sanguíneos, cavidades cardíacas e válvulas.
2) Ele explica a circulação sistêmica e pulmonar, com o sangue sendo bombeado do coração para os órgãos e pulmões.
3) Também descreve o complexo estimulante do coração, responsável por regular a frequência cardíaca através de nós e fibras especializadas na condução de impulsos elétricos.
El documento proporciona valores de referencia hematológicos para diferentes especies animales incluyendo caninos, felinos, equinos, bovinos, caprinos, ovinos, reptiles, aves y porcinos. Presenta datos como hematocrito, hemoglobina, recuento de eritrocitos, recuento de plaquetas, recuento de leucocitos y sus diferenciales, así como volumen corpuscular medio, contenido de hemoglobina corpuscular medio y concentración de hemoglobina corpuscular media.
Sistema digestivo perguntas e respostasAfonso Sousa
O sistema digestivo humano é constituído pelo tubo digestivo e glândulas anexas. O tubo digestivo transforma os alimentos através de três estágios - bolo alimentar, quimo e quilo - para que os nutrientes possam ser absorvidos e assimilados pelo sangue e levados às células.
1) Os vertebrados possuem um tubo digestivo completo e semelhante, relacionado ao seu regime alimentar.
2) Os mamíferos herbívoros como as vacas possuem estômago composto para digerir grandes quantidades de vegetais pouco nutritivos, enquanto os carnívoros têm estômago simples e intestino curto.
3) Nas aves granívoras como galinhas, os grãos são armazenados no papo e moídos na moela, com duas partes no estômago, ao contrário das
O documento discute a acidose ruminal em bovinos de corte, uma doença metabólica causada pelo consumo excessivo de grãos fermentáveis. Apresenta sinais clínicos como falta de apetite e depressão. Pode ocorrer de forma aguda ou subclínica, causando prejuízos à produção. Sua prevenção envolve controle da dieta e uso de aditivos como probióticos e tampões para manter o pH ruminal.
Este documento fornece informações sobre nutrição animal, características nutricionais dos principais alimentos para bovinos leiteiros e métodos de formulação de rações, visando auxiliar na suplementação destes animais. Aborda conceitos básicos de nutrição, exigências nutricionais de vacas leiteiras e métodos práticos para formulação de rações concentradas em 3 passos: estimativa das necessidades nutricionais, cálculo dos nutrientes dos alimentos e modelagem da ração.
O documento discute a morfofisiologia digestiva dos ruminantes, incluindo a estrutura do estômago dividido em quatro compartimentos e a importância da fermentação ruminal realizada por microrganismos. Também aborda os desafios do alto desempenho produtivo para o sistema digestivo, como o risco de acidose ruminal devido ao acúmulo de ácidos graxos voláteis. Explica aspectos como a motilidade e tamponamento ruminais, importantes para manter a homeostase do pH e evitar distúrbios
O documento discute o manejo alimentar em tanques rede para piscicultura, destacando a importância de fornecer ração de qualidade em quantidades, horários e tamanhos adequados para cada espécie e fase de criação. O documento também enfatiza a necessidade de monitoramento contínuo e ajustes baseados na observação do comportamento dos peixes para garantir o melhor desempenho e menor impacto ambiental.
A urolitíase é uma doença nutricional que ocorre quando minerais ou substâncias precipitam e formam cálculos no trato urinário de ruminantes, podendo obstruí-lo. Ela afeta principalmente ovinos, caprinos e bovinos machos jovens mantidos em confinamento, e é predisposta por desequilíbrios na dieta, especialmente na relação cálcio-fósforo. Sinais incluem dor, dificuldade para urinar e inchaço abdominal. O tratamento envolve melhorias
O documento discute o manejo alimentar de peixes em diferentes sistemas de criação. Apresenta as principais fontes protéicas e energéticas utilizadas nas rações de peixes, como farelo de soja, farinha de peixe e milho. Também descreve as formas físicas da ração, como peletizada e extrusada, e os métodos de fornecimento, manual ou por comedouros.
Este documento resume aspectos gerais da fisiologia e estrutura do sistema digestivo dos peixes relacionados à piscicultura. Descreve a anatomia do aparelho digestivo dos peixes, incluindo a cavidade bucal, esôfago, estômago, intestino e reto. Também aborda processos como consumo e tempo de passagem do alimento, secreções digestivas, absorção e aspectos da digestão em larvas e pós-larvas. O objetivo é fornecer informações sobre o sistema digestivo dos peixes para embasar o
O documento discute conceitos fundamentais de nutrição animal, incluindo a importância da nutrição para o bem-estar dos animais e a produção de alimentos. Aborda tópicos como classificação de alimentos, nutrientes essenciais, metabolismo, exigências nutricionais e conceitos relacionados à nutrição como ração, dieta e conversão alimentar.
1- O documento discute o uso do extrato de yucca para reduzir o odor de fezes de animais. Ele explica que as saponinas no extrato inibem a fermentação e a urease, reduzindo a produção de amônia e cheiro. 2- Também aborda outros usos do extrato de yucca e seus benefícios para a saúde animal e humana. 3- Discutiu ainda o uso de zeólitas e psyllium como aditivos alimentares para melhorar o trânsito intestinal e reduzir odores em animais.
O documento discute a nutrição de vacas leiteiras. Aborda os principais nutrientes necessários como carboidratos, proteínas e lipídeos e suas funções. Explica como esses nutrientes afetam a produção e composição do leite quando fornecidos de forma inadequada. Também discute a importância da fibra na dieta para manter a saúde ruminal.
O documento descreve os processos de digestão humana. Resume os principais nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras e fibras), suas funções no organismo e como são digeridos. Também explica a digestão inicial na boca, com a mastigação pelos dentes e ação da saliva contendo a enzima ptialina.
O documento descreve os processos de digestão humana, incluindo as etapas da ingestão, digestão, absorção e egestão. Detalha os principais macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras), suas funções no organismo e como são digeridos. Também aborda as fibras alimentares e os tipos de digestão.
O documento descreve as principais estruturas e funções do sistema digestório humano, incluindo a digestão e absorção de nutrientes. Também explica os tipos de nutrientes necessários para o corpo, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais, e suas respectivas funções.
1) O documento discute os nutrientes essenciais para o corpo humano e o sistema digestivo. 2) São listados os principais nutrientes como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais, e explica as funções de cada um no corpo. 3) Também descreve as etapas da digestão, incluindo a secreção e ação de enzimas nas glândulas salivares, estômago, fígado, pâncreas e intestino.
O documento discute a importância da nutrição animal, objetivos da alimentação e fatores que influenciam a nutrição. Aborda os tipos de alimentos, termos relacionados à nutrição e exigências nutricionais de bovinos de corte versus leite.
O documento discute minerais essenciais para animais, classificando-os em macrominerais e microminerais. Apresenta as principais funções biológicas do cálcio, fósforo, potássio, sódio, cloro, enxofre, magnésio, cobalto, cobre, iodo, ferro, manganês, molibdênio, selênio e zinco no organismo animal. Também descreve as principais fontes e absorção destes minerais.
O documento discute as razões para adotar uma dieta vegetariana, incluindo razões anatômicas e fisiológicas, higiênicas, econômicas, estéticas, ecológicas e éticas. Anatomicamente, os seres humanos são mais similares a herbívoros e frugívoros do que a carnívoros. Uma dieta vegetariana também promove a saúde, é mais econômica e ambientalmente sustentável, e evita o sofrimento animal.
O documento discute a nutrição animal, cobrindo os seguintes pontos principais: 1) Os animais precisam obter energia química, carbono orgânico e nitrogênio orgânico de sua dieta, bem como nutrientes essenciais como aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais. 2) Os animais podem ser herbívoros, carnívoros ou onívoros dependendo de suas fontes alimentares. 3) A digestão processa os alimentos através de compartimentos digestivos e glândulas acessó
O documento discute as considerações nutricionais para o vegetarianismo na infância e adolescência. Ele define os diferentes tipos de vegetarianismo e discute as principais fontes de nutrientes, como proteínas, gorduras, fibras, ferro e zinco. O documento ressalta a importância de monitorar crianças e adolescentes vegetarianos para evitar deficiências nutricionais.
1) O documento discute o manejo alimentar de peixes, incluindo sistemas de criação, fontes de proteína e energia para rações, formas físicas de ração e métodos de fornecimento.
2) É importante fornecer alimento de qualidade na quantidade correta considerando os hábitos alimentares da espécie para garantir o crescimento e desenvolvimento dos peixes.
3) A ração deve ser processada para reduzir perdas de nutrientes, sendo a extrusão a forma mais indicada atualmente para a
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O documento relata um caso de reticuloperitonite traumática em um bovino, descrevendo os procedimentos adotados para diagnóstico, tratamento e prognóstico. A doença ocorre quando objetos metálicos perfuram o retículo, causando inflamação. Os sinais clínicos incluem queda na produção leiteira e apetite. Exames como ultrassom e radiografia podem ajudar no diagnóstico. O tratamento envolve remoção cirúrgica do corpo estranho e drenagem de abscess
O presente artigo tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico a respeito da
preparação cirúrgica de rufiões bovinos, incluindo as considerações gerais, procedimentos
anestésicos e técnicas cirúrgicas utilizadas.
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to one of six dietary treatments (0 or 10 mg Cr by concentrate, fed 0.5, 2 or 4 h before exercise), according to
a completely randomized design, with a split-plot arrangement. The diet was Cynodon pasture and concentrate
(50:50 ratio). The first 29 days of the trial were for diet, Cr and exercise adaptation; during the next 15 days,
horses were submitted to three 50-min field marcha tests, once a week. Heart rate (HR) was measured before,
during and until 25 min after the exercise. Respiratory rate and rectal temperature were measured; blood samples
were collected before, at the end and 25 min after the test. There was no effect of Cr by concentrate feeding strategy
on any physiological variables (P . 0.05). Supplementation of Cr increased glycaemia before and soon after
the second marcha test (P , 0.01). In addition, Cr reduced HR during the second marcha test and decreased
the time to first post-exercise HR recovery (P , 0.05). Insulinaemia was greater when the concentrate was
provided 2 h prior to the test (P , 0.05). Concentrate provided 0.5 and 2 h before the test reduced plasma triacylglycerol
in the first and second tests, respectively. The interval between concentrate feeding and marcha tests
should not be decreased in horses supplemented with Cr. Horses should be fed more than 2 h before that test. Cr
supplementation during training may improve the cardiac performance of MM mares during the marcha test.
Monitoramento dos Fatores Predisponentes às Afecções Podais em Bovinos LeiteirosLilian De Rezende Jordão
Este documento discute o monitoramento dos fatores que predispõem as afecções nos cascos de bovinos leiteiros. O veterinário deve estabelecer um programa de monitoramento, prevenção e controle das claudicações que avalie a eficácia e se ajuste rapidamente aos problemas. Isso envolve examinar os animais, determinar a prevalência de claudicações no rebanho, identificar as lesões mais comuns e monitorar os fatores de risco como instalações, manejo e nutrição.
A promoção do bem-estar dos animais de trabalho também promove o bem-estar dos seres
humanos envolvidos com o seu aproveitamento. Apesar disso, os médicos veterinários (MV) estão à margem
desse processo. Este trabalho abordou questões éticas envolvidas no uso de animais de trabalho, com ênfase em
animais de tração utilizados no Brasil, reforçando a importância do MV neste setor. Primeiro, foi exposto um
histórico resumido da domesticação e do aproveitamento dos animais para o trabalho. Segundo, as impor tâncias
econômica, ambiental e social desse aproveitamento foram listadas. Terceiro, foram apresentadas suas
condições de trabalho mais comuns. Quarto, os principais questionamentos éticos e sistemas filosóficos
envolvidos foram exibidos. E finalmente, as alternativas e melhorias no uso de animais de trabalho foram
tratadas.
O documento discute os aspectos éticos envolvidos no uso de animais de trabalho no Brasil, com foco em animais de tração. Apresenta um breve histórico da domesticação e uso de animais para trabalho agrícola. Também destaca a importância econômica, ambiental e social dos animais de tração, mas reconhece que suas condições de trabalho muitas vezes negligenciam o bem-estar animal.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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Considerações sobre a anatomofisiologia do sistema digestório dos equinos: aplicações no manejo nutricional
1. Considerações sobre a
do sistema digestório
dos equinos:
aplicações no manejo
nutricional
Considerations about the anatomophysiology
of the digestive system in horses:
applications in nutritional management
FONTE: ARQUIVO PIERRE BARNABÉ ESCODRO
Lilian de Rezende Jordão (lilianjordao@gmail.com)
MV, Mestre em Zootecnia e Produção Animal - Univ. Fed. de Minas Gerais
1. INTRODUÇÃO
O conhecimento da anatomofisiologia
digestória do eqüino e da nutrição, é fundamental na manutenção da vida do animal e para a busca dos resultados nas diversas modalidades exercidas por este enorme monogástrico. As exigências nutricionais, aliadas as peculiaridades anatomofisiológicas do trato digestório dos equídeos, afetam sua saúde, seu bem-estar e seu
desempenho. O comportamento alimentar
é reflexo da anatomia e da fisiologia do sistema digestório, que nos equinos se apresenta como um intermediário entre os ruminantes e os não ruminantes, como o cão,
o suíno e o homem.16
Os equinos são herbívoros não ruminantes que possuem um trato gastrintestinal
adaptado para realizar a fermentação dos
carboidratos estruturais no intestino grosso. Diferindo dos ruminantes, eles possuem estômago simples com capacidade reduzida (nos adultos,cerca de 15 a 18 litros),
seguido por 18 a 22 m de intestino delgado, onde a digestão e a absorção dos elementos nobres da ração são realizadas. A
fermentação microbiana ocorre no ceco e
no cólon maior, os quais contêm 80 a 100
Adalgiza Souza Carneiro de Rezende (adalgizavetufmg@gmail.com)
Profa. Associada do Depto. de Zootecnia - Escola de Veterinária
da Univ. Fed. de Minas Gerais
Hélio Martins de Aquino Neto (hvet51@yahoo.com.br)
Prof. Assistente de Clínica Médica de Ruminantes do Curso de Med.
Vet. da Univ. Fed. de Alagoas
Pierre Barnabé Escodro (pierre.vet@gmail.com)
Prof. Assistente de Clínica Cirúrgica e Médica de Equídeos do Curso
de Med. Vet. da Univ. Fed. de Alagoas
RESUMO: Desde a domesticação da espécie, a criação de equinos desenvolve-se em ritmo
acelerado. Esta situação impõe na prática uma série de condições a que os animais não
estavam submetidos na vida selvagem. Uma das principais mudanças está ligada ao manejo
nutricional, o qual é negligenciado ou realizado de maneira inadequada, muitas vezes por
desconhecimento da anatomia e fisiologia do cavalo. A cólica equina ainda é considerada
uma das causas mais comuns de óbito nesses animais e um bom entendimento do funcionamento do sistema digestório é fundamental para a adoção de práticas corretas de manejo
alimentar. Existem inúmeras características anatômicas e fisiológicas do sistema digestório
que são particulares aos equinos. Conhecer e respeitar estas particularidades morfofisiológicas são medidas fundamentais para a manutenção dos animais saudáveis e aptos ao desenvolvimento das suas funções.
Unitermos: cavalo, manejo alimentar, morfofisiologia, sistema digestório.
ABSTRACT: Since the domestication of the horses, their creation develops rapidly. This situation requires in practice a number of conditions to which the animals were not submitted in the
wildlife. A key change is linked to nutritional management, which is neglected or performed
improperly, often through ignorance of horse’s anatomy and physiology. The equine colic is
still considered one of the most common causes of death in these animals, and a good understanding of the digestive system is essential to adopt correct practices for feed management.
There are numerous anatomical and physiological characteristics of the digestive system that
are particular to the horse. Know and respect these morphological and physiological features
are fundamental to keeping animals healthy and able to develop their functions.
Keywords: horse, feed management, morphophysiology, digestive system.
L de líquido e hospedam bilhões de bactérias e protozoários, que degradam a fibra
das plantas liberando ácidos graxos voláteis, principalmente acetato, propionato e
butirato17.
Na natureza, a espécie equina passa até
60% de seu tempo realizando pastejo19 e é
geneticamente projetada tanto física como
mentalmente para se alimentar ao longo do
dia com frequentes e pequenas refeições ri-
cas em fibras9. Esse tipo de estratégia alimentar permite que os animais sobrevivam
a uma dieta com grande quantidade de forragem rica em fibras. Por outro lado, os
equinos não estão adaptados para digerirem grandes volumes de ração concentrada de uma só vez15.
Em condições naturais, o fato de possuir um estômago pequeno representa uma
vantagem evolutiva para o equino selva-
2. gem, pois contribui para que o animal alcance maiores velocidades ao fugir dos predadores20. Ao ser domesticado e trazido do
campo para as cidades, foi confinado a um
pequeno espaço, sendo muitas vezes mantido em baias o dia todo e recebendo sua
ração na forma de duas ou três refeições
diárias. Com isso, houve modificações no
seu comportamento, frente à necessidade
de adaptação a um ambiente restrito, e dessa
forma duas características do equino selvagem estão ausentes ou restritas na do estabulado: a vida em grupo e o tempo de
pastejo29.
Infelizmente, muitos dos produtores,
treinadores e tratadores não possuem conhecimento suficiente do correto manejo
nutricional a ser utilizado na criação de
equinos. Principalmente por desconhecerem a anatomia e a fisiologia do equino
como um todo e as particularidades do sistema digestório dessa espécie. Com isso,
são grandes as perdas econômicas e de bemestar físico e mental para o animal. A consequência mais evidente, onerosa e prejudicial é a síndrome cólica, que muitas vezes pode ser evitada por técnicas simples e
baratas de manejo nutricional14,15.
A síndrome cólica equina ainda é considerada uma das causas mais comuns de
óbito nesses animais, mesmo com o advento
do uso de fármacos anti-helmínticos no controle de parasitas intestinais11. Falhas no
manejo nutricional, provavelmente, têm
causado mais problemas do que uma dieta
mal formulada. Mesmo porque, o uso crescente de rações comerciais e de sal mineral
na ração diminuiu grandemente a incidência de deficiências nutricionais simples12.
Além disso, dietas ricas em grãos e pobres
em fibras, alterações súbitas na dieta e/ou
baixo consumo de água têm sido associados à laminite31.
Para permitir que esses animais alcancem seu pleno potencial, é importante o conhecimento do funcionamento do sistema
digestório. O objetivo dessa revisão é apresentar o manejo nutricional da espécie equina, ditado pelas estruturas e funções desse
sistema.
eqüídeos devem pastejar em forrageiras
mais baixas que os ruminantes, com até 15
centímetros. A boca contém os dentes, a língua e as glândulas salivares. Nela, o alimento é triturado mecanicamente pelos
dentes e sofre insalivação para torná-lo
mais brando e lubrificado, prevenindo que
fique alojado no esôfago9,14.
A saliva é produzida e liberada por três
grandes pares de glândulas salivares, parótida, submandibular e sublingual e outras pequenas glândulas salivares encontradas na boca10,32. A espécie equina possui
pequena quantidade de alfa-amilase salivar com ação enzimática irrisória na digestão dos carboidratos, no entanto possui
importante ação tamponante28. Um equino
adulto secreta em média 38 litros de saliva
por dia e diferentemente dos outros animais,
precisa mastigar ou realizar movimentos
mecânicos da mandíbula para que a salivação ocorra9,10.
Dentes saudáveis possuem um importante papel na digestão. Mesmo a melhor
dieta não vai ser suficientemente aproveitada se o equino não puder mastigar adequadamente9. Problemas dentários podem
ser identificados pela ingestão lenta dos alimentos, relutância em beber água fria, redução do consumo20, obstrução simples e
distensão do intestino grosso1 e emagrecimento progressivo. O dente transforma o
alimento em partículas menores, produzindo maior área de superfície para a ação das
enzimas digestivas. Isso permite que a ingesta (ou quimo) seja digerida com melhor
efetividade durante a passagem pelo sistema digestório15.
Os equinos possuem mais problemas
dentários que qualquer outra espécie doméstica, sendo as pontas dentárias os mais
comuns, pois apresentam anisognatia ( arcada maxilar cerca de 30 % mais larga que
a mandibular), são hipsodontes ( tem coroa de reserva) e elodontes ( os dentes crescem de 2 a 3 mm por anos, porém no caso
de não ter oclusão podem crescer centímetros), assim requerem acompanhamento veterinário periódico. Os animais mantidos
em pastagem mais tenra, ou que se alimentam de ração concentrada, tendem a reque-
rer, com mais frequência, o nivelamento da
mesa dentária9. O equino idoso que sofreu
um desgaste normal de sua arcada dentária e o animal jovem com uma afecção dentária podem se beneficiar do uso de ração
concentrada peletizada desde que o tamanho da partícula tenha sido mecanicamente reduzido pelo processo de peletização.
O exame semestral dos dentes do equino
deve ser uma parte integral do programa
de manejo nutricional de uma propriedade13,14.
Dacre (2006) afirmou que os equinos
que se alimentam exclusivamente de volumoso passam mais tempo mastigando do
que aqueles que se alimentam com dieta
rica em concentrado (Tabela 1), portanto
um animal que tenha baixa relação de
volumoso:concentrado em sua dieta produzirá quantidades insuficientes de saliva, em
virtude da menor mastigação do alimento
o que provocará menor capacidade tamponante da ingesta.
2.2. Esôfago
O esôfago é um tubo musculomembranoso com comprimento médio de 1,50 m,
que se estende desde a faringe e tem a função de transportar rapidamente a ingesta
da boca ao estômago (Sisson, 1986). A abertura do esôfago para o estômago é regulada pelo cárdia, um esfíncter muito eficiente, que nos equinos previne o retorno da
ingesta. Por essa razão, o vômito é um evento raro, que ocorre somente em distúrbios
digestivos graves, como rupturas9,16.
2.3. Estômago
Atualmente, é muito comum em várias
propriedades, alimentar os equinos como
se fossem animais ruminantes (Tabela 2),
muitas vezes pelo desconhecimento das diferenças anatômicas e fisiológicas entre esses animais28.
No estômago do equino ocorrem a hidrólise ácida e o início do processo da digestão enzimática14,34, sendo contínua a
produção de ácido clorídrico21. Sua capacidade relativamente pequena (Tabela 3), de
oito a quinze litros em um animal adulto,
está relacionada com a alta frequência ali-
2. REVISÃO DA LITERATURA
Tabela 1: Tempo requerido para um equino de 500 Kg mastigar uma ração
Dieta
Tempo de Mastigação
12,5 Kg de forragem
16 horas
8 Kg de forragem e 4 Kg de concentrado
11,5 horas
3 Kg de forragem e 7 Kg de concentrado
6,1 horas
FONTE: DACRE (2006)
2.1. Boca
O processo digestivo do equino se inicia com a apreensão do alimento. Os alimentos são apreendidos e arrancados com
os dentes que recebem auxílio dos lábios,
os quais são extremamente móveis, diferentemente dos ruminantes, que fazem preensão com a língua.Isso reflete em que os
3. Tabela 2: Comparação do estômago dos equinos com o de bovinos
BOVINOS
Natureza
Não ruminante / monogástrico
Ruminante / poligástrico
Capacidade Média
15 litros
200 litros
Trânsito da digesta
Intenso
Lento
Retorno do alimento
Em condições fisiológicas
à boca não ocorre
Ocorre
Ação Microbiana
Pequena. Ocorre significante
produção de ácido láctico
proveniente da fermentação
microbiana de carboidratos
solúveis na região fúndica
Intensa
Digestão da celulose
–
Intensa
Aproveitamento do
nitrogênio não protéico
–
Ocorre
Síntese de Vitaminas
–
Ocorre
FONTE: FRAPE & BOXAL (1974) CITADOS POR REZENDE (2006); JACKSON (1998)
EQUINOS
Tabela 3: Relação do estômago equino com seus outros órgãos do sistema digestório
Capacidade Relativa (%)
Capacidade Absoluta Média (L)
8,5
17,96
Intestino Delgado
30,2
63,82
Ceco
15,9
33,54
Cólon e Reto
45,4
96,02
A
B
C
D
FONTE: JACKSON & PAGAN (2002)
mentar, um hábito que foi desenvolvido ao
longo da evolução da espécie6. Ao considerar sua capacidade (Figura 1), deve ser lembrado que a saliva junto à ingesta aumenta
muito seu volume. Devido ao fato de que o
equino digere somente pequenas quantidades de ingesta de cada vez, existem vantagens já bem definidas em dividir a ração
diária em várias frações8,10.
A taxa de passagem da ingesta no estômago é muito rápida, pois ela permanece
nesse órgão por um período médio de apenas 15 minutos16. A digestão enzimática é
mais eficiente quando o estômago não está
completamente cheio. Se grandes quantidades de alimento forem ingeridas numa
só refeição, a ingesta vai rapidamente preencher o estômago. Esta vai então se dirigir para o intestino delgado antes do ácido
clorídrico e das enzimas pepsina e lipase
gástrica secretadas pelo estômago agirem
plenamente sobre o quimo9.
O tamanho reduzido do estômago, que
promove um comportamento alimentar altamente seletivo, aliado à maior capacidade digestiva com maior tempo de retenção
da digesta no intestino grosso são estratégias que facilitam uma digestão adequada
e um melhor aproveitamento dos nutrientes presentes no alimento33.
O piloro é um esfíncter muito sensível
à água gelada e aos materiais fibrosos como
palha de arroz, sendo formado por um anel
FONTE: REECE (2006)
Órgão
Estômago
Figura 1: Sistema digestório do equino
e o tamanho relativo de seus segmentos.
A: Estômago, B: Intestino delgado,
C: Ceco, D: Cólon
de tecido muscular. Ele comunica o estômago com o intestino delgado29,33. O breve
tempo de retenção do alimento no estômago e o gradiente de pH dorso-ventral (5,46
na região fúndica a 2,7 na região pilórica)
fazem com que a fermentação gástrica seja
irrisória (Tabela 2). Contudo, quando o
tempo de retenção do material alimentar
aumenta, como ocorre no espasmo pilórico, a fermentação nesse órgão pode se tornar significativa, com possível ruptura do
estômago e a evolução para o óbito13.
Após ou durante o intervalo de uma atividade física, quando alguns dos parâmetros físicos elevam-se, o animal pode receber água, mas a taxa de consumo deve ser
cuidadosamente controlada, somente permitindo-se pequenos goles de água tépida,
a intervalos regulares. Se um equino com
temperatura corporal elevada, taquicardia
e taquipnéia ingerir grandes quantidades
de água (principalmente gelada e juntamente com ar) pode haver espasmo do piloro e
ocorrer o desenvolvimento de cólica e laminite10,18.
Um equino deve restabelecer seus parâmetros físicos basais (andar com o animal ao passo até que ele apresente frequências cardíaca e respiratória normais,
além de não haver mais sudorese) antes que
obtenha livre acesso à água9. Contudo, se
submetido a um exercício submáximo por
longo prazo, como no enduro, deve-se oferecer água sempre que possível, evitandose ingestão de grandes volumes de uma só
vez, caso o equino não continue imediatamente a trabalhar26. Quando em repouso, o
equino deve ter acesso a água “ad libitum”,
em temperatura ambiente. Deve beber água
até 30 minutos antes de esforço sub-máximo, sem comprometimento da performance por “estômago” repleto, como acreditam
muitos treinadores. Além disso, os equinos,
em temperaturas acima de 25ºC podem desidratar muito rápido, sendo que até a indicação do jejum hídrico pré-cirúrgico é de
apenas de duas horas, evitando complicações anestésicas por hipotensão.
2.4. Intestino Delgado
O intestino delgado é formado pelo
duodeno, jejuno e íleo (Sisson, 1986). Possui em média 21 metros de comprimento e
a capacidade para 56 litros de ingesta (Jackson, 1998). É a principal região de absorção de nutrientes, como carboidratos
solúveis, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas lipossolúveis e alguns minerais,
sendo caracterizado principalmente por seu
comprimento e pelos seus complexos enzimáticos, tais como a alfa-amilase, alfa-glicosidases e beta-galactosidases, que hidrolisam os carboidratos solúveis6,13. A passagem da ingesta no intestino delgado dura
em média 30 a 90 minutos16.
Nem todas as categorias animais irão
precisar de ração concentrada. Entretanto,
4. B
FONTE: ARQUIVO PIERRE BARNABÉ ESCODRO
A
C
Figuras 2: O capim elefante velho (A), devido ao alto teor de lignina e ligno-celulose, pode causar cólicas por compactação no intestino grosso
(A), evoluindo para cirurgia de enterotomia (C)
..............................................................................................................................................................................................................................................................
éguas a partir do terço médio da gestação24,
animais jovens em crescimento e animais
de esporte ou trabalho demandam um maior aporte energético, que normalmente não
é suprido apenas pelo volumoso. O concentrado deve ser ofertado cerca de duas horas
após o volumoso, a fim de maximizar seu
aproveitamento no intestino delgado, reduzindo sua taxa de passagem28.
Os equinos não possuem vesícula biliar32, sendo sua bile constantemente lançada no lúmen do intestino delgado. Por essa
razão, apesar de na natureza a dieta do equino ser pobre em lipídios (cerca de 4%)
quando comparado a outros nutrientes,
como os carboidratos, seu sistema digestório possui alta tolerância à adição de óleos
e gorduras em sua ração3,18, contanto que
haja um período de adaptação de três a quatro semanas34.
Uma forma alternativa de aumentar o
teor de energia da dieta sem aumentar o
conteúdo de matéria seca é adicionar óleos
ou gorduras na ração15. Junior et al. (2004)
recomendaram a adição diária de até 750
ml de óleo de milho na ração concentrada
dos equinos (8,3% da dieta total), sendo
que seu uso durante 23 dias não alterou a
digestibilidade da matéria seca, proteína
bruta, fibra em detergente neutro e fibra em
detergente ácido e aumentou a digestibilidade da energia bruta e do extrato etéreo.
Os lipídios mais utilizados são os óleos vegetais. O óleo de milho é o mais palatável,
mas de alto custo, sendo muitas vezes substituído pelo óleo de soja, que por sua baixa
aceitação pelos equinos é muitas vezes administrado oralmente na seringa29.
Para evitar que os animais engordem
ou emagreçam demais com o fornecimento de concentrado e óleo na ração, após
agrupar os animais por categoria e peso, é
importante estabelecer a condição corporal de cada indivíduo, avaliando periodicamente seu escore de condição corporal
(ECC), a fim de verificar se existe necessidade de realizar modificações no manejo
nutricional e na formulação da ração28.
Carrol & Huntington (1988) preconizaram
uma prática metodologia de avaliação de
ECC com intervalo de 1 a 5.
2.5. Intestino Grosso
O material não digerido no intestino
delgado alcança o intestino grosso através
do orifício ileocecal32. O grande desenvolvimento de seu ceco e cólon e seu funcionamento como local de intensa fermentação microbiana representam uma importante adaptação evolucionária aos mecanismos
de defesa das plantas, que incluem uma
baixa disponibilidade de nutrientes33. O
ceco e o cólon nos equinos possuem capacidades semelhantes ao rúmen e retículo
nos ruminantes, com uma grande diferença: nos primeiros a maior parte da fermentação, realizada por uma população microbiana ativa, ocorre após o intestino delgado. Devido a isso, os equinos são denominados como animais não ruminantes de
ceco e cólon funcionais28.
O ceco, principalmente, e o cólon são
fisiológica e anatomicamente estruturados
para terem um maior tempo de retenção da
digesta, permitindo maior período para a
microbiota intestinal agir sobre os carboidratos estruturais presentes no volumoso.
A sua taxa de passagem através do ceco e
do cólon dura de 36 a 72 horas. Em oposição, o estômago e o intestino delgado possuem alta taxa de passagem. Entretanto, um
maior tempo de retenção não representa
uma vantagem significativa sobre a digestão de proteínas e carboidratos solúveis7,34.
Os equinos, assim como todos os animais superiores, não possuem enzimas que
possam digerir os carboidratos estruturais
das fibras, e por isso mantêm uma relação
simbiótica com os microorganismos que
possuem enzimas como celulases, hemicelulases e pectinases33. Essa microbiota intestinal é composta de bactérias, principalmente Gram-negativas não esporuladas,
protozoários e fungos anaeróbios12,33. Forrageiras como o capim elefante, Napier ou
Cameron (Pennisetum schum), quando
mais velho, possuem alto teor de lignina e
ligno-celulose, fibras indigeríveis pelos
eqüinos, que predispões cólicas por compactação no ceco e cólon, podendo evoluir
para a enterotomia (Figura 2)30,34.
Os principais produtos da fermentação
microbiana são os ácidos graxos voláteis,
principalmente acetato, propionato e butirato, além de CO2, metano, possivelmente
hidrogênio, vitaminas do complexo B e alguns lipídios33. Existe uma intensa síntese
de proteína microbiana no intestino grosso
dos equinos. No entanto, se essa proteína
contribui para preencher as suas necessidades nutricionais de aminoácidos, é ainda bastante controverso14. De acordo com
Van Soest (1996), o aproveitamento dessa
proteína requer digestão gástrica, portanto
os equinos não aproveitam essa fonte de
aminoácidos, a qual seria excretada nas
fezes.
A água e os eletrólitos são absorvidos
principalmente no ceco e cólon. Num equino adulto, a água constitui de 65 a 75% de
seu peso corporal e num animal jovem pode
chegar a 80%, sendo um componente fundamental nas reações bioquímicas vitais e
nos processos digestivos. Em sua dieta,
água fresca e potável à vontade deve estar
sempre disponível30.
5. FONTE: PIERRE BARNABÉ ESCODRO
Figuras 3: Aliar o conhecimento da anatomofisiologia do equídeo e a necessidade nutricional de cada categoria animal é de importância relevante na qualidade de vida dos animais, sempre levando-os às condições mais próximas das selvagens
.............................................................................................................................................................................................................................................................
Existem diversos fatores que afetam a
ingestão de água pelos equinos, como a
composição da dieta, exercício, temperatura e palatabilidade da água4. O equino
possui preferência pela água na temperatura entre 7,22ºC e 18,33ºC23. Quando confinado, o principal momento de consumo
da água ocorre dentro de poucos minutos
após a ingestão de grãos ou cerca de uma
hora após o consumo de feno. A ausência
ou restrição de água nesses momentos críticos pode explicar o porquê da queda de
desempenho ou a causa de certas cólicas
transitórias30.
Equinos ao serem transportados para
outras localidades como exposições ou competições podem diminuir o consumo ou se
negarem a beber uma nova água, principalmente se ela tiver baixa palatabilidade,
como as de maior dureza. De acordo com
Mowrey (2007), um baixo consumo de água
é diretamente relacionado com o aumento
da incidência da cólica por compactação.
A melhor forma de habituar o animal com
uma nova água é gradualmente misturar a
fonte nova com a antiga de água. Se isso
não for possível, ele deve ser monitorado
para se evitar uma desidratação. Também
é possível adicionar um flavorizante como
o melaço ou preparado em pó sólido para
refresco na água de bebida a fim de mascarar o sabor da água9.
O reto é a porção terminal do intestino,
estendendo-se da entrada pélvica até o
ânus32. Sua função é estocar os produtos
fecais que não foram digeridos. Seu conteúdo material é mantido neste segmento
do sistema digestório até acumular suficientemente, quando então ocorre um estímulo nervoso e as fezes são evacuadas através do ânus14.
Uma prática essencial no manejo nu-
tricional consiste em oferecer quantidades
suficientes de fibra na dieta do equino. As
fibras digeríveis são necessárias como fontes de nutrientes para os microorganismos
do ceco e cólon e para proporcionarem energia ao animal, através dos ácidos graxos
voláteis. Já as fibras indigeríveis são importantes na manutenção do pH, motilidade e funções gastrintestinais normais20.
Segundo Jackson & Pagan (2002), o mínimo de fibra recomendado é de 5 Kg por
dia para um animal de 500 Kg de peso vivo
(1% do peso vivo). Quantidades maiores
vão reduzir grandemente a incidência de
cólica na maioria dos equinos. O ideal é
que a dieta contenha pelo menos 50% da
matéria seca na forma de volumoso20.
Em relação ao comportamento alimentar, ao comparar equinos alimentados principalmente com concentrado, com equinos
alimentados com feno, constatou-se que
estes passaram mais tempo se alimentando, com menos tempo ocioso para adquirir
distúrbios do comportamento, como coprofagia e aerofagia, do que os animais que
comeram essencialmente concentrado. Se
quantidade insuficiente de fibra for oferecida aos animais, os indicadores de saciedade podem não ser ativados, deixando os
equinos com uma alta motivação alimentar29.
Aumentar a relação volumoso : concentrado e aumentar a frequência de alimentação evita que o equino possa se sentir entediado e predisposto a desenvolver distúrbios digestivos, como cólicas e úlceras gástricas, além de alterações comportamentais,
hormonais e metabólicas1,22,30.
Um princípio fundamental do manejo
nutricional é fornecer substratos adequados para a microbiota intestinal12. A manutenção e a estabilidade de seu crescimento
dependem da qualidade dos carboidratos
presentes na fibra dietética33. Dessa forma,
muita atenção deve ser dada à qualidade e
quantidade do pasto ou do feno, porque a
ração volumosa é a mais importante fonte
de energia e de nutrientes para animais em
reprodução e em crescimento numa propriedade30.
Para animais estabulados e com acesso
limitado às pastagens, recomenda-se aumentar a frequência diária de fornecimento da ração, com o intuito de que haja melhor digestão e aproveitamento dos nutrientes14. Inúmeras pequenas refeições ao dia
são preferíveis à somente duas grandes refeições, principalmente quando quantidades maiores de concentrado estiverem presentes na dieta. Uma atitude prática é dividir esse concentrado em ao menos quatro
porções homogêneas ao longo do dia, sempre no mesmo horário. 0,4 Kg de concentrado/100 Kg de peso vivo / fornecimento
é a quantidade máxima de grãos a serem
ingeridos de uma só vez, nunca ultrapassando 0,4% do peso corporal por refeição
(2 Kg para um equino de 500 Kg)13,33.
Quando a dieta é divida em duas ou três
refeições diárias, normalmente ocorre uma
ingestão de grande quantidade de concentrado. Como o estômago equino possui pequena capacidade, a velocidade de passagem da digesta aumenta através do trato
gastrintestinal e grande parte desse concentrado na forma de carboidratos solúveis
chega intacta ao ceco e cólon sofrendo rápida e intensa fermentação pela microbiota, com grande produção de gases e intensa produção de lactato, que é mal absorvido. Dessa forma, graves consequências
como baixo pH intestinal, atonia cecal, endotoxemia e laminite podem se desenvolver. Também, ocorre menor aproveitamen-
6. to dos nutrientes, já que a maior parte de
sua digestão é deslocada do intestino delgado para o intestino grosso, ocorrendo
menor rendimento energético por molécula de substrato13,24.
Em animais estabulados, o fornecimento da ração somente duas vezes ao dia também é prejudicial à microbiota intestinal.
Quando o intestino grosso se encontra vazio por um longo período, as bactérias morrem, já que dependem da constante presença da digesta para sobreviver. Bactérias são
essenciais para a adequada digestão da fibra, tanto quanto para a síntese protéica e
de vitaminas do complexo B9.
Alterações bruscas nas práticas alimentares são significantemente relacionadas
com maior risco de cólica1, já que equinos
parecem ser sensíveis às pequenas variações no conteúdo dietético de amido em sua
ração, principalmente no conteúdo de ração concentrada13. Por isso, o período de
adaptação à uma nova quantidade ou qualidade de concentrado deve se estender ao
menos por uma semana, para permitir que
a microbiota gastrointestinal se adapte ao
novo substrato28.
Apesar da importância da microbiota
intestinal ser bem difundida, pouco tem sido
feito para se manipular o ambiente intestinal dos equinos12. A adição de probióticos
na dieta na forma de leveduras vivas pode
auxiliar a estabilizar ou restaurar a fermentação microbiana no intestino grosso e a
combater a ação de bactérias patogênicas
oportunistas, como Escherichia coli e Clostridium perfringens6,22.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Para desenvolver um adequado manejo
nutricional e permitir que os equinos alcancem seu máximo potencial genético é
essencial conhecer e respeitar a morfofisiologia e as particularidades do sistema digestório dessa espécie.
• É importante criar condições nutricionais
dentro das realidades regionais, atividade
exercida pelo equino e condições financeiras do proprietário, buscando atingir os
percentuais nutricionais mínimos e condições satisfatórias de manejo.
• Lembrar que afecções graves, como cólica e laminite, são muitas vezes induzidas
pelo ambiente e pelo manejo proporcionado pelo homem. Ao criar um equino devese sempre que possível criar um regime alimentar o mais próximo ao do equino selvagem, ou seja, uma dieta rica em volumoso e pobre em grãos, ingerida em frequentes e pequenas frações ao longo do dia.
Manter um ambiente propício e estável
ao ecossistema gastrintestinal deve ser um
dos objetivos primários no manejo nutricional do equino. Uma forma promissora de
atender essa meta é a suplementação da
dieta dos equinos com probióticos.
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