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RESUMO 374 – EQÜINOS – PROFª VERÔNICA
                                      AFECÇÕES DA PELE


1. DERMATITE POR NEMATÓDEO: HABRONEMOSE
- ETIOLOGIA: Habronema muscae
               H. majus
               Draschia megastoma


- EPIDEMIOLOGIA: CLIMA QUENTE


- PATOGENIA: AS MOSCAS (Musca Domestica, S. Calcitrans) ⇒ DEPOSITAM A L3
                NA PELE LESIONADA OU NAS MUCOSAS


- SINAIS CLÍNICOS: TECIDO DE GRANULAÇÃO COM ULCERAÇÃO
                      PODE FORMAR NÓDULOS CASEOSOS
                      PRURIDO LEVE


- LOCALIZAÇÃO: CONJUNTIVA, VULVA, PARTE BAIXA DOS MEMBROS
- DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (ferida que não cicatriza); PELA CARACTERÍSTICA DA LESÃO.


- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA: Tecido de granulação, com a presença da
                                    larva no interior. Infiltrado eosinofílico.


- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Tecido de granulação após traumatismo; sarcoide fibroblástico;
                                       carcinoma (quando na conjuntiva); pitiose (fase inicial).


- TRATAMENTO:
       - EXCISÃO CIRÚRGICA
        - IVERMECTINA: 0,2 mg/kg = 200 µg/kg.
       - CORTICOIDES: PREDNISOLONA (para reduzir o processo inflamatório e prurido): 1 mg/kg –
         B.i.d. (depois: reduzir para S.i.d. e, posteriormente, para a metade da dose).




                                                      1
2. DERMATITE POR FUNGOS
I.   SUPERFICIAL
II. SUB-CUTÂNEA


I. SUPERFICIAL: DERMATOMICOSE/DERMATOFITOSE (“TINHA”)
- ETIOLOGIA: Trichophyton equinum
                T. mentagrophytes
                T. verrucosum (menos freqüente)
                Microsporum gypseum
        Outros: Microsporum equinum
                Microsporum canis


- EPIDEMIOLOGIA:
                -   MAIS EM JOVENS
                -   ANIMAIS (DESNUTRIDOS; IMUNODEPRIMIDOS
                -   AMBIENTE (EXCESSO DE UMIDADE E TEMPERATURA)


- TRANSMISSÃO: FÔMITES OU DIRETA (menos comum)


- PATOGENIA:
        PELE LESIONADA ⇒ AGENTE PRESENTE NAS CÉLULAS EPITELIAIS (extrato córneo) E
        PELO (fibras) ⇒ INFLAMAÇÃO


- SINAIS CLÍNICOS: PÁPULAS
                      ALOPECIA E DESCAMAÇÃO
                      PRURIDO: LEVE (FASE INICIAL)


- LOCALIZAÇÃO: CABEÇA, PESCOÇO, TRONCO, GARUPA (+ Microsporum gypseum), MEMBROS
     (+ T. Verrucosum).


- DIAGNÓSTICO:            HISTÓRICO (AMBIENTE)
                          SINAIS CLÍNICOS
- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO:
        - RASPADO DE PELE
        - TRICOGRAFIA (avaliação micológica direta)
        - HISTOPATOLOGIA
        - CULTURA DE PELE



                                                  2
- RASPADO DE PELE: coloca na lâmina com hidróxido de potássio ou óleo mineral
                        = Descartar ectoparasitas e tentar detectar hifas e pêlos desgastados, destruídos.
- TRICOGRAFIA: pêlos desgastados, destruídos. Hifas septadas.
- HISTOPATOLOGIA: Foliculite, perifoliculite, dermatite perivascular e pustular.
- CULTURA DE PELE: Sabouraud: hifas e conídeas.


- DIFERENCIAL: SARCÓIDE OCULTO; DERMATOFILOSE.


- TRATAMENTO:
* AUTOLIMITANTE
        - ISOLAMENTO
         TRATAMENTO TÓPICO:
        - XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO (3 a 5%)


         POVIDINE (0,5-2%) ou
         CLOREXIDINE (0,5-2%) ou
         HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,5%
         SULFATO DE COBRE (1-3%)
                 BANHO DIÁRIO POR 7-10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANA


        OUTRA OPÇÃO:
        - ENILCONAZOL a 2% - banho
        - GRISEOFULVINA: 100mg/kg – S.I.D. – Oral – 10 dias.


        OUTRO AUTOR:
        - BANHO COM XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO A 1%, SEGUIDO DE UM
          OUTRO BANHO COM THIABENDAZOL A 5%.
          PULVERIZAR O ANIMAL COM 2 LITROS – 1 X/SEMANA – 4 SEMANAS.


        LIMPEZA DO AMBIENTE E UTENSILIOS:
        - HIPOCLORITO DE SÓDIO: 5% ou FORMALINA: 5% ou CRESOL: 3%.




                                                      3
II. DERMATITE SUB-CUTÂNEA POR FUNGO: PITIOSE (FICOMICOSE; HIFOMICOSE)
- ETIOLOGIA: Pythium spp (Hyphomyces destruens)



- EPIDEMIOLOGIA:
       - REGIÕES ALAGADAS
       - TEMPERATURA (34 a 40ºC) E UMIDADE ELEVADAS


- PATOGENIA:
    - O AGENTE TEM TROPISMO POR VASOS SANGÜINEOS ⇒ NECROSE
    ⇒ ocasiona uma LINFANGITE
    ⇒ e REAÇÃO PIOGRANULOMATOSA (INFILTRADO EOSINOFÍLICO)


- SINAIS CLÍNICOS:
       -   TECIDO        DE     GRANULAÇÃO,     COM     ELIMINAÇÃO        DE    MATERIAL        SERO-
            SANGUINOLENTO.
       - PRURIDO: INTENSO
       - TAMBÉM: ANEMIA.
                     HÁ RELATOS DE CASOS DE INAPETÊNCIA E DIARRÉIA.


- LOCALIZAÇÃO: MEMBROS E ABDÔMEN


       - PODE HAVER COMPROMETIMENTO DOS OSSOS, LINFONODOS REGIONAIS, OLHOS E
            ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTIVO E RESPIRATÓRIO.


- ZOONOSES?
- DIAGNÓSTICO:           HISTÓRICO (AMBIENTE); SINAIS CLÍNICOS
                         HEMOGRAMA: ANEMIA; HIPOPROTEINEMIA


- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO:
     - HISTOPATOLOGIA (meio especial para fungo): HIFAS (3 - 10µm de diâmetro); DERMATITE
           PIOGRANULOMATOSA; INFILTRADO EOSINOFÍLICO (também neutrófilos, macrófagos,
           células gigantes).
    - CULTURA a 35 a 37ºC (ágar extrato vegetal; ágar dextrosol; sabouraud + cloranfenicol): observar a
           morfologia.




                                                  4
- DIFERENCIAL: HABRONEMOSE; SARCÓIDE FIBROBLÁSTICO OU MISTO; TECIDO DE
   GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO. MAIS RARAMENTE: ZIGOMICOSE (Basidiobolus
   haptosporus; Conidiobolus coronatus).


- TRATAMENTO:
       - IODETO DE POTÁSSIO: 67 mg/kg – Oral – por no mínimo 30 dias.


       - VACINA:
            Vacina da Embrapa + UFSM (Pythium-Vac®): 6 aplicações com intervalo de 15 dias.
             Cura: 81% dos casos




3. DERMATITE POR BACTÉRIA: DERMATOFILOSE
- ETIOLOGIA: Dermatophilus congolensis
- EPIDEMIOLOGIA:
                -    LESÕES NA PELE
                -    TEMPERATURA ELEVADA
                -    EXCESSO DE UMIDADE
                -    ANIMAIS IMUNODEPRIMIDOS
                TRANSMISSÃO: O AGENTE PODE PERMANECER DENTRO DE CARRAPATOS
                    (POR MESES) E EM MOSCAS (24 HORAS).


- PATOGENIA:
       PELE LESIONADA ⇒ FORMAÇÃO DE PÁPULAS ⇒ PÚSTULAS ⇒ PLACAS OVÓIDES DE
         PELOS e CROSTAS
          No período chuvoso quando se retira as placas ovóides se observa uma região bastante úmida.
          No período mais seco não se nota tanta umidade por debaixo das placas.


- SINAIS CLÍNICOS: - PLACAS OVOIDES DE PÊLO
                       - CROSTAS
                       - PRURIDO: RARAMENTE OBSERVADO
                        O QUADRO PODE SE ACOMPANHAR DE APATIA E INAPETÊNCIA.
                        LOCALIZAÇÃO: CABEÇA (FACE), PESCOÇO, GARUPA, MEMBROS.


- DIAGNÓSTICO: SINAIS CLÍNICOS, EXAME LABORATORIAL.




                                                   5
- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO:
       - LABORATORIAL: (EXAME CITOLÓGICO DO ESFREGAÇO CORADO)
         PLACAS OVÓIDES DE PÊLO + SALINA 0,85%: COCOS = FINOS RAMOS EM CADEIA.
       - CULTURA (ÁGAR SANGUE). MORFOLOGIA: “PINGO DE OURO”
       - HISTOPATOLOGIA: PERIFOLICULITE; DERMATITE PUSTULAR E PERIVASCULAR


- DIFERENCIAL: Dermatite por Staphylococcus intermedius; Dermatomicose;
               Foliculite: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Corinebacterium spp.


- TRATAMENTO:
       * AUTOLIMITANTE: PODE HAVER CURA ESPONTÂNEA (PODE DEMORAR + DE MESES).
         ISOLAMENTO
      TRATAMENTO TÓPICO:
      - REMOÇÃO DAS PLACAS E CROSTAS, LAVANDO O LOCAL COM XAMPU A BASE DE
          SULFETO DE SELÊNIO A 2%
            BANHO DIÁRIO: 7 a 10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANAS.
        OUTRA OPÇÃO:
           POVIDINE (1%)


      SE NECESSÁRIO:
      - ANTIBIOTICOTERAPIA: PENICILINA PROCAÍNA: 22-44.000 UI/kg - B.I.D. – 5 DIAS.


       HIGIENE DO AMBIENTE/UTENSILIOS:
               - AMBIENTE SECO E AREJADO.
               - ALIMENTAÇÃO ADEQUADA.




4. DERMATITE POR VIRUS: SARCÓIDE
       PREDISPOSIÇÃO HEREDITÁRIA (NA OPINIÃO DE ALGUNS AUTORES)


- FATOR PREDISPONENTE:
              LESÃO DA PELE POR TRAUMATISMO


- TRANSMISSÃO: FÔMITES E MOSCAS.


- SINAIS CLÍNICOS:




                                                  6
TIPOS: OCULTO (PAVIMENTAR); VERRUCOSO; FIBROBLASTICO; NODULAR E MISTO.
       O sinal clínico depende do tipo de sarcóide. O OCULTO se apresenta como uma área de alopecia e
       descamação ou ainda como uma pequena pápula. O VERRUCOSO mostra um aspecto de verruga.
       FIBROBLÁSTICO: encontra-se bastante tecido granulomatoso. NODULAR: nódulos sub-cutâneos
       e MISTO: pode mostrar um aspecto verrucoso, fibroblástico e até mesmo nodular.




- LOCALIZAÇÃO: REGIÃO PERIOCULAR; PÁLPEBRAS; COMISSURA LABIAL; REGIÃO
                       VENTRAL, INGUINAL, MEMBROS (região mais distal).


- DIAGNÓSTICO: SINAL CLÍNICO: característica do tumor.
- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA
                                 - HIPERPLASIA EPIDERMAL.
                                 - PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA E DE FIBRAS COLÁGENAS
                                   (CRESCIMENTO DESORGANIZADO).



- DIFERENCIAL: DERMATOMICOSE (quando é do tipo sarcóide oculto); PAPILOMATOSE (quando é
    do tipo sarcóide verrucoso); TECIDO DE GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO (quando do tipo
    sarcóide fibroblástico), HABRONEMOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico), CARCINOMA
    (quando do tipo sarcóide fibroblástico); PITIOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico).




- TRATAMENTO:
       PODE OCORRER REGRESSÃO ESPONTÂNEA
       A. EXCISÃO CIRÚRGICA
       B. CRIOTERAPIA (-20 A –50ºC)
       C. RADIOTERAPIA
   D. IMUNOTERAPIA


   •   IMUNOTERAPIA: BCG. Se realiza 4 tratamentos dentro da lesão com intervalo de 2-3

       semanas (produz uma resposta imunológica local). Cuidado, pois leva a uma reação
       local intensa (necrose). na 2ª, 3ª e 4ª aplicações, utilizar um corticoide (Ex.:
       prednisolona) 30 minutos antes da aplicação da BCG, com a finalidade de se tentar
       evitar uma reação anafilática.
   •   EUA: vacina: Regressin®




                                                    7
CISPLATINA: Cis (II) diamminedichloro platinum
       DROGA QUE VEM SENDO UTILIZADA MAIS RECENTEMENTE.


- MODO DE AÇÃO: interfere com o metabolismo celular; na estrutura do DNA e na

  replicação e divisão celular.


   DOSE DE CISPLATINA: 0,97 a 1 mg de cisplatina/cm3 de tumor – uma vez por semana.

                       Total: 4 semanas.
                       Administra-se dentro e ao redor do tumor.
OBS.: Trabalho científico: casos acompanhados durante o período de um ano após o
término do tratamento demonstrou 87% de regressão.




                                            8

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Afecções da pele_(equinos)

  • 1. RESUMO 374 – EQÜINOS – PROFª VERÔNICA AFECÇÕES DA PELE 1. DERMATITE POR NEMATÓDEO: HABRONEMOSE - ETIOLOGIA: Habronema muscae H. majus Draschia megastoma - EPIDEMIOLOGIA: CLIMA QUENTE - PATOGENIA: AS MOSCAS (Musca Domestica, S. Calcitrans) ⇒ DEPOSITAM A L3 NA PELE LESIONADA OU NAS MUCOSAS - SINAIS CLÍNICOS: TECIDO DE GRANULAÇÃO COM ULCERAÇÃO PODE FORMAR NÓDULOS CASEOSOS PRURIDO LEVE - LOCALIZAÇÃO: CONJUNTIVA, VULVA, PARTE BAIXA DOS MEMBROS - DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (ferida que não cicatriza); PELA CARACTERÍSTICA DA LESÃO. - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA: Tecido de granulação, com a presença da larva no interior. Infiltrado eosinofílico. - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Tecido de granulação após traumatismo; sarcoide fibroblástico; carcinoma (quando na conjuntiva); pitiose (fase inicial). - TRATAMENTO: - EXCISÃO CIRÚRGICA - IVERMECTINA: 0,2 mg/kg = 200 µg/kg. - CORTICOIDES: PREDNISOLONA (para reduzir o processo inflamatório e prurido): 1 mg/kg – B.i.d. (depois: reduzir para S.i.d. e, posteriormente, para a metade da dose). 1
  • 2. 2. DERMATITE POR FUNGOS I. SUPERFICIAL II. SUB-CUTÂNEA I. SUPERFICIAL: DERMATOMICOSE/DERMATOFITOSE (“TINHA”) - ETIOLOGIA: Trichophyton equinum T. mentagrophytes T. verrucosum (menos freqüente) Microsporum gypseum Outros: Microsporum equinum Microsporum canis - EPIDEMIOLOGIA: - MAIS EM JOVENS - ANIMAIS (DESNUTRIDOS; IMUNODEPRIMIDOS - AMBIENTE (EXCESSO DE UMIDADE E TEMPERATURA) - TRANSMISSÃO: FÔMITES OU DIRETA (menos comum) - PATOGENIA: PELE LESIONADA ⇒ AGENTE PRESENTE NAS CÉLULAS EPITELIAIS (extrato córneo) E PELO (fibras) ⇒ INFLAMAÇÃO - SINAIS CLÍNICOS: PÁPULAS ALOPECIA E DESCAMAÇÃO PRURIDO: LEVE (FASE INICIAL) - LOCALIZAÇÃO: CABEÇA, PESCOÇO, TRONCO, GARUPA (+ Microsporum gypseum), MEMBROS (+ T. Verrucosum). - DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (AMBIENTE) SINAIS CLÍNICOS - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: - RASPADO DE PELE - TRICOGRAFIA (avaliação micológica direta) - HISTOPATOLOGIA - CULTURA DE PELE 2
  • 3. - RASPADO DE PELE: coloca na lâmina com hidróxido de potássio ou óleo mineral = Descartar ectoparasitas e tentar detectar hifas e pêlos desgastados, destruídos. - TRICOGRAFIA: pêlos desgastados, destruídos. Hifas septadas. - HISTOPATOLOGIA: Foliculite, perifoliculite, dermatite perivascular e pustular. - CULTURA DE PELE: Sabouraud: hifas e conídeas. - DIFERENCIAL: SARCÓIDE OCULTO; DERMATOFILOSE. - TRATAMENTO: * AUTOLIMITANTE - ISOLAMENTO TRATAMENTO TÓPICO: - XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO (3 a 5%) POVIDINE (0,5-2%) ou CLOREXIDINE (0,5-2%) ou HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,5% SULFATO DE COBRE (1-3%) BANHO DIÁRIO POR 7-10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANA OUTRA OPÇÃO: - ENILCONAZOL a 2% - banho - GRISEOFULVINA: 100mg/kg – S.I.D. – Oral – 10 dias. OUTRO AUTOR: - BANHO COM XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO A 1%, SEGUIDO DE UM OUTRO BANHO COM THIABENDAZOL A 5%. PULVERIZAR O ANIMAL COM 2 LITROS – 1 X/SEMANA – 4 SEMANAS. LIMPEZA DO AMBIENTE E UTENSILIOS: - HIPOCLORITO DE SÓDIO: 5% ou FORMALINA: 5% ou CRESOL: 3%. 3
  • 4. II. DERMATITE SUB-CUTÂNEA POR FUNGO: PITIOSE (FICOMICOSE; HIFOMICOSE) - ETIOLOGIA: Pythium spp (Hyphomyces destruens) - EPIDEMIOLOGIA: - REGIÕES ALAGADAS - TEMPERATURA (34 a 40ºC) E UMIDADE ELEVADAS - PATOGENIA: - O AGENTE TEM TROPISMO POR VASOS SANGÜINEOS ⇒ NECROSE ⇒ ocasiona uma LINFANGITE ⇒ e REAÇÃO PIOGRANULOMATOSA (INFILTRADO EOSINOFÍLICO) - SINAIS CLÍNICOS: - TECIDO DE GRANULAÇÃO, COM ELIMINAÇÃO DE MATERIAL SERO- SANGUINOLENTO. - PRURIDO: INTENSO - TAMBÉM: ANEMIA. HÁ RELATOS DE CASOS DE INAPETÊNCIA E DIARRÉIA. - LOCALIZAÇÃO: MEMBROS E ABDÔMEN - PODE HAVER COMPROMETIMENTO DOS OSSOS, LINFONODOS REGIONAIS, OLHOS E ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTIVO E RESPIRATÓRIO. - ZOONOSES? - DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (AMBIENTE); SINAIS CLÍNICOS HEMOGRAMA: ANEMIA; HIPOPROTEINEMIA - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: - HISTOPATOLOGIA (meio especial para fungo): HIFAS (3 - 10µm de diâmetro); DERMATITE PIOGRANULOMATOSA; INFILTRADO EOSINOFÍLICO (também neutrófilos, macrófagos, células gigantes). - CULTURA a 35 a 37ºC (ágar extrato vegetal; ágar dextrosol; sabouraud + cloranfenicol): observar a morfologia. 4
  • 5. - DIFERENCIAL: HABRONEMOSE; SARCÓIDE FIBROBLÁSTICO OU MISTO; TECIDO DE GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO. MAIS RARAMENTE: ZIGOMICOSE (Basidiobolus haptosporus; Conidiobolus coronatus). - TRATAMENTO: - IODETO DE POTÁSSIO: 67 mg/kg – Oral – por no mínimo 30 dias. - VACINA: Vacina da Embrapa + UFSM (Pythium-Vac®): 6 aplicações com intervalo de 15 dias. Cura: 81% dos casos 3. DERMATITE POR BACTÉRIA: DERMATOFILOSE - ETIOLOGIA: Dermatophilus congolensis - EPIDEMIOLOGIA: - LESÕES NA PELE - TEMPERATURA ELEVADA - EXCESSO DE UMIDADE - ANIMAIS IMUNODEPRIMIDOS TRANSMISSÃO: O AGENTE PODE PERMANECER DENTRO DE CARRAPATOS (POR MESES) E EM MOSCAS (24 HORAS). - PATOGENIA: PELE LESIONADA ⇒ FORMAÇÃO DE PÁPULAS ⇒ PÚSTULAS ⇒ PLACAS OVÓIDES DE PELOS e CROSTAS No período chuvoso quando se retira as placas ovóides se observa uma região bastante úmida. No período mais seco não se nota tanta umidade por debaixo das placas. - SINAIS CLÍNICOS: - PLACAS OVOIDES DE PÊLO - CROSTAS - PRURIDO: RARAMENTE OBSERVADO O QUADRO PODE SE ACOMPANHAR DE APATIA E INAPETÊNCIA. LOCALIZAÇÃO: CABEÇA (FACE), PESCOÇO, GARUPA, MEMBROS. - DIAGNÓSTICO: SINAIS CLÍNICOS, EXAME LABORATORIAL. 5
  • 6. - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: - LABORATORIAL: (EXAME CITOLÓGICO DO ESFREGAÇO CORADO) PLACAS OVÓIDES DE PÊLO + SALINA 0,85%: COCOS = FINOS RAMOS EM CADEIA. - CULTURA (ÁGAR SANGUE). MORFOLOGIA: “PINGO DE OURO” - HISTOPATOLOGIA: PERIFOLICULITE; DERMATITE PUSTULAR E PERIVASCULAR - DIFERENCIAL: Dermatite por Staphylococcus intermedius; Dermatomicose; Foliculite: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Corinebacterium spp. - TRATAMENTO: * AUTOLIMITANTE: PODE HAVER CURA ESPONTÂNEA (PODE DEMORAR + DE MESES). ISOLAMENTO TRATAMENTO TÓPICO: - REMOÇÃO DAS PLACAS E CROSTAS, LAVANDO O LOCAL COM XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO A 2% BANHO DIÁRIO: 7 a 10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANAS. OUTRA OPÇÃO: POVIDINE (1%) SE NECESSÁRIO: - ANTIBIOTICOTERAPIA: PENICILINA PROCAÍNA: 22-44.000 UI/kg - B.I.D. – 5 DIAS. HIGIENE DO AMBIENTE/UTENSILIOS: - AMBIENTE SECO E AREJADO. - ALIMENTAÇÃO ADEQUADA. 4. DERMATITE POR VIRUS: SARCÓIDE PREDISPOSIÇÃO HEREDITÁRIA (NA OPINIÃO DE ALGUNS AUTORES) - FATOR PREDISPONENTE: LESÃO DA PELE POR TRAUMATISMO - TRANSMISSÃO: FÔMITES E MOSCAS. - SINAIS CLÍNICOS: 6
  • 7. TIPOS: OCULTO (PAVIMENTAR); VERRUCOSO; FIBROBLASTICO; NODULAR E MISTO. O sinal clínico depende do tipo de sarcóide. O OCULTO se apresenta como uma área de alopecia e descamação ou ainda como uma pequena pápula. O VERRUCOSO mostra um aspecto de verruga. FIBROBLÁSTICO: encontra-se bastante tecido granulomatoso. NODULAR: nódulos sub-cutâneos e MISTO: pode mostrar um aspecto verrucoso, fibroblástico e até mesmo nodular. - LOCALIZAÇÃO: REGIÃO PERIOCULAR; PÁLPEBRAS; COMISSURA LABIAL; REGIÃO VENTRAL, INGUINAL, MEMBROS (região mais distal). - DIAGNÓSTICO: SINAL CLÍNICO: característica do tumor. - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA - HIPERPLASIA EPIDERMAL. - PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA E DE FIBRAS COLÁGENAS (CRESCIMENTO DESORGANIZADO). - DIFERENCIAL: DERMATOMICOSE (quando é do tipo sarcóide oculto); PAPILOMATOSE (quando é do tipo sarcóide verrucoso); TECIDO DE GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO (quando do tipo sarcóide fibroblástico), HABRONEMOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico), CARCINOMA (quando do tipo sarcóide fibroblástico); PITIOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico). - TRATAMENTO: PODE OCORRER REGRESSÃO ESPONTÂNEA A. EXCISÃO CIRÚRGICA B. CRIOTERAPIA (-20 A –50ºC) C. RADIOTERAPIA D. IMUNOTERAPIA • IMUNOTERAPIA: BCG. Se realiza 4 tratamentos dentro da lesão com intervalo de 2-3 semanas (produz uma resposta imunológica local). Cuidado, pois leva a uma reação local intensa (necrose). na 2ª, 3ª e 4ª aplicações, utilizar um corticoide (Ex.: prednisolona) 30 minutos antes da aplicação da BCG, com a finalidade de se tentar evitar uma reação anafilática. • EUA: vacina: Regressin® 7
  • 8. CISPLATINA: Cis (II) diamminedichloro platinum DROGA QUE VEM SENDO UTILIZADA MAIS RECENTEMENTE. - MODO DE AÇÃO: interfere com o metabolismo celular; na estrutura do DNA e na replicação e divisão celular. DOSE DE CISPLATINA: 0,97 a 1 mg de cisplatina/cm3 de tumor – uma vez por semana. Total: 4 semanas. Administra-se dentro e ao redor do tumor. OBS.: Trabalho científico: casos acompanhados durante o período de um ano após o término do tratamento demonstrou 87% de regressão. 8