Estudo panorâmico do Antigo Testamento, livro de Eclesiastes.
Escola Bíblica, Igreja Bíblica Luz do Mundo. Passo Fundo - RS
www.iblmpf.blogspot.com.br
www.respirandodeus.com.br
3. 3
Informações Básicas
Propósito: Eclesiastes é um livro de perspectiva. A narrativa do “Pregador”, ou
“Sábio”, revela a depressão que inevitavelmente resulta da procura da felicidade em
coisas mundanas. Este livro dá aos Cristãos a oportunidade de ver o mundo através
dos olhos de uma pessoa que, apesar de muito sábio, está tentando encontrar sentido
em coisas humanas e temporárias. Quase todas as formas de prazer mundano são
exploradas pelo Pregador, e nenhuma delas lhe dá sentido algum.
No final, o pregador chega a aceitar que a fé em Deus é a única maneira de encontrar
um significado pessoal. Ele decide aceitar o fato de que a vida é breve e, no fim das
contas, inútil sem Deus. O pregador aconselha o leitor a concentrar-se em um Deus
eterno, em vez de prazer temporário.
4. 4
Informações Básicas
Conteúdo: as meditações de um mestre da Sabedoria que luta com
as realidades da vida; o que se ganha alcançando-se a fortuna ou a
sabedoria quando no fim a morte reivindica tanto o rico como o
pobre, tanto o sábio como o tolo; mas o livro se situa especialmente
num contexto de se conhecer o temor de Deus.
Ênfases: a natureza transitória da vida presente; como viver de
maneira sábia num mundo em que as únicas certezas são a morte e o
julgamento; a futilidade dos projetos humanos que não levam em
conta o temor de Deus.
5. 5
Esboço
Capítulo a capítulo, o autor afirma e reafirma: nada vale a pena neste mundo,
sem o temor do Senhor.
Ec 1-2: Sabedoria, riqueza e prazer podem ser bênção ou maldição
Ec 3: Nosso telacionamento com o tempo
Ec 4-6: Opressão, trabalho, religião, política, salário
Ec 7-10 : Vida humana, destino humano, diferentes tipos de pessoas
Ec 11-12:Regras para viver bem, conclusão do livro
6. 6
Resumo
Duas frases são repetidas muitas vezes em Eclesiastes. A
palavra traduzida como “vaidade” aparece muitas vezes e é
usada para enfatizar a natureza temporária das coisas
mundanas. No fim das contas, mesmo as conquistas humanas
mais impressionantes serão deixada para trás. A expressão
“debaixo do sol” ocorre 28 vezes e refere-se ao mundo mortal.
Quando o pregador se refere a “todas as coisas debaixo do sol”,
ele está falando de coisas terrenas, temporárias e humanas.
7. 7
Resumo
Os sete primeiros capítulos do livro de Eclesiastes descrevem todas
as coisas mundanas “debaixo do sol” nas quais o Pregador tenta
encontrar satisfação. Ele tenta descobrimentos científicos (1.10-11),
sabedoria e filosofia (1.13-18 ), alegria (2.1), álcool (2.3), arquitetura
(2.4), bens (2.7-8) e luxúria (2.8). O Pregador concentrou-se em
filosofias diferentes para encontrar um significado, tal como o
materialismo (2.19-20) e até mesmo os códigos morais (incluindo os
capítulos 8-9). Ele descobriu que tudo era vaidade, uma distração
temporária que, sem Deus, não tinha nenhum propósito ou
longevidade.
8. 8
Resumo
Os capítulos 8-12 de Eclesiastes descrevem as sugestões e
comentários do Pregador sobre como a vida deve ser vivida.
Ele chega à conclusão de que, sem Deus, não há nenhuma
verdade ou sentido à vida. Ele já tinha visto muitos males e
percebido que mesmo as melhores realizações do homem não
valem nada a longo prazo. Assim, ele aconselha o leitor a
conhecer a Deus desde a juventude (12.01) e seguir a Sua
vontade (12.13-14).
9. 9
As Palavras do Pregador
No livro de Eclesiastes, o rei Salomão se identifica como “Pregador” (Ec 1.1).
Considerando o livro como um todo, podemos ver que o sábio rei fez um
verdadeiro trabalho de pregador, expondo sua mensagem de forma clara
aplicando-a diretamente à vida, sem fugir de sua tese central, explícita em
Eclesiastes 12.13: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda
os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem”.
Eclesiastes em uma sentança
O pregador faz uma revisão da vida, aponta as coisas más, exorta-nos a
aproveitar o que é bom, porém, debaixo da orientação do temor do
Senhor.
10. 10
Mensagem
Ec 1-2 Sem Deus, sabedoria, riqueza e prazer não passam de materialismo. Debaixo do
temor do Senhor são vistas como bênçãos que vêm Dele.
Ec 3 O autor de Eclesiastes afirma que Deus ordena o tempo, as coisas boas e más da
vida enquanto estamos na terra, avisando que todo homem responderá ao Senhor
em juízo.
Ec 4-6 Rotina frustrante sem Deus, temas que vão e vêm nos debates do homem
moderno
Ec 7-10 Desânimo sem Deus. Contentamento com o temor do Senhor
Ec 11-12 Não dá para viver sem o temor do Senhor. Se podemos pensar em ilustração,
esses dois capítulos são as placas de PARE antes de prosseguir na caminhada de
nossa vida. Duas verdades são proclamadas: A vida não para (um dia você ficará
velho) e A vida não compensa sem o temor do Senhor.
11. 11
Reflexão
Ec 1-2 Talvez esta seja a maior tentação de nossa época – ter cada vez mais. Ser rico ou ter bens não é
pecado, mas o próprio Jesus nos advertiu que é muito difícil um rico entrar no céu.
Ec 3 “Tempo é dinheiro” foi a frase pregada pelos herdeiros da revolução industrial. Depois alguns até
disseram que tempo faz dinheiro. Mas assumir essas duas posturas é prender-se somente ao relógio
e se esquecer de quem é o Dono do tempo.
Ec 4-6 Que pensa o pregador disso? Sempre coerente, afirma que desfrutar de alguns desses bens é
prazeroso, se Deus for reconhecido como doador. No entanto, não se pode esquecer de que tudo isso
é vaidade.
Ec 7-10 Essa parte do livro é muito interessante. O autor volta a Gênesis e nos lembra que Deus é o criador do
homem, mas que este se meteu em encrencas (7.29). No decorrer dos capítulos, enfatiza a eterna luta
entre o bem e o mal, colocando o sábio e o tolo como evidências dessas diferenças. Conclui
afirmando: “Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitas
coisas boas”.
Ec 11-12 Como bom pensador, Salomão ensina que crer é também pensar. Obviamente há mistérios que Deus
reservou para Si. Só Ele sabe a resposta. No entanto, vários questionamentos humanos sobre Deus
são perfeitamentes explicáveis à luz de uma razão submissa ao temor do Senhor.
12. 12
Aplicação
Ec 1-2 Que alvo você vai estabelecer para sua vida material? Valer-se da providência de
Deus para ter o que é necessário ou correr atrás do vento, do materialismo, até que
as energias acabem?
Ec 3 Sem Deus, essa roda-viva do tempo é encarada como fatalismo; dentro da
perspectiva do temor do Senhor, como soberania de Deus. Por qual das duas você
interpreta os acontecimentos da sua vida?
Ec 4-6 Você tem buscado equilibrio entre desfrutar o que Deus lhe dá, sem perder de vista
que tudo é passageiro e que as coisas desta vida não são as mais importantes?
Ec 7-10 Olhando o contexto do nosso mundo, hoje, dá vontade de fazer um panfleto com
essas capítulos e distribuir.
Ec 11-12 Como você se relaciona com os assuntos desafiadores da vida cristã? Não há
melhor opção que render-se diante do Senhor de toda sabedoria.
13. 13
Doutrinas
Deus Criador
Em Eclesiastes, Deus é apresentado como “Criador” (Ec
12.1). Seu papel como criador vai além de fazer todas as
coisas (Ec 11.5) e dar vida (Ec 8.15; 9.9). Ele é também o
organizador da vida (Ec 3.1-8), mantendo até mesmo as
coisas mais simples em execução (Ec 1.5-7). Assim como
Deus criou todas as coisas e as mantém, o Criador também
cuida de todas elas como um Pastor (Ec 12.11).
14. 14
Doutrinas
Ser humano decadente
O realismo de Eclesiastes leva ao reconhecimento da natureza do ser
humano caído. Segundo Eclesiastes, estamos separados de Deus (Ec 5.2) e
sujeitos à morte como qualquer outra criatura (Ec 3.19-20; 6.6). Todos os
seres humanos são pecadores (Ec 7.20), e o pecado domina a raça humana
por completo (Ec 9.3). Várias são as repercussões do pecado relatadas por
Eclesiastes: opressão (Ec 5.8); inveja (Ec 4.4); ganância (Ec 5.10); arrogância
(Ec 7.8); ira (Ec 7.9) e imoralidade sexual (Ec 7.26). A consequência final do
pecado, indica o Pregador, é a morte prematura (Ec 7.17; 8.13).
15. 15
Doutrinas
Ser humano decadente
Apesar da decadência humana, a imagem do Criador não é
totalmente ofuscada pelo pecado. O ser humano é visto como
uma criatura complexa, vivendo tanto a realidade material pela
carne (Ec 11.10), como a imaterial, expressa na alma (Ec 6.2-3),
no espírito (Ec 12.7) e no coração (Ec 1.13; 7.3-4,7; 8.11). A
imagem do Criador parece ser a causa do paradoxo vivido pelo
ser humano, que permanece pecador e fadado à morte
prematura, mas tem o vislumbre da eternidade em sua essência
(3.11).
16. 16
Prenúncios
Para todas as vaidades descritas no livro de Eclesiastes, a resposta é Cristo.
De acordo com Eclesiastes 3.17, Deus julga os justos e os ímpios, e os justos
são apenas aqueles que estão em Cristo (2Co 5.21). Deus colocou o desejo
pela eternidade em nossos corações (Ec 3.11) e tem providenciado o
Caminho da vida eterna através de Cristo (Jo 3.16). Somos lembrados de que
ir atrás da riqueza do mundo não só é vaidade, porque não satisfaz (Ec 5.10),
mas mesmo se pudéssemos alcançá-la, sem Cristo perderíamos nossas almas
e que proveito há nisso? (Mc 8.36). No fim das contas, cada decepção e
vaidade descrita em Eclesiastes encontra a sua solução em Cristo, na
sabedoria de Deus e no único verdadeiro significado a ser encontrado na vida.
17. 17
Aplicação Prática
Eclesiastes oferece ao Cristão a oportunidade de compreender o vazio e o
desespero com os quais aqueles que não conhecem a Deus têm que lidar.
Aqueles que não têm uma fé salvadora em Cristo se deparam com uma vida
que no fim das contas vai acabar e tornar-se irrelevante. Se não há salvação,
e não há Deus, então não existe nenhum sentido, propósito ou direção para a
vida. O “mundo debaixo do sol”, longe de Deus, é frustrante, cruel, injusto,
breve e total “vaidade”. No entanto, com Cristo a vida é apenas uma sombra
das glórias por vir em um paraíso que só é acessível por meio dEle.
18. 18
Conclusão
O livro de Eclesiastes é um manifesto da decadência humana.
E é na decadência humana que se percebe a necessidade da
salvação, a qual chega pela vida e obra de Jesus Cristo. O
maior conselho do pregador é “Tema a Deus”, que implica
relacionamento e obediência. O sacrifício de Cristo tornou isso
possível de maneira concreta e definitiva, pois, só por meio
Dele, temos livre acesso ao Pai e perfeitas condições de nos
relacionar com Ele, vivendo plenamente o “temor do Senhor”.