O documento descreve a intriga do romance Os Maias de Eça de Queirós, focando-se nas principais linhas de enredo e como elas desenvolvem uma crítica da sociedade portuguesa da época através de vários episódios. A intriga principal gira em torno do romance proibido entre Carlos da Maia e Maria Eduarda e como ele é afetado pelas limitações ideológicas e culturais da sociedade, levando a um desfecho trágico para os protagonistas. Vários episódios são usados para
2. Intriga
• Subtítulo “Episódios da vida
romântica” foca a descrição de
eventos recreativos da
sociedade portuguesa da
Regeneração, constituindo a
crónica de costumes.
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3. Intriga
• O título dá-nos a conhecer a
história da família Maia ao
longo das gerações de Afonso,
Pedro e Carlos da Maia. A
intriga principal é constituída
pelo romance entre Carlos e
Maria Eduarda; a intriga
secundária de Pedro e Maria
Monforte é necessária para
construir a intriga central.
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4. Intriga
A ação das intrigas é fechada
porque não há possibilidade de
continuação: Pedro suicida-se,
Maria Monforte já morreu,
Maria Eduarda e Carlos
suicidam-se psicologicamente
perdendo a capacidade de
amar, e Afonso morre.
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5. Intriga
• A temática do incesto desencadeia
toda a intriga.
• A crónica de costumes engloba os
ambiente sociais, os figurantes e
seus comportamentos, bem como as
relações do protagonista Carlos, quer
com o ambiente, quer com as
personagens, pelo que os episódios
são ações ainda que com duração
limitada, é uma ação aberta porque
cada episódio pode continuar.
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6. Intriga
É fundamentalmente ao nível
da intriga principal que surja a
crónica de costumes, pelo que
ambas se desenvolvem em
paralelo.
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7. Intriga
• O Jantar no Hotel Central
proporcionou a Carlos a primeira
visão de Mª Eduarda e o contacto
com a sociedade de elite. A
mentalidade retrógrada de
Alencar e o calculismo e cinismo
com que Cohen comenta a
deterioração financeira são
elementos marcantes da crise de
uma geração e do próprio País.
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8. Intriga
Através desta reunião da
sociedade, Eça retrata uma
cidade num esforço para ser
civilizada, mas que não resiste
e acaba por mostrar a sua
impressão, a sua falta de
civilização.
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9. Intriga
As limitações ideológicas e culturais
acabam por estalar o verniz das
aparências quando Ega e Alencar,
depois de usarem todos os
argumentos possíveis, partem para
ataques pessoais que culminam
numa cena de pancadaria,
mostrando o tipo de educação desta
“alta” sociedade lisboeta que tanto
se esforça por ser (ou parecer) digna
e requintada, mas que no fundo é
grosseira.
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10. Intriga
• As corridas de cavalos são um
desejo de imitar o que se faz no
estrangeiro e era considerado
sinal de progresso. Uma
sociedade burguesa que vive
de aparências, com destaque
para a assistência feminina.
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11. Intriga
Critica-se ainda a falta de à-vontade das senhoras que não
falavam umas com as outras e
que para não desobedecerem
às regras de etiqueta,
permaneciam no seu posto,
mas constrangidas.
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12. Intriga
• O jantar em casa do Conde
Gouvarinho permite, através da
falas das personagens, observar
a degradação dos valores
sociais, o atraso intelectual do
país, a mediocridade mental de
algumas figuras da alta burguesia
e da aristocracia. As
personagens emitem duas
diferentes conceções sobre a
educação da mulher.
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13. Intriga
• Os episódios dos jornais
criticam a decadência do
jornalismo português que se
deixa corromper, motivado por
interesses económicos (A
Corneta do Diabo) ou
evidenciam uma parcialidade
comprometedora de feições
políticas.
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14. Intriga
No jornal A Corneta do Diabo
havia sido publicada uma carta
escrita por Dâmaso que
insultava Carlos e expunha a
sua relação com Maria
Eduarda;
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15. Intriga
Palma Cavalão revela o nome
do autor da carta e mostra aos
dois amigos o original, escrito
pela letra de Dâmaso, a troco
de “cem mil réis”.
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16. Intriga
A parcialidade do jornalismo da
época surge quando Neves,
diretor do jornal A Tarde, aceita
publicar a carta na qual
Dâmaso se retracta, depois da
sua recusa inicial por confundir
Dâmaso Salcede com o seu
amigo político Dâmaso Guedes.
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17. Intriga
• Nota-se que o público alto-burguês e aristocrata que
assistia ao sarau era pouco
culto.
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