SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
O GOVERNO VARGAS E O EQUILÍBRIO ENTRE 
A PEDAGOGIA TRADICIONAL E A PEDAGOGIA NOVA
 
Azilde L. Andreotti [1]
 
Como texto introdutório sobre a educação na Era Vargas, trago algumas informações sobre o modelo pedagógico da escola nova, no período,
através de escritos de Lourenço Filho e suas iniciativas em escolas primárias particulares. Os novos métodos de ensino, inicialmente, limitaram­se a um
público restrito, tanto pelas iniciativas em escolas particulares, quanto pela manutenção de escolas pela Igreja católica, espaço, na época, da educação
tradicional. 
Desde as primeiras décadas do século XX, os rumos da educação do país estiveram na pauta de discussão de vários setores organizados da
sociedade.  A  fundação  da  Associação  Brasileira  de  Educação,  em  1924,  com  a  função  de  promover  debates  em  torno  da  questão  educacional;  a
influência  da  Escola  Nova  e  seus  defensores,  movimento  que  se  empenhou  em  dar  novos  rumos  à  educação,  questionando  o  tradicionalismo
pedagógico, e os embates da Igreja no seu confronto com o estabelecimento de novos modelos para a educação tornam evidente a diversidade de
interesses que abrangia a educação escolarizada.
A criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública em 1930; a Constituição de 1934 estabelecendo a necessidade de um Plano
Nacional  de  Educação,  como  também  a  gratuidade  e  obrigatoriedade  do  ensino  elementar,  e  as  Reformas  Educacionais  nos  anos  de  1930  e  40
demonstram que, nessas décadas, houve mudanças formais e substanciais na educação escolar do país.
Essas questões não podem ser destacadas do processo de desenvolvimento do modelo industrial, como também da demanda por educação.
A década de 1930 é reconhecida como o marco referencial da modernidade na história do Brasil, modernidade entendida como o processo de
industrialização  e  urbanização,  contemplada  por  inúmeros  estudos  que  destacam  esse  período    pelas  mudanças  que  inaugurou  e  os  movimentos
políticos que protagonizou: a Revolução de outubro de 1930, a Revolução Constitucionalista de 1932 [2] e o Estado Novo, em 1937. As análises se
valem de diferentes conceitos, abordagens e  suportes teórico­metodológicos, para investigar os processos que culminaram nesses acontecimentos e
sobre quais forças políticas e interesses predominaram nas alterações ocorridas no país, em um momento de definições sobre como encaminhar o
desenvolvimento capitalista industrial.
Em uma abordagem geral, a Revolução de 1930 foi fruto da crise econômica do setor agro­exportador do café agravada com a quebra da bolsa
de Nova York em 1929, e dos embates de segmentos sociais que não se consideravam referenciados no processo político da Primeira República,
marcados por sucessivas eleições pactuadas entre os setores agrários. O golpe de Estado em 1937, que instalou o Estado Novo, foi justificado pela
necessidade  de  se  manter  a  ordem  institucional  contra  os  regionalismos,  herança  do  período  anterior;  contra  as  divergências  entre  os  grupos
dominantes: setores agrários e burguesia industrial e contra as manifestações das forças de oposição, como por exemplo, a Intentona Comunista em
1935.
Esse período intensificou as mudanças nas relações entre Estado e sociedade, fortalecendo a centralização do poder e facilitando a criação de um
Estado forte, que predominou até meados dos anos de 1940.
A  recente  modernização  capitalista  no  Brasil,  nos  anos  de  1930,  trouxe  a  expansão  de  novas  camadas  sociais  e  abriu  possibilidades  de
mobilidade social na estrutura de classes da sociedade brasileira, com a ampliação do mercado de trabalho e do mercado consumidor. 
Nesse contexto de expansão das forças produtivas, a educação escolar foi considerada um instrumento fundamental de inserção social, tanto por
educadores, quanto para uma ampla parcela da população que almejava uma colocação nesse processo. Às aspirações republicanas sobre a educação
como propulsora do progresso, soma­se a sua função  de instrumento para a reconstrução nacional e a promoção social.
Acompanham esse quadro, as discussões em torno dos modelos educacionais. Do ponto de vista do ideário, o liberalismo se consubstanciou na
Primeira República no país e se fez presente nas políticas educacionais, tomando lugar, paulatinamente, da ideologia educacional católica.
O discurso pedagógico liberal se expressou na escola nova, movimento de renovação escolar que se desenvolveu em vários países e chegou ao
Brasil na década de 1920, fruto das mudanças inerentes ao processo de desenvolvimento capitalista, com seus novos valores, necessitando, segundo
seus defensores,  de uma renovação da escola.
Quanto  aos  métodos  de  ensino,  a  pedagogia  tradicional  predominou  até  o  fim  do  século  XIX,  enfatizando  a  atuação  do  professor.   Como
ensinar é uma das diretrizes dessa concepção pedagógica. A pedagogia nova toma corpo a partir das primeiras décadas do século XX, mudando o foco
e centralizando o processo de aprendizado no aluno. Como aprender é o seu eixo principal, fundamentando­se nos aspectos psicológicos do processo
de aquisição de conhecimentos.
Escola ativa ou escola da iniciativa foram termos usados, na época, para designar esse movimento de renovação educacional, o aprender a
aprender, na definição atual. No dizer da Escola Nova, o processo de aquisição do conhecimento, diferentemente da escola tradicional, surge da ação
da criança.
Os anos de 1930 foram férteis em relação à nova educação. As propostas sobre educação do Manifesto dos Pioneiros, publicado em 1932,
foram defendidas por educadores que ocuparam cargos na administração pública e que implementaram diretrizes educacionais, respaldados por essa
visão de educação.
Contrastando com a educação tradicional, as novas tendências pedagógicas visavam proporcionar espaços mais descontraídos, opondo­se como
investigação livre, à educação ensinada. Os novos métodos de ensino visavam à auto­educação e a aprendizagem surgia de um processo ativo.
Sobre a Escola Ativa, Lourenço Filho, um de seus precursores no país, afirma:
 
[...]  aprende­se  observando,  pesquisando,  perguntando,  trabalhando,  construíndo,  pensando  e  resolvendo  situações  problemáticas  apresentadas,
quer  em  relação  a  um  ambiente  de  coisas,  de  objetos  e  ações  práticas,  quer  em  situações  de  sentido  social  e  moral,  reais  ou  simbólicos.
(LOURENÇO FILHO, 1978, p. 151),
 
Em São Paulo , segundo o autor, as escolas pioneiras na aplicação dos novos métodos de aprendizagem foram a Escola Experimental Rio
Branco, a Escola Modelo, anexa à escola Normal da Praça da República, hoje Instituto Caetano de Campos e a Escola Americana, atual Instituto
Mackenzie, primeiramente nos cursos primários. (LOURENÇO FILHO, 1978, p. 175­176).
Na  sua  exposição  sobre  a Escola Nova,  esse  educador  relata  uma  experiência  com  alunos  do  curso  primário  na  Escola  Experimental  Rio
Branco,  sobre  a  técnica  dos  projetos,  como  procedimento  didático,  desenvolvida  por  John  Dewey,  que  prima  pela  participação  do  aluno,  o  que
promove sua motivação e a aprendizagem com objetivos definidos.  Ainda sobre sua experiência na Escola Rio Branco, Lourenço Filho indica que o
projeto implica ensino globalizado [...] e o papel do mestre como conselheiro discreto, (que) encaminha, estimula, sugere. (LOURENÇO FILHO,
1978, p.199, 210).
O processo de implantação da educação renovada em São Paulo ocorreu, nos anos de 1930 e 40, nos cursos primários de escolas particulares,
indicando que a criança das camadas médias da população foi o público, inicialmente,  atingido por esse modelo de educação.
Dados estatísticos nos indicam que o acesso à educação primária nos anos de 1930 e 40, mesmo com a ampliação na oferta de vagas nas escolas
primárias e frente à demanda por educação nos centros urbanos, não atingiu a maioria da população infantil. (SPOSITO, 1984, p. 32­34).
Saviani sobre a propagação da pedagogia da nova escola nos indica que,
 
[...] a “Escola Nova” organizou­se basicamente na forma de escolas experimentais ou como núcleos raros, muito bem equipados e circunscritos a
pequenos grupos de elite. No entanto, o ideário escolanovista, tendo sido amplamente difundido, penetrou nas cabeças dos educadores acabando
por gerar conseqüências também nas amplas redes escolares oficiais organizadas na forma tradicional. Cumpre assinalar que tais conseqüências
foram  mais  negativas  que  positivas  uma  vez  que,  provocando  o  afrouxamento  da  disciplina  e  a  despreocupação  com  a  transmissão  de
conhecimentos, acabou por rebaixar o nível do ensino destinado às camadas populares as quais muito freqüentemente têm na escola o único meio
de acesso ao conhecimento. Em contrapartida, a “Escola Nova” aprimorou a qualidade do ensino destinado às elites. (SAVIANI, 1985, p. 14).
 
           
A Era Vargas foi palco das primeiras investidas dos novos métodos de ensino, preconizando a centralidade na criança e na sua iniciativa no
processo de aquisição do conhecimento. Mesmo que inicialmente restrito, porque atendendo a uma camada da população, esse ensino renovado se
sedimentou, atingindo amplos setores educacionais, incitando uma discussão sobre os princípios norteadores de seu método de ensino, que nem sempre
atende as necessidades de parte da população escolar.
 
Bibliografia
 
LOURENÇO FILHO, M. B. Introdução ao estudo da Escola Nova. São Paulo, Melhoramentos, 1978.
SPOSITO, M. O povo vai à escola. São Paulo, Loyola, 1984.
SAVIANI, D.Escola e Democracia. São Paulo, Cortez, 1985.
[1] Doutora em Filosofia e História da Educação pela UNICAMP.
[2] Movimento desencadeado no Estado de São Paulo visando a volta ao poder da elite paulista, segmento hegemônico na Primeira República.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Anisio texeira
Anisio  texeiraAnisio  texeira
Anisio texeira
 
Legislação educacional profª regina crespo (1)
Legislação educacional   profª regina crespo (1)Legislação educacional   profª regina crespo (1)
Legislação educacional profª regina crespo (1)
 
Escola nova
Escola novaEscola nova
Escola nova
 
Educação Escolar na Primeira República
Educação Escolar na Primeira RepúblicaEducação Escolar na Primeira República
Educação Escolar na Primeira República
 
Slide de anisio pronto para apresentação de susana
Slide de anisio pronto para apresentação de susanaSlide de anisio pronto para apresentação de susana
Slide de anisio pronto para apresentação de susana
 
Didaticode1549ateatualidade
Didaticode1549ateatualidadeDidaticode1549ateatualidade
Didaticode1549ateatualidade
 
anisio teixeira
anisio teixeira anisio teixeira
anisio teixeira
 
Liberalismo na educação
Liberalismo na educaçãoLiberalismo na educação
Liberalismo na educação
 
Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva histórica
 
Apresentação tema (2)
Apresentação tema (2)Apresentação tema (2)
Apresentação tema (2)
 
Puc anisio teixeira
Puc anisio teixeiraPuc anisio teixeira
Puc anisio teixeira
 
Didatica
DidaticaDidatica
Didatica
 
Paschoal lemme
Paschoal lemmePaschoal lemme
Paschoal lemme
 
Política educacional
Política  educacionalPolítica  educacional
Política educacional
 
Educação século XX
Educação século XXEducação século XX
Educação século XX
 
Anísio spíndola teixeira (1)
Anísio spíndola teixeira (1)Anísio spíndola teixeira (1)
Anísio spíndola teixeira (1)
 
Educação libertaria ferrer
Educação libertaria ferrerEducação libertaria ferrer
Educação libertaria ferrer
 
Trabalho do anisio teixeira pronto xzzz
Trabalho do anisio teixeira pronto xzzzTrabalho do anisio teixeira pronto xzzz
Trabalho do anisio teixeira pronto xzzz
 
Direcionamentos 05.04 1 resumo prova
Direcionamentos 05.04 1 resumo provaDirecionamentos 05.04 1 resumo prova
Direcionamentos 05.04 1 resumo prova
 
A educação no brasil
A educação no brasilA educação no brasil
A educação no brasil
 

Destaque

16. aula de história geral - período napolenico
16. aula de história geral - período napolenico16. aula de história geral - período napolenico
16. aula de história geral - período napolenicoDarlan Campos
 
10. aula de história geral - absolutismo
10. aula de história geral - absolutismo10. aula de história geral - absolutismo
10. aula de história geral - absolutismoDarlan Campos
 
Competências comportamentais fabra jan 2014
Competências comportamentais  fabra jan 2014Competências comportamentais  fabra jan 2014
Competências comportamentais fabra jan 2014Darlan Campos
 
17. aula de história geral - revoluções liberais
17. aula de história geral - revoluções liberais17. aula de história geral - revoluções liberais
17. aula de história geral - revoluções liberaisDarlan Campos
 
18. aula de história geral - américa no século XIX
18. aula de história geral - américa no século XIX18. aula de história geral - américa no século XIX
18. aula de história geral - américa no século XIXDarlan Campos
 
12. aula de história geral - revolução inglesa
12. aula de história geral - revolução inglesa12. aula de história geral - revolução inglesa
12. aula de história geral - revolução inglesaDarlan Campos
 
Metodologia científica Aula - Pós Graduação em Educação
Metodologia científica   Aula - Pós Graduação em EducaçãoMetodologia científica   Aula - Pós Graduação em Educação
Metodologia científica Aula - Pós Graduação em EducaçãoDarlan Campos
 
Liderança motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014
Liderança   motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014Liderança   motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014
Liderança motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014Darlan Campos
 
éTica e formação profissional
éTica e formação profissional   éTica e formação profissional
éTica e formação profissional Darlan Campos
 
Marketing Político Estratégico
Marketing Político Estratégico Marketing Político Estratégico
Marketing Político Estratégico Darlan Campos
 
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de EnsinoEstrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de EnsinoEvaí Oliveira
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraEdneide Lima
 
Políticas públicas educacionais aula 2
Políticas públicas educacionais   aula   2Políticas públicas educacionais   aula   2
Políticas públicas educacionais aula 2Darlan Campos
 
Organizaçao do sistema escolar brasileiro
Organizaçao do sistema escolar brasileiroOrganizaçao do sistema escolar brasileiro
Organizaçao do sistema escolar brasileirorodrigoviecheneski28
 
Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Darlan Campos
 
Estrutura do Sistema Educacional Brasileiro
Estrutura do Sistema Educacional BrasileiroEstrutura do Sistema Educacional Brasileiro
Estrutura do Sistema Educacional BrasileiroLucas Sebastião Barbosa
 
Políticas públicas educacionais aula 1
Políticas públicas educacionais   aula   1Políticas públicas educacionais   aula   1
Políticas públicas educacionais aula 1Darlan Campos
 
POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAIS
POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAISPOLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAIS
POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAISJose Wilson Melo
 

Destaque (19)

16. aula de história geral - período napolenico
16. aula de história geral - período napolenico16. aula de história geral - período napolenico
16. aula de história geral - período napolenico
 
10. aula de história geral - absolutismo
10. aula de história geral - absolutismo10. aula de história geral - absolutismo
10. aula de história geral - absolutismo
 
Competências comportamentais fabra jan 2014
Competências comportamentais  fabra jan 2014Competências comportamentais  fabra jan 2014
Competências comportamentais fabra jan 2014
 
17. aula de história geral - revoluções liberais
17. aula de história geral - revoluções liberais17. aula de história geral - revoluções liberais
17. aula de história geral - revoluções liberais
 
18. aula de história geral - américa no século XIX
18. aula de história geral - américa no século XIX18. aula de história geral - américa no século XIX
18. aula de história geral - américa no século XIX
 
12. aula de história geral - revolução inglesa
12. aula de história geral - revolução inglesa12. aula de história geral - revolução inglesa
12. aula de história geral - revolução inglesa
 
Aula1
Aula1Aula1
Aula1
 
Metodologia científica Aula - Pós Graduação em Educação
Metodologia científica   Aula - Pós Graduação em EducaçãoMetodologia científica   Aula - Pós Graduação em Educação
Metodologia científica Aula - Pós Graduação em Educação
 
Liderança motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014
Liderança   motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014Liderança   motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014
Liderança motivação e formaçao de equipes - fabra jan 2014
 
éTica e formação profissional
éTica e formação profissional   éTica e formação profissional
éTica e formação profissional
 
Marketing Político Estratégico
Marketing Político Estratégico Marketing Político Estratégico
Marketing Político Estratégico
 
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de EnsinoEstrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação Brasileira
 
Políticas públicas educacionais aula 2
Políticas públicas educacionais   aula   2Políticas públicas educacionais   aula   2
Políticas públicas educacionais aula 2
 
Organizaçao do sistema escolar brasileiro
Organizaçao do sistema escolar brasileiroOrganizaçao do sistema escolar brasileiro
Organizaçao do sistema escolar brasileiro
 
Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino
 
Estrutura do Sistema Educacional Brasileiro
Estrutura do Sistema Educacional BrasileiroEstrutura do Sistema Educacional Brasileiro
Estrutura do Sistema Educacional Brasileiro
 
Políticas públicas educacionais aula 1
Políticas públicas educacionais   aula   1Políticas públicas educacionais   aula   1
Políticas públicas educacionais aula 1
 
POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAIS
POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAISPOLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAIS
POLITICAS PUBLICAS EDUCACIONAIS
 

Semelhante a O governo vargas

Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaJosé Barros
 
Didática escola nova e escola contemporânea
Didática   escola nova e escola contemporâneaDidática   escola nova e escola contemporânea
Didática escola nova e escola contemporâneaKárpio Márcio Siqueira
 
Apostila de Didática II
Apostila de Didática IIApostila de Didática II
Apostila de Didática IIDiego Ventura
 
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.pptIgor Sampaio Pinho
 
Evolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilEvolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilPatricia Nunes
 
História da Educação.ppt
História da Educação.pptHistória da Educação.ppt
História da Educação.pptZoraide6
 
História da Educação.ppt
História da Educação.pptHistória da Educação.ppt
História da Educação.pptRégio Quirino
 
Educacaodofuturo professoroucomputador
Educacaodofuturo professoroucomputadorEducacaodofuturo professoroucomputador
Educacaodofuturo professoroucomputadorleilianegodoi
 
Didática uma retrospectiva histórica - Neidson Rodrigues
Didática uma retrospectiva histórica - Neidson RodriguesDidática uma retrospectiva histórica - Neidson Rodrigues
Didática uma retrospectiva histórica - Neidson RodriguesPoliana Tavares
 
Fundamentos Na EducaçãO112
Fundamentos Na EducaçãO112Fundamentos Na EducaçãO112
Fundamentos Na EducaçãO112moacir junior
 
Didática De 1549 Ate Atualidade
Didática De 1549 Ate AtualidadeDidática De 1549 Ate Atualidade
Didática De 1549 Ate AtualidadeJulio Siqueira
 
Aula 01 polít educ-brasileiras (1)
Aula 01   polít educ-brasileiras (1)Aula 01   polít educ-brasileiras (1)
Aula 01 polít educ-brasileiras (1)Eliezer Andrade
 
A EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTE
A EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTEA EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTE
A EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTELIMA, Alan Lucas de
 
O currículo escolar e o exercício docente perante
O currículo escolar e o exercício docente peranteO currículo escolar e o exercício docente perante
O currículo escolar e o exercício docente peranteJaime Carmona
 

Semelhante a O governo vargas (20)

Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva histórica
 
Didática escola nova e escola contemporânea
Didática   escola nova e escola contemporâneaDidática   escola nova e escola contemporânea
Didática escola nova e escola contemporânea
 
Apostila de Didática II
Apostila de Didática IIApostila de Didática II
Apostila de Didática II
 
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
 
Evolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilEvolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasil
 
História da Educção.ppt
História da Educção.pptHistória da Educção.ppt
História da Educção.ppt
 
História da Educação.ppt
História da Educação.pptHistória da Educação.ppt
História da Educação.ppt
 
História da Educação.ppt
História da Educação.pptHistória da Educação.ppt
História da Educação.ppt
 
História da Educação.ppt
História da Educação.pptHistória da Educação.ppt
História da Educação.ppt
 
Didatica
DidaticaDidatica
Didatica
 
Educacaodofuturo professoroucomputador
Educacaodofuturo professoroucomputadorEducacaodofuturo professoroucomputador
Educacaodofuturo professoroucomputador
 
Didática uma retrospectiva histórica - Neidson Rodrigues
Didática uma retrospectiva histórica - Neidson RodriguesDidática uma retrospectiva histórica - Neidson Rodrigues
Didática uma retrospectiva histórica - Neidson Rodrigues
 
Concepções pedagógicas.pdf
Concepções pedagógicas.pdfConcepções pedagógicas.pdf
Concepções pedagógicas.pdf
 
Fundamentos Na EducaçãO112
Fundamentos Na EducaçãO112Fundamentos Na EducaçãO112
Fundamentos Na EducaçãO112
 
Didática De 1549 Ate Atualidade
Didática De 1549 Ate AtualidadeDidática De 1549 Ate Atualidade
Didática De 1549 Ate Atualidade
 
Aula 01 polít educ-brasileiras (1)
Aula 01   polít educ-brasileiras (1)Aula 01   polít educ-brasileiras (1)
Aula 01 polít educ-brasileiras (1)
 
Apresentação de filosofia
Apresentação de filosofiaApresentação de filosofia
Apresentação de filosofia
 
AD1 2022.pptx
AD1 2022.pptxAD1 2022.pptx
AD1 2022.pptx
 
A EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTE
A EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTEA EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTE
A EDUCAÇÃO REFORMA PROTESTANTE
 
O currículo escolar e o exercício docente perante
O currículo escolar e o exercício docente peranteO currículo escolar e o exercício docente perante
O currículo escolar e o exercício docente perante
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 

Último (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 

O governo vargas

  • 1. O GOVERNO VARGAS E O EQUILÍBRIO ENTRE  A PEDAGOGIA TRADICIONAL E A PEDAGOGIA NOVA   Azilde L. Andreotti [1]   Como texto introdutório sobre a educação na Era Vargas, trago algumas informações sobre o modelo pedagógico da escola nova, no período, através de escritos de Lourenço Filho e suas iniciativas em escolas primárias particulares. Os novos métodos de ensino, inicialmente, limitaram­se a um público restrito, tanto pelas iniciativas em escolas particulares, quanto pela manutenção de escolas pela Igreja católica, espaço, na época, da educação tradicional.  Desde as primeiras décadas do século XX, os rumos da educação do país estiveram na pauta de discussão de vários setores organizados da sociedade.  A  fundação  da  Associação  Brasileira  de  Educação,  em  1924,  com  a  função  de  promover  debates  em  torno  da  questão  educacional;  a influência  da  Escola  Nova  e  seus  defensores,  movimento  que  se  empenhou  em  dar  novos  rumos  à  educação,  questionando  o  tradicionalismo pedagógico, e os embates da Igreja no seu confronto com o estabelecimento de novos modelos para a educação tornam evidente a diversidade de interesses que abrangia a educação escolarizada. A criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública em 1930; a Constituição de 1934 estabelecendo a necessidade de um Plano Nacional  de  Educação,  como  também  a  gratuidade  e  obrigatoriedade  do  ensino  elementar,  e  as  Reformas  Educacionais  nos  anos  de  1930  e  40 demonstram que, nessas décadas, houve mudanças formais e substanciais na educação escolar do país. Essas questões não podem ser destacadas do processo de desenvolvimento do modelo industrial, como também da demanda por educação. A década de 1930 é reconhecida como o marco referencial da modernidade na história do Brasil, modernidade entendida como o processo de industrialização  e  urbanização,  contemplada  por  inúmeros  estudos  que  destacam  esse  período    pelas  mudanças  que  inaugurou  e  os  movimentos políticos que protagonizou: a Revolução de outubro de 1930, a Revolução Constitucionalista de 1932 [2] e o Estado Novo, em 1937. As análises se valem de diferentes conceitos, abordagens e  suportes teórico­metodológicos, para investigar os processos que culminaram nesses acontecimentos e sobre quais forças políticas e interesses predominaram nas alterações ocorridas no país, em um momento de definições sobre como encaminhar o desenvolvimento capitalista industrial. Em uma abordagem geral, a Revolução de 1930 foi fruto da crise econômica do setor agro­exportador do café agravada com a quebra da bolsa de Nova York em 1929, e dos embates de segmentos sociais que não se consideravam referenciados no processo político da Primeira República, marcados por sucessivas eleições pactuadas entre os setores agrários. O golpe de Estado em 1937, que instalou o Estado Novo, foi justificado pela necessidade  de  se  manter  a  ordem  institucional  contra  os  regionalismos,  herança  do  período  anterior;  contra  as  divergências  entre  os  grupos
  • 2. dominantes: setores agrários e burguesia industrial e contra as manifestações das forças de oposição, como por exemplo, a Intentona Comunista em 1935. Esse período intensificou as mudanças nas relações entre Estado e sociedade, fortalecendo a centralização do poder e facilitando a criação de um Estado forte, que predominou até meados dos anos de 1940. A  recente  modernização  capitalista  no  Brasil,  nos  anos  de  1930,  trouxe  a  expansão  de  novas  camadas  sociais  e  abriu  possibilidades  de mobilidade social na estrutura de classes da sociedade brasileira, com a ampliação do mercado de trabalho e do mercado consumidor.  Nesse contexto de expansão das forças produtivas, a educação escolar foi considerada um instrumento fundamental de inserção social, tanto por educadores, quanto para uma ampla parcela da população que almejava uma colocação nesse processo. Às aspirações republicanas sobre a educação como propulsora do progresso, soma­se a sua função  de instrumento para a reconstrução nacional e a promoção social. Acompanham esse quadro, as discussões em torno dos modelos educacionais. Do ponto de vista do ideário, o liberalismo se consubstanciou na Primeira República no país e se fez presente nas políticas educacionais, tomando lugar, paulatinamente, da ideologia educacional católica. O discurso pedagógico liberal se expressou na escola nova, movimento de renovação escolar que se desenvolveu em vários países e chegou ao Brasil na década de 1920, fruto das mudanças inerentes ao processo de desenvolvimento capitalista, com seus novos valores, necessitando, segundo seus defensores,  de uma renovação da escola. Quanto  aos  métodos  de  ensino,  a  pedagogia  tradicional  predominou  até  o  fim  do  século  XIX,  enfatizando  a  atuação  do  professor.   Como ensinar é uma das diretrizes dessa concepção pedagógica. A pedagogia nova toma corpo a partir das primeiras décadas do século XX, mudando o foco e centralizando o processo de aprendizado no aluno. Como aprender é o seu eixo principal, fundamentando­se nos aspectos psicológicos do processo de aquisição de conhecimentos. Escola ativa ou escola da iniciativa foram termos usados, na época, para designar esse movimento de renovação educacional, o aprender a aprender, na definição atual. No dizer da Escola Nova, o processo de aquisição do conhecimento, diferentemente da escola tradicional, surge da ação da criança. Os anos de 1930 foram férteis em relação à nova educação. As propostas sobre educação do Manifesto dos Pioneiros, publicado em 1932, foram defendidas por educadores que ocuparam cargos na administração pública e que implementaram diretrizes educacionais, respaldados por essa visão de educação. Contrastando com a educação tradicional, as novas tendências pedagógicas visavam proporcionar espaços mais descontraídos, opondo­se como investigação livre, à educação ensinada. Os novos métodos de ensino visavam à auto­educação e a aprendizagem surgia de um processo ativo. Sobre a Escola Ativa, Lourenço Filho, um de seus precursores no país, afirma:  
  • 3. [...]  aprende­se  observando,  pesquisando,  perguntando,  trabalhando,  construíndo,  pensando  e  resolvendo  situações  problemáticas  apresentadas, quer  em  relação  a  um  ambiente  de  coisas,  de  objetos  e  ações  práticas,  quer  em  situações  de  sentido  social  e  moral,  reais  ou  simbólicos. (LOURENÇO FILHO, 1978, p. 151),   Em São Paulo , segundo o autor, as escolas pioneiras na aplicação dos novos métodos de aprendizagem foram a Escola Experimental Rio Branco, a Escola Modelo, anexa à escola Normal da Praça da República, hoje Instituto Caetano de Campos e a Escola Americana, atual Instituto Mackenzie, primeiramente nos cursos primários. (LOURENÇO FILHO, 1978, p. 175­176). Na  sua  exposição  sobre  a Escola Nova,  esse  educador  relata  uma  experiência  com  alunos  do  curso  primário  na  Escola  Experimental  Rio Branco,  sobre  a  técnica  dos  projetos,  como  procedimento  didático,  desenvolvida  por  John  Dewey,  que  prima  pela  participação  do  aluno,  o  que promove sua motivação e a aprendizagem com objetivos definidos.  Ainda sobre sua experiência na Escola Rio Branco, Lourenço Filho indica que o projeto implica ensino globalizado [...] e o papel do mestre como conselheiro discreto, (que) encaminha, estimula, sugere. (LOURENÇO FILHO, 1978, p.199, 210). O processo de implantação da educação renovada em São Paulo ocorreu, nos anos de 1930 e 40, nos cursos primários de escolas particulares, indicando que a criança das camadas médias da população foi o público, inicialmente,  atingido por esse modelo de educação. Dados estatísticos nos indicam que o acesso à educação primária nos anos de 1930 e 40, mesmo com a ampliação na oferta de vagas nas escolas primárias e frente à demanda por educação nos centros urbanos, não atingiu a maioria da população infantil. (SPOSITO, 1984, p. 32­34). Saviani sobre a propagação da pedagogia da nova escola nos indica que,   [...] a “Escola Nova” organizou­se basicamente na forma de escolas experimentais ou como núcleos raros, muito bem equipados e circunscritos a pequenos grupos de elite. No entanto, o ideário escolanovista, tendo sido amplamente difundido, penetrou nas cabeças dos educadores acabando por gerar conseqüências também nas amplas redes escolares oficiais organizadas na forma tradicional. Cumpre assinalar que tais conseqüências foram  mais  negativas  que  positivas  uma  vez  que,  provocando  o  afrouxamento  da  disciplina  e  a  despreocupação  com  a  transmissão  de conhecimentos, acabou por rebaixar o nível do ensino destinado às camadas populares as quais muito freqüentemente têm na escola o único meio de acesso ao conhecimento. Em contrapartida, a “Escola Nova” aprimorou a qualidade do ensino destinado às elites. (SAVIANI, 1985, p. 14).               A Era Vargas foi palco das primeiras investidas dos novos métodos de ensino, preconizando a centralidade na criança e na sua iniciativa no processo de aquisição do conhecimento. Mesmo que inicialmente restrito, porque atendendo a uma camada da população, esse ensino renovado se sedimentou, atingindo amplos setores educacionais, incitando uma discussão sobre os princípios norteadores de seu método de ensino, que nem sempre atende as necessidades de parte da população escolar.   Bibliografia