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Toyota lidera mercado com 'produção sem desperdícios'
A liderança da companhia japonesa é resultado direto do "toyotismo" - um método que foi
copiado em todo o mundo, até mesmo pelas concorrentes diretas da empresa. O
"toyotismo" - que prevê a produção em times pequenos, com um líder, e visa a eliminação
de todos os tipos de desperdício - também foi aos poucos adotados por indústrias no Brasil.
A partir de uma série de técnicas e métodos, o sistema de produção da Toyota procura
eliminar desperdícios do processo de produção, como forma de atingir a melhor qualidade,
o menor custo e o menor tempo de produção, explica o engenheiro de produção. Além
disso, só é construído o carro que já tiver sido vendido.
A base desse sistema é a produção enxuta: todo processo que não agrega valor ao produto
oferecido ao cliente deve ser eliminado. Esse pensamento passa pelo estoque - que deve
ser mantido reduzido -, transporte e processos produtivos. "No caso de um produto que
seja feito do outro lado do mundo (de onde os fornecedores de peças estão) não dá para
eliminar o transporte, mas o objetivo é esse".
'Modelo mental'
Com resultados positivos, o toyotismo tem sido implementado por diversas empresas em
todo o mundo. No Brasil, a siderúrgica Alcoa foi pioneira no processo. Ninguém, entretanto,
atingiu ainda o nível de excelência da própria Toyota. As empresas esbarram no modelo
cultural de administração. "Há anos a GM e a Ford tentam copiar esses processos. Mas
falta o modelo mental (japonês)".
Segundo o Lean Institute Brasil, um dos produtos da Ford que usaram, com certo sucesso,
elementos
do
sistema
produtivo
da
Toyota,
foi
a
linha
EcoSport.
O modelo da Toyota se apoia na melhoria contínua dos processos, a partir do
desenvolvimento de todos os envolvidos, num movimento que engloba produção,
administração, relacionamento com clientes e fornecedores. O papel dos executivos na
empresa é diferente da maioria das empresas: "Um líder da Toyota não dá respostas, ele
faz perguntas". Perguntas essas que, por meio de sugestões, podem ser respondidas pelo
funcionário de chão de fábrica, que é encorajado a "palpitar" no processo produtivo.
Sistema toyotista de trabalho adotado pelo
TRT-23 desagrada Servidores Públicos
O toyotismo - sistema de trabalho adotado pelo TRT-23 desde agosto do ano passado, de modo não oficial vem suscitando críticas e preocupação entre os Servidores. Apresentado como um modelo inovador de
organização do trabalho, já se avalia que, na prática, o toyotismo simplesmente proporcionou um aumento da
carga de trabalho dos Servidores. Os técnicos passaram a desempenhar funções de analistas sem nenhum
retoque no salário, aumentando e contribuindo para o desvio de função. Depois da terceirização, do trabalho
voluntário e de outras práticas adotadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23 ª Região, os Servidores já
avaliam que o toyotismo foi a última maneira encontrada pelo Tribunal para atender à demanda crescente de
trabalho nas varas de sua jurisdição, sem desembolsar nenhum dinheiro a mais por isso e forçando os
Servidores a um regime de produtividade, através de metas.
O toyotismo vem sendo implantado nas varas de trabalho de Cuiabá e do interior do estado desde agosto do
ano passado, sendo que alguns setores - como a quinta e a sétima varas da capital - já estão funcionando
neste regime ao 100%, e nas outras varas o processo está em andamento. Na primeira Vara o alcance do
toyotismo já chegou em 70%.
Impacto negativo
Entretanto, passado este tempo muitos Servidores Públicos não estão conseguindo evitar o atraso dos
trabalhos - não por falta de interesse, mas por acúmulo de serviço ou limitação de conhecimento.
Paralelamente a esta cobrança insistente de tarefas para o cumprimento das metas estabelecidas, os
Servidores não apenas não passaram a receber como analistas, como estão há mais de 5 anos sem nenhuma
reposição salarial.
A determinação do Tribunal é que todos os Servidores passem a despachar, fazendo minutas de sentenças,
embargos de declarações e outras atribuições que requerem maior conhecimento. Na teoria os assistentes se
tornaram chefes de equipes e passaram a desempenhar funções da competência dos analistas. Mas em vez
de ganharem mais por isso a única coisa que aumentou mesmo, conforme os Servidores, foi a carga de
trabalho.
Adaptação ao capitalismo
A classe trabalhadora não é mais formada por operários especializados do tipo taylorista/fordista, e sim por
trabalhadores chamados de “polivalentes”, “multifuncionais” que trabalham em equipe, vivem uma intensa
exploração do trabalho - também se vivia essa exploração na época taylorista/fordista -, mas hoje ela é
marcada por uma competição entre Inter equipes e células de trabalhos.
"A individualização das relações de trabalho, a busca por participação dos lucros das empresas, a tendência
de quebrar o espírito de solidariedade de classe e a restrição para a atuação do sindicato combativo dentro
da fábrica são tentativas do capital para desestruturar e desorganizar ainda mais a classe trabalhadora. Essa
é a principal consequência negativa de tais mudanças. Com essa atitude, surge a ideia falaciosa de que os
trabalhadores não são mais operários e sim “colaboradores”, “parceiros”, “consultores”. Isso visa a dissimular a
contradição que existe entre a totalidade do trabalho social, de um lado, e a totalidade do capital, de outro".

Ratoeiras do capital
Sintetizamos

algumas

conclusões

sobre

essas

novas

técnicas

de

dominação

do

capital:

1- Elas resultam num maior controle sobre os trabalhadores. Se antes, para impor o regime de exploração,
era necessária uma disciplina férrea na fábrica, agora o empresariado se utiliza também de métodos mais
requintados para manipular e envolver os explorados. O poder do patronato, que considera a empresa um
local sagrado, não é alterado. Pelo contrário. Ele é reforçado, permeando toda a estrutura da empresa. Como
afirma David Jenkins: “Ceder um pouco de poder aos trabalhadores pode ser um dos melhores meios para
aumentar a sua sujeição, se isso lhes der a impressão de influir sobre as coisas”. Esse é o objetivo maior dos
métodos participativos ou das ilhas de produção – as novas “ratoeiras do capital”.

Essas inovações visam aperfeiçoar os métodos de manipulação dos operários. Quanto a isso não pode haver
ilusão ou a crença de que essas técnicas são neutras. Toda a história da organização capitalista do trabalho
mostra que o patronato visa sempre basicamente dois objetivos: o econômico, que é o do crescimento e da
acumulação de capital; e o político, que é o de manter a submissão dos trabalhadores para garantir o
primeiro intento. Há inúmeros estudos que comprovam que muitas vezes a burguesia sacrifica a eficiência
econômica para conseguir desqualificar, desorganizar e envolver os trabalhadores, minimizando a
possibilidade do surgimento de conflitos do interior das fábricas.

2- Elas geram maior concorrência entre os trabalhadores, incentivando a disputa por melhores índices de
produtividade e absorvendo os conhecimentos retidos no contato diário com a máquina. Nesse rumo, elas
inclusive transferem certas funções de supervisão e inspeção para os próprios operários, dividindo-os e
criando um clima de vigilância permanente entre os companheiros de trabalho.

3- Na busca de maior produtividade e de menor custo de produção, elas resultam também no aumento do
desemprego e da desqualificação profissional. As sugestões dos CCQs, a eliminação do tempo dito ocioso
(porosidade) e exercício de dupla função (operação e supervisão) são usados para justificar as demissões.
Quanto à polivalência, estudos demonstram que as operações desenvolvidas são ainda mais padronizadas e
repetitivas. O operário “polivalente” alimenta mais de um tipo de máquina, o que não significa que seja
especializado em cada uma delas. A polivalência visa dar maior flexibilidade ao trabalho, possibilitando que o
trabalhador esteja sempre ocupado produtivamente.

4- Esses outros sistemas de gerenciamento são um pré-requisito para que a empresa introduza, com menos
risco e melhores resultados, máquinas de tecnologia mais avançada. São um meio caminho para elevar a
automação. Além de domesticar o trabalhador, sistemas como os das “ilhas de produção” redesenham as
fábricas, facilitando a troca de maquinário antigo por robôs e máquinas-ferramentas com CNC.

5- Por último, só para enfatizar, todas essas técnicas modernas visam aumentar a extração de mais-valia do
trabalhador, gerando maiores lucros para os capitalistas.

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  • 1. Toyota lidera mercado com 'produção sem desperdícios' A liderança da companhia japonesa é resultado direto do "toyotismo" - um método que foi copiado em todo o mundo, até mesmo pelas concorrentes diretas da empresa. O "toyotismo" - que prevê a produção em times pequenos, com um líder, e visa a eliminação de todos os tipos de desperdício - também foi aos poucos adotados por indústrias no Brasil. A partir de uma série de técnicas e métodos, o sistema de produção da Toyota procura eliminar desperdícios do processo de produção, como forma de atingir a melhor qualidade, o menor custo e o menor tempo de produção, explica o engenheiro de produção. Além disso, só é construído o carro que já tiver sido vendido. A base desse sistema é a produção enxuta: todo processo que não agrega valor ao produto oferecido ao cliente deve ser eliminado. Esse pensamento passa pelo estoque - que deve ser mantido reduzido -, transporte e processos produtivos. "No caso de um produto que seja feito do outro lado do mundo (de onde os fornecedores de peças estão) não dá para eliminar o transporte, mas o objetivo é esse". 'Modelo mental' Com resultados positivos, o toyotismo tem sido implementado por diversas empresas em todo o mundo. No Brasil, a siderúrgica Alcoa foi pioneira no processo. Ninguém, entretanto, atingiu ainda o nível de excelência da própria Toyota. As empresas esbarram no modelo cultural de administração. "Há anos a GM e a Ford tentam copiar esses processos. Mas falta o modelo mental (japonês)". Segundo o Lean Institute Brasil, um dos produtos da Ford que usaram, com certo sucesso, elementos do sistema produtivo da Toyota, foi a linha EcoSport. O modelo da Toyota se apoia na melhoria contínua dos processos, a partir do desenvolvimento de todos os envolvidos, num movimento que engloba produção, administração, relacionamento com clientes e fornecedores. O papel dos executivos na empresa é diferente da maioria das empresas: "Um líder da Toyota não dá respostas, ele faz perguntas". Perguntas essas que, por meio de sugestões, podem ser respondidas pelo funcionário de chão de fábrica, que é encorajado a "palpitar" no processo produtivo.
  • 2. Sistema toyotista de trabalho adotado pelo TRT-23 desagrada Servidores Públicos O toyotismo - sistema de trabalho adotado pelo TRT-23 desde agosto do ano passado, de modo não oficial vem suscitando críticas e preocupação entre os Servidores. Apresentado como um modelo inovador de organização do trabalho, já se avalia que, na prática, o toyotismo simplesmente proporcionou um aumento da carga de trabalho dos Servidores. Os técnicos passaram a desempenhar funções de analistas sem nenhum retoque no salário, aumentando e contribuindo para o desvio de função. Depois da terceirização, do trabalho voluntário e de outras práticas adotadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23 ª Região, os Servidores já avaliam que o toyotismo foi a última maneira encontrada pelo Tribunal para atender à demanda crescente de trabalho nas varas de sua jurisdição, sem desembolsar nenhum dinheiro a mais por isso e forçando os Servidores a um regime de produtividade, através de metas. O toyotismo vem sendo implantado nas varas de trabalho de Cuiabá e do interior do estado desde agosto do ano passado, sendo que alguns setores - como a quinta e a sétima varas da capital - já estão funcionando neste regime ao 100%, e nas outras varas o processo está em andamento. Na primeira Vara o alcance do toyotismo já chegou em 70%. Impacto negativo Entretanto, passado este tempo muitos Servidores Públicos não estão conseguindo evitar o atraso dos trabalhos - não por falta de interesse, mas por acúmulo de serviço ou limitação de conhecimento. Paralelamente a esta cobrança insistente de tarefas para o cumprimento das metas estabelecidas, os Servidores não apenas não passaram a receber como analistas, como estão há mais de 5 anos sem nenhuma reposição salarial. A determinação do Tribunal é que todos os Servidores passem a despachar, fazendo minutas de sentenças, embargos de declarações e outras atribuições que requerem maior conhecimento. Na teoria os assistentes se tornaram chefes de equipes e passaram a desempenhar funções da competência dos analistas. Mas em vez de ganharem mais por isso a única coisa que aumentou mesmo, conforme os Servidores, foi a carga de trabalho. Adaptação ao capitalismo A classe trabalhadora não é mais formada por operários especializados do tipo taylorista/fordista, e sim por trabalhadores chamados de “polivalentes”, “multifuncionais” que trabalham em equipe, vivem uma intensa exploração do trabalho - também se vivia essa exploração na época taylorista/fordista -, mas hoje ela é marcada por uma competição entre Inter equipes e células de trabalhos. "A individualização das relações de trabalho, a busca por participação dos lucros das empresas, a tendência de quebrar o espírito de solidariedade de classe e a restrição para a atuação do sindicato combativo dentro da fábrica são tentativas do capital para desestruturar e desorganizar ainda mais a classe trabalhadora. Essa é a principal consequência negativa de tais mudanças. Com essa atitude, surge a ideia falaciosa de que os trabalhadores não são mais operários e sim “colaboradores”, “parceiros”, “consultores”. Isso visa a dissimular a contradição que existe entre a totalidade do trabalho social, de um lado, e a totalidade do capital, de outro". Ratoeiras do capital
  • 3. Sintetizamos algumas conclusões sobre essas novas técnicas de dominação do capital: 1- Elas resultam num maior controle sobre os trabalhadores. Se antes, para impor o regime de exploração, era necessária uma disciplina férrea na fábrica, agora o empresariado se utiliza também de métodos mais requintados para manipular e envolver os explorados. O poder do patronato, que considera a empresa um local sagrado, não é alterado. Pelo contrário. Ele é reforçado, permeando toda a estrutura da empresa. Como afirma David Jenkins: “Ceder um pouco de poder aos trabalhadores pode ser um dos melhores meios para aumentar a sua sujeição, se isso lhes der a impressão de influir sobre as coisas”. Esse é o objetivo maior dos métodos participativos ou das ilhas de produção – as novas “ratoeiras do capital”. Essas inovações visam aperfeiçoar os métodos de manipulação dos operários. Quanto a isso não pode haver ilusão ou a crença de que essas técnicas são neutras. Toda a história da organização capitalista do trabalho mostra que o patronato visa sempre basicamente dois objetivos: o econômico, que é o do crescimento e da acumulação de capital; e o político, que é o de manter a submissão dos trabalhadores para garantir o primeiro intento. Há inúmeros estudos que comprovam que muitas vezes a burguesia sacrifica a eficiência econômica para conseguir desqualificar, desorganizar e envolver os trabalhadores, minimizando a possibilidade do surgimento de conflitos do interior das fábricas. 2- Elas geram maior concorrência entre os trabalhadores, incentivando a disputa por melhores índices de produtividade e absorvendo os conhecimentos retidos no contato diário com a máquina. Nesse rumo, elas inclusive transferem certas funções de supervisão e inspeção para os próprios operários, dividindo-os e criando um clima de vigilância permanente entre os companheiros de trabalho. 3- Na busca de maior produtividade e de menor custo de produção, elas resultam também no aumento do desemprego e da desqualificação profissional. As sugestões dos CCQs, a eliminação do tempo dito ocioso (porosidade) e exercício de dupla função (operação e supervisão) são usados para justificar as demissões. Quanto à polivalência, estudos demonstram que as operações desenvolvidas são ainda mais padronizadas e repetitivas. O operário “polivalente” alimenta mais de um tipo de máquina, o que não significa que seja especializado em cada uma delas. A polivalência visa dar maior flexibilidade ao trabalho, possibilitando que o trabalhador esteja sempre ocupado produtivamente. 4- Esses outros sistemas de gerenciamento são um pré-requisito para que a empresa introduza, com menos risco e melhores resultados, máquinas de tecnologia mais avançada. São um meio caminho para elevar a automação. Além de domesticar o trabalhador, sistemas como os das “ilhas de produção” redesenham as fábricas, facilitando a troca de maquinário antigo por robôs e máquinas-ferramentas com CNC. 5- Por último, só para enfatizar, todas essas técnicas modernas visam aumentar a extração de mais-valia do trabalhador, gerando maiores lucros para os capitalistas.