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ALBERTO A. IVO DE MEDEIROS FILHO
HOSPITAL SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE CARDIOLOGIA
MAIO/2012
 A insuficiência cardíaca aguda é definida como início
rápido ou mudança clínica dos sinais e sintomas de IC,
resultando na necessidade urgente de terapia. A IC
aguda pode ainda ser nova ou devido à piora de uma IC
pré-existente (IC crônica descompensada).
- AUMENTO DA INCIDÊNCIA
- ENVELHECIMENTO POPULACIONAL
- REDUÇÃO DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR ICC
- AUMENTO DA TAXA DE MORTALIDADE (NÚMERO DE
INTERNAÇÕES DIVIDIDO PELOS ÓBITOS).
 Ingestão excessiva de sal e água.
 Falta de aderência ao tratamento e/ou falta de acesso ao
medicamento.
 Fatores relacionados ao médico:
 Prescrição inadequada ou em doses insuficientes (diferentes
das preconizadas nas diretrizes);
 Falta de treinamento em manuseio de pacientes com IC;
 Falta de orientação adequada ao paciente em relação à dieta e
atividade física;
 Sobrecarga de volume não detectada (falta de controle do
peso diário);
 Sobrecarga de líquidos intravenosos durante internação.
 Fibrilação atrial aguda ou outras taquiarritmias
 Bradiarritmias
 Hipertensão arterial sistêmica
 Tromboembolismo pulmonar
 Isquemia miocárdica
 Infecções (especialmente pneumonia)
 Anemia e carências nutricionais
 Fístula AV
 Disfunção tireoidiana
 Diabete descompensado
 Consumo excessivo de álcool
 Insuficiência renal
 Gravidez
 Depressão e/ou fatores sociais (abandono, isolamento social)
 Uso de drogas ilícitas (cocaína, crack, ecstasy, entre outros)
 Fatores relacionados a fármacos:
 Intoxicação digitálica;
 Drogas que retêm água ou inibem as prostaglandinas:
AINE, esteroides, estrógenos, andrógenos,
clorpropamida, minoxidil, glitazonas;
 Drogas inotrópicas negativas: antiarrítmicos do grupo I,
antagonistas de cálcio (exceto anlodipino),
antidepressivos tricíclicos;
 Drogas cardiotóxicas: citostáticos, como a adriamicina >
400 Mg/M2, Trastuzumab (Herceptin);
 Automedicação, terapias alternativas.
 Uma nova abordagem direcionada para alvos fisiopatológicos tem
subdividido a insuficiência aguda em modelos de disfunção vascular ou
disfunção cardíaca, com apresentações clínicas distintas.
IC COM DISFUNÇÃO SISTÓLICA
 A fisiopatologia de IC de início recente envolve, mais
frequentemente, três modelos associados à base etiológica –
miocardites agudas, valvopatias agudas e síndrome coronariana
aguda.
 Cerca de 1/3 dos episódios de IC aguda de início recente são na
grande maioria associados a eventos de insuficiência coronária
aguda (A perda da massa de miocárdio contrátil
(apoptose/necrose), atordoamento, hibernação miocárdica e
aumento de rigidez do miocárdio isquêmico promovem duas
anormalidades na hemodinâmica central: aumento das pressões de
enchimento (responsável pela congestão pulmonar), redução do
volume sistólico e baixo débito cardíaco (responsável pela
hipoperfusão tecidual).
 IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO NORMAL
 Edema agudo de pulmão: O átrio esquerdo frente ao aumento da
rigidez do VE aumenta o seu volume (barômetro do VE) e sua
capacidade contrátil até certo limite; a partir daí, a pressão média do
átrio esquerdo aumenta e se transmite para as veias e capilares
pulmonares.
 Mobilização de volume/estresse agudo
 Hipertensão arterial
 Insuficiência mitral e disfunção sistólica transitória
 Fibrilação atrial
 Disfunção diastólica e cirurgia
 Ativação neuro-humoral e inflamatória
 Disfunção endotelial
 ALTERAÇÕES DA VOLEMIA
 Troponinas: Devem ser solicitadas para excluir síndromes
coronarianas agudas como causa da descompensação cardíaca
 Peptídeos natriuréticos (BNP e NT-proBNP) possuem bom
valor preditivo negativo para excluir o diagnóstico de IC.
 Ressonância magnética cardíaca: Exame não invasivo que
avalia de forma acurada os volumes ventriculares direito e
esquerdo, a função global e segmentar, espessamento
miocárdico, massas e tumores, válvulas, defeitos congênitos e
doença pericárdica.
 Provas de função pulmonar: Podem ser úteis para excluir
doenças pulmonares como causa da dispneia.
 Cineangiocoronariografia: Está indicada nos casos de
síndrome coronariana aguda como causa da IC.
 CLASSE I: Ausência de sintomas em atividades
rotineiras.
 CLASSE II: Sintomas leves (dispnéia, fadiga,
palpitação) aos grandes esforços.
 CLASSE III: Grande limitação para as atividades físicas
rotineiras e sintomas intensos aos mínimos esforços.
 CLASSE IV: Incapacitado para realizar atividade física
rotineira e presença de sintomas (dispnéia) ao
repouso.
 a) Pacientes congestos sem baixo débito: quente
congesto;
 b) Pacientes congestos com baixo débito: frio-
congesto;
 c) Pacientes sem sinais de congestão com baixo débito:
frio-seco;
 d) Pacientes sem sinais de congestão ou de baixo
débito: quente-seco.
 Além de ter importante papel na definição da
terapêutica, o diagnóstico clínico-hemodinâmico
admissional apresenta relação com pior prognóstico
evolutivo após alta hospitalar, sendo pior nos pacientes
quente-congestos e frio-congestos quando comparados
aos quente-secos.
 Os objetivos clínicos no tratamento da ICA se dividem
em duas fases: precoce (sala de emergência) e tardia
(após a estabilização clínica inicial – enfermaria).
 Fase precoce - alívio dos sinais e sintomas e
estabilização hemodinâmica (eliminação do edema
periférico e pulmonar: primeiro objetivo a ser
alcançado nos pacientes hemodinamicamente
classificados como “quentes” e “congestos”). Os
diuréticos e vasodilatadores são a base do tratamento
nesse grupo de pacientes.
 Já naqueles classificados como “frios”, o
restabelecimento de um débito cardíaco adequado e da
perfusão sistêmica é o alvo principal. Nesses pacientes,
pode ser necessária a utilização de suporte inotrópico,
reposição volêmica ou mesmo devices de assistência
circulatória
 Alvos hemodinâmicos: A abordagem inicial dos
pacientes com IC aguda quanto aos objetivos
hemodinâmicos é realizada a fim de colocar os
pacientes no modelo “quente-seco” de Stevenson.
CONSIDERAR SEMPRE OS SEGUINTES FATORES:
SINAIS DE HIPOPERFUSÃO?
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PA: >90mmHg ou < 90mmHg?
PA baixa geralmente se evita a Milrinona (Primacor) e Levosimendana por
provocarem vaso dilatação. Preferência pela Dobutamina / Dopamina
EM USO DE BETA BLOQUEADORES?
Ação reduzida da Dobutamina.
“Na verdade, ninguém tinha me preparado
adequadamente para as maravilhas de curar: a
profundidade emocional, essas vivências que colocam
nossa fé à prova, sacudindo-a até suas bases; o ser
testemunha de milagres e o crescimento pessoal mais
além do que possamos imaginar. Analisando tudo isso
finalmente, curar nos aproxima do mais humano que
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M. Patrícia Donahue

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Insuficiência Cardíaca Aguda: Diagnóstico e Tratamento

  • 1. ALBERTO A. IVO DE MEDEIROS FILHO HOSPITAL SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE CARDIOLOGIA MAIO/2012
  • 2.  A insuficiência cardíaca aguda é definida como início rápido ou mudança clínica dos sinais e sintomas de IC, resultando na necessidade urgente de terapia. A IC aguda pode ainda ser nova ou devido à piora de uma IC pré-existente (IC crônica descompensada).
  • 3. - AUMENTO DA INCIDÊNCIA - ENVELHECIMENTO POPULACIONAL - REDUÇÃO DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR ICC - AUMENTO DA TAXA DE MORTALIDADE (NÚMERO DE INTERNAÇÕES DIVIDIDO PELOS ÓBITOS).
  • 4.
  • 5.  Ingestão excessiva de sal e água.  Falta de aderência ao tratamento e/ou falta de acesso ao medicamento.  Fatores relacionados ao médico:  Prescrição inadequada ou em doses insuficientes (diferentes das preconizadas nas diretrizes);  Falta de treinamento em manuseio de pacientes com IC;  Falta de orientação adequada ao paciente em relação à dieta e atividade física;  Sobrecarga de volume não detectada (falta de controle do peso diário);  Sobrecarga de líquidos intravenosos durante internação.
  • 6.  Fibrilação atrial aguda ou outras taquiarritmias  Bradiarritmias  Hipertensão arterial sistêmica  Tromboembolismo pulmonar  Isquemia miocárdica  Infecções (especialmente pneumonia)  Anemia e carências nutricionais  Fístula AV  Disfunção tireoidiana  Diabete descompensado  Consumo excessivo de álcool  Insuficiência renal  Gravidez  Depressão e/ou fatores sociais (abandono, isolamento social)  Uso de drogas ilícitas (cocaína, crack, ecstasy, entre outros)
  • 7.  Fatores relacionados a fármacos:  Intoxicação digitálica;  Drogas que retêm água ou inibem as prostaglandinas: AINE, esteroides, estrógenos, andrógenos, clorpropamida, minoxidil, glitazonas;  Drogas inotrópicas negativas: antiarrítmicos do grupo I, antagonistas de cálcio (exceto anlodipino), antidepressivos tricíclicos;  Drogas cardiotóxicas: citostáticos, como a adriamicina > 400 Mg/M2, Trastuzumab (Herceptin);  Automedicação, terapias alternativas.
  • 8.  Uma nova abordagem direcionada para alvos fisiopatológicos tem subdividido a insuficiência aguda em modelos de disfunção vascular ou disfunção cardíaca, com apresentações clínicas distintas.
  • 9. IC COM DISFUNÇÃO SISTÓLICA  A fisiopatologia de IC de início recente envolve, mais frequentemente, três modelos associados à base etiológica – miocardites agudas, valvopatias agudas e síndrome coronariana aguda.  Cerca de 1/3 dos episódios de IC aguda de início recente são na grande maioria associados a eventos de insuficiência coronária aguda (A perda da massa de miocárdio contrátil (apoptose/necrose), atordoamento, hibernação miocárdica e aumento de rigidez do miocárdio isquêmico promovem duas anormalidades na hemodinâmica central: aumento das pressões de enchimento (responsável pela congestão pulmonar), redução do volume sistólico e baixo débito cardíaco (responsável pela hipoperfusão tecidual).
  • 10.  IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO NORMAL  Edema agudo de pulmão: O átrio esquerdo frente ao aumento da rigidez do VE aumenta o seu volume (barômetro do VE) e sua capacidade contrátil até certo limite; a partir daí, a pressão média do átrio esquerdo aumenta e se transmite para as veias e capilares pulmonares.  Mobilização de volume/estresse agudo  Hipertensão arterial  Insuficiência mitral e disfunção sistólica transitória  Fibrilação atrial  Disfunção diastólica e cirurgia  Ativação neuro-humoral e inflamatória  Disfunção endotelial  ALTERAÇÕES DA VOLEMIA
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.  Troponinas: Devem ser solicitadas para excluir síndromes coronarianas agudas como causa da descompensação cardíaca  Peptídeos natriuréticos (BNP e NT-proBNP) possuem bom valor preditivo negativo para excluir o diagnóstico de IC.  Ressonância magnética cardíaca: Exame não invasivo que avalia de forma acurada os volumes ventriculares direito e esquerdo, a função global e segmentar, espessamento miocárdico, massas e tumores, válvulas, defeitos congênitos e doença pericárdica.  Provas de função pulmonar: Podem ser úteis para excluir doenças pulmonares como causa da dispneia.  Cineangiocoronariografia: Está indicada nos casos de síndrome coronariana aguda como causa da IC.
  • 18.  CLASSE I: Ausência de sintomas em atividades rotineiras.  CLASSE II: Sintomas leves (dispnéia, fadiga, palpitação) aos grandes esforços.  CLASSE III: Grande limitação para as atividades físicas rotineiras e sintomas intensos aos mínimos esforços.  CLASSE IV: Incapacitado para realizar atividade física rotineira e presença de sintomas (dispnéia) ao repouso.
  • 19.
  • 20.  a) Pacientes congestos sem baixo débito: quente congesto;  b) Pacientes congestos com baixo débito: frio- congesto;  c) Pacientes sem sinais de congestão com baixo débito: frio-seco;  d) Pacientes sem sinais de congestão ou de baixo débito: quente-seco.
  • 21.  Além de ter importante papel na definição da terapêutica, o diagnóstico clínico-hemodinâmico admissional apresenta relação com pior prognóstico evolutivo após alta hospitalar, sendo pior nos pacientes quente-congestos e frio-congestos quando comparados aos quente-secos.
  • 22.  Os objetivos clínicos no tratamento da ICA se dividem em duas fases: precoce (sala de emergência) e tardia (após a estabilização clínica inicial – enfermaria).  Fase precoce - alívio dos sinais e sintomas e estabilização hemodinâmica (eliminação do edema periférico e pulmonar: primeiro objetivo a ser alcançado nos pacientes hemodinamicamente classificados como “quentes” e “congestos”). Os diuréticos e vasodilatadores são a base do tratamento nesse grupo de pacientes.
  • 23.  Já naqueles classificados como “frios”, o restabelecimento de um débito cardíaco adequado e da perfusão sistêmica é o alvo principal. Nesses pacientes, pode ser necessária a utilização de suporte inotrópico, reposição volêmica ou mesmo devices de assistência circulatória  Alvos hemodinâmicos: A abordagem inicial dos pacientes com IC aguda quanto aos objetivos hemodinâmicos é realizada a fim de colocar os pacientes no modelo “quente-seco” de Stevenson.
  • 24.
  • 25.
  • 26. CONSIDERAR SEMPRE OS SEGUINTES FATORES: SINAIS DE HIPOPERFUSÃO? Devemos considerar o uso de inotrópicos. PA: >90mmHg ou < 90mmHg? PA baixa geralmente se evita a Milrinona (Primacor) e Levosimendana por provocarem vaso dilatação. Preferência pela Dobutamina / Dopamina EM USO DE BETA BLOQUEADORES? Ação reduzida da Dobutamina.
  • 27. “Na verdade, ninguém tinha me preparado adequadamente para as maravilhas de curar: a profundidade emocional, essas vivências que colocam nossa fé à prova, sacudindo-a até suas bases; o ser testemunha de milagres e o crescimento pessoal mais além do que possamos imaginar. Analisando tudo isso finalmente, curar nos aproxima do mais humano que existe em nós.” M. Patrícia Donahue