O documento discute cuidados paliativos no Brasil, o papel do enfermeiro nesses cuidados e referências sobre o assunto. Ele apresenta acadêmicos que estudam cuidados paliativos, define cuidados paliativos segundo a OMS, discute o histórico desses cuidados no Brasil e enumera ações do enfermeiro como reconhecer problemas da doença terminal, aliviar sofrimento do paciente e família, e realizar protocolos para controle de sintomas.
3. CUIDADO PALIATIVO
A palavra paliativo deriva do latim “pallium”, que
significa manto, coberta, proteção. O verbo paliar deriva
de “palliare”, que significa proteger, cobrir. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidados paliativos
são aqueles que consistem na assistência ativa e integral a
pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento
curativo, sendo o principal objetivo a garantia da melhor
qualidade de vida tanto para o paciente como para seus
respectivos familiares. A medicina paliativa irá atuar no
controle da dor e promoção de alívio dos demais sintomas
que os pacientes possam desenvolver.
4. O CUIDADO PALIATIVO NO BRASIL
1980;
Rio Grande do Sul;
Cuidados Paliativos até então oferecidos apenas aos pacientes com câncer;
2000;
Primeira tentativa de congregação dos paliativistas ocorreu em 1997;
5. PAPEL DO ENFERMEIRO
Inserido na equipe multidisciplinar, é papel do enfermeiro
atuar em prol da comunicação eficaz, aberta e adaptada
ao contexto terapêutico, visando à negociação de metas
assistenciais acordadas com o paciente e sua família de
modo a coordenar o cuidado planejado. Devido a esta
importância, e baseados nas literaturas consultadas,
tentou-se enumerar ações de enfermagem voltadas para
os cuidados paliativos:
6. Realizar o histórico e exame físico de enfermagem preferencialmente no
primeiro contato com o paciente e/ou cuidador, procurando detectar os
desejos do mesmo quanto aos métodos de tratamento e cuidados;
Reconhecer os problemas relacionados à doença e a fase terminal;
Reconhecer as necessidades básicas afetadas, promovendo suporte psicológico
e social quando necessários;
Realizar o plano de cuidados de acordo com a individualidade de cada
paciente;
Prover orientações ao paciente, família e cuidadores em relação ao cuidado,
preferencialmente por escrito;
Ajudar no fornecimento de infraestrutura para o cuidado domiciliar: cama
hospitalar, cadeiras de rodas ou de banho, oxigenoterapia, material para
curativos, medicamentos etc;
Preservar o quanto possível aspectos do autocuidado e da vida normal;
7. Aliviar o sofrimento, o medo e ansiedade do paciente, família e cuidadores;
Realizar protocolos em relação ao controle dos sintomas, tais como:
analgesia, curativos, alimentação, oxigenação e eliminações;
Encorajar a família na participação do cuidado ao paciente;
Realizar ação educativa junto ao paciente, cuidador e família no processo de
tomada de decisão neste período de sua vida;
Elaborar instrumentos para a sistematização dos cuidados;
Prover informações e suporte para o momento do óbito e funeral;
Proporcionar conforto físico no que se refere ao alívio dos sintomas.
8. Por isso é que a competência relacional do enfermeiro
recebe destaque nos Cuidados Paliativos. Tanto para a
equipe, quanto para o paciente e para a instituição, é
necessário que este profissional tenha habilidades de
comunicação, pois estas asseguram o melhor
desenvolvimento de suas práticas clínicas.
9. REFERÊNCIAS
ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Manual de Cuidados Paliativos.
Rio de Janeiro: Diagraphic, 2009.
Castanha , M. L. A (in)visibilidade da prática de cuidar do ser enfermeiro sob
o olhar da equipe de saúde. [Dissertação]. Curitiba: Universidade Federal do
Paraná; 2004. 161p.Mestrado em Enfermagem.
STEDEFORD; Averil - Encarando a morte: uma abordagem ao relacionamento
com o doente terminal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.